Você está na página 1de 116

bem-vindos

1
ESTRUTURAS DE MADEIRA AULA 1 e 2
INTRODUÇÃO AOS CONCEITOS

ATENÇÃO: Esse texto é protegido por direitos autorais, sua reprodução


está proibida, o infrator seja pessoa física, jurídica e inclusive
Instituições de Ensino, não tem a permissão do autor para reproduzi-
lo, total ou parcialmente, conforme o artigo 5º., parágrafos 27 e 28 da
Constituição Federal, bem como pela Lei 9.610/98 do Código Civil
Brasileiro. Amparado também pela Convenção de Berna Decreto nº.
75.699, de 06.05.75), pela Convenção Universal sobre o Direito de
Autor (Decreto nº. 76.905/1975) e pela Convenção de Washington
(Decreto nº. 26.675/1949).
2
EMENTA:

➢ Tipos e propriedades das madeiras.


Estruturas de edificações.
➢ Estruturas de cobertura.
Dimensionamento dos elementos
estruturais.
➢ Ligações entre as peças de madeira

3
OBJETIVO GERAL:

➢ Fornecer ao aluno a importancia da aplicabilidade e de utilização


da madeira como material de construção tão competitivo como
quaisquer outros materias além de ser altamente ecológico.

➢ Proporcioná-lo a consistente metodologia de cálculo e de


entendimento de propriedades tanto físicas quanto mecânicas
por meio de ensaios laboratoriais e experimentais.

➢ Fortalecer o conhecimento dos critérios adotados pela NBR


7190/1997.

4
5
MÉTODO DE AVALIAÇÃO

M1 = TRABALHOS + AVALIAÇÃO P1 – TOTAL 10 PONTOS

M2 = TRABALHOS + AVALIAÇÃO P2 – TOTAL 10 PONTOS

MF = (M1+ 2 X M2) ÷ 3 = MÉDIA FINAL DO SEMESTRE -

IGUAL OU MAIOR QUE 5,0 APROVARÁ O ALUNO.

HAVERÁ EXAME APENAS PARA OS ALUNOS COM MÉDIA FINAL ENTRE 3,0 E 4,9

NÃO HÁ ARREDONDAMENTO

6
PROGRAMA - CALENDÁRIO

SISTEMA DE AVALIÇÃO CONTÍNUO, OU SEJA DURANTE AS


AULAS SERÃO REALIZADAS ATIVIDADES AVALIATIVAS.

P1 – 20/09/2022
P2 – 29/11/2022
EXAME FINAL 13/13/2022

7
A MADEIRA

 EXCEPCIONAL COMO MATERIAL DE


CONSTRUÇÃO,
 MATÉRIA PRIMA PARA OUTROS PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS,
 VEM SENDO UTILIZADA DESDE OS PRIMÓRDIOS
DA CIVILIZAÇÃO.

8
NO BRASIL
DIVERSOS FINS,
 CONSTRUÇÕES DE IGREJAS, RESIDÊNCIAS, DEPÓSITOS EM GERAL,
CIMBRAMENTOS,
 PONTES (GRANDE UTILIZAÇÃO DO EUCALIPTO),
 PASSARELAS,
 LINHAS DE TRANSMISSÃO,
 INDÚSTRIA MOVELEIRA,
 CONSTRUÇÕES RURAIS
E, ESPECIALMENTE, EM EDIFICAÇÕES EM AMBIENTES ALTAMENTE
CORROSIVOS, COMO À BEIRAMAR, NAS INDÚSTRIAS QUÍMICAS...

9
HOPI HARI SP

https://youtu.be/sLfQBW9wnDI

10
A MADEIRA É UM MATERIAL EXTREMAMENTE FLEXÍVEL
QUANTO À SUA NOBREZA OU SIMPLICIDADE.

11
https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.094/2927

12
INSPIRAÇÃO NA ARQUITETURA INDÍGENA, (CLIMAS QUENTES E ÚMIDOS)
A COBERTURA FUNCIONA COMO UMA GRANDE FOLHA QUE PROTEGE DO SOL TODOS OS CÔMODOS DA
CASA.
Ficha técnica:
•Arquitetos: Ivo Mareines e Rafael Patalano (RJ)
•Local: Angra dos Reis - RJ
•Ano: 2008
•Área construída: 800 m²
•Área do terreno: 40.000 m²
•Custo da Construção Mat. e M.O.: R$ 8 milhões – (atual
Ago/20) pelo Índice Nacional de Custos de Construção: R$ 17
milhões

https://www.vitruvius.com.br/revistas/read/
projetos/08.094/2927

13
14
Salvatore Cacciola Grupo Marka crime
sistema fin no gov FHC preso extraditado
Itália

