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4) O que são linfonodos? E qual é a sua origem?

Explique suas
características, funções e a sua relação com o processo inflamatório.
( principais órgãos)

São orgãos encapsulados constituídos por tecido linfoide e que aparecem


espalhados pelo corpo, sempre no trajeto de vasos linfáticos. São
encontrados na axila, virilha, ao longo dos grandes vasos do pescoço e, em
grandes quantidade, no tórax e abdome.

Os linfonodos elaboram resposta imune contra antígenos circulantes na


linfa (absorvida pelos vasos linfáticos que são presentes em todo o
organismo, exceto no cérebro, globos oculares, cavidades medulares,
cartilagens e placenta). Assim, basicamente os linfonodos filtram
antígenos e fluídos da linfa (linfa é o nome dado ao líquido perdido pelos
capilares para os tecidos circundantes após entrar no sistema linfático.
Caracteriza-se por ser um fluido com composição muito semelhante à do
plasma sanguíneo). Do mesmo modo que o baço, os linfonodos são
circundados por uma cápsula fibrosa. Os linfonodos têm formato de rim e
possuem um hilo no seu lado convexo. A linfa chega aos linfonodos pelos
vasos aferentes no lado côncavo e penetra no seio subcapsular, o qual é
revestido de macrófagos. Em seguida, a linfa atravessa o córtex,
paracórtex e medula (nesta ordem) e sai do linfonodo pelo hilo nos vasos
eferentes. Abaixo da cápsula , encontra-se o seio subcapsular, que contem
fagócitos. Já o córtex, que é envolto pelo seio subcapsular, é rico em
linfócitos B, pois contêm folículos primários e secundários. Os folículos
linfóides dão estruturas que podem desaparecer e formar-se em
diferentes locais no transcorrer do tempo. Existem 2 tipos de folículos:

Primários – Contêm células B em repouso maduras, que são virgens ( ou


seja, não foram desafiadas contra antígenos ainda).

Secundários – Também conhecidos como centro germinativos, possuem


principalmente linfócitos B de memória originados de outros linf B que
foram ativados por determinado antígeno.

A massa de tecido linfóide presente nos linfonodos se concentram no


córtex e paracórtex. Sob o paracórtex localiza-se a medula, a qual possui
linfócitos T, B, plasmócitos e macrófagos. Na medida em que a linfa circula
pelos linfonodos, a partir dos vasos linfáticos aferentes para eferentes, os
antígenos são removidos pelas células fagocitárias e transportados para o
tecido linfóide do linfonodo. Os linfócitos deixam o linfonodo somente
através do vaso linfático eferente presente no hilo. Já a circulação
sanguínea do linfonodo entra e sai pelo hilo.

“Os vasos linfáticos possuem nódulos ou gânglios linfáticos, abundantes


em regiões como as virilhas, axilas e pescoço. Os gânglios são ricos em
células especializadas na defesa do organismo a corpos estranhos, os
leucócitos”
- principais órgãos do sistema linfático

O tecido linfoide pode ser primário e secundário dependendo do grau de


desenvolvimento e maturação dos linfócitos envolvidos.

>>>orgãos linfoides primários: a medula óssea e o timo, envolvidos na


produção de leucócitos. Os leucócitos denominados linfócitos B
diferenciam-se na medula vermelha dos ossos e os linfócitos T no timo. Os
linfócitos migram posteriormente para os órgãos secundários para
completarem a maturação.

>>>>órgãos linfoides secundários: são locais de maturação e iniciação da


resposta imune adaptativa do organismo. Baço, amígdalas e gânglios
linfáticos.

 Baço é um órgão localizado na parte inferior da caixa torácica, do


lado esquerdo do corpo. O baço produz os linfócitos e outras
células do sistema imunológico que atuam no combate das
infecções, ///além disso, armazena as células saudáveis do sangue
e filtra as células sanguíneas danificadas, bactérias, e outros
resíduos celulares e também faz o equilíbrio da quantidade de
hemácias, tanto produz quando destrói (poupa vermelha que faz
essa destruição). (livro de estologia do Ross)
 Timo. O timo é um pequeno órgão localizado na parte superior do
tórax e em frente ao coração. É importante no desenvolvimento
dos linfócitos T.

Além desses órgãos, têm também locais em que o tecido linfático atua,
que são:

 Linfonodos: Os linfonodos são órgãos do tamanho de feijões,


constituídos principalmente de linfócitos e encontrados por todo o
corpo (tórax, abdome e pelve). Os linfonodos estão ligados por um
sistema de vasos linfáticos.
 Medula óssea: A medula óssea é o tecido esponjoso dentro dos
ossos. É onde as novas células sanguíneas (incluindo alguns
linfócitos) são produzidas.
 Adenóides e amígdalas: São coleções de tecido linfático localizadas
na parte posterior da garganta. Elas produzem anticorpos contra os
germes que podem ser inalados ou ingeridos.
 Trato digestivo: O estômago e os intestinos, assim como muitos
outros órgãos, também são constituídos por tecido linfóide.

-Fontes : Imunologia básica e aplicada- 2º edição Bier Otto G., Ivan Mota,
Wilmar Dias , Nelson Vaz. 1977.

Bacteriologia e imunologia- 17º edição Bier Otto G. 1976

Imunologia, imunopatologia, alergia. Métodos- edição Guanabara-Koogan.


