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Personal Branding e

Gestão da Autoimagem

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Personal Branding e Gestão da Autoimagem

A compreensão do que significa incentivar profissionais de qualquer área a ativar


mecanismos que alavanquem, gerenciem e controlem de forma eficiente a sua
própria marca. Esse conjunto de ações também é conhecido como personal
branding, ou seja, controle da sua marca pessoal.

Todos conhecemos pessoas que ao longo de suas carreiras se tornam profissionais


brilhantes. Sempre nos perguntamos por que elas sempre conseguem boas
promoções, convites para empresas ditas de primeira linha, aquelas que nos fazem
sentir orgulho por exibirmos o crachá como funcionários, salários mais altos. Enfim,
pessoas que parecem que nada dá errado em sua vida

Também conhecemos outros profissionais, diga-se de passagem, a maioria das


pessoas, para quem parece que as coisas nunca dão certo. Quando encontram um
bom emprego, a empresa pede falência ou não se dá bem com o chefe o que
acarreta não conseguir oportunidades de crescimento dentro da empresa, ou país
entra em uma profunda recessão que atinge potencialmente a sua área de atuação.

Passamos os dias nos perguntando será que é sorte ou azar o que diferencia os
excelentes profissionais dos profissionais medíocres? Se estamos aqui hoje é porque
acreditamos que não e que precisamos aprender a melhorar nossa posição,
conquistar espaços e vencer.

Esses espaços podem ser conquistados a partir da nossa marca pessoal ou personal
branding e do nosso marketing pessoal ou gestão da autoimagem, pois mesmo
aquele que se julga incapaz ou sem vontade de gerir sua própria imagem e assume
algumas atitudes, como por exemplo, "eu não preciso aparecer", "eu não preciso me
vender", faz "marketing pessoal" tanto quanto aqueles que fazem questão de
multiplicar seus feitos para todo mundo.

O marketing funciona para vender roupas, serviços médicos, remédios, material de


limpeza, cosméticos e diversos outros produtos consumidos no cotidiano do ser

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humano comum. Será que é realmente adequado para vender a imagem dos
profissionais?

Para responder a essa e outras perguntas, primeiramente vamos a algumas


definições:

MARKETING

O conceito é relativamente recente e como todos os conceitos da área de


administração, este também surgiu de uma necessidade imposta pelo mercado, de
reformulação da relação empresa versus consumidor. De uma forma mais
abrangente, marketing poderia ser definido como o conhecimento das necessidades
e desejos dos consumidores, a partir das respostas a algumas perguntas:

 Existe alguém querendo comprar aquilo que eu quero vender? = PRODUTO;

 Onde o consumidor pode encontrar o produto desejado? = PRAÇA (ou ponto


de venda);

 Como ele vai conhecê-lo? = PROMOÇÃO; e

 Quanto custa? = PREÇO.

Esses são os conhecidos como composto de Marketing ou os quatro Pês (4Ps), que
servem para a compreensão das diversas frentes que as empresas precisam escolher
no processo de criação de um produto, seja ele um bem ou um serviço.

Num dado momento, as empresas perceberam que existe um componente mais


importante no processo de marketing e que deveria ser acrescentado ao composto,
ou seja, um quinto P = PESSOA, pois são as pessoas que precisam ser bem
atendidas quando compram e são as pessoas que devem saber vender.

Nesta disciplina vamos acrescentar e estudar mais detalhadamente esse quinto P =


PESSOA.

Gestão da Autoimagem ou Marketing Pessoal

Costuma-se dizer que “você pode ser quem você quer ser; só depende de você”.
Será isso verdade?
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O produto do profissional não são apenas suas habilidades, mas ele próprio e tudo o
que ele sabe fazer. Portanto, a visão do marketing pessoal é diferente da do
marketing de produtos, pois se um produto de uma determinada marca não atende,
a empresa tira aquele produto do mercado e lança outro para substituí-lo. Mas no
caso de um profissional já não é tão simples assim, uma vez que, se ele errar ou
deixar a desejar e for substituído por outro, pode sofrer danos irreparáveis na sua
carreira. Portanto, o material promocional que todo profissional deve utilizar em
primeiro lugar é ele mesmo.

Marketing pessoal pode ser definido como a gestão da autoimagem, na qual sua
imagem é desenvolvida a partir de aspectos como: amizades, comportamentos,
atitudes, vestimentas, cheiros, cuidados com higiene básica, bens materiais,
qualificação profissional, conquistas alcançadas, amizades e bens materiais.

Assim sendo, em gestão da autoimagem são criadas ferramentas de marketing para


vender ao público alvo uma imagem. Já no processo de estudo de personal branding,
tudo se descobre, nada se cria.

De acordo com Philip Kotler, considerado um dos grandes gurus do marketing, o


marketing pessoal é “uma nova disciplina que utiliza os conceitos e instrumentos do
marketing em benefício da carreira e da vida pessoal dos indivíduos, valorizando o
ser humano em todos seus atributos”, ou seja, é um segmento do marketing
aplicado ao indivíduo, às pessoas, a cada um de nós especificamente. Todos nós
temos uma marca pessoal atrelada ao nosso nome e ao que fazemos
profissionalmente.

O marketing pessoal consiste em posicionar-se como um especialista em


determinada área do conhecimento. De finanças a software, de esportes a moda,
enfim qualquer área.

Algumas ações básicas são necessárias para que seu marketing pessoal tenha um
impacto positivo:

 Compartilhar seu conhecimento com os outros de maneira clara e


transparente;
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 Posicionar sua marca na mente do seu público-alvo (clientes, empresários,
recrutadores).

 Tornar-se consistente e cada vez mais presente para sua audiência.

 Fortalecer suas relações profissionais e se tornar alguém que as pessoas


admiram e valorizam.

 Saber comunicar ao mundo o que o torna único e diferente dos demais é o


que fará de você uma marca de sucesso.

Personal Branding ou Marca Pessoal

O trabalho de marca pessoal ou personal branding parte do que já existe, ou seja, de


atributos que a pessoa possui, como por exemplo, competências, conhecimento,
poder de comunicação e persuasão, e / ou experiências profissionais e pessoais, que
podem não estar sendo comunicados de forma correta a ponto de serem percebidos
pelos outros.

Se em alguns momentos você pensa em se vender como um produto, você não foi o
primeiro e não será o último, pois para se encontrar um emprego, administrar a sua
reputação ou criar uma nova imagem existe o personal branding que é um método
que propõe o uso de técnicas de comunicação e marketing, usadas para dar
notoriedade a uma marca, a uma pessoa.

A Internet democratizou o acesso às técnicas de personal branding, fazendo com que


todas as pessoas tenham em mãos poderosas ferramentas de comunicação, tais
como:

 Blogs

 Páginas pessoais em redes sociais

 Vídeos

O personal branding é indicado para as pessoas que procuram emprego ou que


estão em transição profissional; para as que desejam se capitalizar através do seu

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sucesso e carisma na conquista de novos mercados ou reforçar a sua reputação na
empresa onde trabalha.

