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A Moral da Bíblia

Quando eu era criança estudei em dois colégios católicos e lembro-me bem das
aulas de religião onde a professora nos empurrava a Bíblia goela abaixo, para o
nosso bem. Os Jesuítas têm uma máxima que diz, entreguem a nós os cuidados
de vossos filhos, até os sete anos, e nos vos devolveremos homens.

Tenho amigos que incentivam, ativamente, os filhos a lerem a Bíblia,


comprando-lhes, inclusive, a Bíblia em quadrinhos.

Eles são pessoas e pais excelentes e


adoram os filhos. Tudo o que fazem
pelos filhos é com a melhor das
intenções.

Mas quando eu vejo crianças, desprovidas de senso crítico, serem instruídas a


aceitarem a Bíblia como um guia moral e espritual, pelas pessoas em quem
mais elas confiam, eu me preocupo seriamente. Será que a Bíblia é algo de que
deva ser recomendado a alguém como sendo um exemplo a ser seguido?

Vamos dar uma olhada na moral da Bíblia, pra ver se ela é uma leitura
recomendável.

Reis, II

23 Então subiu dali (Eliseu) à Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns
meninos saíram da cidade, e zombavam dele, dizendo: Sobe, calvo; sobe,
calvo!

24 E, virando-se ele para trás, os viu, e os amaldiçoou em nome do Senhor.


Então duas ursas saíram do bosque, e despedaçaram quarenta e dois
daqueles meninos.

25 E dali foi para o monte Carmelo, de onde voltou para Samária.


Na passagem a cima deus, não só permite mas envia duas ursas para que
estraçalhem 42 crianças, pelo simples fato delas terem zombado de um ancião,
chamando-o de calvo, coisa que eu suponho que ele de fato fosse, se não, não
haveria sentido, nem para a zombaria, nem para a ira de Eliseu por conta da
zombaria.

Se você é cristão, você acredita na Bíblia como sendo a palavra de deus escrita.
Não importa se escrita pelo próprio deus, como crêem os fundamentalistas, ou
se pela mão do Homem, ditada pelo Espírito Santo, que em suma é o próprio
deus, segundo prega a santíssima trindade. Já se você acha que algo que se
encontra na Bíblia não é a palavra de deus, mas sim textos inseridos pelos
Homens, você então tem a sua fé “abalada” como eu tinha, no fim da década
de oitenta.

As pessoas tendem a tomar as boas passagens da Bíblia, como lições de moral a


serem seguidas. Essas mesmas pessoas desmerecem ou interpretam de
maneira figurada, passagens como as lidas à cima, as más passagens, por as
julgarem em desacordo com a conduta moral atual e em dissonância com a
imagem de um deus todo misericordioso. Ninguém em sã consciência poderia
aceitar a idéia de que crianças fossem massacradas, dilaceradas com tamanha
violência, por motivo algum, muito menos por uma simples zombaria, tão
comum às crianças de qualquer cultura ou época.

Por conta disso, muitos cristãos tentam achar justificativas para tal passagem.
Pois, para um bom cristão, o fato de tal passagem encontrar-se na Bíblia, a faz
ser, obrigatoriamente, verdadeira. Trata-se da palavra de deus, pois, como já
disse, para uma enorme quantidade de gente, a Bíblia foi escrita ou, no mínimo,
ditada por deus, aos Homens. Para estes deus é perfeito, correto e representa
a verdade, a bondade e a justiça. Ele sempre está certo!!!

Não há justificativa para o fato de que uma determinada passagem da Bíblia


deva ser interpretada de maneira literal (as boas passagens) enquanto que
outras passagens sejam interpretadas de maneira figurada (as passagens
incoerentes com a moral ocidental atual). Pois, se houverem duas (ou mais)
maneiras de interpretar as passagens, como saberemos qual passagem deverá
ser interpretada de forma literal e qual deverá ser interpretada de forma
figurada? Deveríamos usar o nosso bom senso (a nossa moral) como um filtro?
Se sim, se é a nossa moral quem julga o que é certo ou errado na Bíblia, então
pra quê ler a Bíblia? Talvez apenas como um livro de estórias (com “e” mesmo)
de culturas antigas.
Vamos a mais uma passagem: A destruição de Sodoma e Gomorra.

