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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro


Secao Criminal

Conselho de Justificação nº 0033791-72.2011.8.19.0000 FLS.1

Justificantes: MARCELO QUEIROZ DOS ANJOS


LAURO MOURA CATARINO
Relator : Desembargador Antonio Jose Ferreira Carvalho
Revisor Vencido: Desembargador Siro Darlan de Oliveira

Data da sessão de julgamento: 11/06/2014


Autos recebidos para justificação de voto vencido em: 26/06/14
Autos devolvidos em: 03/07/2014

Voto Vencido

Ousei divergir da douta maioria, pelas razões a seguir indicadas.

Trata–se de Conselho de Justificação encaminhado pelo Exmº


Sr. Secretário de Estado de Segurança Pública (fls. 1238/1239 e 1242) em
virtude de decisão do Conselho de Justificação oriundo de Processo
Administrativo Disciplinar instaurado em face dos Capitães PM MARCELO
QUEIROZ DOS ANJOS e LAURO MOURA CATARINO, considerados
culpados e por isso, incapazes de permanecer no oficialato.

Os Justificantes foram regularmente citados (fls. 1195 e 1197),


tendo apresentado suas Razões de Defesa às fls. 1199/1218, onde postulam,
preliminarmente, pela anulação do Conselho de Justificação quer pela
ocorrência da preclusão consumativa ante a ausência do ato de
deliberação do Secretário de Estado de Segurança Pública; quer pela
necessidade de intervenção do Ministério Público no Conselho de
Justificação; quer por entenderem violados os princípios do juiz natural e do
devido processo legal. No mérito, pretendem os militares ser
considerados justificados. Alternativamente, requerem o sobrestamento do
feito até o transito em julgado da sentença penal.

Por outro lado, requerem os Justificantes que se


determine à Polícia Militar deste Estado que apresente cópia da divulgação
oficial de todos os atos a partir do Relatório do Conselho de Justificação. Por
último, requerem, ainda, que seja oficiado à Corregedoria Geral Unificada
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Assinado em 03/07/2014 18:07:28


SIRO DARLAN DE OLIVEIRA:000006321 Local: GAB. DES SIRO DARLAN DE OLIVEIRA
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e à Secretaria de Segurança Pública a fim de que informem onome de


todos os componentes da Comissão Permanente de Justificação da Polícia
Militar em 27/08/2010 (fls. 1217/1218).

Requerimento do Ministério Público às fls. 1226/1231.

Às fls. 1238/1267 informações do Exmº Sr. Secretário de


Segurança Pública e às fls. 1268, informações do Juízo de Direito da 29ª
Vara Criminal.

Pareceres da douta Procuradoria de Justiça às fls.


1279/1281 e 1285/1296, opinando pelo não acolhimento das preliminares
suscitadas pela Defesa e reforma dos Justificantes com proventos
proporcionais.

Em sessão de julgamento realizada em 13/03/2013 foi acolhida


a ponderação da defesa para suspensão do julgamento do feito até o trânsito
em julgado da apelação, consoante certidão de fl. 1317.

Acórdão às fls. 1349/1360 que, por maioria, rejeitou a arguição


de inconstitucionalidade, vencido este Revisor e, por unanimidade, foram
rejeitadas as demais preliminares. No mérito, também por unanimidade,
julgou-se não justificados os Justificantes, com perda do posto e da patente.

É o relatório.

Ousei divergir da d. maioria por entender pertinente suscitar o


Incidente de Arguição de Inconstitucionalidade previsto no artigo 99 do
Regimento Interno deste Egrégio Tribunal de Justiça, conforme arguido pela
Defesa.

