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UNIVERSIDADE TIRADENTES
DESIGN GRÁFICO
ANNE CAROLINE VITOR DE SÁ, CAMILA DANTAS ROSÁRIO,
GILSON MATOS XAVIER, LAIANE LIMA MEDEIROS
RELATÓRIO PARCIAL DE PROJETO DE SINALIZAÇÃO
PARA A BIBLIOTECA EPIFÂNIO DÓRIA
Aracaju
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
PLANEJAMENTO 5
CONHECIMENTO DA DEMANDA 5
ESCOPO DO PROJETO 5
Tipo de Ambiente 5
Abrangência do Projeto 5
Abordagens do projeto 5
PROCESSO DE TRABALHO 5
EQUIPE DE PROJETO 6
CRONOGRAMA 6
PROJETO 7
COLETA DE INFORMAÇÕES 7
Do ambiente 7
Do usuário 7
De espaços similares 8
Sinalização na Universidade de Deakin 8
Sinalização da Biblioteca HUME Global Leraning Centre 10
Sinalização da Biblioteca de mídia Westerdals School of Communication
(Mediateket) 12
Sinalização da Biblioteca Pública de Port Washington 14
Da regulamentação 16
ESTUDOS PRELIMINARES 18
Organização do ambiente 18
Identificação dos fluxos de circulação 23
Identidade do ambiente 26
Suporte de informação 27
INFORMAÇÕES VISUAIS 32
Tipografia 32
Estudo de sinais e códigos 35
Desenho de setas 35
Desenho de pictogramas 36
Infográficos e mapas 36
Imagens e gráficos 37
Hierarquia da informação 37
Diagramação 40
Estudo de Informações Sonoras, Táteis e Olfativas 43
Mock-ups 44
Desenhos técnicos 51
Codificação dos Suportes de comunicação 52
Locação dos suportes de comunicação 53
2
Contato com fornecedores 57
REFERÊNCIAS 59
1. INTRODUÇÃO
O objetivo do presente relatório é o desenvolvimento do projeto de wayfinding
para a Biblioteca Pública Epifânio Dória (BPED). Recentemente, ela passou por uma
reforma de reestruturação interna, aquisição de novos equipamentos, restauração de
alguns mobiliários e reorganização dos ambientes. A partir disso, a sinalização hoje
presente já não atende à nova configuração do espaço, necessitando assim de um
novo projeto de wayfinding.
A proposta é elaborar uma sinalização de acordo com a metodologia de
Douglas D’Agostini (2017), que através de um resultado obtido com pesquisa,
apresenta um sistema no qual é dividido em 6 etapas, sendo elas: Planejamento,
Projeto, Fabricação, Implantação, Verificação e Documentação.
O Planejamento é a etapa voltada para o conhecimento da demanda do
trabalho, para a definição do escopo do projeto e do seu cronograma. É nessa fase
também em que é definida a equipe de trabalho que será responsável pelo projeto a
ser desenvolvido. Após essas determinações, inicia-se o Projeto, analisando as
informações coletadas. É nessa etapa em que as estratégias são elaboradas, assim
como a definição das abordagens que melhor atenda à demanda do projeto.
Uma vez definida as estratégias, o projeto se encaminha para o processo de
Fabricação dos suportes de comunicação. Observa-se o desempenho dos protótipos,
dos materiais e acabamentos, podendo ou não serem redefinidos de acordo com o
orçamento que foi dado. A partir dos protótipos validados, inicia-se a Implantação.
Os suportes são instalados no ambiente com devida supervisão garantindo que
estão sendo colocados nas posições, alturas e distâncias corretas conforme o
projeto.
Ao final da implantação, vem a etapa de Verificação, que visa a observação
de possíveis falhas na comunicação e na disposição dos suportes, pois é importante
avaliar se o projeto desenvolvido é efetivo para proceder com as possíveis correções
e ajustes. Por fim, com o projeto corrigido e pronto ocorre a última fase do
3
desenvolvimento, a Documentação. Esta etapa é responsável pelo registro do projeto
por meio de um manual que reúna os padrões gráficos e detalhamentos técnicos
para a fabricação dos suportes de comunicação.
4
2. PLANEJAMENTO
2.1. CONHECIMENTO DA DEMANDA
A Biblioteca pública Epifânio Dória fica localizada na Rua Vila Cristina, Bairro
São José em Aracaju, Sergipe. Trata-se de um bloco principal e um anexo, com um
espaço externo para estacionamento. A estrutura principal é dividida em três
subníveis: Térreo, 1º Pavimento e 2º Pavimento. O local é aberto a visitação para
todos os tipos de público.
