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LEVANTAMENTO FUNCIONAL DOS EDIFICIOS DA

BAIXA DO PORTO

Geografia

Métodos e Técnicas em Geografia

2019/2020

Grupo 4: Francisca Teixeira, Tiago Almeida, Tiago Sardinha


Resumo
Este trabalho tem como finalidade a análise, após uma pesquisa de campo, de
uma série de edifícios do Porto.

Através de métodos estatísticos e inferenciais foram feitos um conjunto de


comparações e outras formas de caracterizar os edifícios, especialmente o estado de
conservação, o número de pisos, a sua ocupação, a situação no mercado e as atividades
predominantes de cada edifico, que nos permitiram retirar algumas conclusões acerca
dos edifícios da baixa do Porto.

Palavras-chave: Edifícios; SPSS; Baixa do Porto; Base de Dados

2
Índice

Metodologia ...................................................................................................................... 5
Enquadramento dos Quarteirões na Freguesia e no concelho do Porto ........................... 6
Contextualização dos Quarteirões .................................................................................. 10
Tratamento Estatístico e Análise dos Resultados do Grupo ........................................... 11
Caracterização dos quarteirões em relação ao número de pisos ................................. 11
Análise do número de edifícios por rua ...................................................................... 14
Análise do estado de ocupação por número de pisos.................................................. 16
Análise do estado de conservação dos edifícios ......................................................... 18
Análise referente à situação dos edifícios no mercado ............................................... 19
Análise da função dos edifícios .................................................................................. 20
Rés- do- Chão .................................................................................................. 20
Pisos Superiores ............................................................................................... 21
Função predominante no Edifício .................................................................... 22
Análise cruzada do estado de conservação dos edifícios dos quarteirões relativamente
ao tipo de situação do mercado dos mesmos .............................................................. 24
Tratamento Estatístico e Análise dos Resultados da Base de Dados Global.................. 25
Avaliação da forma como varia o estado de ocupação dos edifícios entre freguesias 25
Enquadramento dos quarteirões estudados por cada grupo no universo de quarteirões
recolhidos pela turma, utilizando metodologias estatísticas descritivas e inferencial 27
Conclusão ....................................................................................................................... 32
Referências Bibliográficas .............................................................................................. 34

3
Introdução
O presente relatório encontra-se focado no Levantamento Funcional dos
Edifícios da Baixa do Porto, contudo pertenceu ao nosso grupo fazer uma abordagem
mais pormenorizada aos quarteirões 15007,15008 e 15009 circunscritos no concelho do
Porto mais precisamente na freguesia de Vitória.

Este trabalho tem como âmbito a Unidade Curricular de Métodos e Técnicas em


Geografia. Foi realizada uma recolha de dados no local que se deu no dia 8 de
Novembro de 2019. Esses dados referiam temas como o número de pisos; a ocupação; o
estado de conservação; a situação no mercado e a função predominante dos edifícios.

Após recolhidos os dados e transportados em ficheiro Excel para o SPSS foi


feita uma análise com recurso à estatística descritiva e inferencial que permitiu sumariar
e descrever as características dos edifícios analisados, bem como, deduzir as
características dos restantes quarteirões com base na análise dos nossos.

Através deste trabalho de campo, que é um dos principais papéis de um


geógrafo, conseguimos perceber a estrutura e o estado de oferta de serviços e
equipamentos de utilização à população e as funções existentes.

Os locais com património histórico, como são o caso da Baixa do Porto estão em
constante reabilitação ou regeneração.

Em suma, o trabalho permite ter uma visão mais atual das modificações que o
espaço geográfico sofre constantemente e das características dos edifícios desses
espaços.

4
Metodologia
O desenvolvimento deste trabalho foi constituído por cinco fases: a recolha de
informação no local; a inserção dos dados recolhidos no LimeSurvey; a limpeza e
organização dos dados no Excel; o tratamento dos dados no SPSS e respetiva análise
dos resultados. Por fim, procedeu-se à realização do relatório.

No que respeita à primeira fase, realizou-se uma análise dos quarteirões, sendo
feito uma impressão da análise da planta dos mesmos. O próximo passo consistiu na
deslocação ao local, recolhendo a informação detalhada de cada edifício pertencente aos
nossos quarteirões. Dessa informação consta, por exemplo, o número de pisos,
ocupação dos edifícios entre outros elementos constituintes da folha disponibilizada.
Contudo, ao recolhermos a informação, verificamos que no quarteirão nº15007, os
edifícios 008,009,001,003, haviam sido os únicos que não foram demolidos,
impossibilitando, assim, a recolha da informação dos restantes. Após a realização do
levantamento, segue-se a segunda fase que consistiu na inserção da informação
recolhida no LimeSurvey.

Já na terceira fase foi realizada a limpeza dos dados recolhidos e posteriormente


a sua organização no Excel. O tratamento e análise dos dados realizaram-se no SPSS.
Como tal, a leitura da estatística descritiva e inferencial foi realizada com base nos
gráficos, tabelas e testes que achamos mais adequados para cada situação. É de salientar
que cada passo realizado neste programa foi sendo registado e documentado com o
objetivo de retratar de modo credível a concretização deste trabalho. A última tarefa a
realizar consistiu na execução do relatório.

