Distribuição de Energia Elétrica

Aula 01
Introdução aos Sistemas de Distribuição
Parte I – Conceitos fundamentais
Material baseado em: Introdução aos Sistemas de Distribuição em Energia Elétrica,
Nelson Kagan, 2010

Prof. Gustavo Dill

gkdill@hotmail.com

Rev. B – Maio/2020 – Gustavo Dill

Conceitos fundamentais
▪ Alimentador Primário
▪ Constitui-se de um tronco e ramais que alimentam os transformadores de distribuição ou
consumidores de MT
▪ Tronco de Alimentador Primário
▪ Parte principal de um alimentador primário, que deriva diretamente da subestação até o primeiro
equipamento de proteção, se caracteriza por maior seção de condutores
▪ Atende maior parcela ou ao total da carga do alimentador, além de interligações com troncos de
alimentadores vizinhos, conforme a configuração da rede.
▪ Ramal de Alimentador Primário
▪ Parte de um alimentador primário que deriva do tronco, e na maioria das vezes, caracteriza-se por
condutores de seções inferiores.
▪ Atende a parcelas de carga, conforme a sua distribuição em relação ao tronco.

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Conceitos fundamentais
▪ Alimentador ou Circuito Secundário
▪ Circuito alimentado por um transformador de distribuição, de onde derivam os ramais de ligação
para os consumidores de BT e para o suprimento da iluminação pública.
▪ Constitui-se de tronco e ramais.
▪ Tronco de Circuito Secundário
▪ Parte principal de um circuito secundário, que deriva diretamente barramento do transformador e
se caracteriza, na maioria das vezes, por maior bitola de condutores.
▪ Atende a uma parcela ponderável da carga do circuito.
▪ Ramal de Circuito Secundário
▪ Parte de um circuito secundário, que deriva do tronco e se caracteriza por bitolas inferiores,
▪ Atende parcelas de carga, conforme a sua distribuição em relação ao tronco e fechamentos em anel,
conforme a configuração da rede.

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Conceitos fundamentais
▪ O sistema de distribuição de energia elétrica é parte do sistema elétrico situado entre o
sistema de transmissão e a entrada de energia dos consumidores.

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Conceitos fundamentais
▪ Os sistemas de distribuição são classificados como:
▪ Aéreo
▪ Convencional, compacta ou isolada
▪ Subterrâneo
▪ As redes de distribuição podem ser monofásicas, bifásicas ou trifásicas
▪ As redes de distribuição podem ser urbanas ou rurais
▪ Os condutores podem ser de cobre, alumínio ou liga de alumínio, isolados ou nús
▪ As redes de distribuição apresentam diversas topologias
▪ Redes aéreas: em geral do tipo radial
▪ Redes subterrâneas: em geral do tipo anel

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Rede de distribuição aérea convencional
▪ Empregados na rede primária (cabos em disposição
horizontal) e na rede secundária (cabos em disposição
vertical)
▪ Em zonas urbanas utilizam-se postes de concreto e trafos
trifásicos e em zonas rurais postes de madeira tratada e
trafos monofásicos
▪ Suportam em seu topo cruzetas de aproximadamente 2m
de comprimento
▪ Sobre as cruzetas são fixados os isoladores tipo pino ou
disco para realizar a sustentação e isolação dos cabos CAA
da rede primária Fonte:http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/
15521/1/CT_COELE_2017_2_11.pdf

▪ Utilizam condutores nús ou isolados

▪ Apresentam baixa confiabilidade
▪ Custo barato
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Rede de distribuição aérea compacta
▪ Empregados na rede primária e na rede secundária
▪ São empregados espaçadores para sustentação dos cabos
▪ Um cabo mensageiro de aço de 9,5mm é utilizado para a
sustentação dos espaçadores
▪ Utilizam condutores protegidos com XLPE
▪ Apresenta menor índice de falhas e interrupção que as
redes convencionais
▪ Ocupam espaço menor que as redes convencionais
▪ Redução substancial do DEC e FEC
Fonte:https://www.adeel.com.br/rede-compacta-vs-convencional/
▪ Melhoria da imagem da rede
▪ Redução de podas de árvores

