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COORDENAÇÃO ACADÊMICA DE PROCESSOS INDUSTRIAIS

PROFESSOR: WILSON MENDES CAVALCANTE

APOSTILA DE ACIONAMENTOS ELÉTRICOS


MÓDULO 02: INVERSORES DE FREQUÊNCIA

Palmeira dos Índios - AL


2013.
Apostila de Acionamentos Elétricos – Prof. Wilson Mendes Cavalcante

AGRADECIMENTOS

Em especial aos alunos Jackson Furtuoso da Silva e Bruno Simplício da Silva, pelo
empenho em desenvolver as atividades práticas solicitadas e a todos que acreditaram e
acreditam no meu trabalho.

“O sucesso de um, depende do esforço de muitos”. Wilson Mendes Cavalcante.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1.1 – Diagrama em Blocos de um Inversor de Frequência. ......................................................... 9


Figura 1.2 – Modulação PWM. ............................................................................................................. 10
Figura 1.3 – Representação da corrente elétrica nos terminais de um motor. ....................................... 13
Figura 2.1 – Representação da IHM do inversor de frequência CFW-08 da WEG. ............................. 15
Figura 2.2 – Conexões elétricas de sinal e controle do Inversor de Frequência CFW-08..................... 21
Figura 2.3 - Ciclo de Abertura e Fechamento da Cancela..................................................................... 28
Figura 3.1- Terminal integrado do inversor de frequência Altivar 71 da Schneider Electric. .............. 30
Figura 4.1 - Terminal Gráfico do inversor de frequência Altivar 71 .................................................... 37

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Tabela de parâmetros Inversor de Frequência CFW-08....................................................... 18


Tabela 2 - Funções das Entradas Digitais ............................................................................................. 20
Tabela 3 - Parâmetros do motor. ........................................................................................................... 21
Tabela 4 - Tabela Básica de Programação ............................................................................................ 22
Tabela 5 - Multispeed............................................................................................................................ 26
Tabela 6 - Tabela de parâmetros Básicos do Inversor de Frequência Altivar 71. ................................. 31
Tabela 7 - Tabela de combinação das entradas de velocidades pré-selecionadas ................................. 32

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CA – Corrente Alternada.
CC – Corrente Contínua.
Hz – Hertz, unidade de frequência.
° - Unidade de Grau.
DC – Direct Current é a mesma coisa que CC.
PWM – Pulse Width Modulation (Modulação por Largura de Pulso).
IGBT - Insulated Gate Bipolar Transistor (Transistor Bipolar de Porta Isolada).
- Velocidade do motor.
– Frequência.
- Escorregamento.
- Número de polos.
- Fluxo magnético.
– Tensão.
– Torque.
- Corrente Rotórica.
Ω - Ohm - Unidade de medida de resistência elétrica.
≤ - Menor ou igual.
≥ - Maior ou igual.
RS 232 e RS 485 – Portas de comunicação.
PC – Computador.
% - Unidade de porcentagem.
CLP – Controlador Lógico Programável.
RC – Resistivo-Capacitivo.
RMS – Valor Eficaz.
A – Ampère, unidade de corrente elétrica.
k – Fator multiplicativo equivalente a 10³.
VA – Unidade de potência aparente.
PID – Proporcional, Integral e Derivativo.

V/F – Relação Tensão/Frequência.

CFW-08 – Conversor de Frequência WEG.

IHM – Interface Homem Máquina.


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rpm – rotação por minuto, unidade de velocidade de motores elétricos.


V – Volt, unidade de tensão elétrica.
s – Segundo.
E.P. – Potenciômetro Eletrônico

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SUMÁRIO

1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS: CONVERSORES OU INVERSORES DE FREQUÊNCIA ......... 8

1.1. Princípio de Funcionamento de um Inversor de Frequência ........................................................ 9


1.2. Cuidados ao Instalar um Inversor de Frequência ....................................................................... 11
1.3. Dimensionamento do Inversor de Frequência ............................................................................ 12
1.4. Distorções Harmônicas .............................................................................................................. 12
1.5. Características Gerais dos Inversores de Frequência ................................................................. 13
1.6. Tipos de Parâmetros ................................................................................................................... 14
2. PARAMETRIZAÇÃO BÁSICA DO INVERSOR CFW-08 DA WEG COM VERSÃO DO
SOFTWARE 3.9X ................................................................................................................................ 15

2.1. Atividade Práticas Inversor de Frequência CFW-08 .................................................................. 20


2.2. Atividade Práticas 01 ................................................................................................................. 22
2.3. Atividade Práticas 02 ................................................................................................................. 23
2.4. Atividade Práticas 03 ................................................................................................................. 24
2.5. Atividade Práticas 04 ................................................................................................................. 25
2.6. Atividade Práticas 05 ................................................................................................................. 26
2.7. Atividade Práticas 06 ................................................................................................................. 27
2.8. Atividade Práticas 07 ................................................................................................................. 28
3. PARAMETRIZAÇÃO DO INVERSOR ALTIVAR 71 DA SCHNEIDER ................................. 30

3.1. Atividade Práticas 01 ................................................................................................................. 33


3.2. Atividade Práticas 02 ................................................................................................................. 33
3.3. Atividade Práticas 03 ................................................................................................................. 34
3.4. Atividade Práticas 04 ................................................................................................................. 34
3.5. Atividade Práticas 05 ................................................................................................................. 35
3.6. Atividade Práticas 06 ................................................................................................................. 36
4. PARAMETRIZAÇÃO DO INVERSOR ALTIVAR 71 DA SCHNEIDER POR MEIO DO
TERMINAL GRÁFICO ........................................................................................................................ 37

4.1. Atividade Práticas 01 ................................................................................................................. 38


4.2. Atividade Práticas 02 ................................................................................................................. 38
4.3. Atividade Práticas 03 ................................................................................................................. 38
4.4. Atividade Práticas 04 ................................................................................................................. 39
4.5. Atividade Práticas 05 ................................................................................................................. 39
4.6. Atividade Práticas 06 ................................................................................................................. 39
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 41