2.2. ESCOPO DO PROJETO
2.2.1. Tipo de Ambiente
➔ Ambiente fechado
➔ Varandas
➔ Estacionamento aberto
➔ Clima tropical
➔ Ambientes abertos com ventilação natural
➔ Salas fechadas climatizadas com ar condicionado
➔ Baixo fluxo de pessoa
2.2.2. Abrangência do Projeto
➔ Unidade única
➔ Dispensa deslocamento
➔ Projeto de sistema de sinalização de orientação
2.2.3. Abordagens do projeto
➔ Projeto de Wayfinding
➔ Informação de orientação
➔ Informação de segurança
2.3. PROCESSO DE TRABALHO
A. Conhecimento da demanda
5
B. Visita ao ambiente e coleta de dados
C. Estudos preliminares
D. Estratégia de projeto
E. Criação
F. Prototipagem
G. Projeto executivo
H. Documentação
I. Entrega
2.4. EQUIPE DE PROJETO
Analisou-se a demanda do projeto e foi notificado que, fora os designers
integrantes do grupo de trabalho, não há viabilidade de recrutar profissionais de
outros áreas para a sua realização. Por essa questão, tem-se uma equipe formada
por 4 estudantes de Design Gráfico.
2.5. CRONOGRAMA
Para a realização das tarefas e estabelecendo o controle do tempo baseado
no processo de trabalho, foi construído um cronograma com prazos definidos para
cada etapa:
Coleta de Estudo Estratégia Criação Prototipage projeto documentação Entrega
dados preliminares m executivo
13/09
20/0
9
27/09
04/10
11/10
18/10
25/10
01/11
08/11
15/11
6
22/11
29/11
06/12
3. PROJETO
3.1. COLETA DE INFORMAÇÕES
3.1.1. Do ambiente
O ambiente é amplo e bem integrado entre os pavimentos. Tem uma
estrutura com formas bem rígidas e geométricas orientada por uma arquitetura
modernista. Possui revestimento de cimento queimado e apresenta algumas
texturas bem características, como a da porta e de algumas paredes do térreo. Tem
como cores predominantes tons ferrosos e acinzentados de sua própria arquitetura.
Por ter uma estrutura quadrada com fluxo circulante e um grande vão entre
os pavimentos, não é muito difícil de identificar os espaços. Porém, a sua atual
sinalização não atende com excelência o seu objetivo.
A biblioteca possui ambientes fixos como suas salas de leitura, informática e
acervos, mas esporadicamente atende eventos temporários nas galerias e no
auditório. Além disso, a biblioteca possui acervos e ambientes específicos para o
público infantil e deficiente visual.
3.1.2. Do usuário
Os usuários da biblioteca são, em sua maioria, funcionários e visitantes que
possuem familiaridade com o ambiente. Estes costumam usar a biblioteca
majoritariamente como espaço de estudo pelo ambiente calmo, silencioso e
climatizado. Fora isso, existem os usuários esporádicos do espaço quando existem
eventos acontecendo na biblioteca.
Para definir um perfil de usuário, foram coletadas breve entrevistas com
alguns usuários. A exemplo:
7
Indira, 29 anos, advogada.
❏ Usa o ambiente para estudar
❏ Visita as área do primeiro andar, mas especificamente a sala de leitura
❏ Não encontra dificuldade quanto a sua orientação dentro da biblioteca
3.1.3. De espaços similares
Na elaboração do projeto, foi feita uma pesquisa e análise de
similares, pois pode-se observar fatores importantes como: a forma como foi
elaborada e os aspectos de sinalizações que foram utilizadas, buscando referências
que podem ser aplicadas no novo projeto. Assim, para análise foi estabelecido em
conta alguns critérios:
➔ Cores;
➔ Tipografia;
➔ Composição;
➔ Ícones e Pictogramas;
➔ Suportes de Informação e
➔ Montagem e Fixação.
3.1.3.1. Sinalização na Universidade de Deakin
A proposta desse projeto foi a elaboração de um conjunto de pictogramas,
um mapa de bolso e um sistema de orientação para a biblioteca da universidade de
Deakin. Foi observado a criação de ícones exclusivos na qual variam de acordo com
o plano de fundo e a criação de um infográfico com mapas que setoriza os subníveis
por cores (laranja, azul e verde).
Os suportes de informação variam de placas de acrílicos a plotagem no
ambiente, tanto chão quanto na parede. A tipografia é regular e não possui serifa.
