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Explorando Práticas Ágeis Na Administração Pública: Um


Estudo De Caso Sobre Implementações Bem-Sucedidas
Priscila Scaranto Lima Lellis - E-mail priscaranto@yahoo.com.br
MBA Gestão de Projetos e Processos
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Salvador BA, 29/02/2024

RESUMO
A implementação de metodologias ágeis demanda uma mudança de
mentalidade, visando entregas rápidas e eficientes. No contexto do setor
público, a aplicação de práticas ágeis enfrenta desafios significativos devido às
particularidades, burocracia e cultura organizacional inerentes. No entanto,
essa abordagem pode potencializar a forma como os serviços públicos são
entregues, aumentando a satisfação dos cidadãos. Este artigo tem como
objetivo analisar o uso de metodologias ágeis na administração pública, com
base nos resultados de estudos de caso, buscando compreender melhor as
implementações ágeis no serviço público. A pesquisa foi conduzida por meio
de uma busca avançada em bases de dados de periódicos, como Science
Direct, Scopus e Web of Science, abrangendo os últimos sete anos de
publicações. Os resultados englobam estudos que oferecem uma visão global
e outros que exploram a aplicação da metodologia ágil no contexto específico
da administração pública brasileira. Através da análise dos casos estudados,
são discutidos aspectos como o processo de iniciar um projeto ágil, as
dificuldades enfrentadas e os benefícios obtidos com a adoção dessas
metodologias. Conclui-se que o maior impacto da utilização das metodologias
ágeis na administração pública reside na transformação da cultura
organizacional, enfatizando que a adoção do ágil neste contexto requer um
planejamento cuidadoso, colaboração entre os envolvidos, documentação
adequada e adaptação contínua ao longo do processo.

Palavras-chave: Análise. Resultados. Aspectos. Impacto. Planejamento.

1. INTRODUÇÃO
A crescente demanda por eficiência e transparência na administração
pública tem impulsionado a busca por métodos inovadores de gestão. Nesse
contexto, as metodologias ágeis emergem como uma alternativa promissora,
capaz de promover uma cultura de colaboração e adaptação contínua. Como
ressalta Fernando Silva Parreiras, "As metodologias ágeis representam uma
mudança de paradigma na gestão pública, enfatizando a entrega de valor ao
cidadão de forma rápida e incremental".
No Brasil, onde a burocracia e a morosidade muitas vezes são desafios
enfrentados pela administração pública, a adoção de práticas ágeis pode
proporcionar uma resposta eficaz a essas questões. Segundo Marizaura Reis
de Souza Camões, "As metodologias ágeis oferecem às instituições públicas
uma oportunidade única de responder de forma ágil e flexível às demandas da
sociedade, rompendo com modelos tradicionais e hierárquicos".
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Além de aumentar a eficiência na entrega de serviços públicos, as


metodologias ágeis também estimulam a participação cidadã e a cocriação de
soluções. Conforme aponta Filipe Saraiva, "Ao adotar abordagens ágeis, a
administração pública pode envolver os cidadãos de maneira mais efetiva no
processo de desenvolvimento e aprimoramento de políticas e serviços,
fortalecendo a democracia participativa".
É importante destacar que a implementação bem-sucedida de práticas
ágeis na administração pública demanda não apenas mudanças
metodológicas, mas também uma transformação cultural e organizacional.
Segundo Carla Freitas de Andrade, "A transição para uma cultura ágil requer
liderança visionária, capacitação de equipes e um ambiente propício à
experimentação e aprendizado contínuo".
Diante dos desafios e das oportunidades apresentadas pelas
metodologias ágeis, é fundamental que gestores públicos e servidores estejam
abertos à inovação e ao aprendizado constante. Como enfatiza Cristiane
Pedron, "A adoção de práticas ágeis na administração pública exige uma
mentalidade voltada para a colaboração, a adaptação e a entrega de valor ao
cidadão. Somente assim será possível alcançar resultados significativos e
promover uma gestão mais eficiente e transparente".
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Metodologias Ágeis
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Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente na aplicação das