15
16
https://istoe.com.br/268926_CASA+FOLHA/

17
18
PILARES DE CONCRETO POIS A MADEIRA NÃO SUPORTA SOLOS
ÚMIDOS
IMERSA EM ÁGUA A MADEIRA ESTABILIZA SUAS PROPRIEDADES
MECÂNICAS
PROBLEMA É MOLHAR E SECAR REPETIDAMENTE
A ESTRUTURA DA PISCINA DE CONCRETO É INDEPENDENTE E NÃO
DESCARREGA CARGA NA FUNDAÇÃO DA CASA
casas de madeira são mais leves e exigem menos das fundações,
frequentemente e (se a declividade do terreno permitir) utiliza-se
radier

19
OS RUFOS E ACABAMENTOS EM CHAPA DE AÇO GALVANIZADO DO
TELHADO PODERIAM SER PINTADOS NA COR CERÂMICA
DEMONSTRARIA MAIOR RIGOR ESTÉTICO POR PARTE DO CONSTRUTOR

20
IDEIA DE EIXO CENTRAL
RÍGIDO

21
DISTÂNCIA ENTRE AS VIGAS SECUNDÁRIAS PEQUENA

MADEIRA APRESENTA GRANDES DEFORMAÇÕES A CARGAS DE LONGA DURAÇÃO

22
23
https://casademadeira.com.br/
Minas Gerais

https://www.casascondor.com.br/

S. Paulo

24
http://www.brasilwood.com.br/

São Paulo

https://rusticasa.com/

Portugal

25
https://www.brasilcasas.com.br/

VENDAS EM CAMPINAS E TAUBATÉ

http://www.casastropical.com.br/

ATIBAIA

26
CUSTO, VARIA QUANTO AO PROJETO - VOLUME DE MADEIRA EMPREGADA
CUSTO DO KIT (COM ÁREAS ÚMIDAS EM ALVENARIA) DE R$ 450,00/m² OS MAIS
SIMPLES EM PINUS ATÉ R$ 950,00/m² EM MAÇARANDUBA.
CONSIDERAR OUTROS CUSTOS,
- MONTAGEM POR CARPINTEIROS R$ 100,00/m²;
- EXECUÇÃO DE FUNDAÇÃO, ÁREAS EM ALVENARIA, INSTALAÇÕES ELÉT. / HIDR.,
PINTURA, TELHAS E ACABAMENTOS , LOUÇAS. APROXIMADAMENTE
R$ 600,00/m²
AMAURY B. TURIBIO - CASAS TROPICAL - TEL: 55 11 44130500 EM 21/08/2020

27
28
ALGUMAS
VIGAS PODEM
SER FALSAS E
UTILIZADAS
AS INSTALAÇÕES PARA FORMAR
ELÉTRICAS PASSAM UMA GRADE E
POR FORA DAS FIXAR
PAREDES E AO ILUMINAÇÃO E
MESMO TEMPO SOM
SUPORTAM OS
EQUIPAMENTOS

DECORAÇÃO DE MADEIRA,
ALINHA PROJETOS
SENSAÇÃO DE ACONCHEGO COMPLEMENTARES DE
E INTIMIDADE DECORAÇÃO

29
O USO DE MATERIAIS

CONCRETO E AÇO,

EXIGEM UM PROCESSO ALTAMENTE POLUENTE DE

PRODUÇÃO,

ASSIM COMO TAMBÉM EXIGE UMA DEVASTAÇÃO

AMBIENTAL

RETIRADA DA MATÉRIA-PRIMA.

30
31
32
Toragem
A árvore abatida e desgalhada é traçada em
toras de 5 a 6 metros para facilitar o
transporte.

Falquejo
Antes de cada operação seguinte, as toras podem
ser falquejadas ou falqueadas. Cada tora fica
assim, com uma seção aproximadamente
retangular pela remoção de 4 costaneiras.

Desdobro
Desdobro ou desdobramento é a operação final na obtenção de
madeira bruta. É realizada nas serrarias com serra-fitas contínuas

33
TORAGEM E DESDOBRO

34
35
Classificação das madeiras – termos populares

❖ Madeiras Finas: São empregadas em marcenaria e em construção corrente


na execução de esquadrias, marcos, etc.

❖ Madeiras Duras ou de Lei: São empregadas em construção, como suportes


e vigas.