8
Figura 1 - Esboços dos pictogramas, Deakin
Figura 2 - Pictogramas, Deakin
9
Figura 3 - Mapa de Bolso, Deakin
3.1.3.2. Sinalização da Biblioteca HUME Global Leraning
Centre
O projeto desenvolvido pelo escritório australiano Pigdeon teve como objetivo
propor uma relação de comunicação com a população multicultural onde o inglês
não é falado por todos. Desse modo, na construção do projeto foi criada um sistema
de ícones e palavras que embasaram toda sinalização, material impresso e conteúdo
eletrônico.
As cores utilizadas foram: o vermelho e azul; Os suportes de informação são
supostamente de acrílico e utiliza-se das quinas das paredes com suporte fixo, como
cantoneiras; Faz uso de plotagem com corte demarcado e a tipografia é sem serifa,
regular e em caixa alta;
10
Figura 4 - Plotagem nas Portas, HUME
Figura 5 - Pictogramas e Tipografia, HUME
11
Figura 6 - Placa Fixa, HUME
3.1.3.3. Sinalização da Biblioteca de mídia Westerdals School
of Communication (Mediateket)
Esse projeto de wayfinding teve como objetivo criar um sistema que
completasse o ambiente, sem que sobrecarrega-se a arquitetura. Daí o uso das
janelas e pisos como suporte de informação.
Foi desenvolvida uma typeface exclusiva, que a denominaram de Skygge.
Além dela há também a presença de uma tipografia regular e sem serifa. As cores
utilizadas são o branco e o preto, com detalhes em amarelo. Percebe-se também que
não necessitou fazer uso de infográficos e mapas.
12
Figura 7 - Suporte no Vidro, Mediateke
Figura 8 - Suporte no piso, Mediakete
13
Figura 9 - Suporte no Piso, Mediateke
3.1.3.4. Sinalização da Biblioteca Pública de Port Washington
A sinalização dessa biblioteca foi elaborada de acordo com o seu
público-alvo infantil, trazendo elementos orgânicos e de caráter lúdico. Pois, ao
contrário de ambiente desenvolvidos para adultos, deve possuir um layout temático
próprio para as crianças .
As cores são mais fortes e estão presentes o azul, verde, amarelo e laranja. O
suporte de informação é basicamente a estrutura do ambiente: marcações no piso e
textos na parede. Além disso, há uma proposta de ambientação onde os formatos
dos móveis compõe o ambiente junto à identidade visual.
Não faz o uso de pictogramas, infográficos e nem de mapas. Em relação a
tipografia, não há muitos textos presentes, mas os que aparecem são em caixa alta,
sem serifa e bold.
14
Figura 10 - Recepção, Biblioteca Infantil
Figura 11 - Ambientação, Biblioteca Infantil
15
Figura 12 - Espaço de Leitura, Biblioteca Infantil.
3.1.4. Da regulamentação
A regulamentação interna da Biblioteca Pública Epifânio Dória não foi
encontrada em sua íntegra, porém algumas informações quanto às regras
estabelecidas pelo local foram coletadas durante a visita técnica. Segue abaixo as
informações recolhidas:
➔ Permitida a entrada de usuário apenas no acervo circulante;
➔ Permitida a entrada apenas de funcionários nos espaços
administrativos;
➔ Retirada dos livros dos acervos perante cadastro no sistema da
biblioteca;
➔ Retirada de livro somente do acervo circulante;
➔ Retirada de livro limitada a duas obras por pessoa;
➔ Proibido fumar, comer ou beber em qualquer espaço da biblioteca,
exceto nos espaços destinados para tal e
16
➔ Entrada no acervo circulantes somente depois de deixar os pertences -
mochilas, bolsas, envelopes entre outros - na recepção.
17
3.2. ESTUDOS PRELIMINARES
3.2.1. Organização do ambiente
A biblioteca é constituída de um prédio principal e um anexo. O primeiro é
dividido em 3 pavimentos e o segundo em apenas 1. Como o prédio principal tem
uma estrutura simples além de ser bem amplo e aberto, o usuário consegue se
localizar facilmente. Consegue enxergar todos os 4 cantos da biblioteca de onde
quer que ele esteja.
De toda forma, foi concebido um simples organograma do espaço.
Entretanto, essa zonificação não será refletida na sinalização do ambiente enquanto
divisão de zonas ou numeração de salas. Na verdade, será utilizado como parte do
processo de identificação e organização por parte dos designers. Servirá de insumo
de informação para melhor orientar o usuário através de sinalizações mais
eficientes.
