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GESTÃO DA QUALIDADE

Modelo de Excelência em Gestão Pública


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MODELO DE EXCELÊNCIA EM GESTÃO PÚBLICA


ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E GESTÃO DA QUALIDADE
Modelo de excelência em gestão pública: o decreto que tratava desse modelo foi
revogado. Porém, como esse tema está ligado à gestão da qualidade e às reformas da
administração, ele deve ser estudado.
“Abrir as portas para uma administração que não só atende, mas supera as expecta-
tivas dos cidadãos, transformando cada desafio em oportunidade para inovar, melhorar
e fazer a diferença na vida das pessoas.” É preciso considerar as expectativas dos cida-
dãos. Vale lembrar que o foco do setor privado é o cliente, e o foco da administração
pública é o cidadão-cliente.
“Uma extensão natural e uma sofisticação do Modelo de Administração Gerencial,
incorporando seus princípios básicos, mas expandindo-os para incluir uma abordagem
mais holística e integrada que abarca a excelência em gestão”.

• Extensão natural da própria gestão da qualidade, da própria administração gerencial;


• A busca é pela excelência, pela qualidade.

INTRODUÇÃO
O Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) no Brasil tem sua origem e desen-
volvimento ligados ao esforço do governo brasileiro em promover a melhoria da eficiên-
cia, eficácia e qualidade dos serviços públicos.

Obs.: é um movimento que começou há tempos (década de 50).

Este modelo foi inspirado em práticas de gestão de qualidade reconhecidas interna-


cionalmente, como o Modelo de Excelência da European Foundation for Quality Manage-
ment (EFQM) e o Malcolm Baldrige National Quality Award dos Estados Unidos.
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Obs.: modelo de excelência e o próprio gerencialismo foram influenciados por modelos


europeus e norte-americanos.

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A implementação do MEGP no Brasil ocorreu por meio de diversas iniciativas (não


foi apenas um decreto, foram diversas iniciativas) e regulamentações. Um marco impor-
tante foi a criação do Programa Nacional da Gestão Pública e Desburocratização (GES-
PÚBLICA) em 2005, pelo governo federal, que tinha como objetivo promover a excelência
na gestão pública, aumentar a competitividade dos órgãos públicos e melhorar a quali-
dade dos serviços públicos.

Obs.: o GESPÚBLICA foi revogado, mas ainda assim deve ser estudado. Porém, não é
necessário estudar todo o decreto. É preciso estudar as reformas administrativas,
com uma abordagem associada à qualidade.

O GESPÚBLICA foi revogado em 2017.


O Decreto n. 5.378, de 23 de fevereiro de 2005, foi o normativo que regulamentou o
GESPÚBLICA e, por extensão, o MEGP. Este decreto estabeleceu os fundamentos, crité-
rios e mecanismos do Modelo de Excelência em Gestão Pública, definindo diretrizes para
a avaliação e melhoria contínua da gestão em órgãos e entidades do governo federal.

Obs.: o modelo de excelência em gestão pública está no Decreto, mas não é preciso
estudar tudo. Basta entender esses pontos.

É preciso estudar os fundamentos, os critérios e os mecanismos.


Avaliar para promover a melhoria contínua.
O MEGP é estruturado em torno de diversos critérios de excelência, que incluem lide-
rança, estratégias e planos, cidadãos, sociedade, informações e conhecimento, pes-
soas, processos e resultados. Esses critérios são utilizados para avaliar o desempenho
das organizações públicas e orientar as ações de melhoria.

Obs.: esse modelo de excelência é uma base para as disciplinas “isoladas”, tais como
gestão de pessoas, gestão da informação, planos estratégicos etc.
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Ao longo dos anos, o MEGP e o GESPÚBLICA passaram por várias atualizações e modi-
ficações, refletindo a evolução das práticas de gestão pública e as necessidades especí-
ficas do contexto brasileiro.

CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA – MARCOS


Obs.: principais mudanças legislativas: programa nacional de desburocratização, MEGP,
Decreto de desburocratização.