❖ Madeiras Resinosas: São empregadas quase que exclusivamente em


construções temporárias

❖ Madeiras Brandas: Possuem pequena durabilidade, porém de grande


facilidade de trabalho. Não são usadas em
construção.
MADEIRA APARELHADA (tratada ou de 1ª qualidade) e MADEIRA
BRUTA

36
37
38
Vantagens no uso da madeira

39
EM TERMOS DE MANUSEIO, A MADEIRA TEM BAIXA DENSIDADE.
ESTA EQUIVALE A APROXIMADAMENTE UM OITAVO DA DENSIDADE DO AÇO.

AS MADEIRAS SÃO MAIS RESISTENTES QUE O CONCRETO CONVENCIONAL,


BASTA COMPARAR OS VALORES DA RESISTÊNCIA.
CONCRETO CONVENCIONAIS CA 30 / CA 50
MADEIRA VAI DE C 20 ATÉ C 60.

40
✓ TEM RESISTÊNCIA MECÂNICA ELEVADA EM RELAÇÃO AO SEU PESO
PRÓPRIO PEQUENO.

✓ TEM FÁCIL TRABALHABILIDADE PERMITINDO LIGAÇÕES SIMPLES.

✓ BOAS CARACTERÍSTICAS DE ABSORÇÃO ACÚSTICA. BOM ISOLAMENTO


TÉRMICO.

✓ CUSTO REDUZIDO E É RENOVÁVEL, DESDE QUE CONVENIENTEMENTE


PRESERVADA.

✓APRESENTA DIVERSOS PADRÕES DE QUALIDADE E ESTÉTICOS.

41
QUESTÃO ECOLÓGICA

O LEIGO IMAGINA GRANDE DEVASTAÇÃO DE FLORESTAS.

A MADEIRA É UM MATERIAL RENOVÁVEL


CRESCIMENTO CONSOME IMPUREZAS DA NATUREZA, TRANSFORMANDO-AS EM
MADEIRA.

EXTRAÇÃO DA ÁRVORE E O SEU DESDOBRO SÃO PROCESSOS QUE ENVOLVEM


BAIXÍSSIMOS CONSUMO DE ENERGIA, ALÉM DE SER PRATICAMENTE NÃO POLUENTE.

42
VANTAGENS
Enorme potencial de renovação na natureza, desde que sustentável.

43
DESERTO VERDE: Termo usado por ambientalistas para monocultura de árvores em grandes áreas
para a produção de celulose, devido aos efeitos nocivos que causa ao meio
ambiente.
As árvores mais utilizadas para este cultivo são sobretudo o eucalipto, pinus e acácia
(MEIRELLES, 2006).

Derrubada de Eucalipto
Fonte: http://www.rel-
uita.org/agricultura/ambiente/fotos/euc
alipto-300.jpg

MEIRELLES, D.; CALAZANS, M. H2O para celulose x água para todas as línguas. FASE, 2006. Disponível em < https://fase.org.br/pt/acervo/biblioteca/17944/> Acesso em: 7 de outubro de 2019.

44
IMPACTOS NEGATIVOS

❖ Desertificação do clima e de solo: Enorme quantidade de água. Dados para


espécies de eucaliptos nas regiões do mundo mostram que para área de 6
m2/planta, consumo de água entre 1,2 e 46,2 litros/árvore por di!
❖ Erosão: Com ressecamento do solo, não crescem outras espécies rasteiras e
quando a plantação é cortada, deixa o solo sem vegetação e exposto a erosão,
❖ Diminuição da biodiversidade: Eucalipto é cultivado para retorno econômico não
são cultivadas juntamente outras espécies de vegetais, o que diminui a diversidade
vegetal da região de floresta,
❖ Falta da diversidade da fauna: Únicos animais que sobrevivem nessas florestas são
formigas e caturritas (espécie de periquito silvestre) que usam as árvores de
eucalipto como abrigo, mas não se alimentam delas.
❖ Desemprego na região: grandes áreas de eucalipto, plantação e abate mecanizado,
não necessita M. O.

45
Observação em relação ao desemprego
gerado pelo reflorestamento
Há uma grande exigência de mão de obra no processo de manuseio
das sementes e plantio em recipientes para desenvolvimento das
mudas.
Porém com a expansão contínua dos programas de plantio, a
quantidade de mudas a ser produzida anualmente pela maioria das
empresas ligadas ao ramo florestal tem aumentado
progressivamente.
Tendo em vista as vantagens do processo de semeadura direta nos
recipientes (melhor sistema radicular, menor tempo para a formação
da muda, menor ocupação do viveiro, maior rendimento nas
operações envolvidas, menor necessidade de mão-de-obra, menor
risco de doenças etc.), este sistema está tendendo a substituir
gradativamente o processo de repicagem.

