Livro - História Da Infância No Brasil - PedEad

HISTÓRIA DA
INFÂNCIA NO BRASIL
EDITORA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
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edição 2016 para a editora. Solange Marly Oshima
FORMAÇÃO DE PROFESSORES - EAD
Elaine Rodrigues
(ORGANIZADORA)
História da
Infância no Brasil
39
Eduem
Maringá
2010
Coleção Formação de Professores - EAD
Apoio técnico: Rosane Gomes Carpanese

Normalização e catalogação: Ivani Baptista CRB - 9/331
Revisão Gramatical: Annie Rose dos Santos
Edição, Produção Editorial e Capa: Carlos Alexandre Venancio
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(foto maior da capa e página 90)
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
História da infância no Brasil / Elaine Rodrigues, organizadora -- Maringá :

H673 Eduem, 2010.
134 p. ; 21 cm. (Formação de Professores - EAD; v. 39).
ISBN 978-85-7628-247-1
1. História da infância - Brasil. 2. Infância brasileira. 3. Infância – História -

Paraná. 4. Literatura infantil. I. Rodrigues, Elaine, org.
CDD 21. ed. 305.232
Copyright © 2010 para o autor

2 a reimpressão 2016 - revisada
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S umário
Sobre os autores > 7

Apresentação da coleção > 9
Apresentação do livro > 11
CAPÍTULO 1
História da infância no Brasil:
aproximações e leituras sobre o tema > 13
Elaine Rodrigues / Daniella Tizziani Baladeli
CAPÍTULO 2
Histórias de infância, memórias de
escola e suas implicações à Educação infantil
> 31
Magda Sarat
CAPÍTULO 3
Estilos de psicoclínicas: livrar a infância
dos embaraços psíquicos (1930-1940)
> 49
Carlos Roberto da Silva Monarcha
CAPÍTULO 4
A educação infantil no Paraná: o início da história (1862-1915)
Maria Cristina Gomes Machado / Jaqueline Delgado Paschoal
> 61
CAPÍTULO 5
Educando a infância paranaense de 1990 > 81
Elaine Rodrigues
5
HISTÓRIA DA INFÂNCIA CAPÍTULO 6
NO BRASIL
Representações de infância e
literatura infantil – conexões a serem feitas
> 95
Rosa Maria Hessel Silveira / Iara Tatiana Bonin / Edgar Kirchof
CAPÍTULO 7
A infância (de todos nós) que está no cinema
Fátima Maria Neves
>107
CAPÍTULO 8
História, infância e Educação: políticas públicas em foco
Ângela Mara de Barros Lara / Eliana Cláudia Navarro Koepsel
> 121
6
S obre os autores
Ângela Mara de Barros Lara

Professora adjunta do Departamento de Fundamentos da Educação (UEM). Mestre em
Educação. Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação (Unimep). Doutora em
Educação (Unesp/Marília). Líder do grupo de estudos e pesquisa em Estado, Políticas
educacionais e Infância.

Professor Adjunto (Livre-Docente) na Faculdade de Ciências e Letras da Universidade
Estadual Paulista (Unesp/Araraquara). Graduado em Ciências Sociais (USP). Mestre
em Educação (PUC/SP). Doutor em Educação (PUC/SP). Líder dos grupos de pesquisa
GEPEDHE - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Disciplina História da Educação e
História da Educação no Brasil.
Daniella Tizziani Baladeli

Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação (UEM). Participante do grupo de
pesquisas HEDUCULTES (História da Educação Brasileira, Instituições e Cultura Escolar).
Edgar Roberto Kirchof

Professor adjunto do curso de Letras da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA).
Graduação em Letras (UNISINOS. Mestre em Ciências da Comunicação (UNISINOS).
Doutor em Linguística e Letras (PUC/RS). Lider do Grupo de pesquisas, Literatura e
Cultura Contemporânea.
Elaine Rodrigues
Professora Adjunta do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade
Estadual de Maringá (UEM). Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação
(UEM). Doutora em História (Unesp/Assis). Líder do grupo de pesquisas HEDUCULTES
(História da Educação Brasileira, Instituições e Cultura Escolar).
7
HISTÓRIA DA INFÂNCIA Eliana Claudia Navarro Koepsel
NO BRASIL
Professora assistente da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Graduada em
Pedagogia (Faculdades Metropolitanas Unidas). Mestre em Educação pela (UEM).
Participante do grupo de estudos e pesquisa em Estado, Políticas educacionais e Infância.
Fátima Maria Neves

