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RESUMO

Qual é a diferença entre análise de pontos de função e ponto de função?


Análise de Pontos de Função é uma técnica, enquanto o ponto de função é o resultado da aplicação dessa técnica.
O que mede a métrica de ponto de função? SOB A PERSPECTIVA DE QUEM?
Ele mede o tamanho funcional de um software sob o ponto de vista do usuário – o que ele faz e, não, como ele faz.
A apf é dependente de alguma tecnologia específica?
Não, ela é completamente independente de tecnologia, plataforma, linguagem de programação, etc.
A apf mede diretamente o esforço, produtividade ou custo de um software?
Não, mas é possível correlacionar essas variáveis à métrica de pontos de função.

PRINCIPAIS BENEFÍCIOS
Funciona como uma ferramenta para determinar o tamanho de um pacote adquirido, através da contagem de
todas as funções incluídas (pode auxiliar no momento da venda de um sistema de software) e suporta a análise de
produtividade e qualidade em conjunto com outras métricas como esforço, defeitos e custo.

Provê auxílio aos usuários na determinação dos benefícios de um pacote para sua organização, através da
contagem das funções que especificamente correspondem aos seus requisitos. Ao avaliar o custo do pacote, o
tamanho das funções que serão utilizadas, a produtividade e o custo da própria equipe, é possível analisar se vale
a pena comprar ou fabricar.
Apoia o gerenciamento de escopo de projetos. Um desafio de todo gerente de projetos é controlar o aumento do
escopo. Ao realizar estimativas e medições em cada fase do seu ciclo de vida, é possível determinar se os
requisitos funcionais cresceram ou diminuíram; e se esta variação corresponde a novos requisitos ou aos
existentes e que foram apenas mais detalhados.
Complementa o gerenciamento dos requisitos auxiliando na verificação da solidez e completeza dos requisitos
especificados. O processo de contagem favorece uma análise sistemática e estruturada da especificação de
requisitos e traz benefícios semelhantes ao de uma revisão em pares – basta lembrar que a contagem é baseada
em requisitos do usuário.
Um meio de estimar custo e recursos para o desenvolvimento e manutenção de software. Através da realização
de uma contagem ou estimativa de pontos de função no início do ciclo de vida de um projeto, é possível determinar
seu tamanho funcional. Esta medida pode ser então utilizada como entrada para diversos modelos de estimativa
de esforço, prazo e custo.
Uma ferramenta para fundamentar a negociação de contratos. Pode-se utilizar pontos de função para gerar
diversos indicadores de níveis de serviço em contratos de desenvolvimento e manutenção de sistemas. Além disso,
permite o estabelecimento de contratos a preço unitário, onde a unidade representa um bem tangível para o
cliente – reduzindo riscos.
Um fator de normalização para comparação de software ou para a comparação da produtividade na utilização
de diferentes técnicas. Diversas organizações, como o ISBSG, disponibilizam um imenso repositório de dados de
projetos de software que permitem a realização de benchmarking com projetos similares do mercado e uma boa
base de comparação.

COMPONENTES

05747650939 - Anderson Machado


▪ Funções do Tipo Dado: representam requisitos de armazenamento do usuário. Galera, quando
vocês virem um ícone em formato de cilindro, provavelmente está representando algum
mecanismo de armazenamento de dados. O termo arquivo aqui não significa arquivo físico ou
tabela. Nesse caso, arquivo se refere a um grupo de dados logicamente relacionados e não à
implementação física destes grupos de dados.

o ALI – Arquivo Lógico Interno


o AIE – Arquivo de Interface Externa

▪ Funções do Tipo Transação: representam requisitos de processamento do usuário. Galera,


quando vocês virem uma seta, provavelmente está representando uma transação. Em outras
palavras, uma transação trata de um processamento de criação, modificação ou exclusão de
dados que estão armazenados em um arquivo lógico interno ou em um arquivo de interface
externa.

o EE – Entrada Externa
o CE – Consulta Externa
o SE – Saída Externa

Trata-se de um grupo de dados ou informações de controle logicamente


relacionados, reconhecidos pelo usuário, mantidos dentro da fronteira da aplicação.
ARQUIVO LÓGICO INTERNO Sua função é armazenar dados mantidos dentro da fronteira da aplicação. O Arquivo
(ALI) Lógico Interno contribui para o cálculo de pontos de função com base na quantidade
e complexidade funcional relativa.

