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SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

COLETÂNEA TEMÁTICA
DE JURISPRUDÊNCIA
Direito Penal e
Processual Penal

2ª edição

Atualizada até o DJE de 1º de fevereiro de 2016


e o Informativo STF 814

Brasília
2016
Secretaria-Geral da Presidência
Fabiane Pereira de Oliveira Duarte
Secretaria de Documentação
Dimitri de Almeida Prado
Coordenadoria de Divulgação de Jurisprudência
Juliana Viana Cardoso
Equipe técnica: Alessandra Correia Marreta, Ana Caroline Muniz Telles (estagiária),
Elba Souza de Albuquerque e Silva Chiappetta, Heloisa Toledo de Assis Duarte, Ivson
Brandão Faria Valdetaro, Juliana Aparecida de Souza Figueiredo, Priscila Heringer
Cerqueira Pooter e Valquirio Cubo Junior
Produção editorial: Lilian de Lima Falcão Braga, Renan de Moura Sousa e Rochelle Quito
Revisão: Lilian de Lima Falcão Braga, Márcia Gutierrez Aben-Athar Bemerguy e Vitória
Carvalho Costa
Capa, projeto gráfico e diagramação: Eduardo Franco Dias

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Supremo Tribunal Federal — Biblioteca Ministro Victor Nunes Leal)
Brasil. Supremo Tribunal Federal (STF).
Coletânea temática de jurisprudência : Direito Penal e Processual Penal [recurso
eletrônico] / Supremo Tribunal Federal. – 2. ed. – Brasília : Secretaria de Documentação,
Supremo Tribunal Federal, 2016.
834 p.
Atualizada até o DJE de 1º de fevereiro de 2016 e o Informativo STF 814.
Modo de acesso: <http://www.stf.jus.br/arquivo/cms/publicacaoPublicacaoTematica/
anexo/CTJ_Direito_Penal.pdf>.
ISBN: 978-85-61435-73-8
1. Tribunal Supremo, jurisprudência, Brasil. 2. Direito Penal, coletânea, jurisprudência,
Brasil. 3. Direito Processual Penal, coletânea, jurisprudência, Brasil. I Título.
CDD-341.5

Seção de Distribuição de Edições


Maria Cristina Hilário da Silva
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Fone: (61) 3217-4780
Su­pre­mo Tribunal Federal

Mi­nis­tro Enrique RICARDO LEWANDOWSKI (16‑3‑2006), Presidente

Mi­nis­tra CÁRMEN LÚCIA Antunes Rocha (21‑6‑2006), Vice­‑Presidente

Mi­nis­tro José CELSO DE MELLO Filho (17‑8‑1989), Decano

Mi­nis­tro MARCO AURÉLIO Mendes de Farias Mello (13‑6‑1990)

Mi­nis­tro GILMAR Ferreira MENDES (20‑6‑2002)

Ministro José Antonio DIAS TOFFOLI (23‑10‑2009)

Ministro LUIZ FUX (3‑3‑2011)

Ministra ROSA Maria WEBER Candiota da Rosa (19­‑12­‑2011)

Ministro TEORI Albino ZAVASCKI (29-11-2012)

Ministro Luís ROBERTO BARROSO (26-6-2013)

Ministro Luiz Edson Fachin (16-6-2015)


