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FARMACOBOTÂNICA

KÁTHIA SOCORRO MATHIAS MOURÃO

Professor Associado C do Departamento de Biologia


Laboratório de Morfologia e Anatomia Vegetal
Universidade Estadual de Maringá
Ingresso em 01/08/1995

► Bacharel e Licenciada em Ciências Biológicas –


Universidade Federal do Maranhão – 1984 a 1988

► Mestre e Doutora em Ciências Biológicas – Área


de Biologia Vegetal – Universidade Estadual
Paulista – Campus de Rio Claro (SP) – 1989 a 1997
O termo "Farmacognosia", deriva
de duas palavras gregas:
pharmakon, que significa droga,
medicamento, remédio, veneno; e
gnosis, que significa conhecimento.
Aplica-se na atualidade,
exclusivamente a drogas de origem
animal e vegetal.
A Farmacobotânica é a área da
Farmacologia que estuda as
características estruturais (macroscópicas
-morfologia e microscópicas - anatomia)
das plantas medicinais de interesse
terapêutico e toxicológico.
-Primeiras descrições sobre plantas
medicinais remontam às sagradas escrituras e
ao papiro de Ebers.

- O papiro descoberto e publicado por Georg


Ebers foi traduzido em 1890, por H.
Joachin.

-Enumera mais ou menos 100 doenças e


descreve um grande número de drogas de
natureza animal e vegetal.

- Encontrado nas proximidades da casa


mortuária de Ramsés II, porém pertence à
época da XVIII dinastia..
PINTO, A. C. et al. Produtos naturais: atualidade, desafios e
perspectivas. Química Nova, v. 25, supl. 1, p. 45-61, 2002.
-Período anterior à era cristã
conhecido como da civilização grega:
vários filósofos podem ser destacados
por suas obras sobre história natural.

-Hipócrates, por exemplo, é


considerado o pai da medicina moderna
-tomou a natureza como guia na
escolha dos remédios (Natura
medicatrix).

PINTO, A. C. et al. Produtos naturais: atualidade, desafios e


perspectivas. Química Nova, v. 25, supl. 1, p. 45-61, 2002.
-Teofrasto (372 a.C),
discípulo de Aristóteles -
escreveu vários livros sobre a
história das plantas.
- Registrou a utilização de
Papaver somniferum, planta
cujo princípio ativo é a
morfina.
-Documentos sumerianos de
5000 a. C referem-se à
papoula (P. somniferum) e
tábulas assírias descrevem
suas propriedades.
PINTO, A. C. et al. Produtos naturais: atualidade,
desafios e perspectivas. Química Nova, v. 25, supl. 1, p.
45-61, 2002.
E no Brasil?
- Primeiros médicos portugueses
diante da escassez, na colônia, de
remédios empregados na Europa,
foram obrigados a perceber a
importância dos remédios indígenas.

- Na comitiva que acompanhou a


Princesa Leopoldina da Áustria, noiva
de D. Pedro encontrava-se o médico
português Bernardino António Gomes
(Laboratório Chimico da Casa da
Moeda, em Lisboa, isolou a cinchonina
das cascas da quina).
PINTO, A. C. et al. Produtos naturais: atualidade, desafios e
perspectivas. Química Nova, v. 25, supl. 1, p. 45-61, 2002.
Cinchona officinalis
Na mesma expedição científica:

- Médico e botânico Carl Friederich von


Martius e o zoólogo Johann Baptist Spix,
dois dos iniciadores do estudo sistemático da
flora e da fauna brasileiras. Martius teve
implicação direta com o início da fitoquímica
brasileira.

- Foi por sugestão de von Martius que o


jovem farmacêutico alemão, Theodoro
Peckolt, em 1847, veio para o Brasil para
estudar a flora. Este farmacêutico pode ser
considerado, pelo seu trabalho fantástico, o
pai da fitoquímica brasileira.

