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Distribuição de Energia Elétrica

Aula 07
Proteção dos Sistemas de Distribuição
Parte I – Conceitos básicos
Material baseado em: Electric Power Distribution Engineering, Turan Gonen, 3º edition, 2014;
Apostila de proteção contra sobrecorrentes – Haroldo Barros, UFF
https://coordinaide.sandc.com/

Prof. Gustavo Dill


gkdill@hotmail.com

Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill


Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Proteção de sistemas de distribuição


▪ Objetivo dos sistemas de proteção
▪ Proteger os equipamentos da rede primária e alimentadores
▪ Proteger os aparelhos elétricos dos consumidores
▪ Limitar as interrupções do serviço ao menor segmento possível
▪ Minimizar o número de consumidores afetados
▪ Minimizar a duração da falta
▪ Desconectar trechos, transformadores e equipamentos com defeito

▪ Proteção dos alimentadores


▪ Disjuntores, relés de sobrecorrente, relés religadores
▪ Proteção da rede primária
▪ Disjuntores, religadores, chave-fusíveis, seccionadoras

Aula 07 – Proteção dos Sistemas de Distribuição


Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Proteção de sistemas de distribuição


▪ Sistemas isolados
▪ Para um curto ΦT a corrente é muito baixa e
a proteção é feita por dispositivos que atuam
por desbalanço de tensão
▪ Sistemas efetivamente aterrados
▪ Um sistema é considerado aterrado quando:
𝑅0 𝑋0
≤1𝑒 ≤3
𝑋1 𝑋1

▪ Sistemas aterrados por resistências


▪ Sistemas aterrados por transformadores
▪ Sistemas multi-aterrados

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Conceitos fundamentais de uma proteção


▪ Sensibilidade
▪ Representa a sensibilidade de um equipamento atuar na presença de sobrecorrentes.
▪ É o menor valor de corrente que um equipamento de proteção é capaz de interpretar como falta e
atuar
▪ Algumas concessionárias adotam um fator de segurança (FS), normalmente de 1,5 a 2 para garantir
que a corrente mínima de atuação será menor que o menor valor da corrente de curto-circuito

𝑚𝑖𝑛 𝐼𝑐𝑐 𝑚𝑖𝑛


𝐼𝑎𝑡𝑢𝑎çã𝑜 ≤
𝐹𝑆
▪ Confiabilidade
▪ É a garantia de que o equipamento de proteção irá atuar sempre e somente quando for solicitado
pelas condições anormais do sistema
▪ Quanto mais equipamentos sentirem o curto maior será a confiabilidade

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Conceitos fundamentais de uma proteção


▪ Seletividade
▪ A seletividade é o processo de escolha dos equipamentos que deverão atuar em sequência do ponto
da falta a montante
▪ Na ocorrência de um defeito o dispositivo protetor atua antes do dispositivo protegido, afim de afetar
o menor trecho possível
▪ Coordenação
▪ A coordenação é definida por diferentes tempos de disparo de cada dispositivo, em série,
selecionados na seletividade com o objetivo de afetar a menor parte da rede
▪ O primeiro dispositivo de proteção é utilizado para eliminação da falta e na falha deste o segundo
dispositivo de retaguarda deve atuar em tempo posterior
▪ Proporciona restabelecimento automático do sistema para defeitos transitórios e seletividade para
defeitos permanentes

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Conceitos fundamentais de uma proteção


▪ Corrente de carga (Imc)
▪ É a corrente nominal do circuito

▪ Corrente transitória de magnetização (Inrush)


▪ É a corrente que circula em um circuito no instante da energização de um ou mais transformadores.
▪ Seu valor depende do fluxo residual no núcleo e do módulo da tensão no instante do fechamento do
circuito
▪ Para alimentadores cuja potência de cada transformador não ultrapasse 2000kVA, geralmente adota-
se a corrente inrush igual a 8 vezes o somatório das correntes nominais de cada transformador
▪ Para alimentadores cuja potência de cada transformador ultrapasse 2000kVA, geralmente adota-se a
corrente inrush igual a 12 vezes o somatório das correntes nominais de cada transformador