A etapa de repicagem nada mais é que o transplantio de


uma mudinha de um local para outro no mesmo viveiro.
Assim, quando as mudas estiverem no tamanho adequado,
o que depende da espécie,

https://www.fundaj.gov.br/index.php/artigos-joao-suassuna/9658-a-cultura-
do-pinus-uma-perspectiva-e-uma-preocupacao

46
2015
http://economiaindustrialpapelecelulose.blogspot.com/2016/04/2.html

PRODUÇÃO DE CELULOSE

(não achei nada mais recente condensado


o que tem é separado por tissue e outros
tissue é o papel descartável que não recicla
tipo higiênico, papel toalha e guardanapo)

https://slideplayer.com.br/slide/1255103/3/images/11/Maiores+produtores+de+celulose.jpg

47
Vantagens
Baixo consumo de energia no processo de usinagem.

48
Vantagens
TEM RESISTÊNCIA A IMPACTOS ABSORVENDO A ENERGIA QUE DIFICILMENTE
OCORRERIAM COM OUTROS MATERIAIS.
(FORMAÇÃO DAS CÉLULAS DA MADEIRA)
.

49
Vantagens
ISOLANTE TÉRMICO E ACÚSTICO

essas questões de resistir a impactos e isolar


som e temperatura é por conta da estrutura
q tem canais ocos por onde corre a seiva que
depois de seca faz um colchão isolante

50
Vantagens
Pouca deformação (dilatação/contração) por variação de
temperatura.

51
Vantagens
Não reage facilmente com agentes químicos.

52
INFLAMABILIDADE

VALE LEMBRAR QUE A MADEIRA TEM A DESVANTAGEM DA SUA


INFLAMABILIDADE.

ELA RESISTE A ALTAS TEMPERATURAS E NÃO PERDE RESISTÊNCIA


SOB ALTAS TEMPERATURAS COMO ACONTECE COM O AÇO.

53
EM SITUAÇÃO DE INCÊNDIO, A MADEIRA SE COMPORTA MELHOR QUE O AÇO.
APESAR DELA SER COMBUSTÍVEL ELA QUEIMA LENTAMENTE.
ENQUANTO SUA SEÇÃO NÃO QUEIMADA CONTINUAR RESISTINDO AOS
ESFORÇOS A ESTRUTURA NÃO COLAPSARÁ.

O AÇO NÃO É INFLAMÁVEL, MAS EM COMPENSAÇÃO NÃO RESISTE A ALTAS


TEMPERATURAS.

54
Apresenta boa resistência ao fogo.

55
No próximo vídeo é citado o brancal.
(conjunto das camadas externas do lenho,
habitualmente de coloração mais clara).

Tecnicamente falando é também chamado de


alburno.

Madeira com brancal compromete a qualidade final do produto, não deve fazer parte da madeira estrutural.
A madeira do brancal deteriora mas rapidamente.
Absorve e perde umidade mais rápido
Esta desigualdade de umidade entre a madeira de cerne e brancal provocam empenamentos, torções, tricas
no produto final (deck, pisos, painéis)
Probabilidade de contaminação de todo o ambiente por cupim e insetos da madeira, pois o brancal contém
amido; comida para estes animais invertebrados.

https://www.rhodmann.com.br/2018/02/madeira-com-brancal-problemas-para-o-produto-final/

56
VERIFICAÇÃO DA RESISTÊNCIA AO FOGO.

57
DESVANTAGENS

❖ HETEROGENEIDADE E ANISOTROPIA NATURAIS DE SUA CONSTITUIÇÃO


FIBROSA.

❖ DIMENSÕES LIMITADAS.

(RESOLVIDOS PELA LAMINAÇÃO, CONTRAPLACADOS E AGLOMERADOS).


prox. aulas

58
DESVANTAGENS

❖ PERDE RESISTÊNCIA E SURGEM TENSÕES INTERNAS DEVIDO A PROBLEMAS DE


SECAGEM E UMIDADE. (RESOLVIDOS COM UMIDADE E SECAGEM
CONTROLADOS). prox. aulas

❖ FÁCIL DETERIORAÇÃO EM AMBIENTES QUE DESENVOLVEM FUNGOS, CUPINS.


MOFO. ETC. (TRATAMENTO QUÍMICO, FUMIGAÇÃO ETC.) prox. aulas

59
APLICAÇÃO DA MADEIRA NA CONSTRUÇÃO

✓ ACABAMENTOS,

✓ FORMAS DE CONCRETO E ESTAQUEAMENTO

✓ ESTRUTURAL.

60
ANATOMIA DA MADEIRA E CLASSIFICAÇÃO DAS ÁRVORES
AS ÁRVORES PARA FINS ESTRUTURAIS SÃO CLASSIFICADAS EM:
CONÍFERAS E
DICOTILEDÔNEAS.
CONÍFERAS, SÃO CHAMADAS DE MADEIRAS MOLES, (SOFTWOODS) PELA SUA MENOR RESISTÊNCIA,
BAIXA DENSIDADE EM COMPARAÇÃO COM AS DICOTILEDÔNEAS.

