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UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR

Curso de Engenharia Civil - Campus Umuarama

APLICABILIDADE DO CONCEITO BIM NA MANUTENÇÃO PREDIAL


DE UM EDIFICIO
APPLICABILITY OF THE BIM CONCEPT IN THE MAINTENANCE OF A BUILDING

1
Camila Ferreira de Lima, 1Ana Lígia Pelegrini Ferrari, 2André Kazuhiro Shiotani
1
Discente de Engenharia Civil, UNIPAR
2
Docente do Curso de Engenharia Civil na Universidade Paranaense – UNIPAR

Resumo

Devido ao rápido desenvolvimento da construção civil, torna-se necessário a utilização de mecanismos


práticos e mais rigorosos para atuar durante todo o ciclo de vida das construções, com o objetivo de
manter os edifícios em boas condições de funcionamento atraves da manutenção, essa que deve ser
considerada em todas as etapas da obra, desde o projeto e construção até a demolição. Atualmente a
manutenção vem sendo abordada junto à tecnologia, sendo uma dessas o BIM. Essa plataforma tem
ampla capacidade de armazenamento de informações relacionadas à construção, por isso revela-se
uma ótima ferramenta para apoiar ações de manuteção. Existem alguns softwares que auxiliam a
criação de modelos BIM como o Revit, que possibilita que o usuário projete um edifício e seus
componentes em varias dimensões possibilita também à criação de parâmetros que concentrem
informações pertinentes a manutenção. Permitindo o uso de ferramentas para acompanhar as fases do
ciclo de vida da obra. Além do Revit, a ferramenta A360 baseia-se na nuvem, desta forma reunindo
todos os envolvidos no projeto em um só espaço possibilitando uma comunicação mais rápida e
eficiente.
Dessa forma, este trabalho procurou avaliar a aplicação da tecnologia BIM no gerenciamento de
facilidades utlizando o software Revit e A360, desenvolvido um modelo BIM 3D de uma edificação
multifamiliar. Palavras-chave: BIM, tecnologia, manutenção.

Abstract

Due to the rapid development of construction, it is necessary to use practical and stricter mechanisms
to act throughout the construction life cycle, in order to keep buildings in good working order through
maintenance, which should be considered at every stage of the work, from design and construction to
demolition. Currently maintenance is being approached with technology. One such technology is BIM.
This technology has a large capacity for storing construction-related information, so it is a great tool to
support maintenance actions. There is some software that help the creation of BIM models such as
Revit, which allows the user to design a building and its components in various dimensions also allows
the creation of parameters that concentrate information relevant to maintenance. Allowing the use of
tools to track the life cycle stages of the work. In addition to Revit, the A360 tool is cloud based, thus
bringing all project stakeholders together in one space for faster and more efficient communication. This
work sought to evaluate the application of BIM technology in facility management using Revit and A360
software, developed a BIM 3D model of a multifamily building.

Keywords: BIM, technology, maintenance.

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1. Introdução

Com o avanço da idade dos edifícios e no decorrer do seu tempo de vida útil
surgem problemas em diversas partes da estrutura devido à sua deterioração e
degradação, sendo necessário um acompanhamento criterioso de seus gestores. A falta
de manutenção predial é um problema que pode comprometer a salubridade da
edificação, a perda de desempenho de sistemas construtivos e a segurança e conforto
de seus usuários (SANCHES e FABRICIO, 2009). De acordo com a Norma de
Desempenho, NBR 15575 (2013), o gerenciamento da manutenção consiste em um
fator preponderante na configuração de desempenho nas etapas que abrangem uma
edificação, sendo capaz de cumprir ou até prolongar sua vida útil, bem como de seus
sistemas, refletindo, assim, imediatamente na sustentabilidade no setor da construção
civil.
Segundo Scheer et. al. (2015), a Modelagem da Informação da Construção, ou
BIM (Building Information Model), deve ser entendida como um novo paradigma de
desenvolvimento de empreendimentos de construção envolvendo todas as etapas do
seu ciclo de vida, desde os momentos iniciais de definição e concepção, passando pelo
detalhamento e planejamento, orçamentação, construção até o uso com a manutenção
e mesmo as reformas ou demolição.
O BIM promove a criação de um modelo virtual 3D da edificação, elaborado de
forma digital, além disso, abrange as dimensões 4D, planejamento da construção, 5D,
estimativa de custo, e ainda não há um consenso para o 6D e o 7D. Essa nova
tecnologia possui informações relativas ao gerenciamento das facilidades, ou seja, à
manutenção e operação da edificação, podendo-se controlar a garantia de
equipamentos, planos de manutenção, dados de fabricantes e fornecedores, custos de
operação, entre outros, para uma dada edificação modelada em BIM (MATTOS, 2014).
A fase de maior duração de uma edificação é a fase de uso e operação
(SANCHES e FABRÍCIO, 2009). Zawawi et. al. (2011) afirmam que a gestão da
manutenção é praticada de forma inadequada em grande parte das edificações, o que
provoca impactos negativos nas suas instalações e serviços. O processo atual de
gestão é cansativo, requer tempo e está sujeito a um número maior de erros, que
conduzem a informações inconsistentes ou incompletas (THABET; LUCAS;
JOHNSTON, 2016).
A partir destas considerações, este trabalho pretende demonstrar as
potencialidades da tecnologia BIM na manutenção de edifícios, visando facilitar a
gestão de manutenção, através de um estudo de caso de um edifício multifamiliar na
cidade de Goioerê-Pr.

