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Anatomia humana

INTRODUÇÃO À ANATOMIA
É uma ciência que estuda macro e microscopicamente a constituição e do
desenvolvimento dos seres humanos.

→ Variação anatômica: diferenças morfológicas entre indivíduos


→ Fatores de variação: idade, etnia, sexo, biotipo
→ Anomalia: diferença morfológicas do padrão anatômico que altera as
funções do indivíduo.
→ Monstruosidade: deformação profunda a construção do corpo do
indivíduo, Ex.: ciclopia, xifópagos, anencefalia.

Divisão do Corpo

• Cabeça: Crânio, face


• Pescoço
• Tronco: Tórax, Abdômen
• Membro superior: Raiz (ombro), Parte Livre (braço, antebraço, mão)
• Membro inferior: Raiz (quadril), Parte Livre (coxa, perna e pé)

Posição Anatômica

Em pé, face voltada para frente, olhar para a linha do horizonte, MMSS
estendidos ao tronco com a palma das mãos voltadas para frente, MMII unidos com
a ponta dos pés voltadas para frente.
Medula Espinhal

A medula óssea, também conhecida como tutano, é um tecido líquido-


gelatinoso que preenche a cavidade interna de vários ossos e fabrica os elementos
figurados do sangue periférico como: hemácias (glóbulos vermelhos), leucócitos
(glóbulos brancos) e plaquetas.

• É uma estrutura cilíndrica, levemente achatada, localizada dentro do canal


vertebral, sem ocupa-lo por completo
• É um prolongamento do encéfalo

Limites
• Posteriormente: continua-se com o Bulbo, aproximadamente ao nível do
forame magno do osso occipital.
• Inferiormente: termina-se por um filamento chamado fio terminal
• A medula termina afinando-se para formar o cone medular

Constituição da Medula

• Substância cinzenta
• Substancia branca

A substância cinzenta se localiza por dentro da substância branca,


apresentando forma de borboleta ou “H”.

Intumescência

• Cervical: estende-se da C4 até a T1 da medula espinhal


• Lombar: estende-se da T11 até a L1 da medula espinhal.
Saco dural é uma folha membranar ou tubo de dura-máter que envolve a
medula espinal e a cauda equina. Este saco contém o líquido cefalorraquidiano, que
fornece nutrientes e proteção à medula espinhal.

Nervos Espinhais

São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis
pela inervação do tronco, dos membros superiores e partes da cabeça. São ao todo
31 pares, que correspondem aos 31 segmentos medulares existentes. São:

• 8 cervicais (1º sai entre o occipital e C1)


• 12 torácicos
• 5 lombares
• 5 sacrais
• 1 coccígeo

Envoltório da medula

• Dura-máter: a mais externa e espessa, envolve toda a medula.


• Aracnoide: encontra-se entre a dura-máter e a pia-máter.
• Pia-máter: a membrana mais delicada e interna (quando a medula termina no
cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando o filamento
esbranquiçado denominado filamento terminal)
Filamento Terminal

O filamento terminal perfura o fundo do saco dural e continua até o hiato


sacral. Atravessando o saco dural, o filamento recebe vários prolongamentos da
dura-máter e passa a ser chamado de filamento da dura-máter. Ao inserir-se no
periósteo da superfície dorsal do cóccix, constitui o ligamento coccígeo. A pia-
máter forma de cada lado da medula uma prega longitudinal denominado
ligamento denticulado. Os dois ligamentos denticulados são elementos de
fixação da medula e importantes pontos de referência em cirurgias deste órgão.
SISTEMA IMUNOLÓGICO
O sistema imunológico, sistema imune ou imunitário é um conjunto de
elementos existentes no corpo humano. Esses elementos interagem entre si e têm
como objetivo defender o corpo contra doenças, vírus, bactérias, micróbios e outros.

O sistema imunológico humano serve como uma proteção, um escudo ou uma


barreira que nos protege de seres indesejáveis, os antígenos, que tentam invadir o
nosso corpo. Assim, representa a defesa do corpo humano.

Resposta Imune
O processo de defesa do corpo através do sistema imunológico é chamado de
resposta imune.

Existem dois tipos de respostas imunes: a inata, natural ou não específica e a


adquirida, adaptativa ou específica.

• Imunidade inata, natural ou não específica


A imunidade inata ou natural é a nossa primeira linha de defesa. Esse tipo de
imunidade já nasce com a pessoa, representada por barreiras físicas, químicas e
biológicas. A imunidade nata também é representada pelas células de defesa, como
leucócitos, neutrófilos e macrófagos. Os principais mecanismos da imunidade inata
são fagocitose, liberação de mediadores inflamatórios e ativação de proteínas. Se a
imunidade inata não funciona ou não é suficiente, a imunidade adquirida entra em
ação.

Barreira Ação no organismo


É a principal barreira que o corpo tem
Pele
contra agentes patogênicos.
Ajudam a proteger os olhos, impedindo
Cílios a entrada de pequenas partículas e em
alguns casos até pequenos insetos.
Faz a limpeza e lubrificação dos olhos
Lágrima ajudando a proteger o globo ocular de
infecções.
E um fluído produzido pelo organismo
que tem a função de impedir que
Muco
microrganismos entrem no sistema
respiratório, por exemplo.
Atuam na coagulação do sangue que,
diante de um ferimento, por exemplo,
Plaquetas elas produzem uma rede de fios para
impedir a passagem das hemácias reter
o sangue.
Ela possui uma substância que mantém
a lubrificação da boca e ajuda a proteger
Saliva contra vírus que podem invadir os
órgãos do sistema respiratório e
digestivo.
É um líquido produzido pelo estômago
que atua no processo de digestão dos
Suco gástrico alimentos. Devido sua acidez elevada,
ele impede a proliferação de
microrganismos.
Possui ácidos graxos que ajudam a pele
Suor
a impedir a entrada de fungos pela pele.

• Imunidade adquirida, adaptativa ou específica


A imunidade adaptativa é a defesa adquirida ao longo da vida, tais como
anticorpos e vacinas. Constitui mecanismos desenvolvidos para expor as pessoas
com o objetivo de fazer evoluir as defesas do corpo. A imunidade adaptativa age
diante de algum problema específico. Por isso, depende da ativação de células
especializadas, os linfócitos.

Existem dois tipos de imunidade adquirida:

• Imunidade humoral: depende do reconhecimento dos antígenos, através dos


linfócitos B.
• Imunidade celular: mecanismo de defesa mediado por células, através dos
linfócitos T.

Células e órgãos: O sistema imunológico humano é formado por diversos tipos


de células e órgãos, que são divididos da seguinte forma:

Células:
As células de defesa do corpo são os leucócitos, linfócitos e macrófagos.
• Leucócitos: Os leucócitos ou glóbulos brancos são células produzidas pela
medula óssea e linfonodos. Eles têm a função de produzir anticorpos para
proteger o organismo contra os patógenos. Os leucócitos são o principal
agente do sistema imunológico do nosso corpo.
• Linfócitos: Os linfócitos são um tipo de leucócito ou glóbulo branco do sangue,
responsáveis pelo reconhecimento e destruição de microrganismos
infecciosos como bactérias e vírus. Existem os linfócitos B e linfócitos T.
• Macrófagos: Os macrófagos são células derivadas dos monócitos. Sua
função principal é fagocitar partículas, como restos celulares, ou
microrganismos. Eles são os responsáveis por iniciar a resposta imunitária.P´
Órgãos
Os órgãos do sistema imunológico são divididos em órgãos imunitários primários e
secundários.