▪ A proteção deve ser sempre insensível a corrente de carga para não provocar operações
indesejáveis
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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Conceitos fundamentais de uma proteção


▪ Faltas transitórias
▪ Ocorrem entre fases ou fase-terra de forma momentânea através de árvores, animais, ventos fortes,
raios, isolação precária dos materiais, abertura de arcos e etc...
▪ A utilização do religador é fundamental nestes casos para evitar a atuação desnecessária do fusível
▪ Um disjuntor automático, comandado por relé também poderá realizar a interrupção momentâneas e
reestabelecimento do sistema
▪ Faltas permanentes
▪ São aquelas que requerem reparos, onde são necessários a substituição de condutores queimados,
fusíveis e outros dispositivos/equipamentos
▪ Remoção de galhos ou árvores da linha, acidentes de trânsito, vandalismo, etc...
▪ Religamento/reposição do serviço de forma manual
▪ O número de consumidores afetados é reduzido através do posicionamento dos equipamentos de
proteção para cada ramal ligado ao tronco principal do alimentador
▪ As faltas permanentes são normalmente seccionadas por fusíveis

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Conceitos fundamentais de uma proteção


▪ Zona de proteção
▪ Sistema de proteção com 2 religadores
(A e B) e fusíveis em cada ramal
▪ Os religadores também podem ser
representados por disjuntores
automáticos (A e B)
▪ A escolha entre religadores ou
disjuntores é baseada no custo e
confiabilidade
▪ Os religadores normalmente atendem
uma área 1/3 menor que os
disjuntores, são mais baratos e atuam
mais rápidos

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade da proteção


▪ A coordenação dos dispositivos é feita com base:
▪ Diagrama unifilar com a localização dos dispositivos de proteção
▪ Sobreposição de curvas de atuação dos dispositivos de proteção (coordenograma)
▪ Corrente nominal do circuito, corrente de magnetização e correntes de falta
▪ O procedimento de coordenação de dispositivos de proteção pode ser simplificado por:
▪ Identificar os locais no diagrama para os equipamentos de proteção;
▪ Determinar o valor das correntes de falta (fase-fase, fase-terra) mínimas e máximas em
diferentes locais da rede (alimentador, tronco, ramais e fim de rede)
▪ Dimensionar os dispositivos de proteção da rede com base na corrente de carga e curto-
circuito determinadas
▪ Realizar a seletividade dos equipamentos a montante e a jusante (protetor x protegido)
▪ Desenhar as curvas de atuação de todos dispositivos afim de definir a coordenação e o
tempo de atuação de cada dispositivo

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Localização dos equipamentos de proteção


▪ Disjuntores e relés
▪ Na saída dos circuitos da SE de grande porte

▪ Religadores
▪ Na saída dos circuitos da SE de pequeno porte
▪ No tronco dos alimentadores para proteção de retaguarda
▪ Em bifurcações alimentadas pelo mesmo disjuntor da SE
▪ No início de grandes ramais para proteção de retaguarda
▪ Após um consumidor importante ou grande concentração de carga
▪ No início de ramais sujeitos a defeitos transitórios periódicos
▪ Em pontos onde o equipamento de retaguarda não é sensibilizado pelo curto-circuito mínimo

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Localização dos equipamentos de proteção


▪ Chave fusível
▪ Na entrada das SEs de pequeno porte para proteção do transformador
▪ No início de ramais
▪ Nos transformadores da rede MT
▪ Antes e após travessia de ferrovias, favelas ou área de difícil acesso
▪ Em ramais onde a retaguarda não é sensível ao curto-circuito mínimo
▪ Em câmaras transformadoras de RDS e em ramais de RDS derivados de RDA
▪ Seccionadores
▪ Em câmaras transformadoras de RDS e em ramais de RDS derivados de RDA
▪ Após um consumidor importante ou grande concentração de carga
▪ No início de ramais sujeitos a defeitos transitórios
▪ Antes e após travessia de ferrovias, favelas ou área de difícil acesso

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Distribuição de Energia Elétrica