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2. Revisão Bibliográfica
2.1 Manutenção
2.1.1 Conceito de Manutenção
De acordo com a ABNT NBR 5674 (2012), manutenção é o conjunto de
atividades a serem realizadas para conservar ou restaurar a capacidade funcional da
edificação e de suas partes constituintes, de atender as necessidades e segurança dos
seus usuários.
Sanches e Fabrício (2008) aponta que a não consideração de elementos de
manutenção na fase de projeto ocasionam problemas de desempenho. É importante a
consideração dos requisitos de manutenção em todas as etapas para que sejam
elaborados os documentos e manuais de operação, uso e manutenção da edificação
(SANCHES e FABRICIO, 2009).
Estes autores definem o Projeto para Manutenção como o conjunto de soluções
projetuais focado na otimização dos serviços de manutenção de edifícios, por meio de
um processo de projeto simultâneo e integrado. É composto de diretrizes, soluções e
posturas projetuais incorporadas nas diversas etapas de desenvolvimento do produto.
Atualmente a manutenção vem sendo abordada junto à tecnologia. Na proposta
de Sampaio (2011), os autores utilizaram a tecnologia virtual para discutir a
manutenção. Criou-se um modelo da edificação que possibilitou a transmissão visual e
interativa das informações relacionadas com o comportamento físico dos elementos ao
longo do tempo.

2.1.2 Manutenção de edifício

A manutenção de edifícios se define como sendo toda atividade a ser realizada


para conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de suas partes
constituintes (NBR 5674, 2012). Ao longo do tempo, cada componente da edificação vai
deteriorando, perdendo o desempenho. Quando o componente já não atende à sua
finalidade, este chegou ao fim da sua vida útil, pois atingiu o desempenho mínimo (NBR
15575, 2013). Justifica-se, portanto, a necessidade de prevenir ou corrigir a perda de
desempenho dos seus componentes, a manutenção. Os elementos sofrem deterioração
de forma singular, em maior ou menor grau, dependendo de como foi projetado,
executado, das condições ambientais ou de como está sendo usado (SEELEY, 2005).
Como cada elemento possui características técnicas próprias, cada um também terá
sua própria necessidade e característica de manutenção.
A manutenção de edificações é um tema cuja importância tem crescido no setor
da construção civil, superando gradualmente a cultura de se pensar que o processo
construtivo se limita até o momento da entrega da edificação e entra em utilização (NBR
5674, 2012). Ela pode ser entendida como o conjunto de atividades técnicas,
operacionais e administrativas que garante o melhor desempenho da edificação para
atender as necessidades dos usuários, com confiabilidade e disponibilidade, ao menor
custo possível (GOMIDE, 2009).

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2.1.3 Tipos de Manutenção


A NBR 5462 (1994), define diversos tipos de manutenção, e os principais
encontram-se resumidos no quadro 1.

Tipo de Manutenção Definição

Efetuada em intervalos predeterminados, ou de acordo


Preventiva com critérios prescritos, destinada a reduzir a
probabilidade de falha ou degradação do funcionamento.
Efetuada após a ocorrência de uma pane destinada a
Corretiva recolocar um item em condições de executar uma função
requerida.
Permite garantir uma qualidade de serviço desejada, com
Preditiva base na aplicação sistemática de técnicas de análise,
utilizando-se de meios de supervisão centralizados ou de
amostragem, para reduzir ao mínimo a manutenção
preventiva e diminuir a manutenção corretiva.