Professora Adjunta do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade
Estadual de Maringá (UEM). Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação
(UNIMEP). Doutora em História e Sociedade (Unesp/Assis). Participante do grupo de
pesquisas HEDUCULTES (História da Educação Brasileira, Instituições e Cultura Escolar).
Iara Tatiana Bonin

Professora Adjunta da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Graduada em Pedagogia
(UFSC). Mestre em Educação (UNB). Doutora em Educação (UFRGS). Participante do Núcleo
de Estudos sobre Currículo, Cultura e Sociedade.
Jaqueline Delgado Paschoal

Professora do Departamento de Educação da Universidade Estadual de Londrina (UEL)
Graduada em Pedagogia (UEL). Mestre em Educação (UEL). Doutora em Educação (UEM).
Participante do grupo de pesquisa História da Educação, Intelectuais e Instituições
Escolares.
Magda Sarat
Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados
(UFGD). Graduada em História - Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (UCDB).
Graduada em Pedagogia (UFMS). Mestre em Educação (Unimep). Doutora em Educação
(Unimep). Participa do grupo de pesquisa (GEPHEMES) História da Educação, Memória e
Sociedade.
Maria Cristina Gomes Machado

Professora do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de
Maringá (UEM). Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação (UEM). Doutora
em Educação (Unicamp). Líder do grupo de pesquisa História da Educação, Intelectuais
e Instituições Escolares.
Rosa Maria Hessel Silveira

Professora adjunta da Universidade Luterana do Brasil (ULBRA). Graduada e Mestre em
Letras (UFRGS). Doutora em Educação (UFRGS). Líder do grupo de pesquisas Cultura e
Educação.
8
A presentação da Coleção
A coleção Formação de Professores – EAD teve sua primeira edição em 2004,
9
HISTÓRIA DA INFÂNCIA
NO BRASIL
Coleção Formação de Professores - EAD
Organizadora da Coleção
10
A presentação do livro
Organizadora
11
1 História da infância no
Brasil: aproximações e
leituras sobre o tema
Elaine Rodrigues / Daniella Tizziani Baladeli
1 Essa afirmação advém de uma pesquisa de mestrado recentemente defendida, que toma como
campo de pesquisa as produções das comunidades constituídas por historiadores da educação,
entre as quais se enfatiza a Sociedade Brasileira de História da Educação – SBHE, o Grupo de
Estudos e Pesquisas em ‘História, Sociedade e Educação no Brasil – HISTEDBR’, a Associação
Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPED, particularmente o Grupo de
Trabalho GT 02 – História da Educação e o Grupo de Trabalho GT 07 – Educação de crianças
de 0 a 6 anos. Nessas sociedades interpretativas, os nomes de tais autores são predominantes
entre a bibliografia daqueles que estudam a infância.
13
HISTÓRIA DA INFÂNCIA 2 3
NO BRASIL
4
EDUCANDO A INFÂNCIA BRASILEIRA: MOYSÉS KUHLMANN JÚNIOR
Infância e educação infantil: uma abordagem

