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JARDINS DE

INFÂNCIA

AENEE
JARDINS DE INFÂNCIA Maria Margarida
Soares
O que é o Jardim de Infância ?

O Jardim-de-infância
É um estabelecimento que acolhe crianças desde os
3 anos até à idade de entrada na escolaridade
obrigatória (6 anos).

Em Portugal, a frequência do jardim-de-infância


não é obrigatória, mas não deixa de ser
importante na aquisição de competências que irão
preparar a criança para a entrada no 1º Ciclo.
O que é o Jardim de Infância ?

Ao nível escolar que é praticado no jardim-de-


infância chama-se: educação pré-escolar

Ex.:
Estabelecimento Nível escolar
Jardim-de-infância Educação Pré-escolar
Escola Básica de 1º Ciclo Ensino Básico
Escola Básica de 2º e 3º Ciclo Ensino Básico do 2º e 3º Ciclos

Escola Secundária Ensino Secundário


Escola Superior ou Universidade Ensino Superior
O que é o Jardim de Infância ?

 A educação pré-escolar

“[…] é a primeira etapa da educação básica no processo


de educação ao longo da vida, sendo complementar da
ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita
cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento
equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na
sociedade como ser autónomo, livre e solidário.”
(Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar, 1997)
Objetivos da educação pré-escolar

São objetivos da educação pré-escolar:


a) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em experiências de vida

democrática, numa perspetiva de educação para a cidadania;

b) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade

das culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade;

c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da

aprendizagem;

d) Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas

características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e

diversificadas;
Objetivos da educação pré-escolar (cont.)

e) Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens

múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do

mundo;

f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

g) Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e de segurança,

designadamente no âmbito da saúde individual e coletiva;

h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo

a melhor orientação e encaminhamento da criança;

i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de

efetiva colaboração com a comunidade.


Tipos de Jardim de Infância

Existem 3 tipos de jardins-de-infância:


1) Estabelecimentos da rede oficial (públicos): são da tutela do Ministério
da Educação e Ciência.

2) Jardins-de-infância da rede IPSS: são da tutela do Ministério da


Solidariedade e da Segurança Social e do Trabalho.

3) Jardins-de-infância ou colégios privados: pertencem a empresários em


nome individual ou sociedades em nome coletivo.
Tipos de Jardim de Infância

 Qualquer um destes jardins-de-infância são instituições que


prestam serviços vocacionados para o desenvolvimento da
criança, proporcionando-lhe:
1) Atividades educativas:
 São todas as atividades realizadas na componente letiva (com a
presença do educador de infância)
1) Atividades de apoio à família:
 Horários prolongados com atividades (no início e final do dia, fora
da componente letiva)
 Alimentação
 Transporte (facultativo)
Funcionamento e aspetos organizativos
do jardim-de-infância
Estabelecimentos da rede oficial

O agrupamento de escolas é uma unidade organizacional, dotada de órgãos próprios


de administração e gestão, constituída por estabelecimentos de educação pré-escolar
e de um ou mais níveis e ciclos de ensino, a partir de um projeto pedagógico comum
(PA- Projeto do Agrupamento).

Agrupamento
de Escolas

Escolas do 1º Ciclo
do Ensino Básico Escola do 2º e 3º Escola Secundária
Jardins de Ciclo do Ensino ou
ou
Infância Básico Escola Secundária
Escola Básica com com 3º Ciclo
Jardim-de-infância
Estabelecimentos da rede oficial
Órgãos de Gestão de um Agrupamento de
Escolas

Adjunto
do diretor
Adjunto
Diretor Subdiretor
do diretor
Adjunto
do diretor
Estabelecimentos da rede oficial

Nos jardins-de-infância públicos existem 2 componentes:

Componente letiva: realiza-se entre as 9:00 e as 12:00 e entre as 13:00 e as

15:30, período em que se realizam as atividades na sala, com acompanhamento do

educador de infância e de uma auxiliar.


 Durante a componente letiva, normalmente, realiza-se um curto intervalo a meio

da manhã e outro a meio da tarde, onde as crianças brincam livremente no espaço

exterior com a vigilância das auxiliares.