Quadro 1 – Principais tipos de manutenção definidos na (NBR 5462(1994)).

A manutenção corretiva é necessária quando o elemento já está em um nível


inferior ao desempenho mínimo e é executada para recuperar a capacidade funcional
do elemento.
E a não planejada engloba as manutenções de emergência, que necessitam de
intervenções imediatas para permitir o desempenho mínimo do ambiente. A atuação da
manutenção preventiva deve superar as desvantagens da manutenção corretiva
(SANCHES e FABRÍCIO, 2008).
Segundo Neelamkavil (2011) existe ainda a manutenção baseada na condição,
onde se racionaliza a prevenção de anomalias e falhas devido ao monitoramento das
variáveis físicas que determinam seus sintomas. Esta abordagem é capaz de reduzir a
incerteza na manutenção, com base nas necessidades indicadas pelas condições dos
elementos.

Figura 1 – Evolução da manutenção (NEELAMKAVIL, 2011)

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A NBR 5674 (2012) traz o conceito da manutenção rotineira, caracterizada por um


constante fluxo de serviços padronizados e periódicos, como a limpeza geral e a lavagem
de áreas comuns. Nota-se, portanto, que essas tipologias, apesar de terem a mesma
finalidade, possuem funções totalmente diferentes, e é necessário avaliar qual delas é a
mais apropriada para cada situação.

2.2 Modelagem da Informação na Construção (BIM)


2.2.1 Definição e características do BIM

Segundo Correa Junior (2011) uma das primeiras definições de BIM foi a que
iniciada por Chuck Eastman no ano de 1994, onde o autor define o BIM sendo o:
―Processo de Gestão de toda a informação produzida e utilizada nas diferentes fases do
ciclo de vida da edificação utilizando um modelo que representa as características
físicas e funcionais dos elementos‖.
O BIM pode ser definido como um processo virtual que engloba todos os
aspectos, as particularidades e os sistemas de uma edificação, por meio de um único
modelo, permitindo a colaboração mais precisa e eficiente de todo o corpo técnico
responsável. O BIM, ao simular a construção em ambiente virtual, sintetiza aquilo que a
engenharia e a arquitetura, bem como a indústria da construção como um todo, têm
buscado nas ferramentas disponíveis atualmente (AZHAR, 2011).

Figura 2 – Ciclo de vida BIM (MARTINI (2018)).

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A definição apresentada por Gerrish et. al. (2017) é a de que o BIM é um processo
sistemático de gerenciamento e disseminação de informações globais e abrangentes,
extraídas a partir de um modelo da construção desenvolvido em um ambiente virtual,
incluindo seu desenvolvimento e sua operação. Para este autor, em linhas gerais, esse
processo serve para trocar, interpretar e gerir dados de forma mais complexa que os
modelos em CAD, abordando múltiplas funções para produzir conteúdo de interesse às
partes envolvidas no processo construtivo e operacional de obras.
O BIM é caracterizado também pela abrangência de suas ferramentas,
distinguidas em dimensões. Há autores que consideram a existência de 6, outros de 7
dimensões, MATTOS (2014) e JUSTI (2017).
O BIM 3D consiste na consolidação dos projetos da obra em um mesmo
ambiente virtual, em três dimensões, e com todos os elementos necessários para sua
caracterização e posicionamento espacial (MATTOS, 2014).
A quarta dimensão, 4D, está relacionada à interação de elementos gráficos da
edificação com informações do tempo e das tarefas a serem executadas na construção,
ou seja, o cronograma da obra (JUSTI, 2017; MATTOS, 2014). Esta ferramenta é
bastante atraente no ponto de vista comercial, visto que o filme torna a construção
visual e, de certa forma, encantadora para os prováveis clientes (MATTOS, 2014).
O BIM 5D traz ao modelo tridimensional as referências de custos, em que cada
elemento ou componente do projeto está vinculado a um valor monetário. Desta forma,
a alvenaria de um determinado pavimento está ligada ao seu orçamento e aos
respectivos insumos e serviços para produzi-la. Ao alterar alguma dimensão do
elemento em planta, é possível atualizar também o orçamento referente a este, evitando
perdas de informações e erros. (MATTOS, 2014; JUSTI, 2017).
Deste modo, BIM não se limita aos níveis 3D, 4D e 5D, acima indicados.
Podendo ser encarado como um sistema de informação, representa a quebra de
paradigma no processo de gestão da manutenção de uma edificação (6D). De forma
complementar aos benefícios nas etapas de concepção e execução de projetos,
Eastman (2014) observou ganhos na etapa de pós-construção com o uso de BIM, tais
como: melhor gerenciamento e operação das edificações e integração com sistemas de
operação e gerenciamento de facilidades.
Por definição, BIM é aplicável a todo o ciclo de vida de um empreendimento,
desde a concepção e a conceituação de uma ideia, para a construção de uma
edificação ou instalação (ou da constatação da necessidade de construir algo),
passando pelo desenvolvimento do projeto e incluindo a construção, e também após a
obra pronta, entregue e ocupada, no início da sua fase de utilização (CBIC, 2016).
Por fim, o BIM 6D envolve o processo de alimentar o modelo virtual com
informações para dar suporte às atividades de uso e manutenção da edificação após
ser entregue (JUSTI, 2017). Ele está associado ao gerenciamento do ciclo de vida de
todos os bens envolvidos na construção, por meio da ferramenta facilities management.
Com ela, é possível controlar a garantia de equipamentos, organizar planos de
manutenção, armazenar dados de fabricantes e fornecedores, além de custos de
operação e fotos (MATTOS,2014).