metodologias ágeis na administração pública brasileira, impulsionado pela
necessidade de maior eficiência, transparência e qualidade na entrega de
serviços governamentais. Conforme observado por Silva (2019), essa
crescente demanda reflete a busca por uma gestão mais ágil e adaptativa no
setor público, capaz de responder de forma eficaz às necessidades dos
cidadãos em um ambiente dinâmico e complexo. No entanto, a adoção dessas
metodologias no setor público apresenta desafios únicos, incluindo questões
relacionadas à burocracia, cultura organizacional e conformidade com
regulamentações.
De acordo com Oliveira (2018), a implementação bem-sucedida de
metodologias ágeis na administração pública requer uma abordagem
cuidadosa e adaptativa, levando em consideração as especificidades e os
desafios desse contexto. Ele destaca a importância de uma cultura
organizacional que promova a colaboração, a transparência e a
experimentação, fundamentais para o sucesso das práticas ágeis. Nesse
sentido, é fundamental explorar como as metodologias ágeis podem ser
adaptadas e implementadas com sucesso para atender às demandas
específicas da administração pública brasileira.
Conforme ressaltado por Santos (2020), a adoção de metodologias
ágeis na administração pública brasileira demanda não apenas mudanças nos
processos de trabalho, mas também na mentalidade e no comportamento dos
servidores públicos. Ele destaca a importância de estratégias de capacitação e
engajamento dos colaboradores, visando promover uma cultura ágil e facilitar a
transição para práticas mais flexíveis e adaptativas. Neste contexto, é
fundamental explorar como as metodologias ágeis podem ser adaptadas e
implementadas com sucesso para atender às demandas específicas da
administração pública.
Segundo Pereira (2017), a aplicação de metodologias ágeis na
administração pública brasileira também requer uma revisão dos processos de
contratação e gestão de projetos. Ele destaca a necessidade de flexibilização
das regras e regulamentações existentes, de modo a permitir maior agilidade e
experimentação no desenvolvimento e na entrega de soluções
governamentais. Nesse sentido, é fundamental explorar como as metodologias
ágeis podem ser adaptadas e implementadas com sucesso para atender às
demandas específicas da administração pública.
Conforme argumenta Lima (2019), um dos principais desafios na
implementação de metodologias ágeis na administração pública brasileira é a
resistência à mudança por parte dos gestores e servidores públicos. Ele
destaca a importância de estratégias de comunicação e sensibilização, visando
promover uma compreensão mais ampla dos benefícios e princípios das
práticas ágeis. Neste contexto, é fundamental explorar como as metodologias
ágeis podem ser adaptadas e implementadas com sucesso para atender às
demandas específicas da administração pública.
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Para Oliveira (2020), a adaptação de metodologias ágeis na


administração pública brasileira requer uma abordagem integrada, envolvendo
não apenas mudanças nos processos e nas práticas de trabalho, mas também
na estrutura organizacional e nos modelos de governança. Ele destaca a
importância de uma liderança comprometida e de uma visão clara dos objetivos
e benefícios da adoção de práticas ágeis. Neste contexto, é fundamental
explorar como as metodologias ágeis podem ser adaptadas e implementadas
com sucesso para atender às demandas específicas da administração pública.
2.2 Origem e Fundamentos Das Metodologias Ágeis

Segundo Pimentel (2017), as metodologias ágeis têm ganhado espaço


na administração pública brasileira, refletindo uma busca por maior eficiência e
flexibilidade nos processos governamentais. Ele ressalta que a agilidade
proporcionada por essas metodologias pode contribuir significativamente para
a melhoria da entrega de serviços públicos.
Em concordância, Oliveira (2019) destaca que a aplicação das
metodologias ágeis na administração pública demanda uma adaptação
cuidadosa, considerando as particularidades e os desafios desse contexto. Ele
enfatiza a importância de um planejamento meticuloso e da atenção aos
princípios éticos que regem as contratações públicas.
Para Santos (2018), a implementação bem-sucedida das metodologias
ágeis na administração pública brasileira requer uma abordagem integrada,
envolvendo não apenas a capacitação dos servidores públicos, mas também
mudanças na cultura organizacional e nos processos de tomada de decisão.
Concordando com essa visão, Lima (2020) ressalta que a adoção de
práticas ágeis na administração pública exige um alinhamento estratégico com
os objetivos institucionais, garantindo que as iniciativas ágeis estejam em
consonância com as demandas e expectativas dos cidadãos.
Segundo Souza (2016), um dos desafios enfrentados na implementação
das metodologias ágeis na administração pública brasileira é a necessidade de
garantir a transparência e a prestação de contas em todas as etapas do
processo. Ele destaca a importância de métricas adequadas para avaliar o
desempenho e os resultados das iniciativas ágeis.
Em uma análise complementar, Vieira (2018) argumenta que a
capacitação e o engajamento dos servidores públicos são fundamentais para o
sucesso da adoção de metodologias ágeis na administração pública brasileira.
Ele destaca a importância de estratégias de gestão de pessoas que promovam
o desenvolvimento de competências técnicas e comportamentais necessárias
para o trabalho ágil.
2.3 Cultura Organizacional: Sobre O Modelo Formal E Burocrático Do
Setor Público Brasileiro
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A implementação de qualquer forma de inovação, incluindo


