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COLETÂNEA TEMÁTICA
DE JURISPRUDÊNCIA
Direito Penal e
Processual Penal
2ª edição
Brasília
2016
Secretaria-Geral da Presidência
Fabiane Pereira de Oliveira Duarte
Secretaria de Documentação
Dimitri de Almeida Prado
Coordenadoria de Divulgação de Jurisprudência
Juliana Viana Cardoso
Equipe técnica: Alessandra Correia Marreta, Ana Caroline Muniz Telles (estagiária),
Elba Souza de Albuquerque e Silva Chiappetta, Heloisa Toledo de Assis Duarte, Ivson
Brandão Faria Valdetaro, Juliana Aparecida de Souza Figueiredo, Priscila Heringer
Cerqueira Pooter e Valquirio Cubo Junior
Produção editorial: Lilian de Lima Falcão Braga, Renan de Moura Sousa e Rochelle Quito
Revisão: Lilian de Lima Falcão Braga, Márcia Gutierrez Aben-Athar Bemerguy e Vitória
Carvalho Costa
Capa, projeto gráfico e diagramação: Eduardo Franco Dias
CITAÇÃO
Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não
transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
[Súmula 366.]
É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da Federação em que
o juiz exerce a sua jurisdição.
[Súmula 351.]
Notificação por hora certa. Lei 11.719/2008, que alterou o art. 362. Compati-
bilidade com o rito do procedimento penal originário. Denunciado que se oculta
para não receber notificação pessoal.
[Inq 3.204, rel. min. Gilmar Mendes, j. 23-6-2015, 2ª T, DJE de 3-8-2015.]
A falta de citação não anula o interrogatório quando o réu, ao início do ato, é
cientificado da acusação, entrevista-se, prévia e reservadamente, com a defensora
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pública nomeada para defendê-lo — que não postula o adiamento do ato — e nega,
ao ser interrogado, a imputação. Ausência, na espécie, de qualquer prejuízo à defesa.
[HC 121.682, rel. min. Dias Toffoli, j. 30-9-2014, 1ª T, DJE de 17-11-2014.]
Citado o paciente por edital, despicienda posterior citação pessoal, nos termos
do art. 363, § 4º, do CPP. Nulidade não demonstrada.
[RHC 117.804, rel. min. Rosa Weber, j. 1º-10-2013, 1ª T, DJE de 18-10-2013.]
(...) preliminar relativa à arguição de nulidade por vício na citação de um dos
denunciados. Ocorrência. (...) Quanto à nulidade por vício na citação de um dos
denunciados (...), essa se deu em razão de a contrafé do mandado de citação ex-
pedido ter sido assinada por interposta pessoa, sem qualquer relação devidamente
esclarecida com o indiciado. A citação no direito processual penal, por consistir em
ato pessoal, deve ser executada na pessoa do acusado.
[Inq 2.704, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 17-10-2012, P, DJE de 27-2-2013.]
Irregularidade na citação fica sanada pelo comparecimento espontâneo do réu e
pela constituição de defesa técnica.
[HC 96.465, rel. min. Dias Toffoli, j. 14-12-2010, 1ª T, DJE de 6-5-2011.]
Constituída a defesa técnica e comprovada a ocultação do réu para evitar a citação
pessoal, não há falar em nulidade da citação por edital.
[HC 91.371, rel. min. Cezar Peluso, j. 2-3-2010, 2ª T, DJE de 23-4-2010.]
== HC 94.619, rel. min. Ellen Gracie, j. 2-9-2008, 2ª T, DJE de 26-9-2008
É nulo, a partir da citação editalícia, o processo em que não se observa o prazo
de quinze dias entre a publicação do edital de citação e a data do interrogatório.
[HC 91.431, rel. min. Cezar Peluso, j. 4-12-2009, 2ª T, DJE de 12-2-2010.]
É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser válida a citação
editalícia, feita com observância das normas legais respectivas, se a citação pessoal
não se torna possível, por não se encontrar o réu no endereço residencial indicado
nos autos, e não se faz prova idônea do contrário.
[HC 96.540, rel. min. Cármen Lúcia, j. 26-5-2009, 1ª T, DJE de 12-6-2009.]