61
AS DICOTILEDÔNEAS
CHAMADAS DE MADEIRAS DURAS
- MAIOR RESISTÊNCIA;
- MAIOR DENSIDADE E
- ACLIMATAM-SE MELHOR EM REGIÕES
DE CLIMA QUENTE.

TODAS AS ESPÉCIES DE MADEIRA DA


REGIÃO AMAZÔNICA.
PEROBA ROSA, AROEIRA, IPÊ,
MAÇARANDUBA, MOGNO, PAU
MARFIM, FAVEIRO, ANGICO, JATOBÁ,
MARACATIARA, ANGELIM VERMELHO.

62
63
CONIFERAS
- PRINCIPALMENTE NO HEMISFÉRIO NORTE,
- GRANDES FLORESTAS PLANTADAS E
- FORNECEM MADEIRAS EMPREGADAS NA INDÚSTRIA E NA CONSTRUÇÃO CIVIL.
NA AMÉRICA DO SUL DESTACAM–SE O PINUS E A ARAUCÁRIA.
TIPICAMENTE BRASILEIRA É O PINHEIRO-DO-PARANÁ (ARAUCARIA ANGUSTIFOLIA).

64
ARAUCÁRIA

FORNECE O PINHÃO

65
ÁRVORES EM EXTINÇÃO – CORTE PROIBIDO POR LEI
há diferentes estados de
conservação para uma espécie
ameaçada de extinção:
vulnerável, rara e em perigo.

Árvores como pau-brasil,


jequitibá, sapucaia, mogno,
jatobá, jacarandá, imbuia,
araucária, entre outros, estão
imbuia Jacarandá da bahia nessa lista, dentro de uma das
mogno três classificações.

sapucaia

jequitibá

pau-brasil

castanheira fonte: Instituto Brasileiro do


Jacarandá mimoso Meio Ambiente (Ibama)

66
ESTRUTURA DA ÁRVORE

✓ A ÁRVORE CRESCE INICIALMENTE NO SENTIDO VERTICAL.


✓ A CADA ANO HÁ UM NOVO CRESCIMENTO E SUBSTITUIÇÃO DE CÉLULAS INTERNAS. OCORRE A
FORMAÇÃO DE CAMADAS SUCESSIVAS QUE VÃO SE SOBREPONDO AO REDOR DAS CAMADAS MAIS
ANTIGAS.
✓ CORTE TRANSVERSAL DO TRONCO, ESSAS CAMADAS APARECEM COMO ANÉIS DE CRESCIMENTO.
✓ CADA ANEL DE CRESCIMENTO É FORMADO POR DUAS CAMADAS.
✓ A MADEIRA FORMADA NO PERÍODO DE PRIMAVERA-VERÃO (MAIS ÚMIDO NO BRASIL)) TEM
COLORAÇÃO MAIS CLARA, COM CÉLULAS MAIORES DE PAREDES MAIS FINAS. NESSA FASE, DÁ-SE O
CRESCIMENTO RÁPIDO DA MADEIRA.
✓ A MADEIRA FORMADA NO PERÍODO DE OUTONO-INVERNO (SECO) TEM COLORAÇÃO ESCURA, CÉLULAS
PEQUENAS, MAIS DURAS E CRESCIMENTO LENTO.
✓ É POSSÍVEL AVALIAR A IDADE DA ÁRVORE CONTANDO OS ANÉIS DE CRESCIMENTO. DEP DA ESPÉCIE

67
68
ESTRUTURA DA ÁRVORE

▪ A MADEIRA TEM UM PROCESSO DE FORMAÇÃO QUE SE INICIA NAS RAÍZES.


▪ A PARTIR DELAS É RECOLHIDA A SEIVA BRUTA (ÁGUA + SAIS MINERAIS) QUE EM
MOVIMENTO ASCENDENTE PELO CENTRO DO TRONCO ATINGE AS FOLHAS.

▪ NA PRESENÇA DE LUZ, CALOR E ABSORÇÃO DE GÁS CARBÔNICO OCORRE A FOTOSSÍNTESE


HAVENDO A FORMAÇÃO DA SEIVA ELABORADA.
▪ ESTA EM MOVIMENTO DESCENDENTE (PELA PERIFERIA DO TRONCO) DESCE ATÉ A RAIZ
ALIMENTANDO TODA A ÁRVORE.

