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Respostas MA21 Completo
Respostas MA21 Completo
Grupo: 2
Brasílio Freitas
Paulo Geovane
Paulo Fernandes
1. Uma sacola contém meias cujas cores são branca, preta, amarela e azul. Sem olhar para a sacola,
qual é a quantidade mínima de meias que precisamos retirar da mesma para garantir pelo menos um
par de meias da mesma cor?
Precisamos retirar no mínimo 5 meias. Como o número de meias será maior que o número de
cores teremos certeza absoluta que formaremos um par de mesma cor.
Como o filho único do meu pai sou eu, então, sou o pai do padre.
Q T 3 4 6
Cada carta tem de um lado um número natural e do outro lado uma letra. João afirma: "Qualquer carta
que tenha uma vogal tem um número par do outro lado". Pedro provou que João mente virando
somente uma das cartas. Qual das 5 cartas foi a que Pedro virou?
Pedro virou a carta 3, mostrando que havia uma vogal escrita no verso.
Testando cada uma das afirmações, temos que ter todas as outras falsas.
Suponha então:
2. Dernaldo fala a verdade. Isso é suficiente para descartar que Arnaldo fale a verdade.
(ii) Bernaldo fala a verdade. Então: Cernaldo é o culpável. Nesse caso:
3. Cernaldo pode estar falando verdade ou não. Porém, se a afirmação de Cernaldo for verdadeira a
de Bernaldo é necessariamente falsa e vice versa. Ou seja, uma das duas declarações, de Cernaldo
ou Bernaldo também será verdadeira, o que descara a possibilidade de que Dernaldo seja o único que
fala a verdade.
(iv) Cernaldo fala a verdade. Só restou essa afirmação como possivelmente verdadeira. Nesse caso:
Bernaldo mente, e Cernaldo não é culpável.
Concluímos que apenas Cernaldo pode ter falado a verdade, restando que todos outros mentem.
5. Numa cidade existe uma pessoa X que sempre mente terças, quintas e sábados e é completamente
sincera o resto dos dias da semana. Felipe chega um certo dia na cidade e mantém o seguinte diálogo
com a pessoa X:
_ X: Sábado.
_ X: Quarta-feira.
X necessariamente está no dia de mentir, pois, não é possível hoje ser sábado e amanhã ser
quarta-feira, portanto, pode ser terça, quinta ou sábado. Se fosse terça-feira, a afirmação “Que dia será
amanhã?” seria verdadeira. Se fosse Sábado a afirmação “Que dia é hoje?” seria verdadeira. Portanto,
o diálogo só pode ter acontecido na quinta-feira.
6. Divida o relógio de parede abaixo em 6 partes iguais de forma tal que a soma das horas que ficam
em cada parte seja a mesma.
7. João adora Gabriela, que é uma aluna excelente em Matemática. João armou um plano para dar um
beijo nela, e descobriu que poderá fazer isso apenas dizendo uma frase. Que frase é essa?
"Se gostas de Matemática deves me dar um beijo, mas se não gostas eu a beijarei".
8. No plano se colocam 187 rodas dentadas do mesmo diâmetro, enumeradas de 1 até 187. A roda 1 é
acoplada com a roda 2, a 2 com a 3, : : : , a 186 com a 187 e esta última com a roda 1. Pode tal
sistema girar?
As rodas ímpares giram em um sentido e as rodas pares no sentido contrário. Como a roda 187
será acoplada na roda 1 (ambas ímpares) não será possível que o sistema gire.
9. Um canal, em forma quadrada, de 4 metros de largura rodeia um castelo. A ponte do castelo está
fechada e um intruso quer entrar no castelo usando duas pranchas de 3,5 metros de comprimento.
Será que o intruso consegue?
Como AB = 4 2 m
MB = 4 2 – 1,75 3,91 m
11. Alguém elege dois números, não necessariamente distintos, no conjunto de números naturais 2, ...,
20. O valor da soma destes números é dado somente a Adriano (A) e o valor do produto dos números
é dado unicamente a Karla (K).
_ Uma hora mais tarde, K diz a A: _Ah! Sabendo disso, já sei quanto vale tua soma!
_ Mais tarde A chama outra vez K e lhe informa: _Poxa, agora eu também conheço teu produto!
Na revista EUREKA! no 23 de 2006 foi publicada uma resolução desse problema pelo Professor
Cássio Neri do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
O artigo tem por título "O Problema Impossível" e cita que a forma original foi proposta por
Hans Freudenthal e popularizada por Martin Gardner.
Após as considerações, em ambos os casos, ele determina que os números eleitos são 4 e 13.
12. É possível cobrir um tabuleiro de xadrez com 31 dominós onde removemos as casas dos vértices
superior esquerdo e inferior direito?
Não pois as casas retiradas estão na mesma diagonal, são casas de mesma cor.
13. Num saco encontram-se 64 moedas leves e 64 moedas pesadas. É possível separar duas moedas
de pesos diferentes com 7 pesagens?
Inicialmente dividimos as moedas em dois grupos de 64 moedas. Colocamos cada grupo nos
pratos da balança.
Na segunda pesagem escolha as 64 moedas do prato mais leve, caso fiquem desequilibrados,
ou qualquer grupo se ficaram em equilíbrio e separe em dois grupos de 32 moedas em cada prato da
balança.
Para realizar a terceira pesagem, proceda como na segunda, separando agora 16 moedas em
cada prato da balança.
Na quarta pesagem escolha um dos grupos de 16 e divida-o em dois grupos de 8 moedas para
cada prato da balança.
Chegando na quinta pesagem divida as oito moedas obtidas na pesagem anterior e divida em
dois grupos de quatro moedas para cada prato.
Agora na sexta pesagem divida um dos grupos de 4 moedas em dois grupos de 2 moedas para
cada prato.
14. Quantas vezes precisamos dobrar um papel de 1mm de espessura para que a altura da pilha
chegue da Terra à Lua?
Cada dobra efetuada nos fornecerá uma nova altura que corresponderá ao dobro da altura
anterior. A sequência formada será uma PG de razão 2. Portanto teremos que encontrar um termo na
PG que seja igual à distância da Terra à Lua.
3x – 3x = 2x – 2x
O erro está no cancelamento de x – x. Nessa passagem é efetuada uma divisão por zero.
Capítulo 2 – Soluções dos Exercícios
Solução:
12.345.679 x 9.n = nnn.nnn.nnn (com 0 < n < 10, sendo n um número natural)
2. Outro dia ganhei 250 reais, incluindo o pagamento de horas.extras. O salário (sem horas extras)
excede em 200 reais o que recebi pelas horas extras. Qual é o meu salário sem horas extras?
Solução:
3. Uma torneira A enche sozinha um tanque em 10 h, uma torneira B enche o mesmo tanque sozinha
em 15 h. Em quantas horas as duas torneiras juntas encherão o tanque?
⇒ ⇒ T = 6 horas
4. O dobro de um número, mais a sua terça parte, mais a sua quarta parte somam 31. Determine o
número.
Solução:
Denominando de x o número a ser descoberto:
24x + 4x + 3x = 372
31x = 372
x = 12
5. Uma certa importância deve ser dividida entre 10 pessoas em partes iguais. Se a partilha fosse feita
somente entre 8 dessas pessoas, cada uma destas receberia R$5.000,00 a mais. Calcule a
importância.
Solução:
Denominando:
P = parte que cada pessoa irá receber;
T = total a ser dividido.
4T + 200.000 = 5T
T = 200.000
A importância é de R$200.000,00.
6. Roberto disse a Valéria: “Pense um número, dobre esse número, some 12 ao resultado, divida o
novo resultado por 2. Quanto deu?” Valéria disse “15” ao Roberto, que imediatamente revelou o
número original que Valéria havia pensado. Calcule esse número.
1º) Passo: 2x
2º) Passo: 2x + 12
3º) Passo:
4º) Passo: x + 6 = 15
Logo; x = 9
7. Por 2/3 de um lote de peças iguais, um comerciante pagou R$8.000,00 a mais do que pagaria pelos
2/5 do mesmo lote. Qual o preço do lote todo?
Solução:
10x – 120.000 = 6x
x = 30.000
8. Determine um número real a para que as expressões 3a+6/8 e 2a+10/6 sejam iguais.
Solução:
9a +18 = 8a + 40
a = 22
9. Se você multiplicar um número real x por ele mesmo e do resultado subtrair 14, você vai obter o
quíntuplo do número x. Qual é esse número?
Solução:
Temos: { . * +
10. Eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha a tua idade. Quando tu tiveres a minha
idade, a soma das nossas idades será de 45 anos. Quais são as nossas idades?
Solução:
Denominando:
Minha idade = y
Sua idade = x
A diferença entre as idades = k
Teremos então:
(1) y = 2.(x – k)
(2) x + k + y + k = 45
Substituindo (1) em (2)
3x = 45
x = 15
Como y = 2x – 2k e y – x = k, teremos
y=k+x
y = k + 15
k + 15 = 30 – 2k
k=5
y = 5 + 15 = 20
11. Um homem gastou tudo o que tinha no bolso em três lojas. Em cada uma gastou 1 real a mais do
que a metade do que tinha ao entrar. Quanto o homem tinha ao entrar na primeira loja?
Solução:
Denominando de x o valor com o qual o homem tenha entrado no local.
Resolvendo o problema de trás para frente, teremos:
3º local: x/2 – 1 = 0, x = 2, logo, ele entrou com R$2,00.
2º local: x/2 – 1 = 2, x = 6, logo, ele entrou com R$6,00.
1º local: x/2 – 1 = 6, x = 14, logo, ele entrou com R$14,00.
Solução:
Os algarismos são xy e yx, e a soma é zxz. Considerando os algarismos como x, y, z Temos que (10x
+ y) + (10y + x) = 100z + 10x + z e 11x + 11y = 101z + 10x (ou ainda x + 11y = 101z)
O número da forma zxz precisa estar entre 101 e 98 + 89 = 187, ou seja 101 < zxz <181.
Como o número é 11x + 11y = 11(x + y), temos que o número é um múltiplo de 11. Ou seja, as
soluções possíveis são os múltiplos de 11 entre 101 e 181, ou seja: 110, 121, 132, 143, 154, 165, 176.
Dentre esses, apenas o 121 tem o algarismo da centena igual ao da unidade.
Os algarismos são x = 2, y = 9, z = 1
13. Quantos são os números inteiros de 2 algarismos que são iguais ao dobro do produto de seus
algarismos?
Solução:
Assumindo que os algarismos que compõe o número sejam denominados de x(algarismo das
dezenas) e y(algarismo das unidades), teremos:
10x + y = 2xy
O dobro do produto dos algarismos implica que o número seja par, logo, o algarismo das unidades só
poderá ser: 0,2,4,6 ou 8
Porém podemos excluir y = 0 pois o produto dos algarismos seria zero.
Se y = 2, temos que 10x + 2 = 4x, solução descartada.
Se y = 4, temos que 10x + 4 = 8x, solução descartada.
Se y = 6, temos que 10x + 6 = 12x, então x = 3.
Se y = 8, temos que 10x + 8 = 16x, solução descartada.
14. Obter dois números consecutivos inteiros cuja soma seja igual a 57.
Solução:
x + (x + 1) = 57
x = 28
Solução:
x + 3x2 = 14 x = – 7/3 ou x = 2.
16. O produto de um número positivo pela sua terça parte é igual a 12. Qual é esse número?
Solução:
x2 = 36
17. Determine dois números consecutivos ímpares cujo produto seja 195.
Solução:
18. A diferença entre as idades de dois irmãos é 3 anos e o produto de suas idades é 270. Qual é a
idade de cada um?
Solução:
y2 + 3y – 270 = 0
P = – 270
S=–3
y = 15 ou y = –18
Como x e y representam idades consideramos apenas o valor positivo. Portanto y = 15 e x = 18. Então
as idades dos irmãos são 15 e 18 anos
Solução:
(pelo perímetro) 2x + 2y = 16
x+y=8
y=x–8
(pela área) x.y = 15
(substituindo y) x.(x – 8) = 15
x2 – 8x – 15 = 0
x’ = 5 ou x’’ = – 3
Como estamos tratando de dimensões geométricas, usaremos somente o valor positivo, logo:
x=5ey=3
Solução:
3x2 – 3 = 8x
3x2 – 8x – 3 = 0
x' = 3 ou x’’ = – 1/3
Questão 21: A soma de dois números é 12 e a soma de seus quadrados é 74. Determine os dois
números.
Solução:
(x + y)2 = (12)2
x2 + y2 + 2xy = 144
(substituindo pela segunda equação) 74 + 2xy = 144
2xy = 70
xy = 35
x = 35/y
(substituindo na primeira equação)
35 + y2 = 12y
2
y – 12y + 35 = 0
y’ = 5 ou y’’ = 7
Se y = 5, x = 7 ou se y = 7, x = 5
Os números são 7 e 5.
22. Um pai tinha 30 anos quando seu filho nasceu. Se multiplicarmos as idades que possuem hoje,
obtém-se um produto que é igual a três vezes o quadrado da idade do filho. Quais são as suas idades?
