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Português o

n
a
CADERNO DE ATIVIDADES

Projeto Desafios
E
C
I O

1
C
O

D DA PALAVRA… À FRASE
L
B

N
Í

DETERMINANTE 3
QUANTIFICADOR 5
PRONOME 6
NOME 8
ADJETIVO 10
VERBO 12
PREPOSIÇÃO E LOCUÇÃO PREPOSITIVA 16
ADVÉRBIO E LOCUÇÃO ADVERBIAL 18
CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL 20
FUNÇÕES SINTÁTICAS 22
SINÓNIMO 36
ANTÓNIMO 37
HIPÓNIMO 38
HIPERÓNIMO 39
FAMÍLIA DE PALAVRAS 40
CAMPO LEXICAL 42
CAMPO SEMÂNTICO 44

RELAÇÕES DE FONIA E DE GRAFIA ENTRE AS PALAVRAS 46


DERIVAÇÃO 50
COMPOSIÇÃO 52
PROCESSOS DE ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO 54
TIPO, FORMA E POLARIDADE DE FRASE 59
FRASE SIMPLES E FRASE COMPLEXA 61
COORDENAÇÃO 62
SUBORDINAÇÃO 63
DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO 65

2
C
O

DA PALAVRA… À ESC RITA


L
B

ACENTUAÇÃO 68
PONTUAÇÃO 70
PERÍODO E PARÁGRAFO 72
ORTOGRAFIA 74
OUTRAS DIFICULDADES DA LÍNGUA 76
ESTILO 80

Todo o material textual transcrito neste projeto foi adaptado ao novo Acordo Ortográfico.

2
O

1
C
O

DA PALAVRA… À FRASE
L
B

DETERMINANTE Consulta a ficha informativa 3,


«O determinante»,
na página 57 do teu manual.
1 Lê o excerto seguinte.

Ladino
Grande bicho, aquele Ladino, o pardal! Tão manhoso, em toda a freguesia, só o padre
Gonçalo. Do seu tempo, já todos tinham andado. O piolho, o frio e o costelo não poupavam
ninguém. Salvo ele, Ladino.
Mas como havia de lhe dar o lampo, se aquilo era uma cautela, um rigor!… E logo de
5 pequenino. Matulão, homem feito, e quem é que o fazia largar o ninho? Uma semana inteira
em luta com a família. Erguia o gargalo, olhava, e — é o atiras dali abaixo!… A mãe, coitada,
bem o entusiasmava. A ver se o convencia, punha-se a fazer folestrias à volta. E falava na
coragem dos irmãos, uns heróis! Bom proveito! Ele é que não queria saber de cantigas.
Ninguém lhe podia garantir que as asas o aguentassem. É que, francamente, não se tratava
de brincadeira nenhuma!
MIGUEL TORGA, Bichos, Dom Quixote, 2007

1.1 Completa o quadro seguinte copiando do excerto os determinantes indicados (sem os

repetires!).
Determinantes
Artigos
Demonstrativos Possessivos
Definidos Indefinidos

o uma
a um aquele seu
as uns

1.2 Usando os determinantes demonstrativos presentes na primeira coluna e os restantes ele-


mentos apresentados no quadro, cria seis frases simples.

este animais evitava a por voar


essa aves fala descritos o pássaro
aqueles história incentiva descer um Torga
outras
as mãe é de a divertida
omesmo livro morrem Ladino mais frio
tal
a pardal são com do ninho

Este livro fala de um pássaro.


Essa história é a mais divertida.
Aqueles animais são descritos por Torga.
As outras aves morrem com o frio.
O mesmo pardal evitava descer do ninho.
A tal mãe incentiva Ladino a voar.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 3


1.3 Sublinha os determinantes possessivos que surgem nas frases seguintes.
a) O Ladino era um pardal diferente dos nossos pássaros de estimação.
b) Os seus semelhantes morriam cedo por causa dos parasitas.
c) A sua manha era parecida com a do padre Gonçalo.
d) Tens de vencer o teu medo de voar! — dizia-lhe a mãe.
e) Os vossos animais devem ser bem estimados.
f) O meu sonho era ter um pássaro tão esperto como o Ladino.
1.4 Assinala os determinantes indefinidos presentes nas frases seguintes.
a) Certas doenças atacam os pardais, tais como o piolho, o costelo e o lampo.
b) Outros pássaros teriam arriscado voar logo.
c) Certo dia, Ladino largaria o ninho.
d) Outra mãe seria mais severa para com o filho.
e) Certos irmãos tê-lo-iam gozado.
f) Outro pássaro teria vergonha de não saber voar.
1.5 Lê atentamente as frases seguintes.
a) Aquele pardal, cujo nome era Ladino, era a personagem central do texto.
b) Qual padre é mencionado no excerto?
c) Quais cantigas?
d) O pássaro, cujos irmãos eram corajosos, temia voar.
e) Que bicho era Ladino?

f) Ladino, cujas dúvidas persistiam, recusava-se a voar.


1.5.1 Completa o quadro com dados das frases.

Determinantes
Relativos Interrogativos

cujo Qual
cujos Quais
cujas Que

2 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F

A — O determinante pertence a uma classe aberta de palavras. X


[…] classe fechada de palavras.
B — Normalmente, o determinante precede o nome que especifica. X

C — O determinante não concorda com o nome em género e em número. X


O determinante concorda com o nome […]
D — Os determinantes possessivos flexionam em género, pessoa e número. X

E — Os determinantes artigos podem ser definidos, semidefinidos ou indefinidos. X


[…] podem ser definidos ou indefinidos.

4
QUANTIFICADOR
1 Considera o excerto seguinte.

Lourença tinha três irmãos. Todos aprendiam a fazer habilidades como cãezinhos, e toca-
vam guitarra ou dançavam em pontas dos pés. Ela não. Era até um bocado infeliz para apren-
der, e admirava-se de que quisessem ensinar tantas coisas aborrecidas e que ela tinha de
esquecer o mais depressa possível. […] Tinham-lhe posto o nome de «dentes de rato», por-
5 que os dentes dela eram pequenos e finos, e pela mania que ela tinha de morder a fruta que
estava na fruteira e deixar lá os dentes marcados.
AGUSTINA BESSA-LUÍS, Dentes de Rato,
Guimarães Editores, 1993 (texto com supressões)

1.1 Identifica os quantificadores presentes no excerto e sublinha-os.


1.2 Classifica-os.
três — quantificador numeral
tantas — quantificador existencial

2 Completa as frases que se seguem com os respetivos quantificadores, indicando a subclasse a


que pertencem.
a)Lourença mordia a fruta e deixava lá todos os dentes marcados.
universal
b) Nenhum irmão de Lourença tinha esse hábito! Só mesmo ela!
universal
Osc)seus irmãos faziam v ár i a s habilidades. e x i s t e nc i a l
d) Quantas maçãs comia a Lourença? i nt e r r o g a t i v o
Vou
e) chamar-te «dentes de rato», tantas vezes quantas
morderes a fruta. existencial e relativo

3 Assinala no quadro com uma cruz (X) a subclasse a que pertencem os quantificadores presentes
nas frases.

Quantificadores
Frases Universais Numerais Interrogativos Relativos Existenciais

Tenho treze livros já lidos. X


Quantos livros são? X
Não apareceu nenhum colega. X
Fizeste dois desenhos. X
Tanta animação surpreende-me! X
Duzentas pessoas manifestaram-se. X
Adorei quantos livros li. X
Qualquer pessoa pode vir. X
Há aqui bastante lixo! X

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 5


Consulta a ficha informativa 15,
«O pronome», na página154
PRONOME do teu manual.

1 Lê o excerto.

Viagem a Londres
O Miguel abriu um olho, depois o outro e, de um salto, sentou-se na cama.
Tinha chegado o grande dia, aquele com que andava a sonhar havia já alguns meses. Ia
duas semanas para Londres frequentar um curso de verão, mas desta vez sozinho sem a mãe
atrás dele, sempre cheia de cuidados como se ele tivesse ainda três anos.
MANUELA RIBEIRO, Um Rapto em Londres , Ambar, 1998

2 Partindo do excerto, classifica as afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F).


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F

A — No 1.º parágrafo, há apenas um pronome. X


[…] há dois pronomes.
B — No 1.º parágrafo, há um pronome pessoal. X

C — Na expressão «… já alguns meses», «alguns» é um pronome demonstrativo. X


[…] «alguns» é um quantificador existencial.
D — No excerto apresentado
, encontram-se quatropronomes, todos da mesma subclasse. X

[…] seis pronomes, três pessoais, dois demonstrativos e um relativo.

3 Reescreve as frases, substituindo as expressões sublinhadas pelos


pronomes pessoais correspondentes.
a) A Maria comeu o gelado. Ela comeu-o.
b) A mãe e o pai saíram. Eles saíram.
c) O João e eu já comprámos os livros. Nós já os comprámos.
d) Tu e o Miguel já decidiram? Vocês já decidiram?
e) O rapaz ofereceu uma viagem à mãe. Ele ofereceu-lha.

4 Completa as frases com pronomes demonstrativos.


a)O sismo destruiu não só esta cidade como também aquela .
Estes
b) livros e esses são do meu pai.
Está aqui a notícia,
c) aquela de que te falei.
d) sempre
São os mesmos a fazerem disparates.
Esse
e) jornal é o de hoje?

5 Escolhe o pronome possessivo adequado a cada um dos exemplos.


a) A Ana tem um cão. O cão é seu.
b) O Pedro tem uma mota. A mota é sua.
c) Eu e a Joana temos um segredo. O segredo é nosso.
d) O Pedro e a Ana têm muitos livros. Os livros são seus.
e) Tu ouves este CD. O CD é teu.
f) Tu e o teu irmão partilham um quarto. O quarto é vosso.

6
6 Circunda o pronome relativo nas frases seguintes e não te esqueças de sublinhar o seu antecedente.
a) O livro que li é muito interessante.
b) É o Miguel quem tem o livro.
c) Durante o passeio ele fotografou tudo o que viu.
d) A empresa na qual trabalho fica em Lisboa.

7 Completa as frases com os pronomes interrogativos adequados.


a) Qual é o teu autor preferido?
E b) quem é a autora de O Mundo em Que Vivi?
As histórias,
c) quantas são?
d) Quais são as personagens da história que viajam mais?

8 Transforma os quantificadores em pronomes, eliminando os nomes que se repetem.


a) Consegues ver todas as letras? Não, vejo apenas algumas letras.
Consegues ver todas as letras? Não, vejo apenas algumas.
b) Poucos alunos participaram porque alguns alunos são tímidos.
Poucos alunos participaram porque alguns são tímidos.
c) Nenhum filme me agrada. Poucos filmes me cativam.
Nenhum filme me agrada. Poucos me cativam.
d) Encontraste muitos colegas? Não, não encontrei muitos colegas.
Encontraste muitos colegas? Não, não encontrei muitos.

9 Sublinha nas frases os pronomes que encontrares e preenche a tabela que se segue.
a) Ele esteve cá e falou-me de ti.
b) Li o meu livro e o teu.
c) Aqueles rapazes e estes foram jogar.
d) Das histórias que ouviste, qual te agradou mais?
e) Todos vieram. Alguns, poucos, desistiram.

Pronomes
Pessoais Demonstrativos Indefinidos Relativos Possessivos Interrogativos
Todos, alguns,
Ele,me,ti,te e s tes qu e teu qual
poucos

10 Classifica como a(s)


Depois, corrige verdadeiras (V) ou falsas
afirmação(ões) (F) as afirmações
que consideraste seguintes.
falsa(s). V F

A — Os pronomes surgem sempre acompanhados por nomes. X


Os pronomes surgem sempre em substituição do nome.
B — O quantificador substitui o nome. X
O pronome substitui o nome.
C — Existem diferentessubclasses de pronomese de quantificadores. X

D — O quantificador fornece informações sobre o número, a quantidade ou a parte. X

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 7


Consulta a ficha informativa 4,
«O nome», na página 58
NOME do teu manual.

1 Lê a seguinte passagem.

Era uma vez um rapaz que morava numa casa no campo. Era uma casa pequena e
branca, com uma chaminé muito alta por onde saía o fumo da lareira, que no inverno estava
sempre acesa, e que servia para cozinhar e para aquecer a casa.
À roda da casa havia um pomar com árvores de fruto e, […].

MIGUEL SOUSA TAVARES, O Segredo do Rio, Oficina do Livro, 1997 (texto com supressões)
1.1 Transcreve do excerto:
a) um nome comum coletivo — pomar
b) um nome comum contável — rapaz
c) um nome comum não contável — fumo
1.2 Cria um nome próprio para designar o rapaz mencionado no texto. Joaquim
1.3 Completa o quadro seguinte.

Número Grau
Singular Plural Diminutivo Aumentativo
rapaz rapazes rapazito rapagão
casa casas c a s i nh a casarão
pomar pomares p o ma r z i n h o pomarzão

1.4 Classifica os nomes apresentados colocando uma cruz (X) nas colunas correspondentes.

Flexão do nome em género


Nomes Masculino Feminino
vez X
rapaz X
casa X
campo X
chaminé X
fumo X
lareira X
inverno X
pomar X
árvores X

2 Sublinha os dez nomes comuns não contáveis presentes nos provérbios seguintes.
a) A ambição é filha do orgulho.
b) A verdade contenta-se com poucas palavras.
c) Amor e fé, nas obras se vê.
d) Beleza sem virtude é rosa sem cheiro.
e) Generosidade é dar antes de ser solicitado.
f) Vê-se na adversidade oque vale a amizade.

8
3 Lê o excerto textual seguinte.

O Planeta Azul acordou.


Mira-se, todos os dias, nos espelhos das águas dos grandes oceanos: no Atlântico, no
Índico, no Pacífico e ainda no oceano Glacial Ártico e no Antártico. Desta vez, ficou deveras
assustado com a imagem que o espelho lhe deu: já não estava todo azul… estavam a apare-
cer-lhe manchas vermelhas.
ISABEL MAGALHÃES, Planeta Azul?, Calendário de Letras, 2007

3.1 Preenche o quadro que se segue com exemplos de nomes retirados do texto apresentado.

Nomes
Próprios Comunscontáveis

espelhos
Atlântico
dias
Índico
oceanos

4 Identifica a entidade que profere estas afirmações retiradas do livro acima referenciado.
a) «O que sabemos é que os nossos filhos estão a morrer aos cardumes…» peixe
b) «O que sabemos é que os nossos filhos estão a morrer aos bandos…» ave
c) «O que sabemos é que os nossos filhos estão a morrer aos enxames…» abelha
d) «O que eu sei é que os meus filhos morrem às manadas…» vaca
e) «O que eu sei é que os meus filhos morrem aos rebanhos…» ovelha

5 Completa o texto com nomes coletivos.


O Planetazinho foi andando e encontrou os lobos, que lhe disseram que os filhos morriam às
alcateias . Passou pelo deserto, e também os camelos lhe deram a mesma resposta:
tinham os filhos a morrer às cáfilas …
[…]
O cão, habituado a ter um dono, já viu e ouviu muita coisa. Por isso, deu ao Planeta Azul uma
resposta muito diferente: […] Até os meus filhos morrem às matilhas .
ISABEL MAGALHÃES, Planeta Azul?, Calendário de Letras, 2007 (texto com supressões)

6 Classifica cada um dos nomes sublinhados nas frases seguintes assinalando com uma cruz (X)
a opção correta.
6.1 Aquele artista é muito conhecido. 6.3 Ontem, vi uma cobra-macho no meu quintal.
A — Sobrecomum. A — Sobrecomum.
B — Epiceno. X B — Epiceno.
X C — Comum de dois. C — Comum de dois.
6.2 A vítima do acidente tinha 74 anos. 6.4 Aquele indivíduo foi inconveniente.
X A — Sobrecomum. X A — Sobrecomum.
B — Epiceno. B — Epiceno.
C — Comum de dois. C — Comum de dois.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 9


Consulta a ficha informativa 12,
«O adjetivo», na página 141
ADJETIVO do teu manual.

1 Lê o excerto que se segue.

Era uma vez um príncipe tão belo quanto o são todos os príncipes dos contos de fadas.
Os seus olhos espelhavam a cor azul do céu e a pele lembrava a brancura da espuma do mar.
E do mar também ele havia recebido o ondeado dos cabelos, que pareciam de ouro. Fora o
sol que lhos dera; tirara-os dos seus raios dourados e luminosos para os oferecer, de presente,
ao principezinho que tão desejado fora pelos seus pais e por todo o povo.
HELENA RAINHA COELHO, O Romance de A Menina dos Pés Azuis , Vega, 2006

1.1 Sublinha os adjetivos presentes no excerto.


1.2 Distribui-os pelo quadro seguinte.

Quantoaogénero Quantoaonúmero
Uniformes Biformes Uniformes Biformes
belo belo
azul azul
dourados dourados
luminosos luminosos
desejado desejado

1.3 Substitui as expressões destacadas pelos adjetivos correspondentes.


a) a cor azul do céu — celeste
b) a brancura da espuma do mar — marítima
c) o ondeado dos cabelos — capilar
d) pareciam de ouro — áureos
1.4 Indica o grau em que se encontra o adjetivo «belo» no primeiro período do excerto.
Grau comparativo de igualdade.
1.4.1 Reescreve essa frase com o adjetivo no grau comparativo de superioridade.
Era uma vez um príncipe mais belo do que o são todos os príncipes dos contos de fadas.
1.5 Escreve os adjetivos da família dos nomes apresentados.
a) príncipe — principesco
b) olhos — ocular
c) sol — solar

d) pais — parental
e) povo — popular

2 Forma o plural dos adjetivos seguintes.


a) desejável — desejáveis
b) luso-brasileiro — luso-brasileiros
c) mensal — mensais
d) geográfico-natural — geográfico-naturais
e) simples — simples
f) surdo-mudo — surdos-mudos

10
3 Lê atentamente o excerto seguinte.

Cada vez mais admirado, o Príncipe observava a menina. Nunca vira ninguém com roupas
tão velhas e feias; mas também nunca vira uns olhos como os daquela rapariguita assustada.
Os olhos dela eram da cor da noite, embora no meio deles parecesse luzir uma estrelinha mais
brilhante do que as que, à noite, tremeluziam no firmamento. Mel olhou-a da cabeça aos pés
5 e, então, foi a vez de ele estremecer, mas de espanto: os pequenos pés da menina não eram
como os das outras meninas que, no verão, brincavam com ele no lago. Os pés desta pobrezita
eram — imagine-se — profundamente azuis!
HELENA RAINHA COELHO, O Romance de A Menina dos Pés Azuis , Vega, 2006

3.1 Seleciona os adjetivos do texto, assinalando-os com uma cruz (X).


X a) admirado h) estrelinha
b) menina X i) brilhante
c) roupas j) espanto
X d) velhas X k) pequenos
X e) feias l) pés
f) olhos m) pobrezita
X g) assustada X n) azuis

3.2 Indica os adjetivos que são:


a) uniformes quanto ao género — brilhante; azuis.

b) biformes quanto ao género e quanto ao número — admirado; velhas; feias; assustada;


pequenos.
3.3 Refere o grau em que se encontram os adjetivos seguintes.
a) «brilhante» (l. 4) — Comparativo de superioridade.
b) «azuis» (l. 7) — Superlativo absoluto analítico.
3.4 Reescreve a última frase do texto com o adjetivo nos graus que se seguem.
a) superlativo absoluto sintético — Os pés […] eram […] azulíssimos!
b) superlativo relativo de inferioridade — Os pés […] eram […] os menos azuis de todos!

4 Assinala os adjetivos presentes em cada frase e reescreve-os no grau superlativo absoluto sinté-
tico.

Frases Grausuperlativoabsolutosintético
O tempo está agradável. agradabilíssimo
Este livro é antigo. antiquíssimo
Aqueles dois são muito amigos. amicíssimos
O filme foi horrível! horribilíssimo
Os Romanos eram profundamente pagãos. paganíssimos
Ele pertence a uma família nobre. nobilíssima
Comi um gelado muito bom. ótimo
O leão é um animal feroz. ferocíssimo
A baba de camelo é muito doce. dulcíssimo
Este exercício foi fácil. facílimo

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 11


Consulta a ficha informativa 13,
«O verbo», na página 144
VERBO do teu manual.

