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Brasília
2016
Secretaria-Geral da Presidência
Fabiane Pereira de Oliveira Duarte
Secretaria de Documentação
Dimitri de Almeida Prado
Equipe técnica:
Produção gráfica e editorial: Amélia Lopes Dias de Araújo, Juliana Viana Cardoso,
Márcia Gutierrez Aben-Athar Bemerguy, Renan de Moura Sousa e Rochelle Quito
AC Ação Cautelar
ac. Acórdão
ADC Ação Declaratória de Constitucionalidade
ADCT Ato das Disposições Constitucionais Transitórias
ADI Ação Direta de Inconstitucionalidade
ADPF Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
AgR Agravo Regimental
AI Agravo de Instrumento
Anatel Agência Nacional de Telecomunicações
AO Ação Originária
AR Ação Rescisória
ARE Recurso Extraordinário com Agravo
CADH Convenção Americana sobre Direitos Humanos
CC Conflito de Competência
CF Constituição Federal
CJ Conflito de Jurisdição
CNJ Conselho Nacional de Justiça
CP Código Penal
CPC Código de Processo Civil
CPF Cadastro de Pessoas Físicas
CPM Código Penal Militar
CPP Código de Processo Penal
CPPM Código de Processo Penal Militar
CRFB Constituição da República Federativa do Brasil
CTN Código Tributário Nacional
DJ Diário da Justiça
DJE Diário da Justiça Eletrônico
DL Decreto-Lei
DOU Diário Oficial da União
EC Emenda Constitucional
ED Embargos de Declaração
EDv Embargos de Divergência
Ext Extradição
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
HC Habeas Corpus
HD Habeas Data
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
Inq Inquérito
INSS Instituto Nacional do Seguro Social
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano
ISS Imposto sobre Serviços
LC Lei Complementar
LEP Lei de Execuções Penais
MC Medida Cautelar
MI Mandado de Injunção
Min. Ministro
MP Medida Provisória
MS Mandado de Segurança
p/ para
PIDCP Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos
PSV Proposta de Súmula Vinculante
QO Questão de Ordem
Rcl Reclamação
Red. Redator
RE Recurso Extraordinário
REF Referendo
Rel. Relator
RG Repercussão Geral
RHC Recurso em Habeas Corpus
RMS Recurso em Mandado de Segurança
RPV Requisição de Pequeno Valor
RTJ Revista Trimestral de Jurisprudência
SS Suspensão de Segurança
STF Supremo Tribunal Federal
SV Súmula Vinculante
TCU Tribunal de Contas da União
TSE Tribunal Superior Eleitoral
TST Tribunal Superior do Trabalho
SÚMULA VINCULANTE 14
É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos
elementos de prova que, já documentados em procedimento investiga-
tório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam
respeito ao exercício do direito de defesa.
Aprovação
A Súmula Vinculante 14 foi aprovada na PSV 1, julgada na Sessão Plenária de
2-2-2009 e publicada no DJE 59 de 27-3-2009.
Fonte de publicação
DJE 26 de 9-2-2009, p. 1
DOU de 9-2-2009, p. 1
Referência legislativa
CF/1988, art. 1º, III; e art. 5º, XXXIII, LIV e LV
CPP/1941, art. 9º; e art. 10
Lei 8.906/1994, art. 6º, parágrafo único; e art. 7º, XIII e XIV
Precedente representativo
HC 88.190
4. Há, é verdade, diligências que devem ser sigilosas, sob risco de comprometi-
mento do seu bom sucesso. Mas, se o sigilo é aí necessário à apuração e à atividade
instrutória, a formalização documental de seu resultado já não pode ser subtraída
ao indiciado nem ao defensor, porque, é óbvio, cessou a causa mesma do sigilo. (...)