Solução:
P – F = 30
PF = 3F2 → P = 3F
(substituindo na primeira equação) 3F – F = 30
F = 15 e P = 45
23. Os elefantes de um zoológico estão de dieta juntos. Num período de 10 dias devem comer uma
quantidade de cenouras igual ao quadrado da quantidade que um coelho come em 30 dias. Em um dia
os elefantes e o coelho comem juntos 1.444 kg de cenoura. Quantos quilos de cenoura os elefantes
comem em 1 dia?
Solução:
{ ⇒ {
( )
(a)
(b) √ √
(c) √ √
Solução:
a) ⇒
b) ( ) √ √
√ √ √ √
c) ( √ √ ) √ √ √ √ √ √
√ √ √√ √ √
Solução:
26. Encontre o polinômio p(x) = 2x4 + bx3 + cx2 + dx+ e que satisfaz a equação p(x) = p(1 - x).
Solução:
Pela identidade de polinômios, temos que: p(x) ≡ (p – 1), comparando os coeficientes de mesmo grau
iremos concluir que:
b = – 4, c = t (t ℝ), d = 2 – t, e ℝ
Questão 27: (OBM) Dois meninos jogam o seguinte jogo. O primeiro escolhe dois números inteiros
diferentes de zero e o segundo monta uma equação do segundo grau usando como coeficientes os
dois números escolhidos pelo primeiro jogador e 1.998, na ordem que quiser (ou seja, se o primeiro
jogador escolhe a e b o segundo jogador pode montar a equação 1.998x2 + ax + b = 0 ou ax2 + 1.998x
+ b = 0 etc.) O primeiro jogador é considerado vencedor se a equação tiver duas raízes racionais
diferentes. Mostre que o primeiro jogador pode ganhar sempre.
Solução:
Inicialmente veja que, se num polinômio p(x) = anxn + … + a1x + a0, tivermos an + … a1 + a0 = 0,
teremos p (1) = 0 e 1 é raiz de p. Dessa forma se o primeiro jogador escolhe b = – (1998 + a), 1 será
raiz da equação do segundo grau que o seu oponente irá montar.
Se um polinômio tem coeficientes inteiros (na verdade vale para coeficientes racionais) e possui uma
raiz irracional do tipo a + b r (r não é quadrado perfeito), então a – b r também é raiz. Ou seja, as
raizes irracionais vêm aos pares. No caso de uma equação de segundo grau, e coeficientes inteiros,
ambas as raizes são irracionais, ou ambas são racionais.
No nosso caso, como 1 já é raiz, a outra raiz será racional. Basta ver então, apenas se 1 não é raiz
multipla (pois queremos que as raizes sejam distintas). Para isso basta escolher a adequadamente.
Se o primeiro jogador escolher os números a = n1998, e b = – (n + 1) 1998, n 2 N, ele ganha. (1
não será raiz múltipla e a equação terá duas raizes racionais distintas.)
Solução:
Escolhemos uma solução para a equação. Tomamos por exemplo o terno (1,1,1)
Escolhendo x0 teremos:
Com essa equação do 2º grau, sabemos então que a soma das raízes é dada por s = 3. y0 .z0
Então x1 > x0 se x0 < 3/2 . y0 .z0 e caso contrário x0 > 3/2 . y0 .z0 .
Com isso garantimos que a segunda raiz sempre será maior que a primeira que foi substituída na
equação, e consequentemente, existirá infinitas soluções para a equação.
29. (Gazeta Matemática, Romênia) Considere a equação a2x2 (b2 - 2ac)x + c2 = 0; onde a;b e c são
números inteiros positivos. Se n é tal que p(n) = 0, mostre que n é um quadrado perfeito.
Solução:
Temos que:
p (n) 0 a 2 n 2 (b 2 2a c) n c 2 0
Observe que essa é uma equação do segundo grau na incógnita n . Para resolver essa equação
encontremos o seu discriminante:
Daí, podemos concluir que b 2 (b 2 4ac) é um quadrado perfeito, pois n N é raiz de p (x) , ou seja,
p (n) 0 e a , b e c são inteiros positivos o que nos garante que b 2 4ac também é um quadrado
perfeito, já que b 2 também o é. Mas b 2 4ac é o discriminante da equação do segundo grau
b b
a x 2 b x c 0 , onde suas raízes x' e x" , devido ao valor de , são
2a 2a
números racionais.
b 2 2a c b 2 (b 2 4a c) b 2 2a c b b 2 4 a c b b b 4a c c
2
n
2a2 2a2 a 2a a
Mas,
b c b b 2 4a c b b 2 4a c
x' x" , x' x" , x' e x" , onde x' e x" são, como já
a a 2a 2a
vimos, as raízes da equação a x 2 b x c 0 .
n' ( x' x" ) x' x' x" ( x' ) 2 x' x" x' x" n' ( x' ) 2
Ou:
n" ( x' x" ) x" x' x" ( x" ) 2 x' x" x' x" n" ( x" ) 2
Logo, como n é um número natural que é igual ao quadrado de números racionais, então esses
números racionais tem que ser inteiros e n é, portanto, um quadrado perfeito.
Solução:
2.(a – b)2 ≥ 1
√ √
⇒ ⇒
* +
Solução:
Por definição de [a], teremos que: x , 2x2 e x2 + 1 .
A expressão acima equivale a dizer que x é o quociente da divisão euclidiana de 2x2 por x2 + 1, isto é,
equivale a dizer que: r {0, 1, ..., x, ..., x2}, tal que:
2x2 = (x2 + 1).x + r, daí podemos afirmar
– x3 + 2x2 – x = r
x.( – x2 + 2x – 1) = r
mas temos que x | r, então concluímos que r {0, x, 2x, ..., x2}, o que nos permite dizer que r = .x
com {0, 1, ..., x}. Segue que
x.( – x2 + 2x – 1) = .r
x.( – x2 + 2x – (1+)) = 0
Segue daí que x = 0 ou que ( – x2 + 2x – (1+)) = 0. Da segunda igualdade, termos que √ ,
mas como x e {0, 1, ..., x}, = 0, e daí, termos x = 1 como a segunda solução.
Solução:
Tomando a = n e b = 1, temos:
Solução:
(2m + 1)4 + 4
Solução:
Com:
500g de Açucar conseguimos fazer 60 bolinhos
50g de Manteiga conseguimos fazer 72 bolinhos
0,5l de Leite conseguimos fazer 96 bolinhos
400g de Farinha conseguimos fazer 150 bolinhos
Portanto o açúcar é o ingrediente limite e podemos fazer 60 bolinhos no
máximo.
qual é maior?
Solução:
35. Achar o maior valor inteiro positivo de n tal que n200 < 5300:
Solução:
( ) ( )
n2 < 53
n<√
n < 11,2
Como n , temos que o maior valor inteiro positivo será quando n = 11.
Solução:
1 + 2 + 3 + ... + n > 55
( )
n2 + n – 110 > 0
37. Nove cópias de certas notas custam menos de R$ 10,00 e dez cópias das mesmas notas (com o
mesmo preço) custam mais de R$ 11,00. Quanto custa uma cópia das notas?
Solução:
38. Se enumeram de 1 até n as páginas de um livro. Ao somar estes números, por engano um deles é
somado duas vezes, obtendo-se o resultado incorreto: 1.986. Qual é o número da página que foi
somado duas vezes?
Solução:
Considere k o número que foi somado duas vezes. O valor de k é um número natural maior ou igual a
1 e menor ou igual a n.
Assim:
– n2 – n ≥ 3970 – n2 – n ≤ 3972
n2 + n – 3970 ≤ 0 n2 + 3n – 3972 ≥ 0
61,5 ≤ n ≤ 62,5,
39. Determine os valores de a para os quais a função quadrática ax2 – ax + 12 é sempre positiva.
Solução:
Para uma equação ter apenas resultados positivos é necessário que delta seja
menor que zero, e o coeficiente do termo quadrático positivo.
40. Ache os valores de x para os quais cada uma das seguintes expressões é positiva:
( ) ( ) ( )
a) Solução:
Pelo numerador temos que teremos uma imagem positiva para x > 0 e imagem negativa para x < 0.
Enquanto que para o denominador teremos uma imagem positiva para qualquer valor de x
(discriminante menor que zero)
Fazendo o estudo dos sinais, veremos que o valor que satisfará a condição do problema será:
S = { x ℝ / x > 0}
b) Solução:
Pelo numerador temos que teremos uma imagem positiva para x > 3 e imagem negativa para x < 3.
Enquanto que para o denominador teremos uma imagem positiva para x > – 1 e teremos uma imagem
negativa para x < – 1.
Fazendo o estudo dos sinais, veremos que o valor que satisfará a condição do problema será:
S = { x ℝ / x < – 1 ou x > 3}
c) Solução:
Pelo numerador temos que teremos uma imagem positiva para x < – 1 ou x > 1 e imagem negativa
para – 1 < x < 1.
Enquanto que para o denominador teremos uma imagem positiva para x < 0 ou x > 3 e teremos uma
imagem negativa para 0 < x < 3.
Fazendo o estudo dos sinais, veremos que o valor que satisfará a condição do problema será:
onde [x] denota a parte inteira de x. Por exemplo, [2;46] = 2 e [5;83] = 5. O número {x} é chamado
parte fracionária de x e é definido por {x} = x - [x].
Solução:
i) 0 < {x} ≤ 1, visto que a parte fracionária tem que ser um valor entre 0 e 1.
ii) [x] ≤ 10, pelo fato de que, se fosse maior que 10, teríamos uma parte fracionária negativa.
iii) 10 – [x] ≤ [x] – 1, isto é, o numerador tem que ser menor ou igual ao denominador.
– [x] – [x] ≤ – 1 – 10
– 2 [x] ≤ – 11
[x] ≥ 5,5 , mas como [x] tem que ser inteiro, então [x] ≥ 6
42. Mostre que entre os retângulos com um mesmo perímetro, o de maior área é um quadrado.
Solução:
Considere um retângulo cujos lados medem x e y. Temos que a área, A, desse retângulo é dada por
e seu perímetro, p, é dado por
.
Logo, . / .
43. Entre todos os triângulos isósceles com perímetro p fixado, ache as dimensões dos lados daquele
que possui a maior área.
Solução:
p=a+a+b
p = 2a + b
Usando a fórmula de Herón temos que a área de um triângulo com perímetro p é dada pela expressão
√ . /. /. /
√ . /. /. /
√. /. /. /
(√. /. /. /) . /
. /. /. /
O maior valor da desigualdade que o primeiro membro atingirá será quando ele for igual ao segundo
membro, logo, substituindo na fórmula de Herón, teremos:
√
√
. / . /⇔
É dada uma equação do segundo grau x2 + ax + b = 0, com raízes inteiras a1 e b1. Consideramos a
equação do segundo grau x2 + a1x + b1 = 0. Se a equação x2 + a1x + b1 = 0 tem raízes inteiras a2 e b2,
consideram s a equação x2 + a2x+ b2 = 0. Se a equação x2 +a2x+b2 = 0 tem raízes inteiras a3 e b3,
consideramos a equação x2 + a3x+ b3 = 0. E assim por diante . Se encontramos uma equação com
< 0 ou com raízes que não sejam inteiros, encerramos o processo. Por exemplo, se começamos com a
equação x2 = 0 podemos continuar o processo indefinidamente. Pede-se:
(a) Determine uma outra equação que, como x2 = 0, nos permita continuar o processo indefinidamente;
(b) Determine todas as equações do segundo grau completas a partir das quais possamos continuar o
processo indefinidamente.
Vamos definir a equação Pi(x) = x2 + aix + bi = 0 como sendo a equação obtida no i-ésimo passo do
procedimento descrito pelo enunciado, ou seja, ai e bi são as raízes inteiras da equação Pi – 1(x) = x2 +
ai - 1x + bi - 1 = 0, para i = 1, 2, ... .
b) Solução:
Nosso próximo passo será determinar todas as equações que nos possibilitem continuar o processo
indefinidamente.
Vimos no item (a) que as equações x2 + kx = 0, k , têm essa propriedade, por isso suponhamos b0
≠ 0 em P0(x) = x2 + a0x + b0 = 0. Evidentemente bi - 1 = ai .bi, ou seja, bi divide bi – 1, o que mostra que,
para todo i inteiro positivo, bi divide b0.
Daí resulta que, se b0 ≠ 0 e o processo continua indefinidamente, pelo menos um dos divisores bj de b0
deve aparecer infinitas vezes como termo independente das equações do processo.
Digamos que bj volte aparecer como termo independente de uma equação P k(x) = x2 + akx + bk
= 0 para algum k > j.
Mas como bi divide bi – 1 para todo i inteiro positivo, temos |bi – 1| ≥ |bi| e daí |bj| ≥ |bj+1|≥ ... ≥ |bk| = |bj|, o
que mostra que |bi| = |bj| para i = j + 1, j + 2, ..., k, onde bi { – bj, bj} para todo i > j.
( )
,
( )
( )
,
( )
No primeiro caso, observemos que é raiz de ( ) , o que implica que a outra raiz é – 1 e
( ) .