PINTO, A. C. et al. Produtos naturais: atualidade, desafios e


perspectivas. Química Nova, v. 25, supl. 1, p. 45-61, 2002.
O emprego de plantas medicinais
na recuperação da saúde tem
evoluído ao longo dos tempos
desde as formas mais simples de
tratamento local, provavelmente
utilizadas pelo homem das
cavernas, até formas
tecnologicamente sofisticadas da
fabricação industrial utilizada
pelo homem moderno.
Apesar das enormes diferenças entre
as duas maneiras de uso, há um fato
comum entre elas: em ambos os
casos o homem percebeu, de alguma
forma, a presença nas plantas da
existência de algo que, administrado
sob a forma de mistura complexa
(chá, garrafadas, tinturas, etc.) ou
como substância pura isolada
(comprimidos, gotas, pomadas ou
cápsulas), tem a propriedade de
provocar reações benéficas no
organismo.
Por isso, a planta medicinal,
quando bem escolhida e usada
corretamente, só difere do
medicamento industrial feito com
a substância isolada, pela
embalagem e pelas substâncias
corantes, aromatizantes,
flavorizantes e encorpantes que
acompanham o princípio ativo
neste tipo de medicamento.
Com base nesse conceito, a
Organização Mundial de Saúde
(OMS), visando diminuir o número
de excluídos dos sistemas
governamentais de saúde,
recomenda aos órgãos
responsáveis pela saúde pública
de cada país que:
a) procedam levantamentos
regionais das plantas usadas na
medicina popular tradicional e
identifique-as botanicamente;
b) estimulem e recomendem o uso daquelas
que tiverem comprovadas eficácia e
segurança terapêuticas;

c) desaconselhem o emprego das práticas


de medicina popular consideradas inúteis e
prejudiciais;

d) desenvolvam programas que permitam


cultivar e utilizar as plantas selecionadas
na forma de preparações dotadas de
eficácia, segurança e qualidade.

Para atender a essas recomendações é


preciso conhecer bem as plantas
medicinais de cada região
Um dos aspectos mais delicados na
fitoterapia concerne à identidade da planta

Tetragastris sp.
Erythroxylum vaccniifolium

CATUABA Anemopaegma sp.

Chenopodium ambrosioides L.
conta com 27 nomes populares
catalogados! Trichilia catigua
A uniformização da nomenclatura botânica
se faz necessária para evitar ambiguidades,
que podem até mesmo trazer riscos ao
usuário

Taccarum ulei

Dracontium asperum JARARACA


A Farmacobotânica é a área da Farmacologia
que estuda as características estruturais
(macroscópicas -morfologia e microscópicas
- anatomia) das plantas medicinais de
interesse terapêutico e toxicológico.
MORFOLOGIA E ANATOMIA VEGETAL
Morfologia
Do grego “morphé” = forma
“ logos” = estudo

Morfo + log(o)+ ia =
tratado das formas que a
matéria pode tomar

Pandanus sp.

Bell, A.D., 1991

Sterculia chicha
Acacia rubida
Anatomia

Do grego “anatomé” =
incisão, dissecação

Do latim “anatomé + ia” =


ciência que trata da forma
50 μm
e da estrutura dos seres 50 μm
organizados

300 μm

300 μm
Vegetal

Do latim “vegetu” = que cresce, vigoroso + al


= relativo ou pertencente às plantas.

Quais organismos são considerados


plantas ou vegetais e dentre eles quais
daremos ênfase para entendermos a sua
estrutura ou a sua morfologia e anatomia
nesta disciplina de Farmacobotânica?
Teoria da Endossimbiose

Endossimbiose primária – resultante do


aprisionamento de um procarioto
fotossintetizante (cianobactéria) por
um protista unicelular – cloroplasto com
duas membranas, ambas da
cianobactéria - Proto-alga.