5
Enquadramento dos Quarteirões na Freguesia e no
concelho do Porto

Os quarteirões 15007, 15008 e 15009 estão localizados na freguesia de Vitória.


Contudo, desde 2013 com as alterações administrativas que aconteceram em várias
freguesias do país, Vitória juntamente com Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia e
São Nicolau agregaram-se e formaram a atual União de Freguesias de Cedofeita, Santo
Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória.

Fig. 1 – Mapa de freguesias do Porto antes de 2013

Fig.
2-

Mapa de freguesias do Porto depois de 2013

Os três quarteirões são compostos no total por 69 edifícios, dos quais apenas 44
foi possível retirar informações para análise.

6
Quarteirão 15007

O primeiro quarteirão estudado (15007) é circunscrito pelas Ruas de Ceuta, José


Falcão, Sá de Noronha e Largo do Moinho Velho, localizando-se na freguesia de
Vitória que, desde 2013 foi assimilada como União das Freguesias de Cedofeita, Santo
Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória. (ver fig. 1 e 2).

Fig. 3 – Fotografia por satélite do quarteirão, Google Fig. 4 – Map


Earth, 2019

No estudo de campo realizado, foi possível apenas retirar informação relativa a 4


dos 14 edifícios que compõem este quarteirão, devido aos restantes edifícios
encontrarem-se demolidos. Desta forma o espaço outrora ocupado por estes edifícios,
deu lugar à construção de um só novo edifício que fez com que a fisionomia
destequarteirãosealterasse, tal como as suas fronteiras.

7
Quarteirão 15008

O segundo quarteirão estudado (15008) é delimitado pelas Ruas de Ceuta, Avis,


Santa Teresa, José Falcão e da Fábrica, localiza-se, como anteriormente referido, na
freguesia de Vitória, atualmente nomeada como União das Freguesias de Cedofeita,
Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória. (ver fig. 1 e 2).

Fig. 6 – Mapa de campo do quarteirão estudado


Neste quarteirão foi possível apenas
observar 18 edifícios dos 28 assinalados no mapa de campo, devido ao facto de 10
destes se localizarem na região interior do quarteirão, não existindo nenhuma forma de
alcançar os mesmos, a partir das ruas públicas circundantes. Existem ainda outras
parcelas que se encontram agregadas a edifícios já existentes, existindo apenas uma
ligeira diferenciação entre estas, presente na fotografia por satélite.

Fig. 5 – Fotografia por satélite do quarteirão, Google Earth, 2019

8
Quarteirão 15009

O terceiro quarteirão estudado (15009), tal como os outros dois quarteirões,


localiza-sena freguesia de Vitória, designada atualmente como União das Freguesias de
Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória (ver fig. 1 e 2), sendo
limitado pelas ruas de Avis, da Fábrica, do Almada e a Praça de D. Filipa de Lencastre.

Fig. 7 – Fotografia por satélite do quarteirão, Google Earth, Fig. 8 – Mapa de campo do quarteirão estudado
2019

No estudo deste quarteirão conseguimos analisar a maioria das edificações, dado


que observamos 22 edifícios dos 27assinalados no mapa de campo. O motivo pelo qual
não conseguimos analisar 5 edifícios, foi devido a estes se localizarem na região interior
do quarteirão, não existindo nenhuma forma de alcançar as mesmas, através das ruas
públicas circunjacentes. Como anteriormente referido existem também outros edifícios
que se encontram agregados a outros já existentes, havendo apenas uma ligeira
diferenciação entre estes, presente na fotografia por satélite.

9
Contextualização dos Quarteirões
História da Freguesia de Vitória
Localizada junto à Zona Histórica do Porto, a freguesia de Santa Maria de
Vitória surge no seguimento do primeiro alargamento das Muralhas Fernandinas. A
designação “Vitória” pensa-se estar associada a um combate entre mouros e cristãos.
Este combate, com a vitória dos cristãos, serviu de inspiração para vários outros nomes
como Campanhã, Batalha, Rio Tinto, etc. Outra explicação encontrada para esta
designação tem a ver com a “vitória moral”, isto é a conversão de vários judeus para a
religião cristã, pois neste local existia uma das três principais judiarias, que atrás da
Cadeia da Relação e do Convento da Vitória situava-se uma antiga sinagoga. Esta
freguesia, umas das mais antigas do Porto, apresenta vários monumentos de grande
importância, entre os quais, a Torre dos Clérigos, a Igreja dos Carmelitas, a Cadeia da
Relação do Porto. A freguesia de Vitória, em 2013, foi integrada na União de
Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia e São Nicolau.

De acordo com os Censos de 2011, no período entre 1981 a 2011, esta freguesia,
viu o número de população residente diminuir. Este decréscimo está na ordem de mais
de 50%, demonstrando a tendência atual de diminuição da densidade populacional na
designada Zona Histórica do Porto.