histórica (1998) e Educando a Infância Brasileira (2000).
2 Atualmente é professor associado doutor da Universidade São Francisco, onde lidera o Grupo
de Pesquisa ‘Infância, História e Educação’, e pesquisador sênior da Fundação Carlos Chagas,
onde é vice-líder do Grupo de Pesquisa ‘Educação Infantil: história, políticas e práticas’. Tem
experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente
nos seguintes temas: educação infantil, história da infância, circulação de idéias educacionais,
historiografia e história da educação (Texto informado pelo autor na plataforma Lattes – ver:
<http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4797830T4>).
3 Doutora em Educação (UFRGS), obteve seu título de doutoramento com a tese Infância e
maquinarias, um estudo de inspiração foucaultiana sobre a temática do governamento da in-
fância. Seus interesses de pesquisa na área de Educação Infantil estão associados a sua experiên-
cia como professora dessa habilitação nos cursos de Pedagogia da UFRGS e da ULBRA. Como
pesquisadora da infância, tem se dedicado especialmente ao estudo das relações entre infância e
poder, investigando os discursos pedagógicos e suas relações com a constituição das identidades
docentes e infantis. Suas publicações mais recentes (artigos, capítulos de livros, participação em
congressos) abordam os dispositivos de subjetivação (de crianças, professoras, famílias...) e a sua
mudança de inflexão de uma lógica disciplinar para uma lógica de controle. Foi Diretora da Fa-
culdade de Educação da UFRGS (1992-1996) e coordenadora do Programa de Pós-Graduação
em Educação da Ulbra (2002-2005).
4 Neil Postman é professor titular do Departamento de Comunicação da Universidade de Nova
York. Tem mais de vinte livros publicados, dos quais boa parte trata das conexões entre mídia
e educação. Destacam-se Amusing Ourselves to Death, Conscientious Objections, Teaching
as a Subversive Activity (com Charles Weingartner), Teaching as a Conserving Activity, Crazy
Talk, Stupid Talk e The End of Education. Sua aparição nos estudos sobre a infância no Brasil é
marcada coma tradução do livro O desaparecimento da Infância, no ano de 1999.
5 Philippe Ariés (1914-1984) é historiador e medievalista francês. Escritor de História social da
criança e da família (1981).
6 Colin Heywood (2004) é um historiador americano que se ocupa em refazer a história da
infância Ocidental do período Medieval ao Contemporâneo.
14
História da infância no
A obra Infância e educação infantil: uma abordagem histórica
Educando a infância brasileira. A obra trata
15
NO BRASIL
Infância e educação infantil: uma abordagem histórica (1998) e Educando a

Infância Brasileira (2000
16
A INFÂNCIA QUE CONHECEMOS: FRUTO DE PRÁTICAS DISCURSIVAS? História da infância no
MARIA ISABEL EDELWEISS BUJES leituras sobre o tema
17
NO BRASIL
fabricação7
7 Termo bastante comum nos estudos que se apoiam nas formulações de Michael Foucault.
Encontramos essa palavra em BUJES, Maria Isabel. Infância e maquinarias. Rio de Janeiro:
DP&A, 2002.
18
O DESAPARECIMENTO DA INFÂNCIA: NEIL POSTMAN História da infância no
O Desaparecimento da Infância
(1999)
O Desaparecimento da Infância (1999), apesar de ser uma obra escrita do lado
A invenção da infância e o Desaparecimento

da Infância.
sociedade,
19
NO BRASIL
transformar-se em
HISTÓRIA SOCIAL DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA - PHILIPPE ARIÉS

His-
tória social da criança e da família
20
8 Etimologicamente encontramos que ‘A palavra iconografia vem do grego eikon (imagem) e

graphia (escrita), ou seja, literalmente: ‘escrita da imagem’.
21
NO BRASIL
9 A atitude de retratar a maneira de ser infantil pode ser acompanhada no decorrer da

obra História social da criança e da família (1981).
22
paparicação
paparicação,
Do despudor à Inocência
paparicação, com a educação, com a moral
UMA HISTÓRIA DA INFÂNCIA: COLIN HEYWOOD
23
HISTÓRIA DA INFÂNCIA Uma história da infância
NO BRASIL
História Social da Criança e da Família
24
10 Uma história da infância (2004) trata de cada um desses fatores detalhadamente.
25
NO BRASIL
26
CONSIDERAÇÕES FINAIS
27
NO BRASIL
Referências
História social da criança e da família
Infância e maquinarias
Uma História da infância
Infância e Educação infantil
500 anos de Educação no Brasil
Criança pequena e desigualdades sociais no Brasil
Foucault & a Educação
Perspectiva
28
Para saber mais
Caminhos investigativos III: riscos
InterMeio:
Revista do Programa de Pós-Graduação em Educação
. Cadernos de Pesquisa
Histórias da Educação infantil brasileira
Anotações
29
NO BRASIL
Anotações
30
2 Histórias de infância,
memórias de escola
e suas implicações à
Educação infantil
Magda Sarat
A CRIANÇA, SUA INFÂNCIA E SUA HISTÓRIA...
31
NO BRASIL
A Civilidade Pueril
32
Histórias de infância,
memórias de escola
educação infantil
33
NO BRASIL
as escolas de tricotar de
salles d ásile
34
memórias de escola
educação infantil
AS INFÂNCIAS E AS MEMÓRIAS DA SUA EDUCAÇÃO...
35
NO BRASIL
36
memórias de escola
educação infantil
37
NO BRASIL
38
memórias de escola
educação infantil
Quixote
39
NO BRASIL
Qui-
xote
40
memórias de escola
educação infantil
41
NO BRASIL
42
memórias de escola
educação infantil
Referências
Tempo, Rio de
Usos e abusos da História oral
História social da criança e da família.
Manual de História oral
Memória e sociedade
Constituição da República Federativa do Brasil
Lei de Diretrizes e Bases da Educação