O termo Personal branding (Marca Pessoal) surgiu na obra de Napoleon Hill “Quem
pensa enriquece”, no ano de 1937, em que o autor lista alguns dos passos para a
riqueza, que aprendeu com Dale Carnegie. Depois apareceu novamente em
“Posicionamento – A batalha por sua mente”, de Al Ries e Jack Trout em 1981.

Mas o termo Personal branding se popularizou apenas em 1997 com Tom Peters,
autor e profissional renomado da administração norte-americana.

Peters escreveu no final da década de 90 a obra:”Brand You50: Fifty Ways to


Transform Yourself from an ‘Employee’ into a Brand That Shouts Distinction,
Commitment, and Passion!” . TRADUÇÃO: “A Marca 50Você: Cinquenta maneiras de
se transformar de “empregado’’ em uma marca que respira diferença, empenho e
paixão”.

Gerenciar o Personal Branding

Alguns fatores são primordiais para o sucesso de sua marca, pois


independentemente do tempo de ingresso na sua carreira, você precisa conhecer
melhor do que ninguém suas forças e fraquezas, e a partir daí conhecer e ter
domínio sobre a sua própria marca através do gerenciamento do personal branding,
uma vez que a sua marca pessoal parte de algo concreto e verdadeiro.

Princípios básicos para gerenciar sua marca pessoal

Conforme já foi mencionado anteriormente o trabalho de marca pessoal ou personal


branding parte de algo existente, de atributos que as pessoas já possuem, porém
podem não estar sendo informados de forma correta a ponto de serem percebidos
pelos outros. Já o marketing pessoal prega que “você pode ser construído e ser
quem você deseja”.

 Estudar a sua essência

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Para se destacar e ter visibilidade é necessário expor as características que tornam
você único, o que torna você diferente. Porém, para que isso aconteça, é necessário
que você conheça sua verdadeira essência e, a partir deste autoconhecimento, será
possível compreender como o outro percebe você e o impacto que você causa no
outro.

 Identificar seu talento

O que caracteriza você como indivíduo são as suas características socioculturais, seus
hábitos e seus comportamentos, ou seja, o seu talento faz parte da sua marca
pessoal.

 Definir seu público-alvo (target)

É necessário conhecer com quem você vai falar antes de você comunicar sua marca
pessoal de forma clara e com uma comunicação constante. É fundamental neste
processo que sua marca seja oferecida e percebida de forma consistente e relevante
por todas as pessoas que fazem parte do seu target ou público-alvo, pois é
necessário conhecer os grupos com que você se comunica com frequência, se são
amigos, familiares, colegas de trabalho, concorrentes ou clientes.

 Identificar seus atributos

Os seus atributos são as características mais fortes que o representam e que deverão
ser trabalhadas na sua marca pessoal. Seus atributos precisam ser sempre
comunicados de forma que sejam percebidos pelos outros. É preciso mostrar o que
você tem de melhor e anular ou tirar o foco dos atributos menos favoráveis, dando
destaque ao que é importante e descartando o que é irrelevante.

 A história da sua marca

Conte sua real história de forma inteligente e criativa. É muito difícil para algumas
pessoas utilizar esta ferramenta porque não conseguem passar seus valores de
maneira objetiva e estratégica. O primeiro passo é ser coerente, transparente, pois
tudo aquilo que é ou parece falso perde a credibilidade. Nunca perca o foco e
mantenha-se alinhado à mensagem e aos valores que deseja transmitir através de
cada história, seja ela presencial, virtual, visual, escrita ou auditiva. Utilize uma
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linguagem certa e adequada ao seu ouvinte e assim, mais próximo você estará do
seu público-alvo.

 Criar suas próprias ferramentas de marketing

As ferramentas de marketing mais utilizadas para a comunicação da marca pessoal


são biografia, currículo e mídias digitais. Para se atingir os resultados esperados é
necessário que essas ferramentas sejam personalizadas.

 Avaliar sua identidade e criar um planejamento de mídia digital

Sua identidade é a sua marca, e como toda marca, deve haver uma linearidade na
mensagem transmitida, independentemente do canal onde ela será exposta.
Atualmente, mundo real e mundo virtual se fundem e o mesmo acontece com a sua
identidade real e a virtual. Você precisa ser a mesma pessoa nos dois universos e
transmitir suas mensagens de forma eficaz. Qualquer inconsistência entre as duas
identidades colocará sua credibilidade em risco. Portanto, tenha critério e trate sua
identidade como uma marca de grande valor.

 Gerenciar sua identidade visual

Gerenciar o ambiente da sua marca é criar ícones e textos visuais que a


representem. Desta forma torna-se muito mais eficiente e eficaz o processo de
registro e identificação da sua marca.

 Seja sua marca

A consistência é parte fundamental do processo de gerenciar a marca pessoal. A


essência da marca precisa estar presente e alinhada em todos os ambientes em que
a marca estiver inserida e nas parcerias que forem estabelecidas. Os ambientes da
marca compreendem estilo pessoal (roupas, conhecimentos, cheiros e assessórios),
ambiente físico (casa, escritório, restaurante e shopping), linguagem corporal e
verbal, comportamento, logomarca e todo o material usado para sua apresentação.

 Comunicar sua marca de forma clara e consistente

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Gerencie sua marca pessoal até o momento em que tudo se torne um processo
natural. Este processo precisa ser claro na forma e no objetivo e consistente com
tudo o que for apresentado e executado.

Gerenciando seu branding pessoal

Os termos “marca = branding” e “marketing” associamos logo a um produto, seja ele


um bem manufaturado ou não, ou um serviço. Porém, você também tem uma
marca, ou seja, você próprio é uma marca. Visto por esse ângulo, todos nós temos
uma marca. Trata-se de "marca pessoal", de "marketing pessoal” e de "branding
pessoal" e precisa ser gerenciado.

 marca pessoal é a percepção que as outras pessoas têm sobre você;

 marketing pessoal são as ferramentas e estratégias que você utiliza para


vender sua imagem; e

 branding pessoal é o gerenciamento de sua marca.

Personal branding é uma grande estratégia no campo profissional, que é muito


competitivo, pois hoje escolaridade e experiência são obrigatórios, mas não
suficientes para se destacar. As empresas estão constantemente à procura dos
melhores candidatos para ocupar os seus postos de trabalho. Os conceitos e
estratégias aplicados a empresas, pessoas jurídicas, são os mesmos aplicados a um
profissional, pessoa física.

Construir a sua marca é juntar quem você é com o que você faz, permitindo
transmissão da mensagem correta. E, assim como a marca de uma empresa, a sua
também precisa ser gerenciada.