Aula 07
Proteção do Sistema de Distribuição
Parte II – Coordenação e seletividade de elo fusíveis
Material baseado em: Electric Power Distribution Engineering, Turan Gonen, 3º edition, 2014;
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Chave fusível e elo fusível


▪ A chave fusível é o equipamento que comporta o elo fusível e possui articulações para
armar e desarmar o elo fusível
▪ O elo fusível é destinado a interrupção do circuito sob falta em um determinado tempo
▪ A sobrecorrente de falta provoca o aquecimento excessivo e os elos derretem
▪ Tipo H
▪ Alto surto e ação lenta, capaz de suportar correntes transitórias elevadas sem fundir
▪ Utilizado para proteção primária dos transformadores de distribuição de baixa capacidade
▪ Não admitem sobrecargas
▪ Tipo K
▪ Ação rápida
▪ Utilizado para proteção dos circuitos primários e transformadores de elevadas potências e ramais
▪ Admitem sobrecargas até 150%
▪ Tipo T
▪ Ação rápida porém mais lentos que o tipo K para correntes elevadas
▪ São mais utilizados em redes de 34,5kV
▪ Admitem sobrecargas até 150%

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Curva dos elo-fusíveis tipo H (catálogo Hubbell)

▪ Curva de tempo inverso


▪ Mínimo tempo de fusão (40⁰ )
▪ Máximo tempo de fusão (10⁰ )
▪ A diferença é sempre inferior a 20%

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Curva dos elo-fusíveis tipo K (catálogo Hubbell)

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Critério para dimensionamento dos elo fusíveis


▪ Proteção do transformador

𝑆𝑡𝑟𝑎𝑓𝑜
𝐼𝑒 > . 𝐾𝑆
3. 𝑉𝐹𝐹

KS representa o fator de
sobrecarga que o
transformador pode operar

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Coordenação e seletividade da proteção


▪ Para que haja boa coordenação, o tempo
máximo de fusão do elo protetor deve ser
menor ou igual a 75% do tempo mínimo de
fusão do elo protegido

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade elo x elo


▪ O elo deve ser capaz de coordenar-se com outros dispositivos em série com tempos pré-
definidos
▪ A corrente nominal (In) da chave-fusível deverá ser maior ou igual a 150% do valor da
corrente do elo
▪ O elo fusível deve ser capaz de suportar a corrente de carga e a corrente Inrush do
transformador por um período de 0,13s
▪ O elo protegido deve ser sensível ao menor valor de curto-circuito (fase-terra)
▪ O elo protegido deve-se coordenar com o elo protetor para o valor da corrente máxima
de curto-circuito, no ponto de instalação do elo protetor
▪ A coordenação é realizada com as tabelas fornecidas pelos fabricantes e as respectivas
curvas dos equipamentos de proteção

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade elo x elo


▪ Proteção dos ramais de distribuição
▪ A capacidade de interrupção da chave fusível deve ser maior ou igual ao máximo valor de curto-
circuito em seu ponto de instalação
𝐼𝑐ℎ𝐴 ≥ 𝐼𝑐𝑐𝐴𝑚𝑎𝑥

▪ A corrente do elo deve ser igual ou superior a demanda máxima evoluída por um período de tempo
de projeto e inferior ao menor valor de curto-circuito no fim do trecho

𝑛 𝑚𝑖𝑛
𝑖 𝐼𝑐𝑐∅𝑇
1+ . 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑒 ≤
100 𝐹𝑆

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Coordenação e seletividade elo x elo


▪ Tipo H com K

▪ Tipo T com H

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Coordenação e seletividade elo x elo


▪ Tipo K com K

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Coordenação e seletividade elo x elo


▪ Tipo T com T

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Exemplo
▪ Especifique os elo-fusíveis de forma a garantir a seletividade da proteção
▪ Considere uma taxa de crescimento de 7% ao ano, um horizonte de planejamento de 5
anos e fator de demanda do circuito de 80%