A. Tempos simples
1 Reconstitui a fábula de Esopo, respeitando as instruções abaixo indicadas.

O leão e o rato
Uma tarde, um leão (1) dormia descansado quando um rato muito ativo
acordou
começou a saltar à Quando
mente o apanhou. sua volta.o Sem
leão querer, o rato (2)
estava prestes a (3) o -lo,
leão,eleque
comê rapida-
pediu que
lhe (4) perdoasse e prometeu que um dia o recompensaria pelo favor que lhe
5 estava a (5) fazer . O leão desatou às gargalhadas, achou engraçado como um
pequeno rato poderia pensar que algum dia o (6) ajudaria caso ele precisasse de
um favor, mas de qualquer forma, soltou-o.
Passados alguns dias, o leão foi apanhado por caçadores e preso a uma árvore com
corda. Por mero acaso, o rato estava a passar naquele lugar e mal ouviu os queixumes do
10 leão, (7) aproximou-se para o ajudar. Sem pensar duas vezes, o rato roeu a corda
e (8) libertou
-o da armadilha.
O leão ficou muito surpreendido! Como era maravilhoso estar livre, e graças à ajuda de
um pequeno rato!
ESOPO, As Minhas Primeiras Fábulas, Mimosa, 2007 (texto adaptado)

(1) Forma do verbo «dormir» no pretérito imperfeito do modo indicativo.


(2) Forma do verbo «acordar» no pretérito perfeito do modo indicativo.
(3) Forma do verbo «comer» no infinitivo impessoal.
(4) Forma do verbo «perdoar» no pretérito imperfeito do modo conjuntivo.
(5) Forma do verbo «fazer» no infinitivo impessoal.
(6) Forma do verbo «ajudar» no presente do modo condicional.
(7) Forma do verbo «aproximar(-se)» no pretérito perfeito do modo indicativo.
(8) Forma do verbo «libertar» no pretérito perfeito do modo indicativo.
1.1 Reescreve o último parágrafo da fábula no futuro do modo indicativo.
O leão ficará muito surpreendido! Como será maravilhoso estar livre, e graças à ajuda
de um pequeno rato!
1.2 Coloca as formas verbais seguintes nos tempos, modos ou formas nominais indicados entre
parênteses.
a)
começou — começara (pretérito mais-que-perfeito do indicativo)
recompensaria
b) — recompense (presente do conjuntivo)
precisasse
c) — precisar (futuro do conjuntivo)
estavad)— estando (gerúndio)
ficou
e) — ficado (particípio passado)
1.3 Relê a frase: «Passados alguns dias, o leão foi apanhado por caçadores […]» (l. 8).
1.3.1 Indica a forma em que a mesma se encontra. Passiva.
1.3.2 Reescreve a frase na forma oposta. Passados alguns dias, os caçadores apanharam
o leão.

12
2 Completa com os tempos ou com as formas verbais nominais apropriados.
Ontem, fui (ir) ao cinema e assisti (assistir) a um filme inte-
ressante que abordava (abordar) a temática da proteção do meio ambiente.
É (ser) um tema que toca (tocar) a todos, apesar de parecer
que só interessa (interessar) aos políticos.
No futuro, todos deverão (dever) zelar pelo bem-estar do nosso Planeta,
separando (separar) os lixos, u t i l i z an d o (utilizar) energias alternativas e
evitando (evitar) o consumo de bens supérfluos. Em suma, temos de aplicar quotidiana-
mente a regra dos três «erres»: reciclar, reutilizar e reduzir.
Se d e p e n d e ss e (depender) de mim, o Mundo s er ia (ser) perfeito!
Que cada um saiba (saber) desempenhar o seu papel!

3 Conjuga o verbo «reciclar» nos tempos e modos indicados.

Indicativo Conjuntivo
Pessoa Condicional
Presente Imperfeito Futuro Presente Imperfeito
Eu reciclo reciclava reciclarei re c i c l e re c i c l a s s e r e c i c l a ri a
Tu re c i c l a s reciclavas reciclarás r e ci cl es reciclasses reciclarias
Ele r ec i cl a reciclava reciclará re c i c l e re c i c l a s s e r e c i c l a ri a
Nós r e c i c l a mo s reciclávamos reciclaremos reciclemos reciclássemos reciclaríamos
Vós reciclais recicláveis reciclareis re c i c l e i s reciclásseis reciclaríeis
Eles re c i c l a m reciclavam reciclarão r e ci cl em reciclassem reciclariam

3.1 Escreve duas frases em que apliques o particípio passado e o gerúndio do verbo acima con-
jugado.
a) particípio passado — Reciclado o papel, novos produtos podem surgir.
b) gerúndio — Reciclando, estamos a construir um planeta melhor.

4 Lê atentamente a fábula que se segue.

A lagosta e a sua mãe


«Não andes de lado, não te arranhes contra as rochas molhadas…» — disse a mãe
lagosta à sua filha.
«Mãe, não te preocupes» — respondeu a filha.
«Tu queres ensinar-me… então, anda também direitinha, que vou olhar sempre para ti
e imitar-te!»
ESOPO, As Minhas Primeiras Fábulas, Mimosa, 2007
4.1 Refere o tempo e o modo predominantes nas falas da lagosta e da filha.
Presente do modo imperativo.
4.2 Completa o quadro.

Formas verbais não finitas


Infinitivo Gerúndio Particípiopassado
andar andando andado
arranhar arranhando arranhado
preocupar preocupando preocupado

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 13


B. Tempos compostos
1 Completa o seguinte quadro colocando as formas verbais compostas apresentadas abaixo sob os
respetivos tempos e modos.
a) termos lido e) tiveres comido
b) tenhas ficado f) tivessem cantado
c) tinha comprado g) teria partido
d) terei corrido h) tenho estudado

Modos
Infinitivo
Indicativo Conjuntivo Condicional
Pretéritoperfeito Pretéritoperfeito Pessoal
tenho estudado tenhas ficado teriapartido termoslido

Pretérito mais-que-perfeito Pretérito mais-que-perfeito


— —
tinha comprado tivessem cantado

Futuro Futuro
— —
terei corrido tiveres comido

2 Recorda a formação das formas verbais compostas e completa o quadro.

Formasverbaiscompostas Regra
verbo «ter» no presente do indicativo
Pretérito perfeito
1
do indicativo
verbo principal no particípio passado
verbo «ter» no pret. imperfeito do indicativo
Pretérito mais-que-perfeito
+
do indicativo
verbo principal no particípio passado

verbo «ter» no futuro do indicativo


Futuro do indicativo 1
verbo principal no particípio passado
verbo «ter» no presente do conjuntivo
Pretérito perfeito do conjuntivo +
verbo principal no particípio passado

verbo «ter» no pret. imperfeito do conjuntivo


Pretérit o mais-que-perfeito
1

do conjuntivo verbo principal no particípio passado


verbo «ter» no futuro do conjuntivo
Futuro do conjuntivo +
verbo principal no particípio passado

verbo «ter» no condicional


Condicional 1
verbo principal no particípio passado
verbo «ter» no infinitivo
Infinitivo pessoal +
verbo principal no particípio passado

14
C. Pronome pessoal átono em adjacência verbal
1 Considera o excerto textual seguinte.

O nome
Jan meditou na forma e no som da palavra.
— É de facto bonito. Agora explica-me porquê? Porquê Tamar?
O pai demorou algum tempo a responder. Era a sua maneira de ser. Jan já estava habi-

5
tuado. Por isso
voz da mãe, esperou.
seguida Através
de uma das portadas
gargalhada abertas, por instantes chegou-lhe aos ouvidos a
de Sonia.
— Tem a ver com a guerra — disse, por fim. […]
— Nunca quis falar-te disso. […] Bem sei que precisamos do acordo da Sonia. Mas tu
vais discutir o assunto com ela, não vais?
— Claro. Mas não alimentes grandes expectativas. Se lhe digo que gosto, ela vai com
10 certeza detestá-lo […]. É que pode não lhe agradar a ideia de um nome relacionado com… a
guerra. Com aquele período. Pode achá-lo…
— O quê? Sinistro? […]
Sonia disse:
— Tamar. É perfeito. Adoro-o. […]
MAL PEET, Tamar, Gailivro, 2008 (texto com supressões)

1.1 Transcreve do texto verbos que tenham associados a eles pronomes com função de:

Complementodireto Complementoindireto
detestá-lo e x p lic a - m e
a ch á - l o ch eg o u - lh e
a d o ro - o falar-te

1.2 Reescreve-os nos tempos indicados.

Futurodoindicativo Condicional
d et es t á - lo - á detestá-lo-ia
achá-lo -á a c há - l o - i a
a d o rá - l o - e i a d o rá - l o - i a
explicar-me -ás explicar-me -ias
chegar-lhe -á chegar-lhe -ia

falar-te -ei falar-te -ia

2 Reformula as frases substituindo as expressões sublinhadas pelo respetivo pronome.


a) O pai demorou algum tempo a responder ao filho.
O pai demorou algum tempo a responder-lhe.
b) «Mas tu vais discutir o assunto com ela, não vais?» (ll. 7-8)
Mas tu vais discuti-lo com ela, não vais?
c) «Mas não alimentes grandes expectativas.» (l. 9)
Mas não as alimentes.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 15


PREPOSIÇÃO E LOCUÇÃO PREPOSITIVA
1 Lê a passagem seguinte.

Era de azar. A menos de uma semana para o desafio, o jogo, o despique, o confronto, o
duelo entre o Riscadinho Futebol Clube e os Soquetes de Alpercatas, futebolistas temíveis de
além-além-além fronteiras, e o guarda-redes do Riscadinho a dizer que não arriscava.
— Não arrisco e não arrisco — gritava ele, todo despenteado, numa grande crise de
5 nervos. — Nem com rede de arame à minha frente, nem equipado de armadura de ferro, eu
era capaz de jogar. Os tipos lá do Alpercatas são terríveis no remate. Terríveis!
ANTÓNIO TORRADO, O Elefante não Entra na Jogada, ASA, 1990

1.1 Partindo do texto, assinala as afirmações corretas e corrige a(s) incorreta(s).


X A — As palavras sublinhadas pertencem à classe das preposições.
B — As preposições não influenciam a estrutura de um texto ou frase.
C — As preposições podem ser contraídas. No texto, temos três exemplos de contra-
ções de preposições.
B — As preposições estabelecem relações entre palavras e, dessa forma, influenciam
a estrutura de um texto ou frase.
C — As preposições podem ser contraídas. No texto, temos quatro exemplos de contração
de preposições.
1.2 Preenche o quadro com preposições do texto, separando as simples das contraídas.

Preposiçõessimples Preposiçõescontraídas

dep, arae, ntrec, om don, umaà, n, o

1.3 Constrói uma frase em que uses uma preposição simples e uma preposição contraída.
Sem desafios não há progressos, pelo que na escola é preciso estar atento.

2 Completa o texto com as preposições adequadas.


Todos estavam ansiosos p or saber as novidades. Estavam, efetivamente, em
pulgas, como diz o povo. Em todo aquele tempo não o viram a trabalhar. Não
souberam de nada. Por fim, alguém lhes disse que ele estava a ir muito bem:
passava horas a trabalhar, se m descanso, s a l vo raras exceções. Agora
está bem: não cabe em si de contente. At é pensa em casar!
(texto das autoras)

3 Nem sempre usamos as preposições de forma correta. Assinala as frases em que a preposição foi
usada de forma incorreta, justificando a tua opção.
A — Concordo com a tua ideia. C — Ele vai vestido de palhaço.
X B — Discordo com a tua ideia. D — Ele vai vestido à palhaço.
O verbo «discordar» pede a preposição «de» e não a preposição «com».
Com o verbo «vestir» podem usar-se ambas as preposições, «a» e «de».

16
4 Descobre na sopa de letras seis locuções prepositivas, que poderás encontrar na vertical, na hori-
zontal ou na diagonal.
DA OBCF EM POE
IE D O T R E P X D
perto de
ASN ATRAVE I
antes de
N A N T E S D E A Z
em lugar de TEM OR I SA CBE
diante de E M C I M O D E V
em vez de DEBA I D O DE
dentro de DI A N T E S E D M
E M L U G A R D E

4.1 Seleciona quatro das locuções prepositivas encontradas e forma frases em que as utilizes.
Resposta livre.

5 Insere as preposições da caixa nas frases abaixo apresentadas.

após desde mediante salvo sob


consoante durante perante segundo sobre

a)O farmacêutico só dá o antibiótico mediante a apresentação da receita médica.


Os
b) rapazes gostam de falar sobre futebol.
c) Segundo os meteorologistas, o tempo vai melhorar.
Costumo
d) ir à biblioteca após as aulas.
Vamos ao cinema
e) durante o fim de semana?
f) Salvo indicação em contrário, as férias serão passadas no Algarve.
Gosto
g) de ler desde criança.
Eles disseram toda a verdade
h) perante o juiz.
Ela deixa sempre a chave
i) sob o tapete.
As
j) classificações variam consoante as matérias.

6 Testa a tua sabedoria popular, completando os provérbios seguintes.


a) A brincar se dizem as verdades.
b) Até ao lavar dos cestos ainda é vindima.
c) Com a barriga vazia, ninguém sente alegria.
d) Conforme
somos, assim julgamos.
e) Contra factos não há argumentos.
f) De longe se faz perto.
g) Em agosto, toda a fruta tem gosto.
h) Para a frente é que é o caminho.
i) Por morrer uma andorinha, não acaba a primavera.
j) Sem ovos não se fazem omeletas.
BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 17
Consulta a ficha informativa 14,
«O advérbio», na página 152
ADVÉRBIO E LOCUÇÃO ADVERBIAL do teu manual.

1 Observa a banda desenhada que se segue.

Como é que tu Claro, mas Levam meses


queres que logo no Mas é preciso a ensinar
Como correu 1.º dia do 1.º ano aprender uma
estiveste lá MESES?!!!
a escola? me ensinem a ler? muitas coisas pessoa a ler!
uma manhã
Já te ensinaram primeiro.
a ler? inteira?!

1.1 A que classe de palavras pertencem os vocábulos sublinhados?


As palavras pertencem à classe dos advérbios.
1.2 Como defines essa classe de palavras?
Os advérbios são palavras invariáveis em género e número, que podem, geralmente, ser
substituídas por um outro advérbio formado com o sufixo «-mente».

2 Agrupa os advérbios de acordo com a subclasse a que pertencem.

abaixo contrariamente detrás não outrora


assim dentro docemente nomeadamente possivelmente
cá depressa então nunca talvez

Advérbios
de predicado, com valor
de negação de frase conectivos
temporal locativo demodo
abaixo
então assim
cá depressa possivelmente
não outrora contrariamente
dentro docemente talvez
nunca detrás nomeadamente

3 Completa as frases que se seguem utilizando advérbios com o valor dado entre parênteses.
Fomosa)ao cinema, ontem(temporal), além (locativo).
Vá lá, filho!
b) Depressa (de modo), senão chegamos atrasados.
Já c)
disse que não (negação). Ainda (temporal) não podes sair!
d) Aq u i
(locativo), al i
(locativo) e ac o l á
(locativo), todos reciclamos!
e) Hoje (temporal) e agora (temporal) não há aulas.

18
4 Sublinha os advérbios presentes nas frases e indica a subclasse a que pertencem.
a) Nós moramos mais acima. Advérbio de quantidade/grau e advérbio depredicado com valor locativo.
b) Nunca cumpres com o prometido! Advérbio de predicado com valor temporal.
c) Não podes esperar aí. Advérbio de negação e advérbio de predicado com valor locativo.
d) Talvez vá ao cinema. Advérbio de frase com valor de dúvida/possibilidade.
e) Finalmente, conseguiu, apesar de estar longe. Advérbio conectivo e advérbio de predicado
com valor locativo.

5 Completa as frases com as locuções adverbiais apresentadas.


acusto asós demanhã derepente emgeral emvão
ao contrário com certeza de novo de vez em quando em silêncio por acaso

a) De repente fez-se um silêncio sepulcral!


Tudo
b) quanto defendera fora em vão .
c) Ao contrário de ti, eu até o considero bastante simpático.
Quando ficou
d) a sós com o advogado, confessou o crime.
Eles
e) de vez em quandolá fazem uma visita aos avós.
Esta
f) viagem foi feita a muito custo.
Decidi
g) ir estudar de novo .
Confia
h) em ti! Com certeza vais conseguir.
Oi) rendimento da turma em geral melhorou consideravelmente.
j)
Partiram de manhã para a Índia.
Encontrámo-nos
k) por acaso e colocámos a conversa em dia.
Todos
l) estavam em silêncio , refletindo.

6 Relembrando a classe dos advérbios, completa o texto que se segue, repleto de expressões idio-
máticas que ouvimos habitualmente.

agora brilhantemente debalde mais não ontem


ainda cedo finalmente mesmo nem só

(1) Ontem , passei pelas brasas antes de começar a estudar. Entretanto, a minha mãe
chegou mais (2) cedo a casa e apanhou-me com a boca na botija. Eu (3) não
queria acreditar que fosse ela em carne e osso! Claro que aproveitou para me recordar que se eu
estudasse (4) mais faria o ano com uma perna às costas. Senti-me (5) mesmo
entre a espada e a parede. (6) D e b a lde , ousei argumentar, dizendo que eram (7) só
uns minutos, ou seja, estava a puxar a brasa à minha sardinha! Mas ela prosseguiusem dó nem piedade,
alegando (8) ainda que era escusado fazer-lhe o ninho atrás da orelha,pois, por essas e por
outras, muitos alunos perdem o fio à meada! (9) Finalmente , a minha mãerematou a conversa,
afirmando que esperava (10) não ter estado a pregar aos peixes eque não andasse eu a
remar contra a maré. Graças a este discurso, estou (11) agora depedra e cal, determinada
a concluir (12) brilhantemente o ano letivo.
6.1 Identifica a subclasse dos advérbios anteriores.
(1) de predicado (4) quantidade/grau (7) exclusão/inclusão (10) negação
(2) de predicado (5) exclusão/inclusão (8) de predicado (11) de predicado
(3) negação (6) de predicado (9) conectivo (12) de predicado
BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 19
Consulta a ficha informativa 21,
«A coordenação e a
CONJUNÇÃO E LOCUÇÃO CONJUNCIONAL subordinação», na página 210
do teu manual.
A. Conjunção e locução
conjuncional coordenativa
1 Lê atentamente o texto seguinte.

O conto dos três irmãos

Era A
púsculo. uma vezaltura,
certa três irmãos que iam
chegaram a uma rio
caminhar por uma
demasiado estrada
fundo solitáriaa vau
para passar e sinuosa ao cre-
e demasiado
perigoso para atravessar a nado. Contudo, esses irmãos eram exímios em artes mágicas, por
isso limitaram-se a agitar as varinhas e fizeram aparecer uma ponte sobre as águas traiçoeiras.
5 Iam a meio desta quando encontraram o caminho bloqueado por uma figura encapuzada.
E a Morte falou-lhes. Estava zangada por ter sido defraudada em três novas vítimas, pois
normalmente os viajantes afogavam-se no rio. Mas a Morte era astuta. Fingiu felicitar os três
irmãos pela sua magia, e disse que cada um deles havia ganho um prémio por ter sido
suficientemente esperto para a evitar.
J. K. ROWLING, Os Contos de Beedle o Bardo, Editorial Presença, 2008

1.1 Completa o quadro que se segue com elementos do texto.

Conjunções coordenativas
Copulativas Adversativas Explicativas

e mas p o is

1.2 Transcreve um exemplo de locução conjuncional coordenativa. por isso


1.2.1 Classifica-a. Locução conjuncional coordenativa conclusiva.
1.2.2 Reescreve a frase que inclui essa locução conjuncional coordenativa, substituindo-a
por uma conjunção equivalente.
[…], esses irmãos eram exímios em artes mágicas, portanto limitaram-se a agitar
as varinhas […].

2 Escreve uma frase em que uses:


a) uma conjunção coordenativa disjuntiva;
Os três irmãos poderiam passar o rio a vau ou a nado.
b) uma conjunção coordenativa conclusiva.
Estes irmãos eram mágicos; logo, fizeram aparecer uma ponte para passar o rio.

3 Completa as frases com as locuções conjuncionais coordenativas que consideres adequadas, tendo
em conta a informação entre parênteses.
A Morte
a) foi n ão
só fingida matsambém (copulativa) traiçoeira.
O rio era muito fundo;
b) por conseguinte (conclusiva), os irmãos recorreram a artes
mágicas para o passar.
c)A Morte tinha más intenções; ou apanhava agora os três irmãos ou
(disjuntiva) esperava pela próxima oportunidade.

20
B. Conjunção e locução conjuncional subordinativa
1 Lê atentamente o texto seguinte.

A Fonte do Justo Merecimento


No alto de um monte, num jardim encantado cercado por altos muros e protegido por
poderosa magia, jorrava a água da Fonte do Justo Merecimento. […]
No dia marcado, centenas de pessoas viajavam de todo o reino para chegar aos muros
do jardim antes da madrugada. […]
5 Três feiticeiras, todas com a sua carga de infortúnios, encontraram-se na orla da multi-
dão e contaram umas às outras as suas penas, enquanto esperavam pelo nascer do Sol.
A primeira, de nome Asha, sofria de uma maleita que nenhum Curandeiro conseguia
curar. Esperava que a Fonte fizesse desaparecer os seus sintomas e lhe concedesse uma vida
longa e feliz.
J. K. ROWLING, Os Contos de Beedle o Bardo, Editorial Presença, 2008 (texto com supressões)

1.1 Completa o quadro que se segue com elementos do texto.

Conjunções subordinativas
Finais Temporais Completivas
para e nq u a nt o q ue

1.2 Substitui a primeira conjunção encontrada por uma locução conjuncional subordinativa
correspondente e reescreve a frase onde se integra. Procede às alterações necessárias.
No dia marcado, centenas de pessoas viajaram de todo o reino a fim de chegarem aos muros
do jardim antes da madrugada.