Não pense que por não conhecer pessoalmente algumas pessoas, estas não podem
tirar conclusões a seu respeito. Atualmente, temos acesso às informações sobre
qualquer pessoa em qualquer lugar em poucos segundos. Nossas marcas repercutem
24 horas por dia nas mídias sociais. Exatamente por isso, devemos gerenciar a forma
como queremos ser percebidos pelo mercado.

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Estratégias para mudar sua marca pessoal

Estratégias competitivas para alterar a marca pessoal são compostas por ações
ofensivas e defensivas de uma pessoa para criar uma posição sustentável dentro de
uma empresa. Também podem ser definidas como a arte de planejar e executar
movimentos para sair de um estágio e chegar a outro administrando seu personal
branding.

Michael Porter, um professor da Harvard Business School com interesse nas áreas de
Administração e Economia, é considerado a maior autoridade mundial em estratégia
competitiva e identificou três estratégias competitivas que podem ser usadas
separadamente ou em conjunto para criar uma posição sustentável a longo prazo.

1. A primeira é a estratégia competitiva de custo, na qual a empresa busca


eficiência produtiva, ampliação do volume de produção e minimização de gastos com
propaganda, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, e tem
como diferencial o preço que costuma ser um dos principais atrativos para o
consumidor.

2. A opção pela estratégia competitiva de diferenciação faz com que a empresa


invista mais pesado em imagem, tecnologia, assistência técnica, distribuição,
pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado e qualidade,
com a finalidade de criar diferenciais para o consumidor.

3. A estratégia competitiva de foco significa escolher um público-alvo ao qual a


empresa atende as necessidades específicas e pode oferecer algo considerado único.

A adoção de qualquer estratégia competitiva tem seus riscos e suas armadilhas. Na


estratégia de custos, as principais são: a excessiva importância que se dá à
produção; a possibilidade de acabar com qualquer chance de diferenciação; a
dificuldade de se ter um critério de controle de custos; e que surja no mercado um
novo concorrente com uma nova tecnologia e um novo processo passe a valorizar o
produto por critérios diferentes. Na estratégia de diferenciação, as principais

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armadilhas são representadas pela diferenciação excessiva, pelo preço muito elevado
e por um enfoque exagerado no produto. Na estratégia de foco o risco é que o
segmento escolhido não permita à empresa operar.

Conforme já foi mencionado anteriormente, podemos utilizar os conceitos das


estratégias apresentados por Porter e aplicá-las ao nosso quinto P = Pessoas.

Segundo Bender (2009), estratégias interessantes também são aplicadas para


começar a estabelecer o foco em busca de conhecimento e de valorização da sua
marca pessoal. Para tanto, é necessário fazer uma série de questionamentos antes
de tomar uma posição e três perguntas irão avaliar com mais clareza quais passos
são os mais importantes. São elas:

1. O que isso pode representar para agregar valor à minha marca pessoal hoje?

2. O que isso pode representar para minha marca pessoal daqui a alguns meses?

3. O que isso pode representar para minha marca pessoal daqui a alguns anos?

Quando você faz essas perguntas, passa a ser mais seletivo com seu conhecimento e
com seus movimentos estratégicos; começa a priorizar o que realmente é importante
e o que é irrelevante para a sua marca e a sua carreira. Você dá sentido às coisas,
hierarquiza suas prioridades e não perde oportunidades.

É preciso lembrar que ao realizar uma ação hoje, que aparentemente não tenha
valor nenhum, sendo vista apenas como mais uma tarefa, no futuro talvez você
descubra que ela foi decisiva para gerar valor para a sua carreira, impulsioná-la e
levar até onde você está.

Agora, vamos fazer uma retrospectiva de quantas coisas você deixou passar sem se
envolver e que poderiam tê-lo ajudado muito em sua trajetória. Agora pense nas
coisas que ignorou (quando aconteceram) e que depois você descobriu que
poderiam ter valorizado sua marca. Quer exemplos? Uma palestra gratuita numa
entidade de classe pode parecer, num primeiro momento, mais um evento cujo

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preparo significa gasto de tempo e de energia. Perda de tempo, diria a maioria das
pessoas.

Ao fazer as perguntas propostas, você avalia as possibilidades de ganho a médio e a


longo prazos.

Marca Pessoal x Marketing Pessoal

Relacionamos o marketing pessoal à vida executiva e ao desenvolvimento de


carreiras em grandes corporações. Vamos apresentar um roteiro detalhado, um
passo-a-passo de como você pode explorar o marketing pessoal em toda a sua
extensão, para alcançar seus objetivos a partir da mudança da sua marca pessoal.

Vamos abordar todos os aspectos envolvidos no marketing pessoal, da autoanálise


necessária para saber exatamente quem você é, às atitudes que deve tomar na hora
de mudar a sua marca.

Para vencer, você deve se ver de maneira diferente. Ver-se como um produto de
uma marca pessoal forte, pois é uma forma de você saber se vender melhor. Afinal,
o objetivo maior do marketing pessoal é esse mesmo, e a ideia é que você aprenda a
valorizar as suas competências, corrigir as suas falhas e melhorar naquilo em que
não é tão bom.

Seu marketing pessoal tem que ser alimentado pela sua essência, seus princípios,
seus valores, suas atitudes e suas posturas diante de diferentes situações que
poderão construir ou destruir sua reputação da noite para o dia. Lembre-se sempre
que você deve ser único porque o que dá certo para alguns pode não
necessariamente ser adequado para você.

Antes de traçar um plano de marketing pessoal eficaz, é fundamental fazer uma


autoavaliação realista:

1) Conheça a si mesmo

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A insatisfação é fundamental para dar início a um processo de transformação. Tenha
uma identidade própria, se conheça e avalie seus desejos e sua personalidade pois
esses fatores são geradores de mudanças.

É importante aproveitar e fazer uma reflexão sobre suas capacidades, suas


potencialidades, suas carências, seus interesses, seus valores e seus princípios. Não
esquecendo de avaliar como se desenvolvem seus relacionamentos, em geral.

Em seguida, faça uma lista dos objetivos que quer alcançar e defina um prazo para
cada um deles. Assim você estará fixando metas. Quanto mais fundo você for,
melhor. Acrescente perguntas relacionadas ao seu desempenho profissional e às
suas atitudes, especificamente. Responda às seguintes perguntas:

 Qual é o serviço que ofereço?

 Em que aspectos eu sou especial?

 Como posso ser confiável?

 Eu faço diferença?

 Como posso me diferenciar dos outros?

É a partir do autoconhecimento que você vai definir de que forma você pode render
mais para atingir suas metas.

2) Identifique seus sonhos

Identifique seus sonhos, objetivos, ideais e a qualidade de vida que deseja. Tenha
certeza do quanto de esforço está disposto a fazer, a que tipo de coisas está
disposto a renunciar e de quais não pretende abrir mão para conseguir chegar aonde
você quer.

3) Identifique a imagem que você passa

Vivemos em sociedade e dependemos uns dos outros. Pergunte-se o seguinte:

 O que falam de mim?

 Qual é a imagem que as pessoas têm de mim?


