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autorizadas e maiores de 18 anos. Por isso é fundamental que a Escola tenha a ficha
cadastral das crianças sempre atualizadas com os dados das pessoas autorizadas
para este fim. No caso da retirada de crianças por menores de 18 e maiores de 12
anos, também será necessária autorização prévia das/os responsáveis. Importante
lembrar ainda, que as pessoas indicadas nessa ficha cadastral deverão apresentar
documento de identificação com foto. A Escola ficará responsável por cumprir o
previamente combinado e avisar às famílias, de imediato, caso alguém não
autorizado tente retirar a criança.
A entrada com atraso será permitida mediante atestado médico ou justificativa
da ocorrência na secretaria da escola; o mesmo procedimento será realizado para as
saídas antecipadas, considerando que atrasos e saídas antecipadas interferem na
participação da criança na rotina e pode trazer prejuízos para sua aprendizagem.
Em caso de constantes reincidências de atrasos, a família será convocada para uma
conversa de esclarecimentos e orientações com a Equipe Gestora.
A criança não poderá permanecer além de seu horário, independentemente do
período em que ela frequente na Unidade Escolar. Caso a família da criança não seja
localizada, o Conselho Tutelar será acionado. Por isso é solicitado aos pais ou
responsáveis que respeitem rigorosamente os horários de entrada e saída das
crianças.

(a) Entrada e Saída9 – Equipamento Creche – Orientações específicas

Durante o período de entrada e saída, há o momento de brincadeiras livres,


planejadas pela/pelo docente, com o objetivo de acolher e proporcionar atividades
diversificadas, que facilitem a integração da criança com o ambiente e com o grupo.
Na entrada, a Unidade Escolar organiza um horário-limite de chegada, para garantir
a participação nos momentos de alimentação (café). Esses horários são informados
no início do ano letivo por meio do regimento escolar e reuniões com as famílias.
Importante ressaltar que o momento de alimentação favorece diversas
aprendizagens para a criança por meio do experimentar, conhecer os alimentos,
desenvolver a autonomia e a interação com o outro. Como define o RCNEI:
[...] o ato de alimentar tem como objetivo, além de fornecer nutrientes para
manutenção da vida e da saúde, proporcionar conforto ao saciar a fome, prazer ao
estimular o paladar e contribui para a socialização ao revesti-lo de rituais. Além
disso, é fonte de inúmeras oportunidades de aprendizagem [...]
(BRASIL, 1998, v.2, p.55).

9 Nas Creches Municipais o horário de entrada acontece entre as 7h e 8h da manhã, sendo o horário de
saída entre 17h e 18h. Importante destacar que há, também, o horário do semi-integral, sendo 12h e 13h
que compreende tanto o movimento de entrada, como o de saída.
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(b) Entrada e Saída10 – Equipamento EMEIEF – Orientações específicas

Nas Escolas Municipais de Educação Infantil e Ensino Fundamental


(EMEIEFs) quando da entrada da Educação Infantil, a Equipe Escolar recebe as
crianças no portão realizando o acolhimento das famílias e direcionando-as às salas
ou espaços organizados para o momento, para a integração delas com a rotina da
Escola.
Na saída, os familiares ou responsáveis retiram as crianças com a/o docente,
na sua respectiva sala, ou em espaços organizados pelo grupo da Unidade Escolar.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil.Volume 2:
Introdução. Brasília: MEC/SEF, 1998. 3v.

GIRALDI, Ana Vani. Prática da professora no cotidiano de uma creche: que


prática é essa? Dissertação apresentada ao colegiado do PMAE. Itajaí, SC, 2008.

PIRES, Adriane Regina Scaranti e MORENO, Gilmara Lupion. Rotina e escola


infantil:organizando o cotidiano de crianças de 0 a 5 anos. In: CONGRESSO
NACIONAL DE EDUCAÇÃO EDUCERE, 2015, Curitiba. Anais do XII Congresso
Nacional de Educação EDUCERE, Curitiba: Pontifícia Universidade Católica. Ed.
Champagnat, 2015. Disponível em:
<http://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/15902_9267.pdf>. Acesso em: 4 jul.
2018.