▪ ESTES MOVIMENTOS OCORREM POR CAPILARIDADE E RENSÕES MOLECULARES DA SEIVA

https://www.ipt.br/consultas_online/informacoes_sobre_madeira/busca
SE TIVER DUVIDA COM ALGUMA MADEIRA, O SITE DO IPT TEM TODAS ELAS É SÓ PESQUISAR

69
AQUI

70
71
Anatomia da Madeira
Medula

É a parte central da tora, em algumas espécies é mole, seu tecido é


esponjoso e de cor escura.

Não aumenta de tamanho durante toda a vida da árvore.


Não possui resistência mecânica e durabilidade.

72
Anatomia da Madeira

Cerne ou Lenho

É formado por células mortas e possui melhor resistência mecânica, maior peso, compacidade, dureza e
durabilidade. (é a parte que usa na estrutura)
As camadas são anéis de crescimento, ou seja, as camadas vão se formando umas sobre as outras.

73
Anatomia da Madeira

Alburno ou Brancal
Floema
Células vivas que
veiculam a seiva bruta Tecido vascular
(água e sais minerais) encarregado de
Conforme o alburno distribuir a seiva
envelhece as células elaborada pelo caule
morrem e formam o até a raiz
cerne.

74
Anatomia da Madeira
Casca Externa

Parte externa da árvore funciona como elemento protetor contra agentes


externos.
Também chamada de epiderme, cortiça ou camada cortical.
A parte interna da casca é o Floema.

75
Utilização da casca
Algumas espécies possuem a casca utilizada para diversos fins.

Cortiça: material produzido da casca da árvore Sobreiro.


É leve e com grande poder isolante térmico e acústico.
Estas características são causadas pela composição da casca rica em suberina,
uma substância gordurosa que se acumula na parede celular.

76
Portugal, é responsável por mais de 50% da
produção mundial de cortiça.

Produção de cortiça Alantejo - Portugal

https://www.google.com/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fwww.invinoviajas.com%2F2015%2F10%2Fconheca-o-sobreiro-mais-velho-do-
mundo%2F&psig=AOvVaw0EMFJ94PNd00mih0QX-uKJ&ust=1598295280020000&source=images&cd=vfe&ved=2ahUKEwiUnciEgLLrAhXgH7kGHQhXD-UQr4kDegUIARC2AQ

77
RESUMINDO

O lenho (cerne) é a parte da árvore que interessa como material estrutural.


O cerne formado por células mortas, sendo mais resistente por não existir nesta
região a seiva.
Como consequência, não é atrativo à insetos e outros agentes de deterioração.
(querem se alimentar da seiva - rica em nutrientes)
O alburno é a parte que melhor absorve conservantes e outros produtos de
proteção. Pois ainda tem células vivas com seiva ressecada

78
79
como a seiva circula pelo tronco ?

ALMEIDA, P. A. O. Estruturas de grande porte de madeira composta. Tese de Doutorado. Escola Politécnica da Universidade de São Paulo – PEF. EPUSP, 1990.
A.

80
madeiras duras madeiras moles
dicotiledôneas macias
pinus

AS ÁRVORES FOLHOSAS DICOTILEDÔNEAS SÃO MAIS DURAS POIS TEM MAIS LIGNINA E CELULOSE NOS
CANAIS DOS TRAQUEÍDES.

AS CONÍFERAS TEM UMA ESTRUTURA MAIS FINA, OS CANAIS SÃO MENORES (CORRE RESINA), PAREDES
MAIS FINA, MENOS RESISTÊNCIA

81
A MORTE DE UMA ÁRVORE
OCORRERÁ CASO SEJA FEITA A
EXTRAÇÃO DA CASCA
ENVOLVENDO TODO O PERÍMETRO
A QUALQUER ALTURA DO
TRONCO.

INTERROMPER O FLUXO
ASCENDENTE OU DESCENDENTE
DA SEIVA BRUTA OU ELABORADA.
É COMO INTERROMPER O FLUXO
DE SANGUE PARA O CORAÇÃO EM
UM SER HUMANO.

82
Metropol Parasol é considerada a maior estrutura de madeira do mundo e fica
em Sevilha, na Espanha. Arq. Jürgen Mayer – abr/11

83
84
Parei aqui 9A

85
Classificação da madeira
Madeira industrializada

Madeira recomposta ou reconstituída

• OSB (Oriented Strand Board) – painel de lascas de


madeira prensadas em três camadas perpendiculares e
unidas com resina aplicada sob alta pressão e
temperatura. Proporciona a resistência mecânica que
as outras madeiras industrializadas não possuem.