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 O que as pessoas pensam de mim?

Até aqui você já tem uma boa ideia do que é e como estruturar seu plano de
Marketing Pessoal. Porém, precisamos de mais. Uma vez construída a sua imagem e
a sua credibilidade, é preciso mantê-las:

a. Procure manter sempre a autoestima bem alta e tenha uma atitude proativa e
otimista diante da vida. Goste muito de você.

b. A filosofia do ganha/ganha é um dos pilares do Marketing Pessoal. É baseada


na premissa de que os acordos devem gerar benefícios para todas as partes. Adote a
filosofia de que você se torna eternamente responsável por aquilo que cativas.

c. Reavalie com frequência sua marca pessoal. Considerando se:

 Sou conhecido por hoje como era há um ano atrás;

 Meu projeto atual é um desafio;

 Aprendi coisas novas nos últimos três meses;

 Conheci pessoas novas e interessantes nos últimos seis meses.

Aparência e Imagem da Marca Pessoal

As marcas mais fortes da nossa imagem estão na nossa aparência. As pessoas


podem ser estigmatizadas pelo seu biótipo, como por exemplo, os gordos são os
lentos, os magros são os rápidos. Essa forma que o mundo tem de rotular as
pessoas não pode ser alterada, mas nós podemos minimizar esses preconceitos com
as roupas e com os acessórios que usamos, pois esses têm um papel importante na
formação da nossa imagem pessoal.

O sinal mais significativo da nossa imagem vem da aparência. Segundo Bender


(2009), se fossemos gordos, magros, alto ou baixos, deixaríamos as seguintes
impressões: lentos, rápidos, competentes ou incompetentes. Preconceitos ou não, a
verdade é que existe um estudo que comprova que os baixinhos eram preteridos

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pelos recrutadores de recursos humanos (RH) porque esses os viam como menos
capacitados do que os candidatos mais altos.

Atualmente, algumas técnicas e atitudes podem modificar esse cenário, como por
exemplo, as roupas, os acessórios, os cursos, dentre outras, têm papel importante
na formação da nossa imagem de marca pessoal.

É impressionante como não percebemos como alguns objetos que usamos nos
definem como um sujeito clássico, antiquado ou moderno, sejam eles um relógio ou
a ausência dele, um celular, um tablet, um notebook, um corte de cabelos, um tipo
de óculos, uma carteira, um batom, um brinco. Enfim, coisas que nós reparamos nas
pessoas que estão a nossa volta e que com certeza somos avaliados por essas
mesmas pessoas a partir dos objetos que usamos e das posturas que adotamos.

Assim sendo, é importante se sentir bem e saber que sinais você deseja passar e ser
coerente. Se não souber exatamente como agir, procure se informar. Existem muitos
cursos e manuais que ajudam você a se descobrir construindo uma imagem da sua
marca.

Persuasão

Kurt Mortensen ressalta em um de seus artigos que a principal habilidade das


pessoas prósperas é a persuasão. Brian Tracy, um renomado especialista em
persuasão, afirmou que as pessoas que não conseguem apresentar suas ideias ou
vender o seu peixe de maneira eficaz têm pouco poder de influência e não são
respeitadas.

A maior parte dos CEOs (Chief Executive Officer) das maiores empresas americanas
tem formação em vendas e marketing e aprenderam a persuadir.

Vamos falar aqui de uma das habilidades em persuadir, ou seja, entrar em harmonia
com quem quer que seja e é nesta hora que ficam as seguintes perguntas:

 Sua aparência importa?

 Como os outros julgam você?


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Costumamos dizer que “não compro um livro pela capa”, o que necessariamente não
é a realidade porque antes de abrirmos um livro para avaliar o seu conteúdo e
verificar se é do nosso agrado e definir pela compra ou não, primeiramente
precisamos nos sentir atraídos pela capa, algo na capa tem que ter nos agradado, as
figuras, as letras, as cores que formam o conjunto. Enfim, a aparência.

Usando essa metáfora podemos ir além e dizer que “julgamos um livro pela capa”,
assim como todo mundo está sempre julgando todo mundo, estamos
constantemente sendo rotulados como estranhos, inteligentes, poderosos, chatos, e
muitos outros adjetivos.

Desta forma, a aparência afeta nossa habilidade de ganhar e manter a empatia com
alguém. A aparência engana ou convence as pessoas. Elas vão reparar no seu peso,
nos acessórios como bolsas e joias, no seu cabelo, nas roupas que você escolhe para
vestir em cada ocasião.

É comum as empresas associarem pessoas de boa aparência a um rendimento mais


elevado e muito mais persuasivas que pessoas pouco atraentes.

A aparência é medida nos seguintes itens:

 As joias que usa;

 As roupas;

 O corte de cabelos;

 O estado das suas mãos e unhas;

 O rosto - o barbear e a maquiagem;

 Os acessórios que usa;

 O peso;

 Os sapatos.

Quando falamos do sexo oposto, o conceito de atratividade é ampliado. Mulheres


atraentes tendem a persuadir os homens com mais facilidade do que as sem
atrativos e vice-versa.

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Cuidado com a aparência, pois as primeiras impressões são as que ficam, elas levam
apenas alguns segundos para se formar e duram, às vezes, uma vida inteira. Como
você pode garantir que sua aparência está fazendo seu primeiro contato contar a seu
favor? Esse seu primeiro contato é vital para o seu sucesso. Na maioria dos casos
você não terá uma segunda chance, cuide do seu personal branding desde a
primeira vez.

Até aqui, você avaliou quem é, quais são os aspectos que deve mudar em seu
comportamento e como pretende construir sua marca pessoal. Chegou a hora de
detectar quais aspectos deve desenvolver para se tornar ainda mais competitivo no
mercado.

 Corra atrás

Foi Shakespeare quem disse: "Nada chega até você se você não fizer nada". Parece
óbvio, mas para muitas pessoas é melhor esperar as coisas acontecerem. É a
síndrome do Zeca Pagodinho: “deixa a vida me levar”. Porém, se você quiser
realmente melhorar sua imagem e alcançar seus objetivos, vai precisar sair do
marasmo e ir à luta. E deixar as pessoas perceberem o quanto você é bom naquilo
que faz e os benefícios intrínsecos que têm com seus serviços.

 Desenvolva sua rede de contatos

Crie uma comunidade de contatos úteis e vitais, uma rede de relacionamentos


(Networking) ou capital relacional, que muitas vezes vale mais do que dinheiro.

Mantenha sua agenda de email, caderno de endereços e telefones atualizados e se


faça lembrado, sempre que possível.

 Melhore sua comunicação

A chave da comunicação é sempre procurar entender primeiro e depois ser


compreendido. Tente colocar-se no lugar do outro, compreender seus paradigmas e
enxergar o mundo como ele o vê.

 Embalagem para o sucesso

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Nós temos uma embalagem que vai além da aparência física e das roupas que
vestimos. O que é importante é se assegurar que você controla não apenas a sua
embalagem, mas também a mensagem que ela transmite.