2 Escreve uma frase em que uses:


a) uma conjunção subordinativa causal;
Todos iam até à Fonte porque queriam viver eternamente.

b) uma conjunção subordinativa condicional;


Se fossem os primeiros a chegar, receberiam a máxima felicidade.

c) uma conjunção subordinativa temporal e outra final.


Quando chegou à fonte, Asha pediu para lhe eliminar o sofrimento.

3 Completa as frases com as locuções conjuncionais subordinativas que consideres adequadas,


tendo em conta a informação entre parênteses.
a)Todos desejavam chegar à Fonte, visto que (causal) dela recebiam boa sorte.
b) Logo que (temporal) nasceu o Sol, as feiticeiras formularam os seus pedidos.
c)Asha dirigiu-se à Fonte para que (final) alguém curasse a sua doença.
A maleita de Asha seria fatal,
d) contanto que (condicional) a água da Fonte não
fizesse um milagre.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 21


Consulta a ficha informativa 16,
«As funções sintáticas»,
FUNÇÕES SINTÁTICAS na página 158 do teu manual.

• A NÍVEL DA FRASE
A. Sujeito
1 Lê atentamente as frases seguintes.
a) A Maria adora a montanha.
b) Ela e a amiga Ana gostam de esquiar.
c) Estas duas são inseparáveis!
d) Quem as vê com frequência?
e) Eles e um grupo de cinco raparigas costumam passar as férias juntos.
f) Por vezes, os irmãos Manuel, José e Luís acompanham-nas.
g) Estes, por sua vez, também gostam de levar amigos.
h) Quando se reúnem, todos fazem uma grande festa.
i) Depois do Natal, os jovens rumam até à neve.
j) O alojamento, a alimentação e as aulas de esqui são a prenda de Natal dos pais.
1.1 Sublinha o sujeito expresso de cada uma das frases.
1.2 Classifica-os assinalando no quadro com uma cruz (X) a opção correta.
Frases a) b) c) d) e) f) g) h) i) j)
simples X X X X X X
Sujeito
composto X X X X

2 Lê o excerto que se segue.

A Dinamarca fica no Norte da Europa. Ali, os invernos são longos e rigorosos com noites
muito compridas e dias curtos, pálidos e gelados. […]
Há muitos anos, há dezenas e centenas de anos, havia em certo lugar da Dinamarca, no
extremo norte do país, perto do mar, uma floresta de pinheiros, tílias, abetos e carvalhos.
5 Nessa floresta morava com a sua família um Cavaleiro. Viviam numa casa construída numa
clareira rodeada de bétulas. […]
— É tarde — disse o velho — o dia já escureceu, vai nevar e de noite não poderás caminhar.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, O Cavaleiro da Dinamarca, Figueirinhas, 1997

2.1 Quantos sujeitos expressos encontraste no excerto? Sublinha-os.


Cinco.
2.2 Transcreve um verbo cujo sujeito seja:
a) nulo subentendido — Viviam
b) nulo expletivo — vai nevar

3 Completa as frases respeitando as indicações dadas entre parênteses.


a) O pai e a mãe (sujeito composto) já visitaram os países do Norte da Europa.
b) (sujeito nulo subentendido) gosto de viajar.
c) Dizem (verbo cujo sujeito seja nulo indeterminado) que a Dinamarca é um país
muito interessante.
d)Consta que lá chove (verbo cujo sujeito seja nulo expletivo) bastante.
22
B. Predicado
1 Lê as frases que se seguem.
a) Os textos transmitem conhecimentos importantes.
b) Muitos dos seus autores são verdadeiros génios.
c) Eles legam-nos belas lições de vida.
d) Algumas ficam presentes na nossa memória para sempre.
e) A Literatura Portuguesa é ensinada pelos professores na escola.
f) A leitura proporciona aos jovens bons momentos de prazer.
1.1 Sublinha o predicado em cada uma das frases.
1.2 Especifica a constituição de cada um dos predicados encontrados.
a) verbo transitivo direto 1 complemento direto
b) verbo copulativo 1 predicativo do sujeito
c) verbo transitivo direto e indireto 1 complemento indireto 1 complemento direto
d) verbo copulativo 1 predicativo do sujeito
e) verbo auxiliar «ser» 1 particípio passado 1 complemento agente da passiva
f) verbo transitivo direto e indireto 1 complemento indireto 1 complemento direto

2 Lê atentamente o excerto seguinte.

Rotinas
Depois do almoço o pai e a mãe sempre descansavam nem que fosse um bocadinho.
O meu pai, logo a seguir à refeição, gostava de comer qualquer coisa doce e depois ia dormir
um bocadinho. A minha mãe, que dava aulas à tarde, também tinha esse hábito de adormecer
ali no sofá, nem que fosse só por quinze minutos.
Mas era sábado, não tínhamos ido à praia […].
ONDJAKI, Os da Minha Rua, Caminho, 2009

2.1 Transcreve todos os verbos presentes no excerto.


descansavam; fosse; gostava; comer; ia; dormir; dava; tinha; adormecer; fosse; era;
tínhamos; ido
2.2 Copia do texto:
a) um verbo principal — comer
b) um verbo principal transitivo direto — dava
c) um verbo principal intransitivo — descansavam
d) um verbo auxiliar — tínhamos

3 Constrói três frases com as estruturas que se seguem.


a) sujeito simples 1 verbo transitivo indireto 1 complemento indireto
Eu ajudo-te!
b) sujeito composto 1 verbo copulativo 1 predicativo do sujeito
O Manuel e a Maria ficaram contentes.
c) sujeito subentendido 1 verbo auxiliar 1 verbo principal 1 complemento direto
Devemos estudar esta matéria.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 23


C. Vocativo
1 Lê de forma atenta.

— Porquê, Fernão, porquê? — perguntava-lhe a mãe. — Porque é que te custa tanto


ser como o resto do bando? Porque não deixas os voos baixos para os pelicanos, para o alba-
troz? Porque não comes? Filho, tu estás penas e osso!
— Não me importo de estar penas e osso, mãe. Eu só quero saber o que posso fazer no
ar e o que não posso, é tudo. Só quero saber isso.
RICHARD BACH, Fernão Capelo Gaivota, Moraes Editores, 1974

1.1 Para descobrires a função sintática desempenhada pelas expressões assinaladas, resolve o
crucigrama.
1. Animal equestre. 1 C A V A L O
2. Número par, anterior a dez. 2 O I T O
3. Melodia. 3 C ANCAO
4. Fatigado. 4 CANS A D O

5. É ou nada! 5 T U D O
6 ANTER I O R
6. Antónimo de posterior.
7 U V A
7. Fruto que dá srcem ao vinho.
8 N O M E
8. Pode ser próprio, comum ou coletivo.
1.2 Uma vez descoberta a função em estudo, completa as frases seguintes com conceitos já
adquiridos.
O a) vocativo representa a pessoa
ou a coisa a quem nos dirigimos.
Pode
b) surgir em diferentes locais da frase e é isolado por
vírgulas .

2 As frases que se seguem estão incompletas. Os vocativos desapareceram. Dá asas à tua imaginação
e completa-as.
a) Joana e Pedro , o espetáculo vai começar!
b) Manos , ajudem-me! Estou com medo!
Não é assim,
c) filho ! Parece que falo chinês!
d) João , dás-me o livro?
Digam-me,
e) meninos , quem é o autor?

3 Ao excerto que se segue, pertencente a uma obra que certamente já leste — Ulisses, de Maria
Alberta Menéres —, foram retirados todos os vocativos. Completa-o e, no fim, confronta a tua
versão com a da autora.
— Ó Polifemo , o que tens?
— Ai meus irmãos
, acudam-me, acudam-me!
— O que foi, Polifemo ?
— Ai meus irmãos, acudam-me! Ninguém quer matar-me…
— Pois não, Polifemo , ninguém te quer matar.
— Não é isso, seus palermas
!

24
• INTERNAS AO GRUPO NOMINAL
D. Complemento do nome
1 Indica se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.
Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
V F
A — Os complementos do nome são elementos que interferem na gramaticalidade
do grupo nominal se forem retirados. X
Os complementos do nome são elementos que não interferem na gramaticalidade […]
B — São, portanto, complementos facultativos. X

C — Aparecem sempreà esquerda do nome. X


Aparecem sempre à direita do nome.
D — O complemento preposicional do nome é formado por um grupo preposicional. X

E — Este restringe a realidade do nome. X

F — O complemento adjetival do nome é o adjetivo colocado à esquerda do nome. X


[…] é o adjetivo colocado à direita do nome.
G — Este adjetivo forma com o nome uma unidade de sentido. X

2 Concentra-te nas frases apresentadas e completa o quadro que se segue.


a) Os primos do Manuel estão em França.
b) A pesca baleeira é muito controversa.
c) A hipótese de irmos ao cinema agrada-me.
d) A revolta estudantil de 1968 foi importante.
e) A invasão italiana era inevitável.
f) A perna da mesa está partida.
g) A construção da Ponte Rainha Santa foi deveras demorada.
h) A mania das grandezas pode constituir um grave problema.
i) O porteiro do hotel é simpático.
j) A fragilidade humana é uma evidência a que ninguém fica indiferente.

Complemento p reposicional d o n ome Complemento a djetival d o n ome


do Manuel
de irmos ao cinema baleeira
da mesa estudantil
da Ponte Rainha Santa italiana
das grandezas humana
do hotel

3 Constrói duas frases em que apliques o complemento preposicional do nome e o complemento


adjetival do nome.
A casa do João é acolhedora.
O acompanhamento parental quando se vê televisão é fundamental.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 25


E. Modificador do nome
1 Indica se são verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações seguintes.
Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
A — Os modificadores do nome são elementos que não interferem na V F
gramaticalidade do grupo nominal se forem suprimidos. X

B — São, portanto, constituintesobrigatórios. X


São, portanto, constituintes facultativos.
C — Aparecem sempre à direita do nome. X

D — A função de modificador restritivo do nome é desempenhada


exclusivamente por um adjetivo. X
[…] é desempenhada por um adjetivo, grupo preposicional ou frase.
E — Este modificador pode aparecer separado por vírgulas. X
Este modificador não pode aparecer separado por vírgulas.
F — O modificador apositivo do nome acrescenta uma informação adicional
ao nome a que se refere. X

G — Este modificador é sempre isolado por vírgulas. X

2 Repara nas frases apresentadas e completa o quadro que se segue.


a) Um gato siamês arranhou o meu irmão.
b) A Alexandra, miúda enérgica e dinâmica, ficou em primeiro lugar.
c) O livro que li nas férias era deveras interessante.
d) D. Duarte, o Eloquente, foi um monarca muito culto.
e) Os alunos aplicados estudam todos os dias.
f) Os golfinhos, que são mamíferos, podem viver entre 20 e 35 anos.
g) A corrida de motas foi disputada até ao último minuto.
h) A viagem de barco foi muito divertida.
i) As rosas vermelhas significam paixão.
j) Quando ouço o hino nacional, a música da pátria, comovo-me.

Modificador restritivo do nome Modificador apositivo do nome

siamês; que li nas férias; miúda enérgica e dinâmica; o Eloquente;


aplicados; de motas; que são mamíferos;
de barco; vermelhas a música da pátria

3 Constrói duas frases em que apliques o modificador restritivo do nome e o modificador apositivo
do nome.
A garrafa verde preserva melhor o líquido.
Miguel Torga, contista exímio, também escreveu diários.

26
• INTERNAS AO GRUPO VERBAL
F. Complemento direto
1 Presta atenção às frases seguintes.
a) Hoje, alguns jovens ainda escrevem cartas.
b) Elas guardam segredos e sentimentos.
c) As cartas podem transmitir alegrias e tristezas, sonhos e pesadelos.
d) Algumas apresentam uma estrutura formal.
e) Eu prefiro as cartas de amor.
f) As pessoas dizem que elas vão ser substituídas pelo e-mail.
1.1 Assinala o complemento direto em cada uma das frases.
1.2 Reescreve-as substituindo o complemento direto pelo respetivo pronome pessoal.
a) Hoje, alguns jovens ainda as escrevem.
b) Elas guardam-nos.
c) As cartas podem transmiti- los.
d) Algumas apresentam-na.
e) Eu prefiro- as.
f) As pessoas dizem- no.

2 Lê o excerto seguinte.
Li e reli a carta.
Alisei-a o melhor possível e guardei-a na gaveta onde guardo todos os meus segredos.
Ri-me (diante do espelho, evidentemente, que estas oportunidades nunca são para desprezar) […].
ALICE VIEIRA, Úrsula, a Maior, Editorial Caminho, 2008
2.1 Transcreve todos os complementos diretos que encontres no excerto.
a carta; -a; -a; todos os meus segredos

2.2 Especifica a sua constituição.


Determinante artigo definido1 nome comum; pronome pessoal, forma decomplemento direto;
pronome pessoal, forma de complemento direto; quantificador universal
1 determinante

artigo definido 1 determinante possessivo 1 nome comum.


2.3 Substitui o pronome pessoal «-a» (l. 2) pelo nome a que se refere.
carta

2.4 Substitui o último complemento direto identificado pelo pronome pessoal correspondente.
os

3 Constrói uma frase para cada uma das estruturas que se seguem.
a) sujeito simples 1 verbo «comer» 1 complemento direto
Eu como uvas.
b) sujeito composto 1 verbo «contar» 1 complemento direto sob a forma de pronome pessoal
O Tiago e a Andreia contaram-na.
c) sujeito simples 1 verbo «afirmar» 1 complemento direto sob a forma de oração
Eles afirmam que a história é verídica.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 27


G. Complemento indireto
1 Presta atenção às frases seguintes.
a) Ontem, entreguei dois bilhetes ao meu irmão.
b) À noite, revelei-lhe que eram para ir ao teatro.
c) De início, confessou-me que gostava mais de cinema.
d) Depois, aceitou, agradeceu e deu à «mana querida» um enorme beijo.
e) No dia seguinte, telefonou à namorada e convidou-a para aquele momento cultural.
f) As casas de espetáculo, em geral, oferecem-nos gratos momentos de prazer.
1.1 Destaca o complemento indireto em cada uma das frases.
1.2 Especifica a sua constituição.
a) contração da preposição «a» com o determinante artigo definido «o» 1 determinante
possessivo1 nome comum
b) pronome pessoal, forma de complemento indireto
c) pronome pessoal, forma de complemento indireto
d) contração da preposição «a» com o determinante artigo definido «a» 1 nome comum 1
adjetivo
e) contração da preposição «a» com o determinante artigo definido «a» 1 nome comum
f) pronome pessoal, forma de complemento indireto

2 Lê o excerto textual que se segue.

Três meses depois, José Valentim viu-se forçado aescrever a Amparito, pedindo-lhe muitas
desculpas pelo despedimento precipitado, garantindo-lhe agora o dobro do que estava a
ganhar, e o nome em letras bem destacadas no cartaz, explicando que Olinda Dulce, depois
de um ano inteiro a cantar «Clavelitos Rojos», tinha casado com um viúvo que podia ser seu
5 pai e, numa demonstração de desprezo e ingratidão, largara os palcos sem sequer lhe dizer
obrigada.
ALICE VIEIRA, Se Perguntarem por Mim, Digam Que Voei, Caminho, 2008

2.1 Copia os complementos indiretos que identificares no excerto.


a Amparito; -lhe; -lhe; -lhe
2.2 Reescreve o primeiro substituindo-o pelo respetivo pronome pessoal.
Três meses depois, José Valentim viu-se forçado a escrever-lhe.
2.3 Substitui o último pronome pessoal «lhe» pelo nome correspondente e reescreve a frase.
[…], largara os palcos sem sequer dizer obrigada a José Valentim.

3 Constrói três frases de acordo com as estruturas que se seguem.


a) sujeito simples 1 verbo «desobedecer» 1 complemento indireto
O João desobedeceu ao Luís.
b) sujeito composto 1 verbo «oferecer» 1 complemento direto 1 complemento indireto
A Joana e o José ofereceram um CD ao primo.
c) sujeito simples 1 verbo «sorrir» 1 complemento indireto sob a forma de pronome pessoal
Ela sorriu-lhe.

28
H. Complemento oblíquo
1 Presta atenção às frases seguintes.
a) A Maria vive em Londres. g) O André portou-se mal.
b) Colocaste o papel no contentor azul? h) O meu tio procedeu corretamente.
c) Ela pôs os livros na estante. i) O Luís deixou lá as chaves.
d) O João e a Ana foram ao cinema. j) Eles moram além.
e) A Joana partiu para França. k) A Ana gosta de bolos.
f) Os meus primos chegaram de Itália. l) A Maria vive aqui ou em Londres?
1.1 Sublinha o complemento oblíquo em cada uma das frases.
1.2 Especifica a sua constituição.
a) preposição 1n omepróprio g) advérbiodepredicado
b) preposição 1 determinante artigo 1 advérbio
h) de frase
nome comum 1a djetivo i) advérbiodepredicado
c) preposição 1 det. artigo 1 nome comum j) advérbio de predicado
d) preposição 1 det. artigo 1 nome comum k) preposição 1 nome comum
e) preposição 1n omepróprio l) advérbiodepredicado 1 conjunção1
f) preposição 1n omepróprio preposição 1 nome próprio

2 Constrói frases em que uses os verbos da caixa com um complemento oblíquo.

chamar entrar passar habitar sair regressar vir viajar


Os alunos chamam pela professora para os esclarecer.
A Luana entrou na escola às dez horas.
Eles habitam muito longe daqui.
O meu tio ainda passou pelo Portugal dos Pequenitos.
Ela regressou a casa cedo.
Eles saíram de casa às escondidas.
Eles viajaram de Roma a Paris num só dia.
A Dina veio do Porto ontem.

3 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações sobre o complemento
oblíquo. Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F

A — É um constituinte facultativo. X
É um constituinte obrigatório, embora possa não estar expresso.
B — Ele pode apresentar-se sob a forma de grupo preposicional ou de grupo
adverbial. X

C — Ocorre, entre outros, com verbos de movimento. X

D — Pode ser substituído pelo pronome pessoal «lhe». X


Pode ser substituído pela forma tónica oblíqua do pronome, antecedida de
preposição . Ex.: Gosto da Maria; gosto dela.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 29


I. Complemento agente da passiva
1 Lê atentamente o texto que se segue.

O Tobias
D. Genoveva estava felicíssima. Os seus queridos netinhos estavam quase a chegar para
umas merecidas férias. Toda a casa brilhava. Tudo estava imaculadamente limpo. O Tobias,
cão serrano, estava excitadíssimo ao ver a agitação da sua dona.
De repente, começa a ouvir-se ao longe a buzina de um carro como que cantando
5 alegremente. O Tobias começa a ladrar, dando grandes saltos em torno de D. Genoveva,
enquanto esta se dirigia para o portão da sua quinta.
Terminado o festival de beijos e abraços, dirigiram-se todos para dentro de casa, onde
os esperava um delicioso lanche. Todos, menos o Tobias.
D. Genoveva tinha preparado uma mesa com todas aquelas coisas boas que só uma avó
10 sabe fazer. Apenas faltava a espetacular tarte de framboesa que ela colocara a arrefecer na
janela da cozinha e que o seu neto João prontamente fora buscar. Mas eis que:
— Avó, o Tobias comeu a tarte de framboesas! — gritou o João.
— Que dizes, meu filho? — replicou a avó.
— Digo que a tarte de framboesas foi comida pelo Tobias! — repetiu bastante aborre-
cido o João.
(texto das autoras)

1.1 Observa as frases que se seguem, extraídas do texto apresentado.


a) «— Avó, o Tobias comeu a tarte de framboesas!» (l. 12)
b) «— Digo que a tarte de framboesas foi comida pelo Tobias!» (l. 14)
1.1.1 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem. V F
A — As frases a) e b) estão na forma ativa. X
B — Só a frase a) está na forma passiva porque o verbo está no passado. X
C — O complemento direto da frase a) desempenha a função
de sujeito na frase b). X
D — O complemento agente da passiva, presente na frase b),
desempenha a função de sujeito na frase a). X

2 De entre as frases que se seguem, indica as que se encontram na forma ativa e na forma passiva,
preenchendo o quadro com uma cruz (X) e sublinhando os elementos que desempenham a função
de complemento agente da passiva.