Gráfico 1 – População residente nas freguesias do concelho do Porto

10
Tratamento Estatístico e Análise dos Resultados do
Grupo

Para tornar a análise dos dados mais organizada, dividimos o tratamento


estatístico e a análise dos resultados em 2 partes. Inicialmente, começamos por realizar
a análise referente ao nosso grupo (4) e, posteriormente, dirigimos a nossa atenção à
base de dados global da turma, de modo a retirar considerações finais.

Caracterização dos quarteirões em relação ao número de pisos

Tabela 1- Estatísticas descritivas do número de pisos

Estatísticas
Especifique o número de pisos:
N Válido 44
Omisso 1
Média 4,86
Mediana 5,00
Moda 4
Erro Desvio 1,287
Variância 1,655
Assimetria ,403
Erro de assimetria padrão ,357
Curtose -,067
Erro de Curtose padrão ,702
Mínimo 2
Máximo 8
Percentis 25 4,00
50 5,00
75 6,00

Analisados 44 edifícios no total dos três quarteirões, podemos constatar que a


média do número de pisos é de, aproximadamente, 5. A mediana fornece uma melhor
noção de qual é o valor central, visto que não é modificado por valores extremos, sendo
esta 5,00 tendo em conta a nossa população. De seguida verifica-se que o valor mais
frequente, a moda, respetivo ao número de pisos, é 4. É possível também notar que a
11
amplitude do número de pisos observado é 6 sendo o mínimo 2 e o máximo 8. É de
salientar, por fim, que 25% dos edifícios têm 4 pisos ou menos; 50% dos edifícios têm 5
ou menos pisos e que 25% dos edifícios observados têm mais de 6 pisos.

Tabela 2- Frequência absoluta e relativa relativamente ao número de pisos dos edifícios analisados pelo
grupo 4

Número de pisos
Percentagemvál Percentagemac
Frequência Percentagem ida umulativa
Válido 2 1 2,3 2,3 2,3
3 3 6,8 6,8 9,1
4 16 36,4 36,4 45,5
5 12 27,3 27,3 72,7
6 6 13,6 13,6 86,4
7 5 11,4 11,4 97,7
8 1 2,3 2,3 100,0
Total 44 100,0 100,0

Gráfico 2- Número de pisos dos edifícios analisados pelo grupo 4

12
Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Estatística gl Sig. Estatística gl Sig.
Especifique o número de ,204 44 ,000 ,924 44 ,007
pisos:
a. Correlação de Significância de Lilliefors

Tabela 3- Teste de Normalidade

Examinando a tabela e o histograma anteriores, é possível verificar que 16


edifícios têm 4 pisos e 12 edifícios têm 5 pisos. Estando estes valores muito próximos
da média do número de pisos, que é de 4,86. Existe um edifício com 2 pisos e outro com
8 pisos, definindo então o mínimo e o máximo número de pisos, ou seja, as
extremidades. Verificam-se também edifícios com 3, 6 e 7 pisos, que correspondem a
31,8% do total de edifícios.
Utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov, como n ˃ 30, a distribuição não é
considerada normal. Se considerarmos α = 0,05, o p.value obtido foi 0,000.
Assim, p.value< α, logo HO KO (distribuição não é normal). Rejeitando-se,
então, HO (hipótese nula) e aceitando-se H1 (Hipótese alternativa), havendo diferenças
significativas.

13
Análise do número de edifícios por rua

Tabela 4- Frequências absolutas e relativas sobre as ruas

Morada dos edifícios


Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem válida acumulativa
Largo do Moinho de Vento 2 4,4 4,4 6,7
Praça D.Filipa de Lencastre 1 2,2 2,2 8,9
Rua da Fábrica 11 24,4 24,4 33,3
Rua de Avis 4 8,9 8,9 42,2
Rua de Ceuta 4 8,9 8,9 51,1
Rua de José Falcão 4 8,9 8,9 60,0
Rua de Santa Teresa 8 17,8 17,8 77,8

Rua do Almada 10 22,2 22,2 100,0


Total 44 100,0 100,0

Gráfico 3- Número de edifícios por ruaGráfico 4- Número de edifícios por rua

Através da análise dos gráficos e da tabela, podemos concluir que a maioria dos
edifícios, ou seja, 24,4 % situam-se na Rua da Fábrica, seguido da Rua do Almada que
contém 22,2 % dos edifícios totais. A Rua de Santa Teresa posiciona-se em terceiro
lugar relativamente à rua com mais edifícios, englobando 8 deles.
A rua com menos edifícios analisados e que abrange apenas 2,2% dos edifícios
totais é a Praça D.Filipa de Lencastre, seguida do Largo Moinho de Vento com o dobro
dos edifícios, ou seja 4,4 %.
14
As ruas de Avis, Ceuta e de José Falcão contêm a mesma quantidade de
edifícios, representando 26,7%.
Análise da ocupação dos edifícios

Tabela 5- Frequências absolutas e relativas sobre a ocupação do edifício

Ocupação do edifício
Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem válida acumulativa
Válido Ocupado 24 54,5 54,5 54,5
Pelo menos um piso 4 9,1 9,1 63,6
desocupado
Mais de 50% dos seus pisos 9 20,5 20,5 84,1
desocupados
Devoluto 7 15,9 15,9 100,0
Total 44 100,0 100,0

Gráfico 5- Ocupação dos edifícios

Tendo em conta a tabela 5 e a sua representação gráfica (gráfico 5), é possível


constatar que 24, do número total de edifícios encontram-se em estado de ocupação.
Desta forma, mais de metade dos edifícios estudados (54,5 %) encontram-se,
atualmente, ocupados.