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1. NOÇÕES FUNDAMENTAIS: CONVERSORES OU INVERSORES DE


FREQUÊNCIA

No setor industrial o controle de velocidade é amplamente utilizado em função das


necessidades dos processos de manufatura, com isso, são utilizadas várias formas de controle
e variação de velocidade dos motores, desde a utilização de motores de corrente contínua,
motores de dupla polaridade (Dahlander), variadores mecânicos, variadores eletromagnéticos
e variadores eletroeletrônicos. Este último será objeto de estudo nesta apostila, pelo fato de
ser o método de controle de velocidade mais utilizado no meio industrial apresentando
vantagens sobre os outros métodos, pelo fato de utilizar motor de indução que são robustos,
de fácil manutenção e baixo custo.
Para isso é necessário como dispositivo de partida para o motor a utilização de um
inversor de frequência, que é um equipamento desenvolvido para variar a velocidade de
motores de indução trifásicos. Este dispositivo eletrônico transforma energia elétrica CA fixa
(tensão e frequência) em energia elétrica CA variável, capaz de ajustar a velocidade de um
motor assíncrono mantendo seu torque (conjugado) e controlar a sua potência consumida,
tendo como principais vantagens:
 Substituição de variadores mecânicos;
 Substituição de variadores eletromagnéticos;
 Automatização e flexibilização dos processos fabris;
 Comunicação avançada e aquisição de dados;
 Eliminação de elementos de partida pesada e complicada;
 Instalação mais simples;
 Aumento da vida útil do maquinário;
 Evita choques mecânicos (trancos) na partida;
 Redução do nível de ruído;
 Excelente regulação de pressão e vazão;
 Economia de energia (demanda e consumo);
 Interface com teclado de membrana táctil;
 Programação flexível;
 Dimensões compactas;
 Alto torque de partida.

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1.1. Princípio de Funcionamento de um Inversor de Frequência

Para entender o funcionamento de um inversor de frequência, é necessário, antes de


tudo, saber a função de cada etapa que o constitui. Ele é ligado na rede elétrica, que pode ser
monofásica ou trifásica, e em sua saída há um motor trifásico que necessita de uma frequência
diferente daquela da rede. Para tanto, o inversor tem como primeiro estágio, um circuito
retificador, responsável por transformar a tensão alternada em contínua. Após isso, existe um
segundo estágio capaz de realizar o inverso, ou seja, a transformação de uma tensão CC para
uma tensão CA (conversor), com a frequência ajustável.
Na rede de entrada a frequência é fixa 60 Hz e a tensão é transformada pelo retificador
de entrada em contínua pulsada (retificação de onda completa). Esta tensão contínua é
conectada ciclicamente aos terminais de saída pelos dispositivos semicondutores do inversor,
transistores ou tiristores, que funcionam como chaves estáticas.
O controle desses dispositivos semicondutores é feito pelo circuito de comando, de
modo a obter um sistema de tensão pulsada, cujas frequências fundamentais estão defasadas
de 120º.
A Figura 1.1 mostra resumidamente o diagrama em blocos de um inversor de
frequência.

Figura 1.1 – Diagrama em Blocos de um Inversor de Frequência.


Fonte: Módulo 2 - Variação de Velocidade, WEG.
Como é de se observar, o diagrama possui três partes distintas, chamadas dessa vez de
seções, a primeira parte denominada I, é a seção retificadora, que está localizada na entrada
do inversor, esta seção é composta por uma ponte retificadora (diodos) alimentada por uma
rede mono ou trifásica. A seguinte chamada de II, encontra-se um capacitor que tem o papel
de filtrar a tensão DC resultante (link DC), e utilizar esta como entrada para a seção inversora
(parte III). Ao entrar na seção III, a tensão até então filtrada DC é transformada novamente

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em tensão trifásica AC. Esta parte é responsável por gerar uma saída de tensão pulsada,
resultado do chaveamento dos transistores, que ao ser aplicada em um motor, irá gerar uma
forma de onda de corrente bem próxima da senoidal (modulação por largura de pulso PWM),
apresentada na Figura 1.2.

Figura 1.2 – Modulação PWM.


Fonte: Módulo 2- Variação de Velocidade, WEG.
Isso acontece por meio do controle da unidade lógica, que além de distribuir os pulsos,
determina o tempo em que cada IGBT permanece ligado. Desse modo, quando os pulsos são
alargados, ou seja, maior tempo ligado, a tensão tende a aumentar, acontecendo
proporcionalmente ao contrario. Assim, a tensão e a frequência fornecida ao motor, pode ser
controlada, com isso, controla-se a velocidade do motor.
Equacionamento e considerações básicas para os motores assíncronos:

- Velocidade do motor

– Frequência

- Escorregamento

- Número de polos

- Fluxo magnético

– Tensão

– Torque

- Corrente Rotórica

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1.2. Cuidados ao Instalar um Inversor de Frequência

1. Cuidado! Não há inversor no mundo que resista à ligação invertida de entrada da rede
elétrica (trifásica ou monofásica), com a saída trifásica para o motor;
2. O aterramento elétrico deve estar bem conectado, tanto ao inversor como ao motor e
sempre com resistência ≤ 10Ω;
3. Caso o inversor possua uma interface de comunicação (RS 232, ou RS 485) para o PC,
o tamanho do cabo deve ser o menor possível;
4. Devemos evitar ao máximo, misturar (em um mesmo eletroduto ou canaleta), cabos de
potência (rede elétrica, ou saída para o motor) com cabos de comando (sinais
analógicos, digitais, RS 232, etc.);
5. O inversor deve estar alojado próximo a “orifícios” de ventilação, ou, caso a potência
seja muito alta, deve estar submetido a uma ventilação (ou exaustão). Alguns
inversores já possuem um pequeno exaustor interno;
6. A rede elétrica deve ser confiável, isto é, jamais ultrapassar variações de mais ou
menos 10% em sua amplitude;
7. Sempre que possível, utilizar os cabos de comando devidamente blindados;
8. Os equipamentos de controle (CLP, PC, etc.), que funcionarem em conjunto com o
inversor, devem possuir o "terra" em comum;
9. Utilizar sempre parafusos e arruelas adequadas para garantir uma boa fixação ao
painel. Isso evitará vibrações mecânicas. Além disso, muitos inversores utilizam o
próprio painel em que são fixados como dissipador de calor. Uma fixação pobre, nesse
caso, causará um aquecimento excessivo (e possivelmente sua queima);
10. Caso haja contatores e bobinas agregadas ao funcionamento do inversor, utilizar
sempre supressores de ruídos elétricos (circuitos RC para bobinas AC, e diodos para
bobinas DC);
11. Evitar a exposição direta à raios solares, chuva, umidade excessiva, maresia, gases ou
líquidos explosivos ou corrosivos;
12. Capacitores de correção de fator de potência nunca podem ser instalados na saída do
inversor de frequência;
13. Utilizar fusíveis do tipo ultrarrápidos para proteção do inversor e fusíveis retardados
para proteção da instalação;
14. Utilizar algum dispisitivo de seccionamento de alimentação do inversor;
15. Instalar bancos de capacitores o mais próximo possível do transformador.
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1.3. Dimensionamento do Inversor de Frequência