Frases Ativa Passiva


Todos os alunos visitaram o museu. X
A mãe acendia a vela do bolo de aniversário. X
O comboio é ainda utilizado por muitos cidadãos. X
Este medicamento foi indicado pelo pediatra. X
A equipa venceu o jogo. X
O árbitro foi vaiado pelos adeptos da casa. X
Este jornalista é desconhecido de todos. X

30
2.1 Converte todos os sujeitos das frases na forma ativa em complementos agentes da passiva,
procedendo às alterações que considerares necessárias.
O museu foi visitado por todos os alunos.
A vela do bolo de aniversário era acesa pela mãe.
O jogo foi vencido pela equipa.

3 Lê atentamente os diversos provérbios populares que te são apresentados.


a) Cavalo fouveiro deixa o dono no terreiro.
b) De manhã a manhã, perde o carneiro a lã.
c) O medo guarda a vinha.
d) A andorinha salvou o rei leão.
e) A necessidade aguça o engenho.
f) A rir se corrigem os costumes.
g) O lobo perde o pelo, mas não o vício.
h) A união faz a força.
i) A ambição cerra o coração.
3.1 Sublinha o sujeito e o complemento direto de cada um dos provérbios.
3.2 Transforma as frases, convertendo os diferentes sujeitos em complementos agentes da
passiva.
a) O dono é deixado no terreiro pelo cavalo fouveiro.
b) De manhã a manhã, a lã é perdida pelo carneiro.
c) A vinha é guardada pelo medo.
d) O rei leão foi salvo pela andorinha.
e) O engenho é aguçado pela necessidade.
f) Os costumes são corrigidos a rir/pelo riso.
g) O pelo é perdido pelo lobo, mas não o vício.
h) A força é feita pela união.
i) O coração é cerrado pela ambição.

4 Aplica os conhecimentos que adquiriste no exercício que se segue.

Forma
Ativa Passiva
Ontem, li o texto em casa. Ontem, o texto foi lido por mim em casa.
O seu autor apresentará o livro. O livro será apresentado pelo seu autor.
Dou regularmente flores à minha mãe. Flores são regularmente dadas por mim à minha mãe.
Os bombeiros salvaram-nos. Eles foram salvos pelos bombeiros.
Amanhã a seleção vencerá o jogo. Amanhã, o jogo será vencido pela seleção.
O professor de substituição dá a aula. A aula é dada pelo professor de substituição.
A avó está agora à espera dos netos. Os netos são agora esperados pela avó.
A avó preparou a mesa. A mesa foi preparada pela avó.
D. Genoveva limpou a casa toda. A casa foi toda limpa pela D. Genoveva.
Hoje a avó fez a tarte. A tarte foi feita pela avó hoje.
BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 31
J. Predicativo do sujeito
1 Atenta no excerto textual seguinte.

O riacho
— Eu sei! — disse Valéria. — Tu estás poluído, amigo Riacho; os homens que fizeram
isso são ignorantes, a tua água já não vai servir para beber, os teus peixes vão ficar doentes,
as plantas e as árvores que tu regas não podem ser felizes.
E os peixes subiram à tona do riacho e disseram a Valéria:
5 — Sim, nós estamos doentes.
E as plantas curvaram as suas cabecinhas floridas e disseram a Valéria:
— Sim, nós estamos infelizes.
Foi então a vez de as árvores agitarem os ramos e os frutos e dizerem a Valéria:
— Nós também não somos felizes.
SIDÓNIO MURALHA, Valéria e a Vida, Gailivro, 2009

1.1 Transcreve do excerto cinco exemplos de predicativos do sujeito.


poluído
ignorantes
doentes
felizes

infelizes
1.2 Menciona os verbos copulativos que os selecionaram.
estar; ser; ficar; ser; estar.

2 Completa as frases com predicativos do sujeito criados por ti.


Os
a) homens parecem alheios (adjetivo) à poluição.
Muitos
b) permanecem indiferentes (adjetivo) a este flagelo.
Alguns andam
c) contentes (adjetivo) como se nada fosse.
O ambiente aparece cada vez mais
d) poluído (adjetivo).
O Planeta continua
e) doente (adjetivo) por ser mal tratado.
f)Assim, corremos o risco de nos tornarmos destruidores (adjetivo) do nosso maior
bem.

2.1 Copia os verbos copulativos presentes nestas frases.


a) parecer d) aparecer
b) permanecer e) continuar
c) andar f) tornar-se

3 Constrói duas frases de acordo com as estruturas que se seguem.


a) sujeito simples 1 verbo «ir» 1 predicativo do sujeito
Todos iam alegres.
b) sujeito composto 1 verbo «vir» 1 predicativo do sujeito
A Ana e o Pedro vinham animados.

32
K. Predicativo do complemento direto
1 Lê atentamente as frases que se seguem.
a) Considero este filme espetacular.
b) A Luísa tem cabelos encaracolados.
c) Ele declarou a ré culpada pelo crime de agressão física.
d) O Pedro acha esta matéria fácil.
e) Nós nomeámo-lo porta-voz do grupo.
f) A turma elegeu-o delegado por unanimidade.
g) Todos o têm por boa pessoa.
h) A diretora de turma designou-a para subdelegada.
i) Dou esta árdua tarefa por terminada.
1.1 Sublinha o predicativo do complemento direto em cada uma das frases.
1.2 Regista os verbos dessas frases.
a) considerar d) achar g) te(pr or)
b) ter e) nomear h) design(aprara)
c) declarar f) eleger i) d(apror)

2 Atenta nos verbos apresentados na seguinte caixa.

aceitar(por) considerar estar proclamar

achar continuar ficar ser


andar coroar julgar supor
aparecer declarar nomear(para) ter(por)
apelidar designar parecer tomar(por)
cognominar eleger permanecer tornar-se

2.1 Sublinha os que normalmente exigem predicativo do complemento direto.


2.2 Seleciona quatro deles e constrói frases em que uses o predicativo do complemento direto.
Todos julgam o assunto interessante.
Ele apelidou-o de menino mimado.
D. Dinis coroou Inês rainha depois de morta.
O juiz declarou aberta a audiência.

3 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as seguintes afirmações sobre o predicativo
do complemento direto. Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F
A — É a função sintática do constituinte queum verbo transitivo-predicativo seleciona. X

B — Completa o significado de um verbo intransitivo. X


Completa o significado de um verbo transitivo-predicativo.
C — Pode ser substituído por uma oração subordinada finita. X

D — Predica características do gruponominal com a função de complemento indireto. X


Predica características do grupo nominal com a função de complemento direto.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 33


L. Modificador
1 Lê as frases apresentadas e completa o quadro com dados das mesmas.
a) Os pais compraram-lhe uma mochila no supermercado.
b) A Maria falará com o André amanhã.
c) O José telefonou ao João logo que chegou a casa.
d) O professor explicou a matéria calmamente.
e) A Leonor foi ao teatro porque precisava de espairecer.
f) Ele recebeu o presente com admiração.
g) Ela aceitou o convite na festa.
h) A Júlia caiu acolá.
i) Aquele rapaz trabalhou muito para obter um futuro risonho.
j) Durante o verão, o Pedro foi à praia.
k) A Helena ornamentou o salão depressa.
l) Em breve, serei enfermeira.

Modificadores
do predicado (adverbial) do predicado (preposicional) de predicado (frásico)
amanhã no supermercado logo que chegou a casa
calmamente com admiração porque precisava de espairecer
acolá na festa para obter um futuro risonho
depressa Em breve Durante o verão

2 Constrói seis frases em que uses estas subclasses de modificadores.


Hoje, vou ao cinema.
De manhã, gosto de acordar cedo.
Quando acabares de estudar, poderás sair.
Em breve, daremos novidades.
A Joana telefonou porque queria conversar.
A conversa continuou após o jantar.

3 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
A — O modificador é a função sintática desempenhada por constituintes V F

selecionados pelo grupo sintático de que dependem. X


[…] constituintes não selecionados pelo grupo sintático de que dependem.
B — Estes modificadores podem ser representados por um grupo preposicional
ou adverbial, ou por uma frase. X

C — O modificador de frase é formado por uma oração coordenada. X


O modificador frásico é formado por uma oração subordinada condicional
ou concessiva.
D — O modificador é um constituinte funcional obrigatório. X
O modificador não é um constituinte funcional obrigatório.

34
• RESUMINDO…
1 Lê o excerto que se segue.

Lembro-me muito bem. Foi no monte. Meu avô ressonava à sombra dum carvalho, com
a espingarda de andar aos coelhos encostada ao tronco morno e os cães a vaguear ao redor,
impacientes, frustradíssimos.
Isso de o meu avô andar aos coelhos era uma patusca conversa, era mesmo uma patusca
5 conversa. Que meu avô saía cedo lá de casa com a espingarda ao ombro e um ror de cães a
ladrar festivamente, sim, é verdade; mas que regressasse com coelhos no cinturão…
Nunca caçou nada, nem um melro. Caçar coelhos!... Creio firmemente que, do meio
duma ponte, meu avô seria capaz de acertar no rio. Caçar coelhos!... Meu avô apreciava só o
aparato daquilo, o pum-pum dos tiros perdidos, o au-au dos cães defraudados.
ALTINO TOJAL, Os Putos, Bertrand, 1979

1.1 Preenche o quadro que se segue com segmentos frásicos do excerto que correspondam ao
solicitado.

Funções intáticas Exemplos


Sujeito Meu avô
Complemento direto um melro
Predicativo do sujeito uma patusca conversa
Complemento oblíquo lá de casa
Modificador do predicado festivamente
Modificador do nome impacientes

1.2 Com base no texto, constrói uma frase em que uses:


a) um complemento indireto;
O caçador assobiou ao cão.
b) um predicativo do complemento direto;
O neto tinha o avô por mau caçador.
c) um modificador do predicado (constituído por grupo adverbial);
Os cães vagueavam agitadamente pelo monte.
d) um modificador do predicado (constituído por grupo preposicional);
Naquele dia, o neto não se divertiu muito.
e) um modificador de frase;
Logo que chegou ao monte, o avô adormeceu.
f) um complemento agente da passiva;
Os coelhos não foram caçados pelo avô.
g) um vocativo.
Ó neto, vem comigo à caça.
1.3 Relê a frase apresentada e reescreve-a transformando o sujeito em complemento agente
da passiva.
«Meu avô apreciava só o aparato daquilo, […].» (l. 9)
Só o aparato daquilo era apreciado pelo meu avô.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 35


Consulta a ficha informativa 17,
«As relações entre as palavras»,
SINÓNIMO na página 161 do teu manual.

1 Completa o seguinte crucigrama a partir das instruções dadas.


1. Adjetivo sinónimo de «sã». 1 S ADIA
2. Nome sinónimo de «alegria». 2 GAUD I O
3. Adjetivo sinónimo de «cheio». 3 P L E N O
4. Verbo sinónimo de «pôr». 4 B O T A R
5 ESCO N D E R
5. Verbo sinónimo de «ocultar». 6 S I N A
6. Nome sinónimo de «sorte».
7 M ANDAR
7. Verbo sinónimo de «ordenar».
8 L E D O
8. Adjetivo sinónimo de «alegre».
9 S I S O
9. Nome sinónimo de «juízo».

2 Reconstitui o texto respeitando as indicações.

Palavras
Aquela palavra causava uma (1) fina dor e condizia com a sua
(2) deceção . Mas ele ainda não estava (3) s at i s f e i t o . Queria dar-lhe
mais força, certificar-se de que ninguém ficaria insensível a ela. Por isso encostou-lhe algumas
novas palavras.
«Injusto, (4) insidioso e pérfido».
Leu repetidamente as três palavras escritas. Agora sim! A primeira era uma classificação
(5) exata . A segunda um adjetivo adequadamente expressivo e a última pala-
vra era cortantee dava ao final o toque de estridênciade um acorde (6) dissonante .
RUI GRÁCIO, O Afinador de Palavras, Pé de Página Editores, 2008 (texto adaptado)

(1) Adjetivo sinónimo de «afiada».


(2) Nome sinónimo de «desilusão».
(3) Adjetivo sinónimo de «saciado».
(4) Adjetivo sinónimo de «traidor».
(5) Adjetivo sinónimo de «rigorosa».
(6) Adjetivo sinónimo de «desarmonioso».

3 Seleciona o sinónimo de cada uma das palavras seguintes.


a) monólogo c) janota
A — diálogo A — alegre
B — silêncio B — vaidoso
X C — solilóquio C — jovial
D — conversa X D — elegante
b) salientar d) procrastinar
X A — destacar X A — adiar
B — ocultar B — progredir
C — denegrir C — esperar
D — tapar D — aguardar

36
Consulta a ficha informativa 17,
«As relações entre as palavras»,
ANTÓNIMO na página 161 do teu manual.

1 Preenche o seguinte crucigrama a partir das instruções dadas.


1. Adjetivo antónimo de «alto».
1 B A I X O
2. Verbo antónimo de «comprar». 2 V E N D E R
3. Adjetivo antónimo de «frio». 3 QUEN T E
4. Verbo antónimo de «rir». 4 C H O R A R

5. Nome antónimo de «sul». 6 T 5R I


N ORTE
S T E
6. Adjetivo antónimo de «alegre».
7. Nome antónimo de «ódio». 7 A M O R
8 O T IM O
8. Adjetivo antónimo de «péssimo».
9 S IM PLE S
9. Adjetivo antónimo de «complexo».

2 Reconstitui o texto respeitando as indicações.

Supermulher
Mas não. Limitou-se a encolher os ombros e a dar provas do seu QI de rebentar a
escala […].
Ia ser um ano (1) maravilhoso . Agora, mais do que nunca, eu estava
(2) certa disso. Com aquela Supermulher (3) adterás mim a toda
a hora, a dormir no mesmo quarto — meu Deus, quando terei um quarto só para mim? —,
a (4) sair e a entrar para a mesma escola, a conhecer as minhas amigas e
(5) inimigas , a dar graxa às professoras (tinha mesmo ar disso, graxista é bicho
que se (6) conhece pelo cheiro). Ia ser o ano de todas as maravilhas.
ALICE VIEIRA, Úrsula, a Maior, Caminho, 1997 (texto adaptado)

(1) Adjetivo antónimo de «desastroso».


(2) Adjetivo antónimo de «errada».
(3) Locução prepositiva antónima de «à frente de».
(4) Verbo antónimo de «entrar».
(5) Adjetivo antónimo de «amigas».
(6) Verbo antónimo de «desconhece».

3 Seleciona o antónimo correto de cada uma das palavras seguintes.


a) adorar c) abrir
A — venerar X A — fechar
X B — detestar B — escancarar
C — amar C — soltar
D — gostar D — destapar
b) poupar d) acionar
A — economizar A — movimentar
B — amealhar B — atualizar
X C — esbanjar X C — desativar
D — guardar D — agitar

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 37


Consulta a ficha informativa 5,
«Os hipónimos e os hiperónimos»,
HIPÓNIMO na página 62 do teu manual.

1 Completa os esquemas com hipónimos dos hiperónimos apresentados.

mousse feijão
a) sobremesa arroz-doce d) leguminosa tr e m o ç o
g e l at i n a er v ilh a

m a nt e i ga a b ób ora
b) lacticínio q ue i jo e) sopa cenoura
i o gu r t e e s pi n af r e s

e sp a r g u e t e c há
c) massa cotovelos f) bebida á gu a
macarrão su m o

2 Lê o excerto seguinte.

Chegou a primavera
Naquele dia
o Sol acordou bem-disposto.
Rubro, assomou ao cerro,
acordou a aldeia.
5 — Eh gente, bom-dia!
Trazia um largo sorriso
e vinha afogueado da correria
pelos céus.
E corria agora pelos caminhos,
10 batia com punhados de luz
nas janelas, saltava
à copa das árvores
e, com largas pinceladas
de verde e amarelo, de rosa
15 e vermelho, transformava

as gotas de eorvalho
esmeraldas em rubis,
diamantes.
[…]
PAPINIANO CARLOS, Era Uma Vez…,
Campo das Letras, 2001 (excerto)

2.1 Transcreve do excerto três hipónimos de:


a) espaço — cerro; aldeia; caminhos.
b) cor — verde; amarelo; rosa.
c) pedra preciosa — rubis; esmeraldas; diamantes.

38
Consulta a ficha informativa 5,
«Os hipónimos e os hiperónimos»,
HIPERÓNIMO na página 62 do teu manual.

1 Completa os esquemas com o hiperónimo dos hipónimos apresentados.

Português banco
a) disciplina Matemática d) assento cadeira
História mocho

b) rádio e) vivenda
comunicação televisão habitação apartamento
telefone caravana

algodão frigorífico
c) tecido seda f) eletrodoméstico fogão
veludo máquina de lavar

2 Lê o excerto seguinte.

Clodoveu
[…] Como todos os meninos preguiçosos, tinha-se livrado de aprender a escrever e de
passar os dias a cuidar das mãos.
Com esse espírito de andarilho, passava o tempo a viajar, viajava imenso.
Sobre a velha carroça, erguera ele uma casinha de madeira com janela de estar e escada
5 de navio. O burro, esse, nunca levava Clodoveu muito a sério, mas atrás dele, e do chapéu
de coco, que sempre usara cerimoniosamente, seguiam-no fiéis: três cães, duas pombas e
um sagui, que na floresta se perdera dos pais. […]
Nada disso levantaria suspeita se, entretanto, coisa insólita se não estivesse a passar:
é que, tendo comido sementes de plátano a dar c’um pau, começou, o pobre homem, a
transformar-se em árvore. […]
VERGÍLIO ALBERTO VIEIRA, O Peixinho Folha-de-Água, Caminho, 2000 (texto com supressões)

2.1 Apresenta o hiperónimo correto para os hipónimos seguintes.

escrever sala de estar


a) a ti v i d a d e viajar d) ca s a cozinha
construir quarto

burro chapéu de coco


b) a ni m a l cão e) c ha p é u chapéu de palha
pomba chapéu de sol

carroça plátano
c) t r a n sp o r t e mota f) ár vo r e eucalipto
avião pinheiro

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 39


FAMÍLIA DE PALAVRAS
1 Lê o excerto.

Era uma vez um laranjal de folhas verdes, muito brilhantes. Como se um pincel com
verniz as tivesse pintado uma a uma. E um dia veio uma menina pelo laranjal e sentou-se
debaixo de uma laranjeira. Tinha os cabelos negros e caídos até aos ombros e um avental de
flores amarelas.

MATILDE ROSA ARAÚJO, O Sol e o Menino dos Pés Frios, Livros Horizonte, 1986
1.1 Completa o texto que se segue.
As palavras «laranjal» e «laranjeira» fazem parte da família de
palavras de laranja . Essas palavras têm em comum o
mesmo radical . Logo, podemos afirmar que o conjunto de palavras formadas
por derivação ou composição, cujo radical é o mesmo, forma uma família de
palavras .

2 Preenche o quadro de acordo com o exemplo apresentado.

Verbos Adjetivos N o me s
dividir dividido divisão
deliciar delicioso delícia
encantar encantado encanto
felicitar feliz felicidade
alegrar alegre alegria
aconselhar aconselhável conselho
enganar enganoso engano
mentir mentiroso mentira

3 Pensa agora no vocábulo «mar».


3.1 Indica quatro vocábulos que façam parte da sua família de palavras.
Maresia, marítimo, marear, marinheiro.
3.2 Cria uma frase na qual empregues a palavra «mar» e três vocábulos da sua família.
Gosto de ambientes marítimos porque me encanta o cheiro da maresia, admiro a coragem
dos marinheiros e fascina-me o mar.

4 Encontra na sopa de letras que se segue cinco palavras da família de «porta».

PORTA R I A
«porta» OMTPORTD
REPORMLA
TTNEOTAT
I PAT M AT R
TORTAORO
A R I ETR O P
TAMTROPR

40
5 De seguida, apresenta-se uma história incompleta. Reconstitui-a com vocábulos das famílias de
palavras de «mar» e de «casa».
O Senhor Casa, pessoa de classe social média alta, encontrou o seu abastado tio, Senhor
Casarão . Juntos decidiram ir visitar o pobre tio-avô que vivia miseravelmente,
conhecido por Casebre . Juntos, o Casa ,o Casarão
eo Casebre , dirigiram-se até à praia para ver o mar. Sentiram o agradável cheiro a
maresia , observaram a chegada dos bravos marinheiros , regressados de
mais uma aventura marítima .

(texto das autoras)


6 Partindo agora das palavras «livro» e «noite», cria também tu uma história, seguindo o exemplo
anterior.
Resposta livre.