Gestão do seu marketing pessoal - Autoimagem

Por que investir na marca chamada você? A resposta é simples, compare suas
escolhas do dia-a-dia na compra de qualquer produto e notará que suas preferências
são por marcas que trazem junto ao nome bons valores agregados. No mercado de
trabalho não é diferente, o processo é semelhante. Cada pessoa precisa deixar seu
registro positivo na mente das outras e gerir sua autoimagem.

Benefícios do personal branding:

 Você aumenta sua visibilidade, se diferenciando dos outros de maneira


objetiva e atrativa;

 Quanto mais forte e coerente for sua Marca Pessoal, maior sua notoriedade;

 Você irá rever e reposicionar seus valores, seus talentos, seus objetivos;

 Psicologicamente, vai sentir-se extremamente seguro de suas escolhas e


decisões.

Os Princípios básicos do Marketing Pessoal


O grande segredo do reconhecimento, e isso pouca gente entende, é fazer mais que
o básico. Não espere ser reconhecido por fazer seu trabalho, para isso você já ganha
salário. Mas é importante observar que o reconhecimento, assim como a motivação,
vem de “dentro” de cada um. É preciso entender quem você é, o que tem diferente
dos demais. O reconhecimento tem mais a ver com o empenho que você dá a algo
do que com o objeto do trabalho em si. Isso influencia fortemente na forma como as
pessoas te veem.

São esses os princípios básicos:

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Foque no que você tem de bom, não no que não tem. Não se compare a padrões
que você não poderá alcançar, sejam físicos, intelectuais ou financeiros. Sempre vai
existir alguém melhor em alguma coisa, e se você focar nisso, nunca será melhor em
nada. Veja quantos milhões de pessoas estão lutando para chegar aonde você está e
note que sua situação até que é bem confortável.

2. Reconhecimento

Os seres humanos buscam padrões idealizados e têm o hábito de rotular as pessoas.


Use esse hábito em seu favor, torne-se uma referência no que deseja se destacar. As
pessoas não estão preocupadas em ouvir sobre sua vida, elas querem saber apenas
como você pode ajudá-las. Dentro do ambiente corporativo, ninguém estará ávido
em reconhecer seu trabalho se você não fizer um esforço de divulgação.

É a velha história da diferença entre a Pata e a Galinha. Embora o ovo da pata seja
maior ninguém comenta porque ele faz isso em silêncio, enquanto a galinha quando
põe um ovo, faz a propaganda.

3. Autoimagem

Qual o cargo que deseja alcançar? Quando você quer receber o reconhecimento que
julga merecer? O ponto central da resposta a estas perguntas sobre o seu sucesso
profissional é a autoimagem, ela é catalizadora das demais características.

4. Limitação de recursos

Na vida temos recursos limitados, por exemplo, financeiros e de tempo, portanto é


preciso decidir onde e como aplicar esses recursos. A melhor dica é aplicar onde dá
retorno, ou seja, invista na sua carreira através da escolha de cursos, palestras e
projetos.

5. Política

Todo agrupamento humano consiste em um grupo social hierárquico, que


naturalmente luta pelo poder. Como ocorre a transferência do poder neste grupo?
Vale a pena permanecer nele? Use os pontos que são importantes para esse grupo
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como suas armas de destaque. Somente se destacando você terá os benefícios que
procura, em qualquer grupo.

Marketing pessoal pode ser definido como a gestão da autoimagem, sendo esta
última não limitada à aparência física, mas pelo contrário, ampliada a aspectos
como: comportamentos, atitudes, vestimentas, odores, cuidados com higiene básica,
qualificação profissional, conquistas alcançadas, amizades, bens materiais ou, ainda,
valores intangíveis agregados ao seu perfil. Trata-se de um campo de estudo onde
administradores, publicitários, marqueteiros, psicólogos e outros profissionais
dedicam seus conhecimentos ao aprofundamento do assunto.

Procure entender as pessoas, fale no idioma que compreendem, identifique porque


agem de determinada forma. Isso favorece o uso do marketing pessoal.

Mesmo aquele que se julga incapaz ou sem vontade de fazer o "marketing pessoal",
já o está fazendo. Assumir esta atitude "eu fico na minha", "eu não preciso me
vender" é tão "marketing pessoal" quanto aquela atitude mais ousada da pessoa que
faz questão de multiplicar seus feitos ao mundo todo.

Um estilo musical, um grupo social, uma religião, um tipo de roupa, um corte de


cabelo, uma tatuagem ou demais artefatos que vocês queiram imaginar, é tão
responsável por nos oferecer dicas de personalidade quanto um teste psicológico.
Um andar mais descolado, a leitura da linguagem não verbal, o tom de voz, as
nossas expressões faciais, os nossos valores, hábitos, modos de agir, enfim, quase
não há como escapar ou evitar: o marketing pessoal estará agindo consciente ou
inconscientemente.

O marketing pessoal é inevitável, o que podemos escolher é se queremos fazê-lo e


como administrá-lo. Uma pessoa pode cuidar da sua autoimagem ou pode desleixar-
se dela ao longo de sua vida útil ou da mudança de suas prioridades, caixa, budget,
estratégias, outros. Assim como acontece com as empresas.

Os seres humanos são movidos pela interatividade com o ambiente ao seu redor.
Estão a todo momento ajustando suas atitudes aos seus interesses e às demandas

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do ambiente. Se cuidar ou não cuidar têm o mesmo efeito, isto é, causam uma
reação no ambiente e nas pessoas a nossa volta. Dependendo do que buscamos em
nossa vida, seja em nossa carreira, relações pessoais, amorosas, acadêmicas,
religiosas ou de outra natureza, cuidar de nossa imagem é fundamental para atingir.

Ao olharmos para trás o que vemos é que os parceiros de relacionamento, parceiros


de negócio e amigos foram conseguidos a partir do nosso marketing pessoal.

Outro problema em negligenciar a gestão da nossa autoimagem é que tendemos a


agir no futuro como agimos no passado. O ser humano que negligencia sua
autoimagem, por preguiça, receio ou outro sentimento ou variável está direcionado a
ter mais dificuldades na vida, principalmente quando exposto a ambientes onde
outras pessoas escolhem investir em sua imagem.

Lembre-se que nas empresas, quando um gestor não tem familiaridade com o
desenvolvimento de pessoas, ele acaba promovendo aquele que melhor otimiza erros
e melhor propaga resultados bem-sucedidos. Portanto, gerencie sua autoimagem.

Construção da Marca Pessoal

Num mercado cada vez mais competitivo é preciso se diferenciar, e o caminho a ser
escolhido para que você se destaque diante de tanta concorrência e se torne único é
construindo a sua marca pessoal. Uma marca que posicione você dentro do mercado.