Para o dimensionamento correto do inversor, é necessário ter conhecimento mínimo e


prévio de:
1. Aplicação (tipo do conjugado resistente);
2. Dados de placa do motor;
3. Tensão de alimentação;
4. Características dinâmicas (aceleração e frenagem);
5. Velocidades de operação;
6. Sistema de acoplamento entre o motor e a máquina, com fator de redução;
7. Sobrecargas;
8. Ambiente.
Além destes dados, deve-se procurar em catálogos de fabricantes as características do
inversor e sempre verificar se atende todas as exigências do processo.

1.4. Distorções Harmônicas

Pelo fato dos inversores trabalharem com chaveamento (transistores ou tiristores) e


com saída em modulação PWM, os mesmos são excelentes geradores de distorções
harmônicas no sistema elétrico.
O que são harmônicas? Uma tensão ou corrente harmônica pode ser definida como um
sinal senoidal cuja frequência é múltiplo inteiro da frequência fundamental do sinal de
alimentação. Existem dois tipos de harmônicas: pares e ímpares. As ímpares são encontradas
nas instalações elétricas em geral e as pares existem nos casos de haver assimetrias do sinal
devido à presença de componente contínua.
Os efeitos das harmônicas nos motores e transformadores vão desde aumento de
temperatura, de ruídos, das perdas no ferro e no cobre, diminuição do rendimento até da vida
útil. Nos capacitores há aumento de temperatura, de perdas, diminuição da vida útil,
sobretensões, sobrecorrentes e ruptura do dielétrico. Nos condutores aumento da temperatura
e sobreaquecimento do neutro das instalações. A Figura 1.3 representa a forma de onda da
corrente elétrica fornecida a um motor de indução proveniente de uma modulação PWM.

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Figura 1.3 – Representação da corrente elétrica nos terminais de um motor.


Fonte: Módulo 2- Variação de Velocidade, WEG.
As harmônicas de corrente são aditivos à corrente fundamental e, portanto geram calor
adicional nos enrolamentos do motor. Porém com um valor de 30% de distorção de corrente
num motor, não gera mais que 8% de calor adicional.
As harmônicas podem originar emissão maior de ruído audível. Além de contribuírem
com o “Torque Pulsante”, que causa excitações torcionais que podem ter consequências
destrutivas.
Vale ressaltar que a presença de distorção harmônica na rede elétrica altera o valor do
fator de potência da carga, onde, nestes casos, devem ser levadas em consideração todas as
ordens das harmônicas geradas para o cálculo correto deste fator.
Para minimizar os efeitos causados pelas distorções harmônicas, utiliza-se uma
reatância trifásica entre a rede e a entrada do inversor, possibilitando o efeito de filtragem das
correntes de entrada reduzindo as harmônicas nesta. Como resultado tem-se:
 Redução da corrente RMS de entrada;
 Aumento do fator de potência;
 Aumento da vida útil dos capacitores;
 Diminuição da distorção harmônica na rede de alimentação.
Não utilizar filtro quando a corrente do inversor for menor que 50 A e potência da
rede ou do transformador de alimentação for menor que 500 kVA.

1.5. Características Gerais dos Inversores de Frequência

Como principais características dos inversores podemos citar:


 Função Multispeed – Esta função permite a variação da frequência de saída do
inversor através de combinações das entradas digitais;
 Regulador PID – Função utilizada em sistemas em malha fechada, permitindo um
controle automático do sisitema;

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 Curva V/F ajustável – Permite a alteração das curvas características padrões para uma
necessidade específica;
 Rejeição de frequências críticas – Este recurso é utilizado quando o sistema a ser
acionado possui faixas de operação com rotações críticas e que não podem ser
utilizadas;
 Frenagem CC – Este tipo de frenagem do motor é conseguida aplicando-se no seu
estator uma tensão contínua;
 Rampa “S” – Permite obter a aceleração e desaceleração de cargas onde se necessita
de uma partida e parada mais suave;
 Acionamento por meio das entradas digitais e analógicas – Permite que as entradas
sejam programadas para controlar a velocidade do motor.

1.6. Tipos de Parâmetros

Normalmente os parâmetros são divididos de acordo com suas funções: Leitura,


regulação, configuração, motor e funções especiais.
Parâmetros de leitura – Mostram variáveis que podem ser visualizadas nos displays,
mas não podem ser alteradas pelo usuário, exceto no casa da frequência do motor.
Parâmetros de regulação – São os valores ajustáveis a serem utilizados pelas funções
do inversor.
Parâmetros de configuração – Definem as características do inversor, funções a serem
utilizadas, funções de entradas e saídas.
Parâmetros do motor – Registram os dados do motor em uso.
Parâmetros das funções especiais – Inclui parâmetros relacionados às funções
especiais.

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2. PARAMETRIZAÇÃO BÁSICA DO INVERSOR CFW-08 DA WEG COM


VERSÃO DO SOFTWARE 3.9X

Para auxílio na parametrização do Inversor CFW-08, foi elaborada uma tabela


resumida de parâmetros e funções (Tabela 01), onde para maiores detalhes se faz necessário
baixar o manual do inversor disponível no site: http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/1-328.pdf.
NOTA 1: Antes de iniciar qualquer programação do inversor é aconselhável que todas
as conexões dos bornes de comando estejam realizadas, para evitar a apresentação de erros.
NOTA 2: Sugere-se iniciar a programação pelos dados do motor elétrico.
Para iniciar os procedimentos de programação, faz-se necessário conhecer a IHM
(Interface Homem Máquina) do inversor CFW-08, bem como as principais funções das suas
teclas, onde por meio desta serão inseridos todos os parâmetros de programação do inversor
conforme apresentado na Figura 2.1.

Figura 2.1 – Representação da IHM do inversor de frequência CFW-08 da WEG.