Órgãos imunitários primários:


Nestes órgãos ocorre a produção dos linfócitos:
• Medula óssea: tecido mole que preenche o interior dos ossos. Local de
produção dos elementos figurados do sangue, como hemácias, leucócitos
e plaquetas.
• Timo: glândula localizada na cavidade torácica, no mediastino. Sua função
é o promover o desenvolvimento dos linfócitos T.

Órgãos imunitários secundários:

Nestes órgãos é iniciada a resposta imune:

• Linfonodos: pequenas estruturas formadas por tecido linfoide, que se


encontram no trajeto dos vasos linfáticos e estão espalhadas pelo corpo. Eles
realizam a filtragem da linfa.
• Baço: filtra o sangue, expondo-o aos macrófagos e linfócitos que, através da
fagocitose, destroem partículas estranhas, microrganismos invasores,
hemácias e demais células sanguíneas mortas.
• Tonsilas: constituídas por tecido linfoide, ricas em glóbulos brancos.
• Apêndice: pequeno órgão linfático, com grande concentração de glóbulos
brancos.
• Placas de Peyer: acúmulo de tecido linfoide que está associado ao intestino.

Sistema imunológico baixo

Quando o sistema imunológico não funciona adequadamente, ele diminui a sua


capacidade de defender o nosso corpo. Assim, ficamos mais vulneráveis às doenças,
tais como amigdalites ou estomatites, candidíase, infecções na pele, otites, herpes,
gripes e resfriados.

Para fortalecer o sistema imunológico e evitar problemas com baixa imunidade,


é preciso atenção especial com a alimentação. Algumas frutas ajudam no aumento
da imunidade, como a maçã, laranja e kiwi, que são frutas cítricas. A ingestão de
ômega 3 também é um aliado para o sistema imunológico. É importante, ainda,
praticar exercícios, beber água e tomar sol com moderação.
SISTEMA TEGUMENTAR
Pele Humana:

A pele é o maior órgão do nosso corpo, reveste e assegura grande parte das relações
entre o meio interno e o externo. Atua na defesa e colabora com outros órgãos
para o bom funcionamento do organismo, como no controle da temperatura corporal
e na elaboração de metabólitos. É constituída de derme e epiderme, tecidos
intimamente unidos, que atuam de forma harmônica e cooperativa.

Epiderme:

É composta por epitélio de revestimento que é um tecido estratificado, pavimentoso


e queratinizado, formado por várias camadas de células com diferentes formas e
funções. As células superficiais são achatadas como se fossem escamas e possuem
queratina. A epiderme não possui vasos nem nervos; tem espessura variada, sendo
mais grossa nas regiões de atrito como solas dos pés e palmas das mãos e mais fina
sobre as pálpebras e próximo dos genitais.

Camada Basal ou Germinativa:


Essa camada está sempre produzindo novas células, que se dividem por
mitose. Estão presentes os melanócitos, células especializadas em produzir a
melanina, que é o pigmento que dá cor à pele e aos pelos. Os prolongamentos dos
melanócitos penetram nas células dessa camada e da espinhosa, espalhando
melanina no seu interior. As células de Merkel são mecanorreceptoras, ou seja,
percebem estímulos mecânicos do exterior e os encaminham para as fibras nervosas.

Camada Espinhosa:

Possui células com desmossomos e prolongamentos que ajudam a mantê-las


bem unidas, o que lhes confere aparência espinhosa. As células de Langerhans se
encontram espalhadas pela camada e ajudam a detectar agentes invasores, enviando
alerta ao sistema imunológico para defender o corpo;

Camada Granulosa:

À medida que sobem, os ceratinócitos vão sendo achatados.Na camada


granulosa possuem forma cúbica e estão cheios de grânulos de queratina, que passa
a ocupar os espaços intercelulares;

Camada Córnea:

O estrato córneo fica na superfície do corpo. Formado por células mortas, sem
núcleo, achatadas e queratinizadas. A sua parte mais externa sofre descamação,
sendo constantemente substituída (em períodos de 1 a 3 meses).

Derme:
É formada de tecido conjuntivo denso. Sua composição é essencialmente
de colágeno (cerca de 70%) e outras glicoproteínas e fibras do sistema elástico. As
fibras elásticas formam uma rede ao redor das fibras de colágeno que conferem
flexibilidade à pele. A camada imediatamente abaixo da epiderme é chamada de
camada papilar pois possui inúmeras papilas dérmicas encaixadas nas reentrâncias
da superfície irregular da epiderme. Em seguida há a camada reticular que contém
mais fibras elásticas, além de vasos sanguíneos e linfáticos e terminações nervosas,
também são encontradas glândulas sebáceas e sudoríparas e as raízes dos pelos.
Hipoderme:
Localizada logo abaixo da derme encontra-se a tela subcutânea ou hipoderme, que
é uma camada de tecido conjuntivo frouxo rica em fibras e células adiposas. A
gordura que se acumula nessas células funciona como reserva de energia e isolante
térmico.

Estruturas Anexas da Pele:

Existem diversas estruturas relacionadas aos tecidos epiteliais e conjuntivos


que formam a epiderme e derme, respectivamente, cada uma com função específica.

As glândulas secretam suor ou sebo que ajudam a controlar a temperatura


corporal e lubrificar a pele. As unhas protegem a ponta dos dedos e ajudam a agarrar
objetos. Os pelos têm papel sensorial, por terem terminações nervosas ligadas à
base do folículo; há também outras terminações espalhadas na pele, que permitem a
percepção de estímulos como: temperatura, pressão, tato e mecânicos.
Receptores Sensoriais
São terminações das fibras nervosas, mielínicas, algumas estão livres
associadas às células epiteliais, outras, encapsuladas. Existem 7 tipos de receptores
que captam os estímulos do meio, levam ao sistema nervoso e devolvem respostas
sensoriais; são eles:

• Discos de Merkel: ramificações das extremidades de fibras nervosas sensoriais,


cujas pontas têm forma de disco e estão ligadas às células da epiderme.
Percebem estímulos contínuos de pressão e tato;
• Corpúsculos de Meissner: são receptores encapsulados, de adaptação rápida
(respondem ao estímulo no fim), percebem estímulos vibratórios, de pressão e
de tato, localizados na superfície da derme;
• Corpúsculos de Paccini: encapsulado, de adaptação rápida, sentem estímulos
vibratórios rápidos e pressão, localizados na derme profunda;
• Corpúsculo de Ruffini: encapsulado, de adaptação lenta (responde ao estímulo
continuamente), sentem a pressão e se localizam na derme profunda;
• Bulbos de Krause: encapsulados, são pouco conhecidos, mas associados aos
estímulos de pressão, se localizam nas bordas da epiderme;
• Terminações dos Folículos Pilosos: são fibras sensoriais enroladas ao redor
dos folículos, podem ser de adaptação lenta ou rápida;
• Terminações Nervosas Livres: são ramificações de fibras mielínicas ou
amielínicas não encapsuladas, são de adaptação lenta e transmitem informações
de tato, dor, temperatura e propriocepção. Estão localizados por toda pele e em
quase todos os tecidos do corpo.
SISTEMA CIRCULATÓRIO CARDIOVASCULAR
É responsável pela circulação do sangue, de modo a transportar os nutrientes e
oxigênio por todo o corpo.

É formado pelos: vasos sanguíneos (artérias, veias, vasos capilares) e o coração

Vasos sanguíneos

Constituem uma ampla rede de tubos por onde circula o sangue, distribuídos
por todo o corpo.

Artérias

São vasos por onde passa o sangue que sai do coração, sendo transportado para
as outras partes do corpo, elas se ramificam pelo corpo constituindo as arteríolas,
estas ainda se ramificam mais formando os capilares.