86
Classificação da madeira
Madeira industrializada – Madeira Recomposta - OSB

87
Classificação da madeira
Madeira industrializada

Madeira recomposta ou reconstituída

Madeira Plástica ou Ecológica – é um composto plástico


que possui reforço de resíduos provenientes da própria
indústria madeireira, como por exemplo a serragem e a fibra
de madeira. Usam-se materiais fibrosos naturais ou serragem
para aumentar sua resistência.

88
Classificação da madeira

Madeira industrializada

Madeira recomposta ou reconstituída

Madeira Plástica ou Ecológica – Vantagens.

• Não absorve umidade e é muito leve;


• Não se deteriora, não apodrece;
• É imune à ação de cupins, pragas, roedores...;
• Pode ser furada, parafusada, pintada, serrada,
colada...
• É reciclada e reciclável;
• Pode ser aplicada dentro da água doce e
salgada;
89
Classificação da madeira

Madeira industrializada

Madeira recomposta ou reconstituída


Madeira Plástica ou Ecológica – Vantagens.

• Não racha e não solta farpas;


• Fácil limpeza e higienização (apenas com água e sabão);
• Não prolifera bactérias;
• É resistente a impactos e compressão;
• Não exige manutenção e é muito semelhante à madeira;
• É isolante térmico, não inflamável e não propaga fogo;
• Longa durabilidade (+ de 100 anos).

90
Classificação da madeira

Madeira industrializada

Madeira recomposta ou reconstituída

Madeira Plástica ou Ecológica – Desvantagens.

• Preço (a curto prazo);


• Depende de coleta seletiva de lixo (estruturante);
• Não aceita bem cortes;
• Flecha muito grande no centro da peça;
• Comprimentos limitados;

91
Classificação da madeira
Madeira industrializada – madeira recomposta – madeira ecológica

92
Cuidados com a Madeira

93
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração

A preservação da madeira é realizada através de procedimento ou


conjunto de medidas que possa conferir à madeira em uso maior
resistência aos agentes de deterioração, proporcionando maior
durabilidade.
Estes agentes podem ser de natureza física, química e biológica
(fungos e insetos xilófagos – que se alimentam de madeira), que afetam
suas propriedades.

94
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes físicos

Os principais agentes físicos da madeira são: fogo, calor e umidade.

• Fogo: principal responsável pela destruição de grandes peças de


madeira.

95
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes físicos

Os principais agentes físicos da madeira são: fogo, calor e umidade.

• Calor: aumento da temperatura ocasiona transformações químicas e


estruturais na madeira, conferindo-lhe um aspecto semelhante a
carbonização.

96
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes físicos

• Umidade: peças de madeira situadas em locais de abundante


umidade facilmente são atacados por fungos.

97
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes químicos

Os principais agentes químicos da madeira são: ácidos fortes, bases


fortes, óxidos de ferro e enxofre, ocasionam uma redução nas suas
propriedades físico-químicas, sendo os responsáveis pela sua
decomposição.

98
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes biológicos

Os principais agentes biológicos da madeira são: insetos, fungos,


moluscos, crustáceos e bactérias.

99
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes biológicos

• Insetos: popularmente conhecidos como "Brocas de Madeiras",


causam enormes danos às madeiras. Os principais insetos, dentre os
26 tipos existentes, que atacam as madeiras são:

• Cupins
• Besouros
• Carunchos
• Brocas
• Vespas
• Abelhas
• Formigas
• Moscas
• Mosquitos
• Borboletas
• Mariposas

100
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes biológicos – insetos - cupins

101
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes biológicos – insetos - besouros

102
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes biológicos

• Fungos: necessitam de determinadas condições favoráveis para


poderem desenvolver o ataque na madeira: umidade, temperatura,
oxigênio, ausência de substâncias tóxicas

• Dos vários tipos de fungos existentes na natureza, os principais


responsáveis pela deterioração de madeiras são:

• Fungos apodrecedores - O fungo destrói a celulose e a lignina


(conferir rigidez, impermeabilidade e resistência a
ataques microbiológicos e mecânicos) da madeira.

• Fungos manchadores - Alimentam-se basicamente de amido e


açúcares do lúmen das células de reserva da madeira.

• Fungos emboloradores - Alimentam-se basicamente dos


materiais de reserva das células.
103
Cuidados com a madeira
Agentes de deterioração – agentes biológicos - fungos

104
Preservação da Madeira

105
Preservação da Madeira
O tratamento preservativo da madeira visa obter extensão da vida útil da
madeira em serviço, ou de produtos confeccionados de madeira, por meio
de aplicação de produtos que previnam o ataque de agentes
deterioradores, principalmente os de origem biológica.

Há vários métodos simples e também o método de tratamento em


autoclave, que a trata com maior rapidez e eficiência.