Dados da aplicação (arquivos mestres, como cadastro de clientes); arquivos de dados


EXEMPLO DE ARQUIVO LÓGICO de segurança da aplicação; arquivos de dados de auditoria; arquivos de mensagem
de auxílio; arquivos de mensagens de erro; arquivo de cópia de segurança (só se para
INTERNO (ALI) atender requisitos da aplicação; arquivo que sofra manutenção por mais de uma
aplicação.
NÃO EXEMPLO DE ARQUIVO Arquivos temporários; arquivos de trabalho; arquivos de classificação; arquivos de
LÓGICO INTERNO (ALI) cópia de segurança (backup); arquivos introduzidos somente por causa da tecnologia

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usada (Ex: arquivos de parâmetro para um software WFL, JCL, etc); operações de
junção e projeção; arquivos de índices alternativos.

Trata-se de um grupo de dados ou informações de controle logicamente


relacionados, reconhecidos pelo usuário, mantidos dentro da fronteira de outra
ARQUIVO de interface aplicação (externa) – os dados são armazenados fora da fronteira da aplicação. Sua
externa (aie) principal intenção é a de armazenar dados referenciados da aplicação sendo
contada. Dessa forma, um arquivo de interface externa de uma aplicação sempre
será contado como um arquivo lógico interno de outra aplicação.

Arquivos de mensagens de auxílio; arquivos de mensagens de erro.


EXEMPLO DE ARQUIVO de
interface externa (AIE)

Dados recebidos de outra aplicação usados para adicionar, alterar ou remover dados
Não EXEMPLO DE ARQUIVO de em um ALI; dados cuja manutenção é feita pela aplicação que está sendo avaliada,
interface externa (AIE) mas que são acessados e utilizados por outra aplicação; dados formatados e
processados para uso por outra aplicação.

Trata-se de um processo elementar que processa dados ou informações de controle


recebidos de fora da fronteira da aplicação e cujo objetivo é manter um ou mais
ENTRADA EXTERNA arquivos lógicos internos e/ou alterar o comportamento do sistema. Uma EE provoca
(EE) uma inclusão, exclusão e/ou alteração nos dados do arquivo lógico interno. Cada EE
se origina de um usuário ou é transmitida de outra aplicação e fornece dados
distintos orientados à aplicação ou informação de controle.

EXEMPLO DE ENTRADA Operações de inclusões e alterações de registros em arquivos da aplicação, janelas


EXTERNA (ee) que permitem adicionar, excluir e alterar registros em arquivos de dados.
Não EXEMPLO DE ENTRADA Menus, telas de login, telas de filtro de relatórios e consultas, múltiplos métodos de
EXTERNA (ee) se executar uma mesma lógica de entrada, entre outros.

Saída externa Entrada externa Consulta externa


SEMPRE ALTERA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA PODE ALTERAR O COMPORTAMENTO DO SISTEMA NUNCA ALTERA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA

Trata-se do processo elementar que envia dados ou informações de controle para


fora da fronteira da aplicação. Seu objetivo é exibir informações recuperadas através
Saída EXTERNA de processamento lógico que envolva cálculos ou criação de dados derivados e não
(sE) apenas uma simples recuperação de dados. Uma saída externa pode manter um
arquivo lógico interno e/ou alterar o comportamento do sistema.

EXEMPLO DE saída Dados transferidos para outra aplicação; relatórios; relatórios online; formatos
gráficos; gerador de relatórios.
EXTERNA (se)

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Não EXEMPLO DE saída Telas de ajuda; literais; data, hora, controles de paginação, etc; relatórios múltiplos
com a mesma lógica e formato; relatórios criados pelo usuário de forma dinâmica
EXTERNA (se) pelo usuário usando uma linguagem como SQL.

Saída externa Entrada externa Consulta externa


SEMPRE ALTERA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA PODE ALTERAR O COMPORTAMENTO DO SISTEMA NUNCA ALTERA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA

Trata-se do processo elementar que envia dados ou informações de controle para


fora da fronteira da aplicação. Seu objetivo é apresentar informação o usuário por
consulta EXTERNA meio de uma simples recuperação de dados de um arquivo lógico interno ou arquivo
(cE) de interface externa. A lógica de processamento não deve conter cálculo
matemático, criar dados derivados, atualizar nenhum arquivo lógico interno e/ou
alterar o comportamento do sistema.