Uma análise inteiramente análoga a do primeiro caso permite-nos concluir, no segundo caso,
( ) que é uma equação onde uma das raízes é 1 ou – 1.
Se a raiz for – 1, então ( ) , o que é absurdo.
Segue que ( ) é a única equação com termo independente não nulo a partir da
qual podemos repetir o processo um número arbitrário de vezes.
Capítulo 3 – Soluções dos Exercícios
O produto 2001. 2002 . 2003 . 2004 é divisível por 7 pois 2002 0 mod 7.
(c) 1237156 34
28
quando é dividido por 111.
Sabemos que 12371 50 mod 111; 123712 58 mod 111; 123718 584 mod 111 46 mod 111.
Como 1237156 123718 7
46 7 mod 111 16 mod 111.
Portanto 5 n 5 4n .
3. Prove que se n é ímpar
i) Sabemos que o produto de dois números consecutivos é múltiplo de 2, então P é divisível por 2.
ii) Sendo n ímpar temos que n 1 e n 1 são pares então P é divisível por 22.
iii) O produto de três números consecutivos é divisível por 3, então P é divisível por 3.
iv) Todo número divisível por 2 e 3 é divisível por 6, então P é divisível por 6.
Seja P n 2 1 n 1
. n 1 um número inteiro com n ímpar.
Desenvolvendo temos P n 2 n 2 4n 4 n 2 8n 16 1 = 3n 2 12n 21 3 n 2 4n 7 .
Sendo n 2k 1, para k Z temos que P 3 2k 1 42k 1 7
2
P 3 4k 2 4k 1 8k 4 7
P 3 4k 2 12k 12
P 3 4 k 2 3k 3
P 12 k 3k 3
2
P 12m , m Z, logo P é múltiplo de 12.
Como 1093 é primo e 2, 1093 1, temos, pelo Pequeno Teorema de Fermat, que 1093 21093 2 .
Sabemos que 21093 2 2. 21092 1 .
Da aritmética dos restos temos que a p b p mod p a p b p mod p 2 , com a, b, p N e p primo.
Fazendo p = 1093 temos que a1093 b1093 mod 1093 a1093 b1093 mod 10932 .
37 2 p 1 mod p 3 2 p 1
7 2 2
mod p 2
314 4 p 2 4 p 1 mod p 2
2 28 330 p 121 mod p 2 multiplicando por 32 temos 32.2 28 2970 p 1089 mod p 2 .
Como 2970p = 1093p + 1876p + p; 1089 = 1093 – 4; p 2 0 mod p 2 e sendo p = 1093 temos:
32.2 28 1876 p 4 mod p 2 que dividido por 4 resulta em 32.2 26 469 p 1 mod p 2
3 .2
2 26 7
469 p 1 mod p 2
7
314.2182 469 p 1 mod p 2
7
314.2182 3 p 2 4 p 1 mod p 2 314.2182 4 p 1 mod p 2 (2)
Considere P 9999941234567890 1 .
1234567889
Podemos escrever P 9999941234567890 1 999994 1. 999994 k .
k 1
1234567889
Logo P 999993.
k 1
999994 k 999993.M , sendo M N.
Fazendo a 2005 e b 4 501 , segue pela desigualdade de Sophie Germain que N é composto.
10 2007 1 = 10 669 133
Fazendo a 10 669
3
e b 13 temos que a 3 b 3 a b.a 2 a b b 2 .
Como a 3 b 3 a b. a 2 a b b 2 é composto então 1000
...
001
também é composto.
2006 zeros
8. Utilizando o fato de que o resto de um quadrado quando dividido por 4 só pode ser 0 ou 1, dê uma
outra solução para o problema do Exemplo 3.54.
Temos que P = 4q + 0 ou P = 4q + 1.
Para b = 4, P = aa44 temos que 30 P 100 . Por tentativa temos que 882 = 7744, portanto a = 7.
Para P = aabb 1 mod 4 4 11b 1 , logo b = 3 ou b = 7. Nestes casos P também não é quadrado
perfeito, pois nenhum quadrado perfeito termina em 3 ou em 7.
9. Dados três inteiros, x, y, z, tais que x2 + y2 = z2, mostre que x e y não são ambos ímpares e que xy é
múltiplo de 6.
Como x2 + y2 = z2 então 4t 2 4t 1 4v 2 4v 1 z 2 4 t 2 t v 2 v 2 z 2 4m + 2 = z2,
mostrando que z2 é par logo z também é par.
Outra solução:
Seja p = 4q + r a divisão de p por 4. Assim p 2 16q 2 8qr r 2 8 2q 2 qr r 2 .
Portanto p 2 8n ou p 2 8n 1 ou p 2 8n 4 .
11. Três números primos p; q e r, maiores que 3, formam uma progressão aritmética, ou seja, q = p + d
e r = p + 2d. Prove que d é divisível por 6.
Para provar que d é divisível por 6, devemos mostrar que 2|d e 3|d.
Como todos os primos maiores que 3 são ímpares e, supondo que d seja ímpar, temos que q é par,
pois, a soma de dois números ímpares resulta em um número par, o que é um absurdo, pois, q é
primo. Assim, d é par, isto é, 2|d.
Supondo que d não seja divisível por 3, então d é da forma 3k + 1 ou 3k + 2, com k N.
Assim, pelo Lema dos restos, na divisão por 3 os valores de q e r são da forma p + 1 e p + 2.
Logo, sendo p, q e r três números consecutivos, ou seja, p, p + 1 e p + 2, então, pelo menos um deles
é múltiplo de 3, mostrando que 3| d.
12. Demonstrar que existem infinitos números primos da forma 4m + 3 e da forma 6m + 5, onde m Z.
Um número inteiro P qualquer pode ser inscrito como P 4q r , com r {0, 1, 2, 3}. Se P é primo
então r = 1 ou r = 3.
Suponha que existam finitos primos na forma 4m + 3 e seja A o conjunto de todos os primos dessa
forma, ou seja A 4m 1, m N p0 2, p1 5, p2 ,..., pn .
Suponhamos, por absurdo, que existam apenas um número finito de primos p1 < ... < pk da forma
4m 3 , com m > 1. O número P = 4(p1.p2....pk) + 3 não é divisível por nenhum dos números primos 3,
p1, ..., pk e, portanto, sua decomposição em fatores primos só pode conter primos da forma 4m + 1, o
que é uma contradição, pois P é da forma 4m + 3.
Considere um número natural S qualquer. Podemos escrevê-lo na forma 6m r , r 0, 1,...,5.
Suponhamos, por absurdo, que existam apenas um número finito de primos p1 < ... < pk da forma
6m 5 , com m > 1. O número S = 6(p1.p2....pk) + 5 não é divisível por nenhum dos números primos 5,
p1, ..., pk e, portanto, sua decomposição em fatores primos só pode conter primos da forma 6m + 1.
13. Encontrar o último dígito dos números (resto da divisão por 10)
(a) 19892005
1989
2 1002
11002 mod 10 1 mod 10 .
1989 205 1989 . 1989 2
1002
9 . 1 mod 10 9 mod 10
34 81 1 mod 10 e 27 7 mod 10
2 5 2 mod 10
2 50 2 5
10
210 1024 4 mod 10
Sabemos que 1 11 21 ... 1991 1 mod 10 ; 2 12 22 ... 1992 2 mod 10 , ou seja números
de mesmo final possuem mesmos restos mod 10 e sabemos, também, que todo número quadrado só
termina em 0, 1, 4, 5, 6 ou 9.
Portanto temos
i) de 1 até 2000 temos 200.1 4 9 6 5 6 9 4 1 0 200.45 9000 0 mod 10
14. Prove que a soma dos quadrados de cinco números consecutivos não é um quadrado perfeito.
Portanto a soma dos quadrados de cinco números consecutivos não é um quadrado perfeito.
Seja X 1000
...
005000
001 então podemos escrever X 10 202 5.10101 1 .
...
100 zeros 100 zeros
Pelo lema dos restos temos que 10 202 1 mod 9 ; 5. 10101 5.1 mod 9 e 1 1 mod 9 .
Logo X deixa resto 1 + 5 + 1 = 7 quando dividido por 9, portanto X não é cubo perfeito.
16. Seja b um inteiro positivo. Enuncie e prove o critério de divisibilidade por b no sistema de
numeração de base b.
Proposição: Se P an an1 ...a1a0 b Z com ai 0, 1, 2,..., b 1, i 0, 1, 2,..., n, então b P
a0 0 .
() Seja P um número escrito na base b, logo P an b n an1b n1 ... a1b a0 .
Pela proposição 3.3 temos que b P , logo b b.(an b n1 an1b n2 ... a1 ) a0 .
É fato que b b.(an b n1 an1b n2 ... a1 ) então b também deve dividir a 0 . Como 0 a0 b 1
temos necessariamente que a0 0 .
1 1 1
(a) n 1 ... , com n > 1,
2 3 n
2 3 ... p ... n 1 3 4 ... p ... n ... 1 2 ... p 1 p 1 ... n ... 1 2 ... p ... n 1
n
1 2 3 ... p ... n
Fazendo
m 2 3 ... p ... n 1 3 4 ... p ... n ... 1 2 ... p 1 p 1 ... n ... 1 2 ... p ... n 1 e
logo . m
k 1 2 ... p 1 p 1 ... n n
pk
Como p não divide 1 2 3 ... p 1 p 1...n , que é uma parcela de m, então pk também não divide
1 2 3 ... p 1 p 1...n portanto, n não é inteiro.
1 1 1
(b) n ... , com n > 0, não são inteiros.
3 5 2n 1
Então,
5 7 ... p ... 2n 1 3 7 ... p ... 2n 1 ... 3 5 ... p 2 p 2 ... 2n 1 ... 3 ... p ... 2n 1
n
3 5 7 ... p ... 2n 1
Fazendo
m 5 7 ... p ... 2n 1 3 7 ... p ... 2n 1 ... 3 5 ... p 2 p 2 ... 2n 1 ... 3 ... p ... 2n 1
Como p não divide 3 5 7 ... p 2 p 2 ... 2n 1 , que é uma parcela de m, então pk também
não divide 3 5 7 ... p 2 p 2 ... 2n 1 , portanto, n não é inteiro.
18. Considere o polinômio p(n) am n m am1 n m1 ... a0 de grau m > 1 com coeficientes inteiros e
nN. Prove que p(n) é um número composto para infinitos valores de n.
Sugestão: Use o fato de que existe a N tal que p(a) 1 e mostre que divide p k a , para
todo k Z.
Então p( k a ) Q . 1 Q T .
19. Dizemos que um conjunto An formado por n inteiros positivos escritos no sistema binário (base 2) é
regular se, para qualquer s inteiro não negativo a quantidade de números de A n que contemplam 2s na
representação binária é par. Dizemos que An é irregular se, pelo menos para algum s, este número é
ímpar. Demonstre que um sistema irregular pode se converter em regular excluindo-se apenas um
único elemento do mesmo, e, um sistema regular pode se converter em irregular excluindo-se qualquer
um dos seus elementos.
20. Seja n um inteiro positivo. Demonstrar que todos os coeficientes do desenvolvimento do binômio
de Newton (a + b)n são ímpares se, e somente se, n é da forma 2 s 1 .
21. Prove que se (x0, y0) é uma solução da equação diofantina linear ax – by = 1, então a área do
1
triângulo cujos vértices são (0, 0), (b, a) e (x0, y0) é .
2
Se (x0, y0) é solução da equação ax – by = 1, então ax0 – by0 = 1.
1
Sabemos que a área de uma região triangular, no plano, pode ser dada por A . D , sendo D o
2
determinante formado com as coordenadas dos vértices.
0 0 1
1 1 1 1
Então A x0 y0 1 = ax0 by 0 = 1 =
2 2 2 2
b a 1
22. Qual é a menor distância possível entre dois pontos (x1, y1) e (x2, y2), com coordenadas inteiras,
situados sobre a reta definida pela equação diofantina ax + by = c?
Como a distância entre dois pontos no plano é dada por d x1 x2 2 y1 y2 2 temos, então que
2
a
2
d x1 x2 2
x1 x 2 d x1 x2 2 a 2 x1 x2 2
b b
2
a 2 b 2
d x1 x2 2 1 a 2 d x1 x 2 2
.
b b
a 2 b 2
A distância mínima ocorre quando x1 x2 1 então d min 2
.
b
Capítulo 4- Soluções dos Exercícios
1. Seja C um conjunto formado por cinco pontos de coordenadas inteiras no plano. Prove que o ponto
médio de algum dos segmentos com extremos em C tem também coordenadas inteiras.
Solução:
Seja C = { P1, P2, P3, P4, P5 } o conjuntos dos 5 pontos de coordenadas inteiras no plano.
Temos as seguintes possibilidades:
P1= { par, par}; P2= { par ímpar}; P3= {ímpar, par} e P4= {ímpar, ímpar}.
O ponto médio entre dois pontos A e B é dado por M( xM, yM) , onde:
Observe que para o ponto médio tenha coordenadas inteiras xA e xB, é necessário que sejam ambos
pares ou ambos ímpares, o mesmo ocorre com yA e yB.