3. Espaços internos e externos

Na Educação Infantil, os espaços internos e externos precisam ser pensados


como ambientes que favoreçam a exploração por meio de experiências e vivências
significativas dos diferentes materiais, aguçando a curiosidade e os desafios,
favorecendo a diversidade de escolha, a relação da criança consigo mesma, com o
outro e com o meio para o desenvolvimento psicomotor e sociocognitivo.
A maneira como o espaço escolar é pensado e organizado reflete diretamente
no processo de desenvolvimento e aprendizagem, favorecendo interação entre
crianças, descobertas, oportunizando movimentos, proporcionando transformações e
experiências.
[...] Organizar o cotidiano das crianças na Escola Infantil pressupõe pensar
que o estabelecimento de uma sequência básica de atividades diárias é,
antes de mais nada, o resultado da Leitura que fazemos do nosso grupo de
crianças, a partir, principalmente de suas necessidades. (BARBOSA &

10 Nas EMEIEF o horário de entrada para a Etapa de Educação Infantil acontece às 8h, no período da manhã,
sendo que à tarde acontece às 13h. No mesmo equipamento o horário de saída dá-se ao meio-dia para o
as turmas da manhã e às 17h para as turmas da tarde.

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HORN, 2001, p. 67).
Geralmente os espaços externos permitem às crianças maior contato com a
natureza e grandes possibilidades de interação com outros pares e adultos diferentes.
O acesso ao parque promove autonomia, independência, responsabilidade
com o meio ambiente e o uso do bem comum, além de possibilitar o desenvolvimento
do respeito aos tempos de uso, bem como da utilização do referido espaço.
[...] As crianças exploram muito o potencial do parque como espaço para os
movimentos amplos e suas possibilidades de lugar de novidades, onde algo
inusitado pode acontecer. Nesses espaços não construídos, ao ar livre,
temos um contato direto com os espaços naturais, o frio, o calor, o vento, as
aves, aviões, chuva, etc.; o contato direto com a vizinhança, potencializa as
chances de algo ou alguém chegar ou passar. (AGOSTINHO, 2003, p. 97).
Nos diferentes espaços, podemos proporcionar às crianças experiências
lúdicas e desafiadoras, favorecendo a integração das turmas, aprendizagem entre
diferentes idades e diferentes experiências com materiais estruturados e não
estruturados, como bambolês, túneis, músicas, cordas, livros, tintas, caixas, sucatas,
e para isso é necessário planejamento além do acompanhamento constante.
Espaços e materiais não habituais podem ser transformados, em conjunto com
as turmas, em locais de criação e ludicidade. Além disso, é necessária a adequação
à faixa etária, zelando pelo cuidado das crianças e evitando acidentes.
Tudo dependerá da forma como se pensam e se procedem as ações. Ao
promovê-las proporcionamos cuidados básicos, ao mesmo tempo em que
atentamos para construção da autonomia, dos conceitos, das habilidades,
do conhecimento físico e social. (BARBOSA & HORN, 2001, p. 70).
Outro aspecto a ser considerado se refere às características individuais,
especialmente ao considerar as diferentes deficiências. Segundo os Parâmetros de
Infraestrutura, é importante “[...] evitar quaisquer barreiras ao acesso e à permanência
de pessoas com necessidades especiais, proporcionando conforto e evitando
constrangimentos, valorizando assim o convívio com a diferença.” (BRASIL, 2006, p.
31).
É fundamental considerar que os materiais estejam acessíveis ao alcance das
crianças nos espaços. A arrumação em caixas ou recipientes rotulados, classificando
o conjunto dos materiais a serem utilizados, organiza e facilita o uso autônomo pelas
crianças, assim como a sua guarda.
O acompanhamento e observação pelas/os educadoras/es das brincadeiras e
orientação quanto à organização coletiva dos espaços devem ser frequentes e
planejados com intencionalidade. Ações como arranjos de cantos de interesse, o
brincar em subgrupos são possibilidades que enriquecem as experiências nos
espaços, como estratégias metodológicas de exploração e interação.
Refletir sobre a organização dos espaços na Educação Infantil possibilita dar
novos significados ao fazer pedagógico desde que consideremos o planejamento, a
mediação e a necessidade das crianças, construindo, utilizando e readequando

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ambientes que impulsionem experiências de aprendizagem e de convívio

social. Referências

AGOSTINHO, Kátia Adair. O espaço da creche: que lugar é este? 2003.


Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de Santa Catarina,
Florianópolis, 2003.

BARBOSA, Maria Carmen Silveira & HORN, Maria da Graça Souza. Organização do
espaço e do tempo na escola infantil. In: CRAIDY, Carmem; KAERCHER, Gládis E.
(org.). Educação Infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 67-79.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Parâmetros


básicos de infraestrutura para instituições de Educação Infantil. Brasília:
MEC/SEB, 2006.

4. Higiene

Os momentos de higiene pessoal na Educação Infantil são muito importantes


na rotina, pois oportunizam descobertas e aprendizagens na relação entre criança e
adulto e devem ser permeados de afetividade.
Visando ao desenvolvimento integral das crianças e de acordo com as
Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica (DCNEBs):
[...] As questões de higiene superam a abrangência do ato em si, pois sua
dimensão atinge diretamente as famílias e a qualidade de vida, o bem-estar e a
saúde das crianças. Deste modo se faz necessário um diálogo
constante com as famílias, a fim de que se cumpra o atendimento as
necessidades individuais e se incorpore os hábitos de higiene dentro e fora
do espaço escolar, pois é do adulto a missão de orientar e zelar pela
higiene das crianças. (BRASIL, 2013, p. 84).
As ações do cuidar e educar na Educação Infantil são indissociáveis e
complementares, além de revelarem a habilidade de ser sensível em relação aos
outros (MOSS, 2014, p. 6). As/Os pequenas/os necessitam de cuidados essenciais, e
nesta fase, isso cabe aos adultos.
Em relação à troca de fraldas, as crianças dos períodos semimanhã e
semitarde necessitam de duas trocas de fraldas por dia, no mínimo, já as crianças do
período integral necessitam de, no mínimo, quatro trocas diárias. Há casos em que,
pela fralda estar totalmente limpa, não são necessárias as duas ou quatro trocas ao
dia, respectivamente em relação aos períodos descritos acima.
As trocas deverão ser realizadas mantendo um contato afetivo com a criança,
por meio do toque, do olhar e da conversa, evitando que este seja um ato mecânico
com movimentos bruscos e demasiadamente apressados. Deverão ainda ser
efetuadas em local apropriado, evitando trocá-las fora do trocador. É aconselhável
também que a criança não fique ociosa dentro do ambiente de troca. É importante
deixar claro que, apesar de cada grupo estipular um horário para as trocas dentro da
rotina, não se deve ter esse horário como fixo para todas as crianças, mas sim levar
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em consideração as necessidades de cada uma.
Os materiais a serem utilizados na troca devem ser deixados próximo ao
trocador, para que não seja preciso que o adulto venha a afastar-se ou ausentar-se,
evitando assim colocar a criança em situação de risco. O espaço precisa ser atrativo
e interativo, por meio do “diálogo”, envolvendo a criança em tudo o que se está
fazendo.
De acordo com Taddei et. al. (2009, p. 74):
[...] As mãos são o meio mais importante de transmissão de diversas
doenças gastrointestinais, respiratórias e dermatológicas. A medida mais
eficaz para a prevenção consiste em lavá-las corretamente, com água
corrente e sabonete de preferência liquido, tanto adultos como crianças.
Assim, as/os educadoras/es devem manter as unhas limpas e curtas, lavar e
higienizar as próprias mãos e as das crianças após cada troca de fraldas, usar toalhas
de mão descartáveis para enxugá-las, higienizar o trocador com álcool para evitar
contaminação e surtos de diarreia (visto que atendemos a um número grande de
crianças). Após cada troca, jogar as fraldas com resíduos no cesto de lixo com tampa.
Deve-se ainda retirar o lixo antes que se acumule, para evitar o risco de contaminação.
O banho faz parte das necessidades individuais do ser humano,
principalmente da criança, sendo um momento da rotina que oferece oportunidade
de se criar o hábito da higiene, próprio da nossa cultura e fator de bem-estar. O
banho deve ser considerado como um momento rico em aprendizagem, afetividade
e interação, devendo ser agradável, propiciando os cuidados e a higiene do próprio
corpo e a maneira correta de fazê-lo.
Em relação ao banho, este é oferecido apenas para a crianças que
permanecem no período integral. Nesses momentos, é de extrema importância que
os adultos se comuniquem com as crianças, pois esta é uma ação de grande