Fonte: http://www.weg.net/br/Produtos-e-Servicos/Drives/Inversores-de-Frequencia/CFW08.

- Habilita o inversor via rampa de aceleração (partida);

- Desabilita o inversor via rampa de desaceleração (parada). Reseta o inversor após a


ocorrência de erros;

- Seleciona (comuta) display entre número do parâmetro e seu calor


(posição/conteúdo).

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- Aumenta a velocidade, número do parâmetro ou valor do parâmetro;

- Diminui a velocidade, número do parâmetro ou valor do parâmetro;

- Inverte o sentido de rotação do motor comutando entre horário e antihorário;

- Seleciona a origem dos comandos/referência entre LOCAL ou REMOTO;

- Quando pressionada realiza a função JOG.

Parâmetro Ajuste Função


P000 Senha de acesso
P002 rpm Leitura da velocidade do motor
P003 A Leitura corrente motor
P004 V Leitura tensão circuito intermediário Vcc
P005 Leitura da frequência motor
P007 V Leitura da tensão motor
P008 º Leitura da temperatura do dissipador
P009 Leitura torque do motor
P014 Leitura do último erro ocorrido
P023 Leitura da versão do Software
P040 Leitura da variável de processo PID
P100 Ajuste tempo da rampa de aceleração
P101 Ajuste tempo da rampa de desaceleração
Ajuste tempo de aceleração 2ª rampa necessita habilitar as entradas
P102
digitais
Ajuste tempo de desaceleração 2ª rampa necessita habilitar as entradas
P103
digitais
P104 Rampa “S”
P120 Memoriza o último valor de frequência digitado
P121 Hz Ajusta o valor da frequência para o motor
P122 Hz Ajusta o valor da frequência da função JOG
P124 Hz Ajuste da frequência 1 para multivelocidades
P125 Hz Ajuste da frequência 2 para multivelocidades
P126 Hz Ajuste da frequência 3 para multivelocidades
P127 Hz Ajuste da frequência 4 para multivelocidades
P128 Hz Ajuste da frequência 5 para multivelocidades
P129 Hz Ajuste da frequência 6 para multivelocidades
P130 Hz Ajuste da frequência 7 para multivelocidades
P131 Hz Ajuste da frequência 8 para multivelocidades
P133 Hz Ajusta o valor da frequência mínima
P134 Hz Ajusta o valor da frequência máxima
P136 Compensa a queda de tensão para manter o torque constante em baixas

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velocidades (visível com P202=0 ou 1)


Compensa a queda de tensão para manter o torque constante em baixas
P137
velocidades (visível com P202=0 ou 1)
Ajusta a compensação do escorregamento do motor devido à carga
P138
(visível com P202=0 ou 1)
Ajusta o valor máximo da tensão de saída em valores percentuais da
P142 %
tensão de alimentação do inversor (visível com P202=0 ou 1)
Ajusta a frequência de início de enfraquecimento de campo (visível
P145 Hz
com P202=0 ou 1)
Ajuste nível de atuação da regulação da tensão do circuito
P151 V
intermediário
P156 A Ajusta o valor da corrente de sobrecarga do motor
P169 A Ajusta a corrente máxima de saída
P178 % Ajusta o fluxo nominal (visível com P202=2)
P202 Ajusta o tipo do controle
P203 Seleção de funções especiais
P204 Ajusta os parâmetros com o padrão de fábrica
P205 Seleciona os parâmetros de leitura
P206 Ajusta o tempo de auto-reset de erros
P208 Ajusta o valor de RPM/Hz
P215 Habilita função copy (copia os parâmetros de um inversor para outro)
P219 Ajusta o inicio da redução da frequência de chaveamento
P220 Seleciona local de acionamento
P221 Habilita as teclas/botões de acionamento no modo local
P222 Habilita a entrada para o modo remoto
P229 Seleção de comando (situação local)
P230 Seleção de comando (situação remoto)
P231 Seleciona o sentido de giro do motor
P234 Ajusta o ganho da entrada analógica AI1
P235 Define o sinal da entrada analógica AI1
P236 Offset da entrada analógica AI1
P238 Ajusta o ganho da entrada analógica AI2 (CFW-08 Plus)
P239 Define o sinal da entrada analógica AI2 (CFW-08 Plus)
P240 Offset da entrada analógica AI2 (CFW-08 Plus)
P248 Ajusta a constante de tempo do filtro das entradas analógicas
P251 Seleciona a função da saída analógica (CFW-08 Plus)
P252 Ajusta o ganho da saída analógica (CFW-08 Plus)
P263 Habilita a função da entrada digital DI1
P264 Habilita a função da entrada digital DI2
P265 Habilita a função da entrada digital DI3
P266 Habilita a função da entrada digital DI4
P277 Ajusta a função da saída a relé 1
P279 Ajusta a função da saída a relé 2 (CFW-08 Plus)
P288 Hz Ajuste da frequência do relé de saída
P290 A Ajusta a corrente do relé de saída
P295 Ajusta a corrente nominal do inversor
P297 kHz Ajusta a frequência de chaveamento do inversor
P300 s Ajusta o tempo de frenagem por CC
P301 Ajusta a frequência de início da frenagem CC
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P302 A Ajusta a corrente aplicada na frenagem CC


P303 Hz Ajusta a frequência evitada 1 (se P306 ≠ 0)
P304 Hz Ajusta a frequência evitada 2 (se P306 ≠ 0)
P306 Ajusta a faixa evitada
P308 Define o endereço serial
Habilita a função Flying Start (partida do motor com eixo girando) e
P310 Ride-through (evita erro em casos de quedas de tensão de até 2
segundos)
Ajusta o tempo de retomada da tensão de 0 V até o valor nominal após
P311 s
uma queda
P312 Seleciona o tipo de protocolo da interface serial
P313 Seleciona o tipo de ação do inversor por meio da serial
P314 s Ajusta o tempo de atuação do parâmetro P313
P399 % Valor do rendimento do motor
P400 V Tensão nominal do motor
P401 A Corrente nominal do motor
P402 rpm Velocidade nominal do motor
P403 Hz Frequência nominal do motor
P404 Potência nominal do motor
P407 Fator de potência do motor
P408 Habilita o auto-ajuste (somente com P202 = 2)
P409 Ω Resistência do estator (somente com P202 = 2)
P520 Ajusta o ganho proporcional
P521 Ajusta o ganho integral
P522 Ajusta o ganho diferencial
P525 Ajusta o setpoint
P526 Ajusta a constante de tempo da variável do processo
P527 Seleciona o tipo de ação do controlador PID
P528 Define a escala da variável do processo
P536 Habilita o ajuste automático do setpoint
Tabela 1 - Tabela de parâmetros Inversor de Frequência CFW-08.