15
Existem, porém, 9 edifícios com mais de 50% dos seus pisos desocupados, 7
edifícios devolutos e 4 edifícios com pelo menos um piso desocupado.

Análise do estado de ocupação por número de pisos

Tabela 6- Ocupação / Número de pisos

Especifique o número de pisos:


2 3 4 5 6 7 8
Contage Contage Contage Contage Contage Contage Contage
m m m m m m m
Especifique qual a Ocupado 1 2 8 5 5 3 0
ocupação do edifício: Pelo menos um piso 0 0 1 1 1 1 0
desocupado

Mais de 50% dos 0 1 2 4 0 1 1


seus pisos
desocupados
Devoluto 0 0 5 2 0 0 0

Considerando a tabela 6, é possível afirmar que o único edifício que tem 2 pisos
encontra-se ocupado.
Relativamente aos 3 edifícios com 3 pisos, dois encontram-se ocupados e um
tem mais de 50% dos seus pisos desocupados.
No que diz respeito aos edifícios com 4 pisos, oito dos dezasseis apresentam-se
ocupados, um tem pelo menos um piso desocupado, dois têm mais de 50 % dos pisos
desocupados e cinco encontram-se devolutos.
Comparando agora os edifícios com 5 pisos, cinco estão ocupados, um tem pelo
menos um piso desocupado, quatro têm, mais de 50 % dos pisos desocupados e dois
estão devolutos.
Os edifícios com 6 pisos, a grande maioria estão ocupados e existe apenas um
com pelo menos um piso desocupado.
Relativo aos edifícios com 7 pisos, três encontram-se ocupados, um pelo menos
com um piso desocupado e outro com mais de 50% dos seus pisos desocupados.

16
Por último, o único edifício com 8 pisos encontra-se com mais de 50% dos seus
pisos desocupados.

Tabela 7- Teste de Kruskal-Wallis

Postos
Ocupação_recodificada N Posto Médio
Especifique o número de 1 24 22,50
pisos: 2 4 28,88
3 9 24,33
4 7 16,50
Total 44

O1-Ocupado;
O2- Edifício parcialmente ocupado, com pelo menos um piso desocupado;
O3- Edifício significativamente devoluto, com mais de 50% dos seus pisos desocupados;
O4- Devoluto;

Estatísticas de testea,b
Especifique o número de pisos:
H de Kruskal-Wallis 2,906
gl 3
Significância Sig. ,406
a. Teste KruskalWallis
b. Variável de Agrupamento: Ocupação_recodificada

17
Como já foi referido anteriormente, a distribuição não é normal, de maneira a que
temos de utilizar um Teste Não Paramétrico. Para analisar a relação existente entre a
ocupação e o número de pisos o teste mais adequado é o Teste H de Kruskal-Wallis.
Para isso recodificamos a variável “Especifique qual a ocupação do edifício” para
“Ocupação_Recodificada”.

Posteriormente, iremos comparar os resultados obtidos com dados da base


geral de dados da turma.

Análise do estado de conservação dos edifícios

Tabela 8- Frequências absolutas e relativas sobre o estado de conservação dos edifícios

Estado de conservação do edifício


Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem válida acumulativa
Válido Sem necessidade de 24 54,5 54,5 54,5
reabilitação
Aconselhável uma 11 25,0 25,0 79,5
reabilitação média
Necessita uma reabilitação 7 15,9 15,9 95,5
profunda
Edifícios em obras ou em 2 4,5 4,5 100,0
remodelação
Total 44 100,0 100,0

18
Gráfico 6- Estado de conservação dos edifícios

Mais de 50% dos edifícios dos nossos quarteirões (24 edificações),


não necessitam de uma reabilitação, no entanto cerca de 41% deles necessitam dessa
reabilitação, seja ela média (25 % dos edifícios) ou profunda (cerca de 16% dos
edifícios). Atualmente apenas 4,5 % dos edifícios encontram-se em obras ou em
remodelação.

Contudo é importante salientar que quando as obras destes edifícios forem concluídas,
haverá a necessidade de reabilitar mais de metade dos restantes, para que os quarteirões
tenham edifícios em bom estado.