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exemplo
▪ Dimensionamento da chave-fusível (2)
5
45𝑘𝑉𝐴 + 15𝑘𝑉𝐴 + 30𝑘𝑉𝐴 7 120𝐴 4,2𝐴 ≤ 𝐼𝑒 ≤ 80A
0,8. . 1+ ≤ 𝐼𝑒 ≤
3. 13,8𝑘𝑉 100 1,5

90𝑘𝑉𝐴
𝐼𝑖𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 8. = 30,08𝐴
3. 13,8𝑘𝑉

▪ O elo (2) deverá permitir seletividade com o elo a jusante 3H para a maior corrente de
curto de 215A. Logo, pela tabela escolhe-se o elo 12K por ser o mais adequado

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Exemplo
▪ Observando-se a curva do elo 12K,
verifica-se que ele suporta uma corrente
transitória de magnetização superior a
160A por 0,13s. Logo o elo 12K não atua
para a corrente Inrush
▪ A chave-fusível (2) deverá ser maior ou
igual a 18A (1,5x12A) e a corrente de
interrupção da chave maior que 750A
▪ O elo 12K atua em 0,2s para um curto de
120A. Logo o elo (1) deverá atuar num
tempo 75% superior

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Exemplo
▪ Dimensionamento da chave-fusível (1)
5
45𝑘𝑉𝐴 + 45𝑘𝑉𝐴 + 45𝑘𝑉𝐴 + 30𝑘𝑉𝐴 + 15𝑘𝑉𝐴 7 120𝐴
0,8. . 1+ ≤ 𝐼𝑒 ≤
3. 13,8𝑘𝑉 100 1,5
180𝑘𝑉𝐴
𝐼𝑖𝑛𝑟𝑢𝑠ℎ = 8. = 60,16𝐴 8,4𝐴 ≤ 𝐼𝑒 ≤ 80A
3. 13,8𝑘𝑉

▪ O elo (1) deverá permitir seletividade com o elos a jusante 12K para a maior corrente de
curto de 750A. Logo, pela tabela escolhe-se o elo 30K por ser o mais adequado.

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Exemplo
▪ Observando-se a curva do elo 30K,
verifica-se que ele suporta uma corrente
transitória de magnetização superior a
400A por 0,13s. Logo o elo 30K não atua
para a corrente Iinrush
▪ A chave-fusível (1) deverá ser maior ou
igual a 45A (1,5x30A) e a corrente de
interrupção da chave maior que 1000A
▪ O elo 30K atua em 2s para um curto de
120A. Logo o elo (1) atua com um tempo
superior a 75% do elo (2) para a menor
corrente de falta

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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Exercício 1
▪ Especifique os elo-fusíveis de forma a
obter seletividade da proteção.
Considere um fator de demanda de
70% e um horizonte de crescimento de
5 anos com taxa de crescimento anual
de 7%.

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Distribuição de Energia Elétrica

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Proteção do Sistema de Distribuição
Parte III – Coordenação e seletividade de elo fusíveis e religadores
Material baseado em: Electric Power Distribution Engineering, Turan Gonen, 3º edition, 2014;
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Religador
▪ Dispositivo utilizado para realizar abertura e fechamentos de seus contatos quando
ocorrer uma sobrecorrente
▪ Possui um sensor que supervisiona a intensidade de corrente
▪ Se a corrente ultrapassa o valor mínimo de atuação, ele abre os contatos e conta um
tempo pré-setado antes de rearmar
▪ Pode realizar 04 aberturas e 03 religamentos
▪ O meio de extinção pode ser o óleo, vácuo e gás (SF6)
▪ Possuem alavancas externas que permitem seu acionamento manual
▪ Tipo hidráulico onde a detecção da corrente é realizada por bobinas
▪ Eletrônico transistorizado e eletrônico microprocessado (digital) onde a detecção da
corrente é realizada por componentes eletrônicos através do uso de TC’s

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Coordenação e seletividade religador x elo


▪ Curva de coordenação
▪ Geralmente o fabricante fornece uma
curva de operação média para a
operação do religador com variação
de ±10%
▪ O defeito transitório é eliminado na
curva rápida do religador e o
permanente posteriormente pelo
fusível