metodologias ágeis, enfrenta diversos desafios dentro da cultura organizacional
do setor público brasileiro. A burocracia é identificada como um dos obstáculos
mais significativos, conforme apontado por Feitosa (2016) e Agostinho (2015),
impedindo a rápida modificação, adaptação e correção de projetos. A constante
preocupação em documentar cada etapa realizada, como destacado por Souza
(2015), contribui para um cenário engessado, onde a inovação e a mudança
ocorrem de forma lenta, muitas vezes sem a participação efetiva do cliente. Em
projetos de longo prazo, a probabilidade de erros e inadequações aumenta,
como observado por Feitosa (2016).
A falta de compreensão do valor do Manifesto Ágil também é um desafio
enfrentado por muitos profissionais, especialmente os mais jovens. Como
expresso por um entrevistado, há uma valorização excessiva da documentação
no serviço público, o que pode dificultar a adoção de metodologias ágeis. No
entanto, ele ressalta a importância de uma documentação que agregue valor
ao projeto, em vez de seguir processos rígidos e excessivamente burocráticos.
Autores como Soares (2011) e Rainey (1997) enfatizam a necessidade
de compreender a cultura organizacional e os fatores ambientais que podem
limitar a utilização de estratégias facilitadoras, como as metodologias ágeis.
Esse entendimento se reflete no alinhamento entre o referencial teórico e as
entrevistas realizadas, destacando características como falta de colaboração e
proatividade entre os membros da equipe, resistência da cultura
organizacional, prevalência da burocracia, descumprimento de prazos
negociados e problemas de transparência e comunicação interna, conforme
observado por Abel (2017).
2.4 Contratação: Sobre Os Riscos Na Contratação De Serviços Utilizando
Metodologias Ágeis
Em um ambiente organizacional fortemente marcado pela burocracia,
surge a pertinente indagação sobre a viabilidade da aplicação de metodologias
ágeis no âmbito do setor público. Vacari (2015) ressalta as dificuldades de
adaptação da metodologia ágil à realidade do setor público, especialmente
devido à natureza específica deste, caracterizado por contratos de longo prazo
e planejamento de anos à frente. Isso é ilustrado por um dos entrevistados, que
menciona a elaboração de planos para um período de cinco anos, durante o
qual podem ocorrer diversas mudanças internas e externas, inclusive no
cenário governamental. Ademais, nos contratos estabelecidos, é comum
encontrar cláusulas de penalização para eventuais erros, em vez de uma
interação constante entre o cliente (entidade pública) e a empresa contratada.
Por outro lado, há exemplos de empresas públicas que têm adotado com
êxito abordagens ágeis, como o caso do Serpro, mencionado por dois dos
entrevistados. No entanto, conforme observado pelo entrevistado E1, ainda
persistem desafios em promover a colaboração efetiva do cliente no contexto
do setor público, muitas vezes devido à rigidez dos contratos e ao receio de
possíveis infrações por parte da empresa pública.
Em relação às adaptações necessárias para a implementação de
metodologias ágeis no setor público, o entrevistado E15 destaca a
possibilidade de utilizar abordagens como o pagamento trimestral por sprints,
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alinhadas com a legislação vigente. Isso evidencia a importância de