Além da tabela de parâmetros foi feito um resumo das principais funções para controle
do inversor de frequência CFW-08, apresentadas a seguir.

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Seleção LOCAL/REMOTO

Funções de Seleção LOCAL/REMOTO

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Funções das Entradas Digitais

Tabela 2 - Funções das Entradas Digitais

2.1. Atividade Práticas Inversor de Frequência CFW-08

Inicialmente é necessário fazer as conexões elétricas de controle conforme a Figura


2.2 e o tipo de acionamento desejado, após a realização das conexões elétricas de comando e
força, seguir a seguintes orientações:
1. Ajuste a senha de acesso para poder alterar os parâmetros do inversor (P000 = 5);
2. Carregue o inversor com o padrão de fábrica (P204 = 5);
3. Fazer os ajustes de tempo de aceleração (P100) para 5 segundos e desaceleração
(P101) para 8 segundos;
4. Ajusta os valores das frequências mínima (P133) e máxima (P134);
5. Demonstrar a função de compensação de Torque Manual (P136), visível com P202=0;
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6. Ajuste a corrente de sobrecarga do motor (P156);


7. Ajustar o fator de escala de referência para velocidade do motor (P208=30 para
motores de IV polos);
8. Ajuste a corrente nominal do inversor P295 = 301;
9. Ajuste a frequência de chaveamento do inversor P297;
10. Preencha os parâmetros correspondentes ao motor elétrico, conforme Tabela 03
abaixo;
P399 Valor do rendimento do motor
P400 Tensão nominal do motor
P401 Corrente nominal do motor
P402 Velocidade nominal do motor
P403 Frequência nominal do motor
P404 Potência nominal do motor
P407 Fator de potência do motor
P408 Habilita o Auto-ajuste
Tabela 3 - Parâmetros do motor.

Obs.: Valores visíveis somente com P202 = 2.


11. Demonstrar função de frenagem, P300 e P301. Demonstrar a função ride-through
(queda de tensão) P310, P202=0.

Figura 2.2 – Conexões elétricas de sinal e controle do Inversor de Frequência CFW-08.


Fonte: Manual do Inversor de Frequência CFW-08, WEG.

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2.2. Atividade Práticas 01

Fazer a programação do inversor para acionamento sempre local, referência de


velocidade via entrada analógica (AI1), sentido de giro via entrada digital (DI2), gira/para via
entrada digital (DI1) e JOG via entrada digital (DI3).

Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4
Tabela 4 - Tabela Básica de Programação

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2.3. Atividade Práticas 02

Fazer a programação do inversor para acionamento sempre remoto, referência de

velocidade via teclas e da IHM, sentido de giro via tecla da IHM,

gira/para via teclas e e JOG via tecla da IHM.

Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4

23
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2.4. Atividade Práticas 03

Fazer a programação do inversor para seleção de fonte pela tecla da IHM.


Quando no modo local, comandos por meio das teclas da IHM (Gira/para; Ref. de
Velocidade, Sentido de Giro; JOG). Quando no modo remoto, comandos via bornes
(Gira/para via entrada digital DI1, referência de velocidade AI1, sentido de giro via entrada
digital DI2 e JOG via entrada digital DI3).

Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4

24
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2.5. Atividade Práticas 04

Fazer a programação do inversor para acionamento sempre remoto, referência de


velocidade via E.P. (potenciômetro eletrônico), sentido de Giro via entrada digital DI2,
gira/para via entrada digital DI1 e JOG inativo.

Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4

Obs.: Com o EP ativo somente as entradas digitais DI3 e DI4 devem ser
programadas sempre da seguinte maneira: DI3 – Acelera (Pulsador NA); DI4 –
Desacelera (Pulsador NF).

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2.6. Atividade Práticas 05

Fazer a programação do inversor para acionamento sempre remoto, referência de


velocidade via Multispeed (entradas digitais DI2, DI3 e DI4), sentido de giro sempre horário,
gira/para via entrada digital (DI1) e JOG inativo.

Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4

Obs.: Velocidade 1 (P124) de 200 rpm, velocidade 2 (P125) de 600 rpm,


velocidade 3 (P126) de 1200 rpm, velocidade 4 (P127) de 1800 rpm, velocidade 5 (P128)
de 1000 rpm, velocidade 6 (P129) de 800 rpm, velocidade 7 (P130) de 400 rpm,
velocidade 8 (P131) de 100 rpm.
Velocidade Chave 1 Chave 2 Chave 3 Frequência Hz
1 – 200 0 0 0
2 – 600 0 0 1
3 – 1200 0 1 0
4 – 1800 0 1 1
5 – 1000 1 0 0
6 – 800 1 0 1
7 – 400 1 1 0
8 – 100 1 1 1
Tabela 5 - Multispeed

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2.7. Atividade Práticas 06

Fazer a programação do inversor para acionamento sempre remoto, referência de


velocidade via entrada analógica (AI1), sentido anti-horário, gira/para pela função Start/Stop
(Comando a três fios), comande as funções JOG e Habilita Geral por meio de entradas
digitais.

Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4

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2.8. Atividade Práticas 07

Fazer a programação do inversor para controle de uma cancela de acesso, onde o seu
funcionamento será da seguinte forma:
1. Quando o condutor do veículo pressionar o botão de acesso, o braço mecânico deverá
iniciar o seu ciclo com uma velocidade equivalente a 3 Hz, até o acionamento do
sensor 01 onde a velocidade passará para 47 Hz, até que o braço mecânico chegue ao
sensor 02, com isso a velocidade reduzirá para 12 Hz até o mesmo ser desacionado,
que reduzirá a velocidade para 3 Hz até completar o ciclo da abertura sensor 03,
conforme ilustrado na Figura 2.3;
2. Ao completar o ciclo de abertura o braço mecânico iniciará seu retorno (inversão do
sentido de giro) automaticamente voltando com velocidade de 3 Hz, até acionar os
sensor 02, onde a sua velocidade aumentará para 12 Hz, até o desacionamento do
sensor 02 e consequente acionamento do sensor 01, que aumentará a velocidade para
47 Hz até o desacionamento do sensor 01 que reduzirá a velocidade para 3 Hz, até
concluir o fechamento completo com o desligamento total do sistema.
Nota: Tempo das rampas de aceleração e desaceleração de 3 segundos.