Veias

Transportam o sangue das diversas partes do corpo de volta para o coração, sua
parede é mais fina que a das artérias, tornando o transporte mais lento. É importante
salientar que a maior parte das veias (jugular, safena, cerebral e outras) transportam
o sangue venoso, seja rico em gás carbônico. As veias pulmonares transportam o
sangue arterial, oxigenado, dos pulmões para o coração.

Vasos capilares

São ramificações microscópica de artérias e veias, formando uma rede de


comunicação entre as artérias e as veias, suas paredes são formadas por camadas
finíssimas de células, que permitem a troca de substâncias (nutrientes, oxigênio, gás
carbônico) do sangue para as células e vice-versa.
Coração:

Se localiza na caixa torácica, no local chamado mediastino, entre os pulmões. Este


é musculoso e oco, e é envolvido por membranas chamadas de pericárdio,
endocárdio e o miocárdio.

• O miocárdio possui 4 cavidades: duas superiores denominadas de átrios


(D e E) e duas inferiores denominadas de ventrículos (D e E). O átrio direito
se comunica com o ventrículo direito e o mesmo acontece no lado esquerdo.

Nessas cavidades existem válvulas que impedem o refluxo do sangue dos


ventrículos para os átrios. Entre o átrio direito e o ventrículo direito é a válvula
tricúspide, entre o átrio esquerdo e o ventrículo esquerdo é a válvula mitral
O coração possui dois tipos de movimentos: sístole e diástole.

• Sístole: é o movimento de contração em que o sangue é bombeado para o


corpo
• Diástole: é o movimento de relaxamento, quando o coração se enche de
sangue.

A pulsação do sistema cardiovascular é observada a cada vez que os


ventrículos se contraem, impulsionando o sangue para as artérias, ou a cada batida
do coração. Esse movimento de pulsação, também chamado de pulso arterial é
possível verificar a frequência dos batimentos cardíacos.
SISTEMA LINFÁTICO
MORFOLOGIA

O sistema linfático assemelha-se ao sistema sanguíneo, que está intimamente


relacionado anatômico e funcionalmente ao sistema linfático. Porém existe diferença
entre os dois sistemas, como a ausência de um órgão central bombeador no sistema
linfático, além deste ser histoângico, isto é, microvasculotissular.

• Funções: Retorno do liquido intersticial para a corrente sanguínea, Destruição


de microrganismos e partículas estranhas da linfa, Respostas imunes
específicas, como produção de anticorpos;
• Consiste em:

1. Um sistema vascular, constituído por um conjunto particular de capilares linfáticos,


vasos coletores e troncos linfáticos.

2. Linfonodos, que servem como filtros do liquido coletado pelos vasos.

3. Órgãos linfoides, que incluem tonsilas, baço e o timo, encarregados de recolher,


na intimidade dos tecidos, o líquido intersticial e reconduzi-lo ao sistema vascular
sanguíneo.

• Linfa: Quando o líquido intersticial passa para dentro dos capilares linfáticos
recebe a denominação de linfa. A linfa apresenta uma composição semelhante
à do plasma sanguíneo, ela consiste principalmente de água, eletrólitos e de
quantidades variáveis de proteínas plasmáticas que escaparam do sangue
através dos capilares sanguíneos. A linfa difere do sangue principalmente pela
ausência de células sanguíneas.
• Vasos Coletores Linfáticos Subfasciais: São menos numerosos do que os
superficiais e mais numerosos, porém, do que os vasos sanguíneos que eles
geralmente acompanham.
• Vasos Profundos: Geralmente seguem as veias profundas, que via de regra
caminham com as artérias.
• Vasos Superficiais: Passam através da fáscia superficial e os linfonodos
relacionados são usualmente encontrados onde as grandes veias superficiais
se anastomosam com as profundas.
• Capilares Linfáticos: São pequenos vasos que são compostos de um cilindro
de células endoteliais que se unem ao tecido conjuntivo intercelular através
dos filamentos de proteção, também denominados de filamentos de casley
Smith, compostos de ácido hialurônico. O sistema linfático é um sistema de
mão única, isto é, ele somente retorna o líquido intersticial para a corrente
circulatória e dessa forma previne a formação de edema.
• Vasos Lácteos: Localizados nas vilosidades intestinais, que auxiliam a
absorção de gordura no trato digestivo.

LINFONODOS

São também conhecidos como gânglios ou nodos linfáticos, sendo que


segundo a terminologia anatômica o termo gânglio é restrito ao sistema nervoso.
Portanto, é incorreta a utilização do referido termo para caracterizar a estrutura do
sistema linfático.

São formações que se dispõem ao longo dos vasos do sistema linfático e são
em número de 600 a 700 ao todo. Eles apresentam variações na forma, tamanho e
coloração, ocorrendo geralmente em grupos das articulações. Desempenham em
geral o papel de reguladores da corrente linfática, cuja função é filtrar impurezas da
linfa e produzir linfócitos, células de defesa especializadas.

Esses importantes órgãos filtrados estão envoltos por uma cápsula fibrosa e
apresentam em seu interior septos conjuntivos que os dividem em lobos. A parte
interna do linfonodo, o parênquima é formado por dois tipos de estruturas: A cortical
que se localiza perifericamente e, mais internamente, localiza-se a medula. No
interior do córtex ficam os centros germinativos, que são as fontes de linfócitos.
O tecido linfóide é um tipo de tecido conjuntivo frouxo modificado, e apresenta uma
rede de fibras reticulares, entre as quais situam-se muitos linfócitos e macrófagos.

Há grupos linfonodos, na axila, virilha, pescoço, perna, bem como em várias


regiões profundas do corpo. Técnicas que visam incrementar o fluxo da linfa devem
considerar o sentido natural da drenagem nos diferentes segmentos.

CIRCULAÇÃO LINFÁTICA

Os capilares linfáticos são dotados de alta permeabilidade, permitindo a


passagem de proteínas, cristaloides e água. O fluxo da linfa é relativamente lento,
aproximadamente três litros de linfa penetram no sistema cardiovascular em 24 horas.
Esse fluxo é lento porque, ao contrário do sistema cardiovascular, o sistema linfático
para fluir depende de forças externas e internas ao organismo, tais como: a gravidade,
os movimentos passivos, a massagem ou a contração muscular, a pulsação das
artérias próximas aos vasos, o peristaltismo visceral.

A linfa absorvida nos capilares linfáticos é transportada para os vasos pré


coletores, passando através de vários linfonodos, sendo aí filtrada e recolocada na
circulação até atingir os vasos sanguíneos.

• No Membro Inferior: os vasos superficiais e profundos fluem para os


linfonodos inguinais superficiais.
• No Membro Superior: tanto os vasos linfáticos superficiais como os profundos
atingem os linfonodos axilares.
• Edema: O excesso de líquido no interstício é fator determinante do que
classificamos como edema. O termo edema refere-se ao acumulo de
quantidades anormais de líquido nos espaços intercelulares ou nas cavidades
do organismo. O edema é consequência de um aumento nas forças que
tendem a mover os fluidos do compartimento intravascular ao intersticial.
• Algumas causas básicas para a formação de edema são: Aumento da
pressão hidrostática, Diminuição da pressão hidrostática, Diminuição da
pressão osmótica, Obstrução da drenagem linfática, Aumento da
permeabilidade vascular

Microscopicamente o edema se caracteriza por uma maior separação entre os


elementos figurados do conjuntivo e, macroscopicamente, apresenta-se como um
aumento de volume do segmento em questão.
SISTEMA ENDÓCRINO
O sistema endócrino é composto de várias glândulas que se situam em
diferentes pontos do nosso corpo. Glândulas são estruturas que produzem
substância que tem determinada função no nosso corpo.