Análise referente à situação dos edifícios no mercado

Tabela 9- Frequências absolutas e relativas sobre a situação do edifício no mercado

Situação do edifício no mercado


Percentagem Percentagem
Frequência Percentagem válida acumulativa
Válido Impossível de avaliar 37 84,1 84,1 84,1
Com pelo menos uma 2 4,5 4,5 88,6
divisão para vender

19
Com pelo menos uma 1 2,3 2,3 90,9
divisão para trespassar
Com pelo menos uma 4 9,1 9,1 100,0
divisão para arrendar
Total 44 100,0 100,0

Gráfico 7- Situação do edifício no mercado

Dos 44 edifícios analisados, apenas conseguimos analisar 7 deles


relativamente à sua situação no mercado. Visto isto, 37 edifícios ou 84,1 % dos edifícios
foram impossíveis de avaliar. No que diz respeito aos restantes, 2 deles tinham pelo
menos uma divisão para vender, 1 tinha pelo menos uma divisão para trespassar e 4
tinham pelo menos uma divisão para arrendar.

Análise da função dos edifícios

▪ Rés- do- Chão

Tabela 10- Frequências absolutas e relativas sobre a função predominante do rés-do-chão

Função predominante do Rés-do-chão


Percentagemvál Percentagemac
Frequência Percentagem ida umulativa

20
Válido Comércio 27 61,4 61,4 61,4
Devoluto 6 13,6 13,6 75,0
Hotelaria 2 4,5 4,5 79,5
Impossível de especificar 1 2,3 2,3 81,8
Restauração 7 15,9 15,9 97,7
Serviços 1 2,3 2,3 100,0
Total 44 100,0 100,0

Gráfico 8- Função predominante do rés-do-chão

Depois de analisar a tabela e o gráfico é de fácil compreensão que o


Comércio é, geralmente, a função predominante no rés-do-chão, ocupando assim cerca
de 61% dos edifícios. Em segundo lugar, segue-se a Restauração que ocupa cerca de
16% dos edifícios. Em terceiro, com 4.5% a Hotelaria. Em quarto lugar com 2.3%, os
serviços. Os edifícios Devoluto e os impossíveis de especificar, obterão 13.6% e 2.3%,
respetivamente.

▪ Pisos Superiores

Tabela 11 –Frequências absolutas e relativas sobre a função predominante dos pisos superiores

Predominância dos pisossuperiores


Percentagemváli Percentagem
Frequência Percentagem da acumulativa
Válido Comercial 3 6,8 6,8 6,8
21
Devoluto 13 29,5 29,5 36,4
Hotelaria 6 13,6 13,6 50,0
Residencial 14 31,8 31,8 81,8
Restauração 3 6,8 6,8 88,6
Serviços 5 11,4 11,4 100,0
Total 44 100,0 100,0

Gráfico 9- Função predominante dos pisos superiores

De acordo com os resultados obtidos, cerca 30% dos edifícios


encontram-se devolutos, nos andares superiores. Como consta na tabela 11, a função
predominante nos pisos superiores, dos edifícios, é a Residencial que ocupa
aproximadamente 32% dos edifícios, seguida da Hotelaria que, por sua vez, reside 14%
dos pisos superiores dos edifícios.

Em oposição a função Comercial e de Restauração são as que menos


predominam nos pisos superiores, dado que normalmente se encontram instaladas no
rés-do- chão, tal como se verifica através dos dados da tabela 10.

▪ Função predominante no Edifício

Tabela 12- Frequências absolutas e relativas sobre a função predominante no edifício

Funçãopredominantedoedificio

22
Percentagemvál Percentagemac
Frequência Percentagem ida umulativa
Válido Comercial 7 15,9 15,9 15,9
Devoluto 9 20,5 20,5 36,4
Hotelaria 6 13,6 13,6 50,0
Residencial 14 31,8 31,8 81,8
Restauração 3 6,8 6,8 88,6
Serviços 5 11,4 11,4 100,0
Total 44 100,0 100,0

Gráfico 10- Função predominante do edifício

Tendo em conta a tabela 12 e a sua respetiva representação gráfica a


respeito da função predominante dos edifícios, é notória a elevada frequência absoluta e
relativa da função Residencial, verificando-se assim 14 casos nos 44 edifícios estudados
nos quais a função Residencial prevalece. Tendo isto em conta, em cerca de 32% dos
prédios a função residencial é a que predomina.

É importante também destacar o número de casos Devoluto, uma


vez que é a segunda maior frequência absoluta. Existem, na totalidade dos edifícios
estudados pelo nosso grupo, 9 edifícios onde a função predominante é Devoluto, o que
representa um peso, considerável, de 20,5% no universo de estudo. O Comércio e a
Hotelaria são também funções bastante frequentes nestes edifícios, representando em
termos relativos, 15,9% e 13,6% das funções predominantes nos edifícios.

23
Em contrapartida os Serviços e a Restauração são as funções que
menos predominam nos edifícios, apresentando, portanto, estatisticamente uma menor
frequência absoluta e relativa. De todas as funções dos edifícios, destacadas, a
Restauração é função a que apresenta uma menor frequência absoluta- 3, quer isto dizer
que só existem 3 prédios onde a Restauração é a função predominante, ou que só em
6,8% dos prédios a função predominante é a restauração.