Figura 2.3 - Ciclo de Abertura e Fechamento da Cancela


Fonte: Treinamento online do inversor de frequência Altivar 11, Schneider.

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Parâmetro Valores Observações

P220 Seleção Local/remoto


P221 Referência de Velocidade
P229 Gira/Para e JOG LOCAL
P231 Sentido de Giro
P222 Referência de Velocidade
P230 Gira/Para e JOG REMOTO
P231 Sentido de Giro
P263 Habilita função de entrada digital DI1
P264 Habilita função de entrada digital DI2
P265 Habilita função de entrada digital DI3
P266 Habilita função de entrada digital DI4

Botão de Sensor 3 Sensor 2 Sensor 1 Frequência


Velocidade
acesso (DI1) (reversão DI2) (DI3) (DI4) (Hz)
0 0 0 0 0
1 (P124) 1 0 0 0
2 (P125) 1 0 0 1
3 (P126) 1 0 1 0
4 (P124) 1 1 0 0
5 (P126) 1 1 1 0
6 (P125) 1 1 0 1
7 (P124) 1 1 0 0
8 0 0 0 0

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3. PARAMETRIZAÇÃO DO INVERSOR ALTIVAR 71 DA SCHNEIDER

Inicialmente trabalharemos com a programação por meio do terminal integrado, para


auxílio na parametrização do Inversor, foi elaborada uma tabela resumida de parâmetros e
funções (Tabela 02), onde para maiores detalhes se faz necessário baixar o manual do
inversor disponível no site: http://instrutec.ind.br/docs/downloads/Atv%2071.pdf.
Antes de iniciar qualquer programação do inversor é aconselhável que todas as
conexões dos bornes de comando e de força estejam realizadas, para evitar a apresentação de
erros e aumentar a segurança contra choques elétricos.
Para iniciar os procedimentos de programação, faz-se necessário conhecer a IHM
(Terminal Integrado) do inversor Altival 71, bem como as principais funções das suas teclas,
onde por meio desta serão inseridos todos os parâmetros de programação do inversor
conforme apresentado na Figura 3.1.

Figura 3.1- Terminal integrado do inversor de frequência Altivar 71 da Schneider Electric.


Fonte: manual de instalação e programação do inversor de frequência Altivar 71.
Quando iniciamos a programação de um inversor que já foi utilizado, para facilitar a
definição das funções das entradas lógicas, é aconselhável retornar o inversor para a
configuração de fábrica, para isto, basta acessar no menu as funções: FCS; FCS1; InI – FCS;
Fry; All – FCS; GFS; Yes por 2 segundos, com isso o inversor retornará todos os seus

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parâmetros para os ajustes de fábrica, porém há a possibilidade de retornar apenas alguns


grupos de parâmetros, maiores informações consultar o manual do equipamento.
Sempre iniciar a programação do Inversor definindo o nível de acesso (LAC), no
nosso caso, sempre no modo Especializado (EPr) e depois dar preferência para a
programação dos dados do motor.
Na sequência devemos selecionar o controle da velocidade do motor através dos
parâmetros Ctl – Fr1, selecionando opção que atenda às necessidades, neste caso devemos
selecionar AI1, pois o ajuste da velocidade será por meio de um potenciômetro, que está
ligado à entrada analógica 01 do inversor.

Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71


Pasta Parâmetros Valor Descrição
Acc Rampa de aceleração
Dec Rampa de desaceleração
Set (regulagem) Lsp Velocidade mínima
Hsp Velocidade máxima
Ith Corrente térmica do motor
Bfr Frequência da rede
Npr Potência nominal do motor
Uns Tensão nominal do motor
Ncr Corrente nominal do motor
Frs Frequência nominal do motor
Nsp Velocidade nominal do motor
Tfr Frequência máxima de saída
Tun Auto-regulagem
nst drc (controle de motor)
Aut Auto-regulagem automática
Tus Estado de auto-regulagem
Phr Rotação de fase
Ctt Tipo de controle do motor
Ofi Filtro sinus
Sfr Frequência de chaveamento
Cli Limitação corrente
Nrd Redução do ruído
1_0 (conf. de entradas e Tcc Comando 2 fios/3 fios
saídas) Rrs Atribuição sentido reverso
Habilita a função e seleciona a
Fun (Funções de JOG
JOG entrada
aplicação)
JGF Frequência de JOG
Tabela 6 - Tabela de parâmetros Básicos do Inversor de Frequência Altivar 71.

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Inicialmente o inversor nos oferece algumas possibilidade de parada, acessíveis por


meio do menu FUn – Stt, onde podemos selecionar parada por rampa de desaceleração
(rNP), parada rápida (FSt), parada por inércia (nSt) e parada por injeção de corrente contínua
(dCI). Para fins de estudo utilizaremos apenas as funções de parada por rampa e por injeção
de corrente contínua.
Para o controle por meio de velocidades pré-programadas, no caso até 16 velocidades,
neste caso, é necessário de 04 entradas lógicas, conforme apresentado na Tabela 7.

Tabela 7 - Tabela de combinação das entradas de velocidades pré-selecionadas

NOTA: Sempre definir e programar as funções e depois definir e selecionar qual


entrada terá a referida função.

Para melhor entendimento da programação é necessário responder e fazer as


programações práticas das atividades seguintes.