Os atos de instrução, enquanto documentação dos elementos retóricos colhidos
na investigação, esses devem estar acessíveis ao indiciado e ao defensor, à luz da
Constituição da República, que garante à classe dos acusados, na qual não deixam
de situar-se o indiciado e o investigado mesmo, o direito de defesa. O sigilo aqui,
atingindo a defesa, frustra-lhe, por conseguinte, o exercício. (...) 5. Por outro lado,
o instrumento disponível para assegurar a intimidade dos investigados (...) não
figura título jurídico para limitar a defesa nem a publicidade, enquanto direitos
do acusado. E invocar a intimidade dos demais investigados, para impedir o acesso
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SÚMULA VINCULANTE 14
aos autos, importa restrição ao direito de cada um dos envolvidos, pela razão
manifesta de que os impede a todos de conhecer o que, documentalmente, lhes
seja contrário. Por isso, a autoridade que investiga deve, mediante expedientes
adequados, aparelhar-se para permitir que a defesa de cada paciente tenha acesso,
pelo menos, ao que diga respeito a seu constituinte.
[HC 88.190, voto do Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, julgamento em
29-8-2006, DJ de 6-10-2006]
Outros precedentes
HC 91.684 — julgamento em 19-8-2008, DJE 71 de 17-4-2009
HC 92.331 — julgamento em 18-3-2008, DJE 142 de 1º-8-2008
HC 90.232 — julgamento em 18-12-2006, DJ de 2-3-2007
HC 88.520 — julgamento em 23-11-2006, DJE 165 de 19-12-2007
HC 87.827 — julgamento em 25-4-2006, DJ de 23-6-2006
HC 82.354 — julgamento em 10-8-2004, DJ de 24-9-2004
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SÚMULA VINCULANTE 14
base nos elementos de prova até então encartados, sendo certo que aquele ato
não é a única e última oportunidade para expor as teses defensivas. Os advogados
poderão, no decorrer da instrução criminal, acessar todo o acervo probatório, na
medida em que as diligências forem concluídas.
[Rcl 10.110, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Plenário, julgamento em 20-10-
2011, DJE 212 de 8-11-2011]
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SÚMULA VINCULANTE 14
são já encerrada representa, ainda que não fosse essa a intenção da autoridade
reclamada, violação à Súmula Vinculante 14.
[Rcl 13.156, Rel. Min. Rosa Weber, dec. monocrática, julgamento em 1º-2-2012,
DJE 42 de 29-2-2012]
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SÚMULA VINCULANTE 14
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SÚMULA VINCULANTE 14
Restou esclarecido nos autos que o fundado temor das testemunhas de acusa-
ção sofrerem atentados ou represálias é que ensejou o sigilo de seus dados quali-
ficativos. Inobstante, consignado também que a identificação das testemunhas
protegidas fica anotada em separado, fora dos autos, com acesso exclusivo ao
magistrado, promotor de justiça e advogados de defesa, a afastar qualquer prejuízo
ao acusado. Não bastasse, a magistrada de primeiro grau ressaltou que o acesso
a tais dados já fora franqueado ao Reclamante, possibilitando-lhe identificar, a
qualquer tempo, as testemunhas protegidas no referido arquivo, com o que res-
guardado o exercício do postulado constitucional da ampla defesa. 7. Portanto,
não há, nos autos da presente reclamação, substrato fático ou jurídico capaz de
atrair a incidência do enunciado da Súmula Vinculante 14, diante do acesso do
Reclamante às informações referentes às testemunhas de acusação.
[Rcl 10.149, Rel. Min. Rosa Weber, dec. monocrática, julgamento em 22-2-2012,
DJE 42 de 29-2-2012]
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Este livro foi produzido na Coordenadoria de Divulgação de Juris-
prudência, vinculada à Secretaria de Documentação do Supremo
Tribunal Federal. O projeto gráfico e a composição foram feitos por
Camila Penha Soares e Eduardo Franco Dias, e a capa foi criada por
Roberto Hara Watanabe.
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