Análise cruzada do estado de conservação dos edifícios dos quarteirões


relativamente ao tipo de situação do mercado dos mesmos

Tabela 14- Conservação dos edifícios / Situação no mercado

Situação do edifício no mercado


Com pelo Com pelo Com pelo
menos uma menos uma menos uma
Impossível de divisão para divisão para divisão para
avaliar vender trespassar arrendar
Contagem Contagem Contagem Contagem
Estado de Semnecessidade de 20 1 0 3
conservação reabilitação
do edifício: Aconselhávelumareabilitaç 8 1 1 1
ãomédia
24
Necessitaumareabilitaçãop 7 0 0 0
rofunda
Edifícios em obras ou em 2 0 0 0
remodelação

Todos os quarteirões que nos foram atribuídos situam-se na freguesia Vitória e


como já foi referido anteriormente 24 deles não necessitam de reabilitação. Desses 24,
não é possível avaliar a situação no mercado de 20, 1 deles tem pelo menos uma divisão
para vender e 3 têm pelo menos uma divisão para arrendar. Existem 2 que estão em
obras ou remodelação e os restantes que necessitam de uma reabilitação média ou
profunda é impossível avaliar a situação no mercado da maioria, contudo existe 1
edifício que tem pelo menos uma divisão para trespassar, outro que tem pelo menos
uma divisão para vender e outro que tem pelo menos uma divisão para arrendar.

Tratamento Estatístico e Análise dos Resultados da


Base de Dados Global

Avaliação da forma como varia o estado de ocupação dos edifícios entre


freguesias

Tabela 14- Conservação dos edifícios/ Freguesias dos quarteirões

Insira a freguesia onde se localiza o edifício/quarteirão:


Foz do Santo
Bonfim Cedofeita Douro Miragaia Ildefonso Sé Vitória
Contage Contage Contage Contage Contage
m m Contagem m Contagem m m
Refira o estado de EC1 42 100 0 21 273 61 158
conservação do EC2 11 64 0 3 183 24 79
edifício: EC3 3 17 0 0 80 25 42

25
EC4 3 17 1 7 72 5 29

EC1-Sem necessidade de reabilitação (em bom estado de conservação);


EC2- Aconselhável uma reabilitação média (em estado intermédio de conservação);
EC3- Necessita uma reabilitação profunda (em mau estado de conservação);
EC4- Edifícios em obras ou em remodelação.

Tabela 15- Ocupação dos edifícios/ Freguesias dos Quarteirões

Insira a freguesia onde se localiza o edifício/quarteirão:


Foz do Santo
Bonfim Cedofeita Douro Miragaia Ildefonso Sé Vitória
Contage Contage Contage Contage Contage
m m Contagem m Contagem m m
Especifique qual a 0 2 0 0 6 1 2
ocupação do edifício: O1 46 139 0 25 353 60 220
O2 5 27 0 0 59 32 30
O3 4 3 0 0 56 12 24
O4 4 27 1 6 134 10 32

O1-Ocupado;
O2- Edifício parcialmente ocupado, com pelo menos um piso desocupado;
O3- Edifício significativamente devoluto, com mais de 50% dos seus pisos desocupados;
O4- Devoluto;

Comprovando através das tabelas 14 e 15, em todas as freguesias do


Porto, excepto a Foz do Douro (que apenas contém um edifício que se encontra em
obras ou em remodelação), a grande parte dos edifícios encontra-se em bom estado de
conservação e não necessitam de uma reabilitação.

Santo Ildefonso, a freguesia com mais edifícios analisados pela


turma, atingindo 608 edifícios, tem mais de 50% das suas edificações ocupadas.
Contudo, tem cerca de 22% dos seus edifícios devolutos o que é de ponderar, talvez
porque 263 dos seus edifícios necessitem de uma reabilitação.

Existe, também, um amplo número de edificações devolutas nestas


freguesias e é necessário investir em remodelações médias ou profundas, de forma a
diminuir os edifícios significativamente devolutos ou devolutos e elevar os edifícios
ocupados.

26
Enquadramento dos quarteirões estudados por cada grupo no universo de
quarteirões recolhidos pela turma, utilizando metodologias estatísticas
descritivas e inferencial

Tabela 16-Número de pisos dos edifícios analisados pela turma

Especifique o número de pisos:


Porcentagem Porcentagem
Frequência Porcentagem válida acumulativa
Válido 1 163 12,3 12,3 12,3
2 190 14,4 14,4 26,7
3 310 23,5 23,5 50,2
4 373 28,3 28,3 78,5
5 171 13,0 13,0 91,4
6 70 5,3 5,3 96,7
7 25 1,9 1,9 98,6
8 7 ,5 ,5 99,2
9 11 ,8 ,8 100,0
Total 1320 100,0 100,0

Gráfico 11- Número de pisos dos edifícios analisados pela turma

27
Na base global, tal como na do grupo, os resultados referentes ao
número de pisos é um pouco semelhante visto que o número de pisos mais frequente é
4, verificado em aproximadamente 28% dos edifícios.