7
Com aque
bulos ajuda de um dicionário, caso consideres necessário, encontra palavras da família dos vocá-
te apresentamos.
a)solidário — so l i d a r i e d a d e s o l i d ar i z a r s o l i d ar i z a ç ã o
b) natividade — N a t a l n a t a l í c i o nativo
festa
c) — f e s t i v o f e s t i v a l f e s t an ç a
amigo
d) — a m i g á v e l a m i c í s s i m o a m i ga l h a ç o
honra
e) — honroso honoríf ico honrado

8 Identifica o intruso e circunda-o.


a) fogo → fogueira — fogão — fósforo
b) terra → terrestre — termo — território
c) água → agudo — aguado — aguardente
d) pão → panicultura — panívoro — pâncreas
e) gelo → gel — gelado — degelo

9 Descobre os vocábulos em falta, sabendo que são da família das palavras apresentadas e par-
tindo da respetiva definição.
a) rota → rotação (movimento giratório de um corpo em torno de um eixo fixo,
material ou não).
b) sol → insolação (estado patológico provocado pela exposição demorada a um
sol intenso).
c) noite → notívago (que ou quem vagueia ou se diverte à noite).
d) vento → ventilar (renovar o ar; arejar).
e) gelo → enregelar (tornar hirto pelo frio).

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 41


Consulta a ficha informativa 6,
«O campo lexical e o campo
CAMPO LEXICAL semântico», na página 63 do teu
manual.

1 Lê o texto em silêncio.

Esta é a cidade, e é bela. 20 Aperfeiçoo a focagem.


Pela ocular da janela Olho imagem por imagem
Foco o sémen da rua. Numa comoção crescente.
Um formigueiro que se agita Enchem-se-lhe os olhos de água.
5 Se esgueira, freme, crepita Tanto sonho! Tanta mágoa!
Ziguezagueia e flutua. 25 Tanta coisa! Tanta gente!
São automóveis, lambretas,
Freme como a sebe bebe
motas, vespas, bicicletas,
Numa avidez de garganta, carros, carrinhas, carretas,
Como um cavalo se espanta
e gente, sempre mais gente,
10 Ou como um ventre concebe. 30 gente, gente, gente, gente,
Treme e freme, freme e treme, num tumulto permanente
Friorento voo de libélula que não cansa nem descansa,
Sobre o charco imundo e estreme. um rio que no mar se lança
Barco de incógnito leme em caudalosa corrente.
15 Cada homem, cada célula. 35 Tanto sonho! Tanta esperança!
É como um tecido orgânico
Tanta mágoa! Tanta gente!
Que não seca nem coagula,
Que ANTÓNIO GEDEÃO
E vai,anum
si mesmo se pânico.
estimula João, Poesias
Edições Completas
Sá da Costa, 1987,
medido
1.1 Na penúltima estrofe, faz o levantamento de todas as palavras que designam, caracterizam
ou qualificam a cidade e preenche o quadro que se segue.

Cidade

automóveis vespas carrinhas


lambretas bicicletas carretas
motas carros gente

1.2 Classifica as frases seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F
A — As palavras encontradas fazem parte da família de «cidade». X
As palavras encontradas fazem parte do campo lexical de «cidade».
B — O conjunto de palavras encontrado constitui o campo lexical
da palavra «cidade». X

C — O campo lexical é composto por palavras que têm srcem X


na mesma palavra.
[…] palavras associadas, pelo seu significado, a um mesmo conceito.
D — As palavras que constituem um campo lexical pertencem
à mesma classe de palavras. X

42
2 Elabora agora o campo lexical das palavras que se seguem.
a) educação — professores, alunos, escola, …
b) comunicação — Internet, computador, rato, …
c) verão — praia, sol, calor, …
d) ciência — astronomia, física, matemática, …

3 Descobre o campo lexical a que pertencem os grupos de palavras seguintes.


a) família — avô, avó, mãe, pai, filho, filha, neto, neta, tio, tia, …
b) desportos — futebol, andebol, basquetebol, voleibol, ténis, golfe, patinagem,
hóquei, …
c) habitações — casa, apartamento, vivenda, casebre, moradia, …
d) profissões — professor, médico, pedreiro, dentista, economista, contabilista, …

4 Lê os versos de Álvaro de Campos e indica o campo lexical para o qual eles nos remetem.
Ó fábricas, ó laboratórios, ó music-halls , ó Luna-Parks,
ó couraçados, ó pontes, ó docas flutuantes —
[…] cidade
Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas!
Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios!

5 Inspirando-te nos versos que se seguem do poema que leste, produz uma pequena estrofe, de
forma a obteres o campo lexical de «informática».
Resposta livre.
«São automóveis, lambretas
motas, vespas, bicicletas,
carros, carrinhas, carretas,
e gente, sempre mais gente,
gente, gente, gente, gente»

6 Ninguém consegue viver sem amor. Num pequeno texto, com aproximadamente 50 palavras,
descreve este sentimento, empregando vocábulos que configurem o seu campo lexical.
Resposta livre.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 43


Consulta a ficha informativa 6,
«O campo lexical e o campo
CAMPO SEMÂNTICO semântico», na página 63 do teu
manual.

1 Lê atentamente as frases que se seguem.


a) Ele estendeu-me a sua mão amiga.
b) Cuidado! Estás fora de mão.
c) Comprei o carro em segunda mão.
d) Foi preso. Meteu a mão no bolso alheio.
e) A encomenda foi entregue em mão.
f) Ele está mal habituado. Tem sempre tudo de mão beijada.
1.1 Sublinha a palavra que se repete em todas as alíneas.
1.2 Regista os diferentes significados que a palavra em questão assume em cada uma das fra-
ses apresentadas.
a) ajuda
b) faixa de rodagem contrária
c) usado
d) roubo
e) pessoalmente
f) facilitado

2 Classifica as afirmações seguintes como verdadeiras (V) ou falsas (F).

Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F


A — Os vários significados encontrados fazem parte do campo lexical de «mão». X
Os vários significados encontrados fazem parte do campo semântico de «mão».
B — O conjunto de significados encontrados constitui o campo semântico
da palavra «mão». X

C — O campo semântico é composto pelas várias aceções que a palavra


pode adquirir, nos diferentes contextos. X

D — O campo semântico tem como ponto de partida a família de palavras. X


[…] tem como ponto de partida diferentes significados da mesma palavra.

3 Constrói o campo semântico das palavras que se seguem.

obra-prima ter as costas largas


obras de Santa Engrácia pôr mãos à obra de costas ao alto voltar as costas

por obra dar ter as


o br a ser obra c os t a s
e graça de à costa costas
quentes

obra de misericórdia obra-mestra falar pelas costas as costas


da cadeira
obra de arte deitar para trás
das costas

44
4 Elabora, agora, o campo semântico das palavras que se seguem, escrevendo frases nas quais a
palavra em questão adquira diferentes significados.

Palavras Camposemântico Frases


fio de azeite Só quero um fio de azeite no peixe!
Fio fio de prumo O fio de prumo é fundamental para as medições.
fio condutor Segui sempre o fio condutor da história.

a braços com Estou a braços com um problema.


Braços de braços abertos Recebeu-me de braços abertos.
cruzar os braços Não podes cruzar os braços!

letra (de música) Sei esta letra de cor.


Letra letra (de câmbio) Falta pagar apenas uma letra.
à letra Levou a sugestão à letra.

jogo de cartas Este jogo de cartas dá que pensar!


Jogo um jogo A vida é um jogo.
abrir o jogo Ele acabou por abrir o jogo.

mãe de alguém A minha mãe é especial!


Mãe mãe (srcem de) A água é a mãe da vida.
mãe de família Ela é uma mãe de família.

folha de papel Dá-me uma folha de papel!


Papel um papel (ator) Ele desempenha um papel importante na peça.
papel (dinheiro) O João tem muito papel.

5 Cria um diálogo em que explores todas as significações que a palavra «flor» pode assumir (se
for preciso, consulta o dicionário).
Resposta livre.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 45


Consulta a ficha informativa 17,
«As relações entre as palavras»,
RELAÇÕES DE FONIA E DE GRAFIA na página 161 do teu manual.

ENTRE AS PALAVRAS
1 Lê atentamente os excertos apresentados.
Excerto A

Querida Marta
Amanhã é o dia de anos do meu pai. Tenho andado a pensar no que hei de oferecer-
-lhe, mas não cheguei a nenhuma conclusão. […] Ele pediu à minha mãe para não convidar
ninguém, pois logo a seguir ao jantar tem de voltar para o hospital. Ela ficou chateadíssima e
5 disse que já tinha tudo programado. […] Pela primeira vez senti há muito tempo, senti uma
certa pena da minha mãe e, como quem tem pena é galinha, considero que tive um senti-
mento galináceo, o que me irrita um bocado.
MARIA TERESA MAIA GONZALEZ, A Lua de Joana, Verbo, 1994 (texto com supressões)

Excerto B

Um pobre homem estava a trabalhar no mato, a cortar lenha para ir vender pela vila e
assim sustentar mulher e filhos. De repente, viu ao pé de si dois sujeitos, bem vestidos, que
lhe disseram:
— Nós somos a Fortuna e a Riqueza. Viemos-te ajudar.
5 Cada um queria acudir de preferência ao pobre homem e altercavam entre si.


— Eu
Poissó mesmo
por mimsem
o faço
ser feliz;
rico,sendo ele rico tem
eu dando-lhe tudo. faço-lhe maior benefício. Senão
fortuna,
experimentemos.
TEÓFILO BRAGA, Contos Tradicionais do Povo Português , vol. I, Dom Quixote, 1998

1.1 No excerto A, a palavra «pena» surge com dois significados distintos. Indica-os.
«uma certa pena da minha mãe» — refere-se ao sentimento de tristeza, de dor, de desgosto.
«quem tem pena é galinha» — refere-se ao revestimento do corpo das aves.
1.2 Como se designam essas palavras que se escrevem e se pronunciam da mesma maneira,
mas têm significados diferentes?
Palavras homónimas.
1.3 Para cada uma das alíneas seguintes, cria uma frase em que a palavra sublinhada surja com
outro significado.
a) Todas as minhas economias estão no banco. Saltei para o banco quando vi o rato.
b) Gosto da quadra natalícia! Escrevi esta quadra ontem.
c) Já descobriram a cura para a tuberculose. O cura celebra a missa às 18h00.
d) Parti a lente dos óculos. O lente da Universidade é muito culto.
1.4 Cria dois pares de frases em que uses palavras homónimas.
Oseucantoencanta-me. O
/ lhaaliparaaquelecanto.
Embora saia muitas vezes, nunca a encontro. / Que bela sai a!
1.5 No excerto B, surgem destacadas as palavras «nós» e «sem». Que significado possuem?
«Nós» é o pronome pessoal, segunda pessoa do plural, e «sem» é uma preposição que indica
a ausência de algo.

46
1.6 E na frase «Cem alunos participaram na apanha da noz.», que significado possuem as
palavras destacadas?
«Cem» é o numeral cardinal que indica uma certa quantidade e «noz» é um fruto.

1.7 Que relação estabelecem as palavras «nós/noz» e «sem/cem»? Como se designam?


Escrevem-se de forma diferente, possuem significado diferente, mas a pronúncia é igual;
logo, são palavras homófonas.

1.8 Completa as frases que se seguem, selecionando em cada par de palavras apresentado a
que se adapta ao contexto.
O
a) assento (acento/assento) desta cadeira é muito confortável.
Vivo
b) no concelho (conselho/concelho) de Coimbra.
Vou
c) coser (cozer/coser) a bainha das tuas calças.
Ad) sela (cela/sela) do cavalo é indispensável!

e) muito ruído (roído/ruído) na rua.
1.9 Cria dois pares de frases em que empregues palavras homófonas.
Que belo cinto! / Sinto uma forte dor de cabeça!
Vêscomonuncameengano! J/oga,éatuavez!
1.10 Além das palavras estudadas anteriormente, há um outro tipo, conforme se mostra no
exemplo que se segue:
Ex.: Na sede do clube, os jogadores matam a sua sede.
a) Quais são as diferenças que existem entre as duas palavras sublinhadas?
A pronúncia e o significado são diferentes.

b) Como se designam?
Palavras homógrafas.
c) Procura agora mais dois pares de palavras desse tipo e inventa frases nas quais seja
perfeitamente percetível a diferença que existe entre elas.
O sabiá é uma ave brasileira. / Não sabia nada.
O GPS dá-nos a rota correta. / A tua meia está rota.

1.11 Ainda
homemnoe altercavam
segundo texto,
entreatenta
si.» (l. na
5) efrase «Cada
sublinha um queria
o adjetivo acudir
usado para de preferência
caracterizar ao pobre
o homem.
1.12 As palavras «pobre» e «podre» têm sentidos diferentes, mas formas muito semelhantes.
Como se designam essas palavras?
Palavras parónimas.
1.13 Para cada uma das palavras que se seguem, encontra o seu par — uma palavra semelhante
graficamente mas com significado diferente.
a) comprimento — cumprimento d) sebe — sede
b) perfeito — prefeito e) emigração — imigração
c) discrição — descrição f) dispensa — despensa

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 47


2 Em cada alínea, atenta nas palavras sublinhadas e completa os espaços em branco.
a) Fiz o trabalho com muito gosto!
Eu gosto de textos relativos ao património cultural de um povo.
As palavras sublinhadas são homógrafas , porque se escrevem da mesma
maneira, mas têm pronúncia e significado diferentes.
.
b) Ora essa, eu não sou de cerimónias!
E à hora combinada lá estarei!
As palavras sublinhadas são homófonas , porque se escrevem de forma
diferente e têm significados distintos, mas pronunciam-se da mesma maneira.
.
c) Conduzir à pressa é perigoso!
A raposa sabe escolher a sua presa.
As palavras sublinhadas são parónimas , porque se escrevem e pronunciam
de forma semelhante, mas têm significados diferentes.
.
d) O conto é para ti.
Eu conto histórias engraçadas.
As palavras sublinhadas são homónimas , porque se escrevem e pronunciam
da mesma maneira, mas têm significados diferentes.

.
2.1 Sintetiza a informação apresentada preenchendo o seguinte quadro com igual ( 5), seme-
lhante ( ) ou diferente (Þ).
<

Palavras Grafia Fonia Significado Designação


gosto/gosto 5 Þ Þ homógrafas
ora/hora Þ 5 Þ homófonas
pressa/presa ø ø Þ parónimas
conto/conto 5 5 Þ homónimas

3 Produz um pequeno texto no qual apliques os conhecimentos que adquiriste, usando os pares de
palavras que se seguem e dando asas à tua criatividade.

dúvida/duvida passo/paço rio/rio tráfego/tráfico

Resposta livre.

48
4 Lê atentamente o texto que se segue.

Foi um dia prefeito. Todos nos divertimos. Tanta brincadeira. Foi fantástico jogar ao peão.
Desta vês, consegui ganhar. Treinei bastante. Lá no meu conselho, fazem-se vários campeo-
natos. Não só participo neles como ajudo na organização. Durante os mesmos, eu acento
sempre os resultados num bloco. Também o Luís, o meu grande amigo, faz como eu. Trás
5 sempre um bloco e posiciona-se por traz da mesa do júri, onde assiste a tudo. O campo onde
decorreu o campeonato tinha um cumprimento enorme, pois éramos muitos concorrentes,
mas, no fim de cada etapa, todos nós saudávamos os adversários com um simpático compri-
mento. Comportávamo-nos como verdadeiros cavaleiros, com uma atitude de grande descri-
ção.
10 No fim, na entrega dos prémios, havia muita música. O Luís até dizia: «Caramba, tanto
roído, é demais para os meus ouvidos!» E foi nesse momento que a minha mãe apareceu e
nos disse:
— Meninos, vamos até casa, eu aço um bom pedaço de carne, enquanto vocês descan-
sam.
15 Eu e o Luís olhámos um para o outro entusiasmados. A vós da minha mãe é tão doce
que ninguém consegue resistir às suas ideias.
(texto das autoras)

4.1 Relê o texto e sublinha as palavras usadas de forma incorreta.


4.2 Reescreve o texto substituindo essas palavras pelas corretas.
Foi um dia perfeito. Todos nos divertimos. Tanta brincadeira. Foi fantástico jogar ao pião.
Desta vez, consegui ganhar. Treinei bastante. Lá no meu concelho, fazem-se vários
campeonatos. Não só participo neles como ajudo na organização. Durante os mesmos, eu
assento sempre os resultados num bloco. Também o Luís, o meu grande amigo, faz como eu.
Traz sempre um bloco e posiciona-se por trás da mesa do júri, onde assiste a tudo. O campo
onde decorreu o campeonato tinha um comprimento enorme, pois éramos muitos
concorrentes, mas, no fim de cada etapa, todos nós saudávamos os adversários com um
simpático cumprimento. Comportávamo-nos como verdadeiros cavalheiros, com uma atitude
de grande discrição.
No fim, na entrega dos prémios, havia muita música. O Luís até dizia: «Caramba, tanto
ruído, é demais para os meus ouvidos!» E foi nesse momento que a minha mãe apareceu e nos
disse:
— Meninos, vamos até casa, eu asso um bom pedaço de carne, enquanto vocês

descansam.
Eu e o Luís olhámos um para o outro entusiasmados. A voz da minha mãe é tão doce que
ninguém consegue resistir às suas ideias.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 49


Consulta a ficha informativa 24,
«A formação de palavras»,
DERIVAÇÃO na página 250 do teu manual.

1 Preenche o quadro escrevendo as palavras apresentadas na respetiva coluna.


a) ajoelhar e) desatento i) empobrecer m) intolerante
b) alegremente f) desorganização j) esbracejar n) lealdade
c) amadurecer g) despenalização k) infelizmente o) pereira
d) beleza h) dispor l) imoral p) rever

Derivação
Prefixação Sufixação Parassíntese

ajoelhar
amadurecer
desatento alegremente desorganização
dispor beleza despenalização
imoral lealdade empobrecer
rever pereira esbracejar
infelizmente
intolerante

2 Lê o excerto que se segue.

verãoNormalmente,
de 1992. os adultos não se metiam nestas questiúnculas. Muito menos naquele
— Não sei como vai ser a vida — disse a avó. — A seca deste ano foi horrível, já repa-
raste, minha filha?
5 Maria Clara já tinha reparado. Ela sabia como a chuva tinha escasseado durante todo o
inverno e da desgraça que uma prolongada seca havia levado especialmente às regiões do
Alentejo e Ribatejo. Agora olhava em volta e entristecia:
— Estas terras envelheceram de repente! Não me sai da retina a imagem do gado
morrendo de sede… E o que depois choveu, não deu nem para a cova de um dente!
10 O marido troçou:
— Bem se vê que é uma senhora doutora dentista a falar. Ao menos tu metes tudo na
cova de um dente!
Maria Clara deitou-lhe um olhar furibundo que não passou despercebido à mãe.
MARIA ALBERTA MENÉRES, Uma Palmada na Testa, Verbo, 1993

2.1 Refere o processo de formação das palavras seguintes.


a) «Normalmente» — Derivação por sufixação.
b) «escasseado» — Derivação por sufixação.
c) «desgraça» — Derivação por prefixação.
d) «especialmente» — Derivação por sufixação.
e) «entristecia» — Derivação parassintética.
f) «envelheceram» — Derivação parassintética.
g) «dentista» — Derivação por sufixação.
h) «despercebido» — Derivação parassintética.

50
3 Apresenta duas palavras formadas com a junção dos prefixos seguintes.
a) ab- — abdicar; abusar g) im- — impossível; impuro
b) circum- — circum-adjacente; circunferência h) per- — percorrer; perversão
c) des- — desdizer; desabitado i) pro- — pronome; prosseguir
d) dia- — diagnóstico; diâmetro j) sub- — submarino; subtrair
e) en- — enformar; enraizar k) trans- — transnacional; transpirar
f) extra- — extraordinário; extraterrestre l) ultra- — ultrapassar; ultravioleta

4 Apresenta duas palavras formadas com a junção dos sufixos seguintes.


a) -ada — cotovelada; passarada g) -eza — esperteza; leveza
b) -ança — esperança; lembrança h) -ismo — facilitismo; modernismo
c) -(d)ade — crueldade; felicidade i) -mente — profundamente; subtilmente
d) -ear — falsear; recear j) -oso — estrondoso; preguiçoso
e) -ecer — escurecer; favorecer k) -vel — adorável; prestável
f) -eira — laranjeira; cegueira l) -zito — pezito; leãozito

5 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
A — Os afixos são elementos que se unem a uma forma de base para formar V F
novos vocábulos. X

B — Os afixos dividem-se em prefixos, interfixos e sufixos, consoante a posição


que ocupam na estrutura da palavra. X

C — Os prefixos são partículas que se pospõem ao radical. X


Os prefixos são partículas que se antepõem ao radical.
D — Os interfixos ocorrem no meio de uma palavra. X

E — Os sufixos são constituintes que se antepõem ao radical. X


Os sufixos são constituintes que se pospõem ao radical.
F — A parassíntese exige a presença simultânea de um prefixo e de um sufixo. X

G — Às palavras derivadas por parassíntese não podemos retirar o prefixo e/ou


o sufixo, pois os vocábulos daí resultantes não têm vida própria. X
A algumas palavras derivadas por parassíntese podemos retirar o prefixo e/ou
o sufixo, pois os vocábulos daí resultantes têm vida própria.