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade religador x elo


▪ O menor valor da faixa de coordenação será a corrente onde a curva de tempo máximo
de fusão do elo interceptar a curva lenta do religador ajustada para -10%
▪ O maior valor da faixa será a corrente onde a curva de tempo mínimo de fusão do elo
interceptar a curva rápida do religador, multiplicada pelo fator K
▪ Caso a curva do elo não intercepte a curva lenta do religador, o menor valor da faixa será
o valor da corrente de atuação mínima do religador
▪ Para valores elevados de curto é muito difícil obter-se um fusível que coordene
perfeitamente com o religador. Logo, a coordenação poderá ser sacrificada
Tempo de religamento Fator K
Uma operação rápida Duas operações O fator K é utilizado para compensar
rápidas o pré-aquecimento do elo-fusível
0,5 1,25 1,80 durante operações rápidas do
1,0 1,25 1,35
religador e seu valor depende dos
ajustes adotados para o religador
1,5 1,25 1,35
2,0 1,25 1,35

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade religador x elo


▪ Religador automático
▪ Deve ser sempre sensível ao menor curto-circuito no fim do trecho protegido pelo fusível
▪ Atua como proteção de retaguarda quando houver outro dispositivo de proteção

▪ Ajuste da corrente de fase de religadores eletrônicos e microprocessados


𝑛 𝑚𝑖𝑛
𝑖 𝐼𝑐𝑐∅∅
1+ . 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑟∅ 𝐼𝑟∅ ≤
100 𝐹𝑆

▪ Ajuste da corrente de neutro de religadores eletrônicos e microprocessados


(0,1 a 0,3) da Imc representa a
𝑛 𝑚𝑖𝑛
𝑖 𝐼𝑐𝑐∅𝑇 faixa admissível para a corrente
0,1 𝑎 0,3 . 1 + . 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑟𝑇 𝐼𝑟𝑇 ≤ de desequilíbrio do circuito
100 𝐹𝑆

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Coordenação e seletividade religador x elo


▪ Curva do religador KF (fonte:
catálogo Cooper Power Systems)

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Coordenação e seletividade religador x elo


▪ Curva do religador KF (fonte: catálogo
Cooper Power Systems)

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exemplo
▪ No circuito abaixo foram instaladas duas chaves-fusíveis com elos de 40K e 50K. Analise
a coordenação desses fusíveis com o religador de retaguarda para curtos entre fases
▪ Características do religador:
▪ Tipo WE
▪ Corrente mínima de atuação de fase 140A
▪ Sequência de operação 1A3B
▪ Corrente mínima de atuação de neutro 35A
▪ Sequencia de operação de neutro 1(1)3(3)
▪ Tempo de religamento 2s

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exemplo A curva lenta (B) é


ajustada para uma
tolerância de -10%
para garantir
▪ Análise da coordenação do elo-fusível 40K coordenação
com o religador
▪ Para curtos abaixo de 140A o religador não atua A curva (A) é
e o elo é seletivo para atuar multiplicada pelo
▪ Para curtos acima de 730A o religador não atua e fator K
o elo é seletivo para atuar
▪ Para curtos entre 140A e 730A a coordenação
entre o religador e o fusível é ideal, isto é, o
religador elimina defeitos transitórios e o fusível
defeitos permanentes

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exemplo A curva lenta é


ajustada para uma
tolerância de -10%
para garantir
▪ Análise da coordenação do elo-fusível 50K coordenação
com o religador
▪ Para curtos abaixo de 140A o religador não atua A curva A é
e o elo é seletivo para atuar multiplicada pelo
fator K
▪ Para curtos acima de 1000A o religador não atua
e o elo é seletivo para atuar
▪ Para curtos entre 140A e 220A o religador
poderá efetuar todas suas operações e abrirá
antes do fusível, logo não existe coordenação e
seletividade
▪ Para curtos entre 220A e 1000A a coordenação
entre o religador e o fusível é ideal