Glândulas endócrinas e suas funções

Essas glândulas produzem e lançam no sangue substâncias reguladoras


denominadas hormônios, ao serem lançados no sangue, percorrem o corpo até
chegar aos órgãos-alvos sobre os quais atuam.

Hipófise

A hipófise está localizada no centro da cabeça, logo abaixo do cérebro.


Produz diversos hormônios, entre eles, o hormônio do crescimento. É considerada a
glândula mestre do nosso corpo, pois estimula o funcionamento de outras
glândulas, como a tireoide e as glândulas sexuais.
O excesso da produção desse hormônio causa o gigantismo (crescimento
exagerado) e a falta provoca o nanismo. Outro hormônio produzido pela hipófise é
o antidiurético (ADH), substância que permite ao corpo economizar água na
excreção (formação da urina).
Tireoide

A tireoide está localizada no pescoço, produz a tiroxina, hormônio que


controla a velocidade do metabolismo celular, a manutenção do peso e do calor
corporal, o crescimento e o ritmo cardíaco.

Obs.: O hipertireoidismo, funcionamento exagerado da tireoide, acelera todo o


metabolismo. O hipotireoidismo é quando a tireoide trabalha menos e produz menos
tiroxina, o metabolismo se torna mais lento

Paratireoides

As paratireoides são quatro pequenas glândulas, localizadas atrás da


tireoide, que produzem o paratormônio, hormônio que regula a quantidade de
cálcio e fósforo no sangue.

Obs.: A diminuição desse hormônio reduz a quantidade de cálcio no sangue e faz


com que os músculos se contraiam violentamente. Já o aumento da produção desse
hormônio, transfere parte do cálcio para o sangue, de modo que enfraquece os
ossos, tornando-os quebradiços.

Timo

O timo está situado entre os pulmões. Produz um hormônio que atua na


defesa do organismo do recém-nascido contra infecções. Nessa fase, apresenta um
volume acentuado, crescendo normalmente até a adolescência, quando começa a
atrofiar. Na idade adulta diminui de tamanho, pois tem suas funções reduzidas.

Suprarrenais

As glândulas suprarrenais situam-se acima dos rins e produzem a


adrenalina, hormônio que prepara o corpo para a ação. Os efeitos da adrenalina no
organismo são:

• Taquicardia: o coração dispara e impulsiona mais sangue para as pernas e


braços, aumentando a capacidade de correr ou de se exaltar em situações
tensas;
• Aumento da frequência respiratória e da taxa de glicose no sangue, liberando
mais energia para as células;
• Contração dos vasos sanguíneos da pele, de modo que o organismo envia
mais sangue para os músculos esqueléticos e, por isso, ficamos “pálidos de
susto” e também “gelados de medo”.

Pâncreas
O pâncreas é uma glândula mista pois além de hormônios (insulina e o
glucagon) produz também o suco pancreático, que é lançado no intestino delgado e
desempenha importante papel na digestão. A insulina controla a entrada da glicose
nas células (onde será utilizada na liberação de energia) e o armazenamento no
fígado, na forma de glicogênio.

Obs.: A falta ou a baixa produção de insulina provoca o diabetes, doença


caracterizada pelo excesso de glicose no sangue (hiperglicemia). O glucagon
funciona de maneira oposta à insulina.

Quando o organismo fica muitas horas sem se alimentar, a taxa de açúcar no


sangue cai muito e a pessoa pode ter hipoglicemia, que gera a sensação de
fraqueza, tontura, levando, em muitos casos, ao desmaio. Nesse caso o pâncreas
produz o glucagon, que age no fígado, estimulando a "quebra" do glicogênio em
moléculas de glicose. Por fim, a glicose é enviada para o sangue normalizando a
hipoglicemia.

Glândulas sexuais
As glândulas sexuais são os ovários e os testículos, que fazem parte do
sistema reprodutor feminino e do sistema reprodutor masculino respectivamente.

Os ovários e os testículos são estimulados por hormônios produzidos pela


hipófise. Assim, enquanto os ovários produzem o estrogênio e a progesterona, os
testículos produzem diversos hormônios, entre eles a testosterona, responsável pelo
aparecimento das características sexuais secundárias masculinas: barba, voz grave,
ombros volumosos etc.
SISTEMA RESPIRATÓRIO
→ O sistema respiratório tem como objetivos:
• Eliminar gases residuais (CO2)
• Contribuir para exalação de vapor d’água
• Contribuir como sede para os receptores da olfação
→ O sistema respiratório é dividido anatomicamente em duas porções:
• Porção condutora de gases: nariz, faringe, laringe, traqueia e bronquíolos
• Porção respiratória propriamente dita: pulmões.

NARIZ

O nariz é dividido em: Vestíbulo, Cavidade nasal propriamente dita

• No vestíbulo, encontram-se as vibrissas, que são pelos destinados a filtrar o


ar inspirado.
• A cavidade nasal: a mucosa de revestimento das fossas nasais tem o nome
de ptuitária sendo uma ptuitária respiratória (destinada ao aquecimento do ar
inspirado) e a ptuitária olfativa (responsável pela percepção do olfato).

Na parede lateral da cavidade nasal deve-se identificar: concha nasal superior,


concha nasal média, e concha nasal inferior.

• As conchas nasais delimitam espaços conhecidos como meatos nasais


(superior, médio e inferior), as conchas nasais também são responsáveis por
aquecer, umedecer e filtrar o ar.
FARINGE

A faringe é um órgão que se localiza posteriormente às cavidades nasal, bucal


e laríngea. Didaticamente é dividida em três regiões:

• Nasofaringe: óstio faríngico da tuba auditiva, tonsila faríngea


• Orofaríngea: tonsila lingual, tonsila palatina
• Laringofaringe

É um órgão comum as sistema digestivo e respiratório. O ar inspirado pelas


fossas nasais ou pela boca passa necessariamente pela faringe antes de atingir a
laringe.

LARINGE

O esqueleto da laringe é formado por cartilagens

• Cartilagens ímpares: tireoide, cricoide, epiglote


• Cartilagens pares: aritenoide, corniculada, cuneiforme
• Membranas: tiro-hiódea, crico-tiroídea, crico-traqueal
O limite da faringe com a laringe chama-se de glote, orifício de passagem para
o ar (inspirado e expirado), a qual se fecha durante a deglutição por meio da epiglote,
que funciona como uma válvula.

• A laringe é constituída por: Músculos extrínsecos (movimentam a laringe


como um bloco e exercem sua ação por ocasião da deglutição), Músculos
intrínsecos (inserem-se nas cartilagens da laringe e desempenham sua função
no sentido da fonação e, assessoram na deglutição)

TRAQUEIA

É um órgão tubular que se destina exclusivamente para passagem de ar. É


formada por:

• Anéis traqueais
• Ligamentos anulares
• Músculo traqueal (posteriormente)
• Carina (projeção interna)

A traqueia bifurca-se inferiormente, dando origem aos brônquios (D e E)

Situa-se medianamente, a frente do esôfago e, apenas na sua terminação,


desvia-se ligeiramente para a direita
BRÔNQUIOS

Assim como a traqueia, também são constituídos por anéis cartilaginosos. Os


brônquios são revestidos internamente por epitélio ciliado.

