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Vacina: o que era bom pode ficar melhor

Todo mundo sabe que o Brasil é muito famoso no exterior por causa do
futebol. Mas você sabia que nós também somos referência quando o
assunto é vacinação? Pois é! Um exemplo disso é a erradicação da
paralisia infantil: o Brasil não registra nenhum caso da doença desde 1989.
E não é só a vacinação humana que é alvo de atenção no país: a vacina
animal tem recebido cada vez mais investimentos. Nas pesquisas aqui
realizadas, tem havido uma busca por vacinas menos invasivas e com
menos efeitos colaterais. Nessa área, alguns pesquisadores da UFMG têm
trabalhado intensamente. Uma das ideias investigadas é usar, na
fabricação das vacinas, algumas bactérias que existem naturalmente no
intestino do ser humano ou do animal. Essas bactérias, chamadas de
probióticas, não causam nenhuma doença, pelo contrário, elas ajudam a
regular a função intestinal de seu hospedeiro e ainda o protegem contra
as bactérias que causam doenças: as chamadas bactérias patogênicas.
Então, por que não fabricar uma vacina de uso oral que não provoque
alergia ou febre e seja mais efi caz? A ideia é fazer com que as bactérias
probióticas produzam um fragmento de uma proteína da bactéria
patogênica dentro do intestino. Esse pedacinho de proteína funciona
como uma vacina e pode ser muito efi ciente. Um desses processos de
produção de vacina foi patenteado pela Universidade Federal de Minas
Gerais e poderá benefi ciar muitas pessoas e muitos animais.Como você
pode ver, com habilidade e criatividade dá para melhorar até aquilo que
jáparecia excelente! Mas não é da noite para o dia ou sem investimento fi
nanceiro que aspesquisas acontecem. Os estudos de cientistas precisam
de fi nanciamento do poder públicoe das empresas privadas, para fazerem
a ciência e a tecnologia caminharem junto com as nossas necessidades!
REINO MONERA

--Bactérias e algas azuis ou cianobactérias(antigamente eram


consideradas como vegetais inferiores);
--Procarióticos e unicelulares.
--Bactérias (do grego bakteria, bastão) podem ser encontrados na forma
isolada ou em colônias. São microrganismos constituídos por uma célula,
sem núcleo celular nem organelas membranares.
--Descobertas por Antoni Van Leeuwenhoek em 1683.
--A estrutura da célula bacteriana é a de uma célula procariótica, sem
organelos ligados à membrana celular, tais como mitocôndrias ou plastos,
sem um núcleo rodeado por uma cariomembrana e sem DNA organizado
em verdadeiros cromossomas, como os das células eucariotas.

Fonte de carbono
De acordo com a fonte de átomos de carbono para a produção de suas
moléculas orgânica, elas são classificadas em dois grandes grupos.

Heterótrofos:Além do gás carbônico ela precisa de um carboidrato.


Parasitas e Saprofágicas.

Autótrofos:As bactérias que obtêm suas moléculas de carbono apenas


de dióxido de carbono.Fotossínteses e Quimiossíntese

Fonte de energia
Quanto à fonte que utilizam podem ser classificadas em dois grandes
grupos.

Fototróficas : As fotoautotróficas obtêm a energia na forma de luz


(fonte primária), para a fotossíntese.

Quimiotróficas : As quimioautotróficas obtêm energia pela oxi-


redução de compostos químicos.
Se combinarmos essas duas
classificações, ou seja, a fonte de energia e a fonte de átomos de
carbono podem classificar as bactérias em quatro grandes grupos,
quanto a suas necessidades nutricionais:

Fotoautotróficas
Bactérias que são capazes produzir elas mesmas as substâncias orgânicas
que lhes servem de alimento, tendo como:
*fonte de carbono o gás carbônico; e
*fonte de energia a Luz.Fotossínteses

Foto-heterotróficas

--As bactérias que utilizam luz como fonte de energia, mas não convertem
exclusivamente o gás carbônico em moléculas orgânicas.
--Assim, elas utilizam compostos orgânicos que absorvem do meio
externo, como álcoois, ácidos graxos, glicídios etc, como fonte de carbono
para a produção dos componentes orgânicos de sua célula.
--Ela são anaeróbias e, como exemplo, pode-se citar as bactérias não-
sulfurosas verdes como Chloroflexus spp., e as não-sulfurosas púrpuras,
como Rhodopseudomonas spp.