Nacional
Estatuto da Criança e do Adolescente
43
HISTÓRIA DA INFÂNCIA História da Pedagogia
NO BRASIL
Creches e Pré-escolas no Hemisfério

Norte
Olhares lusos e brasileiros
A civilidade pueril.
Educação pré-escolar e cultura
História social da infância no Brasil.
História oral
. História
da vida privada
Uma história da infância:
Revista Intermeio
História oral
O Brasil e os brasileiros
44
A pré-escola em São Paulo Histórias de infância,
memórias de escola
educação infantil
A política do pré-escolar no Brasil
Os
intelectuais na História da infância
A infância e sua Educação
Infância e Educação infantil
Evangelizar e civilizar
Construindo o presente
Educação da infância brasileira
Lembranças de infância
Estudos Históricos
Projeto História: Revista do Programa de

Estudos Pós-graduados em História e do Departamento de História da PUC-SP,
45
HISTÓRIA DA INFÂNCIA Infâncias
NO BRASIL
L’Enfance au moyen age
Creches e pré-escolas no
Brasil
Histórias de estrangeiros
Educação e Sociedade
Educação infantil
A voz do passado
Os testemunhos orais na escola
Proposta de Atividades
46
memórias de escola
Anotações educação infantil
47
NO BRASIL
Anotações
48
3 Estilos de psicoclínicas:
livrar a infância dos
embaraços psíquicos
(1930-1940)
49
NO BRASIL
Anos 1ª série 2ª série 3ª série 1ª série 2ª série 3ª série
1932
1933
1934
1935
1936
1937
Quadro 1 –
Fonte
Diário de S. Paulo
lar, declarava:
50
ANTECEDENTES Estilos de psicoclínicas:
(1930-1940)
51
NO BRASIL
A CLÍNICA DE EUFRENIA
52
Estilos de psicoclínicas:
(1930-1940)
eu + phren phrenós
53
NO BRASIL
O SERVIÇO DE ORTOFRENIA E HIGIENE MENTAL
Educação e psicanálise
ação social da escola:
atividade de instrução educativo
54
O OBJETO DA CLÍNICA: A ‘CRIANÇA-PROBLEMA’ Estilos de psicoclínicas:
(1930-1940)
55
HISTÓRIA DA INFÂNCIA A CLÍNICA DE ORIENTAÇÃO INFANTIL
NO BRASIL
56
(1930-1940)
PENSANDO AS PSICOCLÍNICAS
Revestidos de élan
57
NO BRASIL
Referências
Psicanálise e Psiquiatria com crianças
Les idées modernes sur les enfants.
Arquivos Brasileiros
de Higiene Mental,
História da Psiquiatria no Brasil
Arquivos Brasileiros de Higiene

Mental,
Noções de higiene mental da criança
58
Revista de Neurologia e Psiquiatria de São Paulo embaraços psíquicos
(1930-1940)
Revista de Neurologia e
Psiquiatria de São Paulo
Revista de Educação
Brasil arcaico, Escola nova
Educação e Psicanálise
A criança problema
‘A hora da eugenia’
Los niños difíciles
Anotações
59
NO BRASIL
Anotações
60
4 A Educação infantil
no Paraná: o início
da história (1862-1915)
Maria Cristina Gomes Machado / Jaqueline Delgado Paschoal
INTRODUÇÃO
61
NO BRASIL
A PROVÍNCIA DO PARANÁ E A EXPERIÊNCIA DE EMILIA ERICKSEN

– 1862
1 Emilia Ericksen nasceu no Engenho da Piedade, em Recife, no dia 17 de novembro de 1817.