O restante tempo designa-se a componente de apoio à família e corresponde aos

períodos de receção das crianças, do almoço e do fim de tarde, os quais são

assegurados pelas auxiliares de ação educativa, nos espaços designados para esse fim.
Estabelecimentos da rede oficial

Nos jardins-de-infância públicos trabalham:


 Coordenador ou diretor do Jardim de Infância:

 é um dos educadores de infância em exercício efetivo de funções ou professor do


1º Ciclo, no caso de ser uma Escola Básica com Jardim de Infância, designado
pelo diretor.
 coordena as atividades educativas do estabelecimento, em articulação com o
diretor do agrupamento.
 faz a supervisão da componente não letiva (trabalho das auxiliares) e das
atividades de enriquecimento curricular (ex.: Inglês, Educação Física, Expressão
Dramática e Musical).

 Educadores de infância, colocados pelo Ministério da Educação e


Ciência:
 asseguram as atividades da componente letiva do seu grupo / turma
Estabelecimentos da rede oficial

Nos jardins-de-infância públicos trabalham


(Cont.):
 Auxiliares de ação educativa, colocadas através de
concurso público das Câmaras Municipais ou de entidades
privadas contratadas pelas Câmaras.
 asseguram as atividades da componente letiva: auxiliar o
educador de infância nas atividades da sala)
 asseguram as atividades da componente não letiva:
vigilância e realização de atividades com as crianças, nos períodos
antes e após a componente letiva e nos recreios, auxiliar as crianças
no almoço e lanche, e higienização dos espaços e materiais do
jardim-de-infância.
Estabelecimentos da rede IPSS ou privados

No caso dos jardins-de-infância da rede IPSS


e privados:
O horário da componente letiva e não letiva é
determinado por cada instituição, devendo ser
dado a conhecer aos pais na altura da matrícula;
É comum os educadores de infância também
participarem nas rotinas de almoço e lanche e, por
vezes, também na vigilância da sesta.
Organização dos materiais
Quais os recursos materiais?

Os recursos materiais do jardim-de-infância


devem englobar um conjunto de:
 materiais didáticos necessários às atividades
(jogos, livros, carimbos, pincéis, PC, …),
brinquedos para os cantinhos (da garagem,
casinha, …)
materiais de desgaste (diferentes tipos de papel,
cartolinas, tesoura, cola, tintas, lápis, plasticina,
barro, massa de modelar, ...).
Escolha dos materiais

A escolha dos objetos e materiais educativos


ou a sua produção pelo educador, com o apoio das
próprias crianças e da família deve ser cuidadosa e
adequada à idade das crianças.
Critérios da escolha dos materiais

A escolha dos objetos e materiais educativos deve obedecer a


alguns critérios:
Variedade (materiais que permitem trabalhar diferentes competências)

Durabilidade (materiais resistentes)

Adaptabilidade (adaptável a várias idades ou diferentes atividades)

Facilidade de limpeza e manutenção

Devem ser atrativos e estimulantes

Não devem apresentar perigos (tamanho, saliências, toxicidade do

material).
Como organizar os materiais?

No jardim-de-infância, os materiais devem:


 Estar ao alcance das crianças, para promover a sua autonomia;

 Estar devidamente arrumados, separados por tipo e


identificados;
 Os materiais devem estar na área a que pertencem (ex.: os
pincéis e as tintas estão na “Área da Expressão Plástica” e as bonecas na
“Área da Casinha”).
Como organizar os materiais?

Os trabalhos das crianças


não devem ser colocados
todos misturados, mas sim
de forma separada,
facilitando a sua consulta
pelos meninos e adultos da
sala e a posterior
arrumação na capa ou no
portfólio
Como organizar os materiais?

