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As Trajetórias Modernizadoras da Administração Pública: Brasil e Espanha

RESUMO

O texto fala sobre a ascensão da nova gestão pública na era da globalização. Antes, a gestão pública era criticada
por ser burocrática e formal, mas houve um debate global que levou à superação desse modelo clássico de
administração.

O novo modelo, chamado de nova gestão pública, prioriza flexibilidade, eficiência e coloca o cidadão como
consumidor de serviços públicos. Ele parte do pressuposto de que as pessoas são racionais e buscam maximizar
suas escolhas de acordo com análise de custo-benefício.

Esse novo paradigma enfrenta duas visões: uma mais jurídica do Direito Público e outra focada em resultados e
eficiência, semelhante a um modelo empresarial.

A combinação dessas visões resulta em trajetórias modernizadoras para países como Espanha e Brasil. Essas
trajetórias buscam reformar as estruturas administrativas, sendo um instrumento para análise.

• A década de 1990 no Brasil foi marcada por medidas democráticas e estabilidade econômica, como o Plano Real.
• Fernando Henrique Cardoso liderou a convocação eleitoral de 1994 e implementou a Reforma Administrativa.
• O professor Luis Carlos Bresser Pereira foi Ministro da Administração e Reforma do Estado de 1995 a 1998,
desenvolvendo o Plano Diretor de Reforma da Previdência Estadual (PDRAE).
• A reforma visava melhorar a efetividade, eficiência e eficácia da Administração Pública, inspirando-se em
reformas do Reino Unido e Estados Unidos.
• A reforma gerencial identificou quatro estruturas dentro do Estado: núcleo estratégico, atividades exclusivas
do Estado, serviços não exclusivos ou competitivos, produção de bens e serviços para o mercado.
• O núcleo estratégico inclui Presidente, Ministros de Estado, Congresso Nacional, tribunais nacionais e
ministério público.
• Atividades exclusivas estatais são aquelas que só podem ser realizadas por representantes ou funcionários do
Estado.- Serviços não exclusivos ou competitivos de Estado podem ser geridos por terceiros, mesmo
envolvendo propriedade estatal.
• O Novo Modelo de Gestão Pública (NPM) promoveu a descentralização da ação estatal, permitindo que
organizações privadas realizassem serviços de interesse público.
• Foram criadas as Organizações Sociais (OS) e Organizações de Interesse Público da Sociedade Civil (OSCIP) para
qualificar entidades privadas sem fins lucrativos.
• Empresas de economia mista atuam em setores públicos e estratégicos, podendo ser privatizadas ou operadas
sob concessão.
• Agências reguladoras foram criadas para regular as atividades privatizadas.
• A Reforma Gerencial visava tornar os serviços públicos mais eficazes, eficientes e efetivos.
• Críticas ao NPM incluem a usurpação da esfera privada, centralização do poder nos executivos e dificuldade em
lidar com a complexidade dos sistemas administrativos.
• Outras limitações apontadas são a formação de uma nova elite burocrática, inadequação na aplicação de
práticas do setor privado no setor público e incompatibilidade entre a lógica da gestão e o interesse público.
• Críticas crescentes ao modelo da Nova Gestão Pública (NPM) abriram caminho para novas propostas na
produção de serviços públicos.
• As expectativas na NPM não foram cumpridas, levando à desilusão e questionamento de seus princípios.
• Surgiram duas correntes críticas complementares: o Novo Serviço Público (NSP) e o neoweberianismo.
• O NSP critica a visão dos cidadãos como clientes e defende a cidadania democrática como valor superior à
abordagem empresarial.
• O neoweberianismo reforça o valor do serviço público em si mesmo, protegendo as estruturas públicas e
fortalecendo a cidadania frente ao mercado.
As Trajetórias Modernizadoras da Administração Pública no Brasil
E Quando Falamos de Modernização...

Para Quem?
Para Quê?
Com Qual Propósito?
Quando?
Quais Tecnologias?

Para Quem?
As trajetórias modernizadoras da administração pública no Brasil são direcionadas para a
sociedade em geral, visando atender às demandas por serviços públicos mais eficientes e eficazes.

Para Quê?
Essas trajetórias têm como objetivo principal aprimorar a atividade pública em termos de
eficiência, eficácia e efetividade, buscando melhorar a burocracia, os canais de comunicação, a
participação e a transparência institucional.

Com Qual Propósito?


O propósito é garantir que o aparato estatal atenda às necessidades da sociedade e forneça
serviços públicos de qualidade, visando a construção de uma sociedade sustentável.

Quando?
As modernizações na administração pública no Brasil começaram na década de 1960, durante a
ditadura, e continuaram ao longo das décadas seguintes.

Quais Tecnologias?
Embora não especificamente mencionadas no texto fornecido, as modernizações na
administração pública frequentemente envolvem o uso de tecnologias da informação e
comunicação para otimizar processos, melhorar a prestação de serviços e aumentar a
transparência.

1. Primeira fase de modernização


2. Criação do DASP em 1937, voltada para a gestão de pessoal e a aplicação a) de métodos de
racionalização no serviço público.
3. É caracterizado por princípios como formalidade, impessoalidade e profissionalismo.
4. Regras e procedimentos estabelecidos.
5. Racionalidade na tomada de decisões administrativas.
6. Separação entre a propriedade dos meios de produção e a propriedade dos meios de administração.

1. Ver Quadro da nossa aula sobre o Plano Diretor da Reforma do Estado.


2. A modernização tem por objetivo introduzir práticas gerenciais e de mercado dentro do setor público,
focando na eficiência, eficácia, e orientação ao cliente cidadão.
3. Busca a Desburocratização, descentralização, foco no resultado.

1. Para a OCDE a administração eletrônica ou e-administração se refere a utilização de tecnologias de


informação, particularmente a internet, para melhorar a gestão dos assuntos públicos.
2. Visa melhorar a eficiência e atender às demandas sociais.
3. A transparência, a participação social e a inovação são pilares desse movimento

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