Figura 13 - Organograma da biblioteca
Como a biblioteca é distribuída verticalmente em diferentes andares, os
pontos de fluxo entre os pavimentos - elevadores e escadas -, são pontos
determinantes na busca por informações para esse tipo de fluxo.
Ainda com cunho informacional enquanto processo, os espaços foram
organizados em setores para, novamente, conceber mais a frente sinalizações mais
efetivas. Foram divididos em: acesso livre ao público (lilás), acesso restrito a
funcionários (vermelho) e órgão agregados não pertencentes à biblioteca (azul).
Segue imagens abaixo:
18
Figura 14 - Setorização do Primeiro Pavimento
19
Figura 15 - Setorização do Segundo Pavimento
20
Figura 16 - Setorização do Terceiro Pavimento
21
Figura 17 - Setorização do Anexo
22
3.2.2. Identificação dos fluxos de circulação
Com o intuito de conceber um projeto de sinalização mais funcional e
eficiente, foi identificado o fluxo de circulação no espaço. Percebeu-se, através da
observação in loco, e através do perfil de usuário levantado com base em entrevistas,
que as tendências de maiores circulações de pessoas se davam pelos caminhos
mais convencionais.
Tal estratégia serve para identificar os melhores pontos para os suportes e
quais tipos de sinalização inserir: de informação, de orientação ou de direção.
Veja a seguir:
Figura 18 - Fluxo do Primeiro Pavimento
23
Figura 19 - Fluxo do Segundo Pavimento
24
Figura 20 - Fluxo do Terceiro Pavimento
25
Figura 21 - Fluxo do Anexo
A partir de uma análise funcional e morfológica, percebeu-se que, por se tratar
de um ambiente de pequena extensão, os suportes de sinalização (de orientação)
concentra-se em eixos de circulação que são bem definidos. Os pontos mais
importantes identificados foram os pontos de convergência de circulação, que são
os elevadores e escadas além dos halls.
3.2.3. Identidade do ambiente
A identidade da biblioteca é ressaltada por sua expressão arquitetônica e os
elementos naturais que a compõe. Nesta etapa, foi realizada uma análise da
identidade do ambiente para alinhar o projeto à atmosfera do espaço, levando em
conta seu aspecto mais estéticos.
26
A biblioteca possui fortes características arquitetônicas do estilo modernista,
típica dos anos 70. Sua identidade é marcada por uma paleta de cores de tons
sóbrios. Tem paredes de cimento queimado com tom amarelado, supostamente pelo
desgaste do tempo. Além disso, possui muitas texturas, principalmente no térreo: na
porta de entrada e nas paredes externas do auditório.
No que diz respeito a identidade visual, possui pouquíssimas referências. As
placas existentes no espaços são próprias do padrão do governo do estado. São de
acrílico nas cores preto e branco.
Foram observadas algumas formas na arquitetura que servirão como
inspiração para a composição do estilo gráfico da sinalização. Entre elas estão as
formas encontradas da porta de ferro da entrada do pavimento térreo com figuras
orgânicas em alto relevo na sua superfície. Contrapondo a organicidade dessas
formas, na varanda do primeiro andar, formas geométricas, mas especificamente
retangulares, compõem a arquitetura do telhado da biblioteca.
27
e através da análise do fluxo, percebeu-se que estes são pontos de convergência e,
portanto, decisório para a orientação do usuário.
A sinalização localizada na entrada principal da biblioteca tem um caráter
geral, nela serão contidas as informações mais gerais sobre a biblioteca, bem como
uma breve apresentação histórica, as informações sobre todos os setores na forma
de um infográfico.
Esboços foram elaborados por cima das fotografia tiradas para sinalizar
alguns tipos de suportes que vão ser utilizados no projeto. Segue abaixo algumas
fotos para exemplificar as estratégias escolhidas.
Figura 24 - Placa
A sinalização próxima à bancada de informação trata-se de um totem que
cumprirá a função de sinalização de orientação sobre as direções para os principais
ambientes da biblioteca. As informações contidas darão conta de orientar através de
setas, os espaços do andar.
28
Figura 25 - Totem
Figura 26 - Suportes de quina
O suporte localizado em uma das paredes próximas ao auditório servirá para
sinalizar e promover eventos temporários que estejam acontecendo nos ambientes
da biblioteca.
