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UNIVERSIDADE TIRADENTES 

DESIGN GRÁFICO 
  
  
  
  
  
  
  
  
  
ANNE CAROLINE VITOR DE SÁ, CAMILA DANTAS ROSÁRIO,  
GILSON MATOS XAVIER, LAIANE LIMA MEDEIROS 
  
  
  
  
  
  
  
RELATÓRIO PARCIAL DE PROJETO DE SINALIZAÇÃO 
PARA A BIBLIOTECA EPIFÂNIO DÓRIA 
  
  
  
  
  
  
  
Aracaju 
2019 
 

 
SUMÁRIO 

INTRODUÇÃO 3 

PLANEJAMENTO 5 
CONHECIMENTO DA DEMANDA 5 
ESCOPO DO PROJETO 5 
Tipo de Ambiente 5 
Abrangência do Projeto 5 
Abordagens do projeto 5 
PROCESSO DE TRABALHO 5 
EQUIPE DE PROJETO 6 
CRONOGRAMA 6 

PROJETO 7 
COLETA DE INFORMAÇÕES 7 
Do ambiente 7 
Do usuário 7 
De espaços similares 8 
Sinalização na Universidade de Deakin 8 
Sinalização da Biblioteca HUME Global Leraning Centre 10 
Sinalização da Biblioteca de mídia Westerdals School of Communication 
(Mediateket) 12 
Sinalização da Biblioteca Pública de Port Washington 14 
Da regulamentação 16 
ESTUDOS PRELIMINARES 18 
Organização do ambiente 18 
Identificação dos fluxos de circulação 23 
Identidade do ambiente 26 
Suporte de informação 27 
INFORMAÇÕES VISUAIS 32 
Tipografia 32 
Estudo de sinais e códigos 35 
Desenho de setas 35 
Desenho de pictogramas 36 
Infográficos e mapas 36 
Imagens e gráficos 37 
Hierarquia da informação 37 
Diagramação 40 
Estudo de Informações Sonoras, Táteis e Olfativas 43 
Mock-ups 44 
Desenhos técnicos 51 
Codificação dos Suportes de comunicação 52 
Locação dos suportes de comunicação 53 


Contato com fornecedores 57 
REFERÊNCIAS 59 
 
 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O  objetivo  do presente relatório é o desenvolvimento do projeto de wayfinding 
para  a  Biblioteca  Pública  Epifânio  Dória  (BPED).  Recentemente,  ela  passou  por  uma 
reforma  de  reestruturação  interna, aquisição de novos equipamentos, restauração de 
alguns  mobiliários  e  reorganização  dos  ambientes.  A  partir  disso,  a  sinalização  hoje 
presente  já  não  atende  à  nova  configuração  do  espaço,  necessitando  assim  de  um 
novo projeto de wayfinding. 
A  proposta  é  elaborar  uma  sinalização  de  acordo  com  a  metodologia  de 
Douglas  D’Agostini  (2017),  que  através  de  um  resultado  obtido  com  pesquisa, 
apresenta  um  sistema  no  qual  é  dividido  em  6  etapas,  sendo  elas:  Planejamento, 
Projeto, Fabricação, Implantação, Verificação e Documentação. 
O  Planejamento  é  a  etapa  voltada  para  o  conhecimento  da  demanda  do 
trabalho,  para  a  definição  do  escopo  do  projeto  e  do  seu  cronograma.  É  nessa  fase 
também  em  que  é  definida  a  equipe  de  trabalho  que  será  responsável pelo projeto a 
ser  desenvolvido.  Após  essas  determinações,  inicia-se  o  Projeto,  analisando  as 
informações  coletadas.  É  nessa  etapa  em  que  as  estratégias  são  elaboradas, assim 
como a definição das abordagens que melhor atenda à demanda do projeto.  
Uma  vez  definida  as  estratégias,  o  projeto  se  encaminha  para  o  processo  de 
Fabricação  dos suportes de comunicação. Observa-se o desempenho dos protótipos, 
dos  materiais  e  acabamentos,  podendo  ou  não  serem  redefinidos  de  acordo  com  o 
orçamento  que  foi  dado.  A  partir  dos  protótipos  validados,  inicia-se  a  Implantação. 
Os  suportes  são  instalados  no  ambiente  com  devida  supervisão  garantindo  que 
estão  sendo  colocados  nas  posições,  alturas  e  distâncias  corretas  conforme  o 
projeto. 
  Ao  final  da  implantação,  vem  a  etapa  de  Verificação,  que  visa  a  observação 
de  possíveis  falhas  na  comunicação e na disposição dos suportes, pois é importante 
avaliar  se  o  projeto  desenvolvido é efetivo para proceder com as possíveis correções 
e  ajustes.  Por  fim,  com  o  projeto  corrigido  e  pronto  ocorre  a  última  fase  do 


desenvolvimento,  a  Documentação. Esta etapa é responsável pelo registro do projeto 
por  meio  de  um  manual  que  reúna  os  padrões  gráficos  e  detalhamentos  técnicos 
para a fabricação dos suportes de comunicação.   


2. PLANEJAMENTO 
 
2.1. CONHECIMENTO DA DEMANDA 
 
A  Biblioteca  pública  Epifânio  Dória  fica  localizada  na  Rua  Vila  Cristina,  Bairro 
São  José  em  Aracaju,  Sergipe.  Trata-se  de  um  bloco  principal  e  um  anexo,  com  um 
espaço  externo  para  estacionamento.  A  estrutura  principal  é  dividida  em  três 
subníveis:  Térreo,  1º  Pavimento  e  2º  Pavimento.  O  local  é  aberto  a  visitação  para 
todos os tipos de público.  
 
