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ITABUNA-BA
2019
LUIZ ANTONIO SANTANA SOUZA
ITABUNA-BA
2019
RESUMO
The projects necessary for the execution of a development in CAD system that
generate many interferences due to restricted problems of space vision and volume
information to be verified. With the technological advance in the construction sector
and the search for competitiveness the traditional way of drawing, which is susceptible
to failures and inconsistencies in the work, it is going through for a substitution by
insertion of new technologies. Compatibilization is an essential step in the
management and planning for construction, guiding to discovery problems in the
construction process before beginning the construction work, avoiding rework and
ensuring the expected term and costs. Therefore, the actual research aims to quantify
the interferences between the architectural, structural, hydraulic and sanitary projects,
elaborated in CAD with the use of software that have a BIM concept. In order to achieve
the results, interferences were verified with the Navisworks, helping the Revit patterned
projects for a single-family dwelling with two decks initially developed in the CAD
system. The tests of the tool clash detection proved that a project developed in CAD
system has a large number of interferences that can interfere in the execution of the
construction, and BIM model can facilitate the visualization of these nonconformities
and possible corrections.
1. INTRODUÇÃO 7
Problema 8
Justificativa 8
Objetivos 9
1.3.1 Objetivo geral 9
1.3.2 Objetivos específicos 9
2. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO 10
Projeto 10
Compatibilização de projetos 12
O que é BIM? 14
Benefícios do BIM 15
Revit 17
Navisworks 18
3. METODOLOGIA 19
Materiais e métodos 19
Procedimento analítico 19
3.2.1 Projeto Estrutural 20
3.2.2 Projeto Arquitetônico 21
3.2.3 Projeto Hidrossanitário 22
3.2.4 Analise de interferências 23
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 25
Projeto arquitetônico versus projeto estrutural 26
Projeto arquitetônico versus projeto hidrossanitário 28
Projeto estrutural versus projeto hidrossanitário 30
Outras Interferências 37
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 38
REFERÊNCIAS 39
ANEXOS 42
1. INTRODUÇÃO
Problema
Justificativa
8
projeto, melhorando assim a qualidade deste e das informações que devem chegar
as etapas de orçamento e execução da obra.
Objetivos
9
2. REFERENCIAL BIBLIOGRAFICO
Projeto
Figura 1 - Relação entre o ciclo de vida do projeto e o nível de influência dos projetistas.
10
Durante o andamento do projeto, a influência do projetista diminui, enquanto o
efeito do custo aumenta (figura 1). Assim, o ideal é que nos estágios iniciais do projeto
haja uma maior comunicação e troca das informações, integrando conhecimento e
experiência dos gerentes de construção e projetistas, eliminando o redesenho e
retrabalho em canteiros de obras (ZOLFAGHARIAN et al., 2012).
No gráfico apresentado na figura 2 demonstra que se houver um maior
investimento na fase inicial, para permitir um maior desenvolvimento do projeto pode
levar a redução dos custos totais de uma obra (MELHADO, 1994).
11
Compatibilização de projetos
COMPATIBILIZAÇÃO
COMPATIBILIZAR INTEGRAR
AVALIAR Compatibilização nas fases
Avaliação das soluções Integração dos projetos,
de estudos preliminar,
propostas das soluções e das
anteprojeto e projeto
especificações técnicas.
executivo
12
Logo, a compatibilização surge como a ferramenta extremamente vantajosa e,
encarregada por descobrir os problemas antes do início da execução da obra, nos
estudos preliminares. Permite então, analisar as soluções propostas, ainda na fase de
projeto, prevenindo retrabalhos por inconsistência de projetos, assegurando o
cumprimento de prazos e custo.
Para constatar a compatibilidade entre os projetos de diversas áreas, antes
empregava-se o uso da técnica de sobreposição, sendo uma das práticas mais
antigas e usuais para identificação de não conformidades.