Bhattacharya, D.; Yoon, H.S. e Hackett (2003)


ÁRVORE FILOGENÉTICA DA VIDA

Judd et al. (2009)


Esquema de filogenia dos principais grupos do Domínio Eukarya / Fonte: CEPA,
modificado de A árvore filogenética, proposta por Fehling, Stoecker & Bauldaf em 2007
GRUPOS COM PLASTÍDIOS DE ORIGEM PRIMÁRIA
Proto-alga (plastídio com 2 membranas)

CLADO ARCHAEPLASTIDA OU PRIMOPLANTAE


Viridophyta

Glaucophyta Rodophyta
Streptophyta
-Zygnematophyceae,
Charophyceae,
Coleochatales
-Embriophyta

Chlorophyta
Glaucocystis sp. Porphyra sp.
- Clorophyceae
- Ulvophyceae
- Trebouxiophyceae
Chlorophyta

Chaetophora sp.

Ulva sp.
Acetabularia sp.
Streptophyta – ZYGNEMATOPHYCEAE, CHAROPHYCEAE,
Coleochatales

Spirogyra sp. -ZYGNEMATALES Micrasterias sp. - DESMIDIALES

Chara sp. Coleochaete sp.


Streptophyta - Embriophyta – “Plantas Terrestres”
“Briófitas”
1) Hepatophyta - Hepáticas
Marchantia sp.

Gametofito Masculino

Gametofito Feminino
2) Bryophyta - Musgos

Sphagnum sp. Gametofitos Femininos com


esporofitos portando
cápsulas com esporos (n).
3) Anthocerophyta - Antóceros

Estômato na epiderme
do esporofito

Esporofito no tecido
do gametofito

Esporofitos sobre
gametofito
Tracheophyta – Plantas vasculares
“Pteridófitas”
1) Licófitas - Microfilos
A) Lycopodiaceae B) Selaginella

Lycopodium sp. Selaginella sp.


C) Lepidodendron sp. †
D) Isoetes sp.
2) Eufilófitas (Megafilos) – Monilófitas
(Ausência de lenho)
A) Psilotales
B) Ophioglossales

Psilotum sp.

Botrychium paralellum
C) Equisetófitas

Equisetum sp.
D) Maratiales E) Leptosporangiatae

Cyathea arborea

Angiopteris sp.
Adiantum sp.

Marsilea quadrifolia

Platyceria sp.
Quem são as espermatófitas e
quais grupos de plantas as constituem?
“Gimnospermas” 3) Eufilófitas – Lignófitas (Lenho)
Sementes nuas Ephedra sp.
A) Gnetophyta

Ephedra sp.

Welwitschia mirabilis

Gnetum sp.
B) Coniferophyta

Pinus sp.
C) Gynkgophyta

óvulos

Sementes

Estrobilos
masculinos
Gynkgo biloba
D) Cycadophyta

Planta feminina com


sementes em esporofilos não
reunidos em estróbilo
Planta masculina com
estróbilos
Cycas sp.
microsporangiados
E as Angiospermas?
Plantas com sementes protegidas
pela parede do fruto.
Arthur Cronquist
(1919-1992, norte-americano) 5. Lilliidae

4. Zingiberidae
1968, 1981, 1988
3. Commelinidae

1981 publica The Integrated 2. Arecidae Liliopsida

System of Classification of (Monocotiledôneas)


1. Alismatidae
Flowering Plants

Divisão Magnoliophyta Magnoliopsida


(Angiospermae) (Dicotiledôneas)

Classes Magnoliopsida
(dicotiledôneas) com 6
subclasses e Liliopsida
(monocotiledôneas) com
5 subclasses
Sistema Filogenético
das Angiospermas Grupos basais

segundo Monocotiledôneas

APG IV -2016
- Soltis et al. (2011) - 17 genes
dos três genomas para 640
táxons de angiospermas.
- Ruhfel et al. (2014) - 78
genes plastidiais codificadores
de proteínas de 360 táxons de
estreptófitas (incluíram as
clorófitas).
As duas análises chegaram a
conclusões gerais similares.
- Estudos com base em genes
nucleares com poucas cópias
(80% dos genes de plantas têm Eudicotiledôneas
muitas cópias) - filogenômica.
Angiospermas E) Angiospermas ou Anthophyta
Flores e frutos - Angiospermas Basais - ANA
Illicium sp.
Austrabayleales