As crianças podem trazer de casa alguns materiais


para uso individual, como por exemplo: lápis de
carvão, borracha, lápis de colorir ou canetas de
feltro, tesoura.
Organização dos espaços
Os espaços do Jardim-de-infância

Não devemos esquecer que, quando nos referimos ao


espaço, nos referimos a todo o espaço interior e
exterior, o qual deve ser planeado e organizado.
Os espaços do Jardim-de-infância

 Não existe uma organização que seja a organização ideal. O educador


adapta a organização do espaço ao grupo de crianças para criar
ambientes em que as crianças se sintam bem e possam brincar,
aprender e desenvolver todas as suas capacidades da melhor maneira
possível, contribuindo assim para as suas experiências de
aprendizagem.
Os espaços do Jardim-de-infância

 No jardim-de-infância é necessário um conjunto de áreas


funcionais, isto é, um conjunto de espaços
articulados entre si que possibilitam a realização de
funções específicas para alcançar o bom e correto
funcionamento do equipamento.
Os espaços do Jardim-de-infância

As diferentes atividades que se desenvolvem nas instalações, a nível


pedagógico, implicam a existência de ambientes diversificados, quer
interiores, quer exteriores, sendo os espaços mínimos a considerar:

a) Sala de atividades
b) Sala polivalente
c) Vestiário das crianças
d) Instalações sanitárias para crianças
e) Instalações sanitárias para adultos
f) Gabinete
g) Espaço para equipamento de cozinha
h) Espaço para material de limpeza
i) Espaço exterior
Sala de Atividades

 Este espaço destina-se ao desenvolvimento de atividades educativas a realizar pelas crianças,

individualmente ou em grupo.

 Deve ser concebido de forma a: Permitir a utilização e visionamento de meios audiovisuais;

Permitir o obscurecimento parcial e total; Permitir o contato visual com o exterior através de portas

ou janelas; Permitir a proteção solar; Proporcionar o acesso fácil ao exterior; Permitir a fixação de

ornamentos verticais, de expositores e quadros; Possuir uma zona de bancada fixa com cuba, ponto

de água e esgoto, sempre que possível.

 Localização: contígua a outra(s) sala(s) de atividades. Comunicação fácil com os vestiários das

crianças. Comunicação fácil ou, sempre que possível, direta com o exterior.
Sala polivalente

 Deve permitir a prática de atividades educativas e lúdicas, para além de responder à


realização de manifestações de caráter cultural e recreativo, abertas à comunidade.
 Deve ser concebido de forma a: Permitir a utilização e visionamento de meios
audiovisuais; Permitir o obscurecimento parcial e total; Permitir a proteção solar;
Proporcionar condições acústicas adequadas; Permitir a fixação de expositores; Pode servir
como sala de repouso ou de refeições (equipamento desmontável) e de recreio coberto.
 A área útil deste espaço, quando existem outros níveis de ensino, deverá ser equacionada
de acordo com a existência de espaços com finalidades semelhantes.
 Localização: sempre que possível, próxima da(s) sala(s) de atividades e com
comunicação direta ou fácil com o exterior.
Vestiário das crianças

 Espaço destinado ao arrumo de vestuário e objetos pessoais


das crianças.
 Deve, sempre que possível, ser autónomo da(s) sala(s) de
atividades.
 Localização: sempre que possível, junto à(s) sala(s) de
atividades.
Instalações sanitárias

Instalações sanitárias para crianças:


 Espaço destinado à higiene pessoal das crianças.

Instalações sanitárias para adultos:


 Espaço destinado à higiene pessoal dos adultos.
Gabinete

 Espaço destinado ao trabalho individual ou em grupo, onde se desenvolvem,


entre outras, as seguintes atividades: Direção, administração e gestão do
estabelecimento; Trabalho individual; Trabalho de grupo (realização
de reuniões de pais, de educadores, de outros); Atendimento de pais,
educadores, elementos da comunidade.
 Este espaço deve permitir a arrumação e arrecadação de material didático.

 Localização: sempre que possível próximo da entrada.


Espaço para equipamento de cozinha

Espaço para equipamento de cozinha:


 Espaço destinado a confeção e aquecimento de
refeições.
 O equipamento deve ser funcional.