 
2.2. ESCOPO DO PROJETO 
 
2.2.1. Tipo de Ambiente 
➔ Ambiente fechado 
➔ Varandas 
➔ Estacionamento aberto 
➔ Clima tropical 
➔ Ambientes abertos com ventilação natural 
➔ Salas fechadas climatizadas com ar condicionado 
➔ Baixo fluxo de pessoa 
 
2.2.2. Abrangência do Projeto 
➔ Unidade única 
➔ Dispensa deslocamento 
➔ Projeto de sistema de sinalização de orientação 
 
2.2.3. Abordagens do projeto 
➔ Projeto de Wayfinding 
➔ Informação de orientação 
➔ Informação de segurança 
 
2.3. PROCESSO DE TRABALHO 
 
A. Conhecimento da demanda 


B. Visita ao ambiente e coleta de dados 
C. Estudos preliminares 
D. Estratégia de projeto 
E. Criação 
F. Prototipagem 
G. Projeto executivo 
H. Documentação 
I. Entrega 
 
2.4. EQUIPE DE PROJETO 
Analisou-se  a  demanda  do  projeto  e  foi  notificado  que,  fora  os  designers 
integrantes  do  grupo  de  trabalho,  não  há  viabilidade  de  recrutar  profissionais  de 
outros  áreas  para  a  sua  realização.  Por  essa  questão,  tem-se  uma  equipe  formada 
por 4 estudantes de Design Gráfico. 
 
2.5. CRONOGRAMA 
Para a realização das tarefas e estabelecendo o controle do tempo baseado 
no processo de trabalho, foi construído um cronograma com prazos definidos para 
cada etapa: 
 
 
 
  Coleta de  Estudo  Estratégia  Criação  Prototipage projeto  documentação  Entrega 
dados  preliminares  m  executivo 

13/09                 

20/0                

27/09                 

04/10                 

11/10                 

18/10                 

25/10                 

01/11                 

08/11                 

15/11                 


22/11                 

29/11                 

06/12                  
 
 
3. PROJETO 
 
3.1. COLETA DE INFORMAÇÕES 
 
3.1.1. Do ambiente 
O  ambiente  é  amplo  e  bem  integrado  entre  os  pavimentos.  Tem  uma 
estrutura  com  formas  bem  rígidas  e  geométricas  orientada  por  uma  arquitetura 
modernista.  Possui  revestimento  de  cimento  queimado  e  apresenta  algumas 
texturas  bem  características,  como  a  da  porta  e  de  algumas  paredes  do térreo. Tem 
como cores predominantes tons ferrosos e acinzentados de sua própria arquitetura. 
Por  ter  uma  estrutura  quadrada  com  fluxo  circulante  e  um  grande  vão  entre 
os  pavimentos,  não  é  muito  difícil  de  identificar  os  espaços.  Porém,  a  sua  atual 
sinalização não atende com excelência o seu objetivo. 
A  biblioteca  possui  ambientes  fixos  como  suas salas de leitura, informática e 
acervos,  mas  esporadicamente  atende  eventos  temporários  nas  galerias  e  no 
auditório.  Além  disso,  a  biblioteca  possui  acervos  e  ambientes  específicos  para  o 
público infantil e deficiente visual. 
 
3.1.2. Do usuário 
Os  usuários  da  biblioteca  são,  em  sua  maioria,  funcionários  e  visitantes  que 
possuem  familiaridade  com  o  ambiente.  Estes  costumam  usar  a  biblioteca 
majoritariamente  como  espaço  de  estudo  pelo  ambiente  calmo,  silencioso  e 
climatizado.  Fora  isso,  existem  os  usuários  esporádicos  do  espaço  quando  existem 
eventos acontecendo na biblioteca. 
 
Para  definir  um  perfil  de  usuário,  foram  coletadas  breve  entrevistas  com 
alguns usuários. A exemplo:  
 
 


 
Indira, 29 anos, advogada. 
❏ Usa o ambiente para estudar 
❏ Visita as área do primeiro andar, mas especificamente a sala de leitura 
❏ Não encontra dificuldade quanto a sua orientação dentro da biblioteca 
 

 
3.1.3. De espaços similares 
Na  elaboração  do  projeto,  foi  feita  uma  pesquisa  e  análise  de 
similares,  pois  pode-se  observar  fatores  importantes  como:  a  forma  como  foi 
elaborada  e  os  aspectos  de  sinalizações  que  foram  utilizadas, buscando referências 
que  podem  ser  aplicadas  no  novo  projeto.  Assim,  para  análise  foi  estabelecido  em 
conta alguns critérios:  
 
➔ Cores; 
➔ Tipografia; 
➔ Composição; 
➔ Ícones e Pictogramas;  
➔ Suportes de Informação e 
➔ Montagem e Fixação. 
 
 
3.1.3.1. Sinalização na Universidade de Deakin 
A  proposta  desse  projeto  foi  a  elaboração  de  um  conjunto  de  pictogramas, 
um  mapa  de  bolso  e  um  sistema  de  orientação  para  a  biblioteca  da  universidade de 
Deakin.  Foi  observado  a  criação  de  ícones  exclusivos  na  qual variam de acordo com 
o  plano  de  fundo  e a criação de um infográfico com mapas que setoriza os subníveis 
por cores (laranja, azul e verde). 
  Os  suportes  de  informação  variam  de  placas  de  acrílicos  a  plotagem  no 
ambiente, tanto chão quanto na parede. A tipografia é regular e não possui serifa. 
  


