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Introdução ao
Crystal Reports
Como é sabido e geralmente aceite por todos nós, vivemos um período onde a
complexidade dos negócios é cada vez maior, tal como o prova a intensificação da
concorrência, os baixos ciclos de vida dos produtos, o aparecimento e
desaparecimento de um grande número de empresas em curtos espaços de tempo,
entre muitos outros factores possíveis de serem comprovados empiricamente.
Se, tal como foi dito no início do capítulo, as empresas tendem a tornar-se mais
complexas, então muito certamente o fluxo de dados/informação que tende a girar
sobre as mesmas será, por conseguinte, também mais complexo. Desta forma,
evidencia-se importante e urgente a existência de tecnologias capazes de
trabalharem esses dados/informação possibilitando, aos seus decisores, a
capacidade de tomar as melhores decisões no mais curto espaço de tempo
possível.
À data deste livro o Crystal (nome pelo qual será referida a aplicação ao longo
deste livro) encontra-se na versão 9 e, segundo a Crystal Decisions, é a ferramenta
mais utilizada no mundo para a construção de relatórios. Para este sucesso, em
muito tem contribuído as parcerias estabelecidas entre a Crystal Decisions e outros
fabricantes de software, tais como a Microsoft, SAP, PeopleSoft, Oracle, BAAN,
entre outras.
Da mesma forma foi anunciado recentemente (novamente, à data deste livro) que
a Crystal Decisions e a SAP tinham chegado a acordo quanto à distribuição de
uma versão da aplicação Crystal Enterprise - Crystal Enterprise SAP Edition -,
juntamente com o componente de data warehouse da solução mySAP Business
Intelligence (SAP BI), o SAP Business Information Warehouse 3.0b (SAP BW).
Note-se que o Crystal Enterprise, apesar de ser uma solução independente da
solução Crystal Reports, utiliza esta última para a construção de relatórios.
Algo que o leitor deverá de ter em conta é que o Crystal existe sobre a forma de
quatro distribuições, cada uma delas indicada especialmente para um determinado
tipo de utilização e de pessoas, a saber:
• Standard: para profissionais mais ligados à área da gestão que, não
possuindo muitos conhecimentos a nível técnico, procuram, porém, obter
Neste livro, usar-se-á como base para a maioria dos exemplos e exercícios aqui
tratados a distribuição Advanced da versão 9. Desta forma pretende-se responder
às necessidades de todo o tipo de utilizadores da aplicação, tendo ainda em vista
as novas funcionalidades apresentadas pela última versão do produto. Porém,
teremos ainda o cuidado de guiar tanto quanto possível os utilizadores de versões
anteriores, de forma a que também eles possam tirar proveito deste livro. Para tal,
sempre que se mostre necessário, será mencionada a existência ou inexistência de
uma determinada funcionalidade face às diferentes versões do Crystal Reports.
Em termos genéricos, a compatibilidade das funcionalidades será equacionada
entre as versões 7 e 9, se bem que grande parte das funcionalidades ainda seja
suportada em versões anteriores.
Seguidamente, e para que o leitor fique com uma primeira noção daquilo que
poderá ou não fazer com a sua versão da aplicação, serão apontadas as alterações
mais significativas que ocorreram na passagem entre as últimas versões,
nomeadamente entre as versões 7 e 8 e entre as versões 8 e 9.
Na mudança da versão 8 para a versão 9 convém dizer antes de tudo que, entre
elas, existem duas versões intermédias. A primeira diz respeito à versão 8.5 que
veio trazer uma maior consistência e uma melhor facilidade de configuração e de
produção de relatórios a distribuir via web. Por exemplo, foram acrescentadas
ferramentas de administração e tornou-se possível fazer pedidos de parâmetros
pela web bem como a exportação para XML.
A outra versão intermédia (no sentido de ter sido afectada pelas funcionalidades
existentes nesta passagem de versões), e que será estudada mais ao pormenor na
terceira parte deste livro, diz respeito à versão para o Visual Studio .NET. Nesta
versão iremos explorar sobretudo as suas capacidades no âmbito da Internet, tal
como a capacidade de se expor (e visualizar) relatórios como web services e de se
utilizar o ADO.NET como fonte de dados para um relatório. Um dado a ter em
conta é que nesta versão foi retirada a capacidade de elaboração de relatórios
OLAP, bem como os Add-ins para o Office, não sendo também possível a
exportação para XML.
Por fim, outra alteração de registo diz respeito ao aparecimento da janela Formula
Worshop, funcionando como um local central para a edição e criação de todo o
tipo de fórmulas de um relatório.