 Localização: sempre que possível, próxima da sala de


refeições ou refeitório.
Espaço para material de limpeza

Espaço para material de limpeza:


 Espaço destinado à arrumação de produtos e utensílios
de limpeza.
Espaço exterior

 Espaço exterior deve ser organizado de forma a oferecer ambientes


diversificados que permitam a realização de atividades lúdicas e
educativas. Deve, quando possível, incluir área coberta, ponto de
água e pequena arrecadação (material de exterior, de jardinagem,
etc.).
 A organização e o apetrechamento do espaço exterior devem assegurar
condições de segurança para a realização de múltiplas atividades.
 Localização: junto ou em volta do edifício, acesso fácil à(s) sala(s) de
atividades.
Como organizar a sala de atividades?

As áreas ou “cantinhos” principais de uma sala


de atividades são:
 Área da Manta

 Área da Expressão Plástica ou área suja

 Área da Garagem

 Área da Casinha

 Área do “faz-de-conta”
Como organizar a sala de atividades?

Organização do Espaço e dos Materiais por


“Cantos” ou Áreas de Interesse
 A organização do espaço da sala de atividades por áreas de interesse bem definidas permite

uma variedade de ações muito diferenciadas e reflete um modelo educativo mais


centrado na riqueza dos estímulos e na autonomia da criança.

 Os objetivos e a natureza de cada área ditam o tipo de atividades que nela devem ser

realizadas, se a brincadeira é livre ou orientada pelo (a) educador(a).

 Para uma melhor organização do espaço torna-se necessário selecionar as áreas

fundamentais, que podem ser alteradas durante o ano, evitando sobrecarregar a sala
de atividades.
Como organizar a sala de atividades?

 A organização da sala pode sofrer mudanças periódicas, segundo o desejo


das crianças ou apenas porque a aquisição de novos materiais assim o
justifique.
 As áreas devem estar bem definidas e identificadas (com o nome e
símbolo) e os materiais arrumados em locais fixos, para que as crianças se
sintam orientadas e capazes de assumir uma atitude de autonomia.
 Cada área pode ter um limite de utilizadores (ex.: cartões com os nomes
com velcro), o que ajuda as crianças a compreender e a cumprir as regras.
Como organizar a sala de atividades?

 Existem áreas que, pela sua natureza, não devem ser colocadas

próximas uma da outra, ex.: “área da música e dança” que é mais barulhenta,
com a “área da biblioteca” que exige silêncio e concentração.

 É importante solicitar as ideias das crianças e a sua participação em todo

este trabalho.

 Também pode ser pedida a colaboração dos pais, familiares e de elementos

da comunidade onde se insere o jardim de infância, para fazerem e/ou


oferecerem equipamento e material para as áreas segundo as suas possibilidades.
Porque existem áreas ou cantinhos organizados
nas salas de atividades?
 No jardim-de-infância tudo tem um objetivo pedagógico e a organização da sala também

tem.

 Contudo, não devemos cingir-nos apenas à tradicional casinha, garagem, espaço da manta

etc. Devemos sempre alargar para outro tipo de áreas de acordo com os interesses

que as crianças manifestam nas suas brincadeiras (daí a importância também da

observação que nos permite alargar o nosso conhecimento sobre o grupo).

EXEMPLO: Se um grupo de crianças mostra particular interesse em brincar aos

médicos, devemos desenvolver e aprofundar o seu interesse e o seu jogo criando uma área

na sala relacionada com o tema e colocando materiais à sua disposição.


Área da Manta
 É o local onde diariamente se faz o acolhimento, mas é também um espaço
polivalente, isto é, frequentemente utilizado para variadas atividades, tais
como: histórias, canções, exploração de instrumentos musicais, jogos de
expressão corporal e outros de carácter lúdico-pedagógico, etc.
 Este espaço é delimitado por uma manta ou tapete, onde se encontram
várias almofadas. É aqui que normalmente existe o quadro de presenças
diário e o quadro do tempo.
Área da Expressão Plástica ou área suja

 É constituída por mesas e cadeiras para a realização dos trabalhos e de


móveis de apoio para guardar os materiais (ex.: lápis de pau, de colorir e
de cera, canetas de feltro, marcadores, plasticina de várias cores, colas de vários
tipos, tintas, tecidos, cartolinas, vários tipos de papel de várias cores e texturas,
tesouras, formas de modelar, pincéis grossos e finos, pratos para fazer as tintas,
etc.). Pode ter um expositor para os trabalhos.
 Deve ter acesso a água para a lavagem dos utensílios.
Área da Garagem