Divide-se sequencialmente em:

• Brônquios principais: fazem a ligação da traqueia com os pulmões


• Brônquios lobares: superior (esquerdo e direito), medias (direito), inferior
(esquerdo e direito)
• Brônquios segmentares: cada um deste distribuindo-se a um segmento
pulmonar
• Bronquíolo: são ramificações dos brônquios segmentares, no quais penetram
nos lóbulos pulmonares.
• Ducto alveolar: são revestidos por epitélio simples plano cujas células são
extremamente delgadas.
• Alvéolo: são pequenas bolsas de paredes finas, formadas por células
achatadas recobertas por capilares sanguíneos, e são responsáveis pela
hematose (processo de trocas gasosas entre sangue e o ar)
• Brônquio Principal Direito: é mais curto, mais vertical e mais calibroso
• Brônquio Principal Esquerdo: é mais longo, mais oblíquo, menos calibroso.
PULMÃO

São órgãos pares, localizados na cavidade torácica e que deixam entre si um


espaço chamado mediastino

Os pulmões humanos é um órgão de consistência esponjosa, coloração


vermelha, cerca de 25cm e 700 gramas de peso

Em ambos os pulmões existem:

• Faces: diafragmática, costal e mediastinal

• Ápice do pulmão e Base do pulmão

• Hilo ou porta do pulmão: na face mediastinal, local onde se encontra o


pedículo pulmonar (artéria pulmonar, veia pulmonar, nervos, vasos linfáticos e
brônquios lobares)
• No pulmão direito:
➢ Lobo superior
➢ Lobo médio
➢ Lobo inferior
➢ Fissura longitudinal (obliqua)
➢ Fissura horizontal

• No pulmão esquerdo:
➢ Lobo superior
➢ Lobo inferior
➢ Fissura longitudinal (obliqua)

O pulmão é envolvido por duas membranas serosas, denominadas pleura.

• Pleura pulmonar(visceral): é interna e está aderida à superfície pulmonar


• Pleura parietal: é externa e está aderida interiormente à parede da caixa
torácica

Entre elas há um estreito espaço, preenchido pelo líquido pleural, há uma tensão
superficial desse líquido mantendo unidas as duas membranas, permitindo que elas
deslizem entre si, durante os movimentos respiratórios.

OBSERVAÇÕES

Os pulmões são elásticos e abrem-se e fecham-se como foles, passivamente, de


acordo com o aumento ou diminuição dos diâmetros da caixa torácica, esses
movimentos da caixa torácicas são promovidos pela atividade de 2 músculos:
intercostais e diafragma

MECANISMO DE INSPIRAÇÃO

Músculos intercostais e o diafragma se contraem.

As costelas são “levantadas” - da diagonal para horizontal.

O levantamento da arcada costal implica num aumento do diâmetro horizontal da


caixa torácica.

Com a contração do diafragma, o mesmo se estica, rebaixando sua cúpula e


aumentando o diâmetro vertical.

A caixa torácica amplia-se consideravelmente, determinando uma espécie de “vácuo”


no interior do tórax.

Preenchendo esse vácuo, os pulmões, inflam-se, aspirando o ar do exterior. Realiza-


se, então a inspiração

MECANISMO DE EXPIRAÇÃO

Relaxamento dos músculos intercostais e do diafragma.

Rebaixamento da arcada costal, diminuindo o diâmetro horizontal do tórax.

Com o relaxamento do diafragma permitindo que a pressão abdominal, exercida pelas


vísceras abdominais, “empurre” i diafragma para cima, elevando o diafragma,
diminuindo o diâmetro vertical da caixa torácica e aumentando a pressão que se torna
superior à pressão local.
SISTEMA DIGESTÓRIO
O sistema digestório é formado por órgãos que recebem, conduzem e
modificam os alimentos, a fim de que possam ser absorvidos e utilizados pelo
organismo.

→ Consiste num longo tubo 10m


→ É formado por:
• Porção tubular: boce, faringe, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
• Porção anexas: glândulas salivares, fígado e pâncreas.

Cavidade Bucal

• Parede anterior: lábio superior, lábio inferior


• Parede laterais: bochechas
• Parede superior: palato duro
• Parede posterior palato mole e úvula palatina
• Parede inferior: língua e região sublingual
Faringe

• Exerce função respiratória e fonatória, além de impedir a entrada de partículas


estranhas.
• A laringe é um órgão curto, de forma cônica, constituído de cartilagens,
músculos e ligamentos.
• Está localizada na região do pescoço, entre a quarta e sexta vértebra cervical,
conectando a faringe à traqueia.
• É um órgão que se localiza posteriormente às cavidades nasal, bucal e
laríngea. É dividida em três regiões: Nasofaringe, Orofaringe, Laringofaringe

Esôfago

• Apresenta 25cm de comprimento, sendo posterior à traqueia e anterior à


coluna vertebral.
• Canal que conduz o alimento até o estômago
• Atravessa o músculo diafragma e une-se ao estômago, possui três porções:
cervical (musculatura estriada esquelética), torácica (musculatura estriada
esquelética e lisa), abdominal (musculatura lisa).
Estômago

• Órgão dilatado da porção tubular do sistema digestório que recebe o esôfago


e se continua com o intestino.
• Possui orifícios de entrada (esfíncter cárdico) e saída (esfíncter pilórico)
• Apresenta as seguintes estruturas: 02 paredes (anterior e posterior, são
paralelas e têm o mesmo formato), 02 bordas (grande curvatura e pequena
curvatura), 02 tuberosidades (uma superior que é chamada de fundo, e uma
inferior que é a parte pilórica)
• Entre o fundo e a região pilórica encontra-se a região chamada de corpo.

Intestino delgado

• Intestino delgado é uma parte do tubo digestório médio, situado entre o


estômago e o intestino grosso.
• O tamanho do intestino delgado é de aproximadamente 5 metros de
comprimento.
• O intestino delgado é dividido em três porções: duodeno, jejuno, íleo.
• O intestino delgado inicia após o óstio pilórico e termina na junção íleo-ceco-
cólica, onde o intestino delgado se continua com o intestino grosso.

Intestino Grosso

• O intestino grosso é a parte final do tubo digestivo, possui cerca de 1,5 m e


divide-se em três partes: ceco, cólon e reto.
• O ceco corresponde à parte que se conecta ao intestino delgado e onde se
localiza o apêndice cecal.
• O cólon atravessa quase todo o abdômen e é dividido em quatro partes: cólon
ascendente, cólon transverso, cólon descendente e cólon sigmoide.
• O reto possui uma dilatação chamada ampola retal que acumula as fezes,
iniciando o processo de defecação. Faz a comunicação do cólon com o
ambiente exterior por meio do ânus, que possui um músculo em forma de anel
chamado esfíncter anal.
• No intestino grosso ocorre a parte final da digestão. Nele se acumulam os
resíduos do processo digestivo em forma de fezes. Esse órgão também é
responsável pela absorção de água, que determina a consistência do bolo
fecal.
Glândulas salivares anexas do sistema digestório

• Parótida: desemboca na papila parotídea, no vestíbulo bucal, ao nível do


segundo molar superior.
• Submandibular: drena seu conteúdo de cada lado do frênulo lingual
• Sublingual: drena seu conteúdo no assoalho da cavidade bucal.

Fígado

• Tem a função de filtrar o sangue, eliminar toxinas e elementos danosos ao

organismo advindos dos alimentos ingeridos.

• É dividida em lobos e pesa cerca de 1.400g

• É um órgão vital, sendo essencial o funcionamento de pelo menos 1/3 dele.

• Apresenta duas faces: diafragmática (é côncava e lisa, possui 02 lobos direito e

esquerdo), e visceral (é irregularmente côncavo pela presença das impressões

viscerais e possui 04 lobos esquerdo, direito, caudado e quadrado)


Pâncreas

• Está situado na porção superior do lado esquerdo do abdome


• Divide-se em: cabeça, corpo e cauda
• Possui dois ductos ou canais: o Canal de Wirsung ou canal pancreático
principal e o ducto ou canal pancreático acessório
• É uma glândula mista (endócrina e exócrina), cuja secreção exócrina é lançada
na luz do duodeno

Vesícula biliar

• Órgão de armazenamento e liberação de sulco biliar.