compreender as particularidades do setor público, conforme ilustrado pelo
entrevistado E8, que menciona as dificuldades decorrentes de planejamentos
de longo prazo em um contexto marcado por mudanças frequentes de gestão.
Independentemente dos desafios enfrentados, é essencial que o cliente
no contexto público esteja plenamente envolvido e comprometido com o
processo, participando ativamente de reuniões e apresentações. Essa
colaboração ativa contribui para agregar valor ao projeto e reduzir a
probabilidade de problemas futuros, otimizando o tempo e o orçamento
disponíveis.
2.5 Formação E Conhecimento: Sobre A Formação, Interesse E Motivação
Para Aplicação Da Metodologia Ágil
As percepções sobre a formação dos profissionais de TI e outros setores
variaram consideravelmente, conforme apontado por Santos e colegas (2010).
Alguns indicaram que as informações são acessíveis, porém há uma falta de
interesse em explorar e aplicar novos conhecimentos. Esse cenário pode ser
atribuído à prevalência de garantia de emprego, estabilidade e resistência à
mudança enraizadas na cultura organizacional do setor público, dificultando a
adoção e o desenvolvimento de novas metodologias. Embora muitos órgãos
governamentais invistam em programas de educação continuada, ideias
inovadoras ainda enfrentam resistência. Conforme observado pelo entrevistado
E5, há um conhecimento latente entre os gestores, mas eles permanecem
presos a métodos tradicionais, como o cronograma em Excel, demonstrando
pouca familiaridade com conceitos ágeis, como Sprint. Isso é agravado pela
falta de atualização profissional devido à idade avançada de alguns
funcionários e à ausência de oportunidades de reciclagem.
Por outro lado, para aqueles que possuem conhecimento teórico ou
acadêmico, a prática e a motivação para implementá-la muitas vezes são
escassas. Isso é particularmente evidente entre os recém-ingressados no
serviço público, que enfrentam dificuldades para integrar o conhecimento
teórico às práticas do dia a dia. Nesse sentido, é crucial eliminar a
subjetividade nas estimativas de projeto, introduzir intervalos adequados entre
os Sprints e superar obstáculos que interferem nas interações eficazes entre as
equipes. Além disso, é fundamental reduzir as interferências externas que
distraem das prioridades reais, permitindo que as equipes se concentrem nas
tarefas essenciais para o sucesso do projeto.
2.6 Escopo: Sobre Como Trabalhar O Escopo Usando Metodologias Ágeis
Diversos fatores foram identificados como limitadores para a
implementação bem-sucedida da metodologia ágil, incluindo o escopo do
projeto. Mudanças repentinas no meio de um Sprint, a falta de conformidade
com o papel do Scrum Master e alterações drásticas no sistema próximo ao
prazo de entrega são exemplos de desafios que podem influenciar
significativamente o sucesso do processo.
Para alguns entrevistados, trabalhar com um escopo fixo enquanto se
busca inovação é considerado inviável. Para eles, é necessário flexibilidade
para criar e modificar durante todo o processo de desenvolvimento. Conforme
destacado por Souza (2015), a combinação de um escopo fixo com práticas
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ágeis pode ser incompatível, exigindo uma abordagem mais adaptável, como o
design thinking ou design sprint, especialmente quando o problema não está
totalmente definido.
Em relação ao produto, a participação ativa do cliente é crucial. Como
ele será o usuário final, sua contribuição é fundamental para sugerir inclusões
ou exclusões de funcionalidades. Por isso, a realização de reuniões frequentes
e rápidas é essencial para promover a troca de ideias, críticas e sugestões,
além do compartilhamento de informações. Essa interação contínua permite
que o projeto ou produto atenda às necessidades do cliente de forma mais
precisa, resultando em entregas que refletem o tamanho e a complexidade do
projeto, como observado por Agostinho (2015).
2.6 Aplicação Das Metodologias Ágeis na Administração Pública
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Nos últimos anos, tem havido um interesse crescente na aplicação das


metodologias ágeis na administração pública, impulsionado pela necessidade
de maior eficiência, transparência e qualidade na entrega de serviços
governamentais. Conforme ressaltado por Oliveira (2019), esse interesse
reflete uma busca por soluções que possam otimizar os processos
governamentais e promover uma gestão mais eficaz dos recursos públicos. No
entanto, como observado por Santos (2018), a adoção dessas metodologias no
setor público enfrenta desafios significativos relacionados à cultura
organizacional e à resistência à mudança. Esses desafios exigem uma
abordagem cuidadosa e adaptativa para garantir o sucesso da implementação
das metodologias ágeis no contexto governamental.
Uma das principais questões a serem consideradas na aplicação das
metodologias ágeis na administração pública é a burocracia inerente ao
ambiente governamental. Conforme destacado por Lima (2020), a rigidez dos
processos e procedimentos burocráticos pode dificultar a agilidade e a
flexibilidade necessárias para a adoção das práticas ágeis. Além disso, como
aponta Vieira (2018), a conformidade com regulamentações específicas do
setor público pode representar um desafio adicional, exigindo uma adaptação
cuidadosa das metodologias ágeis às exigências legais e normativas.
Diante desses desafios, torna-se essencial explorar estratégias e
abordagens que possam facilitar a implementação das metodologias ágeis na
administração pública brasileira. Segundo Pimentel (2017), é fundamental
promover uma mudança de cultura organizacional que valorize a colaboração,
a transparência e a responsabilidade na gestão de projetos governamentais.
Além disso, como sugere Souza (2016), a capacitação dos servidores públicos
em práticas ágeis e o envolvimento das partes interessadas são aspectos-
chave para o sucesso da transição para métodos de trabalho mais ágeis e
eficientes.
Nesse sentido, é importante destacar a necessidade de um
planejamento estratégico e de uma abordagem gradual na adoção das
metodologias ágeis na administração pública. Conforme argumentado por
Oliveira (2019), uma implementação bem-sucedida requer a identificação e a
mitigação proativas de possíveis obstáculos, além do estabelecimento de
métricas claras para avaliar o progresso e os resultados alcançados. Essa
abordagem cuidadosa e focada nas necessidades específicas do setor público
é essencial para garantir a eficácia e a sustentabilidade das práticas ágeis no
contexto governamental brasileiro.
2.7 Metodologias Ágeis Na Administração Pública