== HC 93.415, rel. min. Menezes Direito, j. 18-3-2008, 1ª T, DJE de 2-5-2008
== HC 72.235, rel. min. Celso de Mello, j. 28-3-1995, 1ª T, DJE de 4-12-2009
Pela data da sentença condenatória é possível concluir que o réu foi interrogado
em momento anterior à vigência da Lei 10.792/2003, que alterou o art. 360 do
CPP para exigir-se a citação pessoal para o interrogatório. Esse fato afasta qualquer
plausibilidade jurídica nos fundamentos apresentados pela impetrante a ensejar a
anulação da ação penal. A decisão proferida pelo STJ está em perfeita consonância
com a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido de que basta a requisição
judicial do réu preso para o interrogatório, considerando a legislação processual
vigente à época dos fatos.
[HC 95.234, rel. min. Menezes Direito, j. 7-10-2008, 1ª T, DJE de 19-12-2008.]
== HC 96.782, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-2-2010, 2ª T, DJE de 5-3-2010
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atos de comunicação processual
Se o acusado, citado por edital, não comparece nem constitui advogado, pode
o juiz, suspenso o processo, determinar colheita antecipada de elemento de prova
testemunhal, apenas quando esta seja urgente nos termos do art. 225 do CPP.
[HC 85.824, rel. min. Cezar Peluso, j. 5-8-2008, 2ª T, DJE de 22-8-2008.]
== HC 109.726, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-10-2011, 1ª T, DJE de 29-11-2011
A nulidade que vicia a citação pessoal do acusado, impedindo-lhe o exercício
da autodefesa e de constituir defensor de sua livre escolha, causa prejuízo evidente.
Tal vício pode ser alegado a qualquer tempo, por tratar-se de nulidade absoluta.
[HC 92.569, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 11-3-2008, 1ª T, DJE de 25-4-2008.]
É válida a citação por edital quando o pressuposto fático previsto nos arts. 361
e 362 — “se o réu não for encontrado” — está devidamente confirmado nos autos.
A pretensão do impetrante de reconhecer a nulidade da referida citação só pode estar
vinculada, portanto, ao reexame de matéria fático-probatória, o que não se admite na
via estreita do habeas corpus. (...) Impossibilidade de aplicação fracionada do art. 366
do CPP, na redação dada pela Lei 9.271/1996; pois, muito embora o dispositivo
tenha, também, conteúdo processual, sobressai a sua feição de direito penal material.
Além disso, por se tratar de dispositivo que, em geral, agrava a situação dos réus,
não pode ser aplicado retroativamente à edição da lei nova.
[HC 92.615, rel. min. Menezes Direito, j. 13-11-2007, 1ª T, DJE de 14-12-2007.]
== RHC 105.730, rel. min. Teori Zavascki, j. 22-4-2014, 2ª T, DJE de 8-5-2014
O art. 292 do CPPM dispõe a propósito da decretação da revelia quando o
acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado. O art. 366 do
CPP comum preceitua que “se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional”.
A transposição de normas mais benéficas de um para outro subordenamento não se
justifica. Não se a pode consumar já no plano normativo se ela não foi anteriormente
consumada no plano legislativo.
[HC 91.225, rel. min. Eros Grau, j. 19-6-2007, 2ª T, DJE de 10-8-2007.]
== HC 108.420, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 16-8-2011, 1ª T, DJE de 31-8-2011
É válida a citação por edital realizada quando esgotadas as diligências necessárias
à localização do réu, em obediência ao disposto no art. 361 do CPP.
[HC 85.473, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 19-9-2006, 1ª T, DJ de 24-11-2006.]
== HC 108.314, rel. min. Luiz Fux, j. 13-9-2011, 1ª T, DJE de 5-10-2011
== HC 106.840, rel. min. Ayres Britto, j. 12-4-2011, 2ª T, DJE de 22-9-2011
Citação por edital. O art. 366 do CPP remete, necessariamente, às balizas da
preventiva fixadas no art. 312 do mesmo diploma, não cabendo a automaticidade
da custódia ante a circunstância de a ré não haver sido encontrada.
[HC 86.599, rel. min. Marco Aurélio, j. 21-3-2006, 1ª T, DJ de 5-5-2006.]
== HC 100.184, rel. min. Ayres Britto, j. 10-8-2010, 1ª T, DJE de 1º-10-2010
== HC 96.577, rel. min. Celso de Mello, j. 10-2-2009, 2ª T, DJE de 19-3-2010
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atos de comunicação processual
INTIMAÇÃO
sumário 675