• Possui 05 vias biliares: ducto ou canal hepático direito, ducto ou canal hepático
esquerdo, ducto ou canal hepático comum, ducto ou canal cístico, ducto ou
canal colédoco (transporta a bile para o duodeno).
SISTEMA URINÁRIO
→ O Sistema Urinário ou Aparelho Urinário é responsável pela produção e
eliminação da urina, possui a função de filtrar as "impurezas" do sangue que
circula no organismo.
→ O Sistema Urinário é composto por dois rins e pelas vias urinárias, formada
por dois ureteres, a bexiga urinária e a uretra.

Rins
Os rins se ligam ao sistema circulatório através da artéria renal e da veia renal,
e com as vias urinárias pelos ureteres. As artérias renais são ramificações muito finas
que formam pequenos emaranhados chamados glomérulos. Cada glomérulo é
envolvido por uma estrutura arredondada, chamada cápsula glomerular ou cápsula
de Bowman.

Consequentemente, a unidade básica de filtragem do sangue é chamada


néfron, que é formada pelos glomérulos, pela cápsula glomerular e pelo túbulo renal.

Forçado pela pressão sanguínea, parte do plasma sai dos capilares que
formam os glomérulos e cai na cápsula glomerular. Em seguida passa para o túbulo
renal. Substâncias úteis como água, glicose e sais minerais, contidas nesse líquido,
atravessam a parede do túbulo renal e retornam à circulação sanguínea. Assim, o
que resta nos túbulos é uma pequena quantidade de água e resíduos, como a ureia,
ácido úrico e amônia: é a urina, que segue para as vias urinárias. Observe no
esquema a seguir as fases de formação da urina dentro no néfron.

Vias Urinárias
São formadas por bexiga, ureteres e uretra.

Bexiga Urinária:

Órgão muscular elástico, uma espécie de bolsa, que está situada na parte inferior
do abdome com a função de acumular a urina que chega dos ureteres. Portanto, a
bexiga recebe e armazena temporariamente a urina e quando o volume chega a mais
ou menos 300 ml, os sensores nervosos da parede da bexiga enviam mensagens ao
sistema nervoso, fazendo com que tenhamos vontade de urinar. Na parte inferior da
bexiga, encontra-se um esfíncter - músculo circular que fecha a uretra e controla a
micção. Quando a bexiga está cheia o esfíncter se contrai, empurrando a urina em
direção a uretra, de onde então é lançada para fora do corpo. A capacidade máxima
de urina na bexiga é de aproximadamente 1 litro.

Ureteres:
São dois tubos de aproximadamente 20 cm de comprimento cada, que conduz a
urina dos rins para a bexiga.

Uretra:
Tubo muscular, que conduz a urina da bexiga para fora do corpo. A uretra feminina
mede cerca de 5 cm de comprimento e transporta somente a urina. A uretra masculina
mede cerca de 20 cm e transporta a urina para fora do corpo, e também o esperma.

Sistema Urinário Masculino:


O canal que conduz a urina da bexiga para o exterior, também é utilizado para
liberação do esperma no ato da ejaculação. Dividida em três partes: prostática,
cavernosa e membranosa, a uretra masculina mede aproximadamente 20 cm e
estende-se do orifício uretral interno na bexiga urinária até o orifício uretral externa na
extremidade do pênis.
Sistema Urinário Feminino:

O canal da uretra no sistema urinário feminino, que se estende da bexiga ao


orifício externo no vestíbulo, é bem menor que o masculino, medindo
aproximadamente 5 cm. Essa característica da anatomia feminina, canal da uretra
curto, facilita a ocorrência de infecções urinárias nas mulheres.
SISTEMA EXCRETOR
Tem como função eliminar os resíduos das reações químicas que ocorrem
dentro das células, no processo de metabolismo.

Os órgãos excretores propriamente ditos são: pele (por excelência) rins (por
produzir a urina).

A PELE E O SUOR

A pele, por abundantes capilares sanguíneos, é um importante órgão emunctório.

• As glândulas sudoríparas: produzem uma excreção que contém substâncias


que também são encontradas na urina (ureia, ácido úrico, potássio).

• As glândulas apócrinas: geralmente relacionadas com o cabelo, estão


distribuídas em regiões circunscritas do corpo e, frequentemente, a sua função
está relacionada com a ação de hormônios sexuais, alcançam seu
desenvolvimento máximo durante a puberdade atrofiam-se com o avançar da
idade.
• Glândulas ácrinas: se encontram por quase todo o corpo e não tem relação
com o cabelo. As células que alcançam a luz glandular apresentam inúmeras
microvilosidades apicais, que se encarregam da reabsorção seletiva de
eletrólitos, assim o suor se torna hipotônico relativamente ao plasma.
• O néfron está dividido em duas regiões: uma que possui um "novelo" de
capilares (glomérulo de Malpighi), onde a pressão do sangue expulsa para uma
cápsula coletora (cápsula de Bawman) a água e pequenas moléculas
dissolvidas no plasma sanguíneo (sais, ureias, moléculas orgânicas simples).
Outra, o túbulo renal, onde ocorre a reabsorção. A água e outras sustâncias
úteis que haviam sido filtradas voltam para o sangue

RIM E VIAS UNINÁRIAS

Os rins são dois órgãos simétricos dispostos em cada um dos lados da coluna
vertebral. Sua atividade não é exclusivamente a depuração do sangue, além de
eliminar as substâncias inúteis, em excesso ou prejudiciais para o organismo,
desempenham uma delicada função reguladora do equilíbrio híbrido do corpo.

Os rins recebem o sangue a ser filtrado, que é rico em oxigênio necessário à


sobrevivência, através das artérias renais, que se transformam em vasos cada vez
menores no seu interior (arteríolas). Essa ramificação de vasos entra em contato
direto com a unidade excretora do rim, o néfron.

• O néfron está dividido em duas regiões: uma que possui um "novelo" de


capilares (glomérulo de Malpighi), onde a pressão do sangue expulsa para uma
cápsula coletora (cápsula de Bawman) a água e pequenas moléculas
dissolvidas no plasma sanguíneo (sais, ureias, moléculas orgânicas simples).
Outra, o túbulo renal, onde ocorre a reabsorção. A água e outras sustâncias
úteis que haviam sido filtradas voltam para o sangue.
• O sangue filtrado sai dos rins pela veia renal, livre de excretas e rico em gás
carbônico
• De cada rim sai um tubo, os ureteres, que levam o produto da filtração e
reabsorção (urina) até a um reservatório, a bexiga urinária, que tem por
função armazenar a urina. A bexiga é um órgão constituído por musculatura
elástica, o qual aumenta conforme armazena a urina. Seu limite é, em média,
de 600ml, pouco mais que meio litro. A urina sai para o exterior do corpo
através da uretra.

• A produção da urina é regulada pela região cerebral (hipotálamo) capaz de


perceber a concentração sanguínea. Essa região cerebral produz um
hormônio responsável pelo aumento da reabsorção de água nos túbulos
renais, diminuindo o volume de urina e assim a perda de água.
SISTEMA REPRODUTOR
O sistema reprodutor masculino é responsável por garantir a produção do gameta
masculino (espermatozoide) e deposita-lo no interior do corpo da mulher.

O sistema reprodutor feminino, atua produzindo o gameta feminino (ovócito


secundário), servindo de local para fecundação e desenvolvimento do bebê.

Os gametas são produzidos nas gônadas: testículos (gônadas masculinas) e


ovários (gônadas femininas).