1970

5) Quais são os tipos de dor ?

classificação quanto ao tempo

-Dor aguda
 Duração de até 3 meses.
 Associada a lesões em tecidos/órgãos, ocasionadas por inflamação,
infecção ou outras causas.
 Pode ser definida como um sintoma.

-Dor crônica

 Quando o estimulo doloroso permanece por mais de 3 meses


 Pode ocorrer mesmo quando a causa/doença foi tratada
corretamente.
 TODA CRONICA FOI UMA DOR AGUDA
classificação de acordo com o mecanismo fisiopatológicos :

-Nociceptiva

 É a dor fisiológica
 Mecanismo de proteção
 Pode ser aguda ou crônica
 Decorrente da estimulação de receptores específicos de dor:
estímulo químico, térmico, mecânico e tátil.
 Etapas da nocicepção :

-Neuropática

 Dor devido lesão no sistema somatossensorial


 É resultado de uma complexa interrelação de fenômenos que
ocorrem no sistema nervoso periférico e central.

O dano ao nervo pode ter diversas origens , como a


metabólica(diabete) , isquêmia ( falta de circulação) , compressão ...
Cada tipo etiológico desenvolve mecanismos próprios de lesão que
causam dor espontânea ( mesmo o paciente parado, ele sente um
choque correr pela perna) ou provocada por um estimulo.
Então um agente etiológico que provoca uma serie de alterações
dentro da estrutura do nervo , levando a sintomas que é classificado
como a síndrome de dor neuropática .

- Dor do tipo mista:

 Tem componentes da nociceptiva e a neuropática .


 Exemplo : lombalgia de hérnia de disco ( na região que o conteúdo
do núcleo do disco sai, existe uma reação inflamatória, por tanto
uma dor nociceptiva , e essa substancia vai comprimir o nervo
provando a dor neuropática.

Fontes : KANDEL, E.R.; SCHWARTZ, J.H.; JESSELL, T.M. Princípios da


Neurociência.5ª ed. São Paulo: Manole, 2014.

Lent, R, (2008). Neurociência da Mente e do Comportamento. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan.
6) Por que do surgimento do vergão?

Decorrente da vasodilatação. Grande fluxo sanguíneo na região


garantindo o calor no local. Proximidade das hemácias com a superfície da
pele dando a cor avermelhada. No caso da Luciana, o vergão seguiu o
caminhos dos linfonodos.

7) Como é feito e qual o objetivo da desinfecção e da esterilização? (sobre


a desinfecção dos objetos usados e das mãos)

O centro de material e esterilização (CME) é uma unidade de apoio


técnico destinada ao fornecimento de produtos para saúde (PPS)
apropriadamente processados, para assistência à saúde dos indivíduos.
Esse processo inclui às seguintes etapas, de forma sequencial: recepção,
limpeza/desinfecção, preparo, esterilização, armazenamento e
distribuição; O cuidado direto ao paciente devem fornecer suporte para a
assistência, uma vez que a eficiência da esterilização possibilita a redução
de infecções exógenas e a melhoria na qualidade do cuidado dispensado
ao paciente.

Esterilização de materiais por meios físicos:

 VAPOR SATURADO SOB PRESSÃO

Esse tipo de esterilização utiliza autoclaves para realizar a esterilização de


materiais com vapor saturado sob pressão.

 CALOR SECO

Esse procedimento utiliza estufas de ar quente como forma de


esterilizar os materiais. pode ser feito por meio de quatro métodos:
Flambagem; Incineração; Raios infravermelhos; Estufas de ar
quente.

 RADIAÇÃO IONIZANTE
 O processamento com essa técnica engloba a alteração da
composição molecular das células a partir da modificação do DNA.
Isso provoca a perda ou a adição de cargas elétricas aos materiais.

Esterilização de materiais por meios químicos

 FORMALDEÍDO
Esse método de esterilização possui função fungicida, virucida,
bacteriana e, após 18 horas agindo. Ele é um gás incolor com forte
odor, além de ser cáustico para a pele e carcinogênico.

 GLUTARALDEÍDO
o glutaraldeído reage com a superfície do esporo, provocando o
endurecimento das camadas externas e a morte do esporo( mais
difícil de matar ) , para que ocorra esta ação deve-se utilizar a
imersão por um longo período, de mais de 8 horas

 ÓXIDO DE ETILENO
esse tipo de esterilização age conjuntamente com a umidade
relativa. Isso ocorre porque, com o aumento da umidade, também é
aumentada a eficácia da esterilização. o óxido de etileno reage com
a parte sulfídrica da proteína do sítio ativo no núcleo do
microrganismo, impedindo assim sua reprodução. Isso faz com que
essa seja uma das formas mais seguras e eficazes de esterilização de
materiais hospitalares.

 PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO
 ÁCIDO PERACÉTICO
 PLASMA DE PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO

Fontes: Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância


Sanitária.Resolução da Diretoria Colegiada RDC nº 15, de 15 de março de
2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para o processamento de
produtos para saúde . Diário Oficial da União; 2012.
Souza MCB, Ceribelli MIPF. Enfermagem no centro de material
esterilizado: a prática da educação continuada. Rev Latino-Am Enferm.
2004;

PROCESSO DE ESTERILIZAÇÃO SOB A ÓTICA DOS PROFISSIONAIS DO


CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO Lívia Maria Correia de Morais-
artigo scielo

. Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação


Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). Diretrizes de
práticas em enfermagem cirúrgica e processamento de produtos para a
saúde. 7ª ed.

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