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exemplo
▪ No circuito abaixo foram instaladas duas chaves-fusíveis com elos de 40K e
50K. Analise a coordenação desses fusíveis com o religador de retaguarda para
curtos fase-terra
▪ Características do religador:
▪ Tipo WE
▪ Corrente mínima de atuação de fase 140A
▪ Sequência de operação 1A3B
▪ Corrente mínima de atuação de neutro 35A
▪ Sequencia de operação de neutro 1(1)3(3)
▪ Tempo de religamento 2s

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exemplo A curva lenta é


ajustada para uma
tolerância de -10%
para garantir
▪ Análise da coordenação do elo-fusível 40K coordenação
com o religador
▪ Para curtos entre 35A e 210A o religador efetuará A curva A é
todas suas operações e abrirá antes do elo, logo multiplicada pelo
não existirá coordenação e seletividade fator K
▪ Para curtos entre de 210A a 720A a coordenação
é ideal
▪ Para curtos acima de 720A o fusível é seletivo,
opera para faltas transitórias e permanentes

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Exemplo A curva lenta é


ajustada para uma
tolerância de -10%
para garantir
▪ Análise da coordenação do elo-fusível 50K coordenação
com o religador
▪ Para curtos abaixo de 280A o religador efetuará A curva A é
todas suas operações e abrirá antes do fusível, multiplicada pelo
logo não existirá coordenação e seletividade fator K
▪ Para curtos entre de 280A a 910A a
coordenação é ideal
▪ Para curtos acima de 910A o fusível é seletivo,
opera para faltas transitórias e permanentes

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
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Exercício 1
▪ Efetuar a coordenação entre o religador do tipo VWE hidráulico com controle
eletrônico com o elo fusível 25k
▪ Considere a corrente de disparo do religador de 80A e de disparo de terra de 10A
▪ O religador deve atuar com sequência 2A2B e 2(1)2(3), com tempo de religamento de 2s.

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Distribuição de Energia Elétrica

Aula 07
Proteção do Sistema de Distribuição
Parte IV – Coordenação e seletividade de religadores e seccionadores
Material baseado em: Electric Power Distribution Engineering, Turan Gonen, 3º edition, 2014;
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Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Seccionador
▪ Equipamento capaz de abrir automaticamente seus contatos quando ocorrer uma
sobrecorrente e o equipamento de retaguarda efetuar abertura e religamentos
▪ Atua quando a corrente de um circuito ultrapassa o valor mínimo de atuação
▪ O seccionador inicia o processo de contagem do número de interrupções do
equipamento de retaguarda
▪ Após, no máximo 03 contagens o seccionador efetua a abertura do circuito e permanece
aberto
▪ O seccionador não efetua abertura dos contatos sob carga
▪ Se, após um religamento a intensidade de corrente for menor que a mínima de atuação, o
seccionador permanece fechado e após um tempo (tempo de rearme) elimina a
contagem registrada
▪ Podem ser com controle hidráulico, eletrônico ou digital

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Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade religador x seccionador


▪ Seccionador automático – Ajuste de fase e neutro
▪ A corrente mínima de atuação deve ser inferior a mínima corrente de curto-circuito
no fim do trecho
▪ O seccionador é armado quando a corrente cai para um valor inferior a 50% de valor
da corrente ajustada (pick-up)
▪ O resistor de neutro deve ser maior que 10% da corrente nominal do trecho

𝑚𝑖𝑛 𝑛
𝐼𝑐𝑐∅∅ 𝑖
𝐼𝑟∅ = 𝐼𝑠∅ ≤ 1+ . 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑠∅
𝐹𝑆 100

𝑚𝑖𝑛 𝑛
𝐼𝑐𝑐∅𝑇 𝑖
𝐼𝑟𝑇 = 𝐼𝑠𝑇 ≤ 0,1 𝑎 0,3 . 1 + . 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑠𝑇
𝐹𝑆 100

Aula 07 – Proteção dos Sistemas de Distribuição


Rev. E – Dezembro/2020 – Gustavo Dill
Aula 02 – Equipamentos Elétricos – Parte I - Transformadores

Coordenação e seletividade religador x seccionador


▪ Seccionador automático – Ajuste de fase e neutro
▪ O seccionador deve ser ajustado para uma contagem a menos que o número de operações de
abertura e bloqueio do religador
▪ O tempo de memória do seccionador deve ser superior ao tempo total acumulado do religador de
retaguarda