Posicionamento

A empresa, após decidir em quais segmentos de mercado quer entrar, deve decidir
quais ”posições” quer ocupar nesses segmentos. A posição de um produto é o lugar
que ele ocupa na mente do consumidor em relação ao produto da concorrência.

Os consumidores são sobrecarregados com informações sobre produtos e não


conseguem avaliar os produtos todas as vezes que precisam fazer a opção de
compra. Assim, para agilizar o processo de compra, eles classificam os produtos, isto
é, posicionam produtos, serviços e empresas na sua mente. A posição de um produto

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é um conjunto de percepções e sensações que os consumidores têm de um produto
em relação aos produtos da concorrência.

O posicionamento de uma marca é a junção entre a sua identidade e a sua


diferenciação. Assim sendo, o posicionamento indica o que a marca representa e a
forma como se distingue da concorrência – pela qualidade, pelo preço etc. É muito
importante que este posicionamento se mantenha coerente, uma vez que representa
a imagem que a empresa deseja que o consumidor tenha da sua marca.

Os profissionais de marketing devem planejar as posições que darão aos produtos,


de forma a obter mais vantagens junto aos mercados-alvo selecionados, e
desenvolver um mix de marketing para criar essas posições desejadas.

Segmentação

O processo de segmentação de mercado consiste em separar os consumidores em


grupos de tal forma que a necessidade genérica a ser atendida tenha características
específicas.

Segmentar representa um esforço para aumentar a precisão do alvo que deve ser
atingido. Isso serve para as empresas e também para as pessoas, o nosso quinto P
de marketing. Ao analisarmos o processo de separar o mercado em grupos com
diferentes necessidades, desejos, características e comportamentos, verificamos sua
natureza essencialmente heterogênea, pois ainda que as necessidades básicas sejam
razoavelmente estáveis, mudam as formas pelas quais se busca satisfazê-las,
fazendo da segmentação de mercado um processo dinâmico.

Como eu quero ser conhecido no mercado?

Conforme já foi apresentado em capítulos anteriores, as pessoas também precisam


se diferenciar umas das outras buscando um posicionamento, ou seja, cada um de
nós se torna eternamente responsável pela construção da própria imagem.

A estratégia para criação e manutenção da autoimagem passa pelo entendimento de


suas grandes competências, dos seus talentos, seus dons e das características e

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atributos que diferenciam você dos demais. Assim você conseguirá vender o seu
melhor produto, ou seja, você mesmo.

Passos para construir sua marca pessoal

Identifique seus pontos fortes e trabalhe para melhorá-los sempre. Para identificá-los
faça continuamente pesquisas com seus amigos, chefes, colegas de trabalho e
família.

1. Conecte os talentos e dons à sua marca pessoal. Exponha suas características


nas redes sociais e nos serviços de busca.

2. Tenha consistência. Procure passar uma imagem e transmitir mensagens que


sejam consistentes e aderentes a seus princípios, crenças e valores.

3. Seja autêntico. Não crie uma imagem que não traduza o que você é.

4. Use o poder da influência. Use seu networking com inteligência e saiba


influenciar as pessoas de forma positiva.

5. Exponha-se. Torne sua marca pessoal conhecida participando ativamente de


congressos, seminários, eventos, blogs... Isso poderá lhe abrir infinitas portas.

O processo de criação de um personal branding tem por objetivo chamar a atenção


para o seu principal ativo que é a credibilidade.

Diferenças para melhorar minha reputação

Se você pretende influenciar positivamente o seu meio por meio do Marketing


Pessoal, então deve construir uma marca que funcione como uma promessa de valor
para todas as pessoas com as quais se relaciona.

1. Deixe os preconceitos de lado e, a partir de agora, considere-se um produto. É


importante lembrar que um produto é bom quando satisfaz necessidades. Considere
então alguns aspectos fundamentais, como por exemplo, a sua forma de falar, a sua
aparência (roupas, asseio, penteado), a sua forma de agir, o seu comportamento nos

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diferentes meios que costuma frequentar. Cuidar ou não desses aspectos pode fazer
a diferença.

2. Faça a diferença. No marketing pessoal, é sempre bom se lembrar que se você for
igual a todo mundo, nada fará com que os outros o diferenciem dos demais.
Portanto, em vez de limitar-se a cumprir seu papel, procure fazer algo além, crie um
diferencial.

3. Crie sua própria identidade. Precisa saber o que pretende comunicar sobre si
mesmo. Sua marca pessoal deve espelhar aquilo que você é na essência, ou seja,
seus valores, seus princípios, tudo aquilo em que você acredita de fato.

As marcas não são uma das ferramentas mais poderosas apenas das empresas, mas
também das pessoas. Afinal, não existem empresas sem pessoas. Aprender a gerir a
marca pessoal, isto é, adotar um papel ativo na percepção que o mundo tem de nós
é o que faz a diferença entre o sucesso e o fracasso na busca pelas aspirações e
pelas metas individuais.

Cada pessoa é uma marca única representada por seu nome e por sua aparência,
além de uma série de características associadas a esses dois elementos, como
personalidade, interesses, atividades, amizades, família, aparência pessoal,
qualidades, capacidades e profissão. A marca afeta a percepção e influencia,
portanto, todas as relações do ser humano. A simpatia e o respeito que ele vai gerar
dependerão da sua marca. As pessoas gostam de estar vinculadas a uma marca de
valor. A marca pessoal é um resumo de tudo o que a pessoa realizou, está realizando
ou realizará no futuro. Toda atividade, incidente, presença ou interação afetará a
marca. Portanto, cada pessoa influencia sua marca durante toda a sua vida. Resta
saber se a marca está sendo gerida de forma dinâmica, se tem espaço para evoluir e
se apresenta disciplina e consistência ao longo do tempo. Haverá um retorno positivo
se sua marca pessoal for administrada de forma ativa e disciplinada.

Tanto no caso das empresas como das pessoas, a marca vive e se desenvolve em
um contexto semelhante de influências éticas, culturais e sociais. Quando é bem
gerida, a marca pessoal funciona como uma imagem visível de ativos individuais:
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experiência, currículo e capacidades que permitem demonstrar o verdadeiro talento
que a caracteriza.

Como construir uma marca pessoal

O conceito de marca pessoal pode parecer estranho para quem considera a marca
como algo relevante para produtos e serviços que disputam a preferência nos
mercados. Contudo, pense naqueles políticos que acreditam na necessidade de gerir
ativamente a si mesmos como se fossem marcas, eles têm consciência de que isso
influencia as relações fundamentais que conduzirão ao sucesso e à vitória, tanto por
parte dos seus eleitores como por parte dos seus companheiros de partido. Para um
político, é natural analisar sua imagem e criar ações e programas de comunicação
que a influenciem positivamente. Embora a maior parte das pessoas não sejam tão
visíveis quanto os políticos ou as celebridades, a marca própria é cada vez mais
importante no mundo.