 
Figura 1 - Esboços dos pictogramas, Deakin 
 
 
 

 
Figura 2 - Pictogramas, Deakin  
 


 
Figura 3 - Mapa de Bolso, Deakin 
 
 
3.1.3.2. Sinalização da Biblioteca HUME Global Leraning 
Centre 
O  projeto desenvolvido pelo escritório australiano Pigdeon teve como objetivo 
propor  uma  relação  de  comunicação  com  a  população  multicultural  onde  o  inglês 
não  é  falado  por  todos.  Desse modo, na construção do projeto foi criada um sistema 
de  ícones  e palavras que embasaram toda sinalização, material impresso e conteúdo 
eletrônico.  
As  cores  utilizadas  foram:  o  vermelho  e  azul;  Os  suportes de informação são 
supostamente  de  acrílico e utiliza-se das quinas das paredes com suporte fixo, como 
cantoneiras;  Faz  uso  de  plotagem  com  corte  demarcado  e  a  tipografia  é  sem  serifa, 
regular e em caixa alta; 
 
 

10 
  
Figura 4 - Plotagem nas Portas, HUME 
 

 
Figura 5 - Pictogramas e Tipografia, HUME 
 

11 
 
Figura 6 - Placa Fixa, HUME 
 
 
3.1.3.3. Sinalização da Biblioteca de mídia ​Westerdals School 
of Communication (Mediateket) 
Esse  projeto  de  wayfinding  teve  como  objetivo  criar  um  sistema  que 
completasse  o  ambiente,  sem  que  sobrecarrega-se  a  arquitetura.  Daí  o  uso  das 
janelas e pisos como suporte de informação.  
Foi  desenvolvida  uma  typeface  exclusiva,  que  a  denominaram  de  Skygge. 
Além  dela  há  também  a  presença  de  uma  tipografia  regular  e  sem  serifa.  As  cores 
utilizadas  são  o branco e o preto, com detalhes em amarelo. Percebe-se também que 
não necessitou fazer uso de infográficos e mapas. 
 

12 
 
Figura 7 - Suporte no Vidro, Mediateke 
 

 
Figura 8 - Suporte no piso, Mediakete 
 

13 
 
Figura 9 - Suporte no Piso, Mediateke 
 
 
3.1.3.4. Sinalização da Biblioteca Pública de Port Washington 
A  sinalização  dessa  biblioteca  foi  elaborada  de  acordo  com  o  seu 
público-alvo  infantil,  trazendo  elementos  orgânicos  e  de  caráter  lúdico.  Pois,  ao 
contrário  de  ambiente  desenvolvidos  para  adultos,  deve  possuir  um  layout  temático 
próprio para as crianças . 
As  cores  são  mais  fortes  e estão presentes o azul, verde, amarelo e laranja. O 
suporte  de  informação  é  basicamente  a  estrutura  do ambiente: marcações no piso e 
textos  na  parede.  Além  disso,  há  uma  proposta  de  ambientação  onde  os  formatos 
dos móveis compõe o ambiente junto à identidade visual. 
Não  faz  o  uso  de  pictogramas,  infográficos  e  nem  de  mapas.  Em  relação  a 
tipografia,  não  há  muitos  textos  presentes,  mas  os  que  aparecem  são em caixa alta, 
sem serifa e bold. 
 

14 
 
Figura 10 - Recepção, Biblioteca Infantil 
 

 
Figura 11 - Ambientação, Biblioteca Infantil 
 

15 
 
Figura 12 - Espaço de Leitura, Biblioteca Infantil. 
  
 
3.1.4. Da regulamentação 
A  regulamentação  interna  da  Biblioteca  Pública  Epifânio  Dória  não  foi 
encontrada  em  sua  íntegra,  porém  algumas  informações  quanto  às  regras 
estabelecidas  pelo  local  foram  coletadas  durante  a  visita  técnica.  Segue  abaixo  as 
informações recolhidas:  
 
➔ Permitida a entrada de usuário apenas no acervo circulante; 
➔ Permitida  a  entrada  apenas  de  funcionários  nos  espaços 
administrativos; 
➔ Retirada  dos  livros  dos  acervos  perante  cadastro  no  sistema  da 
biblioteca; 
➔ Retirada de livro somente do acervo circulante; 
➔ Retirada de livro limitada a duas obras por pessoa; 
➔ Proibido  fumar,  comer  ou  beber  em  qualquer  espaço  da  biblioteca, 
exceto nos espaços destinados para tal e  

16 
➔ Entrada no acervo circulantes somente depois de deixar os pertences - 
mochilas, bolsas, envelopes entre outros - na recepção. 
   

17 
3.2. ESTUDOS PRELIMINARES 
 
3.2.1. Organização do ambiente 
 
A  biblioteca  é  constituída  de  um  prédio  principal  e  um  anexo.  O  primeiro  é 
dividido  em  3  pavimentos  e  o  segundo  em  apenas  1.  Como  o  prédio  principal  tem 
uma  estrutura  simples  além  de  ser  bem  amplo  e  aberto,  o  usuário  consegue  se 
localizar  facilmente.  Consegue  enxergar  todos  os  4  cantos  da  biblioteca  de  onde 
quer que ele esteja. 
De  toda  forma,  foi  concebido  um  simples  organograma  do  espaço. 
Entretanto,  essa  zonificação  não  será  refletida  na  sinalização do ambiente enquanto 
divisão  de  zonas  ou  numeração  de  salas.  Na  verdade,  será  utilizado  como  parte  do 
processo  de  identificação  e  organização  por  parte  dos  designers.  Servirá  de insumo 
de  informação  para  melhor  orientar  o  usuário  através  de  sinalizações  mais 
eficientes. 
 