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3.1. Atividade Práticas 01

Fazer a programação do inversor, configurando o motor de acordo com as


informações da placa de identificação do motor.
Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71
Pasta Parâmetros Valor Descrição
Bfr Frequência da rede
Npr Potência nominal do motor
Uns Tensão nominal do motor
Ncr Corrente nominal do motor
Frs Frequência nominal do motor
Nsp Velocidade nominal do motor
Tfr Frequência máxima de saída
Tun Auto-regulagem
nst drc (controle de motor)
Aut Auto-regulagem automática
Tus Estado de auto-regulagem
Phr Rotação de fase
Ctt Tipo de controle do motor
Ofi Filtro sinus
Sfr Frequência de chaveamento
Cli Limitação corrente
Nrd Redução do ruído

3.2. Atividade Práticas 02

Fazer a programação do inversor, habilitando o comando a três fios (LI1 desliga, LI2
gira no sentido horário, LI6 gira no sentido anti-horário), com controle de velocidade por
meio do potenciômetro, ajustando as rampas de aceleração e desaceleração para 5 segundos.
Nota: Deve-se atribuir apenas a entrada LI6 para o sentido reverso e LI1 deve ser uma
chave NF. Refazer com comando a 02 fios.
Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71
Pasta Parâmetros Valor Descrição
Acc Rampa de aceleração
Dec Rampa de desaceleração
Set (regulagem) Lsp Velocidade mínima
nst Hsp Velocidade máxima
Ith Corrente térmica do motor
Tcc Comando 2 fios/3 fios
1_0 (conf. de entradas e saídas)
Rrs Atribuição sentido reverso

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3.3. Atividade Práticas 03

Fazer a programação do inversor, habilitando o comando a dois fios, JOG via entrada
digital (LI3), alterar frequência de JOG para 5 Hz, rampa de aceleração 20s e rampa de
desaceleração 15s. (Obs.: Ao habilitar o comando a dois fios o sentido de giro horário ficará
por conta de uma chave e o anti-horário por conta da chave subsequente, não é interessante
que as duas chaves sejam ligas ao mesmo tempo). Refazer com comando a 03 fios.
Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71
Pasta Parâmetros Valor Descrição
Acc Rampa de aceleração
Dec Rampa de desaceleração
Set (regulagem) Lsp Velocidade mínima
Hsp Velocidade máxima
Ith Corrente térmica do motor
nst 1_0 (conf. de entradas e Tcc Comando 2 fios/3 fios
saídas) Rrs Atribuição sentido reverso
Habilita a função e seleciona a
Fun (Funções de JOG
JOG entrada
aplicação) JGF Frequência de JOG

3.4. Atividade Práticas 04

Fazer a programação do inversor, habilitando o comando a três fios, JOG via entrada
digital (LI4), alterar frequência de JOG para 10 Hz, rampa de aceleração 15s e parada por
injeção de corrente contínua. Refazer com comando a 02 fios, definindo uma entrada
digital para a função de frenagem, além da possibilidade de parada por rampa.
Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71
Pasta Parâmetros Valor Descrição
Acc Rampa de aceleração
Dec Rampa de desaceleração
Set (regulagem) Lsp Velocidade mínima
Hsp Velocidade máxima
Ith Corrente térmica do motor
nst 1_0 (conf. de entradas e Tcc Comando 2 fios/3 fios
saídas) Rrs Atribuição sentido reverso
Habilita a função e seleciona a
JOG
Fun (Funções de JOG entrada
aplicação) JGF Frequência de JOG
Stt Tipo de parada, entrada e tempo

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3.5. Atividade Práticas 05

Fazer a programação do inversor, habilitando a função de multi velocidades (04


velocidade pré-programadas), o comando a três fios, funções de entrada digital LI2 e LI3 –
controle das velocidades, habilita geral via entrada digital (LI1). Refazer com comando a 02
fios.

LI2 LI3 Frequência (Hz)


1 0 20
0 1 30
1 1 40
0 0 0

Nota: A velocidade do motor no momento em que as entradas LI2 e LI3 estiverem


abertas (0) será definida pelo ajuste da referência de velocidade, no nosso caso do
potenciômetro. Para auxílio ver a página 32 da apostila.

Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71


Pasta Parâmetros Valor Descrição
Acc Rampa de aceleração
Dec Rampa de desaceleração
Set (regulagem) Lsp Velocidade mínima
Hsp Velocidade máxima
Ith Corrente térmica do motor
Tcc Comando 2 fios/3 fios
nst 1_0 (conf. de entradas e saídas)
Rrs Atribuição sentido reverso
Ps2 2 velocidades pré-selecionadas
Ps4 4 velocidades pré-selecionadas
Fun (Funções de aplicação) pss Sp2 Velocidade pré-selecionada 2
Sp3 Velocidade pré-selecionada 3
Sp4 Velocidade pré-selecionada 4

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3.6. Atividade Práticas 06

Fazer a programação do inversor para controle de uma cancela de acesso, onde o seu
funcionamento será da seguinte forma:
1. Quando o condutor do veículo pressionar o botão de acesso, o braço mecânico deverá
iniciar o seu ciclo com uma velocidade equivalente a 3 Hz, até o acionamento do
sensor 01 onde a velocidade passará para 47 Hz, até que o braço mecânico chegue ao
sensor 02, com isso a velocidade reduzirá para 12 Hz até o mesmo ser desacionado,
que reduzirá a velocidade para 3 Hz até completar o ciclo da abertura sensor 03,
conforme ilustrado na Figura 2.3;
2. Ao completar o ciclo de abertura o braço mecânico iniciará seu retorno (inversão do
sentido de giro) automaticamente voltando com velocidade de 3 Hz, até acionar os
sensor 02, onde a sua velocidade aumentará para 12 Hz, até o desacionamento do
sensor 02 e consequente acionamento do sensor 01, que aumentará a velocidade para
47 Hz até o desacionamento do sensor 01 que reduzirá a velocidade para 3 Hz, até
concluir o fechamento completo com o desligamento total do sistema.
Nota: Tempo das rampas de aceleração e desaceleração de 3 segundos.
Refazer com comando a 02 fios.

Parametrização Básica do Inversor de Frequência Altivar 71


Pasta Parâmetros Valor Descrição
Acc Rampa de aceleração
Dec Rampa de desaceleração
Set (regulagem) Lsp Velocidade mínima
Hsp Velocidade máxima
Ith Corrente térmica do motor
Tcc Comando 2 fios/3 fios
nst 1_0 (conf. de entradas e saídas)
Rrs Atribuição sentido reverso
Ps2 2 velocidades pré-selecionadas
Ps4 4 velocidades pré-selecionadas
Fun (Funções de aplicação) pss Sp2 Velocidade pré-selecionada 2
Sp3 Velocidade pré-selecionada 3
Sp4 Velocidade pré-selecionada 4

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4. PARAMETRIZAÇÃO DO INVERSOR ALTIVAR 71 DA SCHNEIDER POR


MEIO DO TERMINAL GRÁFICO

Deste ponto trabalharemos com a programação por meio do terminal gráfico do


inversor Altival 71. Para iniciar os procedimentos de programação, faz-se necessário conhecê-
lo, bem como as principais funções das suas teclas, onde por meio desta serão inseridos todos
os parâmetros de programação do inversor conforme apresentado na Figura 4.1.