As pessoas mais realizadas são as que criam valor para suas marcas pessoais e a
disseminam no trabalho, entre seus amigos e na sociedade. O desenvolvimento da
marca pessoal é um processo que requer tanto questionamento quanto
compromisso. A marca pessoal que não se questiona e não se compromete com um
determinado curso de ação não chega, obviamente, a parte alguma. A construção da
identidade e das relações com o objetivo de reinventar a marca pessoal exige ação e
reflexão em que é preciso conhecer-se a si mesmo, vivenciar as contradições,
realizar grandes mudanças, experimentar novos papéis, conhecer pessoas que sejam
aquilo que desejamos ser, refletir constantemente e construir novas relações.
Construir a marca pessoal requer planejamentos estratégicos e táticos que alcancem
um significado.

1º passo: mudar o modo de pensar e de agir. Buscar caminhos diferentes. Tomar


decisões e avaliar os resultados. Cada passo deve ter sequência.

2º passo: deixar de buscar uma única marca pessoal para você e se concentrar em
várias marcas possíveis, colocá-las à prova e potencializar. Refletir sobre o que se é,
na verdade, é menos importante do que sinalizar o que realmente se quer ser.
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3º passo: permitir algumas mudanças em alguns períodos da vida. O enriquecimento
da identidade acarreta mudanças, dúvidas e incertezas. Mudar leva tempo.

4º passo: resistir à tentação de tomar a grande decisão que mudará tudo


rapidamente. Usar uma estratégia de pequenos sucessos primeiramente para
orientar maiores mudanças é melhor e mais interessante do que procurar mudar de
identidade de forma radical.

5º passo: identificar projetos que permitam pôr em prática o novo estilo. Aproveitar
as oportunidades para testar valores, preferências e singularidades.

Construção de uma marca pessoal depende mais de determinadas atitudes


do que de conhecimento

A construção de uma marca pessoal no mundo corporativo vai além do diferencial


relacionado ao capital intelectual. Atualmente, seu sucesso depende também do seu
capital atitudinal.

A marca pessoal está mais relacionada com atitude do que com conhecimentos
específicos. Habilidade de comunicação, facilidade de relacionamento e liderança,
isto é, capacidade de liderar e ser liderado, são fundamentais. Por trabalhar melhor
esses aspectos, muitas vezes, um profissional mediano pode chegar a uma posição
de mais destaque.

Os profissionais devem pensar na marca pessoal de maneira estratégica, buscando


trabalhar em equipe, assim como se posicionar adequadamente em reuniões,
palestras e eventos, agregando valor às discussões e tendo abertura para diversos
pontos de vista.

Quando uma pessoa tem atitude, consegue buscar conhecimento. Porém, nem
sempre, quando se detém conhecimento, consegue ter atitude.

O vestuário é outro item importante a ser considerado na concepção da imagem. É


preciso ter sensibilidade, usar roupas adequadas às funções exercidas.

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Todos os pilares da marca pessoal devem ser bem fundamentados, verdadeiros. Se,
em algum momento, os alicerces da credibilidade e da confiança forem arranhados,
será um problema ao profissional porque a marca pessoal perderá valor.

Construir seu Personal Branding por redes de contatos

Seu maior desafio neste mundo globalizado é obter confiança para o seu personal
branding junto às pessoas que formam a sua rede de contatos ou o seu networking,
pois seu valor como marca depende dos outros. Vivemos numa intrincada rede
profissional e pessoal em que as pessoas precisam umas das outras para
sobrevivência coletiva no ambiente corporativo

Personal branding nas redes sociais

Hoje todos nós sabemos a importância de estar presente nas redes sociais, seja para
meios pessoais ou para propagar os seus negócios na internet.

O que acontece é que muitas pessoas não param para pensar em como está a
imagem delas na internet.

O que será que as outras pessoas, que acessam as suas redes sociais, pensam em
relação a você? Será que elas têm uma imagem positiva de você?

3 pontos importantes para avaliar e melhorar a sua marca pessoal nas


redes sociais:

1. Pesquise o seu nome no Google

Poucas pessoas já se pesquisaram no Google. Isso é algo interessante e também


importante de se fazer, pois assim você pode ter uma noção de como as pessoas
estão te enxergando quando pesquisam sobre você.

2. Pense em você como uma marca

Pode parecer estranho, mas você precisa começar a pensar em você como uma
marca. Pense em como você conversa com os seus clientes, como você quer que as
pessoas te enxerguem, tanto no modo de se vestir quanto na maneira de portar.
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3. Você é o que você compartilha

Se você quer se tornar uma marca de valor, deve prestar muita atenção no que
compartilha. Imagine que você quer se tornar conhecido no ramo de alimentação
saudável ou fitness, se você começar a compartilhar posts, notícias etc. sobre o
assunto, as pessoas vão passar a ver você como autoridade no assunto, e
consequentemente, toda vez que precisarem pesquisar sobre alimentação saudável e
exercícios físicos, vão procurar sua página/perfil no Facebook ou site de buscas na
internet com o seu nome.

Não é novidade que as mídias digitais conectadas em rede são excelentes


ferramentas para que uma empresa possa trabalhar novos conceitos de negócios,
explorar novos mercados promissores e estabelecer maneiras mais eficazes de
construir sua imagem, tecendo uma relação mais direta, customizada e singular com
seus consumidores e clientes, com o intuito de maximizar sua presença digital ou
não.

Tais mecanismos também devem ser trabalhados em benefício da pessoa. Nada mais
justo do que usar as redes sociais para criar novos cenários de atuação, explorar vias
de acesso que antes eram restritas e determinadas somente a grupos específicos e,
principalmente, ter uma relação mais direta, customizada e singular com o mundo
globalizado.

As redes sociais são fundamentais para a construção de diálogos favoráveis para que
um profissional independente tenha em mãos várias opções de atuação, seja qual for
seu mercado.

As maneiras de se estabelecer um personal branding eficaz são simples, porém


trabalhosas e requerem dedicação quase que diária, além de paciência, já que
ninguém constrói sua marca pessoal da noite para o dia. Portanto, tenha em mente
que todo esse trabalho será de longo prazo, porém muito produtivo
profissionalmente.

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A pessoa escolhe os cenários que pretende atuar. Se for no segmento da
administração, por exemplo, quais as empresas mais utilizadas por grandes
profissionais? Uma rápida e detalhada análise permitirá conhecer melhor esse
mercado e, com isso, procurar a maneira mais eficiente para estabelecer uma
conexão nas redes sociais.

Uma vez que essas mídias não são espaços íntimos e muito menos totalmente
pessoais, ter a consciência de que publicar comentários pejorativos ou negativos
sobre determinado assunto pode, na maior parte das vezes, danificar a imagem de
um profissional. Não é tão difícil imaginar que se seu colega pode ver aquela foto em
que você aparece em poses polêmicas, seu chefe ou futuro chefe também pode ver.
E pior, o seu concorrente.