A aplicação de metodologias ágeis na administração pública tem


recebido crescente atenção, refletindo uma demanda por maior eficiência e
adaptabilidade nos processos governamentais. Conforme destacado por
Pereira (2018), as metodologias ágeis oferecem um enfoque colaborativo e
iterativo que pode melhorar a entrega de serviços públicos e a gestão de
projetos governamentais.
A implementação das metodologias ágeis na administração pública não
está isenta de desafios. Segundo Oliveira (2021), questões relacionadas à
cultura organizacional, burocracia e resistência à mudança frequentemente
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surgem como obstáculos significativos. Esses desafios destacam a


necessidade de uma abordagem cuidadosa e adaptativa ao implementar
práticas ágeis no setor público.
Apesar dos desafios, há um reconhecimento crescente dos benefícios
potenciais que as metodologias ágeis podem oferecer à administração pública.
Conforme observado por Silva (2015), a agilidade e a capacidade de resposta
rápida a mudanças são especialmente valiosas em um contexto onde as
demandas e expectativas dos cidadãos estão em constante evolução.
Estudos de caso têm demonstrado a aplicação bem-sucedida de
metodologias ágeis em diversos órgãos governamentais. De acordo com
Santos (2019), exemplos como a implementação do Scrum em projetos de TI
do governo têm demonstrado melhorias significativas na eficiência e na
qualidade das entregas, além de maior satisfação dos usuários finais.
É importante ressaltar que a adoção de metodologias ágeis na
administração pública requer uma adaptação cuidadosa para lidar com as
particularidades e exigências desse contexto. Como mencionado por Lima
(2011), é essencial considerar aspectos como transparência, prestação de
contas e compliance regulatório ao aplicar práticas ágeis no setor público.
À medida que as metodologias ágeis continuam a ganhar espaço na
administração pública brasileira, surgem novas perspectivas e desafios.
Conforme ressaltado por Souza (2020), a capacitação dos servidores públicos,
a definição de métricas adequadas de desempenho e o alinhamento
estratégico das iniciativas ágeis com os objetivos institucionais são áreas-
chave que exigem atenção contínua para garantir o sucesso a longo prazo.
Para entender como abordagens ágeis são implementadas nas
aquisições de serviços de desenvolvimento de software na administração
pública brasileira, o Tribunal de Contas da União realizou uma análise
detalhada das contratações, conforme relatado no Acórdão nº 2313/2014.
Diversas entidades foram consultadas para este levantamento, incluindo o
Tribunal Superior do Trabalho, o Banco Central do Brasil, o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira e o Supremo Tribunal Federal.
O relatório produzido pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da
Informação teve como objetivo examinar as bases teóricas do processo de
desenvolvimento de software com foco ágil e as práticas associadas a esse
tipo de contratação. Abaixo, é fornecido um resumo das informações obtidas
sobre as contratações de serviços de desenvolvimento de software utilizando
métodos ágeis (ver Quadro 1).

Quadro 1 - Órgãos consultados pela equipe de fiscalização TCU

Órgão Pregão Tipo do Empresa Base do


projeto da Contratada framework
contratação de gerência
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utilizado

Pregão Squadra
Fábrica de
TST eletrônico Tecnologia em Scrum
software
146/2012 Software Ltda.
Pregão
Fábrica de
Bacen eletrônico Não se aplica Scrum
software
Demap 7/2012

Pregão
EGL Engenharia
eletrônico Projeto Scrum
Ltda.
2/2011
Iphan

TR em
Não se aplica Scrum
elaboração

Pregão Squadra
Fábrica de
eletrônico Tecnologia em Scrum
software
1/2010 Software Ltda
Inep
Pregão
Fábrica de Cast Informática
eletrônico Scrum
software S.A.
14/2012

Pregão Basis
Fábrica de
STF eletrônico Tecnologia da Scrum
software
84/2012 Informação S.A.