atos de comunicação processual

muito embora sem o alcance da eficácia modificativa, reconhecendo-se que o Mi-


nistério Público italiano possui legitimidade para expedir carta rogatória.
[HC 87.759 ED, rel. min. Marco Aurélio, j. 13-12-2011, 1ª T, DJE de 14-3-2012.]
Vide HC 87.759, rel. min. Marco Aurélio, j. 26-2-2008, 1ª T, DJE de 18-4-2008
ƒƒ A expedição de cartas rogatórias para oitiva de testemunhas residentes no exterior
condiciona-se à demonstração da imprescindibilidade da diligência e ao pagamento
prévio das respectivas custas, pela parte requerente, nos termos do art. 222-A do
CPP, ressalvada a possibilidade de concessão de assistência judiciária aos econo-
micamente necessitados.
[AP 470 QO-quarta, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 10-6-2009, P, DJE de 2-10-2009.]
== AP 477 AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 7-10-2010, P, DJE de 25-10-2010
ƒƒ Carta rogatória. Órgão de origem. Legitimidade. Cumpre perquirir a legitimidade
para expedição de carta rogatória, em processo penal, considerados os arts. 784 do
CPP e 12, § 2º, da LICC, no que versam a expedição por autoridade estrangeira
competente, não exigindo, até mesmo ante tratado de cooperação jurídica em matéria
penal, que o órgão expedidor esteja integrado ao Judiciário.
[HC 91.002 ED, rel. min. Marco Aurélio, j. 24-3-2009, 1ª T, DJE de 22-5-2009.]
ƒƒ Carta rogatória. Concessão de exequatur. Reserva de colegiado. Conforme a alí-
nea i do inciso I do art. 105 da CF, cumpre a órgão colegiado do STJ a concessão de
exequatur a cartas rogatórias. Carta rogatória. Objeto ilícito. A carta rogatória deve
ter objeto lícito considerada a legislação pátria. Descabe a concessão de exequatur
quando vise a colher depoimento, como testemunha, de corréu.
[HC 87.759, rel. min. Marco Aurélio, j. 26-2-2008, 1ª T, DJE de 18-4-2008.]
Vide HC 87.759 ED, rel. min. Marco Aurélio, j. 13-12-2011, 1ª T, DJE de 14-3-2012

CITAÇÃO

ƒƒ Não é nula a citação por edital que indica o dispositivo da lei penal, embora não
transcreva a denúncia ou queixa, ou não resuma os fatos em que se baseia.
[Súmula 366.]
ƒƒ É nula a citação por edital de réu preso na mesma unidade da Federação em que
o juiz exerce a sua jurisdição.
[Súmula 351.]
ƒƒ Notificação por hora certa. Lei 11.719/2008, que alterou o art. 362. Compati-
bilidade com o rito do procedimento penal originário. Denunciado que se oculta
para não receber notificação pessoal.
[Inq 3.204, rel. min. Gilmar Mendes, j. 23-6-2015, 2ª T, DJE de 3-8-2015.]
ƒƒ A falta de citação não anula o interrogatório quando o réu, ao início do ato, é
cientificado da acusação, entrevista-se, prévia e reservadamente, com a defensora

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atos de comunicação processual

pública nomeada para defendê-lo — que não postula o adiamento do ato — e nega,
ao ser interrogado, a imputação. Ausência, na espécie, de qualquer prejuízo à defesa.
[HC 121.682, rel. min. Dias Toffoli, j. 30-9-2014, 1ª T, DJE de 17-11-2014.]
ƒƒ Citado o paciente por edital, despicienda posterior citação pessoal, nos termos
do art. 363, § 4º, do CPP. Nulidade não demonstrada.
[RHC 117.804, rel. min. Rosa Weber, j. 1º-10-2013, 1ª T, DJE de 18-10-2013.]
ƒƒ (...) preliminar relativa à arguição de nulidade por vício na citação de um dos
denunciados. Ocorrência. (...) Quanto à nulidade por vício na citação de um dos
denunciados (...), essa se deu em razão de a contrafé do mandado de citação ex-
pedido ter sido assinada por interposta pessoa, sem qualquer relação devidamente
esclarecida com o indiciado. A citação no direito processual penal, por consistir em
ato pessoal, deve ser executada na pessoa do acusado.
[Inq 2.704, rel. p/ o ac. min. Dias Toffoli, j. 17-10-2012, P, DJE de 27-2-2013.]
ƒƒ Irregularidade na citação fica sanada pelo comparecimento espontâneo do réu e
pela constituição de defesa técnica.
[HC 96.465, rel. min. Dias Toffoli, j. 14-12-2010, 1ª T, DJE de 6-5-2011.]
ƒƒ Constituída a defesa técnica e comprovada a ocultação do réu para evitar a citação
pessoal, não há falar em nulidade da citação por edital.
[HC 91.371, rel. min. Cezar Peluso, j. 2-3-2010, 2ª T, DJE de 23-4-2010.]
== HC 94.619, rel. min. Ellen Gracie, j. 2-9-2008, 2ª T, DJE de 26-9-2008
ƒƒ É nulo, a partir da citação editalícia, o processo em que não se observa o prazo
de quinze dias entre a publicação do edital de citação e a data do interrogatório.
[HC 91.431, rel. min. Cezar Peluso, j. 4-12-2009, 2ª T, DJE de 12-2-2010.]
ƒƒ É firme a jurisprudência deste Supremo Tribunal no sentido de ser válida a citação
editalícia, feita com observância das normas legais respectivas, se a citação pessoal
não se torna possível, por não se encontrar o réu no endereço residencial indicado
nos autos, e não se faz prova idônea do contrário.
[HC 96.540, rel. min. Cármen Lúcia, j. 26-5-2009, 1ª T, DJE de 12-6-2009.]
== HC 93.415, rel. min. Menezes Direito, j. 18-3-2008, 1ª T, DJE de 2-5-2008
== HC 72.235, rel. min. Celso de Mello, j. 28-3-1995, 1ª T, DJE de 4-12-2009
ƒƒ Pela data da sentença condenatória é possível concluir que o réu foi interrogado
em momento anterior à vigência da Lei 10.792/2003, que alterou o art. 360 do
CPP para exigir-se a citação pessoal para o interrogatório. Esse fato afasta qualquer
plausibilidade jurídica nos fundamentos apresentados pela impetrante a ensejar a
anulação da ação penal. A decisão proferida pelo STJ está em perfeita consonância
com a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido de que basta a requisição
judicial do réu preso para o interrogatório, considerando a legislação processual
vigente à época dos fatos.
[HC 95.234, rel. min. Menezes Direito, j. 7-10-2008, 1ª T, DJE de 19-12-2008.]
== HC 96.782, rel. min. Joaquim Barbosa, j. 2-2-2010, 2ª T, DJE de 5-3-2010