Dessa forma, os pontos P1, P2, P3, P4, P5 representam os pombos, e a paridade de suas coordenadas
representam as casas, onde não pode haver outra possibilidade.
Pelo P.C.P., P5 terá a paridade de suas coordenadas igual a um dos pontos P1, P2, P3, P4 .
Portanto, o ponto médio de algum dos segmentos com extremidades em C tem também coordenadas
inteiras.
2. O conjunto dos dígitos 1, 2, ..., 9 é dividido em três grupos. Prove que o produto de alguns dos
grupos deve ser maior que 71.
Solução:
1 ≤71
2 ≤71
3 ≤71
362880 = 1 ∙ 2 ∙ 3 ≤357911
ou seja,
Portanto, o produto de alguns dos grupos deve ser maior que 71.
p : I N IN
do conjunto IN = {1, 2, ... ,N} o produto P(p) = (1 – p(1))(2 – p(2)) ... (N – p(N)) é necessariamente par.
(Dica: O produto de vários fatores é par se, e somente se, um dos fatores é par.)
Solução:
Se N é ímpar então é da forma N = 2k + 1. Se P(p) fosse ímpar, todos os termos (i – p(i)) seriam
ímpares para todo 1 i N. Sendo assim (N – p(N)) = (2k + 1 – p(2k + 1)) =
2k’ + 1 p(2k + 1) = 2(k – k’), o que implica que P(N) é par, logo P(p) não é ímpar.
4. Dado um conjunto de 25 pontos no plano tais que entre quaisquer 3 deles existe um par com
distância menor que 1. Prove que existe um círculo de raio 1 que contém pelo menos 13 dos 25 pontos
dados.
Solução:
(i)
(ii)
5. Prove que entre quaisquer 5 pontos escolhidos dentro de um triângulo eqüilátero de lado 1 sempre
existe um par destes cuja distância não é maior que 0,5.
Solução:
Dividindo o triângulo equilátero de lado 1 em quatro triângulos eqüiláteros de lado 1/2 como a figura
que se segue.
Logo, pelo PCP pelo menos dois pontos devem estar no mesmo triângulo, uma vez que temos 4
triângulos e 5 pontos.
Assim, como a maior distância entre dois pontos que estão num triângulo equilátero ocorre quando
estes estiverem no vértice do triângulo e como os 4 triângulos menores tem lados ½, então pelo menos
dois de seus pontos estão a uma distância de no máximo ½.
.
6. Marquemos todos os centros dos 64 quadrinhos de um tabuleiro de xadrez de 8x8. É possível cortar
o tabuleiro com 13 linhas retas que não passem pelos pontos marcados e de forma tal que cada
pedaço de recorte do tabuleiro tenha no máximo um ponto marcado?
Solução:
Temos marcados no tabuleiro 64 pontos, estando alinhados em 8 linhas e 8 colunas. Para separarmos
os 8 pontos pertencentes as 8 colunas são necessárias 7 linhas e para dividirmos os 8 pontos
pertencentes as 8 linhas são necessárias 7 linhas, totalizando 14 linhas. Caso sejam usadas 13 linhas
poderemos dividir o tabuleiro em 56 espaços, como temos 64 pontos, pelo Princípio da Casa dos
Pombos, teremos pelo menos 8 casas com 2 pontos. Logo, não é possível cortar o tabuleiro com 13
linhas retas que não passem pelos pontos marcados e de forma tal que cada pedaço de recorte do
tabuleiro tenha no máximo um ponto marcado.
7. Prove que existem duas potências de 3 cuja diferença é divisível por 1997.
Solução:
Existem 1997 possíveis restos pela divisão por 1997. Considere a sequência das potências de 3: 30,
3¹, 3², 3³, ...,31997. Esta sequência é composta de 1998 números.
Portanto, pelo PCP, dois desses, digamos 3n e 3m, com n > m, têm mesmo resto quando divididos por
1997. Logo, a sua diferença 3n– 3m é divisível por 1997.
Prove que existem dois destes seis números cuja a soma é ímpar.
Solução:
Sabemos que a soma de dois números naturais é ímpar se, os números não tiverem a mesma
paridade, isto é, se um for par e o outro for ímpar.
Como o conjunto A tem 5 números pares e 5 números ímpares e devemos escolher 6 números
quaisquer, pelo PCP, teremos dentre os seis números escolhidos, pelo menos um número par e um
número ímpar escolhido, onde a soma é ímpar.
existe um tal que sua diferença com certo número inteiro é menor 0,011.
Solução:
Seja x um número real tal que, para certo inteiro se tenha a.x [, +1], para a {1, 2, ...,
101} e x .
Considere os conjuntos I = {x0 = 1, x1, x2, ..., x99, x100 = +1} com x1< x2< ...< x99 <
x100, e xi – xi – 1 = 0,01, i {1, 2, ..., 100}.
Temos # { Ii } = 100 e # { x, 2x, 3x, ..., 101x} = 101. Logo, temos 101 elementos para acomodar em 100
intervalos de comprimento 0,01. Segue que teremos dois números em um único intervalo. Se x > 0,
serão 100x e 101x. Se x < 0, serão x e 2x. Em qualquer caso teremos dois números num mesmo
intervalo, no qual um dos extremos é inteiro. Logo devemos ter x – < 0,01 < 0,011 ou + 1 – 101x
< 0,01 < 0,011.
10. Mostre que entre nove números que não possuem divisores primos maiores que cinco, existem
dois cujo produto é um quadrado.
Solução:
Seja A= {x1, x2, x3, x4, x5, x6, x7, x8, x9} o conjunto de nove números que não possuem divisores primos
maiores que cinco. Os números que não possuem divisores primos maiores que cinco são da forma xI
= 2.3.5.
Para que o produto de dois números xi.xj seja um quadrado, devemos ter xI = 2.3.5 e xj = 2’.3’.5’,
com i,j {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9}, ou seja, xi.xj = (2.3.5 ).( 2’.3’.5’ ) = 2+’.3+’.5+’, onde + ’,
+ ’ e + ’ necessariamente devem ser pares, temos as seguintes possibilidades:
Possibilidades e ’ e ’ e ’ + ’, + ’, + ’
1ª Pares Pares Pares Pares
2ª Pares Pares Ímpares Pares
3ª Pares Ímpares Pares Pares
4ª Pares Ímpares Ímpares Pares
5ª Ímpares Pares Pares Pares
6ª Ímpares Ímpares Ímpares Pares
7ª Ímpares Pares Ímpares Pares
8ª Ímpares Ímpares Ímpares Pares
Então existem 8 possibilidades para que o produto seja quadrado. Pelo P.C.P., as 8 possibilidades são
as casas e os 9 elementos de A são os pombos, e consequentemente, dentre os 9 elementos de A, o
produto de pelo menos dois deles é um quadrado.
11. Um disco fechado de raio um contém sete pontos, cujas distâncias entre quaisquer dois deles é
maior ou igual a um. Prove queo centro do disco é um destes pontos.
Solução:
12. Na região delimitada por um retângulo de largura quatro e altura três são marcados seis pontos.
Prove que existe ao menos um par destes pontos cuja distância entre eles não é maior que √ .
Solução:
Dividimos o retângulo em quadrados de lado unitário, como mostra a figura abaixo. Posicionamos 4
destes pontos nos vértices do retângulo maior. Em seguida posicionamos o quinto ponto no centro do
retângulo maior (onde do centro aos outros teremos 2,5 > √ ). Ao acrescentarmos o sexto ponto, em
qualquer região, ela não será maior que 2 em relação a 2 pontos mais próximos (lembrando que 2 <
√ ).
13. Seja a um número irracional. Prove que existem infinitos números racionais r = p/q tais que |a – r|
j< 1/q2.
Solução:
14. Suponha que cada ponto do reticulado plano é pintado de vermelho ou azul. Mostre que existe
algum retângulo com vértices no reticulado e todos da mesma cor.
Solução:
Solução:
A soma de livros vendidos do 1º ao último dia é 463. Considere Sn como a soma dos livros vendidos do
1º dia ao dia n, com 1 305. Temos que:
Observe que a seqüencia abaixo é crescente, pois é vendido por dia pelo menos 1 livro.
Pelo PCB, os números equivalem aos pombos e os possíveis valores as casas, logo S p seqüencia (I)
e Sq+ 144 à seqüencia (II).
Portanto em algum período de dias consecutivos o livreiro vendeu exatamente 144 livros.
Capítulo 5 – Soluções dos Exercícios
1. De quantas maneiras podemos escolher três números distintos do conjunto I50 = {1, 2, 3, ..., 49, 50 }
de modo que sua soma seja
a) um múltiplo de 3?
16
Para escolher três números de resto 0 num total de 16 temos 560 maneiras.
3
17
Para escolher três números de resto 1 ou 2 num total de 17 temos 2 . 2 . 680 1360 maneiras.
3
Para escolher um número de resto 0, um número de resto 1 e um número de resto 2 temos, pelo
principio multiplicativo, 16 . 17 . 17 = 4624 maneiras.
Logo teremos 560 + 1360 + 4624 = 6544 maneiras distintas de escolher os três números cuja soma
será múltiplo de três.
b) um número par?
25
Podemos escolher três números pares num total de 25, ou seja, 2300 maneiras.
3
25
Podemos escolher dois números ímpares num total de 25, ou seja, 300 maneiras e um número
2
par num total de 25. Portanto teremos 300 . 25 = 7500 maneiras.
Finalmente pelo principio aditivo teremos um total de 2300 + 7500 = 9800 maneiras distintas de
escolher os três números cuja soma será par.
2. Considere o conjunto In = {1, 2, 3, ..., n – 1, n}. Diga de quantos modos é possível formar
subconjuntos de k elementos nos quais não haja números consecutivos?
Considerando um caso particular se o conjunto fosse {1, 2, 3, 4, 5, 6}, teríamos 4 opções para
formarmos 3 subconjuntos onde não existiriam números consecutivos. Seriam os seguintes
subconjuntos: {1, 3, 5} {1, 3, 6} {1, 4, 6} {2, 4, 6}
É lógico que este processo de enumeração é exaustivo e nada prático, então, vamos tentar
generalizar.
Usaremos o símbolo + para os elementos que farão parte do subconjunto e o símbolo - para os que
não farão parte dele.
Devemos perceber que, para 6 elementos, ficam definidos 7 posições possíveis (n + 1), conforme
figura abaixo.
- - -
Fixando os 3 lugares que seriam preenchidos pelos elementos que não farão parte do subconjunto,
sobrariam 4 posições (n – k +1) para serem escolhidas 3 para serem preenchidas pelos que farão
parte do subconjunto.
Note que, se temos 3 elementos que não vão participar do subconjunto, temos 3 + 1 (n – k +1)
posições para serem ocupadas pelos outros 3 elementos, que farão parte do subconjunto. Logo, em
nosso exemplo, temos uma única posição para os não participantes (-) e C4,3 para os participantes (+)
do subconjunto.
3. Considere as letras da palavra PERMUTA. Quantos anagramas de 4 letras podem ser formados,
onde:
c) a letra R aparece?
c) São 4 posições para colocar a letra R. Depois temos 6 . 5 . 4 = 120 maneiras de escolher as outras
três letras. Portanto temos 4 . 120 = 480 anagramas com a letra R.
d) São três posições para colocar a letra T. Temos 3 . (5 . 4 . 3) = 180 anagramas com a letra T que
terminam em vogal.
Teremos um total de 120 números todos da forma a.10 4 b.10 3 c.10 2 d .10 e . Sendo que a, b, c,
d, e podem assumir os valores 1, 3, 5, 7 e 9.
Para somar todos os números devemos usar a decomposição do total que será dada por
5. Quantos números podem ser formados pela multiplicação de alguns ou de todos os números 2; 2; 3;
3; 3; 5; 5; 6; 8; 9; 9?
6. Entre todos os números de sete dígitos, diga quantos possuem exatamente três dígitos 9 e os
quatro dígitos restantes todos diferentes?
Temos um total de P73 .C9, 4 números de sete dígitos com três repetidos, veja figura abaixo.
9 9 9
P73 C 9, 4
Mas, devemos excluir os números iniciados em zero, que são em um total de P63 .C8,3
Então teremos P73 .C9, 4 - P63 .C8,3 = 126 x 840 – 56 x 120 = 99120 números.
7. De quantas maneiras podemos distribuir 22 livros diferentes entre 5 alunos se 2 deles recebem 5
livros cada e os outros 3 recebem 4 livros cada?
Depois escolhemos os livros de C22,5 . C17,5 . C12, 4 . C8, 4 . C4, 4 maneiras diferentes.
22!
Teremos C5, 2 . C3,3 . C22,5 . C17,5 . C12, 4 . C8, 4 . C4, 4 = = 56463835428000
5! . 4! . 3! . 2!
3
8. Quantos são os números naturais de sete dígitos nos quais o dígito 4 figura exatamente 3 vezes e o
dígito 8 figura exatamente 2 vezes?
Os números iniciados em outros dígitos, exceto o zero, são iguais a 7 . C6, 3 . C3, 2 . 8 = 3360 ( C 6, 3
representa as maneiras de acrescentar os três dígitos 4 e C3, 2 representa as maneiras de acrescentar
os dois dígitos 8).