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O Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP) de 2005 e o Programa Nacional de


Desburocratização iniciado em 1979 no Brasil, embora sejam iniciativas diferentes em
contextos distintos, possuem uma relação conceitual e histórica, principalmente no que
tange aos objetivos de melhorar a eficiência e a eficácia da administração pública e de
aprimorar o serviço prestado ao cidadão.
Programa Nacional de Desburocratização (1979; em decorrência do DL 200/67, e
em decorrência da COSB/66): foi uma iniciativa pioneira do governo brasileiro para sim-
plificar processos administrativos e reduzir a burocracia excessiva no setor público. Este
programa visava tornar a máquina pública mais ágil e menos onerosa, facilitando a vida
do cidadão e das empresas que interagiam com o governo. A ênfase estava na simplifi-
cação dos procedimentos administrativos (gestão de processos) e na eliminação de
exigências consideradas desnecessárias ou redundantes.
Modelo de Excelência em Gestão Pública (2005): o MEGP, lançado décadas após o
Programa de Desburocratização, representou um avanço em relação à abordagem ante-
rior, incorporando conceitos mais amplos de gestão da qualidade e excelência orga-
nizacional. Este modelo tinha como foco a melhoria contínua da eficiência, eficácia e
qualidade dos serviços públicos, baseando-se em princípios de gestão modernos e
abrangentes, como foco no cidadão, liderança, gestão por processos, aprendizado orga-
nizacional, entre outros.
Em 2005, implementa-se o GESPÚBLICA.
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Decreto n. 9.094, de 2017: este decreto representa um avanço e uma continua-
ção dos esforços anteriores, com foco específico na desburocratização e na simplifica-
ção dos serviços públicos. Ele visa reduzir formalidades e exigências desnecessárias que
causam entraves aos cidadãos e empresas no acesso aos serviços públicos. O decreto
destaca a importância da digitalização de processos, da racionalização de procedimen-
tos e da melhoria contínua no atendimento ao público. Além disso, reforça o princípio
da boa-fé do cidadão e a necessidade de os órgãos públicos compartilharem informa-
ções, evitando a solicitação repetida de documentos já entregues à administração.

Obs.: o que antes era chamado de programa nacional de desburocratização, o GESPÚBLICA,


agora é tratado nesse Decreto.

O modelo de excelência não é um decreto revogado, é uma ideia, uma gestão que tem
sido implementada. Por esse motivo, o estudo desse tema revela-se importante.
Atualmente, o meio digital tem sido implementado, por exemplo, aplicação de multas
a veículos, CNH digital, órgãos integrados com informação digitalizada

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Evolução na Gestão Pública: o MEGP pode ser visto como uma evolução natural do
esforço iniciado com o Programa Nacional de Desburocratização. Enquanto o programa
de 1979 focava primariamente na redução da burocracia, o MEGP de 2005 tinha um
escopo mais amplo, abrangendo a excelência em gestão como um todo.
Continuidade no Objetivo de Melhorar o Serviço Público: ambos os programas
compartilham o objetivo comum de melhorar o serviço público e tornar a administração
mais eficiente e responsiva às necessidades dos cidadãos.
Ampliação do Escopo e Profundidade: o MEGP ampliou o escopo da iniciativa de
desburocratização, incorporando práticas de gestão de qualidade e excelência, indi-
cando um movimento de maturação da gestão pública brasileira.
No caso do MEGP, o escopo foi ampliado, trazendo práticas da gestão da qualidade,
por isso que é comum cair modelo de excelência em gestão pública dentro da disciplina
da gestão da qualidade.
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CONTEXTUALIZAÇÃO DAS MUDANÇAS


Da Redução da Burocracia à Excelência em Gestão: o movimento desde a desburo-
cratização até a excelência em gestão e, novamente, a uma forte ênfase na desburocra-
tização, reflete uma adaptação contínua às necessidades e desafios enfrentados pela
administração pública brasileira ao longo do tempo.
Adaptação às Novas Realidades: o decreto de 2017 surge em um contexto de trans-
formação digital e crescente demanda por transparência e eficiência nos serviços públi-
cos. Este cenário exige uma abordagem que não apenas simplifique processos, mas
também incorpore tecnologias e práticas modernas de gestão.
Continuidade e Evolução: enquanto o Decreto n. 9.094, de 2017, enfoca aspectos
práticos e imediatos da desburocratização, ele também se beneficia dos avanços con-
ceituais e práticos do MEGP, integrando a visão de excelência em gestão com a necessi-
dade de processos mais ágeis e centrados no cidadão.
É um processo contínuo, desde 1979, passando por 2005, chegando em 2017.
Em síntese, a evolução desde o Programa Nacional de Desburocratização até o
Decreto n. 9.094 de 2017 ilustra um contínuo esforço para adaptar a gestão pública às
necessidades em mudança da sociedade, mantendo o foco na eficiência, na transparên-
cia e na qualidade dos serviços prestados ao cidadão.
Em relação ao decreto do MEGP, ele trouxe fundamentos, critérios e mecanismos.
Essa base deve ser estudada, pois ainda tem sido mantida.

