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PODER JUDICIÁRIO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DA PARAÍBA


GABINETE DA PRESIDÊNCIA
GABINETE DA CORREGEDORIA-GERAL DE JUSTIÇA

ATO CONJUNTO Nº 001/2020, DE 02 DE FEVEREIRO DE 2020

Recomenda prioridade no cumprimento da Lei


Federal nº 10.826/2003, evitando o
armazenamento de armas nos cartórios de
justiça ou em depósitos mantidos pelas forças
de segurança pública.

O Presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Paraíba e o Corregedor-Geral


de Justiça, no uso de suas atribuições constitucionais, legais e regimentais,

Considerando a necessidade de estabelecimento de regras destinadas a preservar a


segurança dos juízes, servidores, advogados e jurisdicionados do Estado da Paraíba;

Considerando o disposto no art. 25 da Lei Federal nº 10.826/2003, segundo o qual as


armas de fogo apreendidas, após a elaboração do laudo pericial e sua juntada aos autos,
quando não mais interessarem à persecução penal, serão encaminhadas pelo juiz competente
ao Comando do Exército, no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas, para destruição ou
doação aos órgãos de segurança pública ou às Forças Armadas;

Considerando o disposto no art. 1º da Resolução nº 134/2011 do Conselho Nacional


de Justiça, que, igualmente, determina a remessa de armas ao Comando do Exército, quando
inservíveis à instrução processual;

Considerando, enfim, a existência de regramento interno previsto no art. 273 do


Código de Normas da Corregedoria-Geral de Justiça, que impõe a imediata destinação de
armas periciadas ao Comando do Exército, evitando seu armazenamento em cartório de
justiça;

RESOLVEM:

Art. 1º Recomendar aos Servidores lotados nos cartórios de justiça que, tão logo
aportem em juízo os laudos periciais de armas ou munições apreendidas em procedimentos
criminais, promovam, por meio de ato ordinatório, a imediata intimação das partes
interessadas para manifestarem, no prazo de cinco dias, o interesse de preservar o artefato
para fins de produção de provas em instrução processual penal.
§1º Havendo manifestação de interesse das partes na manutenção das armas para
produção de provas durante a instrução processual, os autos deverão ser imediatamente
conclusos ao Juiz, que decidirá, com prioridade, a respeito do pedido.

§2º Transcorrido o prazo estabelecido no caput deste artigo sem qualquer


manifestação ou, na hipótese de ser expressamente negada a preservação do artefato por
decisão do Magistrado, na forma preconizada no §1º deste artigo, deverá o Juiz providenciar a
imediata comunicação à Assessoria Militar do Tribunal de Justiça da Paraíba, para os fins do
disposto no art. 25 da Lei nº 10.826/2003.

Art. 2º O cumprimento das recomendações presentes neste ato será fiscalizado pela
Corregedoria-Geral de Justiça, competindo-lhe a instauração de procedimento administrativo
próprio para apurar eventuais desvios funcionais.

Art. 3º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

Tribunal de Justiça da Paraíba, em João Pessoa, 28 de fevereiro de 2020.

Desembargador Márcio Murilo da Cunha Ramos


PRESIDENTE

Desembargador Romero Marcelo da Fonseca Oliveira


CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA

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