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Docente: Benedito Sant-Clayr Disciplina: Biologia

3º ANO DO EM

I. Representantes: bactérias e algas azuis ou cianofíceas ou cianobactérias


II. Características gerais: são unicelulares e PROCARIONTES:

BACTÉRIAS
 Possuem paredes celular não celulósica e membrana plasmática lipoprotéica.
 Externamente, as eubactérias são revestidas por uma parede celular formada por glicídios complexos:
peptidioglicano, ausentes nas paredes celulares das arqueobactérias.
 Não apresentam organelas membranosas citoplasmáticas com exceção dos ribossomos que possuem em
abundância.
 São procariontes, ou seja, não possui carioteca.
 O núcleo é chamado nucleóide é conhecido com núcleo não individualizado ou não organizado.
 O cromossomo bacteriano e representado por uma molécula de DNA circular e dupla.
 O mesossomo é uma invaginação da membrana plasmática que substitui as mitocôndrias das células
eucarióticas, isto é, libera energia para a célula.
 Existem alguns pedaços livres ou não de DNA chamados plasmídeos ou epissomos relacionados com a
hereditariedade.
 As bactérias podem ser móveis ou imóveis, quando móveis se movimentam através de flagelos bastante
simples, ou seja, não apresentam a estrutura denominada centríolo, estes flagelos são formados pela proteína
flagelina.
 Muitas espécies de bactérias possuem um envoltório externo à parede celular, denominado de cápsula, são as
bactérias capsuladas. O Streptococcus mutans, causador da cárie humana se fixa a superfície do dentre através
da cápsula bacteriana.
 Algumas bactérias apresentam ainda estruturas alongadas e tubulares, muito parecidas com flagelos, porém, a
despeito de sua semelhança com estes, as fímbrias não possuem relação com locomoção bacteriana. Elas
estão envolvidas em processos de aderência a sítios de infecção e trocas de material genético durante a
conjugação bacteriana.
 As bactérias degradam a matéria orgânica sem vida, decompondo suas moléculas em substancias mais
simples, que são liberadas no ambiente e podem ser reutilizadas por outros seres vivos.
 A indústria do derivado de leite, a indústria farmacêutica, a indústria química, já utilizam há tempos bactérias.
Para produção de queijos, iogurtes, requeijões, antibióticos, metanol e acetona etc.
 A tecnologia do DNA recombinante, também chamada engenharia genética, tem permitido modificações
geneticamente certas bactérias, fazendo-as produzir substâncias de interesse comercial.
Forma e associações das bactérias
a) Cocos: Bactérias com formato esférico ou oval.
b) Bacilos: Bactérias com formato cilíndrico ou em forma
de bastão, que pode ser curto ou longo.
c) Espirilos: Bactérias em forma de espiral que
apresentam corpo rígido e locomovem-se com a ajuda
de flagelos.
d) Espiroquetas: Bactérias em espiral que são mais
flexíveis e locomovem-se por contrações
citoplasmáticas.
e) Vibriões: Bactérias que apresentam corpo semelhante
a uma vírgula.
Obs: Existem ainda bactérias que se apresentam como
um bacilo extremamente pequeno. Elas são consideradas
uma forma de transição entre cocos e bacilos e recebem
a denominação de cocobacilo.

Colônias de bactérias
Diplococos: Duas bactérias em formato de cocos unidas.
Tétrades: Quatro cocos agrupados.
Sarcina: Oito cocos unidos formando uma estrutura semelhante a um cubo.
Estreptococos: Cocos unidos em cadeia. Se ligam em forma de colar, ou rosário.
Estafilococos: Cocos agrupados como um cacho de uvas.
Pneumococos: São cocos em forma de chama de velas ou ponta de lança.
Diplobacilos: Bacilos dispostos aos pares.
Estreptobacilos: Bacilos unidos formando uma cadeia.

Fisiologia bacteriana
Respiração
Podem ser aeróbicas ou anaeróbicas. As bactérias anaeróbicas não sobrevivem na presença do gás
oxigênio, por isso obtêm energia a partir da fermentação. As bactérias aeróbicas obtêm energia a partir de
respiração celular, por isso precisam de gás oxigênio para sobreviver. Nessas bactérias, as enzimas oxidativas
localizam-se em dobras da membrana plasmática denominadas mesossomos. Além desses dois grupos, existem
as bactérias facultativas, que podem ou não usar o gás oxigênio.