 A Área da Garagem inclui um tapete e uma garagem


com carrinhos. Esta área pode também funcionar como
local de jogos de construção, existindo para tal uma
variedade de caixas com legos de diferentes tamanhos e
formas ou outros brinquedos.
Área da Casinha
 A Área da Casinha é constituída por móveis a imitar uma sala ou
cozinha, com um fogão e diversas loiças de cozinha em plástico (pratos,
copos, tachos, talheres, escorredor da loiça, rolo de cozinha e batedeira) e uma
mesa com banquinhos, ou um telefone. Poderá ter, ainda, várias
bonecas; uma pequena cama com cobertores ou alcofa; uma banheira das
bonecas e adereços para a higiene; um carrinho com balde, vassoura e pá, etc.
Área do “faz-de-conta”

 A Área do “faz-de-conta” deverá conter um espelho e um


baú ou cabide, apetrechado de roupas e acessórios para
as crianças manipularem e imitarem diferentes papéis;
fantoches; etc.; facilitando assim o desenvolvimento do
jogo simbólico.
Área da Biblioteca

 A Área da Biblioteca ou Cantinho da Leitura deverá


situar-se numa zona calma, silenciosa e com luz natural,
para que as crianças possam disfrutar dos materiais de
leitura existentes: livros de vários tamanhos e temas,
revistas, cartões de imagens, álbuns, etc.
Área da Escrita

 Materiais atrativos e que contribuem para que as crianças aumentem o


seu interesse pela abordagem à escrita.
 Ficheiros sobre assuntos com imagens e a palavra escrita. Canetas e
materiais para escrever diversos assim como suportes diversos, papel,
quadro ou lousa, quadro magnético, janela para trabalhos escritos,
material impresso como revistas.
 Esta área pode estar perto dos jogos de mesa, pois muito do material
dessa área pode ser aproveitado.
Área da Matemática

A área da Matemática, é um
espaço de atividade da sala, onde
existem vários tipos de jogos
matemáticos: lotos, tangram,
blocos lógicos, fichas de trabalho,
ficheiros de números, números e
quadro magnético, balança e
pesos, copos de medida, etc.
Neste espaço, é possível aprender
matemática brincando...
Área da Matemática

Formar conjuntos: Classificar

Formas geométricas
Área da Matemática

Gráficos
Área da Matemática

Tabelas
Rotinas
Rotinas no Jardim de Infância

As rotinas são tempos específicos correspondentes a determinadas atividades. É

uma repetição de atividades e ritmos e a organização espácio-temporal da sala.

 A rotina diária é uma necessidade para as crianças. Com ela, as crianças antecipam o que vão

fazer a seguir e a sequência de eventos asseguram à criança controlo e segurança.

 A participação da criança na planificação destes eventos e a reflexão sobre o que foi

realizado reforça a sua confiança e a sua autonomia, pois as crianças têm a oportunidade de se

auto-organizar, explorar, conhecer a realidade e de fazer uso dos seus recursos.

 A rotina também é benéfica para todos os que acompanham a criança no jardim-de-infância, pois

permite uma melhor gestão do tempo.


Exemplo de atividades incluídas
nas rotinas diárias

 Acolhimento
 Atividades orientadas /Atividades livres (áreas)
 Recreio
 Atividades orientadas /Atividades livres (áreas)
 Arrumar a sala
 Higiene
 Almoço
 Acolhimento
 Hora do conto / música
 Atividade orientada / Atividades livres
 Higiene
 Lanche
 Partida ou Atividades da Componente de Apoio à Família
Atividades da Componente
de Apoio à Família

Durante a Componente de Apoio à Família, as Auxiliares de Ação

Educativa desenvolvem atividades com as crianças:

 Devem ser atividades e brincadeiras mais livres, da escolha das crianças;

 Deve-se privilegiar a área motora em detrimento de atividades que exijam esforço

cognitivo, atenção e concentração;

 Devem ser atividades ao ar livre, sempre que o tempo o permitir, uma vez que as

crianças já passam a maior parte do dia em sala de atividades;