6 Indica a forma de base das palavras seguintes.


a) normalmente — normal g) olhar — olho
b) questiúnculas — questão h) furibundo — fúria
c) reparaste — reparar i) ocioso — ócio
d) escasseado — escassez j) patriota — pátria
e) desgraça — graça k) sorridente — sorriso
f) entristecia — triste l) diário — dia
BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 51
Consulta a ficha informativa 24,
«A formação de palavras»,
COMPOSIÇÃO na página 250 do teu manual.

1 Insere as palavras apresentadas na respetiva coluna do quadro.


a) agricultura f) cronómetro k) saca-rolhas
b) bem-vindo g) socioeconómico l) sexta-feira
c) café-concerto h) guarda-chuva m) sociologia
d) carnívoro i) lusodescendente n) surdo-mudo
e) couve-flor j) neurocirurgia o) zoologia

Composição
Morfológica Morfossintática

agricultura
bem-vindo
carnívoro
café-concerto
cronómetro
couve-flor
socioeconómico
guarda-chuva
lusodescendente
saca-rolhas
neurocirurgia
sexta-feira
sociologia
surdo-mudo
zoologia

2 Lê o texto seguinte.

Na quarta-feira, em plena aula de Geografia, a professora informou que íamos começar


a estudar uma nova matéria — a cartografia. Meia turma, quase em uníssono, comentou
que, pelo nome, parecia interessante. O Luís usou da palavra e disse:
— Bem bom! Gosto de mapas!
5 Em contracorrente, a Joana sussurrou a um grupo de colegas que melhor seria a matéria
do fim de semana — as corridas no hipódromo e as vistas maravilhosas para o campo de
girassóis e… não só!
A professora, que estava à beira de uma taquicardia e para evitar mais desenvolvimentos,
entrou na matéria a cem à hora como se se tratasse de uma operação-relâmpago!
O dia a dia na escola tem destas coisas!
(texto das autoras)

2.1 Refere o processo de formação das palavras seguintes.


a) quarta-feira — Composição morfossintática.
b) Geografia — Composição morfológica.
c) cartografia — Composição morfológica.
d) uníssono — Composição morfológica.
e) hipódromo — Composição morfológica.
f) girassóis — Composição morfossintática.
g) taquicardia — Composição morfológica.
h) operação-relâmpago — Composição morfossintática.

52
3 Liga cada vocábulo ao respetivo significado.
A. agorafobia F 1. medo de lugares fechados
B. apicultor D 2. relação ou inventário de livros sobre um certo assunto
C. benemérito E 3. aquele que é amador do cinema
D. bibliografia J 4. aquele que é amigo dos animais
E. cinéfilo H 5. aquele que trata de melhorar a situação dos homens
F. claustrofobia A 6. medo de largos espaços vazios e de sítios públicos
G. columbófilo I 7. gosto pela coleção de selos do correio
H. filantropo B 8. aquele que se dedica à arte de criar abelhas
I. filatelismo G 9. aquele que se dedica à arte de criar e adestrar pombos
J. zoófilo C 10. o mesmo que benfeitor
3.1 Como se designa o processo de formação destas palavras?
Composição morfológica.
3.2 Explica-o por palavras tuas.
Processo de composição que associa um radical a outro(s) radical(is) ou a uma ou mais palavras.
De um modo geral, entre os radicais ou o radical e a palavra associada ocorre uma vogal de ligação.

4 Une, igualmente, os dados que se seguem.


A. águia-imperial E 1. sandes de salsicha quente com mostarda
B. beija-flor F 2. ave colorida de canto aflautado

C. bicho-carpinteiro G 3. peixe que vive subterrado na areia


D. bico-grossudo H 4. ave trepadora
E. cachorro-quente J 5. mamífero carnívoro com listas transversais negras
F. papa-figos C 6. inseto cuja larva se alimenta de madeira
G. peixe-aranha B 7. pequeno pássaro de plumagem viva (5 colibri)
H. pica-pau D 8. ave granívora
I. porco-espinho A 9. ave de rapina diurna de grande envergadura
J. tigre-fêmea I 10. mamífero roedor com o corpo revestido de espinhos
4.1 Como se designa o processo de formação destas palavras?
Composição morfossintática.
4.2 Refere um aspeto comum a todos estes vocábulos.
Todos os vocábulos têm na sua composição um nome referente a um animal.

5 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
A — A composição é um processo de formação de palavras em que duas ou mais V F
formas de base se associam. X

B — A composição morfológica resulta da junção de palavras simples ou complexas


por intermédio de uma vogal de ligação. X
[…] junção de radicais simples ou complexos por intermédio de uma vogal de ligação.
C — A composição morfossintática associa duas ou mais palavras. X

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 53


PROCESSOS DE ENRIQUECIMENTO DO LÉXICO
A. Sigla
1 Lê atentamente a sequência de frases que se segue.
a) Espanha e Portugal fazem parte da UE.
b) A PJ realiza um trabalho notável, não concordas?
c) É imprescindível que as PME se consolidem.

d) Há uma associação que se chama SOS Criança.


e) Ali ficam as instalações da CGTP.
1.1 Como designas as palavras destacadas? Justifica a tua resposta.
São siglas, porque representam um conjunto de iniciais e em que se soletra cada letra.

1.2 Reescreve as frases fazendo a extensão de cada uma das unidades lexicais destacadas.
a) Espanha e Portugal fazem parte da União Europeia.

b) A Polícia Judiciária realiza um trabalho notável, não concordas?

c) É imprescindível que as Pequenas e Médias Empresas se consolidem.

d) Há uma associação que se chama Save Our Souls criança.

e) Ali ficam as instalações da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses.

2 Faz agora o exercício oposto. Descobre a sigla que corresponde a cada uma das expressões que
se seguem.
a) Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico — OCDE
b) Organização Não Governamental — ONG
c) Agence France-Presse — AFP
d) União Geral de Trabalhadores — UGT
e) Sociedade Anónima — SA

3 Elabora uma lista com outras siglas que conheças. (sugestão de resposta)
a) RTP d) DN
b) TVI e) BCG
c) GNR f) ET
3.1 Faz a extensão dessas siglas.
a) Rádio Televisão Portuguesa
b) Televisão Independente
c) Guarda Nacional Republicana
d) Diário de Notícias
e) Bacilo de Calmette e Guérin
f) Extraterrestre

54
3.2 Seleciona três dessas siglas e escreve frases em que as utilizes.
A GNR desenvolve um trabalho meritório.
O DN é um jornal muito importante a nível nacional.
A vacina do BCG é administrada de dez em dez anos.

B. Acrónimo
1 Lê atentamente a sequência de frases que se segue.
a) A ONU desenvolve vários projetos.
b) O teu pai trabalha na TAP?
c) A FENPROF defende os direitos dos professores.
d) Sabes o que é um OVNI?
e) A SIDA continua a matar.
1.1 Como designas as palavras destacadas? Justifica a tua resposta.
São acrónimos, porque resultam da combinação de iniciais, letras ou sílabas que se pronunciam
como se de uma palavra se tratasse.
1.2 Reescreve as frases fazendo a extensão de cada uma das unidades lexicais destacadas.
a) A Organização das Nações Unidas desenvolve vários projetos.

b) O teu pai trabalha nos Transportes Aéreos Portugueses?

c) A FEderação Nacional de PROFessores defende os direitos dos professores.

d) Sabes o que é um Objeto Voador Não Identificado?

e) A Síndrome de Imunodeficiência Adquirida continua a matar.

2 Faz agora o exercício oposto. Descobre o acrónimo que corresponde a cada uma das expressões
que se seguem.
a) binary table — BYTE
b) Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa — PALOP
c) Hospitais da Universidade de Coimbra — HUC
PIB
d) Produto Interno Bruto —
e) Estação de Tratamento de Águas Residuais — ETAR

3 Procura em jornais ou revistas quatro frases nas quais surjam acrónimos.


3.1 Regista-as abaixo.
Resposta livre.
Resposta livre.
Resposta livre.
Resposta livre.
3.2 Lê as frases em voz alta, na sala de aula, solicitando a um dos teus colegas que decifre os
acrónimos.
BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 55
C. Abreviatura
1 Na impossibilidade de ir às aulas, o João solicitou a um colega que lhe indicasse as tarefas que
deveria realizar. Lê a mensagem que o colega lhe enviou por e-mail.

Olá, João!
O t. p. c. que a prof. nos mandou é o da pág. 74 (sobre o adj.) e temos de caracterizar
a personagem principal do texto, o Sr. Romão.
Tchau

1.1 Certamente conheces os significados das palavras destacadas. Regista-os.


a) prof. — professor c) adj. — adjetivo
b) pág. — página d) Sr. — Senhor
1.2 Como designas essas palavras?
São abreviaturas.

2 Descobre o significado de cada uma das abreviaturas que se seguem.


a) AA. — Autores f) eng. — engenheiro
b) a. C. — antes de Cristo g) lab. — laboratório
c) cf. — confira h) sing. — singular
d) dr. — doutor i) N. B. — Nota Bene (note bem)
e) etc. — et caetera (e outras coisas) j) V. Ex.ª — Vossa Excelência

D. Empréstimo
1 Lê atentamente as frases que se seguem.
a) O apartheid foi um momento marcante na História.
b) Não gosto do inverno porque tenho de usar collants.
c) Comprei um rato novo para o computador.
d) Gosto muito mais de filmes de suspense.

e) Agora não! Estou a navegar na Net.


f) Este slogan é espetacular.
g) Ele adorava mousse de chocolate.
1.1 Classifica as palavras destacadas quanto ao processo de formação.
São empréstimos.
1.2 Como justificas a sua utilização no âmbito da língua portuguesa?
Os empréstimos resultam da necessidade de encontrar um nome que corresponda a um
melhor conceito num dado momento histórico. No fundo, suprimem uma falha de nome e de
conceito no nosso sistema linguístico.

56
2 Tendo em conta as definições apresentadas, identifica o termo a que cada uma delas corres-
ponde. Não te esqueças de que esse termo tem o mesmo processo de formação que referiste na
resposta à questão 1.1.
a) Stress — 1. MEDICINA conjunto de perturbações psíquicas e fisiológicas,
provocadas por agentes diversos, que prejudicam ou impedem a realização normal do trabalho;
2. tensão; pressão
b) Sprinter — DESPORTO (atletismo, ciclismo) atleta ou corredor que obtém bons
resultados nas provas de velocidade

c) Rato — 1. ZOOLOGIA nome vulgar extensivo a pequenos mamíferos roedores,


da família dos Murídeos, alguns dos quais cosmopolitas, de focinho pontiagudo, orelhas rela-
tivamente grandes e cauda comprida e escamosa; 2. ICTIOLOGIA peixe seláquio, afim da raia,
da família dos Trigonídeos, que aparece em Portugal; 3. NÁUTICA pedra de arestas vivas que
corta as amarras dos navios; 4. (fig.) larápio; 5. (fig.) frequentador assíduo; 6. INFORMÁTICA
dispositivo operado manualmente que permite executar funções no computador sem recurso
ao teclado
d) Ateliê — 1. oficina, sobretudo de costura, de fotografia ou de artes plásti-
cas; 2. sala de trabalho
e) Homepage — INFORMÁTICA página da Internet regularmente atualizada, que
contém textos organizados de forma cronológica, com conteúdos diversos (diário pessoal,
comentário e discussão sobre um dado tema, etc.) e que geralmente contém hiperligações
para outras páginas
f) Laser — FÍSICA dispositivo gerador de um feixe de radiações visíveis ou de
frequências vizinhas, coerente, monocromático e de elevadíssima intensidade
g) Vídeo — 1. técnica audiovisual que permite gravar imagens e sons por meio
de um magnetoscópio e de uma câmara de televisão e reproduzi-los imediatamente num ecrã
de televisão; 2. aparelho eletromagnético capaz de registar imagens e sons em banda magné-
tica ou disco magnético e de os reproduzir num aparelho de televisão; 3. filme gravado numa
videocassete
h) Cicerone — guia que mostra uma localidade ou edifício aos visitantes, dando-
-lhes informações a respeito do que observam
i) Árvore — 1. BOTÂNICA planta lenhosa que pode atingir grandes alturas e
cujo tronco se ramifica na parte superior; 2. representação de alguma coisa em forma de um
esquema com tronco e ramificações; 3. MECÂNICA peça principal rotativa de uma máquina;
4. MECÂNICA eixo; veio; fuso; 5. NÁUTICA mastro completo do navio; 6. LINGUÍSTICA repre-
sentação gráfica da estrutura de uma frase, oração ou sintagma, indicando as relações de
hierarquia e derivação por meio de linhas descendentes; de Natal pinheiro natural ou artificial
que se decora com lâmpadas, fitas ou outros enfeites, na época de Natal; genealógica
esquema de forma arborescente que indica a descendência de uma família através de gerações
sucessivas, ou o grau de parentesco dos diferentes seres vivos

3 Procura outros empréstimos em jornais, revistas ou outro tipo de publicações. Transcreve-os e cria
frases em que os incluas. Segue o exemplo.
Ex.: Fair play — Apesar de tudo, a equipa teve muito fair play.
Resposta livre. —
Resposta livre. —
Resposta livre. —
Resposta livre. —

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 57


• RESUMINDO…
1 Tendo em conta os conhecimentos relativos aos processos de enriquecimento do léxico que tens
vindo a adquirir, associa cada uma das definições abaixo aos vocábulos — «abreviatura», «acrónimo»,
«empréstimo» ou «sigla».
a) Sigla é o processo morfológico que consiste na redução de um grupo de
palavras às suas iniciais, pronunciando-se o nome de cada letra.
b) Abreviatura é uma forma convencional de representar uma palavra ou expressão
em que se recorre apenas a um subconjunto das suas letras, seguido de um ponto.
c) Acrónimo é o processo morfológico que permite a formação de unidades lexicais
a partir das iniciais ou combinações de letras ou sílabas de várias palavras que se pronun-
ciam como uma palavra.
d) Empréstimo é o processo de transferência de uma palavra de uma língua para
outra ou de uma área de saber para outra para satisfazer a necessidade de nomear uma
determinada realidade.

2 Aplica os teus conhecimentos sobre os processos de enriquecimento do léxico. Completa o


seguinte quadro de acordo com o exemplo.

Processos de enriquecimento
Processos de do
enriquecimento
léxico do léxico
Significados Significados
Vocábulo
Vocábulo Abreviatura
Abreviatura
Acrónimo Empréstimo
Acrónimo Sigla Empréstimo Sigla
Ex. Ex. X X Exemplo Exemplo
Hambúrguer
Hamburguer X Pequeno bife de carne picada
Frelimo
Frelimo X Frente de Libertação de Moçambique
Sapo
Sapo X Servidor de Apontadores Portugueses
V. M.
V. M. X Vossa Magnificência
M. M.
JuizJuiz X Meritíssimo Juiz
V. S.
V. S. X Vossa Santidade
m
V. Em.ª
V. Em.ª
Rev.
Revm.ª
ª X Vossa Eminência Reverendíssima
Com.
Com. X Comendador
Janela
Janela
X Parte da superfície do visor do computador
(informática)
(informática)
Il.moIlmo. X Ilustríssimo
INEM
INEM X Instituto Nacional de Emergência Médica
ICALP
ICALP X Instituto de Cultura e Língua Portuguesas
Croissant
Croissant X Pãozinho de massa folhada
Ketchup
Ketchup X Molho inglês feito de concentrado de tomate
AIPAIP X Associação Industrial Portuguesa
IRSIRS X Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares

2.1 Escreve frases em que utilizes um exemplo de cada um dos processos de enriquecimento
do léxico.
Resposta livre.

58
TIPO, FORMA E POLARIDADE DE FRASE
1 Lê atentamente o texto que se segue, cuja figura central é Sultão, o bravo jumento companheiro
do lavrador Tomé na lavoura.

Sultão
Mas o demónio, que sempre as arma, armou-lha também um dia! Foi ao cortelho de
manhã cedo, e não viu o burro. Ficou parvo! Pôs-se a mirar, espantado, a loja que lhe pareceu
enorme, e além de enorme — gelada!
— Ó Josefa! Josefa! — entrou logo a gritar da rua. — Ó Josefa!
5 A mulher assomou à janela, sobressaltada.
— Queres tu apostar que me roubaram o burro, ó mulher?!
— Que te roubaram o quê?! — fez a Sr.ª Josefa muito atónita.
— O burro! O Sultão! Vem cá ver que mo roubaram!
E como ao tempo já acudira o Manuel, descalço e em camisa, romperam os três numa
10 gritaria, defronte do cortelho vazio:
— Aque-d’el-rei! — Aque-d’el-rei! — Aque-d’el-rei!
Até que o regedor, que era compadre, intervindo estremunhado, pôs na peugada do
burro, mais dos larápios, os cabos que compareceram.
… Mas em vão! Um a um foram regressando, pelo dia adiante, e desfechando ao peito
15 abatido do Tomé a negra e vazia palavra:
— Nada! …
TRINDADE COELHO, Os Meus Amores, Europa-América, 1988

1.1 Transcreve do texto uma frase:


a) declarativa afirmativa;
A mulher assomou à janela, sobressaltada.
b) interrogativa afirmativa;
— Queres tu apostar que me roubaram o burro, ó mulher?!
c) exclamativa afirmativa;
Ficou parvo!
d) imperativa ativa;
Vem cá ver que mo roubaram!
e) declarativa negativa;
[…] e não viu o burro.

f) interrogativa ativa.
— Que te roubaram o quê?!
1.2 Escreve na forma passiva a frase «e não viu o burro».
E o burro não foi visto por si.
1.3 Com base no texto, constrói uma frase:
a) exclamativa, afirmativa, passiva;
O Sultão foi inutilmente procurado por todos!
b) imperativa, negativa, ativa.
Não me dês a notícia do desaparecimento do Sultão!

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 59


2 Classifica as frases assinalando com uma cruz (X) a opção correta.

Tipos de frase
Frases Declarativa Exclamativa Interrogativa Imperativa
Ó mãe, passa-me o pão. X
Pai, onde está o afia? X
Tenho pavor de cobras! X
O estojo está na secretária. X

Quando vamos ao cinema? X


Que belo passeio! X
Ofereceram-me um livro ontem. X
Para quieto! X

3 Classifica as frases assinalando com uma cruz (X) as opções corretas.

Polaridade Forma
Frases Afirmativa Negativa Ativa Passiva
Eu gosto muito de gelados. X X
Nem sempre as férias são bem
X X
aproveitadas por todos.
A exposição solar deve ser
X X
controlada.
Nós cá gostamos muito de praia. X X
O barco foi alugado
X X
pelos meus tios.
Aquele dia foi deveras
X X
interessante.
Não vou passear quando chove. X X
É que detesto andar à chuva! X X

4 Constrói frases de acordo com as instruções dadas.


a) Frase declarativa, afirmativa, passiva.
As férias são desejadas por todos.
b) Frase exclamativa, negativa, ativa.
Não gosto do inverno!
c) Frase interrogativa, afirmativa, ativa.
Onde está o meu casaco?
d) Frase imperativa, afirmativa, ativa.
Dá-me o sal!
e) Frase declarativa, negativa, ativa.
Não estudei o suficiente.
f) Frase interrogativa, negativa, ativa.
Não viste o meu gato?

60
FRASE SIMPLES E FRASE COMPLEXA
1 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.
Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
A — Uma frase simples é aquela que é constituída por um só grupo verbal, ao passo V F
que uma frase complexa é a que apresenta mais do que um grupo verbal. X

B — A frase simples possui um único grupo verbal (só com um verbo principal)
com a função de predicado e em que se encontra, regra geral, o sujeito. X
[…] um único grupo verbal (com um verbo principal ou copulativo) […]
C — Numa frase simples, o grupo nominal/sujeito pode estar implícito. X

D — A frase complexa possui mais de um grupo verbal com a função de sujeito. X


[…] com a funçã o de predicad o.
E — Uma frase complexa tem sempre duas ou mais orações. X

F — Uma frase complexa pode ter orações coordenadas ou subordinantes


e subordinadas. X
[…] coordenadas e/ou subordinantes e subordinadas.