TAT – Tempo Acumulado Total


TAO – Tempo Acumulado de Operação
𝑇𝐴𝑇 = 𝑡𝑎 + 𝑡𝑟 + 𝑡𝑎 + 𝑡𝑟 + 𝑡𝑏 𝑇𝐴𝑇 < 𝑇𝑚 tr – Tempo de religamento
ta – Tempo de atuação do religador para
curva A
𝑇𝐴𝑂 = 𝑡𝑎 + 𝑡𝑎 + 𝑡𝑏 tb – Tempo de atuação do religador para a
curva B
Tm – Tempo de memória do seccionador

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Exemplo
▪ No diagrama abaixo, especifique o seccionador afim de permitir coordenação com o
religador para curtos entre fases e terra. Considere um fator de 42% sobre a demanda
dos equipamentos afim de contemplar a evolução da carga para os próximos 10 anos e
erros no cálculo da demanda.
▪ Religador: WE, corrente de atuação de fase de 140A, sequência 2A2B, corrente de atuação de neutro
de 35A, sequência de neutro 3(1)1(3), tempo de religamento, 2s.
▪ Seccionadores eletrônicos disponíveis: tipo GH; resistores de fase disponíveis: 5A, 10A, 15A, 25A, 35A,
50A, 70A, 100A, 140A; resistores de neutro disponíveis: 5A a 140A; tempo de memória 60s

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste de fase
𝑚𝑖𝑛 𝑚𝑖𝑛
𝐼𝑐𝑐∅∅ 1,42. 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑠∅ 𝐼𝑐𝑐∅∅
𝐼𝑟∅ ≤ 𝐼𝑠∅ ≤
𝐹𝑆 𝐹𝑆

500𝐴 1,42.45𝐴 ≤ 𝐼𝑠∅ 500


140𝐴 ≤ 𝐼𝑠∅ ≤
1,5 1,5

𝐼𝑟∅ ≤ 333𝐴 64𝐴 ≤ 𝐼𝑠∅ 64𝐴 ≤ 𝐼𝑠∅ ≤ 333𝐴

▪ O religador será sensível para defeitos de 140A a 333A


▪ O seccionador deve estar na faixa de 64A a 333A logo, escolhe-se o resistor de 70A
▪ O religador será ajustado para 4 operações (2A2B) e o seccionador com 3 contagens (4-1)

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste
de fase
𝑇𝐴𝑇 = 𝑡𝑎 + 2𝑠 + 𝑡𝑎 + 2𝑠 + 𝑡𝑏

Para 500A
ta=0,078s na curva A x k
tb=0,4s na curva B (-10%)

Para 1200A
ta=0,058s na curva A x k
tb=0,14s na curva B (-10%)

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste de fase
▪ Para curto mínimo de 500A, o ciclo de operação do religador será:

𝑇𝐴𝑇 = 𝑡𝑎 + 2𝑠 + 𝑡𝑎 + 2𝑠 + 𝑡𝑏

𝑇𝐴𝑇 = 0,078𝑠 + 2𝑠 + 0,078𝑠 + 2𝑠 + 0,4𝑠

𝑇𝐴𝑇 = 4,55𝑠

𝑇𝐴𝑇 < 𝑇𝑚
4,55𝑠 < 60𝑠

▪ Tempo de memória não será excedido

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador –
ajuste de fase
▪ Para curto mínimo de 500A, o ciclo de
operação do religador será:

𝑇𝐴𝑂 = 𝑡𝑎 + 𝑡𝑎 + 𝑡𝑏
𝑇𝐴𝑂 = 0,078𝑠 + 0,078𝑠 + 0,4𝑠
𝑇𝐴𝑂 = 0,55𝑠

▪ 500A e 0,55s está abaixo da curva de duração


do seccionador de 70A, logo a capacidade de
curta duração não será ultrapassada
▪ O seccionador será ajustado com resistor de
fase de 70A e 3 operações de contagem