Segundo Bellan (2009), na sobreposição de projetos posiciona um desenho
sobre o outro, em seguida é realizada a averiguação, quadrante por quadrante, de
prováveis interferências nos projetos. Estas assim que detectadas são corrigidas. Esta
técnica pode ser realizada através de desenhos feitos em papel ou em arquivo
eletrônico. Usa-se o checklist como base, para que nenhuma falha escape, sendo
possível basear-se em listas anteriores, reduzindo o risco de passar alguma
interferência.
A ferramenta de sobreposição de desenhos no conceito 2D é ultrapassado, uma
vez que disponibiliza uma série de limitações ao processo, tal como problemas de
visão espacial restrita, transformando-se uma possível fonte de erros de
construtibilidade, especificação e compatibilização (FERREIRA & SANTOS, 2007).
Contudo, existe no mercado softwares que possibilitam a integração de modelos
em três dimensões (3D), permitindo a identificação de interferências físicas de forma
mais clara. Existe uma grande expectativa neste nicho do mercado de projetos, que
aposta na conexão natural dos diferentes sistemas presentes em um empreendimento
(BORGES, 2019).
A criação do conceito BIM é um grande avanço na resolução de múltiplos
problemas na construção civil, pois permite a interação de vários projetos, avaliando
tridimensionalmente e organizando-os, fazendo com que os elementos estejam
harmonicamente no mesmo espaço. Esse é um grande diferencial em relação a
plataforma CAD, que desenvolve apenas uma representação em linhas do desenho.
13
O que é BIM?
14
No Reino Unido a utilização do BIM é obrigatório em todas as obras públicas,
sendo um dos países mais avançados na utilização e padronização do processo. De
acordo com o relatório do Governo do Reino Unido, o programa BIM tem contribuído
para a economia recorde de 2,2 bilhões de libras entre 2013 e 2015. Atingindo a meta
da Estratégia de Construção do Governo de 2011 de economizar 25% sobre o custo
dos projetos de capital do setor público, o BIM é reconhecido como uma ferramenta
importante para ajudar a indústria da construção a continuar a reduzir os custos e a
aumentar a rentabilidade (BSI, 2018).
No Brasil o BIM ainda é pouco difundido, exemplo disso é a falta de normas e
regulamentação ao uso deste processo. Alguns dos poucos documentos que norteiam
são: o Caderno de apresentação de projetos BIM elaborado pelo Secretaria do
Planejamento do Governo Estadual de Santa Catarina; Guia da AsBEA (Associação
Brasileira dos Escritório de Arquitetura) - Estruturação do escritório de projeto para a
implantação do BIM; e a Coletânea de Implementação do BIM para Construtoras e
Incorporados da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção).
Benefícios do BIM
15
Figura 4 - BIM e o ciclo de vida de uma edificação
16
demandam tempo e custos, ou ainda, que podem paralisar a execução do
empreendimento, gerando assim retrabalhos e consequentemente menos lucro.
Revit
Navisworks
18
3. METODOLOGIA
Materiais e métodos
Procedimento analítico
19
Figura 6 - Navegador de Projeto com as vistas de cada projeto.
20
Figura 7 – Perspectiva 3D modelo estrutural.
21
Figura 8 – Perspectiva 3D modelo Arquitetônico.
22
Para as tubulações de esgoto o lançamento foi feito de acordo com as
inclinações indicadas no projeto partindo dos equipamentos hidráulicos até as caixas
de inspeção e caixas de gordura.
Com o modelo pronto e todos os projetos ativos em uma vista 3D, esta foi
exportada para o Navisworks pela opção ferramentas externas na aba suplementos.
Já no aplicativo de análise de projetos foram quantificadas e analisadas as
interferências por meio da ferramenta clash detection. Os componentes dos projetos
aparecem devidamente categorizados (Figura 4). Para que a análise fosse realizada
em pares de projetos, foram selecionados os componentes de acordo com sua
categoria, por exemplo, arquitetônico versus estrutural, arquitetônico versus
hidrossanitário, estrutural versus hidrossanitário e no decorrer da modelagem foram
observadas interferências entre tubulações, fazendo necessário a verificação
hidrossanitário x hidrossanitário.