Podemos compreender através da análise da tabela 16 que 50% dos


edifícios têm entre 1 a 3 pisos. Os edifícios com 8 pisos são os mais raros, seguidos dos
de 9, 7 e 6 respetivamente.Existem ainda 13% dos edifícios com 5 pisos, ou seja 171 em
1320.

Tabela 17- Frequências estatísticas descritivas do número de pisos

N Válido 1320
Omisso 0
Média 3,46
Erro de média padrão ,043
Mediana 3,00
Moda 4
Erro Desvio 1,562
Variância 2,440
Assimetria ,477
Erro de assimetria padrão ,067
Curtose ,575
Erro de Curtose padrão ,135
Mínimo 1
Máximo 9
Soma 4570
Percentis 25 2,00
50 3,00
28
75 4,00

Analisados 1320 edifícios no total dos quarteirões, podemos constatar que a


média do número de pisos é de 3,46, o que já diferencia com a média do número de
pisos dos edifícios analisados pelo grupo. A mediana da população total é 3,00. De
seguida verifica-se que o valor mais frequente, a moda, respetiva ao número de pisos, é
4. É possível também notar que a amplitude do número de pisos observado é 8 sendo o
mínimo 1 e o máximo 9. É de salientar, por fim, que 25% dos edifícios têm 2 pisos ou
menos; 50% dos edifícios têm 3 ou menos pisos e que 25% dos edifícios observados
têm mais de 4 pisos.

Tabela 18- Teste de Normalidade

Testes de Normalidade
Kolmogorov-Smirnova Shapiro-Wilk
Estatística gl Sig. Estatística gl Sig.
Especifique o número de ,150 1320 ,000 ,937 1320 ,000
pisos:
a. Correlação de Significância de Lilliefors

Realizado o teste de normalidade (tabela 18) chegamos à conclusão que tal como
nos edifícios analisados pelo nosso grupo, a distribuição dos edifícios na turma não
seguem uma distribuição normal.

Utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov, porque n ˃ 30, a distribuição não é normal.


Se considerarmos α = 0,05, o p.value obtido foi 0,000.

Assim, p.value<α , logo HO KO (distribuição não é normal).Rejeita-se, então,


HO (hipótese nula) e aceita-se H1 (Hipótese alternativa), havendo diferenças
significativas.

Tabela 19- Teste Kruskal-Wallis para a base de dados global

Postos
ocupação_recodificada N Posto Médio
Especifique o número de 1 843 674,96
pisos: 2 153 772,97

29
3 99 756,10
4 214 445,26
Total 1309

Estatísticas de testea,b
Especifique o
número de
pisos:
H de Kruskal-Wallis 94,245
gl 3
Significância Sig. ,000
a. Teste KruskalWallis
b. Variável de Agrupamento:
ocupação_recodificada

Após ser realizado o teste H de Kruskal-Wallis para a base de grupo (tabela 7),
segue-se aqui a mesma situação. A distribuição também não é normal e por isso
utilizamos um teste não paramétrico.

Comparados os resultados da tabela 7 e da tabela 19 , considerando um nível de


confiança de 95%, ou seja α= 0,05, no grupo p.value=0,406, ou seja p.value˃α, logo HO
OK, não há diferenças significativas quanto à ocupação dos edifícios por número de
pisos e na turma p.value=0,000, ou seja p.value<α, logo HOKO, há diferenças
significativas quanto à ocupação dos edifícios por número de pisos.

Tabela 20- Ocupação/ Numero de Pisos

30
Utilizando as referências da tabela 20, que transmitem informações
correspondentes à ocupação dos edifícios por número de pisos, chega-se a uma dedução
de como estão ocupados os edifícios da Baixa do Porto.

Em edifícios com um só piso, 86 encontram-se ocupados, 1


parcialmente ocupado, 3 significativamente devolutos e 68 devolutos. Em edifícios com
2 pisos, 122 deles estão ocupados, 17 parcialmente ocupados, 10 significativamente
devolutos e 41 devolutos. Em relação aos edifícios com 3 pisos, existem 197 ocupados,
40 parcialmente ocupados, 27 significativamente devolutos e 46 devolutos. Já nos
edifícios com 4 pisos 247 mostram-se ocupados, 54 parcialmente ocupados, 30
significativamente devolutos e 38 devolutos.

Nos 169 edifícios onde o número de pisos é 5, de acordo com a tabela 20, observa-se
que 111 deles estão ocupados, 21 parcialmente ocupados, com pelo menos um piso
devoluto, 22 com mais de 50% dos seus pisos desocupados, e por fim 15 edifícios
encontram-se em devoluto. Num total de 70 edifícios onde o número de pisos é 6,
observa-se que 47 deles estão ocupados, 16 com pelo menos um piso desocupado, 5

31
com 50% dos seus pisos desocupados e 2 edifícios em devoluto. Nos 25 edifícios onde
o número de pisos é 7, consta-se que 20 deles se encontram ocupados, 2 com pelo
menos um piso desocupado, 1 com pelo 50% dos pisos desocupados, e 2 deles em
devoluto. Nos 7 edifícios onde o número de pisos é 8, observa-se que 3 deles estão
ocupados, 1 com pelo menos um piso desocupado, 1 com pelo 50% dos pisos
desocupados e 2 deles em devoluto.