Portanto, pelo princípio aditivo, temos a soma 5760 + 3840 + 3360 = 12960 números.
9. De quantas maneiras uma comissão de 4 pessoas pode ser formada, de um grupo de 6 homens e 6
mulheres, se a mesma é composta de um número maior de homens do que de mulheres?
Se o número de homens é maior que o número de mulheres então devemos ter 3 homens e 1 mulher
ou 4 homens e 0 mulheres.
Para 3 homens e 1 mulher temos C6,3 . C6,1 120 maneiras de escolher as comissões.
A A A B C
Grupo único
O grupo que repete pode ser contado como 10 . 3! (são 10 caracteres diferentes e temos três itens
para permutar AAA, B e C.
Para as duas posições que sobram podemos ter 9 . 8 = 72 maneiras de escolha (pois esses caracteres
não podem ser iguais).
11. Quantos números inteiros existem entre 1 e 10.000 que não são divisíveis por 3; 5 e 7?
São 666 múltiplos de [3, 5] = 15; 476 múltiplos de [3, 7] = 21 e 285 múltiplos de [5, 7] = 35.
Pelo princípio da inclusão e exclusão temos 10000 – [3333 + 1999 + 1428 – (666 + 476 + 285) + 105] =
4562 números que não são múltiplos de 3, 5 e 7.
12. Quantas são as permutações da palavra PROPOR nas quais não existem letras consecutivas
iguais?
O método usado foi através da fixação de uma das letras e determinando as possibilidades de
posicionar as demais letras sem haver repetição.
Cada linha da tabela abaixo mostra as posições escolhidas para uma letra.
Como são três letras, então temos 3 x 10 = 30 palavras nas quais não existem letras consecutivas
iguais.
13. De quantos modos 6 casais podem sentar-se ao redor de uma mesa circular de tal forma que
marido e mulher não fiquem juntos?
Primeiro posicionamos o grupo de mulheres que pode ser feito de 5! = 120 maneiras.
Designando os casais como (M1, H1); ... ; (M6, H6) sabemos que o Hi não pode ficar ao lado de Mi.
Na figura abaixo verificamos que existem duas posições proibidas para cada Hi.
Proibido para H1
Proibido para H1
Logo, pelo principio multiplicativo, temos 24 x 120 = 2880 maneiras de posicionar os seis casais
obedecendo à restrição imposta.
14. Quantas são as permutações das letras da palavra BRASIL em que o B ocupa o primeiro lugar, ou
o R ocupa o segundo lugar, ou o L o sexto lugar?
4!
Anagramas em que o B ocupa o
primeiro lugar 5!.
5! 5!
4! 3! 4!
Anagramas em que o R ocupa o
segundo lugar 5!.
5!
Portanto, pelo princípio da inclusão e exclusão, temos um total de 5! + 5! + 5! – (4! + 4! + 4!) + 3! = 294
anagramas que contemplam o enunciado.
15. De quantas formas podemos representar o número 15 como soma de vários números naturais?
16. Quantos quadrados perfeitos existem entre 40.000 e 640.000 que são múltiplos simultaneamente
de 3, 4 e 5?
17. Oito amigos vão ao cinema assistir a um filme que custa um real. Quatro deles possuem uma nota
de um real e quatro possuem uma nota de dois reais. Sabendo-se que o caixa do cinema não possui
nenhum dinheiro, como eles podem organizar uma fila para pagar o filme permitindo o troco pelo
caixa?
De acordo com a árvore de possibilidades acima temos 14 caminhos diferentes para o posicionamento
dos oito amigos.
O grupo que possui um real cada pode ser posicionado de 4! = 24 maneiras na fila, da mesma forma
os que possuem dois reais cada também podem ser posicionados de 4! = 24 maneiras na fila.
Então, pelo principio multiplicativo, temos um total de 14 . 24. 24 = 8064 maneiras de dispor os amigos
na fila.
18. Se considerarmos todas as configurações do tabuleiro com duas torres que não se atacam, como
no Exemplo 5.2, sem distinguir as torres, quantas configurações obteremos?
No exemplo 5.2 as torres são diferentes e representam 64 . 7 2 3136 maneiras distintas para
posicioná-las de forma que não se ataquem. Para o caso proposto as torres são idênticas portanto
64 . 7 2
temos 1568 configurações.
2!
19. Continuando o problema anterior, generalize-o para 3, 4, 5, ... torres que não se atacam,
encontrando também o número máximo de torres que podem ser colocadas no tabuleiro de modo que
82 . 7 2 . 6 2
Para três torres temos configurações, para
3!
8 2 . 7 2. 6 2. 5 2
quatro torres temos e para n torres temos
4!
8 2. 7 2... 8 n 1
2
n!
Seja um inteiro positivo e suponhamos, por contradição, que haja uma sequência de 2+1 inteiros
distintos que não contenha uma subsequência monótona (cresceste ou decrescente) de tamanho +1,
ou seja, todas as subsequências monótonas de tem tamanho , no máximo. Seja um elemento da
sequência . Associamos a um par ordenado de inteiros , , onde é o comprimento da maior
subsequência crescente de que começa em e é o comprimento da maior subsequência
decrescente de que começa em . Sobre as subsequências monótonas de podemos afirmar que:
𝑖𝑖) dois elementos distintos de não podem estar associados ao mesmo par ordenado de inteiros. De
fato, suponhamos que e são elementos de S, com ≠ . Seus pares ordenados são , e , e
como ≠ , temos que < ou > . Se < , afirmamos que > ·, pois sabemos que existe uma
subsequência crescente de comprimento começando em . Se inserirmos no começo dessa
subsequência, obtemos uma subsequência crescente de comprimento +1. Assim, ≥ +1 ou,
equivalentemente, > . Assim e têm pares ordenados diferentes. Da mesma forma, se > , então
> e, novamente e estão associados a pares ordenados diferentes.
Entretanto, essas duas afirmações levam a uma contradição. Há apenas 2 pares ordenados de inteiros
diferentes, e tem 2+1 elementos. Pelo PCP (Principio da Casa dos Pombos), dois dos elementos
devem ter o mesmo par ordenado. Entretanto, isto contradiz o fato de que dois elementos quaisquer
não podem estar associados ao mesmo par ordenado. Portanto deve ter uma subsequência
monótona de comprimento +1.
Usando a técnica de contar os grupos das potências de 5 (que multiplicados pelas potências de 2
resulta em zeros) temos:
Como 54 é a maior potência de 5 presente em 2010, temos um total de 402 + 80 + 16 + 3 = 503 zeros
na terminação de 2010!.
23. O jogo do 7 consiste em lançar dois dados e somar o número obtido nas suas faces. Caso a soma
seja 7, o jogador A ganha dois reais do jogador B. Caso a soma não seja 7, o jogador B ganha um real
de A. Pergunta-se: quem leva vantagem?
Quem leva vantagem é o jogador B, pois no lançamento de dois dados temos 6 2 36 somas
diferentes. Dentre estas apenas 6 dão total sete. Portanto em cada jogada temos uma probabilidade de
1 5
a favor do jogador A e a favor do jogador B.
6 6
24. A função de Euler associa a cada número natural n o valor (n) igual ao número de inteiros
positivos menores ou iguais a n relativamente primos com n. Ou seja, (n) 1 m n ; m, n 1
k 1 1 1
em fatores primos como n p1 1 . p2 2 ... pk , então (n) n 1 . 1 ... 1 .
p1 p2 p k
1 1 1 p 1 p2 1 pk 1
(n) n 1 . 1 ... 1 n. 1 . ...
p1 p2 pk 1 2 k
p p p
p1 1. p2 1... pk 1 k
(n) n. , substituindo n p1 1 . p2 2 ... pk temos:
p1 . p 2 ... p k
p1 1. p2 1... pk 1
(n) p1 . p 2 ... p k .
1 2 k
dividindo as potências dos fatores primos de n resulta
p1 . p 2 ... p k
QUESTÃO 1
n(n 1 )( 2.n 1)
Se qn denota a soma qn = 12 + 22 + ... + n2, prove que para todo n N qn
6
Vamos provar do indução finita.
1 - A afirmação é verdadeir a para n 1, pois :
1( 1 1 )( 2.1 1)
qn 12 1 qn 1
6
2 - Hipótese de indução, que é verdadeir a para n k com k N , então :
k ( k 1)( 2k 2)
12 2 2 ... k 2
6
Tese de indução, para n k 1, então :
( k 1)( k 2)( 2k 3)
12 2 2 ... k 2 ( k 1) 2
6
Demonstração :
k(k 1 )( 2k 2 )
Somando ( k 1) 2 nos dois membros de 12 2 2 ... k 2 teremos :
6
k(k 1 )( 2k 1 )
12 2 2 ... k 2 ( k 1) 2 ( k 1) 2
6
k(k 1 )( 2k 1 ) 6( k 1) 2
12 2 2 ... k 2 ( k 1) 2
6
k(k 1 )( 2k 2 ) 6( k 1) 2
( k 1)k ( 2k 1) 6( k 1) ( k 1)( 2k 2 7k 6)
6 6 6
3
( k 1)2( k 2)( k )
2 ( k 1)( k 2)( 2k 3)
6 6
Logo,
( k 1)( k 2)( 2k 3)
12 2 2 ... k 2 ( k 1) 2
6
QUESTÃO 2
Use o princípio da indução para provar as seguintes afirmações:
(a) 32n+1 + 2n+2 é divisível por 7 para todo n N;
Vamos provar do indução finita.
1 - A afirmação é verdadeir a para n 1, pois :
32.11 21 2 33 23 35 que é divisível por 7.
2 - Hipótese de indução, que é verdadeir a para n k com k N , então :
7q 32 k 1
32 k 1 2 k 2 é divisível por 7, então 32 k 1 2 k 2 7q, logo 2 k
4
Tese de indução, para n k 1, então :
32 k 3 2 k 3 é divisível por 7
Demonstração :
Desenvolvendo a Tese, teremos
32 k 3 2 k 3 27.32 k 8.2 k , substituindo a hipótese teremos :
7q 3.32 k
32 k 3 2 k 3 27.32 k 8( ) 27.32 k 14q 6.32 k 7(3.32 k 2q)
4
Que é divisível por 7.
(b) a soma dos cubos de três números naturais consecutivos é divisível por 9;
Demonstrar que n2 + (n+1)2 + (n+2)2 é divisível por 9.
Vamos provar do indução finita.
1 - A afirmação é verdadeir a para n 1, pois :
13 23 33 36 é divisível por 9.
2 - Hipótese de indução, que é verdadeir a para n k com k N , então :
n 3 ( n 1) 3 ( n 2) 3 é divisível por 9, então n 3 ( n 1) 3 ( n 2) 3 9q
Tese de indução, para n k 1, então :
( n 1) 3 ( n 2) 3 ( n 3) 3 é divisível por 9
Demonstração :
Isolando ( n 2) 3 na hipótese teremos,
( n 2) 3 9q n 3 ( n 1) 3
substituindo ( n 2) 3 na tese, concluimos que :
( n 1) 3 ( n 2) 3 ( n 3) 3 ( n 1) 3 9q n 3 ( n 1) 3 ( n 3) 3
( n 1) 3 ( n 2) 3 ( n 3) 3 9q n 3 n 3 9n 2 27n 27
( n 1) 3 ( n 2) 3 ( n 3) 3 9( q 3n 2 9n 9)
Que é divisível por 9.
(10k 1 9k 10)
7 77 777 ... 777...7 777...7 7. 777...7
k vezes k 1 vezes 81 k 1vezes
k 1
(10 9k 10) (10 k 1 9k 10)
7. 777...7 7. 7.111...1
81 k 1 vezes 81 k 1 vezes
x n 1 1
7.111...1 7.(10k ... 102 10 1), lembrando que x n ... x 2 x 1, então
k 1 vezes x 1
10k 1 1 10k 1 1 9 9.10 k 1 9
7.(10k ... 102 10 1) 7. 7. . 7.
10 1 10 1 9 81
(10k 1 9k 10) (10 k 1 9k 10)
7. 7.111...1 7. 7.(10 k ... 10 2 10 1)
81 k 1 vezes 81
(10k 1 9k 10) 9.10 k 1 9 (10.10 k 1 9k 10 9) (10 k 2 9k 19)
7. 7. 7. 7.
81 81 81 81
Vamos provar do indução finita.