Na seleção dos elementos para rodar o teste de interferência foram considerados
aqueles que pudessem levar a grandes modificações e/ou prejuízos na hora da
execução. Para o arquitetônico foram selecionadas paredes, portas, janelas, paredes
23
cortina (que neste projeto foram criadas para representar as esquadrias de alumínio
e vidro) e telhados. Para o estrutural foram considerados as sapatas (fundações
estruturais), pilares, vigas (quadro estrutural), escada e as lajes. Já para o
hidrossanitário foram selecionados os elementos de acessórios de tubo, conexões de
tubo, e tubulação (agua fria, esgoto, ventilação e aguas pluviais).
A análise de interferências do Navisworks é muito mais completa que a nativa
do Revit, permitindo a configuração de algumas regras de checagem para maior
confiabilidade nos testes. Neste estudo apenas foi configurado a tolerância de um
centímetro entre os elementos e o tipo de incompatibilidade Hard que detecta as
intersecções reais entre as geometrias (Figura 10).
24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
25
Projeto arquitetônico versus projeto estrutural
26
Figura 12 - Detalhe de Viga sobrepondo uma porta
Viga
Esquadria
Viga
Esquadria
a) b)
Tubulação
Parede
a) b)
28
Figura 15 - Detalhe de Tubulação atravessando janela.
Tubulação
Janela
Pilar
29
Figura 16 - Vistas isométricas de prumadas aparentes.
30
perpendiculares o profissional deveria ter visto a possibilidade de criação de shafts
para passagem das tubulações.
Tubulação
Laje
a) b)
Fonte: Dados da pesquisa (2019)
Tubulação
Pilar
31
Praticamente metade das intersecções das tubulações com pilares, foram
tubulação de aguas pluviais ou de esgoto com diâmetros variando entre 75 e 100mm
e pilares vindos da fundação (Figura 18). Estas poderiam ser revolvidas verificando a
possibilidade da mudança de posicionamento das linhas de tubulação, segundo
Mesquita et al. (2018) este tipo de interferência não é previsto em norma e a forma de
solucioná-lo seria alterar o trajeto da tubulação, ou seja, adicionar mais conexões para
desviar dos pilares, o que, possivelmente, diminuiria a pressão da água na tubulação
e aumentaria o gasto de materiais. Assim, Pittigliani (2018) conclui que a utilização do
BIM para a compatibilização tem um impacto significativo no orçamento, uma vez que
se o projeto é compatibilizado em um ambiente bidimensional, é muito mais propenso
a erros, indefinições e consequentemente, a um aumento maior nos custos. Caso não
se compatibilize um projeto através da plataforma BIM, quanto mais tarde se percebe
uma interferência em obra, mais onerosa é sua solução.
Durante a análise minuciosa das interferências entre as disciplinas deste tópico,
foi verificada uma interferência que não foi computada pelo teste e que observada
durante a modelagem dos projetos, como está demonstrada na figura 19 a tubulação
de agua fria do chuveiro foi projetada embutida dentro de um pilar, é possível que o
software não tenha encontrado pois este considera as faces do elemento e o seu
interior vazio, assim o tubo de 25mm não efetua intersecção com o pilar,
demonstrando um problema que pode causar transtornos na obra para embutir essa
tubulação em um pilar concretado.
32
Figura 19 - Detalhe da tubulação de agua fria dentro do pilar
Tubulação
Pilar
33
Figura 20 - Detalhe de Tubulação de 75mm de aguas pluviais transpassando uma viga
baldrame
Tubulação
Vigas Baldrames
Apesar de ser muito comum em obra este tipo de situação, esses furos feitos na
direção da largura da viga deverão ter uma distância à face mais próxima de no
mínimo 5cm e duas vezes o cobrimento previsto para a face, e para que esses furos
dispensem verificação deverão ter as seguintes condições: furos em zona de tração e
a uma distância da face do apoio de no mínimo 2 h, onde h é a altura da viga;
dimensão do furo de no máximo 12 cm e h/; distância entre faces de furos, em um
mesmo tramo, de no mínimo 2 h (NBR 6118, 2014).
Outra incompatibilidade comum encontrada em obras são as passagens da
tubulação pelas vigas da superestrutura, neste estudo também foram encontradas
passagens na vertical (perpendicular à altura). No presente teste foram observadas
apenas passagens de tubulação na vertical como pode ser observado na figura 21.
Quando não se trabalha com shafts a solução é passar os tubos pelas vigas, isso
acontece sempre, porem tudo deve ter um dimensionamento. Com a modelagem
virtual tridimensional, pode-se buscar corrigir erros que, caso passassem
despercebidos e fossem levados ao canteiro, poderiam atrasar o fluxo de trabalho ou
ainda serem corrigidos de maneira não-otimizada, gerando assim um possível
desperdício de material e mão-de-obra (FLORES, 2017).
34
Figura 21 - Passagem vertical de tubulação pela Viga
Tubulação
Viga
35
As vigas deste projeto possuem 12 e 14 centímetros de espessura, os furos
possíveis nestas vigas só poderiam ter entre 20mm e 40 mm respectivamente, de
acordo com a primeira regra da norma, e de acordo com a dimensão máxima de 40mm
e 46mm respectivamente. Contudo a maioria das passagens verticais nas vigas são
por tubulações acima de 50mm estando completamente fora de norma, sendo
necessário a revisão dos projetos, tanto para possível reposicionamento de prumadas
ou recalcular estrutura considerando os furos necessários. A redução da seção,
principalmente de vigas e pilares, pode acarretar em diminuição do seu desempenho
estrutural, obrigando que um novo dimensionamento seja feito a fim de aumentar a
seção das estruturas para compensar essa diminuição (BORTOLOTTO, 2014).
Levando em consideração que este tipo de tubulação geralmente é instalado
após concretagem das vigas, essas incompatibilidades poderiam ocasionar
problemas graves de execução, como por exemplo, uma tubulação que o diâmetro é
da dimensão da espessura da viga e que se lançada dessa forma dividirá a viga em
duas partes após corte para passagem do tubo (figura 23).
Figura 23 - Passagem vertical de tubulação de 150mm por uma viga de seção retangular
14x50cm
Tubulação
Viga
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Outras Interferências
a) b)
37
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
38
REFERÊNCIAS
BSI, British Standards Institution. Guide of Level 2 BIM. United Kingdom, 2018.
Disponível em: http://bim-level2.org/globalassets/pdfs/uk-guide-chapter-1-
introduction.pdf Acesso em: 17/ABR/2019.
39
EASTMAN, C.; TEICHOLZ, P.; SACKS, R.; LISTON K. BIM handbook: a guide to
building information modeling for owners, managers, designers, engineers and
contractors. 2nd ed. Hoboken, New Jersey, 2011.
LLOYD'S REGISTER. Are you BIM ready? London, United Kingdom, 2018.
Disponível em: https://www.lr.org/en/construction-industry/building-information-
modelling-bim/are-you-bim-ready/ Acesso em: 17/04/2019.
40
NIBS, National Institute of Building Sciences. About the national BIM standard-
united states. Washington, DC, 2018.
QUIRK, V. "A Brief History of BIM " 07 Dec 2012. ArchDaily.. Disponível em:
<https://www.archdaily.com/302490/a-brief-history-of-bim/> ISSN 0719-8884. Acesso
em: 17/04/2019.
SOUZA, et. al. Sistema de gestão da qualidade para empresas construtoras. São
Paulo. Pini, 1995.
41
ANEXOS
42
Planta de Locação
43
Planta de Forma (Laje)
44
Projeto Arquitetônico - Superior
45
Projeto Hidráulico – Superior
46
Vistas Isométricas Hidráulica - Térreo
47
Projeto Sanitário – Térreo
48
Exemplo do relatório de interferências gerado pela ferramenta clash detection do
Navisworks
49