29
Figura 27 - Suporte para divulgação de eventos
Figura 28 - Sinalização suspensa
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Figura 29 - Sinalização do pavimento
Os tipos de suportes de informação terão formas e suportes diferentes, mas
o mesmo material. O escolhido foi o metalon devido a sua grande disponibilidade no
mercado, pela boa relação de custo-benefício, pela sua leveza, versatilidade e
estética. Além disso, se justifica por todos os critérios de D’Agostini: ecológicos;
econômicos; funcionais; estéticos e tecnológicos. No critério ecológico, ele foi
escolhido porque, além de ser um material reciclável em um possível descarte futuro,
é um material muito durável. Será composto pela placa de metalon e seu conteúdo
será adesivado em vinil. Portanto, se por algum motivo a disposição da biblioteca se
altere, e o conteúdo do suporte precise ser modificado, é só trocar o adesivo. O
suporte permanece o mesmo.
Sob a perspectiva no critério econômico, a escolha se justifica pelo fato de o
material ter um baixo custo, encomenda-se na cidade e imediatamente, além de ter
facilidade no seu transporte e armazenamento. Sobre os critérios estéticos, foi
escolhido porque existe um alto nível de coerência na composição, levando em conta
a identidade do ambiente além dos materiais já existentes na biblioteca, como as
placas do hall, a porta principal de entrada e as paredes do térreo.
No critério funcional, como já mencionado anteriormente, o material se
mostra eficiente por ser resistente à luz, levando em conta que o ambiente recebe
muita luz natural. E, por fim, de acordo com os critérios tecnológicos, se mostra
eficiente pela mesma justificativa que a primeira mencionada: caso atualizem o
sistema de sinalização, pictogramas, identidade visual, core ou tipografia, tudo isso
31
poderá ser facilmente aplicado em cima do mesmo suporte sem que haja despesas
com novos.
Ademais, levando em conta os aspectos naturais, notou-se que a biblioteca
recebe uma grande quantidade de luz natural. Sendo assim, materiais que
precisassem ser impressos, como as lonas vinílicas por exemplo, não seriam
eficazes pois seu conteúdo seria apagado com o tempo. Nesse sentido, o metalon se
mostra muito eficiente.
No que diz respeito aos sistemas de fixação, foram escolhidos os painéis
para a placa no hall de entrada e para as sinalizações do pavimento (localizadas
próximas às escadas e elevadores), que por ter um número maior de informações,
permite que o público se aproxime do suporte e possa analisar melhor. Por esse
mesmo motivo foi escolhido o totem ao lado do balcão de recepção.
Já nas placas de orientação do espaço, localizadas em frente aos elevadores
e escadas, serão colocados suportes no formato de placas aéreas suspensas
fixadas no teto para não atrapalhar no fluxo e liberar a livre circulação pelo ambiente.
As placas de sinalização das salas também serão em forma de “painéis”, ou seja,
fixadas à parede, não pela economia de espaço, mas porque tem uma melhor
visualização como um todo, do que as placas perpendiculares, as placas em forma
de “orelhas” da parede.
Todos esses posicionamentos e alturas das placas no seu processo de
fixação, se embasam nos fatores ergonômicos dos usuários, analisando suas alturas
médias, seu campo de visão e seu alcance de visualização. Dessa forma garante que
elas atendam as necessidades de grande parte dos frequentadores da biblioteca.
3.3. INFORMAÇÕES VISUAIS
3.3.1. Tipografia
Tendo em vista o caráter modernista presente no espaço da biblioteca
e a necessidade das informações de sinalização serem transmitidas de modo claro e
objetivo, tomou-se como diretriz estabelecer o uso de uma família tipográfica de
tipos sem serifa com apelo funcional.
Esse apelo funcional estabelece como escolha tipos sem muito
contraste e com sua altura proporcional aos princípios diagramáticos a partir dos
32
elementos da arquitetura. A relação de tamanho entre títulos, subtítulos e textos de
apoio devem seguir uma ordem proporcional e de acordo com as distâncias médias
dos usuários aos suportes de informação.
Mediante uma extensa pesquisa por tipografias sem serifas de baixo
contraste, decidiu-se pela Kanit, um projeto tipográfico liderado por Cadson Demak
da Principal Design e disponibilizado pela Google através do Google Fonts. A fonte
possui características do estilo humanista misturados com curvas geométricas e
possui uma extensa família de tipos com 18 tipos de pesos, contando com as
opções itálicas.
33
Figura 30 - Família Tipográfica, Kanit
3.3.2. Estudo de cores
Na análise do revestimento das paredes internas da Biblioteca Epifânio Dória,
notou-se que as cores predominantes estavam em uma matiz de tons quentes. Essa
verificação foi feita através da ferramenta conta-gotas do programa Adobe Illustrator
que detectou a predominância da cor laranja. Uma dessas cores serão utilizadas
como cores tônicas para demarcar elementos que precisam ser destacados. Como
valores predominantes serão utilizadas o preto ou o branco e talvez se utilize do
cinza para complementar alguns elementos da composição.