1 - A afirmação é verdadeira para n 1, pois:
(n 1)(n 2)(n 3)...(n n) 2n.1.3.5...(2n 1)
(1 1) 2 21.1.(2.1 1) 2.1 2
2 - Hipótese de indução, que consideraremos verdadeira para n k com k N , então:
(k 1)(k 2)(k 3)...(k k ) 2k .1.3.5...(2k 1)
Tese de indução, para n k 1, então:
(k 1 1)(k 1 2)(k 1 3)...(k 1 k 1) 2k 1.1.3.5...2(k 1)
(k 2)(k 3)(k 4)...(k k )(2k 1)(2k 2) 2k 1.1.3.5...(2k 1)
Demonstração:
Vamos trabalhar com o primeiro mebro da tese
(k 2)(k 3)(k 4)...(k k )(2k 1)(2k 2)
(k 2)(k 3)(k 4)...(k k )(2k 1).2(k 1) (k 1)(k 2)(k 3)(k 4)...(k k ).2(2k 1)
hipótese de indução
QUESTÃO 3
Use o princípio da indução para provar as seguintes desigualdades:
A desigualdade 2 n n
a b a b não é válida para todo n natural, pois ela não é válida para
n1 n
vamos mostrar que ela vale para n 1 , isto é, vamos mostrar que 2 a
n
n1
b n1 a bn1 , isto é,
vamos mostrar que a b
n1
2 n a n1 b n1 . De fato, como a bn1 a bn a b , a b 0 e,
por hipótese de indução, a b 2
n n1
a n
b n , então a bn1 2 n1 a n b n a b . Assim, para
concluir que a b
n1
2 n a n1 b n1 é suficiente mostrar que 2 n1 a n b n a b 2 n a n1 b n1 .
Mas, 2 n1
a n
b n
a b 2 a n n1
b n1
equivale a 2a n1
b n1
a n
b a b , que equivale a
n
a n a b n b a n b ab n , que equivale a a n b n a b 0 , que é verdadeiro, pois se a b , então
a b 0 e a b 0 , sendo portanto a
n n n
b n
a b 0 , e se a b , então a n
bn 0 e a b 0 ,
sendo portanto a b a b 0 .n n
1 1 1
A desigualdade n não é válida para todo n natural, pois ela não é válida para
1 2 n
1
n 1. Para n 1, ela fica 1 , que não é verdadeiro. Mas, de fato, a desigualdade
1
1 1 1
n é válida para todo n 2 . Ela é válida para n 2 , pois para n 2 , ela fica
1 2 n
1 1 2 1
2 , que equivale a 2 , que equivale a 2 1 2 , que é verdadeiro. Suponha
1 2 2
que a igualdade vale para n e vamos mostrar que ela vale para n 1 , isto é, vamos mostrar que
1 1 1 1
n 1. De fato, como, por hipótese de indução,
1 2 n n 1
1 1 1 1 1 1 1 1
n , então n . Assim, para concluir que
1 2 n 1 2 n n 1 n 1
1 1 1 1 1
n 1 é suficiente mostrar que n n 1 . Mas,
1 2 n n 1 n 1
nn 1 1
nn 1 1 n 1 , que
1
n n 1 equivale a n 1 , que equivale a
n 1 n 1
equivale a nn 1 n , que equivale a nn 1 n 2 , que equivale a n 0 , o que é verdadeiro, pois
n2.
1 1 1 13
A desigualdade não é válida para todo n natural, pois ela não é válida para
n 1 n 2 2n 24
1 13
n 1. Para n 1, ela fica , que não é verdadeiro. Mas, de fato, a desigualdade
2 23
1 1 1 13
é válida para todo n 2 . Ela é válida para n 2 , pois para n 2 , ela fica
n 1 n 2 2n 24
1 1 13 7 13
, que equivale a , que é verdadeiro. Suponha que a igualdade vale para n e vamos
3 4 24 12 24
mostrar que ela vale para n 1, isto é, vamos mostrar que
1 1 1 1 1 13
. De fato, como, por hipótese de indução,
n2 n3 2n 2n 1 2n 2 24
1 1 1 13 1 1 13 1 1 1 13 1
, então . Como ,
n 1 n 2 2n 24 n2 2n 24 n 1 n2 2n 24 n 1
1 1 1 1 1 13 1 1 1
então . Assim, para concluir que
n2 n3 2n 2n 1 2n 2 24 n 1 2n 1 2n 2
1 1 1 1 1 13
é suficiente mostrar que
n2 n3 2n 2n 1 2n 2 24
13 1 1 1 13 13 1 1 1 13
. Mas, equivale a
24 n 1 2n 1 2n 2 24 24 n 1 2n 1 2n 2 24
1 1 1 1 4n 3
, que equivale a , que equivale a
n 1 2n 1 2n 2 n 1 2n 12n 2
2n 12n 2 n 14n 3 , que equivale a 4n 2 6n 2 4n 2 7n 3 , que equivale a n 1 0 , o
que é verdadeiro.
QUESTÃO 4
(n 1) cos nx n cos(n 1) x 1
cos x 2cos 2 x .... n cos nx
2 x
4sen 2
x
2(1 cos x) , logo nossa identidade a ser demonstrada pode
2
Vamos considerar a identidade 4sen 2
ser reescrita com o
(n 1) cos nx n cos(n 1) x 1
P(n): cos x 2cos 2 x .... n cos nx
2(1 cos x)
P(1) cos x
2cos 2 x co s(2) x 1 2cos x 2cos
2
x
2cos x(1cos x) cos x (V)
2(1 cos x) 2(1 cos x) 2(1 cos x)
(k 1) cos kx k cos(k 1) x 1
P(k ) cos x 2cos 2 x .... k cos kx
2(1 cos x)
(k 2) cos(k 1) x (k 1) cos(k 2) x 1
P(k 1) cos x 2cos 2 x .... k cos kx (k 1) cos(k 1) x
2(1 cos x)
(k 1) cos kx k cos(k 1) x 1
cos x 2 cos 2 x .... k cos kx (k 1) cos(k 1) x (k 1) cos(k 1) x
2(1 cos x)
(k 1) cos kx k cos(k 1) x 1 2(k 1) cos(k 1) x 2 cos x(k 1) cos(k 1) x
2(1 cos x)
cos(k 1) x k 2k 2 2(k 1) cos x (k 1) cos kx 1 cos(k 1) x k 2 2(k 1) cos x (k 1) cos kx 1
2(1 cos x) 2(1 cos x)
(k 2) cos(k 1) x (k 1) 2 cos x cos(k 1) x cos kx 1
2(1 cos x)
(I )
QUESTÃO 5
Um torneio de xadrez tem n jogadores. Cada jogador joga uma única partida com cada um dos outros
jogadores. Calcule o número total de partidas realizadas no torneio.
n n!
Cn 2 2! n 2 ! . Observe que
2
O número de jogos realizados no torneiro será dado pela são
n jogadores, a partida é realizada entre dois jogadores e cada dupla joga uma única vez.
Vamos considerar P(n) como sendo o total de jogos realizados, ou seja que
n!
P(n) = . Vamos demonstrar a validade de P(n) para todo n natural maior que 1, utilizando
2! n 2 !
indução finita.
2!
P(2) 1
2! 2 2 !
Como hipótese vamos considerar que P(n) é válida para n = k, com k natural e maior que 2.
k! k.(k-1)
P( k )
2! k 2 ! 2
(k 1)! (k+1).k
P(k 1)
2! k 1! 2
Para demonstrar a validade de P(k+1) devemos perceber inicialmente que se para k jogadores o
k .(k 1)
número de jogos é dado por P(k ) (hipótese de indução), ao aumentarmos um jogador ,
2
teremos k jogos a mais pois, esse novo jogador irá jogar com os k outros jogadores.
Somando k à hipótese teremos:
k.(k 1) k k 2k
2
k k
2
k (k 1)
P(k ) k
2 2 2 2
Temos então a validade de nossa tese.
QUESTÃO 6
13 12 1
2
2 - Hipótese de indução, que é verdadeir a para n k com k N , então :
k ( k 1)
2
13 2 3 33 ... k 3
2
Tese de indução, para n k 1, então :
( k 1)( k 2)
2
13 2 3 33 ... ( k 1) 3
2
Demonstração :
Somando (k 1 )2 nos dois membros da hipótese temos :
k ( k 1)
2
13 2 3 33 ... k 3 ( k 1) 3 ( k 1) 3
2
k ( k 1)
2
k 2 ( k 1) 2 4( k 1) 3 ( k 1) 2 k 2 4k 4 ( k 1) 2 ( k 2) 2
2 ( k 1)
3
4 4 4
( k 1)( k 2)
2
2
Logo.
( k 1)( k 2)
2
13 2 3 33 ... ( k 1) 3
2
QUESTÃO 7
Demonstração :
Sendo a 0, então vamos somar a aos dois membros da hipótese :
1 4a 1
a a a a ... a a
2
k radicais
1 4a 1
a a a a ... a a
2
k radicais
k 1 radicais
1 2a 4a 1
a a a a ... a
2
k 1 radicais
1 2a 4a 1 1 4a 1
Sendo, , logo :
2 2
1 4a 1
a a a a ... a
2
k 1 radicais
QUESTÃO 9
QUESTÃO 10
Consideremos n = 0.
6.0 1
2
2.0+2 2 1
Substituindo teremos 3 = 3 +2 =11 que é múltiplo de 11.
(11q 26k 1 ).3 2 .2 9.11q 9. 2 2 .2 9.11q 18.2 128 .2 9.11q 110.2 11(9q 10. 2 )
2 6k 7 6 k 1 6k 7 6k 6k 6k 6k
Como 11(9q10. 26k ) é divisível por 11, provamos que a tese também é verdadeira.
Questão 12
n n
1 . 1 5 1 . 1 5
Considere Fn a sequência de Fibonacci. Mostre que Fn
5 2
5 2
Um solução:
Para n = 1
1 1
1 . 1 5 1 1 5
Temos que
F . 1 . 1 5 1 5
1
5 2 2
1
5 5 2
k k
n = k temos que
F 1 . 1 5
1 . 1 5
5 2 5 2
k
Nossa tese será provar que para n = k+1 , F n
também é válida.
Para n = k+1 ,
k 1 k 1
1 5 1 . 1 5
F 1 .
5 2 5 2
k 1
k k
1 . 1 5 . 1 5 1 1 5 1 5
.
2 2 .
.
5 2 2 5
Temos que F k 1
F k F k 1 ,
Somando
k k k 1 k 1
1 5 1 1 5 1 1 5 1 5
F F 1 . . . 1 .
5 2 5 2 5 2
k k 1
5 2
k k k 1 k 1
1 . 1 5 1 . 1 5
. 1 2 . 1 2
5 2 5 2
1 5 1 5
k k
1 1 5 3 5
1 1 5 3 5
. . . .
2 2
1 5
1 5
5 5
k k
1 . 1 5 1 5 1 . 1 5 1 5
. .
F
5 2 5 2
k 1
2 2
Outra solução
n
Consideremos as progressões geométricas v n q , com q 0 , que satisfaz à recorrência
x x
n n 1
x n2, com x x
1 2
1
.
Temos que
n n 1 n2
q q q
cujas soluções são
´ 1 5 ´´ 1 5
q 2
eq
2
´n ´´m
q w q
Defina v n
e n
.
Como v ew
n n
satisfazem à recorrência x x
n n 1
x n2, com x x1 2
1
,
Questão 13
n n
a) F F
i 1
i
n2 1
b) F i 1
2 i 1
F 2n
F F n (1)
n
F 2 n1 1
2
c)
i 1
2i
d) F .F n 1 n 1
Resolução.
n
a) F F
i 1
i n2
1
F F 1 2
............ F k F k 1 F k 3 1
Substituindo a hipótese no primeiro membro da igualdade temos que:
F 1 F
k+2 k 1
F k 3 1 , o que é verdade pois, F k 3
F k 1 Fk+2
n
b) F F
i 1
2 i 1 2n
Para n = 1 temos:
F F 1
1 2
Verdadeiro
Como hipótese vamos supor a validade da fórmula para n = k, sendo k natural maior que 1
F F 1 3
............. F 2k 1 F 2 k
Tese: Vamos demonstrar que a fórmula é verdadeira para n = k+1.
Para n = k+1 temos
F F 1 3
............. F 2k 1 F 2k 1 F 2k 2
Considerando a tese temos que
F F 1 3
............. F 2 k 1 F 2 k 1 F 2 k 2
hipótese
c)
n
F
i 1
2i
F 2 n1 1
F F 2 4
......... F 2 k F 2 k 2 F 2 k 3 1
hipótese de indução
d)
F .F F 1.212 1 (1) .
2 2
1 3 2
Hipótese: Vamos supor que a propriedade é válida para n = k com k natural e maior que 2.
Para n = k temos
F k (1)
2 k
F .F k 1 k 1
F k (1)
2 k
F .F k 1 k 1
Multiplicando os dois membros por (-1) obtemos
F k 1.F k 1 F k (1)
k 1
2
F k 1.F k 1
3F k 1.F k 1 F k 1 (1)
2 2 k 1
F k 1
2 F F .F 2 F F F F
2 2 2
k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1
2F 3F F F F F F 3F F F k 1 F k 1
2 2 2 2 2 2 2
k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1 k 1
hipótese de indução
Questão 14
De quantas formas diferentes podemos cobrir um tabuleiro de 2 x n com peças de dominós que cobrem
exatamente duas celas do tabuleiro?