Está cada vez mais claro que as empresas estão usando o comportamento dos
usuários para recrutar e contratar novos integrantes. Por que não entrar nessa onda?
Acontece que as mesmas empresas que usam tais mídias na procura de novos
profissionais também as usam para obter um maior conhecimento sobre a vida
comportamental desses candidatos. Tenha isso em mente quando pretender apenas
se exibir, em vez de ser enxergado.

Usar o Twitter ou o Linkedin como um canal de divulgação de notícias sobre seu


determinado segmento, criar laços com profissionais mais consagrados ou
simplesmente para se manter atualizado, seguindo quem realmente tem algo a dizer,
já é um bom começo.

Qualquer profissional pode trabalhar na criação de um blog. Blogs permitem que


empresas ou clientes percebam o seu nível de familiaridade com o assunto debatido.
Um bom domínio da língua portuguesa associado à competência sobre determinada
área do conhecimento oferecem aos futuros consumidores ou chefes uma boa dose
de como você é aplicado e estuda o assunto. Mais uma vez, não é tão difícil observar
que você atingirá mais facilmente seu público se possuir algo para interessante para
dizer.

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Seu personal branding construído nas redes sociais tem basicamente dois pontos
principais em sua estrutura resultante, a reputação e a referência. Ao construir uma
boa reputação em determinado setor, virar referência no assunto é questão de
tempo. Ao virar referência em determinado tema, sua reputação estará cada vez
mais solidificada. É claro que jamais o trabalho de manutenção deve ser deixado de
lado. Quanto maior a altura, maior é o nível de responsabilidade durante o voo.

Sucesso da Autoimagem a partir do Personal Branding

Muitas pessoas querem ter um emprego perfeito, bem remunerado, estimulante


intelectualmente, que proporcione um excelente desenvolvimento profissional;
porém, poucos são os que têm atitudes compatíveis com os profissionais de sucesso.
De nada adianta o emprego perfeito se você não trabalhar a sua autoimagem
buscando se desenvolver através do conhecimento e fazendo constantemente uma
autoavaliação sobre suas atitudes básicas no dia a dia. Seja um profissional em
constante mudança.

Não existe vento contrário para quem não sabe aonda quer ir

Não basta você estar no lugar certo, você precisa saber aonde quer chegar e
certamente conhecerá o seu mercado e estará no caminho certo, ou seja, você não
pode depender da sorte, necessita ajustar sua marca para ter visibilidade, isto é,
estar na prateleira correta para ser comprado. Seus compradores precisam escolher
você entre milhares de outras marcas, a sua deve ter destaque.

Nos supermercados sempre existe alguém encarregado de expor cada produto na


prateleira de forma que atraia o consumidor, o rótulo deve estar visível, a
embalagem não pode estar arranhada nem amassada e deve possuir cores e designs
que atraiam a atenção do consumidor. O produto precisa ser atraente e deve se
destacar de forma positiva dos demais.

No mercado profissional não é diferente, você é o fabricante do seu próprio produto


e terá que cuidar muito bem da sua marca pessoal. Você não pode acreditar nunca
que você é um produto bom e se venderá, pois o seu colega que é seu concorrente
pode estar pensando diferente e cuidando da marca dele tentando fazer a diferença
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aumentando o seu grau de atração na gôndola. A isso chamamos de gestão de
marca pessoal ou personal branding.

Talvez você tenha achado isso um pouco revoltante por estar sendo comparado a
uma caixa de leite desnatado; quando penso nisso, também não acho muito
humano, mas é a mais dura realidade, uma vez que somos avaliados assim, como
coisas que geram lucro dentro do mercado de trabalho.

Assim sendo, uma gestão eficaz da marca pessoal, que saiba controlar os sinais
corretos e acionar os mecanismos certos, fará toda a diferença entre os perdedores e
os vencedores, entre atores do mesmo segmento. Portanto, planejar
estrategicamente essa diferenciação é a chave para alavancar uma carreira de
sucesso.

Atitudes positivas na carreira

Neste mundo corporativo, com muitas informações, você é uma marca que precisa
ser comprada antes que perca a validade e seja trocada por outras mais jovens e
mais atraentes. Seu nome é uma marca que necessita ser lembrada, necessita ter
visibilidade, necessita se diferenciar das demais e ter valor. Você precisa se destacar
na mente dos clientes potenciais nesse complexo mundo de informações e de gente
disponível no mercado profissional.

Segundo Bender (2009), as pessoas a sua volta são seus compradores, seu mercado
potencial. Seu patrão é seu consumidor. Seus amigos são seu mercado. Seus
conhecidos seus clientes potenciais (prospects). Sua rede de relacionamentos,
networking, seus parentes, os amigos dos parentes que já ouviram falar de você, são
seus potenciais compradores. Enfim, todos que tiveram contato com você foram
impactados pela sua marca e criaram uma percepção da sua imagem e dos seus
benefícios; no futuro poderão ser impulsionadores da sua venda ou os que irão
condenar o seu futuro.

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Defina aonde quer chegar e o que fazer quando chegar lá

Agora que você já sabe quem é, como age e quais são as suas metas para o futuro,
veja o que deve mudar em seu comportamento. É bem provável que a partir do
feedback que as pessoas lhe dão diariamente, você resolva reconsiderar a sua escala
de valores, isto é, o que considera certo e errado.

1. Mude suas atitudes

Todos nós temos sempre algo a aperfeiçoar. Busque algumas coisas como, por
exemplo, simplicidade, aperfeiçoar suas virtudes, minimizar seus defeitos e escolher
melhor as pessoas com quem se relaciona.

2. Comprometa-se com você mesmo

Marketing Pessoal é um capítulo muito importante de seu desenvolvimento. Se você


não estiver comprometido com você mesmo, isto é, não acreditar nos seus projetos,
não for apaixonado pelo que faz, dificilmente você conseguirá a credibilidade de
outras pessoas.

3. Não queira ser perfeito

Ser o melhor possível aquilo que você é, ou seja, buscar ser o melhor naquilo que
faz, pois não é o mesmo que querer ser perfeito em tudo. Você vai gastar muito
tempo e dinheiro buscando a perfeição em vez de desenvolver ainda mais os
aspectos nos quais já é reconhecidamente eficiente. Isso não significa deixar de lado
as suas fraquezas nem cair na tentação de dizer sempre “eu sou assim e não mudo”.
É preciso identificar os aspectos que você considera mais relevantes para o seu novo
posicionamento e investir tudo neles.

4. Humildade

Você pode ser um gênio naquilo que faz, mas se for uma pessoa egoísta, arrogante e
inflexível, não tem marketing pessoal que vá resolver a questão.

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BIBLIOGRAFIA

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2006.

BASKIN, J. Como criar uma marca que vai enlouquecer a concorrência. Rio
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Integrare, 2009.

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Rio de Janeiro: GdN Fundo de Cultura, 2007.

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São Paulo: Qualitymark, 2005.

WHEELER, Alina. Design de identidade da marca. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,


2008.

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