Diferentemente das moças da época, Emilia, além de receber uma educação básica, que incluía
prendas domésticas, estudou vários idiomas, como o inglês, o francês, o italiano, o alemão e
o espanhol. Esse domínio de diferentes idiomas, somado ao acesso a bons livros, fizeram com
que Emilia tivesse muitas oportunidades profissionais. No documento intitulado ‘Exaltação à
Professora Emilia Ericksen’, sua bisneta transcreve a memória da família Ericksen e de seus des-
cendentes, relata a trajetória da vida pessoal dessa professora e faz um breve resumo acerca das
atividades profissionais desenvolvidas em sua carreira no magistério.
62
A educação infantil
no Paraná: o início da
história (1862-1915)
63
NO BRASIL
2
em um
Figura 1:
Fonte
2 Sua escola era considerada totalmente democrática, pois recebia tanto o ‘[...] filho do rico
fazendeiro, do chefe político, do padeiro, do imigrante, e para rigor de igualdade, recebia tam-
bém, o filho da preta cozinheira’ (DORFMUND, 1966, p. 07).
64
3 Até o ano de 1870, Emilia Ericksen viveu com parte de sua família na cidade de Castro. So-
mente em 1900 uniu-se aos outros filhos na cidade de Palmeiras, falecendo sete anos depois,
com noventa anos de idade.
65
HISTÓRIA DA INFÂNCIA O ESTADO DO PARANÁ E AS PRIMEIRAS AÇÕES REPUBLICANAS EM
NO BRASIL
PROL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
4 Em função do falecimento de Vicente Machado no ano de 1907, assumiu o 1º vice-presiden-

te, João Cândido Ferreira, que permaneceu apenas um ano no mandato. Uma nova convocação
de eleições possibilitou a volta de Xavier da Silva ao governo, para cumprir mais quatro anos de
mandato, de 1908 a 1912.
66
Figura 2: .
Fonte
5 Vale esclarecer que esse estabelecimento, apesar de inicialmente ter recebido o nome de ‘Esco-
la Jardim de Infância’, em 1912 recebeu uma nova denominação do então Presidente do Estado,
Carlos Cavalcante de Albuquerque: ‘[...] os Jardins de infância desta capital, terão de agora em
diante as seguintes denominações: O jardim da infância da rua Aquidaban, ‘Maria de Miranda’
[...]’ (PARANÁ, JORNAL DIÁRIO OFICIAL, 1912). A diretora Maria de Miranda faleceu no
ano de 1910, recebendo com isso uma homenagem póstuma.
67
NO BRASIL
6 Froebel nasceu em Oberweissbach no ano de 1782, aldeia da Turíngia, Alemanha Meridional,

e faleceu em 1852 em Marienthal, na Saxônia. Interessou-se desde muito cedo pelas ciências
naturais. Estudou Filosofia, passando, depois, para os estudos de mineralogia. Logo após a sua
experiência universitária, cursou agricultura e arquitetura. Seu interesse pela educação fez com
que fundasse em Blankenburg, no ano de 1840, o primeiro Jardim de Infância para crianças
menores de seis anos (Kindergarten). Elegeu o jogo como um instrumento relevante para o
autoconhecimento infantil, devendo, ser utilizado na sala de aula pelo professor. Assim, criou
os brinquedos que chamou de ‘ocupações’, e ‘dons’ ao material empregado em tais ocupações.
Sua contribuição para a educação da criança pequena foi significativa, já que enfatizou que cabia
aos Jardins de Infância a responsabilidade de proporcionar à criança atividades de cooperação
e o jogo livre, por meio do manuseio de objetos, e atividades de livre expressão relacionadas à
música, à construção a partir de materiais como argila ou blocos, linguagem e brincadeiras de
um modo geral.
68
Figura 3 –
Fonte
69
NO BRASIL
7 Maria Montessori nasceu na cidade de Chiaravalle, Itália, em 31 de agosto de 1870, ano

da unificação italiana. Filha de Alessandro Montessori e Renilde Stoppani, Maria Montessori
passou sua infância em Roma. Graduou-se em 1886 em uma escola técnica, e estudou línguas
modernas e ciências naturais, decidindo-se pelas ciências biológicas. Em 1892, ao passar nos
exames, iniciou o curso de medicina. Quatro anos depois, já em 1896, concluiu o curso supe-
rior na Universidade de Roma e defendeu sua tese na área de psiquiatria, recebendo o título de
doutora em medicina. Foi a primeira mulher na Itália a se graduar nessa área.
70
71
NO BRASIL
72
73
NO BRASIL
74
75
NO BRASIL
Referências
Emilia Ericksen
76
Nos tempos da província
Educação em debate: perspectiva,
História do Paraná
. A Criança
O Ensino primário na província do Paraná (1853-

