Você está na página 1de 2

Ao menos 28 milhões de pessoas no Brasil têm algum familiar que é dependente químico, de

acordo com o Levantamento Nacional de Famílias dos Dependentes Químicos (Lenad Família),
feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e divulgado nesta terça-feira (3) na capital
paulista.É a maior pesquisa mundial sobre dependentes químicos, de acordo com Ronaldo
Laranjeira, um dos coordenadores do estudo.Entre 2012 e 2013, foram divulgados dados sobre
consumo de maconha, cocaína e seus derivados, além da ingestão de bebidas alcoólicas por
brasileiros. A partir desses resultados, os pesquisadores estimam que 5,7% dos brasileiros sejam
dependentes de drogas, índice que representa mais de 8 milhões de pessoas.

O Brasil está enfrentando atualmente um crescimento no abuso de drogas que precisa ser
lidado. Todavia, os países emergentes não podem se dar ao luxo de gastar os seus recursos na
implementação de uma política de proibição eficiente dado que nem mesmo os países
desenvolvidos, apesar de todos os seus recursos, têm sido capazes de fazê-lo.A implementação
do controle através da legalização, por outro lado, é muito mais simples e a autofinanciável. O
suposto aumento nos gastos com a saúde pública poderia ser facilmente coberto pela verba
economizada com o fim do combate ao tráfico ostensivo (o orçamento para segurança pública
no estado do Rio de Janeiro será de R$ 11,6 bilhões em 2016, mais de 14% do total, valor que é
superado apenas pela saúde e educação) e com a diminuição do ineficiente e custoso sistema
presidiário (um preso custa em média R$ 2.500 por mês, enquanto que um estudante
universitário das instituições públicas custa menos de um terço desse valor – aproximadamente
R$ 790 por mês).Como em um sistema legalizado grande parte da fiscalização das regras é
deixada para a cadeia de produção, um aparelho de controle consideravelmente mais leve.

O que é Dependência química:

É uma condição física e psicológica causada pelo consumo constante de substâncias psicoativas.
Devido a constante utilização desses tipos de drogas, o corpo humano torna-se cada vez mais
dependente dos mesmo, tendo como consequência sintomas que afetam o sistema nervoso.
Quando o indivíduo deixa de consumir, tem a sensação de ressaca, considerado um dos
principais motivos que impedem o abandono das drogas por parte dos dependentes.

Cresce número de usuários de droga que buscam ajuda por conta própria

O número de dependentes químicos que buscam ajuda para tratamento por conta própria
aumentou em Campinas (SP). Dados da Coordenadoria de Prevenção às Drogas da cidade
mostram que, de janeiro a setembro deste ano, do total de solicitações, 60% partiram dos
próprios usuários de droga. No ano passado, esse percentual era de 40%.Segundo a
Coordenadoria, até setembro, o setor havia recebido 1110 pessoas em busca de auxílio para se
livrar do vídeo de álcool ou entorpecentes. Desse total, 666 eram usuários e os demais, 40%,
eram familiares que buscam o serviço para tentar ajudar um viciado.As estatísticas do último
trimestre, ou seja, de julho a setembro, também revelam um perfil do tipo de droga mais
utilizada pelas pessoas que buscam ajuda. Segundo a administração, neste período, 507
pacientes foram auxiliados.Destes, 32,9%, ou seja, 167, usam álcool, cocaína, cigarro e maconha
ao mesmo tempo. Outros 30,1% usam cocaína e álcool. Usuários de crack e álcool somam 69, ou
seja, 13,6%. Usuários de álcool são 10,4% dos doentes que buscam ajuda e, 12,8% usam outras
drogas, sintéticas e lança-perfume.

Pesquisa aponta que maioria de usuários conhecem as drogas na infância e adolescência

Entre cada 10 dependentes químicos em Minas Gerais, cerca de oito iniciaram nas drogas com
idades entre 5 e 17 anos. Os dados divulgados pelo Centro de Referência Estadual em Álcool e
Drogas (Cread), da Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MG), acedem a luz de alerta para os
pais, diante do aumento do consumo de entorpecentes no estado: o número de atendimentos
na instituição cresceu em 17,4% nos dois últimos anos, saltando de 11.351 pessoas em 2015,
para 13.324 em 2016.A maioria de atendimentos no ano passado foram pedidos de ajuda por
meio de telefone, num total de 5.797 pessoas (43,5%). Dentre as modalidades de atendimento –
telefone, presencial ou grupos familiares ou de ajuda mútua – mais de 2,3 mil pessoas se
viciaram quando crianças, com idades entre 5 e 11 anos. Outro dado preocupante, é que 49%
dos dependentes químicos concluíram o ensino fundamental, o que realça a importância da rede
de educação infantil no combate às drogas. A maioria de usuários, 86,7%, são do sexo
masculino.rios conhecem as drogas na infância e adolescência

Você também pode gostar