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DESIGUALDADE E POBREZA NO BRASIL - RETRATO DE UMA ESTABILIDADE

INACEITÁVEL

BARROS, HENRIQUES, MENDONÇA

2000

Objetivo: descrever a situação atual e a evolução da magnitude e da natureza da pobreza e da


desigualdade no Brasil, estabelecendo inter-relações causais entre essas dimensões.
Um país desigual, exposto ao desafio histórico de enfrentar uma herança de injustiça social que exclui
parte significativa de sua população do acesso a condições mínimas de dignidade e cidadania.
Pobreza: situações de carência em que os indivíduos não conseguem manter um padrão mínimo de
vida condizente com as referências socialmente estabelecidas em cada contexto histórico.
Linha de pobreza: o parâmetro que permite a uma sociedade específica considerar como pobres todos
aqueles indivíduos que se encontrem abaixo do seu valor.
Insuficiência de renda: há pobreza apenas na medida em que existem famílias vivendo com renda
familiar per capita inferior ao nível mínimo necessário para que possam satisfazer suas necessidades
mais básicas.
Ao longo das últimas duas décadas, como observamos na tabela, a intensidade da pobreza manteve um
comportamento de relativa estabilidade.
Determinantes imediatos da pobreza: a escassez agregada de recursos e a má distribuição dos
recursos existentes.
Escassez de recursos: o Brasil, apesar de dispor de um enorme contingente de sua população abaixo
da linha de pobreza, não pode ser considerado um país pobre.
Podemos decompor o grau de pobreza em duas dimensões: (a) a baixa renda per capita brasileira e (b)
o elevado grau de desigualdade na distribuição dos recursos existentes no Brasil.
O diagnóstico básico referente à estrutura da pobreza é o de que o Brasil, no limiar do século XXI, não
é um país pobre, mas um país extremamente injusto e desigual, com muitos pobres.

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