Quimioautotróficas
Utilizam oxidações de compostos inorgânicos como fonte de energia para
a síntese de substância orgânicas a partir de gás carbônico (CO2) e de
átomo de hidrogênio (H) proveniente de substâncias diversas. As
substâncias orgânicas produzidas são utilizadas como matéria-prima para
a formação dos componentes celulares ou degradadas para liberar energia
para o metabolismo.
Ex: Nitrificantes.
Quimio-heterotróficas
A maioria das espécies bacterianas. A fonte de energia quanto a de
átomos são moléculas orgânicas que a bactéria ingere como alimento. De
acordo com a fonte das substâncias que lhe servem de alimento, as
bactérias heterotróficas são classificadas em saprofágicas e parasitas.
Saprofágicas - Obtêm alimento a partir de matéria orgânica sem vida,
como cadáveres ou porções descartadas por outros seres vivos.
Parasitas - São as que obtêm alimento a partir de tecidos corporais de
seres vivos, em geral causando doenças.
As bactérias classificam-se morfologicamente de acordo com a forma da
células e com o grau de agregação:
Coco: De forma esférica ou subesférica (do gênero Coccus) Pneumonia
Bacilo: Em forma de bastonete (do gênero Bacillus) Tuberculose
Vibrião: Em forma de vírgula (do gênero Víbrio) Cólera
Espirilo: de forma espiral/ondulada (do gênero Spirillum) Sífilis
Espiroqueta: Em forma acentuada de espiral.

Quanto ao grau de agregação


Diplococo : De forma esférica ou subesférica e agrupadas aos pares (do
género Diplococcus)
Estreptococos : Assemelha-se a um "colar de cocos"
Estafilococos : Uma forma desorganizada de agrupamento,formando
cachos
Sarcina : De forma cúbica, formado por 4 ou 8 cocos simetricamente
postos.
Diplobacilos : Bacilos reunidos dois a dois.
Estreptobacilos : Bacilos alinhados em cadeia.

Apenas os Bacilos e os cocos formam colônias.


Classificação científica
Reino: Monera
Filo: Proteobacteria
Ordem: Enterobacteriales
Família: Enterobacteriaceae
Gênero: Escherichia
Espécie: E. coli

MICOPLASMAS
Sem parede celular – São bactérias muito pequenas e podem formar
colônias filamentosas que lembram as hifas dos fungos (o termo myco,
fungos).Algumas espécies têm vida livre e outras são parasitas. Ex:
Mycoplasma pneumonial, M.genitalium(causa uretrite) e M.
hominis(causa aborto estâneo e esterelidade.

REPRODUÇÃO DAS BACTÉRIAS


A maioria das bactérias possui uma única cadeia de DNA circular. As
bactérias, por serem organismos assexuados, herdam cópias idênticas do
genes de suas progenitoras (ou seja, elas são clonais).
RECOMBINAÇÃO GENÉTICA- elas apresentam reprodução sexuada
ocorrendo misturas de genes entre indivíduas.

Transformação bacteriana
Transformação bacteriana: Ocorre pela absorção demoléculas ou
fragmentos de moléculas de DNA que estejam dispostos no ambiente,
proveniente de bactérias mortas e decompostas; a célula bacteriana
transformada passa a apresentar novas características hereditárias,
condicionadas pelo DNA incorporado. Este não precisa ser de bactérias da
mesma espécie; em princípio, qualquer tipo de DNA pode ser capturado
se as condições forem adequadas. Entretanto, um DNA capturado só será
introduzido no cromossomo bacteriano se for semelhante ao DNA da
bactéria receptora.

Transdução bacteriana
Consiste na transferência de segmentos de moléculas de DNA de uma
bactéria para outra. Isso ocorre porque, ao formar-se no interior das
células hospedeiras, os bateriófagos podem eventualmente incorporar
pedaços do DNA bacteriano. Depois de ser liberados a infectar outra
bactéria, os bacteriófagos podem transmitir a ela os genes bacterianos
que transportavam. A bactéria infectada eventualmente incorpora em seu
cromossomo os genes recebido do fago. Se este não destruir a bactéria,
ela pode multiplicar-se e originar uma linhagem "transduzida" com novas
características, adquiridas de outras bactérias via fago.

Conjugação bacteriana
Consiste na transferência de DNA diretamente de uma bactéria doadora
para uma receptora através de um tubo de proteína denominado pelo
sexual ou pilus, que conecta duas bactérias. Os pili estão presentes apenas
em bactérias doadoras de DNA.
Quando a recombinação genética foi descoberta pelo biólogo Joshua
Lederberg, pensou-se que se tratava de um processo sexual comparável
ao dos seres eucariontes . Por isso, na época, as bactérias doadoras de
DNA foram denominados machos e as receptoras, fêmeas. A continuidade
dos estudos mostrou que a capacidade de doar DNA está ligada à
presença de um plasmídio denominado F (de fertilidade); bactérias
portadoras do plasmídio F, denominadas F+, atuam como doadoras de
DNA e as que não possuem o plasmídio F atuam como receptoras, sendo
chamadas de F-.
Hoje sabe-se que o DNA transferido de uma bactéria para outra, na
conjugação, é quase sempre o plasmídio F. Algumas vezes, porém, um
pequeno pedaço de DNA cromossômico une-se ao plasmídio e
étransferido junto com ele na conjugação. Na bactéria receptora pode
ocorrerrecombinação genética entre o cromossomo e o fragmento de
DNA unido ao plasmídio recebido da bactéria doadora.

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