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador –
ajuste de fase
▪ Para curto mínimo de 1200A, o ciclo de
operação do religador será:

𝑇𝐴𝑂 = 𝑡𝑎 + 𝑡𝑎 + 𝑡b
𝑇𝐴𝑂 = 0,058𝑠 + 0,058𝑠 + 0,14𝑠
𝑇𝐴𝑂 = 0,26𝑠

▪ 1200A e 0,26s está abaixo da curva de


duração do seccionador de 70A, logo a
capacidade de curta duração não será
ultrapassada
▪ O seccionador será ajustado com resistor de
fase de 70A e 3 operações de contagem

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste de neutro
𝑚𝑖𝑛
𝐼𝑐𝑐∅𝑇 𝑚𝑖𝑛
𝐼𝑐𝑐∅∅
𝐼𝑟𝑇 ≤ 0,1.1,42. 𝐼𝑚𝑐 ≤ 𝐼𝑠𝑇 𝐼𝑠𝑇 ≤
𝐹𝑆 𝐹𝑆

196𝐴 196
35A ≤ 0,1.1,42.45𝐴 ≤ 𝐼𝑠𝑇 𝐼𝑠𝑇 ≤
1,5 1,5

𝐼𝑟𝑇 ≤ 130,6𝐴 6,4𝐴 ≤ 𝐼𝑠𝑇 6,4𝐴 ≤ 𝐼𝑠𝑇 ≤ 130,6𝐴

▪ O religador será sensível para defeitos de 35A a 130,6A


▪ O seccionador deve estar na faixa de 6,4A a 130,6A logo, escolhe-se o resistor de 10A
▪ O religador será ajustado para 4 operações, sendo 3 na curva 1 e 1 na curva 3 e o
seccionador com 3 contagens (4-1)

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador –
ajuste de neutro

𝑇𝐴𝑇 = 𝑡 1 + 2𝑠 + 𝑡(1) + 2𝑠 + 𝑡(1)

Para 196A
t1=0,068s na curva 1 x k

Para 850A
t1=0,058s na curva 1 x k

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste de neutro
▪ Para curto de 196A, o ciclo de operação do religador será:

𝑇𝐴𝑇 = 𝑡 1 + 2𝑠 + 𝑡(1) + 2𝑠 + 𝑡(1)

𝑇𝐴𝑇 = 0,068𝑠 + 2𝑠 + 0,068𝑠 + 2𝑠 + 0,068𝑠

𝑇𝐴𝑇 = 4,2𝑠

4,2𝑠 < 60𝑠

▪ Tempo de memória não será excedido

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste de
neutro
▪ Para curto de 196A, o ciclo de operação do religador
será:

𝑇𝐴𝑂 = 𝑡1 + 𝑡1 + 𝑡1
𝑇𝐴𝑂 = 0,068 + 0,068 + 0,068
𝑇𝐴𝑂 = 0,2𝑠

▪ 196A e 0,2s está abaixo da curva de duração do


seccionador de 10A, logo a capacidade de curta
duração não será ultrapassada
▪ O seccionador será ajustado com resistor de
neutro de 10A e 3 operações de contagem

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Exemplo
▪ Coordenação religador-seccionador – ajuste de
neutro
▪ Para curto de 850A, o ciclo de operação do religador
será:

𝑇𝐴𝑂 = 𝑡1 + 𝑡1 + 𝑡1
𝑇𝐴𝑂 = 0,058𝑠 + 0,058𝑠 + 0,058𝑠
𝑇𝐴𝑂 = 0,17𝑠

▪ 850A e 0,17s está um pouco acima da curva de


duração do seccionador de 10A
▪ Logo, deve-se utilizar o seccionador com resistor
de neutro de 15A e 3 operações de contagem

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Exercício 1
▪ No diagrama abaixo é representado um alimentador protegido por um religador e um
seccionador para cada ramal. No instante t0 ocorre um curto-circuito permanente de
600A no ponto P. Sabendo-se que o religador opera em 1s e espera 2s para religar a
rede, desenhe o gráfico corrente x tempo de operação do religador

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