Nutrição
As heterótrofas são decompositoras (saprobiontes), parasitas ou mutualistas. As autótrofas são
quimiossíntéticas ou fotossintéticas.

Bactérias autotróficas
Bactérias fotossintéticas
Possuem uma proteína, conhecida como bacterioclorofila, que capta a energia da luz para a síntese
(fabricação) de glicose. Realizam a fotossíntese bacteriana. Esta pode ser observada em algumas bactérias,
diferindo do que ocorre nos vegetais, uma vez que não utiliza água como fonte de hidrogênio e, assim, não
produz gás oxigênio. Um exemplo é o das chamadas tiobactérias ou sulfobactérias, que usa compostos a base de
enxofre no lugar da água.
Bactérias quimiossíntéticas
Realizam a quimiossíntese. Utilizam, para a síntese de matéria orgânica, a energia resultante das reações
de oxidação de compostos inorgânicos à base de nitrogênio, enxofre, ferro e até mesmo hidrogênio gasoso. O
processo ocorre em condições aeróbicas e sem necessidade de luz. As pertencentes ao gênero Nitrosomonas, por
exemplo, oxidam a amônia até nitrito; as do gênero Nitrobacter oxidam os nitritos a nitratos. Em ambos os casos,
as reações fornecem a energia necessária para a síntese de compostos orgânicos a partir de gás carbônico. Os
compostos nitrogenados produzidos são incorporados pelos vegetais e usados na síntese de compostos
orgânicos, como os aminoácidos.

2NH3 (amônia) + 3O2 2NO2 (nitrito) + 2H2O + 2H+

Energia
6CO2 + 6H2O C6H12O6 (glicose) + 6O2

Energia
2NO2 (nitrito) + O2 2NO3 (nitrato)

Reprodução

a) Divisão binária (bipartição ou cissiparidade): Ocorre


quando uma bactéria se divide em duas idênticas a ela.
Representa o principal tipo de reprodução bacteriana.
O processo envolve a duplicação do material genético,
crescimento da célula bacteriana e posterior bipartição
estimulada pelo crescimento da membrana e da
parede celular para o interior da célula.

b) Conjugação: duas bactérias se aproximam por meio de “pelos sexuais” (pili) e pedaços de DNA (geralmente os
plasmídeos) passam diretamente para uma bactéria
receptora, a “fêmea”. Isso acontece através de
microscópios tubos proteicos, chamados pontes
citoplasmáticas. O fragmento de DNA transferido se
recombina com o cromossomo da bactéria “fêmea”,
produzindo novas misturas genéticas, que serão
transmitidas às células filhas na próxima divisão.
c) Transformação: ocorre pela
absorção de fragmentos de DNA
presentes no ambiente, originados
de outras bactérias mortas e
decompostas.

d) Transdução: neste caso, uma


bactéria transfere uma parte do seu
DNA para outra que adquire novas
características, ocorrendo através da
participação do vírus
bacteriófago como vetor. Esse
vírus ao se formar pode
eventualmente incluir pedaços
de DNA da bactéria que lhe
serviu de hospedeira. Ao
infectar outra bactéria, o vírus
que leva DNA bacteriano o
transfere junto com o seu. Se
a bactéria sobreviver à
infecção viral, pode passar a
incluir os genes de outra
bactéria em seu genoma.

e) Brotamento ou gemiparidade: é a forma de reprodução das bactérias, onde


a partir de uma única bactéria, formam-se “brotos” que originam novas
bactérias, que podem se manter agregadas originando colônias.

Algumas bactérias reagem a situações adversas do ambiente,


formando estruturas resistentes, chamadas esporos, os quais suportam
condições críticas de temperatura e falta de água que, ordinariamente,
levariam à morte. Basicamente os esporos são células cujo o citoplasma
contém pouquíssima água, quase não tem atividade metabólica e estão
circundadas por espesso envoltório protetor.