2 Distingue se são simples ou complexas as frases seguintes.


a) «Deram-me este diário quando fiz anos.» — complexa
b) «Atirei-o para o fundo da gaveta.» — simples
c) «Hoje encontrei-o.» — simples
d) «Devia estudar mas não estou para isso.» — complexa
e) «Assim serei umapessoa irreconhecível e nãovou comprometer ninguém.»— complexa
f) «Não tenho liberdade nem posso viajar…» — complexa
g) «Aos 15 anos as pessoas não têm direito a nada.» — simples
h) «— Podes trabalhar.» — simples

LUÍSA DUCLA SOARES, Diário de Sofia & C.ª (aos 15 anos), Civilização Editora, 1994 (adaptado)

3 Inventa uma frase:


a) simples, cujo grupo verbal seja constituído por verbo principal e complemento direto;

Adoro cerejas.
b) simples, cujo grupo verbal seja constituído por verbo copulativo e predicativo do sujeito;
Ela ficou feliz.
c) simples, cujo grupo nominal/sujeito seja nulo subentendido;
Fizeste o trabalho de casa?
d) complexa, cujo elemento de ligação seja uma conjunção coordenativa disjuntiva;
Eu leio um livro ou ouço um CD.
e) complexa, cujo elemento de ligação seja uma conjunção subordinativa causal.
Adoro ler porque me dá prazer.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 61


Consulta a ficha informativa 21,
«A coordenação e a
COORDENAÇÃO subordinação», na página 210
do teu manual.

1 Classifica as orações destacadas sabendo de antemão que todas são coordenadas.

Exemplo Oraçãocoordenada
«Ainda não sei a tua morada de férias mas tenho de te escrever
adversativa
hoje mesmo.»

«Vivi uma experiência absolutamente inesperada, ou talvez seja mais


disjuntiva
rigoroso dizer uma série de experiências em cadeia , […].»
«Por agora senta-te, relaxa, prepara-te.» assindética
«Enche-te de paciência e ouve.» copulativa
«[…] fiquei na sala a ver televisão até tardíssimo e com o som um
copulativa
pouco acima do que seria necessário.»

«Não podia refilar abertamente […]; no entanto, a ideia de passar


adversativa
tantos dias neste fim do mundo enervou-me ao máximo.»

«A partir de certa altura só me entretinha alguns segundos com um


explicativa
programa […], pois na verdade não queria ver nada , […].»
«Ou adormeceram depressa ou preferiram fingir-se desentendidos.» disjuntiva
«Deitei-me de madrugada, acordei quase à hora do almoço ; […].» assindética
«Por azar devia ter acabado de comer, pois ainda não se iniciara
explicativa
a digestão.»

ANA MARIA MAGALHÃES E ISABEL ALÇADA, Diário Cruzado de João e Joana, Caminho, 2000

1.1 Identifica o tipo de orações coordenadas que não figuram no exercício 1.


São as orações coordenadas conclusivas.
1.2 Escreve duas frases que as ilustrem.
Estava a chover; portanto, não fomos passear.
Estudei muito; por conseguinte, vou obter uma boa classificação.

2 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s). V F
A — As orações coordenadas são ligadas por conjunções coordenativas. X

B — As orações coordenadas recebem a classificação da conjunção ou locução


coordenativa que estabelece a ligação entre elas. X

C — Entre as orações coordenadas há as copulativas, as adversativas e as explicativas. X

D — As orações disjuntivas, conclusivas e causais também fazem parte


das coordenadas. X
As orações disjuntivas e conclusivas também […]
E — A coordenação pressupõe uma relação de dependência entre orações. X
[…] uma relação de ligação entre orações.

62
Consulta a ficha informativa 21,
«A coordenação e a
SUBORDINAÇÃO subordinação», na página 210
do teu manual.

1 Completa o quadro que se segue, classificando as orações subordinadas destacadas.

Exemplo Oraçãosubordinada
«Como o rei passava todo o tempo à porta dos obséquios […]
adverbial causal
fingia-se desentendido, […].»

«[…] e já não era pequeno sinal de atenção ao bem-estar e felicidade

do
porseu quando
povoao
escrito resolvia pedir, um
primeiro-secretário parecer fundamentado
[…].» adverbial temporal

«Ora, isto era um enorme problema, se tivermos em consideração


adverbial condicional
que […] ali só podia atender um suplicante de cada vez, […].»

«[…] enquanto houvesse alguém à espera da resposta (1), (1)(1) adverbial temporal
nenhuma outra pessoa se poderia aproximar a fim de expor
as suas necessidades (2) […].» (2) (2) adverbial final

«À primeira vista, quem ficava a ganhar com este artigo do regulamento


adverbial causal
era o rei, dado que […] mais tempo ele passava a ter , […].»
«[…] depois reflexionou que pareceria mal […] falar com um súbdito
substantiva completiva
através de uma nesga, […].»

«O homem que queria um barco levantou-se do degrau da porta


adverbial temporal
quando começou a ouvir correr os ferrolhos, […].»

«Calculara ele […] que o rei […] haveria de sentir-se curioso


de ver a cara de quem, […], o mandara chamar.» substantiva completiva
«Mal sentado, porque a cadeira de palhinha era muito mais baixa
adverbial causal
que o trono, o rei estava a procurar […] acomodar as pernas, […].»
«Se eu to pudesse dizer , então não seria desconhecida, […].» adverbial condicional
«Quando o homem levantou a cabeça, supôs-se que desta vez
substantiva completiva
é que iria agradecer a dádiva , […].»

JOSÉ SARAMAGO, O Conto da Ilha Desconhecida, Caminho, 1999

1.1 Identifica o tipo de orações subordinadas exemplificado apenas uma vez no quadro.
São as orações subordinadas finais.
1.2 Cria uma frase em que uses esse tipo de subordinação.
Comprei um livro para os meus filhos lerem.

2 Classifica como verdadeiras (V) ou falsas (F) as afirmações que se seguem.


Depois, corrige a(s) afirmação(ões) que consideraste falsa(s).
A — As orações subordinadas finitas e algumas não finitas são introduzidas V F
por conjunções ou locuções conjuncionais subordinativas. X

B — A subordinação pressupõe uma relação de independência das orações. X


[…] uma relação de interdependência das orações.
C — As orações subordinadas recebem a classificação do elemento subordinativo
que estabelece a ligação entre elas. X

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 63


3 Delimita as orações presentes nas frases que se seguem e classifica-as.
a) O conto «Arroz do Céu» é importante para debatermos o tema da emigração.
O conto «Arroz do Céu» é importante — elemento subordinante;
para debatermos o tema da emigração — oração subordinada adverbial final.
b) O limpa-vias, quando descobriu o arroz, ficou muito feliz.
O limpa-vias ficou muito feliz — elemento subordinante;
quando descobriu o arroz — oração subordinada adverbial temporal.
c) Se houvesse casamentos todas as semanas, a família do limpa-vias passava menos fome.
Se houvesse casamentos todas as semanas — oração subordinada adverbial condicional;
a família do limpa-vias passava menos fome — elemento subordinante.
d) Ele desconhecia que existiam os respiradouros.
Ele desconhecia — elemento subordinante;
que existiam os respiradouros — oração subordinada substantiva completiva.
e) O limpa-vias, uma vez que a família passou a viver mais feliz, sentia-se grato a Deus.
O limpa-vias sentia-se grato a Deus — elemento subordinante;
uma vez que a família passou a viver mais feliz — oração subordinada adverbial causal.

4 Assinala com uma cruz (X) a opção correta.


a) Na frase «[…] trepam sub-repticiamente aos respiradouros, […], enquanto um ou mais cama-
radas vigilantes os vão guiando cá de fora.»
A — a segunda oração é subordinada causal.
B — a segunda oração é subordinada condicional.
X C — a primeira oração é subordinante e a 2.ª é subordinada temporal.
b) Na frase «Os casamentos são frequentes, ali, por ser chique a paróquia […].»
A — a segunda oração é subordinante.
X B — a segunda oração é subordinada causal.
C — a segunda oração é subordinada temporal.
c) Na frase «Aquela chuva de grãos atravessa as grades, […] e, se não adere à sujidade pegajosa
[…], ressalta para dentro do subterrâneo, […].»
X A — a oração do meio denomina-se oração subordinada condicional.
B — a oração do meio denomina-se oração subordinada causal.
C — todas as orações são subordinadas temporais.

JOSÉ RODRIGUES MIGUÉIS, Gente da Terceira Classe, Editorial Estampa, 1990

5 Inventa frases em que utilizes uma conjunção subordinativa:


a) temporal;
Quando puder, dou-lhe os parabéns.
b) causal;
Está alegre, porque recebeu muitos elogios.
c) condicional;
Se puder, vou ao cinema.
d) final.
Foram jantar fora para comemorar.

64
Consulta a ficha informativa 20,
«O discurso direto e o discurso
DISCURSO DIRETO E DISCURSO INDIRETO indireto», na página 208
do teu manual.

1 Completa o quadro, que sintetiza as principais regras que presidem à transformação do discurso
direto em discurso indireto e vice-versa.

Discursodireto Discursoindireto
1.ª ou 2.ª pessoa 3.ª pessoa
Presente do indicativo Pretérito imperfeito do indicativo

Pretérito perfeito do indicativo Pretérito mais-que-perfeito do indicativo


Futuro do indicativo Condicional
Presente ou futuro do conjuntivo Pretérito imperfeito do conjuntivo
Imperativo Pretérito imperfeito do conjuntivo
eu, tu, nós, vós ele/eles, ela/elas
meu(s), teu(s) seu, seus
me, te, nos, vos o/a, os/as
este(s)/esta(s), esse(s)/essa(s), isto, isso aquele, aquela, aquilo
aqui, cá, daí ali, lá, dali
agora, já, hoje logo, então, naquele momento, naquele dia
ontem no dia anterior, na véspera
amanhã no dia seguinte
vocativo complemento indireto

2 Passa o seguinte excerto para o discurso indireto completando o segundo texto. Procede às alte-
rações necessárias.

[…] Mas o Cavaleiro sacudiu a cabeça e respondeu:


— As histórias dos mares, das ilhas, dos povos desconhecidos e dos países distantes são
maravilhosas e enchem-me de espanto. Mas prometi chegar este Natal à minha casa. Farei a
viagem por terra e partirei amanhã.
— Vai ser uma viagem dura — disse o Flamengo.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, O Cavaleiro da Dinamarca, Figueirinhas, 1997

Mas o Cavaleiro sacudiu a cabeça e respondeu que as histórias dos mares, das ilhas,
dos povos desconhecidos e dos países distantes eram maravilhosas e o enchiam de espanto.
Mas prometera chegar aquele Natal à casa d el e . Acrescentou que
faria a viagem por terra e partiria no dia seguinte .
O Flamengo disse que ia ser uma viagem dura.

3 Coloca no discurso direto a passagem seguinte.

[…] E pediu aos seus companheiros que lhe deixassem um batel e embarcassem todos
no outro e se afastassem da praia.
SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN, O Cavaleiro da Dinamarca, Figueirinhas, 1997

— Companheiros, deixem-me um batel e embarquem todos no outro e afastem-se da praia.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 65


4 Lê atentamente o segmento que se segue e converte-o em discurso indireto1.

Antes do jantar, a Rute telefonou para a clínica, e o namorado (ainda seria?) veio atender
a chamada.
— Até que enfim! — exclamou ela.
— ‘Tás bem?
5 — Nem por isso. E, tu, como é que te sentes?
— Mais ou menos.
— Mais ou menos quê?
— Mal…
— Hum-hum…
10 — Quando me sentir melhor, telefono-te, okay?
— Isso quer dizer que preferes que eu não volte a ligar, João?
— Prefiro. Desculpa…
MARIA TERESA MAIA GONZALEZ, Alguém Sabe do João?, Difel, 1999

Antes do jantar, a Rute telefonou para a clínica, e o namorado (ainda seria?) veio atender
a chamada. Ela exclamou que até que enfim e ele perguntou-lhe se ela estava bem. A Rute
respondeu-lhe que nem por isso e perguntou-lhe como é que ele se sentia, ao que ele retorquiu
que estava mais ou menos. A Rute insistiu mais ou menos quê e ele acrescentou que estava mal.
Ela suspirou e ele adiantou que quando se sentisse melhor lhe telefonava. Entretanto, ela perguntou
ao João se aquilo queria dizer que ele preferia que ela não voltasse a ligar. Ele respondeu que
preferia e pediu-lhe desculpa.

5 Faz agora o processo inverso, ou seja, escreve no discurso direto a passagem seguinte.

O João disse ao Martim que ter medo não era sinal de cobardia e acrescentou que não
o enfrentar é que era. Afirmou ainda que qualquer tipo normal tinha medo, ou melhor, tinha
vários medos.
O Martim perguntou-lhe, admirado, se ele também tinha medo.
5 O João respondeu-lhe que logicamente tinha.
O Martim, esboçando um sorriso luminoso, brincou com o João, comentando que ele
não era muito normal.
(texto das autoras)

— Claro! Ter medo não é sinal de covardia, Martim. Não enfrentar é que é. Qualquer tipo normal
tem medo, ou melhor, tem vários medos.
— Tu também?!
— Lógico.
— Mas tu não és lá muito normal… — brincou, finalmente, o Martim, esboçando um sorriso
luminoso.

1
Se puderes, confronta o teu texto com o apresentado na penúltima página do livro acima mencionado.

66
6 Lê atentamente o texto seguinte.

O aquário
«André, agora que não chove vai até ao portão ver se há correio.»
«Sim, sim.» — disse o menino. E atirou-se a correr pelo corredor fora, toca num móvel,
toca noutro móvel, os sapatos a bater às tábuas, um atacador desapertado…
Passou a porta, aproximou-se do portão. E numa grande alegria abriu a caixa do correio
5 e meteu lá ambas as mãos.
Desilusão: não havia uma carta, não havia um postal, não havia um papel qualquer!
Mas André procurou, procurou sempre — e quando retirou as mãos cá para fora,
unidas em concha, trazia um pouquinho de água da chuva que os últimos aguaceiros lá tinham
depositado.
10 «Então, André?» — perguntou a mãe.
André mostrou as mãozinhas e disse:
«Só veio isto para o peixinho vermelho.»
E, pé ante pé, para que não caísse uma gota, André foi até ao aquário — e sobre o aquá-
rio abriu as mãos de chuva…
PEDRO ALVIM, Sofia Só, Plátano, 1981

6.1 Através de que sinal auxiliar de escrita aparece destacado o discurso direto no texto acima
apresentado? Aspas.
6.2 Transforma em discurso indireto o primeiro e o penúltimo parágrafos.
Como naquele momento não chovia, a mãe pediu ao André para ir até ao portão ver se havia
correio.
Ele disse que só tinha vindo aquilo para o peixinho vermelho.
6.3 Reescreve o seguinte segmento no discurso direto, procedendo às alterações necessárias.
«Desilusão: não havia uma carta, não havia um postal, não havia um papel qualquer!» (l. 6)
— Oh! Não há uma carta, não há um postal, não há nenhum papel!

7 Lê o texto que se segue.

Barata
Era uma vez uma barata que estava sempre a falar, a falar. Falava por tudo e por nada:

era uma fala-barata.


esplêndido!». Um diaque
Uma formiga estava à conversa
ia a passar com uma
comentou: «Ó aranha e disse:
barata, hoje «Hoje
estás está
a falar um dia
caro!».
Ela não ligou nenhuma. E continuou. A falar barato.
ÁLVARO MAGALHÃES, Histórias Pequenas de Bichos Pequenos , ASA, 2001

7.1 Acrescenta um parágrafo à história, usando o discurso indireto e começando como indicado.
Então, contou que… Resposta livre.

BLOCO 1 DA PALAVRA… À FRASE 67


O

2
C
O

DA PAL AVRA… À ESCRITA


L
B

ACENTUAÇÃO
1 Lê o texto que se segue.

´ tinham tomado uma decisão: iriam propor aos seus pais


Os dois rapazes, Raul e Jose,
uma viagem ate ´ Italia.
´ ˆ
A distancia, afinal, não era problema — aproximadamente duas horas
de viagem. La´ tudo era belo, desde a parte moderna as ` zonas ´
historicas, com importantes
achados arqueologicos,´ ate´ a` maravilhosa gastronomia. Um pais ´ espetacular!
5 Decidiram expor a sua decisão aos pais. Raul tomou a palavra, a` hora do jantar:
— Pai e mãe, depois de pensarmos decidimos que nestas ferias ´ ´
deveriamos viajar ate´
´
Italia. E´ um pais´ extraordinario,´ ´
fantastico, que nos conta historias´ bem interessantes. Ja´ pen-
´
samos em tudo. Investigamos´ na Net: esta´ tudo planificado, não e´ mano?
O Jose´ respondeu que sim, num gesto mecanico ˆ que executou com a cabeça.
10 ˆ
Houve silencio. ´
Os pais estavam atonitos com a postura dos seus filhinhos que tinham
como que elaborado um verdadeiro album ´ `
alusivo aquele ´
pais.
A mãe olhou para o marido, com um olhar cumplice, ´ tomou a palavra e propos: ˆ
— Apesar de ainda faltarem dois meses para o periodo ´ ´
de ferias, considero importante
esta vossa planificação. Eu e o vosso pai, no vaivem ´ da nossa rotina diaria, ´ nem tempo temos
15 para pensar em ferias. ´ Far-se-a´ a viagem a Italia;
´ porem, ´ cada um de voces ˆ devera´ começar a
´
organizar as suas proprias poupanças!
(texto das autoras)

1.1 Como deves ter reparado, falta algo muito importante a este texto. Claro! A acentuação. Foi
um esquecimento das autoras. Compete-te a ti acentuá-lo.
1.2 Preenche, agora, o quadro que se segue colocando cada uma das palavras que acabaste
de acentuar na coluna correta.

Palavrasagudas Palavrasgraves Palavrasesdrúxulas

Itália, distância,
José, até,
históricas, arqueológicos,
lá, às,
férias, deveríamos,
à, país, pensámos,
extraordinário, fantástico,
está,é,vaivém,
já, investigámos,
álbum histórias, mecânico,
silêncio, atónitos,
far-se-á, porém,
àquele, cúmplice,
vocês, deverá
período, diária, próprias

1.2.1 Seleciona uma palavra aguda, uma palavra grave e outra esdrúxula e inventa uma
frase srcinal na qual uses essas palavras.
O José viu o álbum dos seus tios e achou-o fantástico.

68
2 De entre as palavras que se seguem, acentua somente aquelas que necessitam de acento gráfico.
Depois classifica-as quanto à acentuação.
ˆ
a) existencia — e s d r ú x ul a ´
m) farmacia — e sd r ú x u l a
´
b) incuraveis — grave ´
n) orgãos — grave
c) Faial — aguda o) circunstancial — aguda
d) milionario´ — e sd r ú x u l a ˆ
p) transatlantico — e s d r ú x ula
e) rainha — grave q) ganho — grave
f) amavelmente — grave r) entretem ´ — a gu d a
´
g) epoca — e s d r ú x u l a s) iamos — esdrúxula
´
´
h) papeis — a g u d a ´
t) longinquo — es dr ú x u la
´ —
i) ruido g ra v e ´
u) Escocia — e s d r ú x ul a
j) impos ˆ — ag u d a v) japones ˆ — ag u d a
´
k) gemeas — e s d r ú x ula w) para-brisas — grave
´
l) iberico — e s d r ú xu l a x) diretorio´ — esdrúxula

3 Acentua os provérbios chineses que se seguem.


a) Ser pedra e´ facil,
´ ´ e´ ser vidraça.
o dificil
b) Dinheiro perdido, nada perdido; Sau ´ de perdida, muito perdido; Caracter
´ perdido, tudo perdido
.
´ ˆ ´
c) Ha tres coisas na vida que nunca voltam atras: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a
oportunidade perdida.
d) Não ha´ que ser forte. Ha´ que ser flexivel.
´
´
e) Nada assenta melhor ao corpo do que o crescimento do espirito.
´
f) Quem a si proprio ´
elogia não merece credito.
ˆ por si; respondem ao chamado dos homens.
g) A alegria e a dor não vem
h) Aquele que pergunta pode ser um tolo por cinco minutos. Aquele que deixa de perguntar
sera´ um tolo para o resto da vida.
´ ao fim do caminho.
i) Se parares cada vez que ouvires o latir de um cão, nunca chegaras
´ e dei-me
j) Eu estava furioso por não ter sapatos; então encontrei um homem que não tinha pes
por muito satisfeito.
k) Deˆ um peixe a um homem faminto e alimenta-lo-a´ por um dia. Ensine-o a pescar e estara´ a
´ para o resto da vida.
alimenta-lo
l) Não ha´ receita para a felicidade: tens de inventa-la
´ ao longo da vida.

4 Pesquisa dois provérbios populares portugueses, retira-lhes os acentos gráficos e solicita a um


colega que os acentue convenientemente.
Resposta livre.

5 Neste momento, estás apto a completar as frases que se seguem.


As
a) palavras agudas acentuam-se na última sílaba.
As
b) palavras graves acentuam-se na penúltima sílaba.
As
c) palavras esdrúxulas acentuam-se na antepenúltima sílaba.