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ƒƒ Se o acusado, citado por edital, não comparece nem constitui advogado, pode
o juiz, suspenso o processo, determinar colheita antecipada de elemento de prova
testemunhal, apenas quando esta seja urgente nos termos do art. 225 do CPP.
[HC 85.824, rel. min. Cezar Peluso, j. 5-8-2008, 2ª T, DJE de 22-8-2008.]
== HC 109.726, rel. min. Dias Toffoli, j. 11-10-2011, 1ª T, DJE de 29-11-2011
ƒƒ A nulidade que vicia a citação pessoal do acusado, impedindo-lhe o exercício
da autodefesa e de constituir defensor de sua livre escolha, causa prejuízo evidente.
Tal vício pode ser alegado a qualquer tempo, por tratar-se de nulidade absoluta.
[HC 92.569, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 11-3-2008, 1ª T, DJE de 25-4-2008.]
ƒƒ É válida a citação por edital quando o pressuposto fático previsto nos arts. 361
e 362 — “se o réu não for encontrado” — está devidamente confirmado nos autos.
A pretensão do impetrante de reconhecer a nulidade da referida citação só pode estar
vinculada, portanto, ao reexame de matéria fático-probatória, o que não se admite na
via estreita do habeas corpus. (...) Impossibilidade de aplicação fracionada do art. 366
do CPP, na redação dada pela Lei 9.271/1996; pois, muito embora o dispositivo
tenha, também, conteúdo processual, sobressai a sua feição de direito penal material.
Além disso, por se tratar de dispositivo que, em geral, agrava a situação dos réus,
não pode ser aplicado retroativamente à edição da lei nova.
[HC 92.615, rel. min. Menezes Direito, j. 13-11-2007, 1ª T, DJE de 14-12-2007.]
== RHC 105.730, rel. min. Teori Zavascki, j. 22-4-2014, 2ª T, DJE de 8-5-2014
ƒƒ O art. 292 do CPPM dispõe a propósito da decretação da revelia quando o
acusado, citado por edital, não comparecer nem constituir advogado. O art. 366 do
CPP comum preceitua que “se o acusado, citado por edital, não comparecer, nem
constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional”.
A transposição de normas mais benéficas de um para outro subordenamento não se
justifica. Não se a pode consumar já no plano normativo se ela não foi anteriormente
consumada no plano legislativo.
[HC 91.225, rel. min. Eros Grau, j. 19-6-2007, 2ª T, DJE de 10-8-2007.]
== HC 108.420, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 16-8-2011, 1ª T, DJE de 31-8-2011
ƒƒ É válida a citação por edital realizada quando esgotadas as diligências necessárias
à localização do réu, em obediência ao disposto no art. 361 do CPP.
[HC 85.473, rel. min. Ricardo Lewandowski, j. 19-9-2006, 1ª T, DJ de 24-11-2006.]
== HC 108.314, rel. min. Luiz Fux, j. 13-9-2011, 1ª T, DJE de 5-10-2011
== HC 106.840, rel. min. Ayres Britto, j. 12-4-2011, 2ª T, DJE de 22-9-2011
ƒƒ Citação por edital. O art. 366 do CPP remete, necessariamente, às balizas da
preventiva fixadas no art. 312 do mesmo diploma, não cabendo a automaticidade
da custódia ante a circunstância de a ré não haver sido encontrada.
[HC 86.599, rel. min. Marco Aurélio, j. 21-3-2006, 1ª T, DJ de 5-5-2006.]
== HC 100.184, rel. min. Ayres Britto, j. 10-8-2010, 1ª T, DJE de 1º-10-2010
== HC 96.577, rel. min. Celso de Mello, j. 10-2-2009, 2ª T, DJE de 19-3-2010