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3D •Representação

4D •Cronograma

5D •Custos

6D •Gestão de Manutenção

7D •Sustentabilidade

Figura 3 – Os diversos níveis D do BIM (Adaptado BOMFIM (2016).

A sétima dimensão do BIM, o 7D – por vezes é associado também ao 6D. Ele


envolve estudos sobre eficiência e sustentabilidade da edificação, com o
armazenamento de informações sobre os elementos da construção. É possível simular
seu funcionamento quanto ao consumo energético, desempenho térmico, entre outros
(JUSTI, 2017).

2.2.2 Relações Paramétricas


A parametrização da informação é a capacidade de criação de modelos virtuais
que representam exatamente objetos reais. De acordo com Calvert (2013) um aspecto
fundamental do BIM é a relação paramétrica, sendo uma premissa básica de todo o
processo. Ou seja, todo modelo está conectado, integrado e inter-relacionado. Janelas,
portas, paredes e equipamentos não são mais apenas entidades geométricas em um
espaço do desenho, mas sim objetos, aos quais se associam regras e parâmetros (tais
como dimensões, acabamentos, fornecedores, custos, vida útil, etc.) (EASTMANN et.
al. 2014).

2.2.3 Interoperabilidade

Figura 4 – BIM Interoperabilidade (DURZO (2017))

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2.3 Gestão de Facilidades

Para alguns autores como Oliveira, Scheer e Tavares (2015), a sexta dimensão
BIM representa o facilities management, ou seja, o gerenciamento do ciclo de vida da
edificação, compreendendo a gestão de facilidades, operação e manutenção do
empreendimento. Mattos (2014) comenta que com o BIM 6D pode-se controlar a
garantia dos equipamentos, dados dos fabricantes, custos de operação, realizar planos
de manutenção e também gerenciar documentos e fotos.
O International Institute Facility Management – IFMA (2016) assim descreve FM
―Gestão de instalações é uma profissão que abrange várias disciplinas para garantir a
funcionalidade do ambiente construído através da integração de pessoas, lugar,
processos e tecnologia‖.