Algas cianofíceas (azuis ou Cianobactérias)


 São unicelulares, procariontes e autótrofos, encontrados isolados ou
associando-se em colônias de até um metro de comprimento.
 Vivem no mar, em solos úmidos e agregados a fungos, formando liquens.
 Possuem clorofila a igual às células vegetais, ficocianina (azul), ficoeritrina (vermelho) distribuídos ao longo das
membranas espalhadas no citoplasma.
 Os pigmentos fotossintetizantes não são encontrados dentro dos plastos (não possuem plastos), e sim no
interior de lamelas dispersas no citoplasma (vacúolo).
 Apresentam glicogênio para reserva energética.
 Não possuem cílios e nem flagelos, podendo se locomover por mecanismo de deslizamento devido as oscilações
das células.
 São capazes de fixar o nitrogênio do ar
atmosférico para construírem suas
proteínas (a capacidade fotossintética e a
fixação do nitrogênio conferem às
cianobactérias uma grande autonomia
nutritiva, sendo importante para o
equilíbrio ecológico).
 Em condições desfavoráveis, as cianofíceas
podem formar esporos semelhantes aos das
bactérias, chamados acinetos.
 A reprodução ocorre de forma assexuada
por divisão binária.
 As colônias fragmentam-se em pedaços
menores, os hormogônios, que crescem e
originam novas colônias.
 Algumas colônias apresentam também
células com parede espessa, os
heterocistos, onde se realiza a fixação do
nitrogênio.
Doenças causadas por bactérias
A seguir, alguns exemplos de doenças bastante comuns e que são causadas por bactérias:
1. Tétano
 Agente causador: Clostridium tetani.
 Contágio: O contágio ocorre por meio de esporos da bactéria, que infeccionam algum ferimento que tenha
contato com eles. Esses esporos geralmente estão presentes no solo e na poeira.
 Sintomas: Essa bactéria produz uma toxina neuro trópica, ou seja, que age no sistema nervoso central,
causando rigidez muscular, como a da musculatura da mandíbula (trismo), podendo levar à morte.
 Profilaxia: A principal profilaxia é a vacinação. Vacina DTPA (coqueluche, difteria, tuberculose e tétano).

2. Disenteria bacilar ou shigelose


 Agente causador: Shigella sp.
 Contágio: O contágio ocorre pela ingestão de água e alimentos contaminados.
 Sintomas: Os sintomas são diarreia com a presença de sangue, vômitos e febre. A mais grave das infecções
disentéricas.
 Profilaxia: Beber água filtrada ou fervida e ter cuidado nos preparos dos alimentos, principalmente nos que
são ingeridos crus.

3. Coqueluche
 Agente causador: Bordetella pertussis.
 Contágio: O contágio ocorre pelo contato com pessoas doentes. Gotículas expelidas na fala, por tosse ou
espirro podem transmitir a doença. Inalação de ar contaminado. O compartilhamento de objetos também é
uma forma de contaminação.
 Sintomas: No início, os sintomas são os mesmos de uma gripe comum, como tosse, coriza, febre e mal-estar.
Se não tratada, a doença pode evoluir para um quadro mais agudo de tosse, com dificuldades para respirar e
para comer, e vômitos, podendo causar a desidratação e até a morte do indivíduo, principalmente de bebês.
 Profilaxia: A melhor profilaxia é a vacinação. Vacina DTPA (coqueluche, difteria, tuberculose e tétano).

4. Sífilis (IST)
 Agente causador: Treponema pallidum.
 Contágio: O contágio ocorre por meio de relação sexual e da mãe para o feto (transmissão vertical — sífilis
congênita).
 Sintomas: O primeiro sintoma é a presença de lesão única, principalmente na região genital, boca e ânus.
Essas lesões não causam qualquer tipo de incômodo e podem vir acompanhadas da presença de ínguas na
região da virilha. Se não tratada, a
doença pode agravar-se com o
aparecimento de manchas no corpo,
febre, dor de cabeça e ínguas, alguns
meses após o desaparecimento da
ferida. Alguns anos após os primeiros
sintomas, a doença pode apresentar a
fase mais grave, com sintomas que
vão desde lesões na pele até
neurológicas, podendo levar à morte.
 Profilaxia: Para evitar a sífilis, deve-se
usar preservativos nas relações
sexuais e fazer o acompanhamento
pré-natal de gestantes e seus
parceiros.

5.Tuberculose
 Agente causador: Mycobacterium tuberculosis (bacilo de Koch).
 Contágio: O contágio dá-se pelo contato com as secreções do doente. Inalação de ar contaminado.
 Sintomas: Tosse seca ou produtiva por mais de três semanas, hemoptise (tosse com sangue), fadiga, falta de
ar, febre e perda de peso.
 Profilaxia: vacinação. Vacina DTPA (coqueluche, difteria, tuberculose e tétano).