Amborella trichopoda
Amborelales

Nymphaea sp.
Nympheales
- Magnolídeas

Magnolia grandiflora
Magnoliales

Piper aduncum
Piperales
- Eudicotiledôneas

Delonix regia
Clusia lanceolata

Helianthus annuus

Platanus occidentalis
Cucurbita pepo
- Monocotiledôneas
Oncidium sp.

Oryza sativa
Monstera deliciosa

Iris sp.

Lilium sp.
Phoenix sp.
Como se inicia qualquer estudo
com plantas para as mais diversas
finalidades?
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Herbário
Qualquer estudo envolvendo plantas medicinais
deve ser iniciado pela amostragem botânica. Para
tanto, um material testemunha (exsicata ou
voucher) deve ser preparado. Este material
consiste em um ramo da planta, de preferência
fértil (ou seja, com flores e ou frutos), que é
prensado, seco e acondicionado em uma coleção
científica chamada de herbário.
O que são
Herbários?
É uma coleção
botânica
reconhecida – um
museu de plantas –
que armazena e
cataloga inúmeros
espécimes secos
montados (colados
ou costurados) em
folhas de cartolina
Conservação de
amostras especiais
Formaldeído entre 5 e 12%, ou
álcool etílico de 50 a 70%.

Carpoteca

Mistura de álcool etílico, formaldeído, glicerina, ácido


acético glacial, nitrato de amônia e cloreto de cobre
Campus Sede da UEM - 1º Pavimento
-Área de Botânica (DBI) – Laboratórios
de Aula, Laboratórios de Pesquisa e Salas
de Professores
Ralph João George Hertel (1923-1985), nascido em 12 de
junho de 1923 na cidade de Curitiba, foi um dos grandes
naturalistas de sua época. Em 1943, ingressou na primeira
turma do curso de História Natural da Faculdade de
Filosofia, Ciências e Letras do Paraná, primeiro do Estado e
terceiro do país. Três anos mais tarde, em 1945, foi
diplomado bacharel.
Na década de 1950, foi um dos fundadores da Sociedade
Paranaense de Ciências Naturais (SPCN), de cuja publicação
científica, a Dusenia, ele seria o primeiro editor.
Doutor em Ciências e livre docente em Botânica, Hertel foi
colaborador do Museu Paranaense, professor efetivo de
Botânica da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do
Paraná, professor da Universidade Federal do Paraná, chefe
da Divisão de Botânica do Instituto de Defesa do Patrimônio
Natural do Estado do Paraná e presidente da Sociedade
Paranaense de Ciências Naturais, além de fundador do
departamento de Botânica da Universidade Federal do Paraná.
Ao longo de sua carreira, visitou várias áreas da Botânica,
estudando protistas, fungos, pteridófitas, ecologia e
biogeografia, até finalmente especializar-se em morfologia e
evolução dos órgãos reprodutivos das plantas. Morreu aos 62
anos, em 10 de maio de 1985.
Conservação de amostras
especiais

Xiloteca –
Cascas, madeiras
e espinhos
Herbário
O curador é o
responsável pelas
coleções do acervo,
sendo então a
manutenção das
coleções, bem como o
atendimento aos
usuários, suas
principais atribuições.
Herbário da Universidade Estadual de Maringá (PROHUEM) - Bloco H78
Década de 1980: flora dos
remanescentes florestais
urbanos da cidade de Maringá
1ª Curadora: Irenice Silva
- 30.000 registros
COM.CIÊNCIA - HORTO -
HERBÁRIO UEM
https://youtu.be/OR0_z8WUMkc
- 36.800 registros (plantas
vasculares, coleções de
briologia, micologia e ficologia)