Nessa passagem deus envia dois de


seus anjos para avisar a cidade que a
destruição estava às portas. Porém
quando os anjos anunciaram a
destruição, Abraão1 intercedeu pelos
Homens orando, para salvar essas
duas cidades, e pedindo a deus que
não as destruísses. Orava então
Abraão:

“Mas Senhor… destruirás o justo com o ímpio? Gen. 18:23.

Se houver, porventura, 50 justos na cidade, destruirás ainda assim e não


pouparás o lugar por amor dos 50 justos que nela se encontram?” V.24.

Então, disse o Senhor: (Não, Abraão não era esquizofrênico. O que acontece é que
naquela época deus falava com as pessoas. Depois do advento da História e da verificação
científica, Ele resolveu se calar)

“Se eu achar em Sodoma 50 justos dentro da cidade, pouparei a cidade por


amor deles.” V. 26.

Disse ainda Abraão:

“Não se ire o Senhor (vejam o medo com que Abraão fala ao “Pai da bondade”), se lhe
falo somente mais uma vez: Se, porventura, houver ali 10?”

Respondeu o Senhor:

Não a destruirei por amor aos 10. v.32. (Realmente Ele é todo piedoso...)

Foi, sem dúvida, pela intercessão de Abraão, que mostrou-se mais razoável que
deus, que a família de Ló fora poupada da destruição. Mas ainda assim, pra não
perder uma oportunidade de fazer sofrer a alguém, deus avisou:

Quando vocês estiverem fugindo e correndo da destruição, não olhem para


trás….não olhem para trás….não olhem para trás….
1
Notem que Abraão é mais razoável que deus.
Bem, como sei que todos vocês lêem a Bíblia (ah, ah, ah, ah, que piada), sei que
já sabem que a mulher de Ló, que havia nascido e crescido alí e, pelo fato de
tanto amar a sua cidade (pensem vocês mesmos no amor que sentem pelas
suas cidades, mesmo sabendo que nestas ocorram toda a sorte de
promiscuidade e pecados), olhou para trás e foi, instantaneamente,
transformada em uma estátua de sal. Nada mais “justo”. Ela não obedecera ao
Senhor2.

No caso de Sodoma e Gomorra, deus, agiu como de costume, como quando


enviava pragas pra dizimar a colheita, fazendo assim a população morrer à
míngua. Como quando mandava matar todos os animais, ou mesmo todas as
crianças os primogênitas, que na Bíblia sempre pagam pelos erros dos pais.
Como quando mandava uma tribo vizinha saquear a cidade matando a todos,
inclusive animais e crianças de peito, como está escrito em Samuel 15, onde
deus manda Saul destruir a tribo de Amaleque. Vejam como foi.

2 Assim diz o Senhor dos exércitos: Castigarei a Amaleque por aquilo que
fez a Israel quando se lhe opôs no caminho, ao subir ele do Egito.
3 Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e o destrói totalmente com tudo o
que tiver; não o poupes, porém matarás homens e mulheres, meninos e
crianças de peito, bois e ovelhas, camelos e jumentos.

Em Sodoma e Gomorra deus não fez diferente. Mandou destruir tudo, inclusive
a propriedade e os bens do próprio Ló que, aos Seus próprios olhos, era justo.
Será que Ló era mesmo justo? Veremos a diante.

