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“E disse o Senhor em visão a Paulo: Não temas, mas fala, e não te cales;

Porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal,


pois tenho muito povo nesta cidade.
E ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus.
Atos 18:9-11”

Graça e paz.

Temos alegria como cristão de poder participar do que Deus estava


fazendo no mundo. Alegria essa que nos motivou a sair de nossas casas e busca
com a ajuda de vocês, um campo para ceifar.
Tanto eu como a minha esposa temos nossa história. Ela saiu de sua casa
em 2017 e entrou na 2ª turma do Radical Sertanejo, na direção do Pr. Geiveson.
De lá saiu com sua dupla vieram para Bom Jesus da Lapa, mais
especificamente, Favelândia com atuação no Brejo S. José. Passou anos com
sua dupla, tiveram que mora em uma casa que, não vale nem apena dizer suas
características (sem contar que nesta, um homem tento arromba a porta e invadir
a casa no meio da noite), mas depois abençoou colocando em um ambiente mais
“seguro” para as duas. No início de 2020, ela veio a se casar, separando-se da
sua dupla, e agora morando com seu esposo.
No que diz respeito a mim, sair também em 2017, porem entrei na 3ª turma
do Radical, na direção do Pr. Ralison. Deus sabendo de tudo, colocou eu e minha
dupla na mesma cidade da minha futura esposa. De início, nosso campo seria
em Boa vista, comunidade de Serra do Ramalho, porem não ficamos lá.
Moramos em torno de sete meses na casa do nosso Mentor Pr. Manuel Brás. No
inicio da viagem de promoção missionária do nosso pastor no ano de 2018,
fomos mora na comunidade da lapinha, atuando em outras comunidades ao
redor. Eu e minha dupla inicialmente nos dávamos bem. Na época em que tudo
aconteceu, ele tinha em 43 anos e eu iria completar 20. De uma hora para outra
fui informado que minha dupla iria embora e eu também. O pr. Ralison ligou para
mim comunica que, pelo fator de não temos nenhum convertido ou batizado, se
minha dupla fosse embora eu iria também. Naquele momento deixei claro o que
minha dupla tinha e estava fazendo, pois sabia que eu seria o bode expiatório
por tudo que estava acontecendo. Aquele foi “um dos piores dias da minha vida”
sofri retaliação da minha dupla e durante um mês tive que continuar dormi na
mesma casa que ele com minha cama na porta com medo dele entrar, pois
gritava e praguejava coisas horríveis pra mim no meio da noite. Após esse mês,
ele foi encontrado por mim bêbado e noticiei a noticia para meu mentor, que
depois de mais 3 vezes que não só eu mais também a comunidade da lapinha
viu, foi levado de volta para a base. No final do ano, fui de férias para Juazeiro e
em 2020 casei com minha atual esposa.
Minha esposa e eu temos muito mais o que contar, ( como da fez que
minha esposa foi atropelada voltando de uma comunidade ou quando eu cortei
o pulso por acidente e pelo fato de estarmos longe da cidade, não foi possível
dar bons pontos e sofro com perda da sensibilidade em uma parte da minha
mão) porem não queremos escrever tanto assim.
Esse texto de Paulo martelou em minha mente por muito tempo, e hoje
ele faz um grande sentido pra mim. Tudo tem o seu tempo. E Deus tem o seu
proposito para tudo. Temos passado momentos difíceis em Favelândia, com o
fato de não temos agua potável e constantemente tempos que pega uma pano
para coar a aguar e jogar agua sanitária para matar alguns bichinhos vimos nela;
momentos de tristeza ministerial: mesmo sabendo que a obra e do Espirito
Santo, temos entanto com todas as forças, usado todas as estratégias ao nosso
alcance para levar o evangelho, mas o povo não quer ouvir e não que
compromisso com a palavra; momentos de medo: três vezes o ônibus ( que
pegamos 3h da madrugada) estourou pneus quando estávamos dentro, já
perdeu o freio em uma subida, sem contar que como não temos sinal telefônico,
oramos para não ficarmos doentes pois seria difícil chegar ate a cidade a tempo
se fosse algo grave (orávamos todos os dias quando minha esposa pegou
COVID, pois não tempos veículo e tínhamos que ficar atentos se ela piorasse
para pedir ao pastor para vim e torce para que tenha combustível).
Entendemos nosso chamado ministerial, Deus tem me preparado para o
Pastorado e estudo diariamente para isso. Eu e minha esposa sabemos do
nosso potencial e queríamos um desafio com esse estilo. Favelândia/Brejo S.
José são lugares incríveis e sabemos do potencial que ele tem, mas não também
entendemos que nosso tempo aqui acabou e nosso perfil não se encaixa mais
aqui.
Queremos então deixa claro que inicialmente não queremos sair da Junta
de Missões Nacionais. Sabemos que ela é uma agencia do reino e queríamos
sim continuar a trabalhar com essa família que o Senhor Deus nos deu, porém,
o medo que tinha de sair dela se foi. Sabemos que não deixaremos de ser
missionários e que continuaremos sendo cristãos relevantes a onda estivermos.
Nesse momento acho que ficou claro onde quero chegar. Se a Junta
entende que temos sim capacidade e a coragem para assumir um desafio com
um perfil mais nossa e que temos energia e força para lutar pelo reino; se a Junta
acredita em nós e no nosso potencial, pedimos uma transferência de campo.
Pedimos isso depois de muita oração (Muita mesmo). Não fazemos isso com
tristeza, mas com alegria de saber que demos nosso melhor.
Estaremos aguardando esse mês de setembro por uma resposta.
Estamos prontos para qualquer uma que vier e se for a vontade de Deus,
aceitaremos com alegria.
Aguardo a confirmação da leitura.

Desde já agradeço a compreensão e carinho.


Atenciosamente

Alexandre e Kelly Graça


Missionários de Cristo Jesus

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