106
Preservação da Madeira

Independente do método utilizado, os resultados a serem atingidos no


tratamento da madeira dependem de 3 fatores:

• Penetração – medida em cm desde a superfície da madeira. A


profundidade depende do tipo de madeira, da utilização a ser dada e
do tipo de agente a que estará sujeita.

• Retenção – o quanto impregnou na madeira em kg/m³. Também


depende do tipo de madeira, da utilização a ser dada e do tipo de
agente a que estará sujeita.

• Distribuição homogênea – não pode haver locais com menos produto


do que foi determinado para aquele tipo de madeira.

O resultado adequado é conseguido com mais sucesso pelos métodos


mais sofisticados, mas muitos métodos simples são suficientemente
capazes de alcançá-lo.

107
Preservação da Madeira

Métodos simples

A madeira normalmente necessita de tratamento quando utilizada na


construção civil para prevenir a deterioração por agentes biológicos.

Mas nem sempre é possível tratá-la com métodos sofisticados,


principalmente devido ao custo de transporte do local de corte às
usinas de preservação mais próximas, e destas ao local onde a madeira
será utilizada.

Assim, opta-se pela utilização de métodos de tratamento simples,


onde o produto preservativo é aplicado à madeira no próprio local onde
ela será utilizada.

108
Preservação da Madeira
Métodos simples – tratamento por pincelamento

Aplicação de um produto preservativo líquido ou dissolvido em algum


tipo de solvente na superfície da peça que se pretende tratar.

Cuidados para alcance dos 3 fatores:

• Escolha do produto correto


• Conhecer a espécie de madeira
• Quais agentes biológicos
• Permeabilidade
• Profundidade de tratamento
• Distribuição uniforme
• Concentração correta
• Aplicações sucessivas sem espera da secagem
• Produtos oleossolúveis penetram mais que
hidrossolúveis pois a madeira absorve a água e o
produto não penetra corretamente
109
Preservação da Madeira
Métodos simples – tratamento
por pulverização

Tratamento com a pulverização


de soluções preservativas igual
ao pincelamento, exceto que
utiliza-se um pulverizador e que
os riscos de contaminação são
muito maiores.

Este método só é recomendável


quando há necessidade de se
tratar a madeira onde o método
por pincelamento seja
considerado inviável.

110
Preservação da Madeira
Métodos simples – encharcamento da
madeira

Tratamento que se dá pela imersão da


madeira na solução preservativa, mas
necessita ser permeável o suficiente para
garantir boa penetração.

Madeiras permeáveis no estado seco são


normalmente submersas em soluções por
tempo determinado por experimentação,
até que se alcance a profundidade de
penetração da solução desejada.

Para maior eficiência do tratamento, o tipo


de solução mais recomendável para o
encharcamento da madeira é o
oleossolúvel de baixa viscosidade.

111
Preservação da Madeira
Métodos simples – substituição da seiva

É a substituição parcial da água ou seiva originalmente existente na


madeira de árvores recém abatidas por solução preservativa
hidrossolúvel. Esse método permite que a durabilidade da madeira passe
de 5 para até 15 anos.

Cuidados:

• Tratar no máximo até 24 horas após o corte (com a seiva ainda verde).
• Adequado espaçamento e ventilação na porção aérea.
• Local protegido da chuva e com boa ventilação.
• Colocar óleo na solução para criar uma camada protetora que impeça a
evaporação da água.
• A outra ponta pode ser colocada na solução para reforçar o tratamento.
• A madeira tratada não traz riscos à saúde, mas durante a aplicação dos
produtos químicos é necessário EPI.

112
Preservação da Madeira
Métodos simples – substituição de seiva

https://www.youtube.com/watch?v=Cc1DyITkRjg

113
Preservação da Madeira
Métodos avançados – tratamento em autoclave

114
Preservação da Madeira
Métodos avançado – tratamento em autoclave

Consiste de um vaso hermeticamente fechado, robusto o suficiente para


resistir a esforços do vácuo e/ou pressão exigidos, com equipamentos
auxiliares para efetuar o tratamento a contento, como serpentinas de
aquecimento, bombas de vácuo e de pressão, entre outros, dependendo
do método de tratamento utilizado, que em conjunto forma uma usina de
preservação.

115
Preservação da Madeira

Métodos avançado – tratamento em autoclave

Especificações:

• Existem programas de tratamento específicos para cada


madeira.

• A madeira deve estar descascada e no seu estado seco


(20% a 25% de teor de umidade).

• Qualquer tipo de produto preservativo poderá ser utilizado


(oleoso, óleo-solúvel ou hidrossolúvel), mas isso depende
da madeira.

116

Você também pode gostar