Em minha opinião, transformar a mulher de Ló em estátua de sal é uma


crueldade desmesurada. Ainda mais sabendo deus que ela tinha duas filhas e
que essas filhas tinham sido, no dia anterior, vítimas de estupros coletivos,
quando foram OFERECIDAS, por iniciativa do próprio pai, “o bondoso Ló”, para
serem violadas, por aquela população colérica e promíscua. Pois quando os
anjos chegaram à cidade para avisar o povo sobre a eminente destruição, a
população quis sodomisá-los3 (vem de Sodoma o termo sodomia, que significa
penetração anal), já que esses eram “carne fresca”. Vejam o que está na Bíblia:

2
Aqui é importante lembrar que deus, segundo muitos teístas, sabe de tudo o que vai acontecer, antes que
aconteça. Sendo assim ele sabia que a mulher de Ló iria desobedecê-lo...
3
Praticar sexo anal come eles, estando eles, os anjos, no papel do parceiro passivo.
Ló se recusa a deixar dois anjos a mercê de um bando de pervertidos, e ao
invés disso, ele oferece as duas "filhas virgens". Ele diz para o grupo de
estupradores: "fareis delas como bom for aos vossos olhos."

Este é o mesmo homem que é chamado de "justo" em [II Pe 2:7-8]. [19:8]

Voltando à esposa de Ló...

Porque não “apenas” cegá-la ou deixá-la muda? Matando-a, toda a família


perde, inclusive o “tão bondoso” Ló.

Eu tenho certeza que muitos cristãos vão encontrar uma maneira para justificar,
tanto o fato de Ló ter entregue suas duas filhas virgens para que fossem
estupradas por uma multidão colérica, (Imaginem a cena, o terror nos olhos
das meninas, a dor, o martírio...), quanto pra justificar o assassinato de crianças
de peito, na tribo de Amaleque, a destruição de toda uma cidade ou a
transformação de uma mulher em sal, pelo simples fato de ela ter olhado pra
trás, com pena e saudade da sua cidade natal e de tudo que havia deixado pra
trás. Isso é o que eu chamo de crença na crença. Vou dar um exemplo do que
consiste a crença na crença.

A maioria das pessoas acha que a democracia é a forma mais justa de filosofia
política. Porém no momento em que essa democracia apresenta uma falha,
essas pessoas apressam-se em escondê-la, por acharem que, apesar de
apresentar falhas, os benefícios de um sistema democrático para o mundo,
superam os poucos defeitos desse sistema. Isso é ter crença na crença. O
mesmo se vê em discussões sobre futebol. O time vai mal, só faz perder, mas o
torcedor apaixonado, mostra convicção ao afirmar que seu time é o melhor
que há. O correto, em quaisquer dos casos, seria apontar as falhas, para que
elas fossem discutidas e corrigidas.

A ciência, por exemplo, age dessa sorte. Se alguém encontra uma discrepância
num livro científico, essa discrepância é investigada e debatida. Se não se
encontra uma justificativa irrefutável para ela ou se o consenso chega à
conclusão que aquilo é, de fato, uma discrepância, o texto é prontamente
corrigido nas edições seguintes. No caso da Bíblia, quando vemos discrepâncias
(centenas delas), somos nós, e não a Bíblia, que devemos ser concertados.

As pessoas acreditam na Bíblia como sendo a palavra de deus e não um


conjunto de textos, contendo estórias fictícias, lendas e também um código de
“ética”, escrito por homens (sim, homens e não mulheres) da Idade do Bronze.
Deus manda duas ursas pra estraçalhar crianças, CRIANÇAS, por terem
zombado de um velho ao mesmo tempo em que fecha os olhos para o estupro
coletivo das filhas de Ló. Será que essas pobres meninas, sendo filhas de Ló,
não acreditavam em deus? Acho que acreditavam, se não, não estariam dentre
os dez justos “poupados” em Sodoma. Se elas acreditavam em deus, será que
elas não suplicaram ao Senhor para não serem estupradas? Eu posso imaginar
que suplicaram. Por que então deus não ouviu as suas preces, mas ouviu a
cólera do velho careca Eliseu? Um dia eu discuti com uma amiga que me disse
que conseguiu um bom emprego, graças às suas orações. Eu simplesmente
acho muito estranho deus atender as preces de quem quer passar num
concurso, mudar de emprego ou pedir que seu time ganhe o campeonato,
enquanto deixa morrer crianças de fome e diarréia em países cristãos e
mulçumanos.