6. Infecção urinária
A infecção urinária é uma das infecções mais comuns causadas por bactérias, podendo acontecer devido a um
desequilíbrio da microbiota da região genital, ou devido ao fato de segurar o xixi, não realizar a higienização
íntima adequada, beber pouca água durante o dia ou possuir pedras nos rins, por exemplo.
Várias são as bactérias que podem causar infecção urinária, sendo as principais Escherichia coli, Proteus sp.,
Providencia sp. e Morganella spp..
Principais sintomas: Os principais sintomas relacionados à infecção urinária são dor e ardor ao urinar, urina turva
ou com presença de sangue, febre baixa e persistente, vontade frequente de fazer xixi e sensação de não
conseguir esvaziar a bexiga.
Como é feita a prevenção: A prevenção das infecções urinárias é feita por meio do controle das causas. Assim, é
importante realizar a higiene íntima adequadamente, evitar segurar o xixi por muito tempo e beber pelo menos 2
litros de água por dia.

7. Meningite epidêmica
 Agente causador: Neisseria meningitidis
 Contágio: O contágio dá-se pelo contato com as secreções do doente. Inalação de ar contaminado.
 Sintomas: podem surgir cerca de 4 dias após o acometimento das meninges, podendo haver febre, dor de
cabeça e ao movimentar o pescoço, aparecimento de manchas roxas na pele, confusão mental, cansaço
excessivo e rigidez muscular no pescoço.
 Profilaxia: vacinação, que deve ser tomada ainda em criança.

8. Clamídia (IST)
 Agente causador: Chlamydia trachomatis
 Contágio: transmitida através da relação sexual oral, vaginal ou anal sem preservativo, além de também poder
ser transmitido da mulher para o filho durante o parto normal quando o tratamento não foi realizado
corretamente.
 Sintomas: podem surgir até 3 semanas após a o contato com a bactéria, podendo ser notado dor e ardor ao
urinar, corrimento peniano ou vaginal branco amarelado e semelhante a pus, dor pélvica ou inchaço dos
testículos.
 Profilaxia: usar preservativo em todas as relações sexuais e fazer o tratamento de acordo com a indicação do
médico, mesmo que não existam sinais ou sintomas aparentes.

9. Gonorreia (IST)
 Agente causador: Neisseria gonorrhoeae
 Contágio: através da relação sexual vaginal, anal ou oral
desprotegida.
 Sintomas: na maioria dos casos a gonorreia é assintomática,
no entanto alguns sintomas podem aparecer até 10 dias
depois do contato com a bactéria, podendo ser notado dor e
ardor ao urinar, corrimento branco-amarelado, inflamação
da uretra, incontinência urinária ou inflamação no ânus,
quando a infecção aconteceu por meio da relação sexual anal.
 Profilaxia: utilizar camisinha em todas as relações sexuais.

10. Hanseníase (Lepra)


 Agente causador: Mycobacterium leprae (bacilo de Hansen)
 Contágio: contato com secreções nasais de pessoas com lepra
 Sintomas: ressecamento da pele, perda da sensibilidade e presença de lesões e feridas nos pés, nariz e olhos,
o que pode resultar em cegueira.
 Profilaxia: a forma de prevenção mais eficaz contra a lepra é a detecção da doença em fases iniciais e início da
terapia assim que é estabelecido o diagnóstico. Dessa forma, é possível prevenir a ocorrência dos sintomas e
de complicações e o contágio de outras pessoas.

11. Pneumonia
 Agente causador: Streptococcus pneumoniae, que pode causar doença principalmente em crianças e idosos.
 Contágio: através da entrada acidental da bactéria no pulmão vinda da boca ou como consequência de
infecção em outra parte do corpo. Inalação de ar contaminado.
 Sintomas: tosse com catarro, febre alta, dificuldade para respirar e dor no peito.
 Profilaxia: evitar permanecer por muito tempo em locais fechados e com pouca ventilação de ar e lavar bem
as mãos.

12. Salmonelose
 Agente causador: Salmonella sp.
 Contágio: consumo de alimentos e água contaminados (transmissão fecal-oral) e contato com animais
contaminados.
 Sintomas: surgem 8 a 48 horas após o contato com a bactéria, podendo ser observado, vômitos, náuseas, dor
abdominal, febre, dor de cabeça, mal-estar e calafrios. Em alguns casos, também pode ser percebido diarreia e
presença de sangue nas fezes.
 Profilaxia: higienização pessoal e do alimento. Ou seja, é importante lavar bem as mãos após o contato com
animais e antes e após o preparo dos alimentos, principalmente quando estes estão crus. Consumir alimentos
bem lavados e cozidos, beber leite fervido, lavar bem as mãos antes das refeições.

