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O poder da comunicação no casamento:

 Quando uma pessoa se propõe a ouvir o seu cônjuge, está investindo no


relacionamento. Ouvir com atenção permite entender o que está sendo dito
e apresentar resposta segura e adequada;
 não tem como saber o que o outro está pensando, por isso o diálogo é
essencial;
 A atenção ao que o cônjuge fala é muito importante. Faz com que ele se
sinta valorizado, respeitado e amado;
 Expressar palavras de carinho e de amor, revigora e sustenta o
relacionamento, aproximando o casal e aumentando a intimidade;
 A comunicação perfeita e alinhada vai proporcionar interação e crescimento
do casal. Marido e mulher são responsáveis em construir o lar que desejam.

Um casamento é construído a dois, então nada mais justo e realizador que ambos
buscarem na companhia um do outro aprendendo juntos sobre tudo que pode fazer um
casamento crescer.

Papa Francisco oferece dez ensinamentos para aprender a dialogar


Essas dicas do Papa Francisco estão contidas na Exortação Apostólica Amoris Laetitia:

1. Requer aprendizagem
O diálogo “requer uma longa e diligente aprendizagem”. O Santo Padre explica que
“homens e mulheres, adultos e jovens têm maneiras diversas de se comunicar, usam
linguagens diferentes, regem-se por códigos distintos”. É que a comunicação pode ser
influenciada por muitos fatores como a maneira de perguntar, o jeito de responder, o tom
que se usa, a hora escolhida. O diálogo autêntico é favorecido por atitudes de amor.

2.Reserve tempo
Escutar com paciência e atenção necessita de um tempo de qualidade. Deixe seu cônjuge
manifestar tudo o que precisa comunicar. “Isso requer a ascese de não começar a falar
antes do momento apropriado”. Não fique dando opiniões ou conselhos, mas procure estar
seguro de escutar tudo o que o outro tem necessidade de dizer.

3. Silêncio interior
Não tenha pressa, esqueça necessidades e urgências, ofereça espaço: “isto implica fazer
silêncio interior para escutar sem ruídos no coração e na mente”. Coloque, na sua cabeça,
que, na maioria das vezes, seu cônjuge não precisa de solução para problemas, apenas
quer ser ouvido.

4. Dê importância real à pessoa


É preciso desenvolver o hábito de dar real importância ao outro. Para isso, busque
valorizá-lo, reconhecê-lo no direito de existir, de pensar de maneira autônoma e feliz.
Nunca subestime o que diz ou reivindica. Isso não impede que você expresse seu ponto
de vista. Todos temos algo a oferecer. “É possível reconhecer a verdade do outro, a
importância das suas preocupações mais profundas e a motivação de fundo do que diz,
inclusive das palavras agressivas”, ensina o Papa. Crie empatia: coloque-se no lugar da
pessoa para interpretar a profundidade do seu coração. Entenda o que o apaixona e tome
essa paixão como ponto de partida para aprofundar o diálogo.

5. Abra a cabeça
O Papa Francisco utiliza a expressão “amplitude mental”. Seja flexível em suas opiniões. A
partir do diálogo, ideias diferentes podem surgir e, com isso, uma nova síntese poderá
enriquecer ambos. União não quer dizer uniformidade, mas uma harmonia na diversidade
ou uma “diversidade reconciliada”. Libertem-se “da obrigação de serem iguais”.
6. Expresse sem ferir
Não deixe que eventuais interferências destruam um processo de diálogo. Identifique
“maus sentimentos” e não dê a eles tanto peso para que não prejudiquem a comunicação.
É possível expressar o que sentimos sem ferir. Utilize linguagem e modo de falar mais
adequados, expresse críticas, sem descarregar a ira como uma forma de vingança e evite
linguagem moralizante agressiva, irônica e condenadora. Muitas discussões são
motivadas por pequenas coisas, mas acabam ficando quentes por causa da nossas
atitudes ou da maneira como as dizemos.

7. Carinho
Gestos de carinho permitem superar as piores barreiras. “Quando se pode amar alguém
ou quando nos sentimos amados por essa pessoa, conseguimos entender melhor o que
ela quer exprimir e nos fazer compreender”, garante Francisco.

8. O outro não é concorrente


“É preciso superar a fragilidade que nos leva a temer o outro como se fosse um
concorrente”. Cultive sua segurança em opções profundas, convicções e valores, e não no
desejo de ganhar uma discussão ou de ter razão.

9. Principais reclamações
Fique atento para alguns fatores que atrapalham o diálogo. Reclamações comuns são:
1. Não me ouve;
2. Quando parece que o faz, na realidade está a pensar noutra coisa;
3. Falo-lhe e tenho a sensação de que está à espera que acabe de vez;
4. Quando lhe falo, tenta mudar de assunto ou dá-me respostas rápidas para encerrar a
conversa.

10. Alimente o interior


O diálogo é alimentado com leitura, reflexão pessoal, oração e abertura à sociedade.
“Caso contrário, a conversa torna-se aborrecida e inconsistente. Quando cada um dos
cônjuges não cultiva o próprio espírito e não há uma variedade de relações com outras
pessoas, a vida familiar torna-se endogâmica e o diálogo fica empobrecido”, alerta o Santo
Padre.
Crie o ambiente propício ao diálogo
Sem DR, sem reclamações
Saiba escutar
Cuidado com as palavras

É preciso estar sempre pronto para falar e ouvir, pois em um relacionamento o diálogo
deve estar presente o tempo todo, seja para esclarecer um desentendimento, alinhar as
diferenças ou simplesmente contar como foi o dia. Dialogar é se preocupar e compreender
as necessidades, desejos, preocupações, medos, enfim, os sentimentos do outro. O
diálogo fortalece laços e mantém a união"
Dicas

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