Considere um tabuleiro com 2 linhas e n+2 colunas. Para preencher o canto esquerdo do tabuleiro, há
duas alternativas: colocar um dominó “em pé” , restando um tabuleiro com 2 linhas e n+1 colunas a
preencher( iremos preencher o que falta de xn+1 maneiras) ou colocar dois dominós “deitados” restando
um tabuleiro com 2 linhas e n colunas (que poderá ser preenchido de xn maneiras distintas). Logo, o
número xn de modos de preencher um tabuleiro 2 x n com dominós 2 x 1 satisfaz a recorrência
xn+2= xn+ xn+1, com x1 = 1 e x2 = 2. Esta é a sequência de Fibonacci, logo temos
n 1 n 1
1 1 5 1 1 5
x n
F n
5 2 5 2
Questão 15
. Calcular o número de regiões em que o plano é dividido por n retas distintas em cada uma das
seguintes situações:
Vamos supor que seja verdade que para n = k o plano fica dividido em 2k regiões ( Hipótese de
indução)
Vamos verificar que para n = k+1 o plano fica dividido em 2(k+1) regiões.
Temos que em um conjunto de k retas, cada reta acrescentada (deve ser uma reta concorrente
às outras retas) aumenta mais duas regiões. Ou seja para k retas temos 2k regiões,
acrescentando mais uma reta teremos 2k + 2 regiões e 2k+2=2(k+1) que demonstra nossa tese.
Número de regiões
Número de retas (n)
P(n)
1 2
2 4
3 7
4 11
5 16
O número de regiões P(n) em que o plano fica dividido por n retas, sendo duas não paralelas e
n(n+1)
nem três concorrentes é dado por P(n)= 1.
2
Inicialmente vamos considerar n = 1. Vemos facilmente que para uma reta o plano fica dividido
em duas regiões.
1.(1+1)
P(1)= 1 2
2
k.(k+1)
Hipótese: Vamos considerar que para n = k seja validade P(k) = P(k)= 1 .
2
Tese: Vamos demonstrar que para n = k+1 seja válida P(k+1).
(k+1).(k+2)
Considerando que para k retas o plano fica dividido em P(k)= 1 . Ao acrescentarmos mais
2
uma reta ela acrescenta k+1 novas regiões. Observe que a nova reta ao encontrar a primeira reta, ela
separa em duas regiões a região em que está, entrando em outra região. Ao encontrar a segunda reta,
ela separa em duas regiões a região em que está, entrando em outra reta, e assim sucessivamente até
encontrar a n-ésima reta. Assim são obtidas k+1 regiões a mais das que já existiam, logo:
k.(k+1)
2
1 k+1= k k k 11 k
2
3k 2 (k 1).(k 2) . C.q.d
P(k+1) = P(k) + k+1 =
2
1 1
2 2 2
Questão 16
Dizemos que uma figura é enquadrável com régua e compasso, se a partir dela é possível, utilizando
apenas régua e compasso, construir um quadrado de mesma área. Prove que:
a+b+c
Seja um triângulo de lados a,b e c. Temos que A= p(p-a).(p-b).(p-c) sendo p= .
2
Seja x = p.(p-a).(p-b).(p-c)
h
L
X 1 h 1
Podemos construir um quadrado com lado L = h que terá área igual a A= p(p-a).(p-b).(p-c) .
Base de indução.
Supondo P(k) verdadeira, vamos provar que isto implica em P(k+1) verdadeira.
Todo polígono com (k+1) lados, ao traçarmos uma diagonal “conveniente”, é particionado em um
triângulo e um polígono com k lados. Sabemos construir um quadrado Q1 que tem área igual a de um
triângulo e sabemos construir Q2, um quadrado com área igual a área de um polígono de k lados (pela
hipótese de indução). Seja f o lado de Q1 e g o lado do quadrado Q2. Temos que f2 é a área do quadrado
Q1 e g2 é a área do quadrado Q2. Pelo teorema de Pitágoras temos que f 2 + g2 = m2 , onde m2 é a área
de um novo quadrado com lado m.
Questão 17
Sugestão: Observe a validade do argumento quando o conjunto A tem 2 elementos. Veja que B e C não
se intersectam. Ou seja, o passo indutivo falha de n = 1 para n = 2.
Para n=1 é verdade, pois se há uma camisa todas tem a mesma cor.
Agora vamos considerar n = 2, ou seja há duas camisas. Não posso afirmar que as duas tem a mesma
cor, o que foi considerado como verdadeiro na demonstração na observação 6.17.
Vamos tentar demonstrar que se n = 1 é verdadeiro então n =2 também é verdadeiro.
Para n = 2 .
Consideremos o conjunto B = {b1, b2}
Vamos dividir em dois subconjuntos
B´ = { b1} e B” ={ b2} , temos que B = B´ U B”
é fato que não podemos garantir que
B´ ∩ B” ≠
Capítulo 7 – Soluções dos Exercícios
1 – Provar que em todo triângulo a soma dos comprimentos das medianas é menor que o perímetro do
triângulo e maior que o semiperímetro deste.
Observe a figura, onde o triângulo ABC tem lados a, b e c e as medianas tem medidas m a,
(mediana relativa ao lado a ) ,m b (mediana relativa ao lado b) e mc (mediana relativa ao lado c)
Vamos provar inicialmente que a soma dos comprimentos das medianas de um triângulo é maior que o
semiperímetro deste, ou seja:
abc
m m m
a b c
2
Temos
c
mc 2 b
b
mb 2 a
a
mc 2 b
Somando as desigualdades obtemos:
abc c.q.d
m m m
a b c
2
Agora iremos provar que em um triângulo a soma dos comprimentos das medianas é menor que
o perímetro do triângulo. Prolonguemos, por exemplo a mediana mb e a partir do vértice A traçamos
um segmento de comprimento a e paralelo ao lado BC que intersectará o prolongamento de mb em D.
Faremos processos análogos às medianas mc e ma
Temos que:
2m b a c
2m a b c Somando as desigualdades teremos: m m m
a b c
a b c c.q.d
2m c a b
2 –Os centros de três círculos que não se intersectam estão sobre uma reta. Prove que se um quarto
círculo toca de forma tangente os três círculos, então o raio deste é maior que pelo menos um dos raios
dos três círculos dados.
O caso em que uma das três circunferências é tangente internamente à circunferência de raio R já
satisfaz a condição de R ser maior que o raio de pelo menos uma das circunferências.
Considere a figura em que as três circunferências com centros sobre uma reta t, são exteriores duas a
duas e tangentes externas à quarta circunferência. Seja C1 de raio R1, C2 de raio R2 e C3 de raio R3.
A quarta circunferência tem raio R e centro C. Considere x o espaçamento entre as circunferências 3 e
2 e y, o espaçamento entre as circunferências 2 e 1
R 2 R R x y 2R R R
1 2 3 1 3
2 R x y 2R ,
2
2 R 2 R
2
R R 2
CQD.
n
1 2n
3 – Dado n inteiro positivo, provar que j n 1
j 1
Vamos utilizar o fato que a média aritmética de um conjunto de números reais é maior que ou igual a
média harmônica desses valores.
MA MH
1 1 1 1
....... , multiplicando a desigualdade por n, escrevendo 1+2+ ....+ n como
2 n
n 1 2 .... n
n
n(n+1)/2, obtemos:
n
1 1 1 2n 1 2n
.......
2 n n 1
que podemos escrever como j n 1
j 1
c.q.d
4 – A soma de três números positivos é 6. Provar que a soma deseus quadrados não é menor que 12.
a b c
2 2 2
abc
3 3
a b c
2 2 2
2
3
2 2 2
4 a b c
3
12 a b c
2 2 2
5 – Determinar as dimensões do paralelepípedo de menor diagonal possível, sabendo que a soma dos
comprimentos de todas suas arestas é 12.
a b c
2 2 2
Seja d a diagonal, sabendo que d = e usando o fato de que MA≤MQ, teremos que:
a b c
2 2 2
abc
3 3
a b c
2 2 2
1
3
2 2 2
1 a b c
3
3 a b c
2 2 2
Como queremos a menor diagonal, tomaremos d = 3 e sabemos que a igualdade MA = MQ, ocorre
quando a=b=c e neste caso teremos a = b= c = 1.
Considerando a primeira equação do sistema podemos escrever que a média aritmética desses valores
é:
.............. x10
2 2 2
MA x x
1
1 2
e utilizando a segunda equação do sistema, podemos escrever
10 10
que
10 10 1
MH .
1 1 1 100 10
2
2
.......... 2
x x 1 2 x 10
Temos que:
MA MH x1 x 2 ...... x10
2 2 2
Suponhamos por absurdo que (1+a1) . (1+a2) . (1+an) < 2n. Dividindo por 2n, obtemos:
(1 a1) (1 a 2) (1 a n)
. ........... 1 .
2 2 2
Iremos usar o fato de que MG≤MA. Observe que para todos os ai´s, com i {1, 2,.....n} , teremos que
1 ai
1.a i a i
, logo:
2
n
a .a ...........a
1 2 n
1,
Sabemos que
a .a ...........a
1 2 n
= 1 (hipótese do problema),
Teríamos o fato de 1< 1 , o que é um absurdo. Logo vale a desigualdade
(1+a1) . (1+a2) ......... (1+an ) 2n.
8 – Prove que a média geométrica é super-aditiva, isto é, para números não negativos
a ebi i
, 1 i n, tem-se
n n n
n
a i n bi n (a bi)
i 1 i 1 i 1
i
a
n
i i
n
a b
i 1 i i
a b
i 1 i i
(I)
n
b
n
b
n
i i
n
a b
i 1 i i
a b
i 1 i i
(II)
n
Fazendo (I)( II )
a b
n n
a b
n n
i i n
i
n
i
a b
i 1 a b i i i 1 i i
a bi 1 i i a bi 1 i i
n
a b
n n n
a b
i 1
i i
n
a i n bi
i 1 i 1
i i
n n
n
(a b )
i 1
i i
n n n n
n
a i n bi n
a i n bi
n i 1 i 1
1 i 1 i 1
n
n
(a b ) a n
n n
n b i c.q.d
i i
n n
n
(a b ) n
n
(a b )
i 1
i
i 1 i 1
i i i i
i 1 i 1
Vamos demonstrar que P(n) é válida para todo n natural, e para tal utilizaremos a indução finita.
Hipótese de indução: Suponhamos que P(n) seja verdadeira para n = k, então teremos
P(k)= a1b1 a 2b2 ........... a kbk a1 a 2 ........ a k . b1 b 2 ........ b k
2 2 2 2 2 2
Tese:
Considere x, y, z e w números reais positivos. Utilizando o fato de que MG≤MA podemos escrever:
xw yz
xw. yz 2 xw. yz xw yz ( xy zw 2 xw. yz xy xw yz zw
2
2 2 2
( xy) 2 xw. yz ( zw) ( y w).( x z ) ( xy zw ) ( y w).( x z )
x . y z . w x y . y w.
(ai bi)
n 2
10 – Para todo λ real 0
i 1
Use este fato para dar outraprova da desigualdade de Cauchy-Schwarz
Podemos escrever:
(ai bi)
n n n n n
(a 2.a ib i. b i . ) a i 2. a i.b i b
2 2
0
2 2 2 2 2
i i
i 1 i 1 i 1 i 1 i 1
Fazendo:
n n n
v bi , a i.b i e t = a
2 2
u= i
,
i 1 i 1 i 1
4u 4vt 0
2
4u 4vt
2
u v.t
2
u v.t
n n n
Que é a desigualdade de Cauchy-Schwarz, com v b a .b a
2 2
i
, u= i i
et= i
,
i 1 i 1 i 1
11 – Use a desigualdade de Cauchy-Schwarz para dar uma prova alternativa da desigualdade entre as
médias aritmética e quadrática (ma ≤ mq).
n n n
a b a . b b 1, a
2 2
A desigualdade de Cauchy-Schwarz nos diz que i i i i
, fazendo i
i 1 i 1 i 1
n n
a a .n
2
desigualdade poderá se reescrita como i i
que equivale a
i 1 i 1
2
a a .......... a n (a a ......... a n ). n ,
2 2
1 2 1 2
Dividindo por n, os dois membros da desigualdade já que n é um número natural e positivo, podemos
escrever:
a a ......... a n a a ........ a n
2 2 2
1 2
1 2
, logo MA MQ . cqd
n n
n
1 n n
12 – Prove que a b 2 ai2 bi2
i 1
i i
i 1 i 1
Uma solução
n
1 n 2 n 2
Queremos provar que
i 1
a ibi 2
i 1
a i
i 1
bi
n n
1 n 2 n 2 a 2
i b 2
i
Temos que
2 i 1 a i i 1
bi
i 1 i 1
2
, que consideraremos a média aritmética de dois
termos.
n n n
a b a i . bi ,
2 2
A desigualdade de Cauchy-Schwarz nos diz que i i
i 1 i 1 i 1
n n n
1 n 2 n 2 a 2
i b 2
i
a i.bi a i . bi bi
2 2 i 1 i 1
i 1 i 1 i 1 2 i 1 a i i 1 2
a b c a b c
2 2 2
3 3
a b c (a b c)
2
2 2 2
3.(a b c ) (a b c)
2 2 2 2
Podemos escrever
3 9 ,
A partir desta conclusão podemos escrever a4+b4+c4=(a2)2 + (b2)2+(c2)2≥ a2 b2+ a2 c2+ b2 c2 (I)
=
3 3 3
a b a b b c . a bc ab c abc ≤ 2 2 2 2 2 2 .
