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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

Tipo do Documento ROTINA OPERACIONAL


HOSPITAL PADRÃO
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TROCAS DE DISPOSITIVOS xx/xx/2022 revisão:
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Versão: 1 xx/xx/2024

1. OBJETIVOS
Visa prevenir a contaminação de dispositivos, bem como diminuir a incidência de
infecção hospitalar associada aos dispositivos a seguir relacionados.

2. MATERIAL
 Dispositivos para troca;
 Material de punção venosa;
 Material de punção arterial;
 Material de assistência ventilatória;
 Material de cateterismo vesical;
 Material de sondagem nasogástrica/nasoenteral;
 Luvas de procedimento ou estéreis dependendo do procedimento.

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

Para a substituição adequada dos dispositivos se faz fundamental a identificação


contendo o NOME DO PROFISSIONAL, DATA e HORA da inserção/instalação/troca; o TIPO e
CALIBRE (a depender do dispositivo) e a DATA e HORA da troca do curativo.
As informações sobre os dispositivos deverão estar contidas no AGHU (dispositivos)
bem como as intercorrências que por ventura vierem a ocorrer, para controle da CCIH/SCIRAS.

No quadro abaixo, encontram-se descritos os procedimentos de acordo com cada material:

TEMPO DE TROCA DOS DISPOSITIVOS

Tipo de Cateter ou Tempo de permanência Observações


Dispositivo

Sem troca programada Retirar em caso de hiperemia local;


(os curativos deverão ser secreção no sítio de inserção do cateter;
Cateter Venoso Central
realizados com técnica febre sem foco definido ou
(CVC)
asséptica, com gaze seca exteriorização.
ou associada ao PHMB,
Os bundles de inserção e
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(IntracathTM) trocas diárias ou filme acompanhamento para prevenção de


transparente com troca a IPCS deverão ser seguidos e anexados aos
cada 7 dias ou antes SN). prontuários.

Retirar em caso de hiperemia local;


secreção no sitio de inserção do cateter;
Cateter de Swan-Ganz 5 dias.
febre sem foco definido ou
exteriorização.

Retirar em caso de hiperemia local;


secreção no sitio de inserção do cateter;
Cateter Arterial Periférico Sem troca programada.
febre sem foco definido ou
exteriorização.

Limitar o tempo de
permanência do Retirar em caso de hiperemia local;
Dispositivo intraósseo secreção no sitio de inserção do cateter;
dispositivo intraósseo para
não mais que 24 horas. febre sem foco definido ou
exteriorização.

Adultos: Cateter
intravenoso (Jelco®) → 72-
O cateter periférico instalado em situação
96 horas. Recomenda-se a
de emergência ou com
troca do cateter periférico
comprometimento da técnica asséptica
em adultos em 72 horas
deve ser trocado tão logo quanto
quando confeccionado
possível.
com teflon e 96 horas
quando confeccionado
Cateter Venoso Periférico
com poliuretano;
Em pacientes neonatais e pediátricos não
devem ser trocados rotineiramente e
devem permanecer até completar a
Crianças: trocar o cateter
terapia intravenosa, a menos que
apenas se ocorrer
indicado clinicamente (flebite ou
complicação (ex: flebite).
infiltração).

Cateteres umbilicais
arteriais:
Retirar em caso de hiperemia local;
preferencialmente, não
secreção no sitio de inserção do cateter;
Cateter Umbilical devem ser mantidos por
febre sem foco definido ou
mais de 5 dias;
exteriorização.
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Cateteres umbilicais
venosos: devem ser
removidos quando não
mais necessários, mas
podem permanecer por
até 14 dias, desde que
mantidos por meio de
técnica asséptica.

Retirar em caso de hiperemia local;


Cateter venoso para secreção no sitio de inserção do cateter;
Sem troca programada.
Hemodiálise febre sem foco definido ou
exteriorização.