2.4 Revit

No ano de 1997, segundo Cardoso et. al. (2013), um grupo de graduandos do


Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em juntamente com ex trabalhadores da
empresa de softwares Parametric Technologies Corporation (PTC), criaram a empresa
Revit Technologies Corporation, a qual inovou o mercado com a incorporação do Revit.
Este indica um diferencial por ser o primeiro software de modelagem de edifícios
paramétricos no mercado.
Em 2002, a Revit Technology Corporation foi comprada pela Autodesk. Este
software foi feito especificamente para contribuir na qualidade e eficiência dos projetos
em BIM; retratando versões do aplicativo para projetos de arquitetura, hidrossanitários,
elétricos e estruturais sendo estes Autodesk Revit Architecture, Autodesk Revit MEP e
Autodesk Revit Structure, respectivamente (CARDOSO et. al. 2013).
O Revit possibilita que o usuário projete um edifício e seus componentes em 3D,
elabore e acesse as informações desta construção a partir de um banco de dados de
modelos. Além disso, autoriza o uso de ferramentas para acompanhar as fases do ciclo
de vida da obra, desde a concepção até a demolição.
Os itens feitos no Revit são: planos, seções, elevações e legendas interligados,
de modo que se o utilizador modificar um ponto de vista, os outros são atualizados
imediatamente. O programa permite a determinação exata geográfica da localização da
obra, tornando proveitoso o âmbito de geração de sombras e penumbras reais, em caso
de estudos solares e percursos virtuais. É possível também empregar as ―chamadas de
detalhe‖ para criação de vistas com níveis de escala de visualização maiores. Outro
componente interessante atingido no Revit são as tabelas de informações dos
elementos ligados a um projeto. É possível, através destas, extrair quantitativos de
materiais utilizados e um orçamento base, contribuindo neste parâmetro (QUATTRO D,
2015).

2.5 Plataforma A360


A plataforma A360 é um serviço baseado na nuvem que oferece um conjunto de
recursos para interligar todos os envolvidos no projeto, colocando-os em um único
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espaço de trabalho disponibilizando, visualizações 2D e 3D, fácil compartilhamento de


arquivos, revisão em tempo real, acesso móvel, organização de dados, segurança,
armazenamento, entre outros.
Segundo Pinheiro (2016), a utilização de um meio de comunicação rápido e
eficiente entre as atividades meio e fim é fundamental para que os objetivos da
organização sejam alcançados. Ao utilizar o A360, o usuário tem ao seu alcance uma
ferramenta de comunicação simples e objetiva, na qual, basta selecionar o equipamento
e descrever o evento ocorrido que a equipe de manutenção receberá o chamado e
poderá tomar as devidas providências.
Essa condição oferecida pelo aplicativo reduz o tempo parado, se for o caso, e
contribui para que a produção se mantenha conforme o planejamento estratégico
(PINHEIRO, 2016).

3. Metodologia
3.1 Edifício de Estudo

O Edifício Santa Clara escolhido para realização deste trabalho, está localizado
na cidade de Goioerê-PR, o prédio possui idade real de 15 anos e área total construída
de 1.745 m², distribuído em térreo mais quatro pavimentos tipo, cada pavimento
contempla quatro apartamentos sendo os dois dos fundos com 69,83m², e os dois da
frente com 93,05m².
O edifício foi construído no ano de 2004, desde então não passou por reformas,
e nem por mudanças de fachadas, apenas por uma nova pintura no ano de 2013. Logo
abaixo segue fotos atuais do edifício.

Figura 5 – Fotos do edifício.

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Figura 6 – Planta baixa, pavimento tipo (BELESKI (2004)).

3.2 Edifício no software Revit

Inicialmente foi importado o arquivo .dwg (Figura 6), para o Revit, onde foi realizada
a modelagem das paredes, portas, janelas, coberturas. Após o modelo estar completo
foi realizada a criação de parâmetros de manutenção, sendo estes:
• Condição do equipamento;
• Contato do fabricante;
• Data de instalação;
• Data de validade;
• Data manutenção preventiva;
• Fabricante;
• Nome do componente.

Com todos os parâmetros criados, foi feito um levantamento das informações


com moradores e com a empresa gestora do edifício. Foram escolhidos três elementos
pertencentes à edificação, para análise e demonstração dos resultados, sendo estes, ar
condicionado, portão eletrônico e interfone. As informações coletadas foram inseridas
nos parâmetros criados no Revit.

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3.3 Edifício na plataforma A360

Com o modelo BIM criado, foi feita a importação para a plataforma A360,
demonstrando os parâmetros de manutenção dos objetos através da opção
propriedades, contendo as informações coletadas. Foi criado um comentário no objeto
pilar, para demonstrar a ferramenta da plataforma, e também a facilidade da informação
chegar até os prestadores de serviço.

4. Resultados
4.1 Criação do modelo
4.1.1 Importação de arquivos em formato .dwg
Na modelagem foi importada a planta em formato .dwg, do pavimento para o
software Revit, este permite a importação deste formato de desenho através da opção
importar CAD, incluído na aba ―Inserir‖ (Figura 7). Selecionando esse comando é
escolhido o arquivo .dwg para que seja importado e modelado.