 

 
Figura 13 - Organograma da biblioteca 
 
Como  a  biblioteca  é  distribuída  verticalmente  em  diferentes  andares,  os 
pontos  de  fluxo  entre  os  pavimentos  -  elevadores  e  escadas  -,  são  pontos 
determinantes na busca por informações para esse tipo de fluxo. 
Ainda  com  cunho  informacional  enquanto  processo,  os  espaços  foram 
organizados  em  setores  para,  novamente,  conceber  mais  a  frente  sinalizações  mais 
efetivas.  Foram  divididos  em:  acesso  livre  ao  público  (lilás),  acesso  restrito  a 
funcionários  (vermelho)  e  órgão  agregados  não  pertencentes  à  biblioteca  (azul). 
Segue imagens abaixo: 

18 
 

 
Figura 14 - Setorização do Primeiro Pavimento   

19 
 
Figura 15 - Setorização do Segundo Pavimento 

20 
 
Figura 16 - Setorização do Terceiro Pavimento 

21 
 
Figura 17 - Setorização do Anexo 
   

22 
 
3.2.2. Identificação dos fluxos de circulação 
Com  o  intuito  de  conceber  um  projeto  de  sinalização  mais  funcional  e 
eficiente,  foi  identificado  o  fluxo  de  circulação  no  espaço.  Percebeu-se,  através  da 
observação  ​in loco​, e através do perfil de usuário levantado com base em entrevistas, 
que  as  tendências  de  maiores  circulações  de  pessoas  se  davam  pelos  caminhos 
mais convencionais. 
Tal  estratégia  serve  para  identificar  os  melhores  pontos  para  os  suportes  e 
quais tipos de sinalização inserir: de informação, de orientação ou de direção. 
Veja a seguir: 
 
 

 
Figura 18 - Fluxo do Primeiro Pavimento 
 

23 
 
Figura 19 - Fluxo do Segundo Pavimento 

24 
 
Figura 20 - Fluxo do Terceiro Pavimento 

25 
 
Figura 21 - Fluxo do Anexo 
 
A partir de uma análise funcional e morfológica, percebeu-se que, por se tratar 
de  um  ambiente  de  pequena  extensão,  os  suportes  de  sinalização  (de  orientação) 
concentra-se  em  eixos  de  circulação  que  são  bem  definidos.  Os  pontos  mais 
importantes  identificados  foram  os  pontos  de  convergência  de  circulação,  que  são 
os elevadores e escadas além dos ​halls​. 
 
3.2.3. Identidade do ambiente 
A  identidade  da  biblioteca  é  ressaltada  por  sua  expressão  arquitetônica  e  os 
elementos  naturais  que  a  compõe.  Nesta  etapa,  foi  realizada  uma  análise  da 
identidade  do  ambiente  para  alinhar  o  projeto  à  atmosfera  do  espaço,  levando  em 
conta seu aspecto mais estéticos. 

26 
A  biblioteca  possui  fortes  características  arquitetônicas do estilo modernista, 
típica  dos  anos  70.  Sua  identidade  é  marcada  por  uma  paleta  de  cores  de  tons 
sóbrios.  Tem  paredes de cimento queimado com tom amarelado, supostamente pelo 
desgaste  do  tempo.  Além  disso,  possui  muitas texturas, principalmente no térreo: na 
porta de entrada e nas paredes externas do auditório. 
No  que  diz  respeito  a  identidade  visual,  possui  pouquíssimas  referências.  As 
placas  existentes  no  espaços  são  próprias  do  padrão  do  governo  do  estado. São de 
acrílico nas cores preto e branco.  
Foram  observadas  algumas  formas  na  arquitetura  que  servirão  como 
inspiração  para  a  composição  do  estilo  gráfico  da  sinalização.  Entre  elas  estão  as 
formas  encontradas  da  porta  de  ferro  da  entrada  do  pavimento  térreo  com  figuras 
orgânicas  em  alto  relevo  na  sua  superfície.  Contrapondo  a  organicidade  dessas 
formas,  na  varanda  do  primeiro  andar,  formas  geométricas,  mas  especificamente 
retangulares, compõem a arquitetura do telhado da biblioteca.  

Figura 22 - Elementos de identidade Figura 23 - Elementos de identidade 


 
 
3.2.4. Suporte de informação 
Para  determinar  os  suportes  de  informações  adequados foram considerados 
fatores  como:  seu  conteúdo  de  informação,  suas  localizações  no  espaço,  seu 
formato e dimensão e seus materiais de fabricação. 
Através  das  análises  funcionais  e  morfológicas  citadas  anteriormente,  os 
principais  pontos  de  sinalização  identificados  foi  os  elevadores  e  escadas.  Primeiro 
que,  pela distribuição do espaço, estes pontos são os mais acessados por ser o meio 
de  deslocamento  entre  os  pavimentos.  Segundo  que,  pela  composição do ambiente, 

27 
e  através  da  análise  do  fluxo,  percebeu-se  que  estes  são  pontos  de  convergência  e, 
portanto, decisório para a orientação do usuário. 
A  sinalização  localizada  na  entrada  principal  da  biblioteca  tem  um  caráter 
geral,  nela  serão  contidas  as  informações  mais gerais sobre a biblioteca,  bem como 
uma  breve  apresentação  histórica,  as  informações  sobre  todos  os  setores  na  forma 
de um infográfico. 
Esboços  foram  elaborados  por  cima  das  fotografia  tiradas  para  sinalizar 
alguns  tipos  de  suportes  que  vão  ser  utilizados  no  projeto.  Segue  abaixo  algumas 
fotos para exemplificar as estratégias escolhidas.  
 

 
Figura 24 - Placa 
 
A  sinalização  próxima  à  bancada  de  informação  trata-se  de  um  totem  que 
cumprirá  a  função  de  sinalização  de  orientação  sobre  as  direções para os principais 
ambientes  da  biblioteca.  As informações contidas darão conta de orientar através de 
setas, os espaços do andar. 

28 
 
Figura 25 - Totem 
 

 
Figura 26 - Suportes de quina 
 
O  suporte  localizado  em  uma  das  paredes  próximas  ao auditório servirá para 
sinalizar  e  promover  eventos  temporários  que  estejam  acontecendo  nos  ambientes 
da biblioteca.  
 