- Rede Brasileira de Herbários


- Index Herbariorum
-PELD/CNPq – site 6, Taxon line:
rede paranaense de coleções
biológicas
-Specieslink (specieslink.net)
Como coletar?
• cada planta coletada deve ser
suficiente para se obter no mínimo cinco
(5) exsicatas;

• o material deve estar o mais completo


possível, isto é, com folhas, flores e/ou
frutos;

• exsicatas somente com folhas não têm


valor científico, mas são muito
importantes.
Herbário
Coleta de material botânico
Herbário
Como coletar?
Árvores ou arbustos – ramos de 40 cm de comprimento
com galhos laterais até 25 cm de
largura.
Herbário
Como coletar?
Ervas – planta inteira (raiz, caule, flores e frutos)
Herbário
Como coletar?
Anotar os seguintes dados:

• número do coletor;
• procedência ou local de coleta;
• data da coleta;
• nome do(s) coletor(es);
• observações sobre a planta e informações
gerais:
porte da planta;
habitat;
altura;
características da flor e do fruto;
cheiro, cor do tronco, se tem látex, etc...
Modelo de etiqueta
utilizada no Herbário
do Departamento de
Ciências Florestais da
UFSM

Página do
livro de
coletas
Herbário
Como coletar?
Acondicionamento para transporte do material
coletado no campo.
Como prensar?
Herbário
Secagem:
Identificação:
Comparação com exsicatas dos herbários;
Chaves taxonômicas;
Bibliografia especializada;
Envio a especialistas nacionais e estrangeiros;
•Nomes científicos:
- Index Kewensis
- Iinternational Plant
Names Index
Sites especializados:
-Angiosperm Phylogeny
Website
www.mobot.org
-GBIF | Global
Biodiversity Information
Facility
gbif.org
Herbário

Montagem:
Herbário
Montagem:
Armazenamento e Preservação da Coleção
Um herbário moderno inclui diversas coleções de
angiospermas, gimnospermas, pteridófitas, musgos,
briófitas, líquens, algas e fósseis.

Outros tipos de documentos podem


também ser encontrados nessas instituições, tais
como, fotografias, amostras de madeira,
lâminas (pólen, anatomia), cadernetas de campo,
diários, cartas, manuscritos, ilustrações botânicas etc.

Estão oficialmente registrados na última edição do


Index Herbariorum, 2.639 herbários em 147 países,
totalizando 272.800.926 espécimes. Apenas três
herbários apresentam coleções com 5 milhões ou mais
de espécimes: Kew (Inglaterra), Leningrado (Rússia) e
Paris (França)
TÉCNICAS BÁSICAS EM MORFOLOGIA
E ANATOMIA VEGETAL DESDE A COLETA ATÉ A
OBSERVAÇÃO, DESCRIÇÃO E ILUSTRAÇÃO
Técnica para Obtenção de Cortes e Observação
em Microscopia de Luz

Estilete

Lamínula
Retirar os
cortes com o
auxílio de Água,
pincel glicerina ou
Gelatina
Corte do material
glicerinada
Técnica para Dissecação de Material e Observação
em Microscópio Estereoscópio

Flor de Alamanda sp.


inteira

Flor de Alamanda sp.


dissecada
DO EMBRIÃO À PLANTA ADULTA
► O desenvolvimento das espermatófitas ou plantas com
sementes inicia-se com a germinação das sementes.
semente = embrião + endosperma + envoltório

Semente de mamona em corte

Envoltório seminal

Endosperma
Cotilédone Ápice caulinar
Ápice radical
A B
Eixo embrionário
DO EMBRIÃO À PLANTA ADULTA
DO EMBRIÃO À PLANTA ADULTA