Figura 31 - Captação de cores
34
Será utilizado os critérios de Guimarães (2004) para justificativa da escolha
das cores. Primeiramente, as cores escolhidas não serão utilizadas como forma de
discriminar espaços porque, como já dito antes, o ambiente é muito simples e não
precisaria seccioná-lo, mesmo entre os pavimentos. Como forma de expressar
identidade, as cores escolhidas serão responsáveis por criar personalidade e
transmitir o “ar” do ambiente. Já na utilização da cor como código, ela se justifica
não necessariamente pela sua cor, mas no seu uso.
O laranja como cor tônica terá a função de destacar certas informações para
melhorar e agilizar a compreensão da mensagem pelo usuário. Por exemplo, na
sinalização do pavimento, nos elevadores e escadas, será utilizado o laranja para
identificar em qual pavimento o usuário está inserido. Nesse sentido, as cores só
serão utilizadas como código, nas sinalizações de segurança.
3.3.3. Estudo de sinais e códigos
Em um projeto de sinalização utiliza-se sinais e códigos com a intenção de
identificar os espaços, além de organizar o ambiente de forma mais clara para o
usuário. Este recurso é importante para criar espaços setorizados em um ambiente
grande como supermercados, aeroportos, universidades, entre outros.
Como a Biblioteca Epifânio Dória é um ambiente de pequena extensão além
de bastante ampla, não há necessidade de fazer uso um conjunto de sinais e
códigos.
3.3.4. Desenho de setas
A aplicação de setas no projeto de sinalização é um dos recursos mais
importantes pois sua aplicação, junto aos textos e pictogramas, irá auxiliar no
percurso do usuário de forma que este percorra o ambiente de forma autônoma. Seu
desenho pode sofrer modificações desde que sua indicação permaneça clara.
Dessa forma, pensamos que o desenho de setas possa remeter a identidade
do ambiente, caracterizado pelas formas geométricas e rigidez. A partir dessas
características conseguimos definir que os pictogramas de setas desenvolvidos pela
American Institute of Graphic Arts (AIGA) se encaixa nesses requisitos.
35
Figura 32 - Setas direcionais, AIGA
3.3.5. Desenho de pictogramas
Os pictogramas são formas de linguagem onde um objeto ou um conceito
estão sintetizados através de um símbolo. Como dito no tópico anterior assumimos
o modelo da AIGA como um diretriz, estabelece-se que os pictogramas devem ser
redesenhados com base na relação de proporção no corpo da tipografia.
Levando em consideração algumas normas contidas na ISO 7001 - Public
Information Symbols, disponibilizadas pela a Organização Internacional para a
Padronização (ISO). Essas normas são extremamente úteis no processo de
construção de um sistema de pictogramas para uso público, pois atendem a
princípios bem definidos e testados em diversos símbolos gráficos em todo o
mundo. Assim garantindo um caráter universal.
Os pictogramas que dizem respeito a normas de segurança, serão usados
sem adequações conforme a NR - 26 (Regulamentação da Norma de Sinalização de
Segurança). Essa regulamentação normatizou como deveria ser cada sinalização,
evitando erros de interpretação de placas de sinalização de segurança, permitindo
que haja também um padrão na maneira em que a informação é transmitida.
3.3.6. Infográficos e mapas
O uso de desenhos esquemáticos é sempre uma boa opção para facilitar a
comunicação. Ilustram e simplificam o conteúdo e trazem uma leitura mais dinâmica
e intuitiva da informação. A princípio, percebeu-se que um infográfico no totem de
sinalização informativa localizado no hall de entrada da biblioteca serviria para as
suas necessidades. Sintetizaria e organizaria sequencialmente o que cada pavimento
36
da biblioteca dispõe. Não foi observado a necessidade de colocar mapas porque,
sendo um ambiente muito amplo, aberto e estruturalmente muito simples, poderiam
mais confundir a informação do que esclarecer. Também porque é um recurso visual
expansivo e que necessita de um grande suporte.
3.3.7. Imagens e gráficos
O uso de imagens e gráficos não serão necessários para o atual projeto, pois
em comum acordo, a equipe percebeu que os infográficos, setas e os demais
elementos seriam suficientes para suprir a necessidade de orientação dentro do
sistema de sinalização.
3.3.8. Hierarquia da informação
A hierarquia dos informações serve para organizar os elementos gráficos no
layout dos suportes para promover uma sequência lógica de leitura e auxiliar o
usuário a identificar espaços com mais facilidade.
