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Princípios do Marketing Pessoal

Alguma vez você já viveu a constrangedora situação de estar conversando com uma pessoa
e, de repente, ela perguntar-lhe: “Qual é mesmo seu nome?” Já teve que sair correndo atrás de papel
e caneta para dar seu telefone a alguém, pois surgira uma oportunidade? Já sentiu a angústia de ter
enviado centenas de currículos e não ter obtido resposta? E frustração por ver aquela pessoa “menos
qualificada” ser promovida em seu lugar?
Se isto já aconteceu com você não se preocupe, pois não significa que lhe faltem
qualificações: simplesmente você está descuidando de seu marketing pessoal. Agora a boa notícia:
isto tem solução.

Para começar a cuidar de seu marketing pessoal, o primeiro passo é fazer um planejamento
de seus objetivos de vida. Escreva numa folha de papel quais são seus sonhos, suas metas a curto,
médio e longo prazo. Por exemplo: “Esta semana eu quero conhecer novas pessoas e aumentar meu
leque de amizades” é uma meta de curto prazo; “No início do ano que vem vou estar trabalhando” é
uma meta de médio prazo; “Daqui a quatro anos vou estar me formando na Faculdade” é uma meta
de longo prazo. Escrevendo suas metas num papel, você estará transmitindo ao seu cérebro estas
informações como se fosse um decreto a ser cumprido. Experimente e verá como os acontecimentos
o guiarão rumo aos seus objetivos.

Outra ação que contribuirá para seu desenvolvimento pessoal e profissional (e para a
obtenção de resultados) é você passar a ousar mais. O que significa a palavra ousar? Significa ter
coragem de ser você mesmo, aceitar-se, reconhecer seu próprio valor. Quantas vezes você deixou
escapar uma oportunidade por não ter tido coragem de expor-se? Quantas vezes deixou de
apresentar uma idéia por temer a crítica dos outros? E quantas vezes deixou de aproximar-se de uma
pessoa em virtude de seu próprio julgamento, do tipo “Não estou à altura?”
Acredite: a ousadia é uma atitude que se desenvolve pela ação. Quando nos arriscamos a
fazer algo diferente, estamos ousando. Experimente arriscar mais e logo você descobrirá que tanto a
vitória quanto a derrota nos ensinam muito. Aliás, a derrota não vem para aquele que arriscou e
errou, para aquele que tentou e perdeu, mas sim para aquele que não teve a coragem de arriscar.
Como disse Roosevelt: “É bem melhor lançar-se à luta em busca do triunfo, mesmo expondo-se ao
insucesso, que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito, nem sofrem muito; e
vivem nessa penumbra cinzenta sem conhecer vitória nem derrota”.

Semanalmente, estaremos conversando neste espaço sobre marketing pessoal, ou seja, poder
pessoal. Caso tenha alguma dúvida ou sugestão, mande uma carta para o jornal Bragança Hoje,
seção Marketing Pessoal, ou envie um e-mail para aspolachini@yahoo.com.br.

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Alexandre Polachini é formado em Comunicação Social pela Universidade de São Paulo e


pós-graduado em Marketing e Negócios. Já ministrou cursos e palestras para mais de 3.000 pessoas
sobre os temas Marketing Pessoal, Técnicas de Vendas e Motivação.
Alternativas para o desemprego
Se você perdeu o emprego e anda procurando recolocar-se no mercado, já considerou a
hipótese de nunca mais ter sua carteira de trabalho assinada? Talvez este seja o momento...
As transformações tecnológicas, econômicas e sociais têm gerado uma profunda
reestruturação nas relações empresa-empregado. O emprego formal, aquele da carteira de trabalho
assinada, férias, 13º salário, é hoje uma espécie em extinção. Se antes as pessoas sonhavam entrar
para uma grande organização, na qual pudesse desenvolver sua carreira até se aposentar, atualmente
o simples fato de se estar empregado já é uma façanha. Ex-funcionário de banco e industriais sabem
bem o que estou dizendo. Muitas cargos simplesmente deixaram de existir e não há ilusões: nunca
mais voltarão.
No entanto, há uma luz no fim do túnel (aliás, diversas luzes). Em meio a um aparente caos
vêm surgindo novas oportunidades – não mais no formato de emprego seguro (que sabemos nunca
for realmente seguro), mas sob outras modalidades de trabalho, mais “livres” e mais compensadoras
financeiramente.
Uma destas soluções é o cooperativismo. Surgindo como uma alternativa ao desemprego, as
cooperativas de trabalho têm absorvido a mão-de-obra que o mercado formal não mais comporta.
Proporcionando aos trabalhadores cooperados permanente atualização e treinamento, as
cooperativas vêm conquistando um mercado até a pouco dominado Por empresas de terceirização
com uma grande vantagem sobre estas: a diminuição dos encargos sobre a remuneração do
trabalhador (no fundo, o grande fantasma das empresas).
Outra alternativa para os desempregados é o trabalho autônomo. Atuando a partir de projetos
com foco nos resultados, muitos trabalhadores têm conseguido uma renda superior a que recebiam
como empregados. As áreas de vendas e telemarketing são atualmente as mais “quentes”.
Já para aqueles que estão desempregados e não querem mais ter um chefe, existe a opção de
se tornarem consultores ou empreendedores. Esta é a alternativa que proporciona maior liberdade e
realização, entretanto é a que exige maior responsabilidade, autodisciplina, controle emocional e
recursos.
Como vimos, existem inúmeras alternativas ao emprego formal. Uma vez que os cenários
apontam para um futuro no qual não haverão mais carteiras de trabalho assinadas, o melhor a fazer
é começar a pensar seriamente neste assunto – mesmo que você seja um dos que ainda estai
empregados.

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