1889)
Decreto nº 600
Decreto nº 710
77
NO BRASIL
1º Centenário da Emancipação Política do Paraná,

1853-1953
Instrução, o talher para o banquete da civilização: cultura
Relação professor
78
do capítulo:
Anotações
79
NO BRASIL
Anotações
80
5 Educando a infância
paranaense de 1990
Elaine Rodrigues
INTRODUÇÃO
1 LDB- Lei de diretrizes e Bases da Educação Nacional (9394/96). FARIA, A. L. Goulart de.
& PALHARES, Marina Silveira (Org.). Educação infantil pós-LDB: rumos e desafios. 3. ed.
Campinas, SP: Autores Associados. 2001. (Coleção polêmicas do nosso tempo). Estudo que
nos possibilita compreender o campo das lutas por soluções para a Educação Infantil após a
promulgação da lei.
81
NO BRASIL
82
Educando a infância
paranaense de 1990
um a priori
83
NO BRASIL
CURRÍCULO BÁSICO PARA A ESCOLA PÚBLICA DO PARANÁ E A CRIA-

ÇÃO DO SUJEITO INFANTIL PARANAENSE
2 Secretaria de Estado da Educação.

3 Consideradas obsoletas pelo grupo que organizara o Currículo Básico do Paraná.
84
Tabela 1 – Educando a infância
paranaense de 1990
20
22
24 e 35
25
33
40
42
43
44 Reestruturação de textos
Fonte:
85
NO BRASIL
slogan.
propagandeava
86
87
NO BRASIL
88
paranaense de 1990
Referências
Ensino de História
Os
currículos do ensino fundamental para as escolas brasileiras
Infância e maquinarias
Caminhos investigativos III
Cultura e democracia
O Currículo nos limiares do contemporâneo
89
HISTÓRIA DA INFÂNCIA Política de Educação para
NO BRASIL
uma escola aberta
A ordem do discurso
História social da infância no Brasil
Currículo
Caminhos investigativos
Revista Brasileira de Educação
Currículo básico para a escola pública do Estado do Paraná
O desaparecimento da infância
Infância e práticas educativas
A Invenção da democracia no Paraná (1983 a 1987)
O Currículo nos limiares do contemporâneo
90
paranaense de 1990
PERSPECTIVA
slogan
91
NO BRASIL
Fonte:
92
paranaense de 1990
Anotações
93
NO BRASIL
Anotações
94
6 Representações de
infância e literatura
infantil – conexões a
serem feitas
Rosa Maria Hessel Silveira / Iara Tatiana Bonin / Edgar Kirchof
Observação 1: Este trabalho é resultado de estudos desenvolvidos dentro do Projeto de Pesquisa

‘Narrativas, diferenças e infância contemporânea’, apoiado pelo CNPq, sob a coordenação da
profa. dra. Rosa Maria Hessel Silveira.
Observação 2: Os autores são professores do Programa de Pós-Graduação em Educação da UL-

BRA, sendo que Rosa Maria Hessel Silveira é também professora colaboradora convidada do
Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRGS.
95
NO BRASIL
hi-tech,
96
Representações de
serem feitas
O CASO DO ‘CHAPEUZINHO VERMELHO’ E OUTROS CONTOS DE

FADAS
97
NO BRASIL
98
Representações de
serem feitas
de A Psicanálise dos Contos de Fadas,
99
NO BRASIL
A CONDESSA DE SÉGUR – UMA AUTORA MUITO LIDA

e As férias
As Férias
Os
As Férias
100
Representações de
serem feitas
A CRIANÇA CONTEMPORÂNEA CONTINUA PRECISANDO APRENDER
101
NO BRASIL
102
Representações de
serem feitas
103
HISTÓRIA DA INFÂNCIA CONSIDERAÇÕES FINAIS
NO BRASIL
104
Representações de
serem feitas
Referências
História social da infância e da família.
A Psicanálise dos contos de fadas.
Infância e maquinarias.
Educação e cultura contemporânea