Figura 7 - Seleção do comando "Importar CAD".

4.1.2. Criação e inserção de paredes

O procedimento de criação de um objeto e definição das suas características é


uma das potencialidades muito utilizadas na metodologia BIM, pois lhe permite
conceber diversas soluções e adaptá-las de um modo fácil, pois os elementos são
definidos de um modo paramétrico e a relação entre elementos mantida. A seleção do
comando ―paredes‖ é efetuada a partir da aba ―arquitetura‖. A Figura 8 ilustra a seleção
do comando parede seguida da opção parede arquitetônica.

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Figura 8 - Seleção do comando parede arquitetônica.

4.1.3. Criação e inserção de portas e janelas


Definidas as paredes procede-se à inserção de portas e janelas no modelo. A
seleção dos respetivos elementos é efetuada na aba ―arquitetura‖, escolhendo-se
depois a opção porta ou janela, como ilustra a Figura 9. No modelo, foram utilizados
diversos tipos de portas e janelas.

Figura 9 - Seleção do comando porta ou janela.

4.1.4 Criação, edição e inserção de telhados.

O Revit disponibiliza três tipos de telhado, telhado por perímetro, telhado por
extrusão ou telhado por face. No exemplo será utilizada a opção telhado por perímetro,
acionada pela aba ―arquitetura‖, e pelos botões telhado e telhado por perímetro (Figura
10).

Figura 10 – Inserção da cobertura.

4.1.5 Projeções e perspectivas do modelo

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Criado o modelo no Revit podem ser obtidas algumas projeções e perspectivas.


A Figura 11 ilustra a fachada principal, a Figura 12 inclui uma perspectiva, do modelo
BIM da edificação.

Figura 11 – Fachada Principal.

Figura 12 – Modelo BIM da edificação.


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4.2 Criação dos parâmetros

Os parâmetros no modelo são importantes para que o objetivo de utilizar a


ferramenta BIM para a manutenção seja alcançado. Optou-se pela utilização de
parâmetros compartilhados. Tal escolha foi motivada pela possibilidade de criar um
arquivo independente do projeto, que possa ser reaproveitado em outros modelos com
foco na operação e manutenção.
Para criar parâmetros compartilhados, inicialmente é necessário ativar a aba
―Gerenciar‖, na qual será escolhido o comando ―Parâmetros Compartilhados‖ (Figura
13).

Figura 13 – Comando parâmetros compartilhados.

Para atender as necessidades deste trabalho foi criado (Figura 14, item 1), um
grupo de parâmetros intitulado ―Manutenção‖, em seguida criado os parâmetros (item
2), pertinentes a gestão de facilidades, e descritos os parâmetros (item 3).

Figura 14 – Criação de parâmetros compartilhados.

Com os parâmetros compartilhados já definidos, a etapa seguinte é a inserção


dos parâmetros nos elementos do modelo. Para isso, na aba ―Gerenciar‖, aciona o
comando ―Parâmetros de Projeto‖ (Figura 15).

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Figura 15 – Comando parâmetros do projeto.

Ao selecionar o comando ―Adicionar‖ no quadro à esquerda (Figura 16), pode ser


definido o tipo de parâmetro, como neste trabalho optou-se por parâmetros
compartilhados, marca-se a opção correspondente, que tornará ativo o comando
―Selecionar‖. Com a escolha deste, será iniciada outra janela, a partir da qual é inserido
cada um dos parâmetros no projeto.

Figura 16 – Inserção de parâmetros no projeto.

Com os parâmetros inseridos no projeto, os equipamentos e estruturas terão em


suas propriedades os parâmetros de manutenção que foram criados, que deverão ser
preenchidos de acordo com as informações pertinentes a manutenção.
Para demonstração do potencial do BIM na manutenção, foi feito o levantamento
das informações em relação a manutenção de três objetos, e inseridos nos parâmetros
criados, sendo, ar condicionado (Figura 17), portão eletrônico (Figura 18) e interfone
(Figura 19), onde é possível visualizar as informações que foram coletadas e inseridas
no modelo.

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Figura 17 – Parâmetros de manutenção ar condicionado.

Figura 18 – Parâmetros de manutenção portão eletrônico.