2 2 2 2 2 2 2 2 2
2 ab ab bc
3 3
Vamos trabalhar com a desigualdade II, temos que
a b ≥
2 2 2 2 2 2
ab c c 2 .
3 3
Pela desigualdade I temos que
a b c a b a c b c
4 4 4 2 2 2 2 2 2
a b a c b c abc(abc)
2 2 2 2 2 2
a4 + b4 + c4 ≥ abc(a + b + c)
2
2
a c a 4.c 4 a 4 c 4 a 2.c 2
4 4
2
2
b c b 4.c 4 b 4 c 4 b 2.c 2
4 4
2
2
Somando estas desigualdades
2a 2b 2c 2a b 2a c 2b c
4 4 4 2 2 2 2 2 2
a b c a b a c b c (I )
4 4 4 2 2 2 2 2 2
2
a b a c a 2b 2.a 2c 2 a 2b 2 a 2c 2 2a 2b .c
2 2 2 2
2
a c b c a 2c 2.b 2c 2 a 2c 2 b 2c 2 2a b .c 2
2 2 2 2
a b a c b c a bc ab c abc
2 2 2 2 2 2 2 2 2
a b a c b c abc(a b c) ( II )
2 2 2 2 2 2
A desigualdade I nos diz que
a b c a b a c b c
4 4 4 2 2 2 2 2 2
a b c abc(a bc)
4 4 4
c.q.d
ac
a.c a c 2. ac
2
bc
bc b c bc
2
Multiplicando as inequações, obtemos:
(a+b) . (a+c) . (b+c) ≥ 8.a.b.c c.q.d
Uma solução
Temos que (1+x)n> 1+nx (1 x) n 1 nx
Sendo n natural e maior que um.
Considere os números positivos a1, a2, ......an, tais que
nx n
n 1 nx x 1 1 nx (1 x) , como a ocorre para a1=a2=.....=an
n
n
1 nx
n
E nossos valores não serão todos iguais a um teremos o que queríamos demonstrar
(1+x)n> 1+nx
Outra solução
Agora iremos demonstrar tal desigualdade utilizando indução.
(1+x)n> 1+nx
Observe que para n = 1 teremos (1+x)1 = 1 + 1.x, ou seja uma igualdade, logo não vale para n = 1.
Iremos fazer a nossa indução para todo n natural e maior que 1.
Vamos verificar se a hipótese verdadeira, implica que para n = k + 1 a desigualdade se torna verdadeira
(tese).
A nossa tese será então para n = k+1
(1+x)k+1 > 1+(k+1)x.
A partir da hipótese, podemos multiplicar os dois membros da desigualdade por (1+x), pois se x é
positivo, então 1+x também será positivo.
(1+x)k > 1+kx (1+x)k+1> (1+kx) (1+x). Agora vamos trabalhar com (1+kx).(1+x) = 1+x + kx + kx2 =
1+(k+1)x + kx2,
como kx2 é positivo, temos que 1+(k+1)x + kx2 > 1+(k+1)x, logo (1+x)k+1 > 1+(k+1)x. c.q.d
4 abcd 1 1 1 1
(a b c d ).( ) 16
1 1 1 1 4 a b c d
a b c d
2 acb
ba ac
a bc
2
2 bca
ac cb
c ab
2
2 abc
Somando as desigualdades, obtemos
(ab bc ac)
2 a bc b ac c ab
2
(ab bc ac) a bc b ac c ab c.q.d
18 - Prove que se x ≥ 0, então 3x3 - 6x2 + 4 ≥ 0.
Sugestão: Use a desigualdade entre as médias aritmética e geométrica.
4
3
MA 3x e MG 8x 2 x
3 6 2
3
4
3
3x 2x
2
Então, 3
3x 4 6x 3x 6 x 4 0
3 2 3 2
8
19 - Prove que se x≥ 0, então 2 x 4 x
3
Vamos utilizar o fato de que MQ≥MG.
Considere os monômios 3x e 4, temos que
2
MQ
(3x) 4 2
2
e
então podemos escrever
MG 12 x
2
(3x) 4 2
2
2 12x 9x 2 16 12x 6x
Teremos então que
9 x 1612 x .(4)
2
36 x 64 48 x
2
36 x 48 x 640
2
36 x 96 x 144 x 640
2
36 x 96 x 64144 x
2
(6 x 8) 144 x
2
6 x 812 x : (3)
8
2 x 4 x c.q.d
3
20 – Sejam C1 e C2 dois círculos concêntricos de raios r1 e r2, respectivamente, com r1 < r2. Sobre o
círculo C1 se marcam dois pontos P1 e P2 diametralmente opostos. Deseja-se encontrar o ponto P sobre
o círculo C2 que maximiza a soma d(P) = PP1 + PP2.
PP1 2 PP2 2
d ( P) PP1 PP2 2 .
2
d ( P) MAX 2. r12 r2 2
Capítulo 8 – Soluções dos Exercícios
QUESTÃO 1
Calcule o quociente e o resto da divisão de p(x) por q(x) para os polinômios p(x) e q(x) dados:
(a) p(x) = 3x3 - 2x + 1 e q(x) = -7x - 1;
3x3 + 0x2 - 2x + 1 -7x-1
3 2
- 3x -3/7x -3/7x2 - 3/49x + 101/343 quociente
- 3/7x2 – 2x + 1
+3/7x2 - 3/49x
-101/49x+1
+101/49x -101/343
Resto -> 242/343
QUESTÃO 2
QUESTÃO 3
x 2 x 4 x a x b x 2 x 4 x 2 2ax a 2 x b
2
x 2 x 4 x 2 2a 1x a 2 b
2a 1 1 2a 2 a 1
2
a b 4 1 b 4 b 3
QUESTÃO 4
Sendo os polinômios idênticos então iremos igualar os coeficientes do 1º e 2º membros de acordo com
os seus expoentes:
P1 P2 x 2 x 6 x a b x 2 x 6 x 2 2ax a 2 b
2
1
2a 1 a 2
2
a b 6 b 6 b 6 1 b 25
2 1
2 4 4
QUESTÃO 5
P( x ) D( x ) Q ( x ) R( x )
P( x ) ( x 4 1)( x 2) 1
P( x ) x 5 2 x 4 x 2 1
P( x ) x 5 2 x 4 x 3
QUESTÃO 6
QUESTÃO 7
QUESTÃO 8
QUESTÃO 9
1 x x ... x
2 n 1
x
n
1. ( x ) n 1 1
x n 1 1
x 1 x 1
QUESTÃO 10
R P( a )
R a3 a2 a3 a a2 1
R 2a 2 a 1
Sendo P(x) divisível por x-a então R = 0.
R0
2a 2 a 1 0
a1 1
a2 0
QUESTÃO 11
P(1) 0 P( 1) 0
100
(1) 2(1) 1 0 ( 1) 2( 1) 1 0
50 100 50
1 2 1 0 1 2 1 0
verdade verdade
QUESTÃO 12
Mostre que o resto r(x) da divisão do polinômio p(x) por x - s é r(x) = p(s).
Na divisão do polinômio p(x) por x – s, teremos quociente de grau n-1, para p(x) de grau n e o resto terá
grau 0, logo o resto é uma constante que chamaremos de r.
Usando a equação fundamental da divisão teremos:
p( x) ( x s).q( x) r
Tomando x = s, então:
p( s ) ( s s ).q( s ) r
p( s ) 0.q( s ) r
r p( s )
QUESTÃO 13
Dado o polinômio p(x) = an xn + an-1xn-1 + ... + a1x + a0 definimos a derivada de p(x) como sendo o
polinômio, p'(x) = nanxn-1 + (n - 1)an-1xn-2 + ... + 2a2x + a1:
Por exemplo, a derivada do polinômio x5 é o polinômio 5x4 e a derivada do polinômio x3+5x2+2x-1 é o
polinômio 3x2+10x+2.
Usando as informações, calcule:
p' ( x ) 1
(ii) x4 + 3;
p' ( x ) 4 x 3
(ii) 1 + x + x2 + x3 + ... + xn.
p' ( x) 1 2 x 3x 2 ... nx n 1
(b) Sabendo que p(0) = 1, calcule também o polinômio p(x) cuja derivada é
(i) x4.
1
p( x ) x 5 1
5
(ii) -x2 + 1.
1
p( x ) x 3 x 1
3
(ii) x3 + 2x2 + 3.
1 4 2 3
p( x ) x x 3x 1
4 3
(c) Prove que se p(x) e q(x) são polinômios, então
(i) (p + q)’(x) = p’(x) + q’(x)
Dado p( x) an x n an 1 x n 1 ... a2 x 2 a1 x a0 e q( x) bn x n bn 1 x n 1 ... b2 x 2 b1 x b0
Derivando p(x) e q(x) teremos
p' ( x ) nan x n 1 (n 1)an 1 x n 2 ... 2a2 x a1 x
q' ( x ) nbn x n 1 (n 1)bn 1 x n 2 ... 2b2 x b1 x
Somando as derivadas:
p' ( x) q' ( x) n(an bn ) x n 1 (n 1)(an 1 bn 1 ) x n 2 ... 2(a2 b2 ) x (a1 b1 ) x
Somando os polinômios e derivando a soma dos polinômios temos:
( p q)( x ) (an bn ) x n (an 1 bn 1 ) x n 1 ... (a2 b2 ) x 2 (a1 b1 ) x (a0 b0 )
( p q)' ( x ) n(an bn ) x n 1 (n 1)( an 1 bn 1 ) x n 2 ... 2(a2 b2 ) x1 (a1 b1 )
Logo teremos que:
( p q)' ( x) p' ( x) q' ( x)
QUESTÃO 14
QUESTÃO 15
(a) 1 + x2 + x4 + ... + x2n-2 é divisível por 1 + x + ... + xn-1?
Temos uma divisão de duas somas de PGs finitas, usando a fórmula de soma de PG finita e
simplificando elas teremos
1 x x ... x
2 4 2n 2
1. ( x 2 ) n 1
( x n 1).( x n 1)
x2 1 ( x 1).( x 1)
1 x x ... x
2
n 1
1. ( x ) n 1
xn 1
x 1 x 1
Dividindo o primeiro polinômio pelo segundo teremos,
( x n 1).( x n 1)
( x 1).( x 1) ( x n 1).( x n 1) x 1 xn 1
.
xn 1 ( x 1).( x 1) x n 1 x 1
x 1
Para ser divisível temos n 2k 1
1 x x ... x
3 6 3n 3
1. ( x 3 ) n 1
( x n 1).( x 2 n x n 1)
x3 1 ( x 1).( x 2 x 1)
1 x x ... x
2
1. ( x ) n 1
n 1
xn 1
x 1 x 1
Dividindo o primeiro polinômio pelo segundo teremos,
( x n 1).( x 2 n x n 1)
( x 1).( x 2 x 1) ( x n 1).( x 2 n x n 1) x 1 x 2n x 1
.
xn 1 ( x 1).( x 2 x 1) xn 1 x2 x 1
x 1
Para ser divisível temos n 3k 1
(c) Generalize.
(a) Resolva a equação 20x3 - 30x2 + 12x - 1 = 0, sabendo-se que1/2 é uma de suas raízes.
Usando o dispositivo de Briot-Ruffini, temos:
20 -30 12 1
1/2 20 -20 2 0
Então teremos a equação do 2º grau p( x) 20 x 2 20 x 2 com raízes
5 15 5 15
x1 ; x2
10 10
(b) Uma raiz da equação x3 - (2a+1)x2 + a(a+2)x - a(a+1) = 0 é a + 1, ache as outras duas.
QUESTÃO 17
QUESTÃO 18
Prove que se f(x) é um polinômio de grau maior ou igual a 2 e possui uma raiz real, então f(x) é
redutível.
Seja a é uma raiz de f(x), então f(a) = 0, logo f(x) é divisível por x - a .
Então f(x) se escreve da forma f(x) = (x - a).g(x), onde o grau de g(x) 1.
Portanto f(x) é redutível.
QUESTÃO 20
Mostre que todo polinômio f(x) de grau ímpar maior ou igual a 3 é redutível.
Se um certo número complexo é raiz de um polinômio com coeficientes reais, necessariamente seu
conjugado também será. Logo, havendo raízes complexas, estas serão em número par, existindo,
necessariamente, ao menos uma raiz real "a". Sendo, portanto, o polinômio divisível por x - a. Então
será redutível.
Obs. Se os coeficientes forem complexos, o Teorema Fundamental da Álgebra já garante a existência
de raízes, logo o polinômio será redutível.
QUESTÃO 21
(Critério de Eisenstein). Seja f(x) = a0 + a1x +...+anxn um polinômio com coeficientes inteiros. Suponha
que exista um primo p tal que:
QUESTÃO 22
QUESTÃO 23
QUESTÃO 24
Determine o polinômio p(x) de grau 7 tal que p(1) = p(2) = ...= p(7) = 8 e p(0) = 1: