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Sobre 4
Prefácio 5
Sobre o autor 6
Introdução 7
Serviços preliminares 8
Projeto arquitetônico 9
Projeto arquitetônico concepção do zero 9
Projeto arquitetônico quando existir um projeto arquitetônico pronto ou referência 10
Projeto de Interiores 11
Projetos Complementares Básicos 12
Projeto elétrico, telefonia e lógica 12
Projeto hidro sanitário 13
Sistema steel frame 13
Projeto estrutural light steel framing 13
Memorial de cargas 14
Quantitativos de materiais 14
Otimização de perfil 14
Caderno de montagens 14
Visualizador 3D 15
Projeto estrutural fundação 15
Sistema container 16
Memorial de cargas container 16
Projeto estrutural light steel framing 17
Memorial de cargas light steel framing 17
Quantitativo de materiais 17
Otimização de perfis 17
Caderno de montagem 17
Visualizador 3D 17
Projeto estrutural fundação 17
Fundações superficiais 17
Projetos complementares específicos 18
Projeto ar condicionado 18
Projeto aspiração central 19
Projeto paisagismo 19
Projeto sistema de aquecimento de ambientes 20
Projeto gás 20
Quando comercial 20
Plano de prevenção e combate contra incêndio e pânico 20
Projeto vigilância sanitária 20
Projetos complementares sustentáveis 21
Aspectos urbanos, paisagem e mobilidade 21
Águas e efluentes 22
Descarte na terra 23
Projeto de reuso das águas servidas com tratamento simples 23
Sumário
Projeto de reuso das águas servidas com tratamento completo 23
Microorganismos eficientes 24
Águas negras e cinzas 24
Reuso direto das águas cinzas 25
Reuso das águas cinzas com filtragem 25
Reuso das águas cinzas com tratamento completo 25
Aproveitamento da água da chuva 26
Recarga de aquíferos 27
Cobertura verde 28
Instalação in loco 28
Instalação modular 28
Aveolar simples 29
Tecgarden 29
Irrigação 30
Irrigação subterrânea 30
Irrigação por gotejamento 31
Irrigação por aspersão 31
Aquecimento de água 32
Aquecimento solar de água 32
Energia 33
Geração de energia fotovoltaica 34
Sistema autônomo de geração fotovoltaica 34
Sistema interligado de geração fotovoltaica 35
Geração de energia solar termomecânica 36
Geração de energia eólica 37
Ambientes energeticamente eficientes 38
Correta orientação da edificação 40
Correta especificação de materiais de construção 40
Sistema passivo de climatização 41
Equipamentos e sistemas de climatização ativos 42
Iluminação natural dos ambientes internos 42
Projeto luminotécnico 43
Utilização de lâmpadas de baixo consumo energético 43
Automação e controle da iluminação para eficiência energética 45
Controle e monitoramento da qualidade ambiental interna do ar 46
Materiais 48
Gestão de resíduos durante o canteiro de obra 49
Gestão de resíduos, lixo orgânico, reciclável e não reciclável durante o uso da edificação 50
Compatibilização dos projetos 51
O BIM como principal ferramenta de compatibilização 53
Conclusão 54
Agradecimento 55
Referências 56
[4]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
Sobre
NOSSAS CERTIFICAÇÕES
[5]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
Prefácio
E
ste e-book tem como objetivo explicar de forma direta e dinâ-
mica com uma linguagem simples o passo a passo de como
elaborar projetos de casas sustentáveis utilizando como forma
construtiva os sistemas steel frame e container, com todas as etapas
de projetos e suas variáveis.
Sobre
o autor
Introdução
A
ntes de iniciar este assunto, quero deixar claro que as
informações que se seguem são diretrizes de projetos,
com base em informações e vivências de obra. Não como
uma regra, mas com o objetivo de traçar um novo norte para o
tema.
A. Serviços Preliminares;
B. Projeto Arquitetônico;
C. Projeto Interiores;
F. Projetos Sustentáveis;
G. Compatibilização Projetos;
[8]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
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Serviços
Preliminares
O
s serviços preliminares são os levantamentos de todas
as informações pertinentes relativas ao local destinado
a elaboração do projeto, como:
Faz parte desta etapa também, serviços a se- Para elaboração do projeto estrutural é neces-
rem contratados por terceiros como: sário, além do projeto de arquitetura, o rela-
• Levantamento planialtimétrico do terreno; tório de sondagem que consiste em um do-
• Sondagem. cumento detalhado realizado por empresas
especializadas em análise de solos, apresen-
A importância e prudência em fazer uma in- tam o perfil do solo abaixo do nível do terre-
vestigação do solo onde será erguida a edifi- no, ou seja, com todos os tipos de camadas de
cação, deve-se ao grande risco que se corre solos e suas respectivas resistências.
quando essa prática é ignorada.
Esse relatório é necessário para o dimensiona-
A ausência desta investigação é a causa mais mento adequado das fundações, sendo uma
frequente de problemas de fundações em di- obrigatoriedade em qualquer tipo de constru-
versos níveis de gravidade, que causam danos, ção, porém muitas vezes essa prática é igno-
prejuízos vitais e financeiros. rada, sendo que é indispensável para edifica-
ções de dois ou mais pavimentos.
[9]
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em “Steel Frame” e “Container”
Projeto
Arquitetônico
O
projeto arquitetônico é o projeto principal, onde nele
se retrata toda a concepção espacial do programa de
necessidades sugerido pelo cliente.
Projeto
Arquitetônico
Projeto
de Interiores
• Projeto gesso e luminotécnico, projeto de layout de gesso com todos os detalhes executivos e
descrição com os tipos de iluminações a serem instaladas;
• Imagem render, imagens renderizadas das vistas dos ambientes conforme solicitado pelo clien-
te, com tratamento de texturas simulando a real imagem de como ficará o resultado final da obra;
Projetos
Complementares Básicos
Os projetos complementares básicos são compostos
do seguinte pacote de projetos
Projeto elétrico,
telefonia e lógica
É composto pelo
dimensionamento
dos sistemas:
• Para interfone;
• Para TV a cabo.
[ 13 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
Projeto
hidro sanitário
Possuem o dimensionamento:
Sistema
steel frame
O projeto estrutural light steel framing possuem cálculo estrutural
realizado para analisar o comportamento da estrutura a qual será sub-
metida aos diversos esforços, com o objetivo de verificar a resistência
adequada dos elementos estruturais sob combinações de carregamen-
tos extremas ao longo de sua vida útil.
[ 14 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
sistema
steel frame
sistema
steel frame
O
projeto estrutural fundação basicamente são fundações superficiais (rasas ou
diretas) são elementos de fundação em que a carga é transmitida ao terreno, pre-
dominantemente pelas pressões distribuídas sob a base da fundação, e em que
a profundidade de assentamento em relação ao terreno adjacente é inferior a duasvezes
a menor dimensão da fundação.
Sistema
container
Sistema
container
Projeto estrutural light steel framing prados em barras, será desenvolvido o pro-
como complemento estrutural ou não, jeto de otimização, que tem por objetivo
possuem cálculo estrutural realizado para otimizar o corte dos perfis em obra, aumen-
analisar o comportamento da estrutura a tando o aproveitamento das barras e dimi-
qual será submetida aos diversos esforços, nuindo o desperdício das mesmas, através
com o objetivo de verificar a resistência ade- do plano de corte.
quada dos elementos estruturais sob: com-
binações de carregamentos extremos ao Caderno de montagem, detalhes executi-
longo de sua vida útil, considerando as in- vos para montagem de painéis e obra.
terferências e conexões entre as estruturas
containers envolvidas. Visualizador 3D, arquivos eletrônicos em
3D para melhor entendimento do projeto.
Memorial de cargas light steel framing,
dimensionamento de cargas e esforços na Projeto estrutural fundação, é de funda-
base da estrutura L.S.F., fornecido em de- mental importância nesse caso específico, a
senho técnico, para o entendimento do consideração dos dois memoriais de cargas
engenheiro responsável pelo cálculo da (containers e steel frame), podendo ser ba-
fundação. Requisito principal para análise e sicamente fundações superficiais (rasas ou
desenvolvimento do projeto de fundação. diretas).
Na composição do sistema container, quan-
do utilizado como complemento estrutura Fundações superficiais são elementos de
em light steel framing, a necessidade dos fundação em que a carga é transmitida ao
dois memorias calculados de forma conjun- terreno, predominantemente pelas pres-
ta para ter uma situação real de cargas da sões distribuídas sob a base da fundação,
estrutura. e em que a profundidade de assentamento
em relação ao terreno adjacente é inferior
Quantitativos de materiais, lista de corte e a duas vezes a menor dimensão da funda-
planilha quantitativa dos materiais utilizados ção. Incluem-se neste tipo de fundação os
na concepção do projeto estrutural (aço, pa- blocos, as sapatas (isoladas, corridas, asso-
rafusos, conectores, etc.). ciadas, alavancadas, vigas de fundação) e os
radiers, conforme NBR 6122 (ABNT, 2010).
Otimização de perfis, para os perfis com-
[ 18 ] ] Frame” e “Container”
Passo a passo para criar projetos de casasPasso
sustentáveis
a passo para criar projetos de casas sustentáveis
[ 18
em “Steel em “Steel Frame” e “Container”
Projetos
Complementares
Específicos
Os projetos complementares específicos são:
• Projeto ar condicionado;
• Projeto aspiração central;
• Projeto paisagismo;
• Projeto gás.
Quando Comercial:
Projetos
Complementares
Sustentáveis
O
s projetos complementares sustentá- urbanos, paisagem e mobilidade, águas e
veis possuem uma grande variação e efluentes, coberturas verdes, irrigação, aque-
depende muito das necessidades e cimento de água, energia, ambientes ener-
objetivos traçados pelo cliente, onde define o geticamente eficientes, materiais, gestão de
nível de sustentabilidade da edificação. resíduos durante o canteiro da obra, gestão
Entre os projetos sustentáveis possíveis, va- de resíduos, lixo orgânico, reciclável e não re-
mos abordar os seguintes temas: aspectos ciclável durante o uso da edificação.
Este tema trata das questões principais da relação do empreendimento com o seu entorno,
sendo portanto uma parcela do conceito mais amplo de desenvolvimento urbano sustentável.
Aqui abordamos o empreendimento no lote, e relevância do entorno extrapolando seus limites
físicos territoriais.
[ 22 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
águas
e afluentes
A
s águas servidas são as águas provenientes da totalidade do esgoto doméstico ou
comercial, derivadas dos vasos sanitários, chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras,
tanques, máquinas de lavar roupas, pias de cozinha e lavagem de automóveis.
Para fins de separação e reuso, as águas servidas compõem-se das águas negras (vasos sani-
tários e pias de cozinha) e águas cinzas (chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, tanques,
máquinas de lavar roupas e lavagem de automóveis).
Quando não separadas, as águas servidas podem ser tratadas para o reuso restrito ou lançadas
no meio ambiente de três maneiras: reuso das águas servidas com tratamento simples, reuso
das águas servidas com tratamento completo e descarte na terra.
[ 23 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
1 Descarte na Terra
2 Reuso das águas com tratamento simples
3 Reuso das águas com tratamento completo a partir das zonas de raízes
4 Reuso das águas com tratamento completo com filtragem
Descarte na terra: Para o descarte na terra, as águas servidas devem passar pela fossa séptica
e por uma caixa de brita e areia. Após esse pré-tratamento, podem ser aplicadas no terreno por
um sumidouro ou vala de infiltração na forma de espinha de peixe.
No tratamento completo, o esgoto é recolhido Após o tratamento, a água pode ser utilizada em
e centralizado em uma fossa séptica de alto de- irrigação superficial por aspersão ou gotejamen-
sempenho e segue para o reator aeróbico. to excluindo as hortas e frutíferas rasteiras.
Após o trabalho bacteriano, segue para a esteri- Nesse processo, é fundamental o controle da
lização, decantação e filtragem de areia e carvão qualidade da água para se evitar a proliferação
ativado (não obrigatoriamente nessa ordem). de patogênicos.
[ 24 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
Uma variação possível, quando se dispõe de áreas maiores, é, após o trabalho bacteriano no re-
ator, seguir com a água para o chamado Tratamento por Zonas de Raízes, que se caracteriza por
um tanque com várias camadas de argila expandida, areia e terra, no qual são cultivadas plantas
aquáticas que completam o trabalho bacteriano com microrganismos eficientes localizados nas
suas raízes.
As plantas aquáticas vão também retirar o excesso de nitrogênio presente na água, que é utili-
zado na sua própria nutrição.
Microrganismos eficientes: são considerados microrganismos eficientes as bactérias e fungos
que auxiliam a decomposição da matéria orgânica, a fixação do nitrogênio no solo, as funções
vitais como a digestão e absorção de nutrientes e o controle dos microrganismos patogênicos.
As águas cinzas são aquelas derivadas dos Quando utilizadas na lavagem de automóveis,
chuveiros, lavatórios de banheiro, banheiras, as águas cinzas devem ser tratadas por um pro-
tanques, máquinas de lavar roupas e lavagem cesso que, além da filtragem, promova a retira-
de automóveis, sejam de uso doméstico ou co- da dos produtos saponáceos agregados e óleo,
mercial. e proceda também a uma desinfecção final.
É recomendado que as águas cinzas tratadas O reúso das águas cinzas com lançamento dire-
sejam utilizadas prioritariamente na irrigação to no vaso sanitário só é recomendado quando
e na lavagem de pisos e calçadas. Quando o a água a ser reusada venha exclusivamente das
sistema permitir o contato humano com a água máquinas de lavar roupa, em circuito fechado,
de reúso, a mesma deverá ser desinfetada com e seja devidamente tratada para se retirar o ex-
cloro ou por meio de raios ultravioleta. cesso de saponáceos.
[ 25 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
Para se montar um sistema eficiente de reúso das águas cinzas para irrigação, é necessário:
1. Na fonte do insumo, separar as águas cinzas das águas negras por tubulações independentes;
2. Definir e instalar o equipamento de tratamento para as águas cinzas;
3. Prever um sistema de irrigação adequado;
4. Direcionar as águas cinzas tratadas para o sistema de irrigação.
As águas da chuva podem ser aproveitadas para os usos não potáveis da edificação. Para tanto,
o projeto de instalações hidráulicas deve prever a separação das águas em pelo menos dois
reservatórios – um para água potável e outro para água não potável.
recarga
de aquíferos
A
recarga dos aquíferos é uma das soluções indicadas para a redução dos impactos nega-
tivos do excesso de chuvas nas regiões urbanas.
Esse impacto ocorre em função de a urbanização recente de nossas cidades ter acarretado uma
excessiva área impermeabilizada com construções e calçamentos, que impedem a necessária
absorção das águas pluviais pelo solo.
A recarga pode ocorrer de duas maneiras principais: bacias de infiltração e valas de infiltração.
[ 28 ]
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A
cobertura verde é uma solução para
o plantio no fechamento superior
das edificações (lajes e telhados).
Instalação in loco
Os componentes são instalados
no local, por meio de camadas fi-
xas que permitem o perfeito de-
sempenho do conjunto.
Instalação modular
Os componentes são instalados
em módulos mediante estruturas
especiais, possibilitando a cria-
ção de um colchão de ar entre
as placas de plantio e a laje im-
permeabilizada. Nesse sistema,
os módulos podem ser retirados
para manutenção e substituição.
[ 29 ]
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Aveolar Simples
Tecgarden
Benefícios
1. Ameniza a incidência das ilhas de calor no meio urbano devido às propriedades ambientais
da vegetação, tais como: a retenção de umidade e o sequestro de CO2;
2. Retarda e cria uma reserva de água da chuva para o aproveitamento;
3. Reduz a quantidade e velocidade das águas liberadas nas calçadas, reduzindo as enchentes;
4. É um excelente recurso para a climatização natural dos edifícios;
5. É uma alternativa para a produção de alimentos no ambiente urbano.
[ 30 ]
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Irrigação
A
economia no consumo de água necessária à manutenção de áreas
verdes é determinada, em grande parte, pela eficiência do sistema
de irrigação adotado.
Irrigação subterrânea:
Na irrigação subterrânea, todos os componentes dos sistemas estão enterrados e a água per-
cola através de mangueiras especiais (que liberam água em toda a sua extensão) ou gotejado-
res que possuem proteção contra entupimento.
Esse é um sistema com poucas perdas, mas que apresenta dificuldades de manutenção se não
for bem projetado e dimensionado. É o ideal para a irrigação de hortas e pomares.
[ 31 ]
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aquecimento
de água
A
quecimento solar de água: O sistema de aquecimento solar da água consiste basica-
mente de um conjunto de placas solares instaladas na cobertura e orientadas correta-
mente para a coleta da maior quantidade possível de radiação solar, um reservatório
(boiler) devidamente isolado para a retenção do calor gerado e um conjunto de tubulações
adequadas com capacidade, resistência e isolamento necessários para a distribuição da água
quente, além do sistema auxiliar de aquecimento.
Quando o sistema de aquecimento solar opera pelos mecanismos naturais de movimentação
da água por meio do termo sifonamento, é chamado de Sistema Passivo. Quando o Sistema
Passivo não atende de forma eficiente a movimentação efetiva da água pelos componentes,
exigindo-se uma bomba hidráulica auxiliar, temos o chamado Sistema Ativo.
[ 33 ]
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Energia
Geração de energia fotovoltaica:
A
geração de energia elétrica pelo processo fotovoltaico tem alcançado, nos últimos anos,
uma posição relevante entre as opções de geração de energia alternativa, principalmen-
te pelo fato de que é bem simples a montagem e instalação de um sistema de geração
básico e o insumo da geração, o sol, está disponível em abundância em todo o território.
Por outro lado, essa tecnologia se apresenta viável quando atende a obras executadas em lo-
cais de difícil acesso, tais como as construções de pontes, estradas e obras temporárias, ou ao
atendimento de comunidades instaladas em locais remotos, não atingidas pela rede elétrica
convencional, nas quais o custo de implantação da rede elétrica por habitante se torna inviável.
1. Fonte geradora composta de placas fotovoltaicas que produzem energia a partir do sol;
2. Controlador de carga e descarga;
3. Inversor que transforma a energia de corrente contínua gerada em corrente alternada;
4. Conjunto de acumuladores de energia ou conexão com a rede da concessionária fornecedo-
ra de energia elétrica.
Dois sistemas distintos podem ser instalados para a geração de energia fotovoltaica:
• Sistema autônomo
• Sistema interligado.
O processo fotovoltaico ocorre quando a célula solar, que é fabricada a partir de um semicon-
dutor processado (o mais comum é o silício), é bombardeada pelos fótons presentes no raio
solar. Essa interação faz com que os elétrons livres presentes no semicondutor se movimentem
e migrem entre as camadas da célula solar, gerando uma corrente elétrica, que é a energia uti-
lizável na prática.
Geração de
energia solar
termomecânica
A
geração solar termomecânica funciona a partir da con-
centração solar através de espelhos em um tubo cris-
talino onde circula o líquido, que é aquecido a altas
temperaturas e direcionado a um trocador de calor que produz
vapor d’água, que, por sua vez, aciona uma turbina geradora.
Geração
de energia
eólica
Na geração eólica, são utilizadas turbinas que geram energia a partir do vento.
Alguns desafios devem ser enfrentados para a sua viabilidade: adequação dos
modelos de turbinas à geração com os ventos urbanos, tamanho da turbina
compatível com a morfologia das cidades, minimização do barulho gerado com
o giro das hélices e proteção para evitar a morte dos pássaros.
[ 38 ]
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Ambientes
energeticamente
eficientes
A
manutenção de um ambiente confortá- de fachada e materiais, recursos de ventilação,
vel mediante controle efetivo do calor e refrigeração e aquecimento passivos e uso de
da ventilação (climatização natural) é a vegetação.
condição fundamental para se ter um edifício
eficiente (eficiência energética) em termos de As diretrizes bioclimáticas são proposições ge-
seu consumo de energia. Isso ocorre principal- rais que norteiam as decisões de projeto e ge-
mente devido à economia proporcionada pela ram as soluções bioclimáticas, que são recursos
diminuição do uso de equipamentos de clima- arquitetônicos criados para cumprir as diretri-
tização energeticamente dispendiosos. zes.
Eficiência energética é a obtenção do máximo Essas diretrizes são propostas a partir do estu-
benefício de um equipamento ou sistema com do dos elementos e fatores climáticos.
o mínimo de gasto energético. A definição das diretrizes é apoiada ainda pelo
A climatização natural dos ambientes é conse- estudo e compreensão das chamadas cartas
guida com um rigoroso estudo climático da re- bioclimáticas.
gião em que será construído o edifício, tanto As cartas bioclimáticas são diagramas que re-
do macroclima quanto do microclima. lacionam as informações da umidade relativa,
A partir do estudo climático são traçadas as a razão de umidade, a temperatura de bulbo
diretrizes bioclimáticas do projeto, que se con- seco e a temperatura de bulbo úmido, nas
cretizam em soluções de projeto que agrega, quais são lançados os dados climáticos diários
além das soluções formais, a escolha de cores do local estudado.
[ 39 ]
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Ambientes
energeticamente
eficientes
O
resultado da análise dos dados na carta possibili-
ta a elaboração de estratégias de projeto, consi-
derando as nove zonas de atuação:
Ambientes
energeticamente
eficientes
Ambientes
energeticamente
eficientes
3. Utilização de sistemas passivos de climatização tais como: paredes ventiladas,
ventilação por efeito chaminé e coberturas verdes;
[ 42 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
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Ambientes
energeticamente
eficientes
4. Utilização de equipamentos e sistemas de climatização ativos com baixo
consumo de energia tais como os equipamentos de resfriamento evaporativo.
Ambientes
energeticamente
eficientes
6. Projeto luminotécnico que leve em conta
as necessidades exatas dos ambientes e das tarefas executadas
7. Utilização de lâmpadas de
baixo consumo energético como
as fluorescentes e LED (Light Emit-
ting Diode) luminárias e reatores
com alta eficiência e equipamen-
tos economizadores como os sen-
sores de presença, controladores
de luminosidade (dimmer) e con-
troladores de tempo (timer).
[ 44 ]
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Ambientes
energeticamente
eficientes
Os LEDs (Light Emitting Diode) ou diodos emissores de luz, são componentes utiliza-
dos em luminotécnica que iluminam com baixo consumo de energia.
Podem funcionar com baixas tensões, como as geradas por sistemas fotovoltaicos (12v),
ou tensão da rede elétrica (110 ou 220v), propiciando uma grande variedade de usos.
A variação ocorre também com as cores, pois os LEDs emitem luzes coloridas sem a
necessidade de filtros.
[ 45 ]
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Automação e
Controle da Iluminação
para Eficiência Energética
[ 46 ]
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Controle e
Monitoramento da
Qualidade Ambiental
Interna do Ar
[ 47 ]
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aquecimento
Passivo
[ 48 ]
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Materiais
A
avaliação do potencial e a consequente escolha baseada em
critérios sustentáveis pode ser uma tarefa complexa que
exige o desdobramento de todo o ciclo de produção, apli-
cação e uso do material de construção.
Para efeito de análise, os critérios de ava- Uma matriz é uma representação gráfica
liação de materiais sustentáveis podem bidimensional que auxilia na avaliação
ser reunidos em sete categorias: quantitativa de qualquer fenômeno e nela
são relacionados os elementos e suas pro-
• Natureza do insumo; priedades.
• Impacto ambiental direto;
Na avaliação da matriz, são estabelecidos
• Energia incorporada; os quesitos que são os itens a serem ava-
• Ciclo de vida; liados, que podem ser os itens ambientais
• Função social; ou outros de escolha do avaliador.
• Custos; Para a avaliação, são estabelecidos dois
• Propriedades bioclimáticas. critérios: a pontuação e o peso.
Uma maneira prática de se obter uma ava- O valor final da avaliação é o somatório
liação criteriosa da escolha do material de todos os valores dos quesitos (após a
para a aplicação no projeto sustentável é multiplicação da pontuação pelo peso) e
por intermédio de uma matriz de avalia- dá a posição relativa do material em com-
ção de materiais. paração aos outros materiais estudados.
[ 49 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
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Gestão de resíduos
durante o canteiro
de obra
I
ntegrar a edificação ao terreno, mini- • Favorecimento da triagem dos resíduos
mizando cortes; utilizar a terra decor- na fonte geradora, durante a execução;
rente de movimentações (cortes e ater-
ros) no próprio terreno; compreender as • Reúso e reciclagem dos resíduos pro-
atividades de gerenciamento de resíduos venientes dos materiais e sistemas cons-
no canteiro de obras e avaliar oportuni- trutivos no próprio empreendimento,
dades de facilitá-las por meio do projeto, durante a fase de execução, evitando o
considerando os seguintes aspectos: transporte dos mesmos e, após o esgo-
tamento dessas possibilidades, buscar as
• Monitoramento da geração de resíduos alternativas no município ou outros pró-
dos materiais e sistemas construtivos na ximos a ele; a não destinação de resídu-
fase de execução; os reutilizáveis ou recicláveis para aterros
sanitários.
• Minimizando o desperdício;
[ 50 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
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Gestão de resíduos,
lixo orgânico, reciclável
e não reciclável durante
o uso da edificação
O
lixo urbano se apresenta como um dos menos uma parte do dia, ventilação adequada,
maiores problemas a serem enfrentados possibilidade de acessar a parte inferior para a
pelas cidades contemporâneas. coleta do composto e um coletor e armazenador
Paradoxalmente, a solução é simples, pois de- de chorume.
manda somente a correta separação do lixo O desempenho do sistema pode ser otimizado
(orgânico, reciclável e não reciclável) e o proces- e acelerado com a aeração do composto feita
samento imediato e local do que pode ser trans- manualmente, revolvendo o composto ou artifi-
formado com reciclagem e a compostagem. cialmente por intermédio de um soprador de ar
A compostagem é a transformação da matéria intermitente.
tendo como insumo o material orgânico e pro- Uma composteira de tamanho médio com 5 m³
duto final um composto rico em nutrientes utili- produzirá, já contabilizadas as reduções do volu-
zado como adubo vegetal. Essa decomposição me da matéria, 8.000 litros de composto ao ano e
é executada por bactérias que processam o insu- terá o retorno do investimento em 3,4 anos (não
mo em ambiente prioritariamente aeróbico. considerando os aumentos das tarifas acima da
O processo de transformação por compostagem inflação e o custo financeiro do investimento
necessita basicamente de uma câmara fechada, aplicado) ou 4,66 anos (considerando as varian-
localizada de forma a receber o sol durante pelo tes de aumento de tarifa e aplicação).
[ 51 ]
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Compatibilização
dos projetos
A
compatibilização de projetos é fundamental
para evitar erros devido a interferências en-
tre projetos das diferentes especialidades e
minimizar o retrabalho, reduzindo prazos de projeto
e execução, desperdícios e custos.
O BIM como
principal ferramenta
de compatibilização
O
BIM (Building Information Mo- informações a qualquer momento da
deling), conceito originado vida do empreendimento e, ainda, ve-
nos anos 1980, mas populari- rificar interferências, testar alternativas
zado só nos anos 2000, permite o ar- de projeto e ensaiar o comportamen-
mazenamento e o compartilhamento to do modelo sob a ação de diversos
dos dados referentes ao projeto em um agentes.
único modelo, que pode ser acessado O processo possibilita a verificação da
e modificado a qualquer momento por execução construtiva das soluções, evi-
qualquer integrante do processo, man- tando erros e desperdícios. O BIM pos-
tendo-o sempre atualizado. sibilita testar a construção antes que ela
Com o BIM , o edifício passa a ser uma se inicie.
miniatura virtual da construção onde Uma das características positiva do sis-
paredes possuem todos os elementos tema é a atualização automática das
e componentes reais como parâmetros. plantas perante quaisquer modifica-
É uma unidade fiel da construção e por ções em elementos de projeto, reduzin-
isso mensurável. do desperdícios, erros e omissões, pro-
A modelagem BIM é uma construção porciona a previsibilidade de custos e
virtual do objeto arquitetônico. Com desempenho, consentindo maior liber-
estas construções fiéis nos diversos dade e tempo para a experimentação
estágios do projeto, é possível quan- de alternativas de projeto e aprimora os
tificar, planejar, coordenar e recuperar resultados finais.
[ 54 ]
Passo a passo para criar projetos de casas sustentáveis
em “Steel Frame” e “Container”
Conclusão
E
sse e-book foi feito com muito carinho, para demonstrar um pouco do con-
teúdo do nosso curso On Line que é completo! As informações contidas
neste e-book podem lhe ajudar a entender mais sobre arquitetura susten-
tável, mas são apenas o básico da arquitetura sustentável. Se você quer se tornar
um especialista certificado em arquitetura sustentável faça o nosso curso Arquiteto
Sustentável.
É importante salientar que este e-book foi criado para ser utilizado em conjunto
com os check lists e blocos que estão disponíveis nos links abaixo:
Agradecimento
Primeiramente gostaria de agradecer a você leitor por ter disponibilizado parte do
seu tempo a leitura deste e-book. Espero que tenha atingido as expectativas de
você leitor tanto quanto a satisfação que tive em escrevê-lo.
Gostaria de convidá-lo a partilhar desse conhecimento com seus colegas arquite-
tos e participar de nosso curso EAD.
Nosso objetivo é torná-lo um Arquiteto Sustentável reconhecido e certificado e
fomentar as boas práticas de uma arquitetura sustentável.
Saiba que estamos desejando a mais verdadeira sorte nesta jornada sustentável e
se precisar solucionar alguma dúvida, é só encaminhar um e-mail para contato@
arquitetosustentavel.com.br que responderemos todas as questões referente ao
e-book.
Um abraço sustentável!
Elton Lira
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REFERÊNCIAS
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e reúso da água em edificações. Disponível habitacaosustentavel.pcc.usp.br/pdf/D1-6_canteiro_
em: <http://www.ana.gov.br/bibliotecavirtual/ de_obras.pdf>. Acessoem: 10 jun. 2010.
arquivos/20061127112009_Conservação%20e%20
reuso.pdf>. Acesso em: 10 jun. 2010. CARVALHO,G. Estação solar de aquecimento de
água. Téchne, São Paulo, edição 146, ano 17, p. 77-80,
maio 2009.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ESCRITÓRIOS
DE ARQUITETURA. Grupo de Trabalho de
Sustentabilidade. Recomendações básicas de VIGGIANO, M. Compostagem: solução prática
sustentabilidade para projetos de arquitetura. para o problema do lixo urbano nos pequenos
Disponível em: <http://www.cbcs. e grandes centros. Sistemas prediais, São
org.br/comitestematicos/projeto/artigos/ Paulo, edição 10, p. 22-26, nov. 2008. Disponível
recomendacoes_basicas-asbea. php?>. Acesso em: em: <http://www.nteditorial.com.br/revista/
10 jun. 2010. Materias/?RevistaID1=7&Edicao=61&id=922>.
Acesso em: 11 jun.2010.
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