29 
 
Figura 27 - Suporte para divulgação de eventos 
 

 
Figura 28 - Sinalização suspensa 
 

30 
 
Figura 29 - Sinalização do pavimento 
 
Os  tipos  de  suportes  de  informação  terão  formas  e  suportes  diferentes,  mas 
o  mesmo  material.  O  escolhido  foi  o metalon devido a sua grande disponibilidade no 
mercado,  pela  boa  relação  de  custo-benefício,  pela  sua  leveza,  versatilidade  e 
estética.  Além  disso,  se  justifica  por  todos  os  critérios  de  D’Agostini:  ecológicos; 
econômicos;  funcionais;  estéticos  e  tecnológicos.  No  critério  ecológico,  ele  foi 
escolhido  porque,  além de ser um material reciclável em um possível descarte futuro, 
é  um  material  muito  durável.  Será  composto  pela  placa  de  metalon  e  seu  conteúdo 
será  adesivado  em  vinil. Portanto, se por algum motivo a  disposição da biblioteca se 
altere,  e  o  conteúdo  do  suporte  precise  ser  modificado,  é  só  trocar  o  adesivo.  O 
suporte permanece o mesmo. 
Sob  a  perspectiva  no  critério  econômico,  a  escolha  se  justifica  pelo fato de o 
material  ter  um  baixo  custo,  encomenda-se  na  cidade  e  imediatamente,  além  de  ter 
facilidade  no  seu  transporte  e  armazenamento.  Sobre  os  critérios  estéticos,  foi 
escolhido  porque existe um alto nível de coerência na composição, levando em conta 
a  identidade  do  ambiente  além  dos  materiais  já  existentes  na  biblioteca,  como  as 
placas do ​hall​, a porta principal de entrada e as paredes do térreo. 
No  critério  funcional,  como  já  mencionado  anteriormente,  o  material  se 
mostra  eficiente  por  ser  resistente  à  luz,  levando  em  conta  que  o  ambiente  recebe 
muita  luz  natural.  E,  por  fim,  de  acordo  com  os  critérios  tecnológicos,  se  mostra 
eficiente  pela  mesma  justificativa  que  a  primeira  mencionada:  caso  atualizem  o 
sistema  de  sinalização,  pictogramas,  identidade  visual,  core  ou  tipografia,  tudo  isso 

31 
poderá  ser  facilmente  aplicado  em  cima  do  mesmo  suporte  sem  que  haja despesas 
com novos. 
Ademais,  levando  em  conta  os  aspectos  naturais,  notou-se  que  a  biblioteca 
recebe  uma  grande  quantidade  de  luz  natural.  Sendo  assim,  materiais  que 
precisassem  ser  impressos,  como  as  lonas  vinílicas  por  exemplo,  não  seriam 
eficazes pois seu conteúdo seria apagado com o tempo. Nesse sentido, o metalon se 
mostra muito eficiente. 
No  que  diz  respeito  aos  sistemas  de  fixação,  foram  escolhidos  os  painéis 
para  a  placa  no  hall  de  entrada  e  para  as  sinalizações  do  pavimento  (localizadas 
próximas  às  escadas  e  elevadores),  que  por  ter  um  número  maior  de  informações, 
permite  que  o  público  se  aproxime  do  suporte  e  possa  analisar  melhor.  Por  esse 
mesmo motivo foi escolhido o totem ao lado do balcão de recepção. 
Já  nas  placas  de  orientação  do espaço, localizadas em frente aos elevadores 
e  escadas,  serão  colocados  suportes  no  formato  de  placas  aéreas  suspensas 
fixadas  no  teto para não atrapalhar no fluxo e liberar a livre circulação pelo ambiente. 
As  placas  de  sinalização  das  salas  também  serão  em  forma  de  “painéis”,  ou  seja, 
fixadas  à  parede,  não  pela  economia  de  espaço,  mas  porque  tem  uma  melhor 
visualização  como  um  todo,  do  que  as  placas  perpendiculares,  as  placas  em  forma 
de “orelhas” da parede. 
 
Todos  esses  posicionamentos  e  alturas  das  placas  no  seu  processo  de 
fixação,  se embasam nos fatores ergonômicos dos usuários, analisando suas alturas 
médias,  seu  campo  de visão e seu alcance de visualização. Dessa forma garante que 
elas atendam as necessidades de grande parte dos frequentadores da biblioteca. 
 
 
3.3. INFORMAÇÕES VISUAIS 
 
3.3.1. Tipografia 
Tendo  em vista o caráter modernista presente no espaço da biblioteca 
e  a  necessidade das informações de sinalização serem transmitidas de modo claro e 
objetivo,  tomou-se  como  diretriz  estabelecer  o  uso  de  uma  família  tipográfica  de 
tipos sem serifa com apelo funcional. 
Esse  apelo  funcional  estabelece  como  escolha  tipos  sem  muito 
contraste  e  com  sua  altura  proporcional  aos  princípios  diagramáticos  a  partir  dos 

32 
elementos  da  arquitetura.  A  relação  de  tamanho  entre  títulos,  subtítulos  e  textos  de 
apoio  devem  seguir  uma  ordem  proporcional  e  de  acordo  com  as distâncias médias 
dos usuários aos suportes de informação. 
Mediante  uma  extensa  pesquisa  por  tipografias  sem  serifas  de  baixo 
contraste,  decidiu-se  pela  Kanit,  um  projeto  tipográfico  liderado  por  Cadson  Demak 
da  Principal  Design  e  disponibilizado  pela  Google  através  do  Google  Fonts.  A  fonte 
possui  características  do  estilo  humanista  misturados  com  curvas  geométricas  e 
possui  uma  extensa  família  de  tipos  com  18  tipos  de  pesos,  contando  com  as 
opções itálicas.   