EXEMPLO DE Telas de logon, telas de help, telas de alteração/remoção que mostram o que será
alterado ou removido antes de sua efetivação; tela de menus que permitem informar
CONSULTA EXTERNA (CE) parâmetros para a consulta na tela escolhida.

Não EXEMPLO DE Dados derivados; documentação online; sistema de teste; sistemas tutoriais;
relatórios e consultas (c/ cálculo).
CONSULTA EXTERNA (Ce)

Saída externa Entrada externa Consulta externa


SEMPRE ALTERA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA PODE ALTERAR O COMPORTAMENTO DO SISTEMA NUNCA ALTERA O COMPORTAMENTO DO SISTEMA

Determinar Calcular Pontos Calcular Pontos


Determinar o Tipo Calcular Fator de
Escopo e de Função Não- de Função
de Contagem Ajuste
Fronteira ajustados Ajustados

MEDIR FUNÇÕES
DE DADOS
REUNIR A
DETERMINAR ESCOPO E
FRONTEIRA DA CONTAGEM,
CALCULAR DOCUMENTAR
DOCUMENTAÇÃO IDENTIFICANDO REQUISITOS TAMANHO
FUNCIONAIS DO USUÁRIO
FUNCIONAL E REPORTAR
MEDIR FUNÇÕES
DE TRANSAÇÕES

FASES – IFPUG 4.2 (2005) FASES – IFPUG 4.3 (2010)


– Reunir a documentação
Determinar o tipo de contagem Determinar escopo e fronteira da contagem, identificando
Determinar o escopo e fronteira requisitos funcionais do usuário
Calcular pontos de função não ajustados Medir funções de dados/transações
Calcular fator de ajuste
Calcular tamanho funcional
Calcular pontos de função ajustados
– Documentar e reportar

TIPO DE CONTAGEM DESCRIÇÃO

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Mede a funcionalidade fornecida aos usuários finais do software quando da primeira
instalação entregue quando o projeto estiver pronto. Esta contagem também abrange as
PROJETO DE funções de conversão de dados que serão precisas para a implantação do software. Como
DESENVOLVIMENTO exemplo de função de conversão de dados pode-se citar a necessidade de importar dados
de um sistema antigo para o sistema em implantação.

Mede as modificações realizadas para aplicações existentes, isto é, funções adicionais –


modificadas ou excluídas do sistema pelo projeto e as funções de conversão de dados.
PROJETO DE Após a conclusão e implantação do projeto de manutenção, o número de pontos de
MANUTENÇÃO/MELHORIA função da aplicação deve ser atualizado para refletir as mudanças nas funcionalidades da
aplicação. As manutenções podem ser somente evolutivas e, não, corretivas e
preventivas.
Mede uma aplicação instalada e em pleno funcionamento. É também referenciada como
contagem de baseline ou contagem instalada e avalia as funcionalidades correntes
PROJETO DE providas aos usuários finais da aplicação. Ela não é estimativa, é bastante precisa, na
APLICAÇÃO/PRODUÇÃO medida em que o aplicativo já está pronto e em funcionamento. Ela é iniciada ao final da
contagem do projeto de desenvolvimento e atualizado no final do projeto de melhoria.

Complexidade funcional
Funções de dados e transação
Baixa Média alta
Consulta externa (ce) 3 4 6
Entrada externa (ee) 3 4 6
Saída externa (se) 4 5 7
Arquivo de interface externa (aie) 5 7 10
Arquivo lógica interna (ali) 7 10 15

14 CARACTERÍSTICA GERAIS DO SISTEMA (CGS)


01 – COMUNICAÇÃO DE DADOS 08 – ATUALIZAÇÃO ONLINE
02 – PROCESSAMENTO DISTRIBUÍDO 09 – PROCESSAMENTO COMPLEXO
03 – PERFORMANCE 10 – REUSABILIDADE
04 – CONFIGURAÇÃO DO EQUIPAMENTO 11 – FACILIDADE DE IMPLANTAÇÃO
05 – VOLUME DE TRANSAÇÕES 12 – FACILIDADE OPERACIONAL
06 – ENTRADA DE DADOS ONLINE 13 – MÚLTIPLOS LOCAIS
07 – INTERFACE COM O USUÁRIO 14 – FACILIDADE DE MUDANÇAS

CARACTERÍSTICA DESCRIÇÃO
Descreve o grau pelo qual a aplicação comunica-se diretamente com o processador. Os dados
COMUNICAÇÃO DE ou informações de controle utilizados pela aplicação são enviados ou recebidos por meio de
DADOS recursos de comunicação.