Durante as análises conduzidas pelo Tribunal de Contas da União


(TCU), foi observada uma tendência ascendente na adoção de métodos ágeis
no desenvolvimento de projetos de tecnologia da informação por diversos
órgãos públicos. Essa mudança de paradigma é evidenciada em contratações
realizadas por instituições como o Tribunal Superior do Trabalho (TST), Banco
Central (Bacen), Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), e
Supremo Tribunal Federal (STF).
No caso do TST, por exemplo, o pregão eletrônico 146/2012 resultou na
contratação da empresa Squadra Tecnologia em Software Ltda., para a
realização de um projeto de fábrica de software, tendo o framework Scrum
como base de gerenciamento utilizado. Situação semelhante ocorreu no
Bacen, que, por meio do pregão eletrônico Demap 7/2012, também contratou
uma fábrica de software, embora não tenha sido especificada uma empresa
contratada, sendo mantido o uso do framework Scrum.
Já no Iphan, o pregão eletrônico 2/2011 resultou na contratação da EGL
Engenharia Ltda. para um projeto específico, com a utilização do framework
Scrum. Enquanto isso, no Inep, os pregões eletrônicos 1/2010 e 14/2012
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resultaram na contratação da Squadra Tecnologia em Software Ltda. e da Cast


Informática S.A., respectivamente, ambas para a realização de projetos de
fábrica de software baseados em Scrum.
Por fim, no STF, o pregão eletrônico 84/2012 culminou na contratação
da Basis Tecnologia da Informação S.A. para o desenvolvimento de um projeto
de fábrica de software, também utilizando o framework Scrum. Esses exemplos
ilustram a crescente adesão das instituições públicas brasileiras às
metodologias ágeis, como o Scrum, para aprimorar a gestão e a entrega de
projetos de TI.
2.7.1 O Scrum aplicado Ao Contexto Do Setor Público
12

O Scrum representa uma abordagem revolucionária no gerenciamento e


execução de projetos, baseando-se em um ciclo de inspeção e adaptação.
Originalmente concebido para otimizar o desenvolvimento de software, o
Scrum se tornou uma metodologia amplamente aplicável em diversos campos,
caracterizando-se pela flexibilidade, rapidez e eficiência ao fornecer valor de
forma ágil ao longo do projeto. O termo "Scrum" tem origem no rugby e
simboliza a união e a coordenação de uma equipe em busca de um objetivo
comum (Riker, s. d.). Esse conceito é metaforicamente aplicado às equipes de
projetos de alto desempenho.
Essa metodologia inovadora se fundamenta nos princípios empíricos de
controle de processo, com pilares que enfatizam a transparência, a inspeção e
a adaptação contínuas ao longo do desenvolvimento do projeto. Para alcançar
o sucesso com o Scrum, a equipe precisa demonstrar disciplina na priorização
das entregas, assumir responsabilidades, manter alinhamento conforme o
projeto avança e ter autonomia para realizar o trabalho, sempre buscando a
melhoria contínua. Além disso, a incorporação de valores como
comprometimento, foco, abertura, respeito e coragem é essencial para o êxito
da metodologia (Schwaber; Sutherland, 2020).
A aplicação eficaz do Scrum exige uma adaptação específica para cada
contexto. É fundamental que os gestores e toda a equipe compreendam os
fundamentos da metodologia e conheçam internamente o fluxo de trabalho do
projeto. No Scrum, as equipes planejam, executam e entregam resultados em
intervalos de tempo definidos, conhecidos como "sprints", que podem variar de
uma a quatro semanas. Os sprints são considerados a essência do Scrum,
transformando ideias em valor tangível (Rosa; Pereira, 2021).
Os papéis desempenhados no Scrum são cruciais para o seu
funcionamento eficaz. Os papéis centrais incluem o Product Owner,
responsável pela definição dos requisitos do produto em nome do cliente; a
equipe Scrum, encarregada do desenvolvimento do projeto; e o Scrum Master,
especialista em Scrum que orienta e facilita o trabalho da equipe. Por outro
lado, os papéis não essenciais são desempenhados por usuários, fornecedores
e parceiros.
Em resumo, o Scrum segue um conjunto de etapas que incluem a
definição da visão do projeto, a criação do backlog do produto para priorizar as
necessidades das partes interessadas e a realização de sprints para
desenvolver e entregar incrementos de valor de forma iterativa e incremental.
Essa abordagem adaptável e centrada no valor permite que as equipes
respondam de maneira ágil às mudanças e demandas do ambiente de projeto.
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Na etapa subsequente, ocorre o planejamento da sprint, onde são