33 
 
Figura 30 - Família Tipográfica, Kanit 
  
 
3.3.2. Estudo de cores 
Na  análise  do  revestimento  das paredes internas da Biblioteca Epifânio Dória, 
notou-se  que  as  cores  predominantes  estavam  em  uma matiz de tons quentes. Essa 
verificação  foi  feita através da ferramenta conta-gotas do programa Adobe Illustrator 
que  detectou  a  predominância  da  cor  laranja.  Uma  dessas  cores  serão  utilizadas 
como  cores  tônicas  para  demarcar  elementos  que  precisam  ser  destacados.  Como 
valores  predominantes  serão  utilizadas  o  preto  ou  o  branco  e  talvez  se  utilize  do 
cinza para complementar alguns elementos da composição. 
  

 
Figura 31 - Captação de cores 

34 
Será  utilizado  os  critérios  de  Guimarães  (2004)  para  justificativa  da  escolha 
das  cores.  Primeiramente,  as  cores  escolhidas  não  serão  utilizadas  como  forma  de 
discriminar  espaços  porque,  como  já  dito  antes,  o  ambiente  é  muito  simples  e  não 
precisaria  seccioná-lo,  mesmo  entre  os  pavimentos.  Como  forma  de  expressar 
identidade,  as  cores  escolhidas  serão  responsáveis  por  criar  personalidade  e 
transmitir  o  “ar”  do  ambiente.  Já  na  utilização  da  cor  como  código,  ela  se  justifica 
não necessariamente pela sua cor, mas no seu uso. 
O  laranja  como  cor  tônica  terá  a  função  de destacar certas informações para 
melhorar  e  agilizar  a  compreensão  da  mensagem  pelo  usuário.  Por  exemplo,  na 
sinalização  do  pavimento,  nos  elevadores  e  escadas,  será  utilizado  o  laranja  para 
identificar  em  qual  pavimento  o  usuário  está  inserido.  Nesse  sentido,  as  cores  só 
serão utilizadas como código, nas sinalizações de segurança. 
 
 
3.3.3. Estudo de sinais e códigos 
Em  um  projeto  de  sinalização  utiliza-se  sinais  e  códigos  com  a  intenção  de 
identificar  os  espaços,  além  de  organizar  o  ambiente  de  forma  mais  clara  para  o 
usuário.  Este  recurso  é  importante  para  criar  espaços  setorizados  em  um  ambiente 
grande como supermercados, aeroportos, universidades, entre outros.  
  Como  a  Biblioteca  Epifânio  Dória  é  um  ambiente  de  pequena  extensão  além 
de  bastante  ampla,  não  há  necessidade  de  fazer  uso  um  conjunto  de  sinais  e 
códigos. 
 
 
3.3.4. Desenho de setas 
A  aplicação  de  setas  no  projeto  de  sinalização  é  um  dos  recursos  mais 
importantes  pois  sua  aplicação,  junto  aos  textos  e  pictogramas,  irá  auxiliar  no 
percurso  do  usuário  de  forma que este percorra o ambiente de forma autônoma. Seu 
desenho pode sofrer modificações desde que sua indicação permaneça clara.  
Dessa  forma,  pensamos  que  o  desenho  de  setas  possa  remeter  a identidade 
do  ambiente,  caracterizado  pelas  formas  geométricas  e  rigidez.  A  partir  dessas 
características  conseguimos  definir  que os pictogramas de setas desenvolvidos pela 
American Institute of Graphic Arts (AIGA) se encaixa nesses requisitos.  
 
 

35 
 
  
 
 
 
 
 
 
  
Figura 32 - Setas direcionais, AIGA 
  
 
3.3.5. Desenho de pictogramas 
Os  pictogramas  são  formas  de  linguagem  onde  um  objeto  ou  um  conceito 
estão  sintetizados  através  de  um  símbolo.  Como  dito  no  tópico  anterior assumimos 
o  modelo  da  AIGA  como  um  diretriz,  estabelece-se  que  os  pictogramas  devem  ser 
redesenhados com base na relação de proporção no corpo da tipografia. 
Levando  em  consideração  algumas  normas  contidas  na  ISO  7001  -  Public 
Information  Symbols,  disponibilizadas  pela  a  Organização  Internacional  para  a 
Padronização  (ISO).  Essas  normas  são  extremamente  úteis  no  processo  de 
construção  de  um  sistema  de  pictogramas  para  uso  público,  pois  atendem  a 
princípios  bem  definidos  e  testados  em  diversos  símbolos  gráficos  em  todo  o 
mundo. Assim garantindo um caráter universal.  
Os  pictogramas  que  dizem  respeito  a  normas  de  segurança,  serão  usados 
sem  adequações  conforme  a  NR  -  26  (Regulamentação  da  Norma  de  Sinalização de 
Segurança).  Essa  regulamentação  normatizou  como  deveria  ser  cada  sinalização, 
evitando  erros  de  interpretação  de  placas  de  sinalização  de  segurança,  permitindo 
que haja também um padrão na maneira em que a informação é transmitida. 
 
3.3.6. Infográficos e mapas 
O  uso  de  desenhos  esquemáticos  é  sempre  uma  boa  opção  para  facilitar  a 
comunicação.  Ilustram e simplificam o conteúdo e trazem uma leitura mais dinâmica 
e  intuitiva  da  informação.  A  princípio,  percebeu-se  que  um  infográfico  no  totem  de 
sinalização  informativa  localizado  no  hall  de  entrada  da  biblioteca  serviria  para  as 
suas necessidades. Sintetizaria e organizaria sequencialmente o que cada pavimento 

36 
da  biblioteca  dispõe.  Não  foi  observado  a  necessidade  de  colocar  mapas  porque, 
sendo  um  ambiente  muito  amplo,  aberto  e  estruturalmente  muito  simples, poderiam 
mais  confundir  a  informação do que esclarecer. Também porque é um recurso visual 
expansivo e que necessita de um grande suporte. 
 