13. Leptospirose
 Agente causador: bactérias do gênero Leptospira
 Contágio: pelo contato direto ou indireto com urina, fezes ou secreções infectadas pela bactéria. Essa doença
é mais comum de acontecer em períodos de chuva, uma vez que a urina e excrementos de ratos, cães ou
gatos, são espalhados pelo local, facilitando o contágio pela bactéria.
 Sintomas: surgem após cerca de 5 a 14 dias após a entrada da bactéria no organismo através de mucosas ou
feridas na pele, e pode provocar sintomas como dor de cabeça, dor muscular, febre alta, calafrios, olhos
avermelhados e náuseas. Em alguns casos, a bactéria pode atingir a corrente sanguínea e se espalhar para
outros tecidos, incluindo o cérebro, causando sintomas mais graves, como dificuldade para respirar e tosse
com sangue. Além disso, devido à persistência da bactéria do organismo, pode haver insuficiência e,
consequentemente, falência renal, o que pode colocar a vida da pessoa em risco.
 Profilaxia: é recomendado evitar locais potencialmente contaminados, como lama, rios, água parada e lugares
alagados. Além disso, no caso de alagamento da casa, por exemplo, é recomendado lavar todos os móveis e
chão com água sanitária ou cloro. É importante, também, evitar acumular lixo em casa.

14. Cólera
 Agente etiológico: Vibrio cholerae
 Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados.
 Sintomas: diarreia intensa, fezes líquidas e esbranquiçadas, desidratação, náuseas constantes, vômitos,
cansaço excessivo, fraqueza, perda de peso, cólicas abdominais e alterações dos batimentos cardíacos.
 Prevenção: cozinhar bem os alimentos, beber água filtrada, lavar muito bem frutas e legumes antes de
consumi-los, bem como lavar muito bem as mãos antes das refeições e melhoria do saneamento básico. Além
disso, há também uma vacina para cólera, que é recomendada para pessoas que moram ou irão viajar para
lugares com alto risco de infecção pela bactéria responsável pela doença.

15. Botulismo
 Agente etiológico: Clostridium botulinum
 Transmissão: ingestão de alimentos contaminados.
 Sintomas: prisão de ventre, tontura, visão distorcida e dificuldade de abrir os olhos na claridade. O
agravamento da doença pode levar o doente à morte na sequência da paralisia dos músculos respiratórios.
 Prevenção: cuidado na escolha de alimentos enlatados, atentando para que a lata não tenha ferrugem ou
esteja estufada.

16. Cistite (é uma doença crônica caracterizada por uma irritação ou inflamação da parede da bexiga).
 Agente etiológico: Na maioria dos casos, é causada pela bactéria Escherichia coli
 Transmissão: o fato de beber pouca água pode deixar de limpar as bactérias presentes na bexiga, tal como o
uso de roupas íntimas apertadas.
 Sintomas: vontade frequente de urinar, ardor ao urinar, febre.
 Prevenção: beber água muitas vezes, urinar logo que tiver necessidade, evitar roupas íntimas apertadas.

17. Difteria
 Agente etiológico: Corynebacterium diphtheriae
 Transmissão: contato com pessoas infectadas, através da saliva ou lesões da pele. Inalação de ar contaminado.
 Sintomas: dor de garganta, inchaço na região do pescoço, aparecimento de placas nas amígdalas, febre e mal-
estar, tosse, calafrios e coriza nasal. O agravamento da doença pode levar à morte por asfixia.
 Prevenção: vacinação infantil. Vacina DTPA (coqueluche, difteria, tuberculose e tétano).

18. Febre Tifoide


 Agente etiológico: Salmonella typhi
 Transmissão: ingestão de água ou alimentos contaminados.
 Sintomas: febre alta prolongada, dor de cabeça, náuseas, falta de apetite, mal-estar geral e vômitos. Em
alguns casos, prisão de ventre, enquanto em outros diarreia. Com o agravamento da doença, há risco de
hemorragias abdominais e infecção generalizada, podendo resultar na morte.
 Prevenção: manter hábitos de higiene, lavar e cozinhar bem os alimentos antes do seu consumo, evitar ou
prevenir-se em viagens para locais propensos à doença e saneamento básico.