 Exemplos: Brincadeiras, jogos de expressão motora, jogos tradicionais, jogos de

roda, etc.
Atividades
Importância de Brincar

Na educação de infância para além das atividades


pedagógicas que são planeadas com vista a atingir
determinados objetivos, devemos também incluir, na rotina,
momentos destinados às brincadeiras e ao lazer.
Importância de Brincar

A brincadeira ocorre por meio da articulação entre a


imaginação e imitação da realidade.
Importância de Brincar

 Para brincar é preciso que a criança tenha uma certa


independência para escolher com quem e quais os papéis
que irá assumir no interior de um determinado tema e
enredo, cujo desenvolvimento depende somente da
vontade de quem brinca.
Importância de Brincar
 No ato de brincar, as crianças são favorecidas nos diversos aspetos:
afetivos, cognitivos e sociais.
 A criança, ao brincar, desenvolve o movimento e a mudança da
perceção, resultantes da mobilidade física, a relação com os objectos
e suas propriedades físicas, bem como a combinação e associação entre
eles, os conteúdos sociais, os limites definidos pelas regras, entre
outros.
Importância de Brincar

 O brincar deve ser uma atividade permanente no dia-a-dia da educação

infantil promovendo a personalidade das crianças, os seus desejos e sonhos e


a reconstrução, numa pequena escala, da sua representatividade no mundo.
Importância do Jogo

 Existe um leque muito variado e rico de atividades que podem ser


desenvolvidas com as crianças dentro e fora do espaço da sala, mas é
importante salientar que nesta faixa etária as aprendizagens devem
ser feitas através do jogo, ou seja, devemos incluir sempre o lado
lúdico associado ao que se pretende que as crianças aprendam.
Áreas de Conteúdo

As atividades pedagógicas a realizar devem ter em conta as


Áreas de Conteúdo das Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar (1997), designadamente:
 Área da Formação Pessoal e Social
 Área das Expressões e da Comunicação
 Domínio da Linguagem oral e da abordagem à escrita
 Domínio da Matemática
 Domínio das Expressões (Plástica, Dramática, Musical e
Motora)
 Área do Conhecimento do Mundo
Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Arrumação dos materiais e da sala pelas crianças


1) Ensinar a arrumar corretamente

2) Distribuir tarefas
Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Negociação e elaboração das regras da sala, em grupo


Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Quadro de Tarefas

 Normalmente é semanal ou
diário e as tarefas vão rodando
por todas as crianças.
Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Preenchimento do Quadro de Presenças

Quadro simples
(2 e 3 anos de idade)
 semanal
Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Preenchimento do Quadro de Presenças

Quadro de Presenças
do MEM – Movimento
Da Escola Moderna
 Mensal
 Privilegia a escrita
Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Reunião e decisão em grupo

Planear atividades Avaliar atividades


Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Empreendimentos cooperativos e de interajuda entre as


crianças
Áreas de Conteúdo:
Área da Formação Pessoal e Social

 Jogos de confiança e jogos sobre emoções e sentimentos

 Partilhar brinquedos e materiais com as outras crianças


Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

Domínio da linguagem oral e abordagem à


escrita:
 Conversações em pequeno e grande grupo;
 Escutar e recontar diálogos, histórias, lengalengas, trava-
línguas e canções;
 Adivinhas, rimas e poesias;
 Descodificar símbolos e mensagens não-verbais;
 Contactar com diversos tipos de texto;
 Identificar diferentes funções do código escrito;
Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da linguagem oral e abordagem à


escrita:
 Interpretar imagens ou gravuras de livros;
 Inventar pequenas legendas para gravuras ou criar histórias;
 Identificar comportamentos pertinentes para um ato de leitura;
 Escrever espontaneamente;
 Escrever o nome próprio, sozinho ou com a ajuda de suporte
visual;
 Copiar letras e números;
 Exercícios de grafomotricidade.
Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Matemática:

 Noção de número (contar memoristicamente e contar com


correspondência número-objeto, algarismos, quantidades, adições, subtrações);

 Cores primárias e secundárias (identificar e nomear as cores, fazer as


cores secundárias);