Infusão contínua –
proceder troca a cada
72/96h;

Infusões intermitentes –
proceder a troca a cada
24h;

Nutrição parenteral –
Trocar o equipo e
dispositivo complementar
de nutrição parenteral a O sistema de infusão deve ser trocado na
cada bolsa (a via para suspeita ou confirmação de IPCS.
administração da nutrição
parenteral deve ser
Equipos exclusiva). Atentar para a orientação dos
medicamentos a serem utilizados, uma
Equipo para dieta enteral: vez que alguns possuem recomendações
a cada 24 horas (o equipo próprias.
deve ser “lavado” com
água potável a cada uso,
observando a quantidade
recomendada pelo
médico.)
Emulsões lipídicas –
proceder troca a cada 24h;
Administração de sangue
e hemocomponentes –
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proceder a troca a cada


bolsa;

Antimicrobianos - trocar
imediatamente o sistema
de infusão ou no máximo
em 24h.

Circuito ventilador e Trocar sempre que houver Atentar para a contenção dos
sistema de aspiração sujidade visível. condensados.
fechado

Lavado com água e sabão a Entre um paciente e outro os frascos


Frasco de Aspiração cada 24 horas se for para o devem sofrer esterilização ou desinfecção
mesmo paciente. de alto nível.

Entre um paciente e outro, o Ambu® deve


Reanimador manual Trocar a cada 24 horas ou sofrer esterilização ou desinfecção de alto
(Ambu®) em caso de sujidade nível.
visível.

O intervalo é determinado pelo


fabricante (mas, devido ao desgaste do
material, recomenda-se 30 dias).
Sonda Vesical de Demora Não há troca programada.
Trocar todo o sistema quando ocorrer
desconexão, quebra da técnica asséptica ou
vazamento.

Coletor urinário sistema Não há troca programada. Trocar quando houver necessidade de
fechado trocar a SVD e na presença de sujidade.

A cada 07 dias ou em caso Observar recomendação do fabricante e


de obstrução ou estado geral do paciente.
Sonda Nasogástrica
deslocamento distal.

Proceder na troca em caso de obstrução


ou necessidade de reposicionamento.
A cada 30 dias ou em caso
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Sonda Nasoentérica de obstrução ou As SNE siliconadas poderão ter seu prazo


deslocamento distal. de troca prolongado, podendo chegar a
90 dias.

Quando for necessário, trocar todo o


sistema.
Umidificador de O2 A cada 48 horas.
Caso esteja sendo utilizado água
destilada, a solução deverá ser trocada a
cada 24h.

Trocar todo o sistema quando necessário.


Máscara de Venturi A cada 48 horas. Trocar na presença de sujidade quando
tempo inferior a 48h.

A cada 48 horas ou na O extensor (chicote) deve ser limpo com


Cateter de oxigênio
presença de sujidade álcool a 70% diariamente.
visível.

Recomenda-se a troca a
cada 24 horas.
Limpeza diária com água e
Inaladores e Trocar todo sistema na alta hospitalar do
sabão, logo após
nebulizadores paciente ou quando suspenso a
desinfecção com álcool a
terapêutica com nebulização e enviar
70%, a cada 24 horas
para CME.
mantendo o chicote de
oxigênio. Acondicionando
o dispositivo em recipiente
plástico fechado.

RESPONSÁVEIS NA EXECUÇÃO:
 Equipe de Enfermagem
RESPONSÁVEIS PELA AVALIAÇÃO DA ROTINA:
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 Toda a equipe empenhada no cuidado ao paciente

4. REFERÊNCIAS
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Caderno 4: Medidas de Prevenção de Infecção
Relacionada à Assistência à Saúde. Brasília: Anvisa, 2017. Série: Segurança do Paciente e
Qualidade em Serviços de Saúde. 2. Ed. São Paulo. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-
br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-
prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf/view. Acesso em: 29 mar. 2022;
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Orientações para prevenção de Infecção
Primária de Corrente Sanguínea. Brasília: Anvisa, 2010. Disponível em:
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/1340372157manual_orientacao_prevencao_ics_set
_2010_anvisa.pdf. Acesso em: 29 mar. 2022.

5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

1 29/03/202 Elaboração do documento


2

Elaboração
Data: 29/03/2022
Karina Tavares de Araújo Villar – Enfermeira da CCIH
Análise: Data: 29/03/2022
Xênia Sheila Barbosa Aguiar Queiroz – Técnica em enfermagem
do SVSSP
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Validação: Data: 29/03/2022


Andréia Oliveira Barros Sousa – Chefe do SVSSP
Aprovação
Data: 29/03/2022
Andréia Oliveira Barros Sousa – Chefe do SVSSP

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