Figura 4.1 - Terminal Gráfico do inversor de frequência Altivar 71


Fonte: manual de instalação e programação do inversor de frequência Altivar 71.
O terminal gráfico é uma Interface que permite a programação completa do inversor
além da visualização (display gráfico) das principais funções do mesmo, isso tudo
apresentado em forma de lista de intruções (menus, submenus e parâmetros) de maneira bem
prática e intuítiva, proporcionando ainda uma programação na apresentação dos seus dados
podendo ser em forma de valores, gráficos, etc, além da programação das teclas F1 a F4.
Para facilitar ainda mais a nossa programação, inicialmente devemos selecionar o
indioma mais adequado, de sua preferência, para utilização do inversor. Seguindo a ordem,
selecionar o nível de acesso, no nosso caso, sempre Especializado, depois inicia-se a

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Apostila de Acionamentos Elétricos – Prof. Wilson Mendes Cavalcante

programação do inversor preferencialmente carregando os dados do motor. Nota: se


necessário voltar o inversor à configuração de fábrica, devemos reiniciar o processo a partir
da seleção do indioma. Para restaurar os parâmetros de fábrica, basta acessar o menu do
variador – regulação de fábrica – Grupo de parâmetros, seleciona o que desejar – Reg.
de fábrica, para alterar o idioma, acessa o menu do variador – Idioma, seleciona o
desejado, para altarar o nível de acesso, no menu do variador acessa Nível de acesso e
seleciona Especialista.
Para melhor entendimento da programação é necessário fazer as programações
práticas das atividades seguintes.

4.1. Atividade Práticas 01

Fazer a programação do inversor, configurando o motor de acordo com as


informações da placa de identificação do motor.

4.2. Atividade Práticas 02

Fazer a programação do inversor, habilitando o comando a três fios (LI1 desliga, LI2
gira no sentido horário, LI6 gira no sentido anti-horário), inicialmente com controle de
velocidade por meio do potenciômetro e depois por meio da IHM, utilizando todas as suas
teclas, ajustando as rampas de aceleração e desaceleração para 5 segundos. Nota: Deve-se
atribuir apenas a entrada LI6 para o sentido reverso e LI1 deve ser uma chave NF.
Refazer com comando a 02 fios.

4.3. Atividade Práticas 03

Fazer a programação do inversor, habilitando o comando a dois fios, velocidade por


meio do potenciômetro, JOG via entrada digital (LI3), alterar frequência de JOG para 5 Hz,
rampa de aceleração 20s e rampa de desaceleração 15s. (Obs.: Ao habilitar o comando a dois
fios o sentido de giro horário ficará por conta de uma chave e o anti-horário por conta da
chave subsequente, não é interessante que as duas chaves sejam ligas ao mesmo tempo).
Refazer com comando a 03 fios.

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4.4. Atividade Práticas 04

Fazer a programação do inversor, habilitando o comando a três fios, velocidade por


meio da IHM, JOG via tecla F1 da HMI, alterar frequência de JOG para 10 Hz, rampa de
aceleração 15s e parada por injeção de corrente contínua. Refazer com comando a 02 fios.

4.5. Atividade Práticas 05

Fazer a programação do inversor, habilitando a função de multi velocidades (04


velocidade pré-programadas), o comando a três fios, funções de entrada digital LI2 e LI3 –
controle das velocidades, habilita geral via entrada digital (LI1). Refazer com comando a 02
fios.

LI2 LI3 Frequência (Hz)


1 0 20
0 1 30
1 1 40
0 0 0

Nota: A velocidade do motor no momento em que as entradas LI2 e LI3 estiverem


abertas (0) será definida pelo ajuste da referência de velocidade. Para auxílio ver a página 32
da apostila.

4.6. Atividade Práticas 06

Fazer a programação do inversor para controle de uma cancela de acesso, onde o seu
funcionamento será da seguinte forma:
1. Quando o condutor do veículo pressionar o botão de acesso, o braço mecânico deverá
iniciar o seu ciclo com uma velocidade equivalente a 3 Hz, até o acionamento do
sensor 01 onde a velocidade passará para 47 Hz, até que o braço mecânico chegue ao
sensor 02, com isso a velocidade reduzirá para 12 Hz até o mesmo ser desacionado,
que reduzirá a velocidade para 3 Hz até completar o ciclo da abertura sensor 03,
conforme ilustrado na Figura 2.3;
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Apostila de Acionamentos Elétricos – Prof. Wilson Mendes Cavalcante

2. Ao completar o ciclo de abertura o braço mecânico iniciará seu retorno (inversão do


sentido de giro) automaticamente voltando com velocidade de 3 Hz, até acionar os
sensor 02, onde a sua velocidade aumentará para 12 Hz, até o desacionamento do
sensor 02 e consequente acionamento do sensor 01, que aumentará a velocidade para
47 Hz até o desacionamento do sensor 01 que reduzirá a velocidade para 3 Hz, até
concluir o fechamento completo com o desligamento total do sistema.
Nota: Tempo das rampas de aceleração e desaceleração de 3 segundos. Defina as
entradas para os sensores de controle de velocidade, reversão e fechamento.
Refazer com comando a 02 fios, controle pela HMI colocando como sensores de
velocidade as teclas F2 e F3 da HMI.

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Apostila de Acionamentos Elétricos – Prof. Wilson Mendes Cavalcante

REFERÊNCIAS

WEG. Manual do Inversor de Frequência CFW-08, Versão 5.2X. Jaraguá do Sul: 2009.

WEG. Módulo 2: Variação de Velocidade. Jaraguá do Sul.

<http://ecatalog.weg.net/files/wegnet/1-328.pdf>. Acesso em: 28 out. 2013.

SCHNEIDER. Treinamento online do Inversor de Frequência Altivar 11,


<http://tools.schneider-electric.com.br/treinamento/atv11/base.cfm>. Acesso em: 28 out.
2013.

SCHNEIDER. Manual de Instalação e Programação do Inversor de Frequência Altivar 71,


São Paulo: 2006.

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Apostila de Acionamentos Elétricos – Prof. Wilson Mendes Cavalcante

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