relevância neste período de desenvolvimento. Nos demais ciclos da E.I. o banho é
ofertado mediante a necessidade, caso a criança não tenha conseguido controlar os
esfíncteres ou ainda em casos de febres, enquanto aguarda a chegada da família
para buscá-la. A cada banho, todo o material deve ser organizado com antecedência,
prezando pela segurança da criança. A remoção da fralda ou da roupa suja, bem como
a retirada de resíduos devem acontecer com lenços umedecidos descartáveis ou água
corrente, devendo acontecer antes de colocar a criança na cuba de banho. É muito
importante que o adulto verifique a temperatura da água com a parte interna do
antebraço, imergindo a criança gradativamente.
Também é necessário higienizar corretamente os genitais da criança, sendo que no
momento de secá-la, deve-se ter muita atenção com as dobras corporais, com os
espaços entre os dedos, com a região atrás da orelha, vestindo a criança com roupas
adequadas ao clima e à atividade posterior.
Quanto à escovação, esta deve acontecer após as refeições, sendo sempre
orientada pelas/pelos educadoras/es, tornando-se assim mais um conteúdo a ser
ensinado. A criança deve ser estimulada a escovar os dentes para se familiarizar,
adquirindo assim o bom hábito de higiene. A escovação no ambiente escolar é um ato
pedagógico, cabendo à família a responsabilidade de garantir a escovação diária
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em casa. Deve acontecer com o auxílio das/dos educadoras/es, utilizando creme
dental apropriado à idade, limpando delicadamente os dentes da criança. As escovas
e protetores devem ser separados e nomeados para que não haja trocas. Devem ser
bem lavadas e mantidas em lugar seco, arejado e protegido. Descartar as escovas
que estejam desgastadas ou que entrem em contato com outra criança.
O processo de desfralde dever ser iniciado levando-se em conta a maturidade
da criança, em parceria com a família. É preciso estabelecer uma rotina para a
utilização do banheiro até que se obtenha o controle dos esfíncteres. Deve-se ainda
acompanhar e incentivar as crianças em relação ao uso do sanitário, para que
aprendam a se limpar e a lavar as mãos, antes de saírem do local. Mesmo após
vencido o processo de desfralde, faz-se necessário que todas as crianças da
Educação Infantil sejam acompanhadas na utilização do banheiro, pois, apesar de
termos como princípio a ampliação da autonomia das crianças, elas só irão adquiri
la gradativamente.
Em respeito à criança e ao seu desenvolvimento, bem como de acordo com o
que está indicado nas DCNEI em seu Art. 4º. (BRASIL, 2010), que vê a criança como
“[...] sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas
que vivencia, constroi sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia,
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constroi sentidos sobre a
natureza e a sociedade, produzindo cultura [...]”; faz-se importante lembrar que ao
limpar o nariz das crianças, sempre que tal ato seja necessário, que o mesmo seja
comunicado à criança, a fim de que a ação tenha sentido e aos poucos a própria
criança possa adquirir consciência de sua importância para a higiente corporal, de
maneira que tal ato comece a fazer parte de suas práticas cotidianas na rotina escolar.
É importante ainda, que o adulto que realizará tal ação, faça uso de lenço de papel ou
papel higiênico macio, descartando-o logo após o uso em lixeira. Fundamental que
seja realizada a higienização das mãos após cada procedimento, evitando assim a
contaminação.
Zelar pelo bem-estar da criança envolve empatia, colocar-se no lugar do outro,
visando sempre ao cuidado e à atenção às suas necessidades. Pensando assim,
devemos observar alguns cuidados:
∙ Receber a criança acordada;
∙ Adequar a roupa às diversas situações do dia a dia;
∙ Manter comunicação e orientar as famílias quando a criança estiver doente e
precisar de cuidados especiais;
∙ Estabelecer parcerias com serviços e profissionais da saúde; ∙
Promover ações educativas e preventivas de higiene e saúde;
∙ Verificar documentações que comprovem providências da família com relação a
cuidados de saúde e higiene das crianças;
∙ Atentar ao asseio das crianças, observando a arrumação dos cabelos, o amarrar
dos sapatos e o fechar das blusas quando necessário.

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