bém denominada reforma administrativa, insere-se no conjunto de propostas e medi- das elaboradas pelo atual Governo no sen- tido de alcançar a modernização e a adap- tação do Estado brasileiro às novas deman- das do mercado e às crescentes relações en- tre os Estados. A idéia que norteia essa nova concepção de administração pública relaciona-se com os conceitos de eficiência, flexibilização, controle finalístico, contrato de gestão, qua- lidade e cidadão-cliente e, para melhor com- preendê-la, imprescindível se demonstra a evolução da atuação da administração pú- blica, no cenário nacional, ao longo dos anos. O Poder Público brasileiro, no curso de sua história, esteve sempre vinculado ao tra- tamento abusivo e descompromissado com a res publica. Pode-se afirmar que foi somen- te na década de 30 deste século, com a cria- ção do DASP (Departamento Administrati- vo do Serviço Público), que se verificou o primeiro passo no sentido de implantar um serviço público organizado, prevendo-se a re- alização de concurso público e fixando-se cri- térios para a aquisição de bens e serviços 1. A partir de então, novas regras foram sendo elaboradas visando à melhor estru- Daniela Mello Coelho é Mestranda em turação do aparelho do Estado, ainda ca- Direito Administrativo - Faculdade de Direito racterizado pela centralização do poder e da UFMG e Assessora Jurídica da Procuradoria pela tomada de decisões administrativas em Geral do Município de Belo Horizonte. nível federal. Nesse contexto, a administra- Brasília a. 37 n. 147 jul./set. 2000 257 ção pública, ainda que adstrita a certas re- acolhidas pelas três esferas de poder, entes gras e normas regulamentadoras de sua atu- dotados de autonomia política e adminis- ação, como o Código de Contabilidade Pú- trativa, de modo bastante semelhante, con- blica, e submetida a critérios burocráticos, ferindo-se à União a atribuição de fixar nor- não se encontrava totalmente afastada das mas gerais em algumas matérias relaciona- práticas de cunho patrimonialista. das à atividade administrativa, em especial A grande reforma da administração pú- sobre licitações e contratos. blica brasileira ocorreu com a promulgação A Constituição Federal de 1988 veio re- do Decreto – lei 200 de 25 de fevereiro de forçar e reafirmar as práticas burocráticas, 1967, que dispôs sobre a organização da estabelecendo normas aplicáveis aos insti- Administração Federal. A fixação dos prin- tutos das licitações e contratações públicas, cípios fundamentais das atividades admi- ao ingresso em cargo ou emprego público nistrativas passa a conferir os parâmetros ao regime jurídico cívico dos servidores ci- referentes à estrutura e ao funcionamento vis, à responsabilidade civil, penal e admi- da administração pública, que, regida pe- nistrativa dos agentes públicos e às entida- los princípios do planejamento, coordena- des da administração pública indireta (que ção, descentralização, delegação de compe- praticamente se submetem às mesmas regras tência e controle, assume uma feição essen- rígidas adotadas no núcleo estratégico do cialmente pragmática e vinculada aos estri- Estado). tos preceitos normativos. Não obstante a ênfase conferida à des- A caracterização da administração como centralização administrativa a partir do DL entidade burocrática insere-se no contexto 200/67, o que se verifica é uma verdadeira de total submissão ao texto legal e à excessi- submissão das entidades descentralizadas va fixação de regras para o alcance do obje- às normas aplicáveis à administração dire- tivo pretendido, o que, muitas vezes, acaba ta, o que acarreta perda de autonomia, apa- por enfatizar os meios em detrimento de um rente submissão dos aspectos técnicos e ci- resultado mais eficiente e rápido. A buro- entíficos em função das exigências políti- cracia, no entanto, deve ser entendida como cas, dificuldades das empresas estatais atu- a ênfase nos meios cientificamente elabora- arem em condições isonômicas nas relações dos, isto é, o destaque conferido aos instru- de mercado com as empresas privadas, em mentos dispostos e aplicáveis para o alcan- face da observância de normas rígidas de ce do resultado, a partir de critérios e regras licitação e contratação de bens e serviços. previamente fixados e cientificamente desen- Verifica-se que a descentralização foi toman- volvidos. do rumos incompatíveis com as atuais exi- A observância dos meios garante a satis- gências do mercado e com a posição do Po- fação do interesse que se pretende tutelar, der Público, que pretende afastar-se da con- uma vez que a conduta do administrador dição de prestador de serviços para conso- ou do servidor responsável vincula-se aos lidar-se na posição de fiscalizador e contro- ditames normativos e submete-se a um per- lador dos serviços oferecidos pelas entida- manente controle. Vê-se, portanto, que a ad- des privadas. ministração pública formal baseia-se em Acrescenta-se a essa realidade a busca princípios racional-burocráticos, caracteri- de um serviço de melhor qualidade e que zados pela ênfase no formalismo, pela ex- garanta ao usuário meios de participação e tinção dos privilégios decorrentes da inge- de fiscalização na sua prestação, em face do rência patrimonialista, pelas idéias de car- distanciamento existente entre o poder pú- reira, hierarquia funcional e impessoalidade. blico prestador de serviços e seus destinatári- As medidas adotadas no Brasil para a os, que ficam à margem das decisões que atin- consolidação do modelo burocrático foram gem diretamente seus direitos e obrigações.