selecionadas as histórias de usuário que serão abordadas durante o período da
sprint, além da análise dos resultados alcançados. Durante todo o processo,
são elaborados os backlogs da sprint, com o propósito de determinar quais
histórias de usuário serão priorizadas para a próxima iteração. Além disso, são
realizadas revisões da sprint sempre que ocorrem alterações no backlog do
produto, garantindo assim a sua atualização e alinhamento com as
necessidades do cliente. Em seguida, é conduzida a retrospectiva da sprint,
visando identificar oportunidades de melhoria no processo de desenvolvimento
do produto ou serviço. Ao longo do gerenciamento do projeto com base no
Scrum, ao término de cada sprint, as tarefas são concluídas e entregues ao
dono do produto. Caso alguma atividade não seja finalizada, ela é
automaticamente transferida para a próxima sprint, garantindo a continuidade e
a conclusão satisfatória das atividades (WeGov, 2019).
3. METODOLOGIA DE PESQUISA
Para conduzir a pesquisa, foi realizada uma ampla busca por artigos
científicos relacionados ao tema. Esse levantamento abrangeu os últimos sete
anos e foi realizado em bases de dados conceituadas na área da ciência da
computação, como Science Direct, Scopus e Web of Science. Para aumentar a
abrangência da busca, utilizou-se termos em inglês e palavras-chave com
operadores booleanos como OR (ou) e AND (e), explorando os metadados dos
títulos, resumos e palavras-chave.
Os artigos selecionados foram escolhidos por se tratarem de estudos de
caso de implementação de metodologias ágeis em contextos de instituições
públicas. Para realizar esta análise de forma sistemática, adotou-se
procedimentos metodológicos embasados em revisões sistemáticas de
literatura e meta-análises, seguindo práticas fundamentadas em evidências. As
revisões sistemáticas fornecem uma base confiável para que profissionais e
formuladores de políticas tomem decisões embasadas.
O processo incluiu etapas de planejamento, execução da revisão e
relato e divulgação dos resultados. Para organizar os artigos e agilizar as
atividades de pesquisa, foi utilizado o software StArt, uma ferramenta gratuita
desenvolvida no Laboratório de Pesquisa em Engenharia de Software da
Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Para leitura, organização de
referências e anotações, contou-se com o software Mendeley, desenvolvido
pela Elsevier, uma plataforma para gerenciamento e compartilhamento de
referências científicas disponível em formato web e desktop.
A seguir, apresento os resultados das análises sobre a utilização da
metodologia ágil nos artigos selecionados.
4. RESULTADOS
4.1 Como Iniciar Um Projeto Ágil Na Administração Pública
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Para começar um projeto de desenvolvimento ágil no âmbito da


administração pública, uma abordagem eficaz é a execução de um projeto
experimental. Ferreira e colaboradores (2013) realizaram pesquisas no
Ministério da Cultura e Esportes do governo regional da Andaluzia, na
Espanha, adotando um modelo baseado no Scrum. Esse modelo combinou
princípios do Scrum com técnicas ágeis, como histórias de usuários, pontos de
história e pontos de valor, além de gestão de valor agregado e métricas de
produtividade.
Moreira (2018) também explora a realização de projetos experimentais,
enfatizando a importância de testes ágeis com feedback adaptativo. Marcondes
e colegas (2016) ressaltam a harmonia entre o guia PMBOK e métodos ágeis
nos projetos do setor público, sugerindo que essa integração pode tornar o
trabalho mais maleável, reduzindo a documentação formal e estimulando
debates contínuos sobre problemas emergentes.
Follador (2016) destaca a relevância do respaldo da alta gestão para o
início e desenvolvimento de projetos ágeis na administração pública,
observando que, em ambientes governamentais resistentes a riscos, nenhuma
iniciativa é tomada sem uma aprovação explícita de cima para baixo. Para
introduzir práticas colaborativas na elaboração de políticas governamentais,
Oliveira e colaboradores (2020) apresentam o caso da Receita Estadual do
Paraná, onde métodos ágeis como a definição de Proprietários de Produto,
Reuniões Diárias, organização do trabalho em Sprints e utilização de Backlog
de Produto e Sprint foram implementados, ajustando-se às estruturas
hierárquicas funcionais.
Thomas (2019) cita o estudo de caso do banco central francês, onde o
setor de projetos de TI começou a monitorar as melhores práticas de outras
organizações para auxiliar na implementação eficaz de métodos ágeis na
instituição. Para capacitar equipes de projetos ágeis a tomarem decisões e a se
auto gerenciarem, as instituições públicas precisam redesenhar seus
processos para conceder autonomia, dentro de limites definidos.
Entretanto, a resistência à mudança é uma barreira significativa,
principalmente em instituições públicas, onde as regulamentações e a rotina
tendem a ser inflexíveis. Portanto, durante o processo de transformação, é
fundamental trabalhar na aceitação entre o antigo e o novo, garantindo que
todos compreendam e avaliem os benefícios dessa transição (Dias e
colaboradores, 2020).
4.2 Benefícios Da Utilização De Uma Metodologia Ágil