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FUNDAMENTOS, CRITÉRIOS E MECANISMOS


Decreto n. 5.378, de 23 de fevereiro de 2005, que instituiu o Programa Nacional de
Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA) no Brasil, estabeleceu os fundamen-
tos, critérios e mecanismos do Modelo de Excelência em Gestão Pública (MEGP). Este
modelo foi desenvolvido para orientar os órgãos e entidades do governo federal na busca
pela excelência em gestão.
Os fundamentos do MEGP, conforme o Decreto, são princípios que orientam as prá-
ticas de gestão para alcançar a excelência.
Eles incluem:
• Pensamento Sistêmico (teoria sistêmica): entendimento das relações de interde-
pendência (funções conectadas) entre os diversos componentes de uma organiza-
ção, bem como entre a organização e o ambiente externo. Está tudo conectado, por
isso, é necessário trabalhar em sinergia.
• Aprendizado Organizacional: busca constante pelo aprimoramento e eficácia orga-
nizacional através do estímulo à inovação e à criatividade. São trazidas técnicas do
setor privado, como forma de aprimoramento.
• Cultura de Inovação: promoção de um ambiente favorável à criatividade e ao
desenvolvimento de novas soluções. Por exemplo, na nova lei de licitação foi inserida
a modalidade “diálogo competitivo”, que consiste na contratação de uma empresa
para apresentar soluções a um problema existente; é uma forma de exteriorização
dessa cultura de inovação.
• Liderança e Constância de Propósitos: gestão eficaz e inspiradora que mantém o
foco em objetivos claros e de longo prazo. Liderar é conduzir de forma inspiradora.
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• Orientação por Processos e Informações: gestão e controle dos processos de traba-
lho por meio de informações e dados confiáveis.
• Visão de Futuro: compreensão e antecipação das necessidades e mudanças no
ambiente externo para moldar o futuro da organização. É a elaboração do planeja-
mento estratégico.
• Geração de Valor: agregar valor para a sociedade, garantindo a qualidade dos servi-
ços públicos. O produto/serviço deve gerar valor para a sociedade.
• Valorização das Pessoas: reconhecimento das pessoas como essenciais para a qua-
lidade e eficiência da gestão. A sociedade é o todo, o cliente é o usuário direto (é
aquele que é beneficiado diretamente pelo serviço).
• Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado: entender e atender às necessidades e
expectativas dos cidadãos e outros stakeholders.
• Desenvolvimento de Parcerias: estabelecimento de alianças estratégicas e relações
de benefício mútuo.

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• Responsabilidade Social: atuação ética e transparente, com compromisso com o


bem-estar da sociedade.
• Controle Social: participação da sociedade no acompanhamento e controle da
gestão pública.

Os critérios do MEGP são dimensões de avaliação usadas para analisar o desempe-


nho e a maturidade da gestão de uma organização. Eles incluem:
• Liderança
• Estratégias e Planos
• Cidadãos
• Sociedade
• Informações e Conhecimento
• Pessoas
• Processos
• Resultados

A administração deve ser direcionada a esses pontos. Por exemplo, a liderança é um


fundamento e também um critério.
Os mecanismos do MEGP referem-se às ferramentas e procedimentos utilizados
para implementar os fundamentos e atender aos critérios de excelência. Os mecanismos
auxiliam no atendimento dos fundamentos, dentro dos critérios.
Incluem:
• Autoavaliação: processo pelo qual a organização avalia periodicamente sua gestão,
baseando-se nos critérios de excelência. É a avaliação interna.
• Planejamento e Controle: métodos para definir objetivos, metas, indicadores e
ações, bem como para monitorar e avaliar o desempenho. Planejamento: definição
de metas. Controle: corrigir o que está errado.
• Capacitação e Desenvolvimento: programas para desenvolver competências indivi-
duais e organizacionais.
• Gestão do Conhecimento: práticas para capturar, compartilhar e aplicar conheci-
mento visando à melhoria contínua.
• Comunicação e Informação: sistemas para garantir o fluxo eficaz de informações
dentro e fora da organização. Por exemplo, prestação de contas.
• Gestão Participativa: iniciativas para envolver funcionários, cidadãos e outros sta-
keholders no processo de gestão.
• Reconhecimento e Valorização: programas para reconhecer e valorizar contribui-
ções individuais e coletivas para a melhoria da gestão.

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Estes elementos constituem a base para que as organizações públicas possam se


orientar rumo à excelência em gestão, buscando uma melhoria contínua e alinhada às
necessidades e expectativas da sociedade.
Esses pontos são suficientes para compreensão da essência do MEGP.

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pelo professor Bruno Eduardo Martins.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.

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