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Nesse cenário, a reforma administrativa tratégico (Legislativo, Judiciário, Presidên- emerge-se como instrumento inafastável cia, Cúpula dos Ministérios e Ministério para a concretização dos ideais traçados Público), cria-se o Programa Nacional de pelo atual Governo brasileiro, que busca tor- Publicização, com o objetivo de transferir nar-se mais competitivo e menos oneroso, para o setor público não-estatal os serviços desvinculando-se de certas atividades, até não-exclusivos do Estado, elaborando, para então por ele exercidas, com a diminuição tanto, a Lei das Organizações Sociais, enti- de seus gastos, a partir, entre outras medi- dades dotadas de personalidade jurídica de das, do enxugamento da máquina estatal direito privado que, ao celebrarem contrato com critérios de demissão de servidores, de de gestão com o Poder Público, passam a fixação de suas regras de remuneração, de gerir recursos públicos para a execução dos publicização de serviços públicos não-esta- serviços que lhes forem transferidos. tais e de privatização de empresas estatais. Para a implantação de grande parte des- A administração gerencial caracteriza- sas medidas, o Poder Público disciplinará se pela existência de formas modernas de as atividades e a responsabilidade de sua gestão pública, modificando os critérios de execução por meio de contrato de gestão, que aplicação do controle dos serviços públicos, poderá ser firmado entre o Poder Público e as relações estabelecidas entre o Poder Pú- os administradores das entidades da admi- blico e seus servidores e alterando, também, nistração indireta, ou entre aquele e os ór- a própria atuação da administração, que gãos da administração direta. O contrato de passa a enfatizar a eficiência, a qualidade e gestão apresenta-se como instrumento ina- a efetiva concretização do regime democrá- fastável do modelo de administração geren- tico, mediante a participação mais intensa cial, em face da possibilidade de prever me- dos cidadãos. canismos afirmadores da eficiência, da des- Para se alcançar os objetivos traçados burocratização e da responsabilidade por por esse modelo de administração, algumas resultados. medidas são de imprescindível adoção, e As medidas não se limitam ao âmbito da devem ser observadas na estrutura da pró- organização administrativa, em si conside- pria administração, em relação ao tratamen- rada, mas se estendem em relação aos cida- to jurídico conferido aos servidores públi- dãos, que assumem uma posição de maior cos e aos procedimentos administrativos uti- destaque e passam a ser vistos como clien- lizados na gestão dos interesses públicos. tes, podendo fiscalizar e exigir a qualidade Nesse sentido, vale destacar que a idéia do serviço oferecido, prevendo a Emenda de eficiência refere-se às atividades típicas Constitucional 19, na nova redação dada desenvolvidas pelos órgãos da administra- ao § 3º do art.37, CF/882, a existência de ção direta, bem como às atividades realiza- uma lei que disciplinará as formas de parti- das pelas entidades da administração indi- cipação do usuário na administração pú- reta. A reforma administrativa, visando ao blica direta e indireta. alcance desse objetivo, reforça a autonomia Os aspectos da administração gerencial e a atuação dessas entidades ao instituir as assemelham-se às técnicas utilizadas pelas agências executivas e ao conferir maiores empresas privadas, em especial, o caráter poderes às empresas estatais, no tocante à competitivo e a contenção de gastos. regulamentação de normas sobre licitação e Em artigo publicado3 na Revista do Mi- contratos, à sujeição ao regime jurídico das nistério da Administração Federal e Reforma empresas privadas, entre outros. do Estado, o doutorando Flávio da Cunha Na esteira dessa concepção de concen- Rezende faz uma análise das experiências trar na estrutura do Poder Público tão-so- da reforma no campo da gestão do setor mente as atividades referentes ao núcleo es- público e destaca o novo movimento teóri-
