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Foz do Iguaçu – PR
Novembro 2022
Sumário:
Padrão de beleza----------------------------------------------------------03
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Padrão de Beleza:
O tema “padrão de beleza” não é novo. Na verdade, ele sempre existiu, porém,
com outros nomes.
Ao longo do tempo, país e região, esse padrão foi mudando. Ou seja, o padrão de
beleza do Brasil no século XIX e no século XXI são diferentes, apesar de ser o
mesmo país. Da mesma forma que o padrão na China e na Índia são diferentes,
apesar de ser o mesmo século.
A cultura é influenciada da mesma forma que influencia o padrão de beleza. Essa é
uma das razões que fazem o padrão ser diferente em cada século e região, porém,
não é a única influência.
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O padrão de beleza na Coreia do Sul:
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Com a ocupação japonesa no início do século XX, uma transformação cultural
impactou os coreanos: o banimento de conteúdos coreanos. Nessa época até
mesmo o idioma Coreano era proibido, idioma que quase morreu na época. Esse
banimento fez com que um novo conceito de beleza surgisse na Coreia.
Começou a ser muito usado o pó de arroz. Porém, apesar de popular na época,
seu uso foi descontinuado em 1930, com a descoberta de componentes químicos
ruins para o corpo.
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Nesse período começou também a obsessão ao físico, com as mulheres tentando
se encaixar no padrão de queixo em “V” – atualmente chamado de “v-line”.
Com o fim da Guerra da Coreia (1950 – 1953), as cirurgias plásticas ganharam
força – sendo considerada a melhor nos dias atuais – a influência ocidental
aumentou, surgiram novos penteados, cabelos mais curtos e maquiagens mais
vivas.
Na década de 1960, o padrão de beleza foi determinado: pele lunar, rosto pequeno
e queixo em
“V”,
corpo
leve e
magro,
nariz fino e
arrebitado. Padrão esse que não é muito diferente nos dias atuais.
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Os anos 70 foram conturbados devido ao regime autoritário de Park Chung-Hee.
Durante esse período, jovens passaram a usar o estilo punk e hippie como forma de
protesto.
Em 1980, as televisões com cores começaram a ficar populares. Momento em que
as mulheres voltaram a usar cores mais vivas.
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A influência do Kpop:
Com o surgimento do Kpop em 1990, os idols passaram a ser modelos de
tendência, sendo copiados em todo o país. A tendência voltou a ser mais suave.
Em 2000, surgiu um novo produto de exportação: os cosméticos coreanos.
O país também se consolidou como o maior em números de cirurgias plásticas.
Com influência de Kdramas e kpop, o padrão de “perfeição” surgiu, fazendo com que
mais coreanos fizessem cirurgia para tentar alcança-lo.
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Atualmente, o padrão de beleza ainda é influenciado por atrizes/ atores e idols.
O rosto coreano “perfeito” consiste em: cabeça pequena, feições delicadas, olhos
grandes, pálpebras duplas, nariz fino com ponte alta, sobrancelhas retas e “v-line”.
Já no corpo feminino, o padrão é: corpo magro, coxas finas porém, com pernas
maiores que o torso, afinal, torso muito grande não é considerado “feminino e
delicado”.
Enquanto o corpo masculino não é muito diferente, sendo ele: magro, alto e
abdômen definido.
Idols que atingem grande parte desses padrões: Jang Wonyoung do IVE e Cha
Eun Woo do ASTRO.
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O padrão de beleza no Japão:
No Japão antigo, as mulheres pintavam seus dentes de preto. Prática que levava o
nome de “Ohaguro”.
Na época, dentes pretos era sinônimo de luxo e beleza, quanto mais pretos os
dentes = mais bonita.
O ohaguro foi comumente praticado entre mulheres casadas, mulheres solteiras
com mais de 18 anos e gueixas.
Não se sabe ao certo quando essa prática começou. No entanto, ela se tornou
popular entre os aristocratas japoneses, especialmente os membros femininos,
durante o período Heian (794 – 1185).
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Durante o período Meiji (1868 – 1912), o governo do Japão proibiu a prática do
ohaguro que, aos poucos, se tornou obsoleto.
Atualmente, os únicos lugares onde é possível ver o ohaguro são em peças teatrais
japonesas, nos distritos de gueixas, em alguns festivais e filmes.
O ohaguro também complementava uma maquiagem branca. Ao pintar o rosto de
branco, os dentes aparentavam ser mais amarelados que o normal.
Assim, escurecer os dentes era uma forma de ilusão, como se alguém estivesse
sorrindo amplamente sem mostrar os dentes.
Durante séculos a cultura japonesa idolatrava mulheres de pele muito clara, isso
significava status, mostrava uma ótima posição social e indicava que elas não
precisavam trabalhar nas plantações de arroz embaixo do sol.
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Até hoje, as mulheres japonesas prezam pela pele clara e usam maquiagens e até
aplicativos para deixar a pele dessa cor.
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Filósofos e conceitos filosóficos:
Platão:
No século 4 a.C. Platão associava o belo ao bem e à verdade, e afirmava que a
beleza é o sinal de uma outra ordem, superior. Daí a crença, entre os gregos, de que
a beleza era também uma questão moral: a beleza externa estava associada à
interna e, mais que isso, a uma inteligência.
Aristóteles:
A beleza exige, entre outras características, a grandeza e ao mesmo tempo
proporção, sendo assim, uma mulher bonita e bem proporcionada, mas pequena,
pertence ao campo gracioso e não ao da beleza. Aristóteles percebeu que a beleza
incluía outras categorias além do belo.
Immanuel Kant :
Segundo Kant, o belo resulta da concordância harmoniosa entre uma forma
sensível imaginada para exprimir uma ideia, e um ideia concebida para ser expressa
por uma forma. O belo será o que satisfaz o voo livre da imaginação, sem estar em
desacordo com as leis da Verstand.
Sócrates:
Na visão de Sócrates, “o belo é o útil”, ou seja, a beleza não está associada à
aparência de um objeto, mas em quão proveitoso ele for, teria então um caráter
prático, como o resultado de um produto ou situação prática.
Oscar Wilde:
No mesmo paradigma de Kant, Oscar Wilde percebe-se que a obsessão pelo belo
é fundamentado, também, pelo consumismo padronizado, o que causa problemas,
tais como o excesso de vaidade, doenças como anorexia, bulimia e vigorexia, além
da imposição da desigualdade social.
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