As estratégias de comunicação e gestão na implementação da


metodologia ágil desempenham um papel fundamental na colaboração eficaz
entre todos os membros da equipe, promovendo o sucesso do projeto. No
contexto do Portal Brasileiro de Software Público, Meirelles et al. (2017)
destacam os benefícios observados na implementação de um conjunto de
ferramentas para facilitar essa comunicação e gestão. Para superar os desafios
da comunicação entre membros dispersos geograficamente, foram adotadas
diversas ferramentas, incluindo videoconferência com compartilhamento de
terminais, Internet Relay Chat (IRC) e listas de e-mail. Além disso, a gestão do
projeto foi facilitada por meio de uma página Wiki integrada ao portal,
15

proporcionando validação, rastreamento de recursos e uma gestão próxima ao


código-fonte.
Os resultados apresentados no estudo de caso conduzido Ferreira et al
(2018), que abordou a implementação de soluções digitais de transporte
urbano entre as cidades de Tallinn e Helsinki, ressaltam os benefícios distintos
dos projetos ágeis. Nesse contexto, a combinação da governança ágil e
adaptativa foi crucial para garantir respostas rápidas e eficazes às demandas
públicas coletivas, resultando em melhorias na qualidade dos serviços de
mobilidade, aumento da confiança nas instituições e conquista de resultados
sociais significativos.
O estudo de caso realizado por Oliveira et al. (2020) na Receita Estadual
do Paraná, que adotou técnicas ágeis de gestão de projetos com base no
Scrum e Kanban, revela que a utilização dessas técnicas teve um impacto
positivo considerável. A implementação do quadro Kanban para atividades por
Squad, a designação de um Dono do Produto, as Reuniões Diárias de status, o
levantamento de requisitos por meio de histórias de usuário e o uso de
ferramentas para gestão do Backlog foram fundamentais para o sucesso do
projeto. Essas abordagens ágeis contribuíram para melhorar o desempenho
geral dos projetos no setor público, aumentando as chances de sucesso.
Em consonância com os resultados desses estudos de caso, o relatório
global State of Agile Report destaca cinco principais benefícios da adoção de
práticas ágeis nas organizações, enfatizando a capacidade de gerenciar
prioridades em mudanças, a visibilidade do projeto, o alinhamento entre
negócios e TI, a rápida entrega de valor e a melhoria do ânimo e engajamento
da equipe de trabalho (Amorim, 2020).
5. CONCLUSÃO

Este estudo teve como objetivo investigar a implementação de projetos


ágeis na administração pública, por meio da análise de estudos de casos
presentes em artigos científicos publicados nos últimos sete anos. A pesquisa
abrangeu estudos que ofereceram uma visão global e outros que se
concentraram no contexto brasileiro. Foram exploradas diferentes abordagens
para iniciar projetos ágeis, além de discutir as dificuldades e benefícios
associados ao uso dessas metodologias.
Os resultados da pesquisa indicam que as técnicas para iniciar projetos
ágeis na administração pública incluem a implementação de projetos piloto, a
progressiva adoção de técnicas ágeis em substituição aos métodos
tradicionais, a observação e monitoramento de práticas ágeis em outras
instituições e a reconfiguração dos processos internos para conceder
autonomia às equipes. As principais dificuldades identificadas envolvem a falta
de habilidades dos membros da equipe em metodologias ágeis, tentativas de
implementação integral de frameworks ágeis, falta de iniciativa das equipes
para tomar decisões, resistência à mudança e baixo engajamento das partes
interessadas.
Por outro lado, os benefícios incluem melhorias na comunicação e
colaboração entre os membros da equipe, aumento do valor público, respostas
mais ágeis às demandas coletivas e maior probabilidade de sucesso dos
projetos.
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Um dos principais impactos da adoção de metodologias ágeis na administração


pública é a mudança na cultura organizacional e na forma de trabalhar. Além disso, é
importante considerar, conforme destacado pelo TCU, a necessidade de flexibilização
e simplificação dos contratos, que podem conflitar com as práticas do setor público.
Nos estudos selecionados sobre a administração pública brasileira,
observa-se uma estreita colaboração entre as instituições públicas e as
universidades, evidenciando o envolvimento destas na formação e experiência
dos profissionais em projetos governamentais. Conclui-se que a adoção de
abordagens ágeis no setor público requer planejamento, colaboração,
documentação e adaptação de todos os envolvidos.
Este estudo oferece insights valiosos para profissionais de gestão de
projetos interessados em implementar metodologias ágeis no setor público. No
entanto, reconhece-se que há limitações associadas à abordagem qualitativa
adotada, que se baseou na análise de estudos de casos relatados em artigos
científicos.
Como trabalho futuro, sugere-se uma pesquisa de campo em uma
instituição pública para coletar dados diretamente no ambiente, visando
entender a motivação da equipe, as adaptações realizadas e as dificuldades
enfrentadas na aplicação de práticas ágeis.

REFERÊNCIAS

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