.
A
Educação na cultura da mídia e do consumo
Conversas sobre leitura e política.
105
HISTÓRIA DA INFÂNCIA . As meninas exemplares.
NO BRASIL
La comtesse de Ségur et la maltraitance des enfants
Poética da Literatura para crianças.
A turma de Layla
Anotações
106
7 A infância (de
todos nós) que está
no cinema
Fátima Maria Neves
1 Tema debatido no artigo A Educação, a Escola e os Desenhos Animados, na disciplina Edu-

cação, Comunicação e Mídia.
107
NO BRASIL
108
A infância (de todos nós)
que está no cinema
a priori
Blu Ray
109
NO BRASIL
Cet enfant de
cinema que nous avons été
a vida
110
que está no cinema
111
NO BRASIL
They don´t care

about us
112
que está no cinema
2 Interpretado por Diegho Kozievitch (1986 -), ator e músico curitibano.

3 O mesmo diretor de Desmundo (2003).
4 Marieta Severo, Sergio Mamberti, Rosi Campos e Matheus Natchergaele.
113
NO BRASIL
114
que está no cinema
cast
115
NO BRASIL
mídias, o blockbuster Tropa de Elite
116
que está no cinema
set
Cahiers du cinéma
117
NO BRASIL
5 O filme é recomendado para maiores de 10 anos.
118
que está no cinema
Referências
Dicionário teórico e crítico de cinema
Um bom exemplo isolado
A infância vai ao cinema
Cinema, infância e Educação
Territórios contestados
Cultura infantil
A infância vai ao cinema
Infância e práticas
educativas
119
NO BRASIL
Pesquisa em Educação
Pesquisa em Educação
A experiência do cinema
Proposta de Atividade
Anotações
120
8 História, infância e
Educação: políticas
públicas em foco
Ângela Mara de Barros Lara / Eliana Cláudia Navarro Koepsel
nascer homem possui seu ato

história
INTRODUÇÃO
1 Marx (1978, p. 41) nos Manuscritos econômico-filosóficos.

2 Cenas da infância atual, A infância perdida, Crianças do consumo – a infância roubada, Cultura,
gênero e infância, Os direitos da infância, Histórias da infância, História da infância sem fim, Ima-
ginação e criação da infância, Infância a idade sagrada, Infância: violência, instituições e políticas
pública, A infância emancipada, Infância na modernidade, Infância plural, A infância, Lugares
da infância: filosofia, A negação da infância, Pedagogias da infância, Reflexões sobre a infância,
Infância (in)visível, A infância recuperada, Infância escola e pobreza, Infância e educação infantil,
A infância reencontrada, Uma infância roubada, O desaparecimento da infância, História social da
criança e da família, entre outros mais.
121
NO BRASIL
Educação: um tesouro a
DAS IDEIAS SOBRE A INFÂNCIA: A DETERMINAÇÃO DA SOCIEDADE
3 É um livro no qual Montaigne, calcado na razão e na experiência, escreve sobre os mais va-
riados assuntos: especulações filosóficas sobre a morte, amizade, educação. Ele não se acomoda
a um sistema filosófico. Nas palavras de Rosa (2007, p. 128), ‘baseando-se nas novidades da
Renascença, Ensaios procura encontrar os princípios da arte de bem viver, através de um huma-
nismo que leva ao conceito de bonnê homme’.
122
História, infância e
educação: políticas
públicas em foco
Da educação
das crianças
123
NO BRASIL
124
públicas em foco
A Historia Social da Criança
125
HISTÓRIA DA INFÂNCIA A era
NO BRASIL
do capital
A era das revoluções: 1789