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Rede de distribuição isolada
▪ Empregados na rede primária e na rede
secundária
▪ São sustentados por cabo de aço
mensageiro
▪ Utilizam cabos de aço isolados, Fonte:http://www.jrubens.eng.br/deel.htm

multiplexados e blindados
▪ Os cabos são trançados com o cabo
mensageiro

Fonte:http://www.jrubens.eng.br/deel.htm

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Rede de distribuição subterrânea
▪ São empregadas em grandes centros com elevada
densidade de carga MVA/km².
▪ O custo do sistema subterrâneo é maior que o aéreo
▪ Há fatores que predominam sobre o custo para melhorar a
aparência: centros históricos, centros financeiros, etc...
▪ O sistema subterrâneo oferece menor risco de falhas
externas, embora existam riscos de escavações
▪ Os cabos podem ser diretamente enterrados ou através de
dutos
▪ Os cabos podem ser diretamente enterrados ou através de
dutos e os equipamentos de proteção, manobra e
transformação, podem ser instalados sobre o solo ou
enterrados em caixas de concreto Fonte:https://www.celesc.com.br/arquivos/normas-
tecnicas/instrucao-normativa/i3130021.pdf

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Rede de distribuição secundária
▪ Nas redes aéreas, são compostos por condutores nús de
alumínio equidistânciados e dispostos tangencialmente aos
postes.
▪ Atualmente, condutores isolados de alumínio entrelaçados
e, sustentados por cabo de aço são mais utilizados
▪ Nas redes subterrâneas, são compostos por condutores
isolados de alumínio ou cobre que, podem ser enterrados Fonte:https://www.adolphoeletricista.com.br/sistema-estrela/
diretamente ou através de dutos.
▪ Em geral, não possuem equipamentos de proteção contra
falhas. Fusíveis limitadores são usados apenas em cados de
redes subterrâneas
▪ A topologia em geral é do tipo radial ou malhado
(reticulado)
Fonte:https://www.adeel.com.br/rede-compacta-vs-convencional/
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Arranjos: custos x flexibilidade
▪ Arranjos dos sistemas de sub-transmissão e subestações

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Arranjos: custos x flexibilidade
▪ Arranjos de redes aéreas e subterrâneas primárias de distribuição

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Arranjos: custos x flexibilidade
▪ Arranjos de redes aéreas e subterrâneas secundárias de distribuição

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Geração distribuída
▪ Fonte de geração de energia individual conectada diretamente
aos sistemas de distribuição e próximo as cargas
▪ Suprem energia para as redes de distribuição em situações
normais e emergenciais
▪ Em geral, utilizam fontes de energias limpas e renováveis
▪ Não utilizam o sistemas de transmissão e consequentemente
aumentam a confiabilidade dos serviços de suprimento de
energia
▪ O grande desafio é o controle e proteção destes sistemas
quando conectados aos sistemas de distribuição devido a
topologia da rede

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Microredes e redes inteligentes (Smart-grids)
▪ Microredes
▪ Conjunto de fontes de geração de energia e cargas conectadas
diretamente aos sistemas de distribuição.
▪ A geração e o consumo é definido por uma central de controle que,
remotamente, envia sinais para os conversores associados as fontes e
cargas
▪ Podem operar de forma isolada ou ilhada
▪ As redes inteligentes apresentam como vantagem o gerenciamento
otimizado da energia, medição de energia online, monitoramento e
controle em tempo real, gerenciamento da eficiência energética
▪ Utilizam algoritmos para detectar falhas remotamente, isolar o
sistema parcialmente e restaurá-lo, afim de minimizar a duração de
uma contingência (DEC/FEC).
▪ A comunicação é feita via internet a rádio com os dispositivos de
manobra, proteção e conversores instalados na rede através do
Internet Protocol (IP).
▪ Dispositivos de controle de tensão (Volt/Var) podem ser chaveados
remotamente afim de manter os níveis de tensão dentro dos
limites do Prodist.
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Sistemas de distribuição LVDC
▪ Surgiu com a evolução dos conversores de eletrônica de potência porém, está apenas
em estudo em universidades devido
▪ Os elos CC de baixa tensão são conhecidos como sistemas LVDC (Low Voltage Direct
Current)
▪ Utilizam sistemas unipolares e bipolares como nos HVDC
▪ Estes sistemas podem ser utilizados na distribuição de energia em zonas urbanas e rurais
▪ Redução das perdas de distribuição
▪ Menor custo para longas distâncias

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