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co-conceitual, conhecido como new public volvidos nas empresas privadas. Entretan- management (nova gestão pública), em que to, o manegement public não se confunde do- “o princípio basilar da new public ma- ravante com o manegement privado. O con- nagement é o de que as organizações texto, o objetivo, as demandas não são com- públicas podem ser gerenciadas aten- paráveis. Da mesma forma, as relações e os dendo aos imperativos da performan- métodos não podem ser. O manegement pu- ce, combinando eficiência, efetividade blic constitui uma disciplina autônoma que e qualidade no atendimento às de- combina as exigências públicas que se tra- mandas por serviços públicos, desde duzem pelas regras de organizações de fun- que arranjos institucionais adequa- cionamento particulares, globalmente liga- dos possibilitem tal combinação” 4. das à noção de serviço público, e uma preo- A noção de manegement public é bem re- cupação de eficiência e eficácia que conduz cente. O termo manegement é um termo de os responsáveis a terem de transportar os origem anglo-saxônica, que designa, em li- exemplos vindos das empresas privadas, nhas gerais, a maneira de conduzir uma sem no entanto, negar o caráter de inovação entidade levando em consideração o mer- à gestão pública7. cado e as técnicas de negociação, objetivan- A idéia principal desenvolvida por esse do uma tendência global direcionada a um novo movimento é tentar conferir certa pro- tipo de reforma administrativa 5. ximidade entre as organizações do setor O gerencialismo é uma técnica de ins- público com as organizações do setor pri- trumentalização e operacionalização das vado, a partir de uma estruturação progres- políticas públicas previamente desenvolvi- siva com base na performance e nos resulta- das e aceitas pela organização. É, portanto, dos. Para o alcance desse objetivo é neces- meio de implementação. Nesse sentido, não sário proceder-se à transformação do padrão se distingue da burocracia, que, também, não de incentivos, isto é, do conjunto das regras apresenta o elemento político como caracte- internas que organizam o funcionamento de rizador de seu conceito, ao contrário, enfati- cada instituição, revisando-se as normas in- za o aspecto procedimental interno das or- ternas relativas à licitação, aos contratos e ganizações públicas. O que os distingue são ao regime jurídico dos servidores. A adoção os métodos adotados para o alcance dos fins de tais regras permitirá às instituições mai- pretendidos, entre eles a adoção de critérios or autonomia organizacional e a especiali- mais flexíveis ou rígidos e a ênfase nos mei- zação, acarretando melhor utilização dos os ou nos resultados. recursos e a agilidade no atendimento das O conjunto de estruturas públicas na demandas em relação a recursos humanos, vida econômica e social é largamente difun- bens e serviços. dido. Utilizando formas jurídicas variáveis, Verifica-se que a reforma administrativa em particular as formas advindas do direi- brasileira foi elaborada com adoção parcial to privado, essa evolução tem progressiva- dos princípios da new public management, mente conduzido a uma diluição da dife- pois visa à melhoria da performance pública, rença entre o “público” e o “privado”. To- eliminando os excessos de padronização e dos esses elementos, sumariamente resumi- a lentidão dos meios. dos, explicam as novas exigências da ges- O que se almeja é uma administração efi- tão pública, que se encarna no conceito de ciente e voltada para o controle dos resulta- manegement public6. dos, em oposição a algumas regras da ad- Pode-se afirmar que o desenvolvimento ministração burocrática, que adota o con- do manegement public é acompanhado da in- trole dos procedimentos e prima pela exis- trodução de técnicas na gestão pública, a tência de normas que estabeleçam padrões partir de procedimentos e métodos desen- hierárquicos rígidos e excesso de regras de
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rigor técnico, que impedem o alcance de re- trativos e a informações sobre atos de governo, ob- sultados eficientes e ágeis. Não se pode afir- servado o disposto no art. 5º, X e XXXIII; III - a disciplina da representação contra o exer- mar que a administração pública gerencial cício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou pretende negar todos princípios da admi- função na administração pública”. nistração burocrática, pois se apresentam 3 A nova gestão pública, performance e reinven- inseparáveis de sua concepção a impessoa- ção das instituições: um desafio para a reforma do lidade, o profissionalismo, a legalidade e a Estado. Revista do Ministério da Administração e Re- forma do Estado. [s.l.:s.n.], n. 4, nov.1998. moralidade. No entanto, a administração 4 Ibidem, p. 28. gerencial fornece formas flexíveis de gestão, 5 Os ordenamentos ingleses e americanos foram confere autonomia ao administrador na exe- os pioneiros na implantação das reformas do mo- cução de suas tarefas relacionadas aos as- delo administrativo. Na Grã-Bretanha, especifica- pectos materiais, financeiros e humanos e mente no governo Thacher, o país vivenciou o de- senvolvimento das regras do novo modelo, entre- utiliza-se de um controle a posteriori, deslo- tanto, o managerialism foi realmente definido e