3.3.7. Imagens e gráficos 
O  uso  de  imagens  e  gráficos  não  serão necessários para o atual projeto, pois 
em  comum  acordo,  a  equipe  percebeu  que  os  infográficos,  setas  e  os  demais 
elementos  seriam  suficientes  para  suprir  a  necessidade  de  orientação  dentro  do 
sistema de sinalização.  
 
3.3.8. Hierarquia da informação 
A  hierarquia  dos  informações  serve  para  organizar  os  elementos  gráficos  no 
layout  dos  suportes  para  promover  uma  sequência  lógica  de  leitura  e  auxiliar  o 
usuário a identificar espaços com mais facilidade. 
Para  as  placas  de  orientação,  a  forma  como  as  informações  serão 
hierarquizadas  deverão  estar  de  acordo  com  a  ordem  dos  espaços  da  biblioteca 
segundo  o  fluxo  de  circulação  e  de  importância.  Para  isso,  se  utilizará  de  bons 
contrastes de letra/fundo, tamanho das fonte e espaçamentos. 
Por  exemplo,  no  primeiro  suporte,  localizado  no  hall  de  entrada  do  prédio 
principal  da  biblioteca,  a  primeira  informação  a  ser  vista  são  os  números  dos 
pavimentos.  Pode-se  perceber  também  os  nichos  de  cada  um  criado  pela  distância 
entre  as  informações.  Em  segundo  lugar  nota-se  o  título  “A  Biblioteca  Pública 
Epifâneo  Dória”  seguido  de  seu  conteúdo  e  a  listagem  dos  espaços  de  cada 
pavimento. 

37 
 
 
Seguindo  essa  lógica,  no  suporte  dos elevadores, a primeira informação a ser 
visualizada  é  o  nicho  do  andar  em  que  ela  se  encontra,  assim  como  o  número  de 
cada  andar.  Em  seguida,  a  listagem  de  espaços  de  cada  pavimento,  mas 
principalmente o do andar que o usuário se encontra. 

38 
 
 
Já  nas  placas  suspensas,  foram  priorizados,  através  da  cor,  os  triângulos 
indicativos  de  direção,  juntamente  com  o  pictograma  nele  inserido.  Em  seguida,  a 
lista de espaços, seguindo o fluxo de circulação, para cada lado. 

39 
 
 
 
3.3.9. Diagramação 
A diagramação nas sinalizações partirá de uma malha construtiva onde exista 
distância  suficiente  nas  margens  superiores,  inferiores  e  laterais  para  que o texto se 
torne  um  ponto  de  foco  de  composição.  Essa  malha  construtiva  será  desenvolvida 
com  base  nas  características  tipográficas  de  altura  de  x dos títulos. Essa altura será 
o  módulo  de  repetição  para  delimitar  a  malha  construtiva  sendo  a  diretriz  para 
determinar  o  formato  e  dimensão  dos  suportes. Dentro da malha construtiva, o texto 
e  os  pictogramas  serão  alinhados  a  esquerda,  e  por  vezes,  terão  alinhamentos 
distintos a fim de gerar uma relação de contraste dentro do layout.  
Foi  desenvolvida  uma  malha  construtiva  a  partir  da  altura  de  x  da  tipografia 
Kanit,  com  ela  definiu-se  que  o  grid  seria  composto  por  quadrados  de  1cm,  em uma 
escala  de  1/100  da  medida  real.  As  distâncias  das  margens foram definidas através 
de  3  módulos  do  padrão  criado,  sendo  que  as  mesmas  também  serão  utilizadas 
como  distância  entre  os  elementos situados nas placas. Sendo que essas distâncias 
podem  sofrer  modificações  a  depender  das  aplicações  ao  qual  estão  inseridas,  ou 
seja, podem fugir deste sistema em alguma determinada situação. 
 

40 
 

41 
 

42 
 

 
 
3.3.10. Estudo de Informações Sonoras, Táteis e Olfativas  
Segundo  D’Agostini,  existem  outras  formas  de  oferecer  experiência  do 
usuário  além  dos  recursos  visuais.  Existem  outras  possibilidades  de  comunicação 
que  agrega  na  experiência  do  usuário.  Quando  se  fala  de  um  projeto  de  sinalização, 
deve-se  levar  em  conta  as  particularidades  de  alguns  usuários  que  necessitem  de 
cuidados  especiais,  como por exemplo, pessoas com deficiência visual. Desta forma, 

43 
levantamos  estudos  sobre  como  os  tipos  de  informações,  sonoras, táteis e olfativas 
ajudariam na mobilidade do usuário dentro da biblioteca. 
  O  uso  de  informações  sonoras  foram  descartadas  devido  à  forte  ameaça  à 
integridade  do  local,  pois  como  a  biblioteca  é  um  ambiente  voltado para os estudos, 
há  uma  necessidade  de  priorizar  o  silêncio.  Dessa  mesma  forma,  foi  descartada  a 
implantação  das  informações  olfativas,  pois  o  objetivo  do  local  é  desenvolver  a 
concentração e não aguçar outros sentidos. 
Em  relação  ao  uso  de  informações  táteis,  optou-se  por  manter  a  sinalização 
que  já  estava  no  local,  apenas  acrescentando  algumas  modificações.  Foi  cogitado 
unificar  as  informações  táteis  e  visuais,  entretanto  devido  o  curto  tempo  para 
prosseguir com o projeto, preferiu-se mantê-las separadas.  
 
“Não  podemos  esquecer  a  importância  das  cores,  pois  são  utilizadas  por 
pessoas  com  baixa  visão  e  para  isto  deverá  haver  um  contraste  bem  definido  entre  o 
texto  e  a  placa.  Quando  a  placa  for  de  cor  predominantemente  escura  o  texto  deverá 
ser  claro  e  vice  versa.  Um  bom  exemplo  de  contraste,  é  a  placa  branca  com  texto  e 
braille na cor preta” (Sinal Link, 2017). 
 