Para as placas de orientação, a forma como as informações serão
hierarquizadas deverão estar de acordo com a ordem dos espaços da biblioteca
segundo o fluxo de circulação e de importância. Para isso, se utilizará de bons
contrastes de letra/fundo, tamanho das fonte e espaçamentos.
Por exemplo, no primeiro suporte, localizado no hall de entrada do prédio
principal da biblioteca, a primeira informação a ser vista são os números dos
pavimentos. Pode-se perceber também os nichos de cada um criado pela distância
entre as informações. Em segundo lugar nota-se o título “A Biblioteca Pública
Epifâneo Dória” seguido de seu conteúdo e a listagem dos espaços de cada
pavimento.
37
Seguindo essa lógica, no suporte dos elevadores, a primeira informação a ser
visualizada é o nicho do andar em que ela se encontra, assim como o número de
cada andar. Em seguida, a listagem de espaços de cada pavimento, mas
principalmente o do andar que o usuário se encontra.
38
Já nas placas suspensas, foram priorizados, através da cor, os triângulos
indicativos de direção, juntamente com o pictograma nele inserido. Em seguida, a
lista de espaços, seguindo o fluxo de circulação, para cada lado.
39
3.3.9. Diagramação
A diagramação nas sinalizações partirá de uma malha construtiva onde exista
distância suficiente nas margens superiores, inferiores e laterais para que o texto se
torne um ponto de foco de composição. Essa malha construtiva será desenvolvida
com base nas características tipográficas de altura de x dos títulos. Essa altura será
o módulo de repetição para delimitar a malha construtiva sendo a diretriz para
determinar o formato e dimensão dos suportes. Dentro da malha construtiva, o texto
e os pictogramas serão alinhados a esquerda, e por vezes, terão alinhamentos
distintos a fim de gerar uma relação de contraste dentro do layout.
Foi desenvolvida uma malha construtiva a partir da altura de x da tipografia
Kanit, com ela definiu-se que o grid seria composto por quadrados de 1cm, em uma
escala de 1/100 da medida real. As distâncias das margens foram definidas através
de 3 módulos do padrão criado, sendo que as mesmas também serão utilizadas
como distância entre os elementos situados nas placas. Sendo que essas distâncias
podem sofrer modificações a depender das aplicações ao qual estão inseridas, ou
seja, podem fugir deste sistema em alguma determinada situação.
40
41
42
3.3.10. Estudo de Informações Sonoras, Táteis e Olfativas
Segundo D’Agostini, existem outras formas de oferecer experiência do
usuário além dos recursos visuais. Existem outras possibilidades de comunicação
que agrega na experiência do usuário. Quando se fala de um projeto de sinalização,
deve-se levar em conta as particularidades de alguns usuários que necessitem de
cuidados especiais, como por exemplo, pessoas com deficiência visual. Desta forma,
43
levantamos estudos sobre como os tipos de informações, sonoras, táteis e olfativas
ajudariam na mobilidade do usuário dentro da biblioteca.
O uso de informações sonoras foram descartadas devido à forte ameaça à
integridade do local, pois como a biblioteca é um ambiente voltado para os estudos,
há uma necessidade de priorizar o silêncio. Dessa mesma forma, foi descartada a
implantação das informações olfativas, pois o objetivo do local é desenvolver a
concentração e não aguçar outros sentidos.
Em relação ao uso de informações táteis, optou-se por manter a sinalização
que já estava no local, apenas acrescentando algumas modificações. Foi cogitado
unificar as informações táteis e visuais, entretanto devido o curto tempo para
prosseguir com o projeto, preferiu-se mantê-las separadas.
“Não podemos esquecer a importância das cores, pois são utilizadas por
pessoas com baixa visão e para isto deverá haver um contraste bem definido entre o
texto e a placa. Quando a placa for de cor predominantemente escura o texto deverá
ser claro e vice versa. Um bom exemplo de contraste, é a placa branca com texto e
braille na cor preta” (Sinal Link, 2017).
Ao analisarmos essas observações, percebemos que as placas já anexadas
no estabelecimento seguiam cores padronizadas com o contraste exigido conforme
a norma NBR 9050/2015 da ABNT. Entretanto, ao compará-las com as paredes e os
suportes em que estão fixadas, nota-se que não há o contraste exigido e necessário
para as pessoas que se encontram em estado de baixa visão.
Portanto, optou-se por atribuir cor a estas placas trazendo mais unidade ao
sistema de sinalização e que auxiliando no contraste com o local ao qual estão
fixadas.
