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Administração Patrimonialista
A administração patrimonialista é fundamentada nos modelos de Estados Absolutistas
originados na Europa feudal entre os séculos XV e XVIII. No Brasil, o patrimonialismo
foi predominante no período colonial e oligárquico, nesse sistema não havia nenhuma
forma de controle por outros poderes ou leis.
Baseia-se na dominação tradicional, com a manutenção do poder através da troca de
favores (clientelismo), nepotismo e corrupção. Caracterizado pela ausência de
carreiras administrativas, o aparelho do estado é uma extensão do poder soberano, de
forma que o patrimônio público é confundido com o particular.
O modelo é característico de Estados não democráticos, contudo, ainda existem
práticas patrimonialistas na Administração Pública brasileira que precisam ser
rechaçadas pela sociedade.
Administração Burocrática
O modelo foi preconizado por Max Weber na segunda metade do Séc. XIX, surge como
uma resposta ao crescente desenvolvimento do capitalismo e da democracia, sendo
uma solução para combater a corrupção e o nepotismo do sistema patrimonialista.
No Brasil, mais especificamente na década de 1930, originou-se através da
primeira Reforma Administrativa – a Reforma Burocrática do governo Getúlio Vargas –
marcada pela criação do DASP (Departamento de Administração do Serviço Público).
O modelo burocrático é baseado na autoridade racional-legal, com atuação da
administração fundamentada em leis e no controle rígido dos processos, defende a
separação entre o público e o privado. Além disso, busca tornar a Administração mais
eficiente, profissional e impessoal, aproximando-se da abordagem Clássica das Teorias
de Administração.
São características que podemos relacionar à administração burocrática:
Hierarquia verticalizada e rígida (centralizada);
Impessoalidade nas relações (isonomia);
Controle dos processos a priori (prévio);
Foco nas normas e regulamentos (legalidade);
Padronização e previsibilidade de procedimentos;
Comunicação formal;
Racionalidade;
Enfatiza a eficiência dos processos;
Profissionalização técnica;
Meritocracia;
Especialização da administração.
Autorreferente (se concentra no processo em si e não no resultado)
Apesar de o modelo burocrático ser sinônimo de lentidão e ineficiência, é preciso
tomar cuidado nas provas, pois essas são consideradas DISFUNÇÕES do modelo, na
teoria o modelo busca o ideal máximo de eficiência, contudo, na prática acabou
trazendo diversas desvantagens, como a própria ineficiência:
Resistência às mudanças;
Apego às regras e regulamentos;
Rigidez e falta de inovação;
Dificuldade no atendimento ao público;
Excesso de formalização;
Fracas relações interpessoais;
Lentidão nos processos;
Exibição de sinais de Autoridade.
Administração Gerencial
O modelo de administração Pública Gerencial se iniciou no Reino Unido em 1979, e
posteriormente no Brasil na década de 1990 como uma solução à crise do modelo
Burocrático, à expansão das demandas sociais e ao novo cenário político-econômico
de ideologia neoliberal, essa forma de Gestão é conhecida como New Public
Management (Nova Gestão Pública).
O modelo gerencial partiu de um controle baseado nos processos, para o controle
com foco sobre os resultados, visando o interesse dos “clientes” (cidadãos), além de
identificar as melhores práticas do setor privado para implementá-las no setor público.
Viu-se a necessidade de reduzir custos e de elevar a qualidade dos serviços públicos,
através da implementação das seguintes medidas:
Estruturas descentralizadas com redução das atividades estatais;
Aumento de parcerias com organizações do setor privado;
Ênfase em contratos de gestão;
Criação de agências executivas e agências reguladoras;
Maior autonomia gerencial e financeira;
Controle “a posteriori” dos resultados.
É importante ter em mente que o modelo não rompeu com o modelo Burocrático, pois
manteve alguns de seus princípios e boas práticas, incorporando-os ao modelo
Gerencial, como a meritocracia, impessoalidade, legalidade, avaliação e recompensa
pelo desempenho, estrutura de carreira e capacitação, de forma que o modelo
Gerencial é considerado a evolução do anterior.
Reformas Administrativas