Ao  analisarmos  essas  observações,  percebemos  que  as  placas  já  anexadas 
no  estabelecimento  seguiam  cores  padronizadas  com  o  contraste  exigido conforme 
a  norma  NBR  9050/2015  da  ABNT.  Entretanto,  ao  compará-las  com  as  paredes e os 
suportes  em  que  estão  fixadas,  nota-se  que  não  há  o  contraste exigido e necessário 
para as pessoas que se encontram em estado de baixa visão. 
  Portanto,  optou-se  por  atribuir  cor  a  estas  placas  trazendo  mais  unidade  ao 
sistema  de  sinalização  e  que  auxiliando  no  contraste  com  o  local  ao  qual  estão 
fixadas. 
 
 
3.3.11. Mock-ups 
 

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3.3.12. Desenhos técnicos   

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3.3.13. Codificação dos Suportes de comunicação 
Os suportes foram classificados segundo sua natureza (por exemplo, suporte 
de informação ou de orientação) e segundo seu formato. 
 
Térreo  
A_1 - Infográfico Hall de entrada  
B_1 - Totem Hall de entrada  
C_1 - Placa indicativa Biblioteca Infantil 
C_2 - Placa indicativa Administração 
C_3 - Placa indicativa Conselho de Cultura e Educação  
C_4 - Placa indicativa Acervo Braile 
C_5 - Placa indicativa Direção 
C_6 - Placa indicativa Sala de Informática  
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino 
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino  
C_9 - Placa indicativa Auditório  
C_10 - Placa indicativa Palco  
C_11 - Placa indicativa Refeitório 
D_1 - Placa suspensa de direção térreo  
E_1 - Placa fixa de informação térreo 
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída 
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída  
 
1º Pavimento  
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino 
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino 
C_12 - Placa indicativa Acervo Sergipano 
C_13 - Placa indicativa Galeria J. Inácio 
C_14 - Placa indicativa Sala de leitura  
C_15 - Placa indicativa Hemeroteca  
C_16 - Placa indicativa Acervo circulante  
C_17 - Placa indicativa Memorial Epifânio Dória 
C_18 - Placa indicativa Setor de Processos técnicos  
C_19 - Placa indicativa Conselho de Cultura  

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C_20 - Placa indicativa Cultura Popular 
C_21 - Placa indicativa Acervo Marcelo Déda  
C_22 - Placa indicativa Área de leitura  
D_2 - Placa suspensa de direção 1º Pavimento 
E_2 - Placa fixa de informação 1º Pavimento 
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída  
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída  
 
2º Pavimento 
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino 
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino 
C_23 - Placa indicativa Laboratório de Informática 
C_24 - Placa indicativa Coordenação da Galeria J. Inácio 
C_25 - Placa indicativa Sala de leitura 
C_26 - Placa indicativa Acervo geral 
D_3 - Placa suspensa de direção 2º Pavimento  
D_3 - Placa suspensa de direção 2º Pavimento  
E_3 - Placa fixa de informação do 2º Pavimento  
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída 
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída 
 
Anexo 
A_2 - Infográfico anexo 
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino 
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino 
C_27 - Placa indicativa Sala de Evento 1 
C_28 - Placa indicativa Sala de Evento 2 
C_29 - Placa indicativa Sala de Evento 3 
C_30 - Placa indicativa Sala de Evento 4 
C_31 - Placa indicativa Sala de Evento 5 
C_32 - Placa indicativa Sala de dança  
C_33 - Placa indicativa Copa  
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída 
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída 
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída 

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3.3.14. Locação dos suportes de comunicação 
Os suportes foram localizados e separados por cores seguindo a 
classificação acima listada. 
 
1- Mapa de Locação Anexo: 
 

 
 
2- Mapa de Locação Térreo: 

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3- Mapa de Locação 1º Pavimento: 

55 
 
 
4- Mapa de Locação 2° Pavimento: 

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3.3.15. Contato com fornecedores 
Para as chapas de aço galvanizados foram localizadas três empresas na 
grande Aracaju para a realização do serviço: 
➔ MWG - Indústria de Metais 
Rua Roberto Fonseca - Glp 03, Aracaju - SE, 49041-140 
(79) 3249-1485 (79) 3249-1746 
➔ Metalúrgica Cloves 
Rodovia  Br  101,  km  92  -  Palestina,  Nossa  Sra.  do  Socorro - SE, 
49160-000 (79) 3253-1235  

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➔ Metalúrgica Andrade 
R.  Paulo  Henrique  Machado  Pímentel,  6  -  Inácio  Barbosa, 
Aracaju - SE, 49040-740 (79) 3249-2477 
 
Para a plotagem do conteúdo das chapas, sugere-se as seguintes gráficas: 
 
➔ Fusão Comunicação Visual e Gráfica 
Av. Pedro Calazans, 661 - Centro, Aracaju - SE, 49010-490 
(79) 3214-1000
➔ Infographics Grafica & Editora 
Av.  Dr.  Edelzio  Vieira  de  Melo,  480  -  Suissa,  Aracaju  -  SE, 
49050-240 (79) 3302-5285 
 
   

58 
 
4. REFERÊNCIAS 
 
D’AGOSTINI, Douglas. D
​ esign de Sinalização. ​São Paulo: Blucher, 2017. 
 
ALENCAR, Marcos. Placas de Braille - Tudo o que você precisa saber. Sinal 
Link, 2017. Disponível em: 
https://www.sinallink.com.br/single-post/2017/04/09/Placa-de-Braille---Tudo-que-vo
cê-precisa-saber-. Acesso em: 27 nov. 2019. 
 
 
  

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