3.3.11. Mock-ups
44
45
46
47
48
49
50
3.3.12. Desenhos técnicos
51
3.3.13. Codificação dos Suportes de comunicação
Os suportes foram classificados segundo sua natureza (por exemplo, suporte
de informação ou de orientação) e segundo seu formato.
Térreo
A_1 - Infográfico Hall de entrada
B_1 - Totem Hall de entrada
C_1 - Placa indicativa Biblioteca Infantil
C_2 - Placa indicativa Administração
C_3 - Placa indicativa Conselho de Cultura e Educação
C_4 - Placa indicativa Acervo Braile
C_5 - Placa indicativa Direção
C_6 - Placa indicativa Sala de Informática
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino
C_9 - Placa indicativa Auditório
C_10 - Placa indicativa Palco
C_11 - Placa indicativa Refeitório
D_1 - Placa suspensa de direção térreo
E_1 - Placa fixa de informação térreo
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
1º Pavimento
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino
C_12 - Placa indicativa Acervo Sergipano
C_13 - Placa indicativa Galeria J. Inácio
C_14 - Placa indicativa Sala de leitura
C_15 - Placa indicativa Hemeroteca
C_16 - Placa indicativa Acervo circulante
C_17 - Placa indicativa Memorial Epifânio Dória
C_18 - Placa indicativa Setor de Processos técnicos
C_19 - Placa indicativa Conselho de Cultura
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C_20 - Placa indicativa Cultura Popular
C_21 - Placa indicativa Acervo Marcelo Déda
C_22 - Placa indicativa Área de leitura
D_2 - Placa suspensa de direção 1º Pavimento
E_2 - Placa fixa de informação 1º Pavimento
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
2º Pavimento
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino
C_23 - Placa indicativa Laboratório de Informática
C_24 - Placa indicativa Coordenação da Galeria J. Inácio
C_25 - Placa indicativa Sala de leitura
C_26 - Placa indicativa Acervo geral
D_3 - Placa suspensa de direção 2º Pavimento
D_3 - Placa suspensa de direção 2º Pavimento
E_3 - Placa fixa de informação do 2º Pavimento
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
Anexo
A_2 - Infográfico anexo
C_7 - Placa indicativa Banheiro feminino
C_8 - Placa indicativa Banheiro masculino
C_27 - Placa indicativa Sala de Evento 1
C_28 - Placa indicativa Sala de Evento 2
C_29 - Placa indicativa Sala de Evento 3
C_30 - Placa indicativa Sala de Evento 4
C_31 - Placa indicativa Sala de Evento 5
C_32 - Placa indicativa Sala de dança
C_33 - Placa indicativa Copa
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
F_1 - Placa suspensa de banheiro e saída
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3.3.14. Locação dos suportes de comunicação
Os suportes foram localizados e separados por cores seguindo a
classificação acima listada.
1- Mapa de Locação Anexo:
2- Mapa de Locação Térreo:
54
3- Mapa de Locação 1º Pavimento:
55
4- Mapa de Locação 2° Pavimento:
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3.3.15. Contato com fornecedores
Para as chapas de aço galvanizados foram localizadas três empresas na
grande Aracaju para a realização do serviço:
➔ MWG - Indústria de Metais
Rua Roberto Fonseca - Glp 03, Aracaju - SE, 49041-140
(79) 3249-1485 (79) 3249-1746
➔ Metalúrgica Cloves
Rodovia Br 101, km 92 - Palestina, Nossa Sra. do Socorro - SE,
49160-000 (79) 3253-1235
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➔ Metalúrgica Andrade
R. Paulo Henrique Machado Pímentel, 6 - Inácio Barbosa,
Aracaju - SE, 49040-740 (79) 3249-2477
Para a plotagem do conteúdo das chapas, sugere-se as seguintes gráficas:
➔ Fusão Comunicação Visual e Gráfica
Av. Pedro Calazans, 661 - Centro, Aracaju - SE, 49010-490
(79) 3214-1000
➔ Infographics Grafica & Editora
Av. Dr. Edelzio Vieira de Melo, 480 - Suissa, Aracaju - SE,
49050-240 (79) 3302-5285
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4. REFERÊNCIAS
D’AGOSTINI, Douglas. D
esign de Sinalização. São Paulo: Blucher, 2017.
ALENCAR, Marcos. Placas de Braille - Tudo o que você precisa saber. Sinal
Link, 2017. Disponível em:
https://www.sinallink.com.br/single-post/2017/04/09/Placa-de-Braille---Tudo-que-vo
cê-precisa-saber-. Acesso em: 27 nov. 2019.
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