A competência para o controle concentrado de


constitucionalidade está previsto nos artigos 97 e 102 da CF, sendo que por
outro lado, a competência para realização do controle difuso depende da
interpretação sistemática das normas constitucionais. A necessidade do Poder
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Judiciário apreciar a adequação de todos os atos jurídicos com os dispositivos


constitucionais permite que no controle difuso, o Magistrado aprecie, de ofício,
a compatibilidade de uma lei ou de um ato normativo em face das regras
insculpidas na Constituição, mediante a verificação de seus requisitos formais e
materiais, obedecendo-se as normas dos artigos 480 e 482 do CPC, e artigos
99 e seguintes do RITJERJ.

Dessa forma, a inconstitucionalidade de lei ou ato do Poder


Público pode ser reconhecida em qualquer procedimento judicial de modo
incidente, negando-se aplicação ao dispositivo apontado como inconstitucional.

O processo de fiscalização das normas jurídicas é atividade


típica do Poder Judiciário. Com efeito, uma norma em desconformidade
material, formal ou procedimental com a Carta Magna não pode prevalecer,
devendo o julgador, antes de adentrar ao mérito da causa, examinar a sua
validade.

Conclui-se, desse modo, que a adequação da norma à


Constituição é o antecedente lógico da aplicação da norma ao caso concreto,
e que a declaração de inconstitucionalidade, por ser matéria de ordem pública,
pode ser reconhecida de ofício pelo Relator.

Disciplina o artigo 99 do RITJERJ:

Art.99 - Se, perante qualquer dos Órgãos do Tribunal, for


arguida, por Desembargador, pelo Órgão do Ministério
Público ou por alguma das partes, a inconstitucionalidade
de lei ou ato normativo do poder público, relevante para o
julgamento do feito, proceder-se-á conforme o disposto na
lei processual civil.

Refere-se o dispositivo ao artigo 481 do Código de Processo


Civil, o qual dispõe:

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Art. 481 - Se a alegação for rejeitada, prosseguirá o


julgamento; se for acolhida, será lavrado o acórdão, a fim de
ser submetida a questão ao tribunal pleno.

Submete-se o Instituto ao artigo 97 da Constituicao da


Republica de 1988:

Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus


membros ou dos membros do respectivo órgão especial
poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo do Poder Público.

Incide a hipótese o enunciado 10 da Sumula do E. STF:

Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a


decisão de órgão fracionário de tribunal que, embora não
declare expressamente inconstitucionalidade de lei ou ato
normativo do poder público, afasta sua incidência, no todo ou
em parte.

A Lei Estadual 427/81 que regula o Conselho de Justificação


em âmbito estadual prevê que o Secretário de Estado de Segurança Pública
deverá determinar a remessa dos autos do processo do Conselho de
Justificação ao Tribunal de Justiça nas hipóteses insertas no artigo 13, V, a e b,
sem mencionar a participação do Ministério Público de forma expressa.

Ressalte-se que se trata de norma anterior à promulgada


Constituição da Republica de 1988.

Por sua vez, dispõe o artigo 3º, V da Lei Estadual nº


3.403/2000:

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Art. 3º - Incumbe ao Corregedor Geral da Corregedoria Geral


Unificada das Unidades da Polícia Civil, da Polícia Militar e do
Corpo de Bombeiros Militar:

V - propor ao Governador, quando for o caso, a aplicação da


penalidade de demissão a policiais civis;

Gize-se, por oportuno, quanto à solução a ser dada às normas


ordinárias anteriores à Constituição Federal que sejam incompatíveis com esta.
Para alguns doutrinadores, a norma legal incompatível com a superveniência
do texto constitucional estaria revogada; para outros, a denominação correta
seria não recepção; de acordo com outros, estar-se-ia diante da caducidade.
Há, ainda, quem a repute ineficaz. Para JORGE MIRANDA, estar-se-ia diante
do fenômeno da caducidade por inconstitucionalidade superveniente.
(MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. 4. ed. Coimbra: Coimbra
Editora, 2000, Tomo II, p. 289.)