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

É formado por órgãos internos e externos, sendo eles:

• Pênis: é o órgão responsável pela cópula. Ele é formado por tecido erétil que
se enche de sangue no momento da excitação sexual. Além do tecido erétil,
no pênis é possível observar a passagem da uretra, pela qual o sêmen passará
durante a ejaculação.
• O testículo: são órgãos reprodutivos internos, além de produzir os gametas,
produzem também a testosterona, hormônio relacionado com a diferenciação
sexual.
• O epidídimo: são órgãos reprodutivos internos, após saírem dos túbulos
seminíferos, os espermatozoides seguem para o epidídimo, formado por tubos
espiralados, e aqui adquirem maturidade tornam-se móveis.
• Ducto deferente: no momento da ejaculação, os espermatozoides seguem do
epidídimo para o ducto deferente. Esse ducto encontra o ducto da vesícula
seminal e passa a ser chamado de ducto ejaculatório, o qual se abre na uretra.
• Uretra: é o ducto que se abre para o meio externo. Ela percorre todo o pênis
e serve de local de passagem para o sêmen e para a urina, sendo, portanto,
um canal comum ao sistema urinário e reprodutor.
• Vesículas seminais: no corpo masculino observa-se a presença de duas
vesículas seminais, as quais formam secreções que compõem cerca de 60%
do volume do sêmen. Essa secreção apresenta várias substâncias, incluindo
frutose, que serve de fonte de energia para o espermatozoide.
• Próstata: secreta um fluido que também compõe o sêmen. Essa secreção
contém enzimas anticoaguladoras e nutrientes para o espermatozoide.
→ Glândulas bulbouretrais: no corpo masculino observa-se a presença de duas
glândulas bulbouretrais. Elas são responsáveis por secretar um muco claro que
neutraliza a uretra, retirando resíduos de urina que possam ali estar presentes.

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

O sistema reprodutor feminino servirá de local para a fecundação e também para


o desenvolvimento do bebê, além de ser responsável pela produção dos gametas
femininos e hormônios. Assim como no masculino, o sistema reprodutor feminino
apresenta órgãos externos e internos. Os órgãos externos recebem a denominação
geral de vulva e incluem os lábios maiores, lábios menores, clitóris e as aberturas da
uretra e vagina. Já os órgãos internos incluem os ovários, as tubas uterinas, o útero
e a vagina.

• Ovários: no corpo feminino observa-se a presença de dois ovários, os quais


são responsáveis por produzir os gametas femininos. Nesses órgãos são
produzidos também os hormônios estrogênio e progesterona, relacionados
com a manutenção do ciclo menstrual, sendo o estrogênio relacionado também
com o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários.
• Tubas uterinas: no corpo da mulher, observa-se a presença de duas tubas
uterinas, as quais apresentam uma extremidade que atravessa a parede do
útero e outra que se abre próximo do ovário e tem prolongamentos
denominados de fímbrias. A fecundação ocorre, geralmente, na região das
tubas uterinas.
• Útero: é um órgão muscular, em forma de pera, no qual se desenvolve o bebê
durante a gravidez. A parede do órgão é espessa e possui três camadas. A
camada mais espessa é chamada de miométrio e é formada por grande
quantidade de fibras musculares lisas. A mais interna, chamada de endométrio,
destaca-se por ser perdida durante a menstruação. O colo do útero, também
chamado de cervice, abre-se na vagina.
• Vagina: é um canal elástico no qual o pênis é inserido durante a relação sexual
e o espermatozoide é depositado. Esse canal é também por onde o bebê passa
durante o parto normal.
• Vulva: é a genitália externa feminina. Fazem parte da vulva os lábios maiores,
os lábios menores, a abertura vaginal, a abertura da uretra e o clitóris. Esse
último é formado por um tecido erétil e apresenta muitas terminações nervosas,
sendo um local de grande sensibilidade.
SISTEMA NERVOSO
O sistema nervoso é formado por um conjunto de órgãos do corpo humano que
possuem a função de captar as mensagens, estímulos do ambiente, "interpretá-
los" e "arquivá-los". Consequentemente, ele elabora respostas, as quais podem ser
dadas na forma de movimentos, sensações ou constatações.

O Sistema Nervoso está dividido em duas partes fundamentais: sistema


nervoso central e sistema nervoso periférico

Sistema Nervoso Central (S.N.C)


O S.N.C é constituído pelo encéfalo e pela medula espinhal, ambos envolvidos e
protegidos por três membranas denominadas meninges.
• Encéfalo: pesa aproximadamente 1,5 quilo, está localizado na caixa craniana
e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;
• Cérebro: É o órgão mais importante do sistema nervoso e ocupa a maior parte
do encéfalo. O cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério
direito e o hemisfério esquerdo. A camada mais externa do cérebro e cheia
de reentrâncias, chama-se córtex cerebral, o responsável pelo pensamento,
visão, audição, tato, paladar, fala, escrita, etc.
• Cerebelo: Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo
coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio,
regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em
repouso.
• Tronco Encefálico: Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco
encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e
vice-versa. Além disso, produz os estímulos nervosos que controlam as
atividades vitais como os movimentos respiratórios, os batimentos
cardíacos e os reflexos, como a tosse, o espirro e a deglutição.

Sistema Nervoso Periférico (S.N.P)


O S.N.P é formado por nervos que se originam no encéfalo e na medula
espinhal. Sua função é conectar o S.N.C ao resto do corpo, vale ressaltar que existem
dois tipos de nervos: os cranianos e os raquidianos.
• Nervos Cranianos: distribuem-se em 12 pares que saem do encéfalo, e sua
função é transmitir mensagens sensoriais ou motoras, especialmente para as
áreas da cabeça e do pescoço.

• Nervos Raquidianos: são 31 pares de nervos que saem da medula espinhal.


São formados de neurônios sensoriais, que recebem estímulos do ambiente;
e neurônios motores que levam impulsos do sistema nervoso central para os
músculos ou para as glândulas.

O S.N.P pode ser dividido em sistema nervoso somático (S.N.P.S) e


sistema nervoso autônomo (S.N.P.A).
• S.N.P.S: regula as ações voluntárias, ou seja, que estão sob o controle da
nossa vontade bem como regula a musculatura esquelética de todo o corpo.
• S.N.P.A: atua de modo integrado com o sistema nervoso central e apresenta
duas subdivisões: o sistema nervoso simpático, que estimula o funcionamento
dos órgãos, e o sistema nervoso parassimpático que inibe o seu funcionamento

Obs.: de maneira geral, esses dois sistemas têm funções contrárias. Enquanto
o sistema nervoso simpático dilata a pupila e aumenta a frequência cardíaca, o
parassimpático, por sua vez, contrai a pupila e diminui os batimentos cardíacos.
Enfim, a função do sistema nervoso autônomo é regular as funções orgânicas,
para que as condições internas do organismo se mantenham constantes.
SISTEMA MUSCULAR
→ O Sistema Muscular é o conjunto de músculos que nos permite
movimentação do esqueleto, produção de calor, postura e sustentação do
corpo.
→ Existem dois tipos de tecidos musculares - liso e estriado, sendo o estriado
dividido em estriado cardíaco e estriado esquelético.

O sistema muscular é composto pelos diversos músculos do corpo humano:

Os músculos são tecidos, cujas células ou fibras musculares possuem a função


de permitir a contração e produção de movimentos.

As fibras musculares, por sua vez, são controladas pelo sistema nervoso, que
se encarregam de receber a informação e respondê-la realizando a ação solicitada.
Funções do Sistema Muscular
O Sistema Muscular apresenta algumas funções que são fundamentais para o corpo
humano:

• Estabilidade corporal;
• Produção de movimentos;
• Aquecimento do corpo (manutenção da temperatura corporal);
• Preenchimento do corpo (sustentação);
• Auxílio nos fluxos sanguíneos.