Descreve o grau pelo qual a aplicação transfere dados entre seus componentes.
PROCESSAMENTO
DISTRIBUÍDO

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Descreve o grau pelo qual considerações de tempo de resposta e performance de throughput
influenciam o desenvolvimento da aplicação. Os objetivos estabelecidos ou aprovados pelo
PERFORMANCE
usuário, em termos de tempo de resposta ou taxa de transações, influenciam o projeto,
desenvolvimento, instalação e suporte da aplicação.
Descreve o grau pelo qual as restrições de recursos computacionais influenciam o
desenvolvimento da aplicação. Uma configuração operacional altamente utilizada,
CONFIGURAÇÃO DO
necessitando de considerações especiais de projeto, é uma característica da aplicação. Exemplo:
EQUIPAMENTO usuário deseja executar a aplicação em um equipamento já existente e que será altamente
utilizado.
Descreve em que nível o alto volume de transações de negócio influencia o projeto,
VOLUME DE desenvolvimento, instalação e suporte da aplicação.
TRANSAÇÕES

Descreve o grau pelo qual dados são informados pela execução de transações interativas.
ENTRADA DE
DADOS ONLINE

Descreve em que nível considerações sobre fatores humanos e facilidade de uso pelo usuário
INTERFACE COM O final influenciam o desenvolvimento da aplicação. As funções interativas fornecidas pela
USUÁRIO aplicação enfatizam um projeto para o aumento da eficiência do usuário final.

Descreve o grau pelo qual arquivos lógicos internos são atualizados de forma on-line.
ATUALIZAÇÃO
ONLINE

Descreve em que nível o processamento lógico ou matemático influencia o desenvolvimento da


PROCESSAMENTO aplicação.
COMPLEXO

Descreve em que nível a aplicação e seu código foram especificamente projetados,


desenvolvidos e suportados para serem utilizados em outras aplicações.
REUSABILIDADE

Descreve em que nível a conversão de ambientes preexistentes influencia o desenvolvimento da


FACILIDADE DE aplicação. Um plano e/ou ferramentas de conversão e instalação foram fornecidos e testados
IMPLANTAÇÃO durante a fase de teste do sistema.

Descreve em que nível a aplicação atende a alguns aspectos operacionais, como: inicialização,
FACILIDADE segurança e recuperação. A aplicação minimiza a necessidade de atividades manuais, como
OPERACIONAL montagem de fitas, manipulação de papel e intervenção manual pelo operador.

Descreve em que nível a aplicação foi especificamente projetada, desenvolvida e suportada para
MÚLTIPLOS diferentes ambientes de hardware e software.
LOCAIS

Descreve em que nível a aplicação foi especificamente desenvolvida para facilitar a mudança de
FACILIDADE DE sua lógica de processamento ou estrutura de dados.
MUDANÇAS

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VFA = (SNI x 0,01) + 0,65
PFA = PFNA x VFA
TIPO DE CONTAGEM (NESMA) DESCRIÇÃO
Oferece um cálculo estimado da quantidade de pontos de função, sem a necessidade
de se conhecer em detalhes o modelo de negócios da organização. É geralmente
utilizada na fase inicial da proposta de desenvolvimento, quando há só um modelo
Contagem indicativa
preliminar de dados. Os elementos utilizados para a contagem indicativa são apenas
e tão somente os arquivos lógicos internos e os arquivos de interface externa.

A Contagem Estimativa pode ser utilizada em sistemas quando não existe uma
precisão do nível de complexidade das funções existentes. Ela determina que todos os
tipos de dados possuem complexidade baixa e que todos os tipos de transação
Contagem estimativa
possuem complexidade média – trata-se de um tipo de contagem rápida, porém ainda
não tão precisa. Os elementos utilizados para a contagem estimativa são todas as
funções: ALI, AIE, EE, CE e SE.
A Contagem Detalhada é basicamente semelhante à contagem do IFPUG. Logo, ela
fornece a quantidade de pontos de função do sistema, obtido a partir do grau de
complexidade das funções levantadas. Pode ser utilizada em qualquer fase de
Contagem detalhada desenvolvimento, desde que se possua detalhes do processo e do modelo de dados,
como descrição de telas e relatórios ou um protótipo do sistema.

PARA MAIS DICAS: www.instagram.com/professordiegocarvalho

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