Segundo o STF, quando uma lei anterior é materialmente


incompatível com uma Constituição, não há um juízo de inconstitucionalidade,
mas uma mera aplicação das regras de direito intertemporal, especialmente, o
critério segundo o qual a norma posterior revoga a anterior com ela
incompatível. Assim, a norma incompatível com a nova ordem constitucional
não se torna inconstitucional por superveniência, mas revogada ou
simplesmente não recepcionada.

Em que pese tal entendimento do E. STF entendo que não há


como se dispensar o exercício do controle difuso de constitucionalidade das
mesmas.

As normas infraconstitucionais pretéritas, de duvidosa


compatibilidade com a Constituição Federal, também representam relevante
interesse jurídico, sendo de todo necessário que se discuta sua compatibilidade
com o texto constitucional objetivando a verificação da ocorrência ou não de
sua revogação, fazendo-se necessário conferir-lhes uma interpretação

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segura, que só pode ocorrer por intermédio da votação da maioria absoluta do


Tribunal ou de seu respectivo Órgão especial.

Consoante REGINA FERRARI: “A lei, enquanto não


considerada inconstitucional pelo órgão competente, opera eficazmente, e a
sentença que a diga em contradição aos ditames constitucionais tem efeitos a
partir de então, e não desde a data da própria lei.” (Regina Maria Macedo Nery
Ferrari. Efeitos da declaração de inconstitucionalidade. 5. ed. rev., atual. e
ampl. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004. Pag. 539)

Passo a justificar as razões pelas quais reputei necessário


acolher a arguição para suscitar o Incidente de Inconstitucionalidade.

Cediço que o Conselho de Justificação é um processo de


rito especial, destinado a julgar a incapacidade de oficiais das Forças Armadas,
bem como Policiais Militares e Bombeiros Militares para permanecer na ativa,
oferecendo-lhes condições para justificar conduta que atente contra a ética e o
pundonor militar, verificando a conveniência ou não de o oficial permanecer na
instituição militar.

O processo de justificação ostenta natureza híbrida e reflete a


presença do Estado de um lado e oficial das instituições militares de outro,
averiguando-se a conveniência ou não de o oficial permanecer na instituição.

O Autor Jadir Silva, Vice-Presidente do Tribunal de Justiça


Militar do Estado de Minas Gerais, defendeu em artigo intitulado “Da
legitimidade para a propositura do processo de justificação” (Revista de
Estudos e Informações da Justiça Militar do Estado de Minas Gerais- julho de
2009) o inequívoco contorno judicial do processo, ressalvando que entender de
forma diversa seria atribuir mero caráter de órgão homologatório e não
decisório ao Poder Judiciário.

O Conselho de Justificação requer inequívoca judicialização para


que se aperfeiçoe pois a apreciação e o julgamento dependem de decisão
proferida por um Tribunal.
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Apenas o Poder Judiciário é integrado por Órgãos cuja


decisão é dotada de definitividade apta a solucionar a lide e ostenta como uma
de suas características primordiais a inércia, o que lhe garante a devida
imparcialidade, tornando-o apto ao julgamento da lide.

No processo oriundo do Conselho de Justificação, como nas


demais demandas ajuizadas, torna-se imperioso que a provocação do Judiciário
seja deflagrada por órgão com legitimidade para tanto, condição indispensável ao
legitimo e regular exercício do direito de ação.

No sistema acusatório é essencial que as funções


desempenhadas de acusar e julgar estejam bem delineadas e sejam exercidas por
membros integrantes de Instituições diversas, igualmente para resguardar a
imparcialidade necessária a julgamento integro.

A Constituição Federal de 1988 reconhece o Ministério


Público, em seu artigo 127 caput, como instituição permanente, essencial à
função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do
regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Outrossim, no art. 129, inciso II lhe atribui como função


institucional o zelo pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de
relevância publica aos direitos assegurados nesta Constituição, promovendo as
medidas necessárias a sua garantia.