Seção longitudinal da semente de


mamona. EM – endosperma; CO –
cotilédone; MC – meristema apical
caulinar; PD – protoderme; PC –
procâmbio; MF – meristema
fundamental; MR – meristema apical
radicular; CF - coifa
CÉLULA VEGETAL
Tonoplasto Núcleo
Vacúolo
Peroxissomo Carioteca Nucléolo Cromatina

Ribossomos
Paredes primárias Retículo endoplasmático
rugoso

Mitocôndria Retículo endoplasmático


liso
Parede primária
Plasmalema
Parede celular

Lamela média
Aparelho de Golgi
Parede primária Plastídio
Espaço intercelular
PLANTA VASCULAR MOSTRANDO OS ÓRGÃOS VEGETATIVOS E TECIDOS

Primódio foliar Folha – Seção transversal


Cutícula
Epiderme adaxial
Parênquima clorofiliano
Ápice caulinar

Mesofilo
paliçádico
Meristema apical
Xilema
Nó Floema Tecido vascular
Entrenó Estômato
Gema axilar com
Epiderme abaxial
meristema Folha
Cutícula Parênquima clorofiliano
esponjoso
Tecido vascular
Epiderme Caule – Seção transversal
Córtex Parênquima
Medula
Raiz lateral
Xilema
Raiz primária Tecido vascular
Floema
Pelo radical Câmbio vascular
Epiderme Raiz – Seção transversal
Periciclo
Coifa
Endoderme
Xilema
Ápice radical Tecido vascular
Floema
Meristema apical
Córtex parenquimático
Pelo radical
Câmbio vascular
OS TECIDOS SECUNDÁRIOS

Citharexylum myrianthum

Secção transversal Longitudinal tangencial Longitudinal radial


MORFOLOGIA DA RAIZ
MORFOLOGIA DO CAULE
MORFOLOGIA DA FOLHA
MORFOANATOMIA DA FLOR
MORFOANATOMIA DO FRUTO
MORFOANATOMIA DA SEMENTE
Sistemas de classificação
Classificação: delimitação,
ordenamento de táxons
Tipos de Sistemas de
classificação:
• Artificiais: baseados em um
ou poucos caracteres, não
refletem os padrões
evolutivos.
• Naturais: baseados na
afinidade natural dos
vegetais
- Evolutivos e Filogenéticos:
baseados na história
evolutiva dos grupos de
vegetais
Carolus Linnaeus (1707-1778) - sueco
Publicações: Systema Naturae (1735)
Genera Plantarum (1737)
Species plantarum (1753)

“Pai da taxonomia”- Desenvolveu o


sistema binomial de nomenclatura
Elaborou Sistema de Classificação
Lineano ou Sexual - baseado nas
relações numéricas de partes florais,
principalmente estames e pistilos
Caracterização botânica das
principais famílias, presentes na
farmacopéia brasileira
Asteraceae

In Traditional Chinese medicine, it


is also acclaimed as a nontoxic
herb with exceptional values for
its choleretic, diuretic,
antirheumatic and anti-
inflammatory properties. Several
flavonoids including caffeic acid,
chlorogenic acid, luteolin, and
luteolin 7-glucoside have been
isolated from the dandelion
(Williams et al., 1996).

Taraxacum officinalle F.H. Wigg


Lamiaceae

Salvia officinallis L.
Leguminosae

Hymenaea stignocarpa Mart. Ex Hayne


Solanaceae

Datura stramonium L.
Zingiberaceae

Zingiber officinalle Roscoe.


Apocynaceae

Nerium oleander L.
Euphorbiaceae

Jatropha gossypifolia L.
Araceae

Dieffenbachia seguina var. decora (Engl. & Mart.) Engl.


Importância dos caracteres
morfológicos na identificação da
material prima vegetal.
Finalizo esta apresentação convidando-os
a viajar no fantástico universo da Botânica e, em
sua aplicação na Farmácia.

MUITO OBRIGADA!

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