Figura 19 – Parâmetros de manutenção do interfone.

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4.3 Importação para o A360

Para atender o objetivo desse trabalho, utilizou-se o aplicativo A360, motivado


principalmente por se tratar de uma ferramenta gratuita, de fácil utilização e disponível
online, no smartphone e para desktop.
O usuário deve ter inicialmente uma conta no site do A360, assim como o modelo
da edificação com os dados mais relevantes dos elementos já preenchidos. Desta
forma, o usuário poderá acessar o A360 e criar seu primeiro projeto, para carregar o
modelo.

Figura 20 – Modelo BIM importado para o A360.

Ao importar o modelo BIM para o A360, os parâmetros criados no Revit, são


importados automaticamente com todas as informações sobre manutenção que foram
inseridas nos objetos. Ao selecionar os objetos como o ar condicionado ou o portão
automático (Figura 21) e selecionando suas propriedades é possível visualizar os dados
de manutenção, que podem ser visualizados facilmente por todos aqueles que
possuírem o link do projeto no A360, ou tiverem acesso a um QR code que pode ser
gerado.
O A360 permite que o usuário insira comentários (Figura 22) sobre os
componentes modelados, e estes comentários aparecerão na janela de comentários do
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próprio projeto, o que torna a ferramenta atrativa para os processos de
manutenção, já que estabelece um meio de comunicação direta entre os prestadores de
serviço e a equipe responsável pela manutenção.

Figura 21 – Visualização dos dados de manutenção.

Figura 22 – Visualização de comentário feito no A360.


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Ao realizar esta marcação, todos envolvidos no projeto irão ter acesso à


informação compartilhada, e a equipe de manutenção poderá visualizar e definir com
mais clareza os recursos que deve dispor para atender ao chamado. A partir disso, todas
as informações pertinentes à manutenção estarão disponíveis de fácil acesso através do
aplicativo móvel do A360. Assim a equipe de manutenção tem a possibilidade de observar
a disposição do elemento que apresentou problema numa vista tridimensional e ter
acesso às propriedades desse elemento num painel específico. Com esses dados é
possível identificar a validade de um equipamento, o profissional a quem deve recorrer, à
condição do equipamento, data de ultima manutenção realizada e outros parâmetros que
foram criados através do Revit.

5. Discussão dos Resultados

Diante das informações apresentadas e discutidas ao longo do presente trabalho,


foi possível avaliar o potencial para geração de informação a partir das ferramentas
BIM, com o desenvolvimento de modelos que possam ser utilizados na gestão da
operação e no controle da manutenção das edificações.
Através da criação do modelo BIM do projeto foi possível aplicar a modelagem no
edíficio de estudo, e com a inserção de parâmetros pertinentes a manutenção que
engloboram informações importantes para manutenção, verificou-se a aplicabilidade do
conceito BIM na gestão de facilidades.
A utilização do A360 para a manutenção se mostra um meio viável e de baixo
custo para acelerar os processos de correção dos problemas decorrentes do
desenvolvimento das atividades. Ao utilizar o A360, o usuário tem ao seu alcance uma
ferramenta de comunicação simples, objetiva e de fácil acesso, essa condição oferecida
pelo aplicativo reduz o tempo parado, e contribui para a produção e a rápida correção
dos problemas.

6. Conclusão

O objetivo do presente trabalho foi alcançado, através do uso do modelo BIM em


apoio a atividades de manutenção. A junção das ferramentas Revit e A360 ofereceram
recursos de fácil utilização e com grande potencial para ser implantado nas
organizações dentro de um processo de gestão da manutenção eficiente, facilitando o
processo. Através das relações paramétricas foi possível observar a quantidade de
informações que podem ser concentradas em apenas uma plataforma, facilitando toda a
gestão da manutenção, e evitando a escassez de informações, quando necessário.
Outro ponto positivo foi verificar a interdisciplinaridade entre os softwares
Autodesk, que funcionam como uma ferramenta de grande utilidade, sem grandes
complicações de compatibilidade entre seus sistemas.
Foi possivel constatar o quanto a tecnologia da informação evoluiu durante os
anos e o quão importante tem sido as ferramentas que tem surgido para o ramo da
construção civil, desde o projeto até a manutenção das edificações.

TFC 2019 – TRABALHO FINAL DE CURSO 19


UNIVERSIDADE PARANAENSE – UNIPAR
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