Eu fico pensando naquela menina austríaca que foi seqüestrada pelo próprio
pai, enclausurada por vinte e quatro anos, longe da mãe, do resto da família,
dos amigos, da escola, da sociedade e foi estuprada sistematicamente, quase
que diariamente, pelo próprio pai, chegando a ter tido quatro filhos dessa
relação forçada e incestuosa. Onde estava deus esse tempo todo? Porque Ele
não ajudou a menina? Ou será que ela estava sendo castigada? O que ela fez
pra merecer tamanha punição? E, se ela estava sendo castigada, o que eu
prefiro não acreditar, o que dizer dos filhos inocentes que ela teve e que
também foram obrigados a viver isolados do mundo? Que culpa tiveram essas
crianças para já nascerem marcadas desse jeito, filhas da violência e da
insanidade de um monstro? O pai-avô. Será que essa menina não pediu ajuda a
deus? Mesmo que não houvesse pedido. Será que deus, tão bondoso, não
poderia tê-la ajudado?

Porque na Bíblia deus interferia cinematograficamente e depois do apogeu da


História, quando os fatos históricos começaram a ser registrados com mais
rigor, ele resolveu aquietar-se? Por que deus não aparece mais para as pessoas
(pessoalmente) como aparecia nas passagens da Bíblia? Porque a três mil anos
atrás ele abriu o Mar vermelho pra salvar o povo de Israel, na época umas
poucas dezenas de milhares de pessoas, e não abriu as portas dos campos de
concentração, na segunda guerra, deixando morrer seis milhões de judeus?
Terá sido pelo fato d’Ele não ter aberto mar algum e aquilo tudo não passar de
uma lenda, enquanto que durante a segunda guerra os historiadores estavam
atentos aos fatos?

Faz pouco tempo, foram dezessete milhões de desabrigados com as enchentes


no Paquistão. Depois eles ainda enfrentaram o cólera e um inverno devastador.
O povo do Haiti, vítima do terremoto,
depois sofreu com furacões e agora
também sofre com o cólera e com a
instabilidade política e social. Em
Teresópolis (RJ) famílias inteiras
forram soterradas ou arrastadas pelas
águas. Esses povos são, em sua
esmagadora maioria, gente inocente e
fiel a seus.

É praticamente impossível encontrar países com uma população mais devota a


deus que o Haití, o Paquistão e o Brasil. Porque deus permitiu que isso
acontecesse? Você não acha isso em desacordo com as estórias da Bíblia, onde
por uma simples zombaria deus interfere?

Não venha me dizer que nós não sabemos interpretar o que está na Bíblia. Se
deus fez a Bíblia para que a humanidade a usasse como um código de conduta,
porque Ele, com tamanha sapiência, não deu uma mensagem simples, clara e
fácil de ser entendida? A finalidade da Bíblia não é ensinar? Se você ler hoje a
Declaração dos Direitos Humanos você verá que ela está muito, mas muito,
mas muito mesmo, à frente da Bíblia em matéria de justiça, boa conduta e
clareza. A Bíblia, por exemplo, defende e incentiva a escravidão, ditando a te
regras pra a prática.

Escravos, obedecei em tudo aos


vossos senhores terrenos, não só
sob o seu olhar, como se os
servísseis para agradar aos
homens, mas com simplicidade de
coração, por temor de deus''.-
Colossenses 3:22

Os escravos devem estar submissos em tudo aos senhores. Que lhes sejam
agradáveis, não os contradigam, não roubem''. - Tito 2:9-10

'Quando comprares um escravo hebreu, servir-te-á seis anos, mas ao sétimo


sairá livre e gratuitamente. Se entrou sozinho, sozinho sairá; se estava casado,
sua esposa sairá com ele. Se seu amo lhe tiver esposa, e esta lhe tiver dado à luz
filhos ou filhas, a mulher e os filhos serão de seu amo e ele sairá sozinho. Se o
escravo, porém, disser: 'Amo meu senhor, minha esposa e meus filhos; não quero
sair livre', então seu senhor o levará diante de deus, fá-lo-á aproximar-se da
porta ou do umbrau da mesma e lhe furará a orelha com uma sovela, e ficará
seu escravo para sempre''.