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== HC 80.805, rel. min. Ilmar Galvão, j. 21-8-2001, 1ª T, DJ de 19-10-2001


== HC 79.392, rel. min. Sepúlveda Pertence, j. 31-8-1999, 1ª T, DJ de 22-10-1999
ƒƒ Alegação de nulidade da ação penal, decorrente da realização da citação por edital,
quando constava dos autos o endereço em que o réu poderia ser localizado. Caso
em que o eventual equívoco no chamamento ao processo não impediu o paciente de
contratar advogado, que, a seu turno, compareceu aos atos regulares da ação penal —
inclusive o interrogatório —, apresentando as peças defensivas que entendeu cabíveis.
Inexistência, portanto, de prejuízo à defesa do acusado (arts. 563 e 570 do CPP).
[HC 84.389, rel. min. Ayres Britto, j. 24-8-2004, 1ª T, DJ de 8-10-2004.]
== RHC 97.918, rel. min. Cármen Lúcia, j. 31-8-2010, 1ª T, DJE de 24-11-2010
ƒƒ A alegação de nulidade da citação, por não ter sido expedido mandado judicial
juntamente com o pedido de requisição do réu preso, está superada pelo compa-
recimento em juízo, onde foi constatada a desnecessidade de adiamento do inter-
rogatório. A designação do interrogatório para a mesma data em que expedida a
requisição não afeta o direito de defesa do acusado, seja porque não existe na lei
processual exigência de interregno (HC 69.350), seja porque, preso há quase um mês,
não poderia causar surpresa o fundamento da acusação, que é antecipado, em linhas
gerais, pela nota de culpa ou pelo mandado, em caso de preventiva, possibilitando,
assim, a elaboração de um esboço de autodefesa ou mesmo de defesa técnica para
oferecimento em juízo. Ademais, a celeridade na fixação do interrogatório atendeu
ao próprio interesse do acusado, que se encontrava preso.
[HC 71.839, rel. min. Ilmar Galvão, j. 4-10-1994, 1ª T, DJ de 25-11-1994.]
== RHC 106.461, rel. min. Gilmar Mendes, j. 7-5-2013, 2ª T, DJE de 11-9-2013
== HC 100.319, rel. p/ o ac. min. Luiz Fux, j. 24-5-2011, 1ª T, DJE de 22-6-2011

INTIMAÇÃO

ƒƒ No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada


aos autos do mandado ou de carta precatória ou de ordem.
[Súmula 710.]
ƒƒ É relativa a nulidade do processo criminal por falta de intimação da expedição
de precatória para inquirição de testemunha.
[Súmula 155.]
ƒƒ A constituição de novo advogado para atuar na causa, sem ressalva ou reser-
va de poderes, representa revogação tácita do mandato anteriormente concedido.
Desse modo, é de se reconhecer a nulidade da intimação da sessão de julgamento
da apelação, sobretudo se considerada a existência de pedido expresso para que as
intimações fossem feitas em nome do novo causídico.
[RHC 127.258, rel. min. Teori Zavascki, j. 19-5-2015, 2ª T, DJE de 1º-6-2015.]

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