 Figuras geométricas bidimensionais (círculo, triângulo, quadrado,


rectângulo) e tridimensionais (cubo, pirâmide, etc.);

 Tamanhos (grande, pequeno e médio);


Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Matemática:

 Espessura (grosso/fino, largo/estreito);


 Noções de espaço (à frente/atrás, debaixo/em cima, ao lado);

 Noções de tempo (ontem, hoje, amanhã, de manhã, de tarde, etc.);

 Classificar objetos (agrupar e formar conjuntos por número, tamanho,


cor, etc.);

 Seriar objetos (por tamanho, do maior para o menor e vice-versa);

 Construções com blocos e legos de diferentes tamanhos.


Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Expressão Motora:

 Motricidade FINA: movimentos específicos dos dedos e das


mãos
 segurar o lápis e o pincel corretamente em pinça;
 controlo da mão na escrita e exercícios de grafomotricidade
 controlo da mão no desenho (ex.: pintar no limite da folha ou sem sair da linha de contorno
do desenho)
 conseguir fazer puzzles, jogos de encaixe e enfiamentos
 transferir objetos pequenos de um recipiente para o outro
 modelar objetos com plasticina ou massa de modelar
 rasgar papéis ou jornais e fazer bolinhas de papel crepe
 recortar bem com a tesoura
 etc.
Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Expressão Motora:


 Motricidade GLOBAL/GROSSA

 Movimentos de locomoção:
 Andar
 Correr
 Salto vertical, saltos de uma elevação superior e saltar a pé coxinho

 Movimentos de manipulação:
 Lançar e Agarrar
 Pontapear e Amortecimento

 Movimentos de equilíbrio:
 “Equilíbrio num pé”
 “Equilíbrio em cima de objetos” (cordas, arcos, …).
Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Expressão Plástica:

 Desenho, digitinta, pintura com pincel, pintura de tecido, pintura


em vidro e azulejo, técnica do guardanapo, …;
 Carimbagem e estampagem;
 Rasgagem, corte, recorte e colagem;
 Modelagem (plasticina, massa de modelar, barro, papel machê,
etc.);
 Construções tridimensionais;
 Reciclagem de papel.
Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Expressão Dramática:

 Jogo simbólico: brincadeiras espontâneas de “faz-de-conta”


 jogo dramático: representação individual ou em grupo
 Jogos de expressão corporal e mímica;
 Teatro de fantoches e teatro de sombras;
 Teatro de marionetas.
Áreas de Conteúdo:
Área das Expressões e da Comunicação

 Domínio da Expressão Musical:

 Cantar
 Escutar diferentes estilos musicais
 Dançar
 Percussão corporal (ex.: palmas)
 Explorar e tocar instrumentos musicais reais ou
construídos pelas crianças
Áreas de Conteúdo:
Área do Conhecimento do Mundo

 Atividades de descoberta sobre si próprio; dos outros; das


instituições e do ambiente natural;
 Atividades relacionadas com as ciências
(animais, corpo humano, meteorologia, …);
 Preenchimento do Quadro do Tempo;
 Educação para a saúde e educação ambiental;
 Educação sexual.
Áreas de Conteúdo

 Atividades de enriquecimento curricular que o jardim-


de-infância pode proporcionar às crianças, ex.:
 Iniciação às T.I.C. - Tecnologias de Informação e
Comunicação
- Iniciar e desligar o PC

- Manuseamento do rato

- Escrever no teclado
- Utilização de software lúdico-didático adequado

 Iniciação ao Inglês ou outra Língua Estrangeira


 Natação ou outra modalidade desportiva / recreativa
(Ginástica, Dança, Música, …)
Bibliografia

GARCIA, Ana (2007). Voltamos ao jardim-de-


infância: Começa um novo dia. Revista Educadores
de Infância, Setembro, pp. 20-21. Ediba.
LEI Nº 5/97 DE 10 DE FEVEREIRO, Diário da
República nº 34/97. Série I - A. Assembleia da
República. (Lei Quadro da Educação Pré-Escolar)
SILVA, Maria Isabel (1997). Orientações
Curriculares para a Educação Pré-Escolar. Lisboa:
Ministério da Educação.
FIM!

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