19. Tracoma
 Agente etiológico: Chlamydia trachomatis
 Transmissão: contato com pessoas que tenham tracoma ou com objetos utilizados por elas.
 Sintomas: ardor nos olhos, vermelhidão nos olhos, intensa fotofobia, aumento da pupila, coceira e
lacrimejamento.
 Prevenção: não utilizar utensílios usados pelo doente, lavar bem as mãos.
 Prevenção: vacinação infantil, alimentação adequada, cuidados de higiene rigorosos no contato com pessoas
doentes e o não compartilhamento de objetos de uso pessoal como lenços, roupas e toalhas, entre outros.
O tratamento de doenças causadas por bactérias ocorre principalmente com a administração de
antibióticos, podendo ser tomadas medidas complementares de acordo com a doença.
O uso inadequado de antibióticos tem sido o responsável pelo reaparecimento de diversas doenças que já
não eram tão comuns, além do aparecimento de formas patogênicas mais resistentes a antibióticos. Isso se
deve ao fato de que, com o uso inadequado do antibiótico, como fazendo a interrupção do tratamento antes do
tempo indicado, algumas bactérias (que devido a mutações são resistentes) sobrevivem, reproduzindo-se e
deixando uma nova cepa resistente. Em um novo quadro infeccioso, uma nova estratégia de tratamento deverá
ser adotada, como a utilização de novos antibióticos ainda mais fortes.
O uso de antibióticos deve ser realizado de acordo com a prescrição médica, seguindo o tempo
determinado, não parando o tratamento assim que seja observada a melhora dos sintomas. Assim como a
duração do tratamento, os horários de administração do remédio devem ser respeitados, e seu armazenamento
deve ser feito de forma adequada para que a sua ação seja eficaz.
Superbactérias
Atualmente, tem-se ouvido falar muito em superbactérias. Essas superbactérias estão presentes
principalmente em ambientes hospitalares e podem ter surgido justamente pelo uso indiscriminado de
antibióticos. Essas bactérias são a causa de mais da metade das infecções hospitalares, sendo extremamente
resistentes aos antibióticos, levando vários pacientes a óbito.

A classificação das bactérias sofreu diversas mudanças


Na década de 1980, o cientista norte-americano Carl R. Woese, da universidade de Illinois, estudou
comparativamente as sequências dos nucleotídeos do RNA ribossomal dos seres vivos e descobriu que certos
procariontes classificados como bactérias eram tão diferentes geneticamente das bactérias comuns quanto dos
eucariontes, por isso deveriam ser classificados num grupo à parte que chamou de Archaea (os antigos). Ele
descobriu também que o RNA mensageiro das arqueobactérias estava muito mais próximo do RNA mensageiro
dos eucariontes que das bactérias comuns.
Em função dessas evidências moleculares, Woese criou, em 1990, o Sistema de três domínios: Archaea,
Bactéria e Eukarya. Esses domínios são formados por seis reinos: Arqueobactéria, Eubactéria, Protista, Fungi,
Vegetalia e Animalia. Woese dividiu os seres vivos em três domínios, dois formados por seres procariontes
(Archaea e Bactéria) e um constituído por seres eucariontes (Eukarya).
As eubactérias são bactérias comuns, mais evoluídas que as arqueobactérias e apresentam grande
diversidade metabólica.
Em 1977, o cientista Carl Woese descobriu as arqueobactérias, um grupo de procariontes primitivos que
vivem em ambientes terrestres ou aquáticos inóspitos caracterizados por elevadas temperaturas, pH
extremamente ácido, altos teores de sais minerais ou elevadas pressões. De modo geral, as arqueobactérias são
divididas em termófilas, halófitas e as metanogênicas.
As termófilas vivem em águas quentes com temperaturas entre 450 e 750C. As halófitas habitam águas ricas
em sais minerais e as metanogênicas habitam pântanos, onde produzem metano através da fermentação.
As eubactérias são encontradas na água, no solo e no interior dos seres vivos, enquanto as arqueobactérias
vivem em ambientes adversos como pântanos, fontes termais, fundo dos oceanos, lagos muito salgados e fontes
com água extremamente ácida.

Sistemática do Reino Monera


Domínio: Eubactéria
Super reino: Prokarya
Reino: Monera
Filo ou Divisão: Schizomycophyta (as bactérias)
Filo ou Divisão: Cyanophyta (cianobactérias ou cianofíceas ou algas azuis)

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