Grupos Musculares
O corpo humano é formado por aproximadamente 600 músculos, que
trabalham em conjunto com ossos, articulações e tendões para permitir que façamos
diversos movimentos.

Eles são agrupados da seguinte forma:

• Músculos da Cabeça e do Pescoço: O grupo muscular da cabeça e do pescoço


é composto por mais de 30 pequenos músculos que ajudam a exprimir os
sentimentos, mover os maxilares ou manter a cabeça erguida.
• Músculos do Tórax e do Abdômen: Esses músculos permitem a respiração,
impedem o corpo de se curvar e ceder ao próprio peso, entre outros
movimentos.

• Músculos dos Membros Superiores: Esses músculos são capazes de fazer a


pressão exata e permitem flexibilidade e precisão para tarefas delicadas ou
que exigem muita força.

• Músculos dos Membros Inferiores: Esses músculos são os mais fortes do


corpo. Graças aos músculos das pernas, podemos ficar de pé e manter o
equilíbrio.
Tipos de Músculos
Os músculos apresentam diferentes tamanhos, formas e funções, por isso, são
classificados em três tipos: liso, estriado cardíaco e estriado esquelético.

• Músculo Liso ou Não estriado: Os músculos lisos são aqueles que possuem
contração involuntária. Eles estão localizados nas estruturas ocas do corpo, ou
seja, estômago, bexiga, útero, intestino, além da pele e dos vasos sanguíneos.
Sua função assegura a movimentação dos órgãos internos.

• Músculo Estriado Cardíaco: São músculos de contração involuntária e estão


presentes no coração (miocárdio). Esses músculos asseguram os vigorosos
batimentos cardíacos.
• Músculo Estriado Esquelético: São músculos de contração voluntária, ou
seja, os movimentos são controlados pela vontade do ser humano. Eles estão
conectados com os ossos e cartilagens e, através das contrações, permitem
os movimentos, as posições corporais, além de estabilizarem as articulações
do organismo.

Formas dos músculos:

Os músculos possuem formas variadas, logo abaixo uma foto das formas dos
músculos.
SISTEMA ESQUELÉTICO
O sistema esquelético é constituído de ossos e cartilagens, além dos
ligamentos e tendões. O esqueleto é responsável por sustentar e dar forma ao corpo.
Ele também protege os órgãos internos e atua em conjunto com os sistemas
muscular e articular para permitir o movimento.

Outras funções são a produção de células sanguíneas na medula óssea e


armazenamento de sais minerais, como o cálcio. O osso é uma estrutura viva, muito
resistente e dinâmica pois tem a capacidade de se regenerar quando sofre uma
fratura.

Estrutura dos Ossos

A estrutura óssea é constituída de diversos tipos de tecido conjuntivo (denso,


ósseo, adiposo, cartilaginoso e sanguíneo), além do tecido nervoso.

Divisão do esqueleto

O esqueleto humano é composto por 206 ossos com diferentes tamanhos e


formas. Eles podem ser longos, curtos, planos, suturais, sesamoides ou irregulares.
Cada um deles apresenta suas funções próprias e para isso, o esqueleto é dividido
em axial e apendicular.
• Esqueleto Axial: esses ossos estão na parte central do corpo, ou próximo da
linha média, que é o eixo vertical do corpo.
• Esqueleto Apendicular: inclui os "apêndices" do corpo. Eles correspondem
aos ossos dos membros superiores e inferiores. Além disso, o esqueleto
apendicular possui os ossos que os ligam ao esqueleto axial, as
chamadas cinturas escapular e pélvica, além de ligamentos, juntas e
articulações.
Ossificação e Remodelação Óssea
O processo de formação óssea se inicia por volta das primeiras 6 semanas
de vida e termina no início da vida adulta. No entanto, o osso sofre continuamente
um processo de remodelação, onde parte do tecido existente é reabsorvido e novo
tecido é formado.

Estágios da ossificação

No embrião, o esqueleto é basicamente formado de cartilagem, mas essa


matriz cartilaginosa vai sendo calcificada e as células cartilaginosas morrem. As
células jovens, denominadas osteoblastos, agem produzindo colágeno e na
mineralização da matriz óssea, são formadas no tecido conjuntivo e ocupam a matriz
cartilaginosa. No entanto, nesse processo são produzidas lacunas e pequenos canais
que aprisionam os osteoblastos na matriz óssea. Essa ação transforma os
osteoblastos em osteócitos, que são essas células presentes no osso já formado.
Outro tipo de células ósseas, os osteoclastos, são responsáveis por absorver o tecido
ósseo formado. Os osteoclastos agem na porção central da matriz óssea e formam o
canal o medular.

Fraturas

Em situações em que os ossos são submetidos à pressão maior do que a sua


resistência, eles podem se romper. As fraturas podem acontecer também por
estresse, quando pequenas pressões atuam repetidamente no local. Outra situação
que pode causar fraturas é por doença, como é o caso da osteoporose, condição em
que o osso sofre desmineralização perdendo cálcio para o sangue.

Na superfície do local em que ocorreu a fratura é formado um coágulo de


sangue, morrem células e a matriz óssea é destruída. Uma intensa vascularização
toma conta do local e há proliferação de células precursoras das células ósseas
originando um tecido reparador, nessa região é formado um calo ósseo.
Dependendo do tratamento e das atividades realizadas pela pessoa, com o passar
do tempo, o calo será substituído pelo osso esponjoso e, mais tarde pelo osso
compacto, reconstituindo o tecido como era antes.
Articulação

A articulação é o ponto de contato entre os dois ossos, entre osso e cartilagens,


e entre osso e dente. O sistema articular reúne as articulações do nosso corpo, que
podem ser classificadas em fibrosas, cartilaginosas e sinoviais.

Na articulação é onde ocorre a maioria dos movimentos

Classificação das junturas quanto a natureza das substâncias que se interpõe


entre as peças que se articulam:

Articulações fibrosas:

Apresentam entre as peças que se articulam tecido conjuntivo fibroso. Elas podem
ser classificadas em suturas, sindesmoses e gonfoses.

• Suturas: essas articulações são típicas do crânio. Logo após o nascimento,


percebe-se uma grande quantidade de tecido conjuntivo fibroso entre os ossos
do crânio. Com o desenvolvimento, ocorre a calcificação desse tecido. Essa é
uma articulação, portanto, imóvel.

• Sindesmoses: nessas articulações, há um pouco de movimento. Pode ser


observada na articulação tibiofibular inferior.
• Gonfoses: essa articulação é aquela encontrada entre a raiz do dente e o
alvéolo. Alguns autores não a consideram uma articulação, uma vez que o
dente não faz parte do esqueleto.

Articulações Cartilaginosas:

Nesse caso, o tecido encontrado entre as peças ósseas é o cartilaginoso.


• Sincondroses: nessas articulações, as peças ósseas são unidas por
cartilagem hialina, e seus movimentos são limitados. Como exemplo desse tipo
de articulação, podemos citar aquela presente entre a primeira costela e o osso
esterno.
• Sínfises: nessas articulações, encontramos cartilagem fibrosa. A mobilidade
nessa articulação também é reduzida. As sínfises podem ser observadas nos
ossos do quadril, os quais formam a sínfise púbica.

Articulações Sinoviais:

Essas articulações apresentam como principal característica a capacidade de


movimentação. Nelas é observada uma cápsula que liga as extremidades dos ossos
e delimita a cavidade articular, que é cheia de líquido. Esse líquido é denominado de
líquido sinovial e possui uma grande quantidade de ácido hialurônico, o qual ajuda a
lubrificar as superfícies da articulação.
• As articulações sinoviais são observadas na união entre ossos longos.
• A articulação do joelho é um exemplo desse tipo de articulação.

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