Nas hipóteses de competência originária do Superior Tribunal


Militar, a competência de sua promoção exclusiva é do Ministério Público Militar,
como assegura o art. 116, II, da LC 75/93:

Art. 116. Compete ao Ministério Público Militar o exercício


das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça Militar:

I - promover, privativamente, a ação penal pública;

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II - promover a declaração de indignidade ou de


incompatibilidade para o oficialato;

III - manifestar-se em qualquer fase do processo,


acolhendo solicitação do juiz ou por sua iniciativa, quando
entender existente interesse público que justifique a
intervenção.

Ressalte-se que nos termos do artigo 42 § 3o da


Constituição Federal, a regra prevista no artigo 14, VI e VII desta aplica-se
igualmente em âmbito estadual.

Outrossim, depreende-se do artigo 125 § 4o da Constituição


Federal que compete à Justiça Militar Estadual processar e julgar os militares
dos Estados, nos crimes militares definidos em leis e as ações judiciais contra
atos disciplinares militares, ressalvada a competência do Júri, quando a vitima
for civil, cabendo ao Tribunal competente decidir sobre a perda do posto e da
patente dos oficiais e da graduação das praças.

No mesmo sentido, dispõe o artigo 142 § 3o da Constituição


Federal, Incluído pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998, que o oficial das
Forças Armadas só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do
oficialato ou com ele incompatível, por decisão de Tribunal Militar de caráter
permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.

A legitimidade para a propositura do Conselho de Justificação


de inicio suscitou controvérsias, que foram dirimidas e superadas, inclusive em
âmbito de Encontros e Reuniões efetivadas pelo Ministério Público da União e
do Estado do Rio de Janeiro.

Acordou-se pela edição do Enunciado n. 06, do 1º Encontro


Institucional em busca da Unidade, realizado entre o Ministério Público da União e
o Ministério Público do Rio de Janeiro, segundo o qual findo o Conselho de
Justificação, a perda de posto deve ser efetivada por meio de ação inominada:

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“ Findo o Conselho de Justificação, que concluir por perda de


posto das Forças Armadas, ou Conselho de Disciplina e
Justificação, que concluir por perda de graduação ou posto nas
Polícias Militares e Bombeiros Militares, a perda de posto deve ser
efetivada por meio de ação inominada, nos termos do que
dispõem os artigos 142, § 3º, inciso VI e 125, § 4º da Constituição
Federal”

Reafirmando a validade da norma constante de tal dispositivo, os


membros do Ministério Público Militar reunidos durante o 7º Encontro do Colégio
de Procuradores da Justiça Militar, aprovaram proposição para que o Conselho de
Justificação no Superior Tribunal Militar deva ser provocado pelo Ministério Público
Militar, na forma de Representação pela declaração de Indignidade e
Incompatibilidade para o oficialato.

Interpretação sistemática do ordenamento jurídico impõe o


reconhecimento de que após a promulgação da Constituição de 1988, atribuído
ao Ministério Público a qualidade de dominus litis, a ele cabe a legitimidade
para a propositura do Conselho de Justificação, entendimento respaldado pelas
normas elencadas e consolidado como fruto de extensos debates, consoante
supramencionado.

Por todo o exposto, ousei divergir da d. maioria e antes da


analise do mérito do presente Conselho de Justificação, com supedâneo no
artigo 99 do RITJERJ c/c os artigos 480 e 481 ambos do CPC e artigo 97 da
Constituição Federal, votei no sentido do sobrestamento do julgamento e
instauração do incidente de arguição de inconstitucionalidade, com a remessa
dos autos para o E. Órgão Especial, para a solução da questão prejudicial, com
o devido exame sobre a possível incompatibilidade do artigo 13, inciso V,
alíneas “a” e “b” da Lei Estadual nº 427 de 10 de junho de 1981 e do artigo 3º,
inciso V da Lei Estadual nº 3.403, de 15 de maio de 2000, com a Constituição
Federal de 1988.
Rio de Janeiro, 03 de julho de 2014.
Desembargador SIRO DARLAN DE OLIVEIRA
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