Por fim, num total de 11 edifícios onde o número de pisos é 9, 10 deles estão ocupados,
e o outro tem pelo menos um piso desocupado.

Resumindo, num total de 1320 edifícios, consideram-se 843 ocupados, 153


parcialmente ocupados, 99 significativamente devolutos e 214 devolutos.

Independentemente do número de pisos, predominam os edifícios ocupados, contudo


existe uma enorme quantidade de edifícios devolutos. Assim, nem sempre a relação
entre o número de pisos e a ocupação dos mesmos é proporcional.

Conclusão
Este relatório tem como finalidade, recorrendo a métodos estatísticos,
compreender e analisar a realidade dos edifícios da cidade do Porto, sobretudo na
freguesia de Vitória. O mesmo foi feito tendo em conta variáveis como o número de
pisos, a ocupação, o estado de conservação, a situação no mercado e a função
predominante dos edifícios, no entanto, em algumas fases do trabalho para além de
considerarmos os edifícios do nosso grupo, foi necessário considerar a base de dados
geral.

Assim, relativamente a este relatório podemos tecer de imediato dois tipos de


considerações finais, as primeiras relativas aos edifícios do nosso grupo e as segundas
relativamente aos edifícios da base global da turma, ou seja, da Baixa do Porto.

32
Após realizado este trabalho de campo conseguimos aprofundar os nossos
conhecimentos, de uma forma mais prática visto que tínhamos um maior contacto com a
realidade, respeitantes à organização das cidades.

A utilização do SPSS, um software aplicativo que transforma os dados em


informação, foi um instrumento fundamental para a organização, compreensão e
concretização deste relatório.

Tendo em conta toda a informação tratada e recolhida que apresentamos ao


longo deste relatório, que tem como objeto de estudo os quarteirões 15007,15008 e
15009 do Porto, é possível concluir que o número de pisos predominante é quatro,
existindo nestes quarteirões edifícios com pisos entre dois a oito.

Relativamente à análise do número de edifícios por rua, conclui-se que a rua que obtém
o maior número de edifícios é a Rua da Fábrica e a que possui menos é a Praça D.Filipa
de Lencastre.

Em relação à análise da ocupação dos edifícios podemos inferir que, aproximadamente,


55% dos edifícios estudados encontram-se ocupados e outros 45% com pelo menos um
piso desocupado, significativamente devolutos ou, então, devolutos.

No que diz respeito à análise cruzada entre o número de pisos e a ocupação dos
edifícios, depreendemos que os edifícios que têm o maior número de ocupação são os
que têm 4 pisos, contudo este também apresenta o maior número de edifícios devolutos.
Acerca da análise do estado de conservação dos edifícios percebemos que mais de 50%
dos edifícios dos nossos quarteirões, não necessitam de uma reabilitação e apenas 4,5 %
dos edifícios encontram-se em obras ou em remodelação.

A respeito da análise referente à situação de mercado é importante salientar que 37


edifícios ou seja 84,1 % dos edifícios foram impossíveis de avaliar.

Quanto à análise da função predominante do rés-do-chão, bem como a dos pisos


superiores, é importante constatar que, o comércio é a função predominante no rés-do-
chão, ocupando assim cerca de 61% dos edifícios, já nos pisos superiores a função
predominante é a Residencial que ocupa aproximadamente 32% dos edifícios.

33
Considerando o edifício como um todo, a função predominante é a residencial,
verificando-se, assim, 14 casos nos 44 edifícios estudados. Em contrapartida os serviços
e a restauração são as funções que menos predominam nos edifícios.

Por fim, a última análise feita à base de dados do grupo refere-se ao estado de
conservação dos edifícios dos quarteirões relativamente ao tipo de situação de mercado,
mediante isto, é de destacar que, como já foi referido 24 deles não necessitam de
reabilitação, sendo impossível avaliar a situação no mercado de 20, os restantes que
necessitam de uma reabilitação média ou profunda é impossível avaliar a situação no
mercado.

Apresentando agora as conclusões relativas à base global, relativamente à análise do


número de pisos, conclui-se que base global, tal como na do grupo, os resultados
referentes ao número de pisos é 4. Quanto à análise referente número de pisos com a
ocupação dos edifícios, podemos inferir que, após ser realizado o teste H de Kruskal-
Wallis, há diferenças significativas quanto à ocupação dos edifícios por número de
pisos. Observamos também com a utilização de uma tabela cruzada, que
independentemente do número de pisos, predominam os edifícios ocupados, contudo
existe uma enorme quantidade de edifícios devolutos.

O trabalho permitiu ter uma noção da distribuição e organização das funções, serviços e
equipamentos no espaço geográfico e das características dos edifícios desses espaços.

Referências Bibliográficas

• Google Maps, 2019 – Vista de mapas de enquadramento


• Google Earth, 2019´
• Censos 2011

34

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