– 1848
Princípios de Economia Política,
dikaiosy-
ne e a sofrosyne
126
públicas em foco
Report of the Poor Law Commissiones
127
HISTÓRIA DA INFÂNCIA AS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: VELHAS DETERMINAÇÕES?
NO BRASIL
4
,
Declaração Mundial
sobre Educação para Todos e o Marco de Ação para a Satisfação das Necessidades
Básicas de Aprendizagem,
4 A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) foi criada
em 16 de novembro de 1945. Seu principal objetivo é construir a paz na mente dos homens
mediante a educação, a cultura, a ciência e a comunicação. Em seu preâmbulo, a Constituição
da Unesco proclama: ‘posto que as guerras nascem na mente dos homens, é na mente dos ho-
mens que se devem construir os baluartes da paz’ (UNESCO, 2008). A agência desempenha
um papel no sistema das Nações Unidas e trabalha estreitamente com uma ampla gama de
organizações regionais e nacionais. Desde a sua criação, atua nos âmbitos da Educação, das
Ciências Naturais e Exatas, das Ciências Humanas e Sociais, da Cultura, da Comunicação e
da Informação. Quanto à Educação, os temas principais desenvolvidos são: direito à educação;
políticas e planos de educação; primeira infância e família; educação primária; educação secun-
dária; ensino superior; educação técnica e profissional; educação científica e técnica; formação
docente; educação não-formal; educação inclusiva; diversidade cultural e linguística na educa-
ção; educação e novas tecnologias; educação em situação de emergência, crises e reconstrução;
educação física e desporte; direitos humanos, democracia, paz e educação para a não-violência.
Sua principal diretriz nos anos 1990 é a Educação para Todos (UNESCO, 2008). Atua por
meio de acompanhamento técnico, estabelece parâmetros e normas, cria projetos e age como
catalisadora de propostas e disseminadora de soluções para os desafios encontrados.
128
públicas em foco
Educação: um tesouro a descobrir 5

,
5 Esse Relatório é auto-apresentado como de uma ‘[...] contribuição ímpar à revisão crítica da
política educacional de todos os países’ no contexto ‘[...] do processo de globalização das rela-
ções econômicas e culturais que estamos vivendo’ (DELORS, 2006, p. 9).
129
NO BRASIL
130
públicas em foco
131
NO BRASIL
Referências
Resolução CNE/CP nº 1
Ensaios
Educação um tesouro a descobrir
As dimensões do projeto político-pedagógico
A era do capital
A era das revoluções
e outros textos escolhidos
Manifesto do partido comunista
Ensaio sobre a liberdade
132
Princípios de economia política História, infância e
públicas em foco
Ensaios
Economia política
A história da Educação através dos textos
Política educacional
Relatório de monitoramento de Educação para todos Brasil

2008
Anotações
133
NO BRASIL
Anotações
134

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História da infância no Brasil / Elaine Rodrigues, organizadora -- Maringá :

1. História da infância - Brasil. 2. Infância brasileira. 3. Infância – História -

CDD 21. ed. 305.232

Copyright © 2010 para o autor

Eduem - Editora da Universidade Estadual de Maringá

Sobre os autores > 7

Ângela Mara de Barros Lara

Educação. Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação (Unimep). Doutora em

Educação (Unesp/Marília). Líder do grupo de estudos e pesquisa em Estado, Políticas

Carlos Roberto da Silva Monarcha

Estadual Paulista (Unesp/Araraquara). Graduado em Ciências Sociais (USP). Mestre

em Educação (PUC/SP). Doutor em Educação (PUC/SP). Líder dos grupos de pesquisa

GEPEDHE - Grupo de Estudos e Pesquisas sobre a Disciplina História da Educação e

História da Educação no Brasil.

Daniella Tizziani Baladeli

pesquisas HEDUCULTES (História da Educação Brasileira, Instituições e Cultura Escolar).

Edgar Roberto Kirchof

Graduação em Letras (UNISINOS. Mestre em Ciências da Comunicação (UNISINOS).

Doutor em Linguística e Letras (PUC/RS). Lider do Grupo de pesquisas, Literatura e

Estadual de Maringá (UEM). Graduada em Pedagogia (UEM). Mestre em Educação

(UEM). Doutora em História (Unesp/Assis). Líder do grupo de pesquisas HEDUCULTES

(História da Educação Brasileira, Instituições e Cultura Escolar).

Pedagogia (Faculdades Metropolitanas Unidas). Mestre em Educação pela (UEM).

Participante do grupo de estudos e pesquisa em Estado, Políticas educacionais e Infância.

Fátima Maria Neves