- Êxodo 21:2-6

''Servos, sedes submissos, com todo o temor aos senhores, não só aos bons e
humanitários, mas também aos maus''. - I Pedro 2:18

Preste atenção ao que eu digo. Não há nada que justifique a escravidão! Você
pode até dizer que deus falava pra um povo bárbaro, cuja os costumes eram
selvagens e que esse povo não estava preparado para o código de ética que
vivemos hoje. Você pode dizer que a Bíblia foi escrita numa outra época. Se for
assim, se a Bíblia foi escrita para aquela época, sugiro então que a
abandonemos agora e, sobretudo, que não a deixemos acessível às crianças. Se
a Bíblia não foi escrita pra ser eterna, se seus ensinamentos encontram-se hoje
anacrônicos, sugiro então que a deixemos de lado.

Porque deus não colocou na Bíblia nada sobre as orbitas dos planetas? Até que
Galileu postulasse sua teoria, todos acreditavam que a Terra era plana (muitos
inclusive acreditam até hoje). Por que deus não falou nisso na Bíblia? Porque
deus não falou da eletricidade? Da energia elétrica? Porque deus não falou que
as bactérias e vírus transmitem doenças? Centenas de milhões de óbitos e
sofrimento teriam sido evitados (nesses quase 4000 anos de pós-Bíblia), se as
pessoas tivessem tido cuidados simples de higiene. Se o tivesse feito os
mulçumanos hoje comeriam carne de porco, como todo mundo. Porque deus
não falou de genes explicando a transmissão dos caracteres genéticos? Se Ele
tivesse falado disso tudo, numa época onde ninguém conhecia essas coisas,
hoje em dia, após havermos descoberto essas coisas, ninguém mais contestaria
a Sua inteligência e todos chegariam à conclusão que só mesmo um deus seria
capaz de fazer essas antecipações. Porque não falou de democracia? De
diplomacia? Teria evitado muita morte e guerras.

Sabe por que Ele não colocou nada disso na Bíblia? Porque deus não existe e
foram Homens ignorantes que, a mais de 3000 anos, escreveram essas lendas.
Lendas fantásticas nas quais eles acreditavam. Deus é uma criação do Homem
e não o criador deste. Na Bíblia há coisas que a muito tempo vemos que são
pura ficção. O fato de Noé ter colocado um casal de todos os animais do
planeta dentro de uma arca construída à mão, por exemplo, e ter podido
mantê-los por quarenta dias. Eu tenho certeza, que vocês nunca pararam
realmente pra pensar na logística necessária para a realização de um projeto
desse porte.
Eu já ouvi até alguns crentes dizerem: “Espera aí, isso tudo aí, a que você se
refere está no “Velho Testamento”. Nós damos mais atenção ao Novo
Testamento, que é a palavra de Jesus.” Eu então me pergunto. Existem então
dois deuses, o velho e quadrado que ditou o Velho Testamento e o novo, justo
e “moderninho” que ditou o Novo Testamento? Eu que pensava que eles eram
um só... Ou será que deus evoluiu com o tempo? Se sim, então Ele não era
perfeito, pois o que é perfeito não tem mais pra onde evoluir. Ou terá sido o
Homem que evoluiu com o tempo e por isso o discurso de deus, seu “amigo
imaginário”, foi progressivamente mudando de tom? Bom, no próximo texto eu
vou mostrar o quão bonzinho é o Novo Testamento.

Um conselho: Se você precisar ser orientado quanto à sua moral, escolha


outros livros que não a Bíblia. Existem excelentes livros de filosofia e muitos
deles são tão antigos quanto ela.

Jeronimo Lemos de Freitas Filho

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