es- cando-se a ênfase dos meios para os fins. truturado nos Estados Unidos no século XIX. Em A justificativa para a reforma do apare- outros países, como a Nova Zelândia, a experiência lho do Estado não tem como único fator a ocorreu durante o período de 1984 a 1994, sendo crise do Estado burocrático, mas, também, a assumida por governos distintos. Já na França, ber- ço do Direito Administrativo pátrio, foi a partir crescente escassez de recursos financeiros, dos anos 80 que o tema da reforma do Estado ga- as modernas regras de economia de merca- nhou destaque, com o surgimento de novas idéias do, caracterizadas pelo modelo de globali- prevendo a modificação da estrutura organizacio- zação, e o afastamento das decisões públi- nal e o funcionamento do aparelho estatal. A circu- cas do cidadão, o que impede a legitimida- lar de 26 de julho de 1995 positivou o tema e intro- duziu os princípios que regem a modernização da de do Estado Democrático de Direito, uma administração francesa. vez que o poder deixa de ser a expressão da 6 Nesse sentido tem-se as lições de Jean-Fran- vontade popular e passa a representar o in- çois Auby. In: Manegement public: introduction gé- teresse de poucos. néral. Paris : Ed. Sirey, 1996. p. 9. 7 No tocante a esse aspecto, ressalta-se que pes- quisas realizadas nos Estados Unidos em relação às atividades gerenciais desenvolvidas nos setores Notas público e privado afirmam, baseadas em suporte empírico, que as funções básicas dos administra- 1 Nesse sentido é a opinião do advogado e mem- dores públicos e privados são praticamente idênti- bro do Conselho de Reforma do Estado João Piquet cas, sendo que os dirigentes das organizações pú- Carneiro, para quem o Brasil teve, na verdade, duas blicas encontram-se submetidos a uma série de li- grandes reformas administrativas: “a de 1937, que mitações não existentes na atividade comercial e criou o DASP (...), e a de 1967, que foi a reforma industrial. Assim entende-se que os papéis desem- modernizante, no sentido de afastar do modelo cen- penhados pelos burocratas do setor público não tralizador para um modelo descentralizador, fun- são muito diferentes daqueles exercidos por seus dado na delegação de competência e na autonomia correlatos do setor privado. Nesse sentido são as dos órgãos periféricos da administração”. In: Os opiniões dos autores GRAHAM Jr., Cole Blease, ciclos de avanço e retrocesso no Estado brasileiro: HAYS, Steven W. In: Para administrar a organização reforma gerencial. Revista do Ministério da Adminis- pública. Rio de Janeiro : Jorge Zahar Editor, 1994. tração Federal e Reforma do Estado. [s.l.:s.n.], n. 4, novembro,1998. 2 Art. 37, § 3º: “A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública Bibliografia direta e indireta, regulando especialmente: I - as reclamações relativas à prestação dos ser- AUBY, Jean-François. Manegement public: introduc- viços públicos em geral, asseguradas a manuten- tion général. Paris : Ed. Sirey, 1996. ção de serviços de atendimento ao usuário e a ava- BURSZTUN, Marcel. Introdução à crítica da razão liação periódica, externa e interna, da qualidade desestatizante. Revista do Serviço Público . dos serviços; [s.l.:s.n.], ano 49, n. 1, jan-mar. 1998. II - o acesso dos usuários a registros adminis- CARNEIRO, João Piquet. Os ciclos de avanço e retro-
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cesso no Estado brasileiro: reforma gerencial. Re- drade. 2. ed. Rio de Janeiro : Editora Funda- vista do Ministério da Administração Federal e ção Getúlio Vargas, 1998. Reforma do Estado. [s.l.:s.n.], n. 4, novem- REZENDE, Flávio da Cunha. A nova gestão públi- bro,1998. ca, performance e reinvenção das instituições: ENTERRÍA, Eduardo García de, FRANÁNDEZ, um desafio para a reforma do Estado. Revista Tomás-Ramón. Curso de derecho administrati- do Ministério da Administração e Reforma do Es- vo. v.1., 7. ed. Madrid : Editorial Civitas, 1995. tado. [s.l.:s.n.], n. 4, novembro 1998. GRAHAM Jr., Cole Blease, HAYS, Steven W. Para RIVERO, Jean. Direito Administrativo. Tradução administrar a organização pública. Rio de Janeiro por Rogério Ehrhardt Soares. Coimbra : Al- : Jorge Zahar Editor, 1994. medina, 1981. PEREIRA, Luiz Carlos Bresser, SPINK, Peter Kevin TÁCITO, Caio. Perspectiva do direito administra- (org.). Reforma do Estado e administração tivo no próximo milênio. Revista Jurídica Ad- pública gerencial. Tradução por Carolina An- ministração Municipal. [s.l.:s.n.], ano 3, n. 6, s.d.
A inadimplência pública nas compras governamentais e a efetividade dos instrumentos legais de cobrança à disposição do contratado: ação judicial e ordem cronológica de exigibilidades dos pagamentos públicos