BLOCO 2 DA PALAVRA… À ESCRITA 69


Consulta a ficha informativa 19,
«A pontuação», na página 207
PONTUAÇÃO do teu manual.

1 Observa os quadros que se seguem, onde surgem representados graficamente os diferentes sinais
de pontuação que já conheces, bem como sinais auxiliares de escrita. Identifica-os, referindo a sua
função.

Sinaisdepontuação Legenda Função

Marca a pausa máxima e termina


. ponto final
frases declarativas ou imperativas.

Breve pausa. Na frase separa


, vírgula orações ou isola elementos de
uma enumeração ou o vocativo.
Pausa intermédia entre o ponto
; ponto e vírgula final e a vírgula, utilizando-se
em longas enumerações.
Introduz o discurso direto,
: dois pontos uma explicação, uma citação
ou uma enumeração.

? ponto de interrogação Indica uma frase interrogativa.

Indica emoções e ordens; acompanha


! ponto de exclamação interjeições, vocativos e frases
exclamativas ou imperativas.

… reticências Indicaasuspensãododiscurso.

Indica o início de um diálogo,


— travessão a mudança de interlocutor
e isola apartes.

Sinaisauxiliaresdeescrita LegLeengdeanda FunFçuãnoção

Adicionam ou clarificam uma informação;


( ) parênteses curvos
isolam as didascálias.

Intercalam texto não constante da obra ou a


parênteses retos
[ ] supressão de partes da mesma, com reticências
ou colchetes
incluídas; usam-se na transcrição fonética.

Indica a divisão das sílabas métricas; assinala


/ barra oblíqua o fim de um verso e conceitos concorrentes
a uma mesma posição na frase.
Utilizam-se no início e no fim de citações,
« » aspas empréstimos, regionalismos,
títulos de textos…

Coloca-se por cima de uma palavra para


* asterisco
se fazer uma referência, citação ou comentário.

Indicam as divisões de um assunto


{ } chavetas
ou de alguns aspetos do mesmo.

70
2 Aplica a informação que reuniste no exercício anterior e pontua convenientemente o texto que se
segue.

Fiquei deslumbrado : quer dizer que eu também podia fazer milagres ! Para tirar
qualquer dúvida , ordenei mentalmente que a luz se acendesse de novo . E ela se
acendeu .
— Que brincadeira é essa ? — exclamou o Toninho , virando-se na cama , os
5 olhos cheios de sono :
— Fica acendendo e apagando a luz ! Apaga de uma vez !
Para que ele não desconfiasse , tornei a apagar a luz , desta vez por mim mesmo ,
sem milagre nenhum .
Nem voltei para a cama . De pé , no escuro , mandei que a noite se acabasse e o
10 dia nascesse de uma vez . E vi pela janela o céu começar a clarear rapidamente , o sol
subindo no horizonte como um balão . Toninho se ergueu na cama , esfregando os
olhos :
— Puxa , como eu dormi . Já deve ser tarde , vai ver que perdi a hora .
E vestiu correndo o uniforme do colégio .
FERNANDO SABINO, O Menino no Espelho, Record, 1989

3 Corrige os erros de pontuação nas frases que se seguem.


a) A Joana e o Manuel
Manuel,(,)vão
vãoààpraia;
praia(;)
comcom
frequência.
frequência.
b) Quantos anos tem
tem!(!)?
Está
Está
muito
muitodesenvolvido?
desenvolvido(?)!
c) Os rapazes jogam
jogam àà bola (;),veem
bola; televisão(;),
veemtelevisão; ouvem
ouvem
música; (;), praticam
músicapraticam desporto
desporto
e navegam
e navegam
na
Internet.
na Internet.
UmaUma
vidavida
cheia
cheia
de de
ocupações,
ocupações,
nãonão
achas!
achas (!)?
d) Que lindo dia
dia.(.)!
e) Tenho 16 anos, vivo em Lisboa
Lisboa;(;),gosto
gostodededesporto
desportoe ededeaventuras
aventurasradicais.
radicais.
disso.(.)?
f) Que é que percebes disso SóSó
sabes estragar.
sabes estragar(.)!
g) Duas palavras que cedo aprendi a detestar
detestar,(,):prático
práticoe eeconómico.
económico.

4 Pontua corretamente as célebres frases que se seguem, usando o ponto final, a vírgula e os dois
pontos, bem como sinais auxiliares de escrita.
a) «Casa-te com um arqueólogo , quanto mais velha fores mais encantadora te achará.»
(Agatha Christie)
b) «Querer poucas coisas ao mesmo tempo , mas querer , custe o que custar , é o segredo
da vitória ! » (Foch)
c) «Não há nada no mundo que esteja mais repartido do que a razão : toda a gente está conven-
cida de que tem razão de sobra.» (René Descartes)
d) «Quando os ricos fazem a guerra , são sempre os pobres que morrem.» (Jean-Paul Sartre)
e) «Se há no mundo alguma coisa mais irritante do que sermos alguém de quem se fala , é
ninguém falar de nós.» (Oscar Wilde)
f) «A nossa missão não é julgar o que é justo ou injusto : é apenas ajudar.» (Madre Teresa de
Calcutá)
g) «Quereis conhecer um homem ? Dai-lhe um grande poder.» (Pítaco)
h) «Diz-se que a vida é curta , mas pode-se fazer muita coisa se se souber aproveitá-la.»
(Goethe)
i) «De punhos cerrados , não se pode apertar a mão a ninguém . » (Ghandi)

BLOCO 2 DA PALAVRA… À ESCRITA 71


PERÍODO E PARÁGRAFO
1 Observa com atenção as sequências narrativas que se apresentam.

O Rosas
3 A— Bonacheirão e incapaz de matar um lagarto, o Rosas era o bombo de festa da
turma. Mas ele não se importava muito com as piadas.
1 B — No terceiro ano do liceu o Rosas apareceu em Penafiel no mês de janeiro e
sentou-se na carteira que estava à minha frente.
5 C — Com o Rosas aprendi a jogar bilhar no café Centopeia, que ficava ao cimo da
rua onde eu morava. Uma rua estreita e empedrada onde os soldados, em exer-
cícios noturnos, costumavam passar, batendo com as botas no chão, o que
dava um efeito espetacular, uma espécie de troar de canhão, que ecoava no
interior das casas acordando toda a gente.
4 D — Quando descobri que ele gostava de ler livros de poesia e romances, comecei a
acompanhá-lo. E a amizade, cimentada pelos gostos muito parecidos, crescia
com o passar do tempo. O Rosas era, como eu, filho único.
2 E — Gorducho e pouco interessado nas aulas, o Rosas, que já tinha chumbado um
ano, detestava as aulas de ginástica, era incapaz de saltar o plinto, e só jogava
futebol se o deixassem ficar na baliza.
ANTÓNIO MOTA, Os Sonhadores, Edinter, 1992

1.1 Ordena os blocos de forma sequencial, numerando-os de um a cinco, de acordo com a


lógica de sucessão dos factos narrados.
1.2 Completa agora as afirmações que se seguem.
Cada sequência narrativa apresentada constitui uma unidade de ideias, de sentido completo,
marcada com ponto final e mudança de linha. Logo, a cada uma dessas unidades corres-
ponde um parágrafo . Por sua vez, cada uma destas unidades é constituída por
uma ou mais frases simples ou complexas delimitadas por ponto final. Cada uma destas
frases denomina-se período .

2 Aplica, agora, os conhecimentos que acabaste de assimilar nas afirmações que se seguem,
sobre o excerto apresentado.
O excerto apresentado é composto por cinco parágrafos. O parágrafo com maior
número de períodos é o quarto , ao qual se seguem o primeiro e o
terceiro parágrafos, com três e dois períodos. O segundo e último parágrafos
são constituídos por um só período(s).
3 Inventa um último parágrafo, composto por três períodos, que sintetize o tipo de amizade que
unia o narrador e o Rosas.
Nele deve ser empregue obrigatoriamente uma vírgula e um ponto de exclamação, além da pon-
tuação que consideres correta.
Resposta livre.

72
4 Observa a imagem que se segue.

4.1 Cria uma história:


• com cinco parágrafos;
• em que o segundo e o quinto parágrafos tenham obrigatoriamente cinco períodos;
• em que pelo menos dois períodos estejam delimitados pelo sinal de exclamação e um
pelo ponto de interrogação;
• que prime pela srcinalidade e pela criatividade.
Resposta livre.

BLOCO 2 DA PALAVRA… À ESCRITA 73


ORTOGRAFIA
1 Caça ao erro. Lê as frases que se seguem atentamente.
a) Á muitos anos, se eu imagina-se, teria comprado o terreno.
b) Que parvoiçe disse ele?
c) No conselho de Coimbra, ouve uma reunião muito importante.
d) Se eu precizar, ligo-te imediátamente.
e) Como injeriu um produto tóxico, pedi aucílio.
f) O que tu fizes-te, escedeu as minhas espectativas.
1.1 Sublinha os vários erros ortográficos que nelas se encontram.
1.2 Reescreve corretamente cada uma das frases.
a) Há muitos anos, se eu imaginasse, teria comprado o terreno.
b) Que parvoíce disse ele?
c) No concelho de Coimbra, houve uma reunião muito importante.
d) Se eu precisar, ligo-te imediatamente.
e) Como ingeriu um produto tóxico, pedi auxílio.
f) O que tu fizeste excedeu as minhas expectativas.

2 Completa corretamente as frases abaixo com uma das palavras da lista seguinte.

aonde cozer Moral


às cumprimento mural
ás era onde
comprimento hás veem
coser hera vêm

a)A tua mãe prepara o almoço, está a cozer batatas com peixe. Já a minha
está a coser as calças do meu irmão.
Nas aulas de
b) Moral , o Diogo está sempre distraído.
Este
c) muro está coberto de hera !
Com esses binóculos, o que é que vocês
d) veem daí?
e)A D. Joaquina é muito simpática, saúda-nos sempre com um simpático cumprimento .
f)Que jogada péssima! Às vezes, estou mesmo na lua, devia ter jogado o
ás de paus e não o de copas.
Esta pintura
g) mural é uma verdadeira obra de arte.
h)Já não vivo em Portugal. Mudei-me para Espanha, hás de lá ir visitar-me.
Hoje
i) vêm cá os pedreiros para medirem o comprimento da sala.
j) Era uma vez uma bela princesa que vivia…
k) A o n d e vais? A escola o n de ando fica já ali, vamos lá visitá-la.

3 Seleciona a opção correta para cada par de frases apresentado e completa-as.


a) aço/asso
1. Esta estrutura é muito forte, é toda feita em aço .
2. Hoje, asso peixe para o jantar. Não queres aparecer?

74
b) toma-se/tomasse
1. Toma-se tanto medicamento sem prescrição médica!
2. Ele estaria melhor se tomasse o antibiótico conforme o médico lhe prescreveu.
c) ouve/houve
1. Ouve com atenção o que te vou dizer!
2. Em tempos, houve muita miséria e muita desgraça.
d) quiseste/quisestes
1. Foi tudo feito como tu quiseste . Por isso, não critiques!
2. Vós quisestes assim, aqui está!
3.1 Classifica as palavras das alíneas a) e c) quanto à relação que se estabelece em cada par.
Palavras homófonas.
3.2 Classifica o par de palavras da alínea b) quanto à relação que se estabelece entre elas.
«toma-se» é uma forma do presente do indicativo que ocorre com o pronome pessoal átono
(forma reflexa), e «tomasse» é uma forma do pretérito imperfeito do conjuntivo.

4 De entre os pares de palavras apresentados, seleciona aquela que se adequa corretamente à


frase proposta.
a) Dissesse (disse-se/dissesse) o que (disse-se/dissesse) dissesse
nunca ninguém acreditaria nele.
Apesar de tudo,
b) vive-se (vive-se/ vivesse) muito bem no campo, longe da
confusão citadina.
c)Se ela contasse (conta-se/contasse) toda a verdade, o problema logo se resolvia.
Caso o teu irmão
d) permanecesse (permanecesse/permanece-se) mais uns dias, pode-
ríamos visitar o Gerês.

5 Seguindo o exemplo anterior, cria frases nas quais empregues corretamente as formas verbais
que te são dadas.
a) bebesse/bebe-se
Resposta livre.

b) falasse/fala-se
Resposta livre.

c) sonhasse/sonha-se

Resposta livre.

d) pudesse/pode-se
Resposta livre.

6 Produz uma frase em que uses, convenientemente, as palavras seguintes: «conta-se», «cantasse»
e «pode-se».
Resposta livre.

BLOCO 2 DA PALAVRA… À ESCRITA 75


OUTRAS DIFICULDADES DA LÍNGUA
1 Observa os seguintes conjuntos de palavras.
a) anos fiz passada semana eu na
b) e médico ao doente fiquei fui
c) verde domingo com meus no pais pelo passei os parque
1.1 Explica por que razão não podem ser consideradas segmentos textuais as alíneas apresen-
tadas.
Porque não apresentam organização lógica.
1.2 Ordena-os de modo a adquirirem coesão.
a) Eu fiz anos na semana passada.
b) Fiquei doente e fui ao médico.
c) No domingo passei com os meus pais pelo parque verde.

2 Verifica que nas frases abaixo apresentadas existem algumas falhas a nível da adequação.
a) Não tem nada a haver.
b) Avisam-se os automobilistas de que o tráfico na marginal está condicionado, pois houve um
acidente bastante grave.
c) Hoje, o professor estava muito mau-humorado.
d) Não gostei da atuação do grupo. Ao meu ver, foi muito pobre.
e) O curso carnavalesco da Mealhada é sempre um sucesso.
f) Esqueci-me de fazer o trabalho de mural.
2.1 Assinala a palavra que motiva a falha em cada uma das frases.
2.2 Reescreve-as corretamente.
a) Não tem nada a ver.
b) Avisam-se os automobilistas de que o tráfego na marginal está condicionado, pois houve […].
c) Hoje, o professor estava muito mal-humorado.
d) Não gostei da atuação do grupo. A meu ver, foi muito pobre.
e) O corso carnavalesco da Mealhada é sempre um sucesso.
f) Esqueci-me de fazer o trabalho de Moral.

3 As frases que se seguem também apresentam erros, desta feita de caráter sintático. Lê-as com
atenção e reescreve-as de seguida.
a) Perguntei a ele se queria vir.
Perguntei-lhe se queria vir.
b) O meu livro e o teu é do mesmo autor.
O meu livro e o teu são do mesmo autor.
c) Sou eu que vai apresentar o trabalho.
Sou eu quem vai apresentar o trabalho. / Sou eu que vou apresentar o trabalho.
d) Já não haviam bilhetes para a última sessão.
Já não havia bilhetes para a última sessão.
e) Passado algumas semanas, voltei ao ginásio.
Passadas algumas semanas, voltei ao ginásio.

76
4 Todas as frases abaixo indicadas contêm erros de concordância do verbo com o sujeito. Corrige-
-as tornando-as coesas.
a) A gente vamos ao cinema.
Nós vamos ao cinema. / A gente vai ao cinema.
b) Eu e ela li o texto.
Eu e ela lemos o texto.
c) O meu avô e o meu tio viemos à festa.
O meu avô e o meu tio vieram à festa.
d) Quem tudo queres tudo perde.
Quem tudo quer tudo perde.
e) O cão e o gato sois inimigos eternos.
O cão e o gato são inimigos eternos.
f) No meu prédio, no terceiro e no quarto andar vivem estudantes.
No meu prédio, no terceiro e no quarto andares vivem estudantes.

5 Lê atentamente o seguinte texto.

Vergílio Ferreira nasceu a 28 de janeiro de 1916, em Melo, concelho de Gouveia, na


região da serra da Estrela. Vergílio Ferreira devia ter uns 5 anos quando emigrou para os Estados
Unidos. Nos Estados Unidos, Vergílio Ferreira, conjuntamente com os seus irmãos, esteve ao
cuidado de duas tias e da avó materna.
5
Em 1926,
do Fundão seis Vergílio
anos maisFerreira,
tarde,com 10 anos,
passando a entrou no Seminário
frequentar doGuarda.
o Liceu da Fundão.Foi
SaiunodoLiceu
Seminário
da
Guarda que completou o Curso Liceal.
Em outubro de 1935, iniciou, na Universidade de Coimbra, o Curso de Filologia Clássica.
Concluiu o Curso de Filologia Clássica, na Universidade de Coimbra, em 1940. Fez parte da
10 Tuna Académica da Universidade de Coimbra e dedicou-se à poesia. Organizou a poesia que
escreveu num livro que nunca chegou a publicar. O seu primeiro romance foi escrito em 1939
e publicado em 1943. Esse romance foi logo apreendido pela Censura.
(texto das autoras)

5.1 Sublinha todas as repetições que prejudicam a qualidade do texto.


5.2 Reescreve-o, substituindo essas repetições por expressões equivalentes.
Vergílio Ferreira nasceu a 28 de janeiro de 1916, em Melo, concelho de Gouveia, na região
da serra da Estrela. Devia ter uns 5 anos quando emigrou para os Estados Unidos, onde,
conjuntamente com os seus irmãos, esteve ao cuidado de duas tias e da avó materna.
Em 1926, o autor, com 10 anos, entrou no Se minário do Fundão, de onde saiu s eis anos
mais tarde, passando a frequentar o Liceu da Guarda. Foi aí que completou o Curso Liceal.
Em outubro de 1935, iniciou, na Universidade de Coimbra, o Curso de Filologia Clássica,
que concluiu em 1940. Fez parte da Tuna Académica da Universidade de Coimbra e dedicou-se
à poesia. Organizou a poesia que escreveu num livro que nunca chegou a publicar. O seu
primeiro romance foi escrito em 1939 e publicado em 1943, tendo sido logo apreendido
pela Censura.

BLOCO 2 DA PALAVRA… À ESCRITA 77


6 Ao texto que se segue foram retirados os conectores que se encontram no quadro seguinte.
Volta a colocá-los corretamente, de forma que o texto ganhe sentido.

ameuver éevidenteque porisso


admitindo que em primeiro lugar primeiramente
alémdisso emsuma quando
atéque finalmente quer( 3 2)
com o intuito de mais adiante uma vez que
detalmodoque oumelhor vistoque

Hoje, apetece-me partilhar convosco um episódio que vivi. Sim, a meu ver , é
importante contar este tipo de histórias, quer nos tenham marcado pela positiva
quer pela negativa. Além disso , é bom partilhar o que nos acontece.
Em primeiro lugar , devo dizer que tudo se passou quando eu tinha 16 anos.
Lembro-me de tudo como se fosse hoje. Passeava à beira-mar, como era meu costume, quando me
apercebi de um aglomerado de gente maisadiante . Admitindoque se tratava de
algum jogo, primeiramente , tentei ignorar, mas aluguma coisa me despertou a atenção.
eÉvidentqeue me precipitei para o local, vistqoue algo de estranho se passava.
Corri, corri, tm
daeo
ldqo
ue o suor escorria pela minha face, aqtué e vi e
perceb i o porquê daquela agitação toda. Em suma , um golfinho tinha dado à costa
e aque las pess oas est ava m ali com o intuito de o ajudar. Finalmente , percebera:
todos procuravam acalmar o animal oum e l ho r salvá-lo. Poirsso , esperámos
pela chegada da equipa de biólogos e da polícia marítima que o conduziria ao mar alto.
Este foi um episód io bastan te marcan te da minha vida, uma vez que ajudei a salvar
a vida a um animal.
(texto das autoras)

7 Deteta as falhas a nível das regências verbais e regista-as de forma correta.


a) Ontem, choveu em potes.
Ontem, choveu a potes.
b) A professora dispensou-o a fazer o segundo teste.
A professora dispensou-o de fazer o segundo teste.
c) Ele estava indignado para com os amigos.
Ele estava indignado com os amigos.
d) Ela transformou o papel em um avião.
Ela transformou o papel num avião.
e) Todos pensavam de que era feriado.
Todos pensavam que era feriado.
f) A Ana ordenou para o Luís estudar.
A Ana ordenou ao Luís que estudasse.
g) Devo de ir lá amanhã.
Devo ir lá amanhã.
h) O Pedro acordou cedo e saiu, certificando-se que não acordava ninguém.
O Pedro cordou cedo e saiu, certificando-se de que não acordava ninguém.

8 Atenta no trecho que se segue.


78
Os meses do ano
Desde o 1.º ciclo, aprendi que os meses do ano são doze, de janeiro a dezembro, com
variações entre os vinte e oito e os trinta e um dias.
O dia está chuvoso. Detesto dias chuvosos, com muita chuva, muita água, muita lama!
E vindima molhada, pipa depressa despejada!
Com tanto frio, o que apetece mesmo é ficar na cama todo o inverno. É pena não sermos
5 como aqueles animais que hibernam. Era bom tirar férias no verão e no inverno! primavera,
verão, outono, inverno: aprendi que estas eram as quatro estações do ano.
Estações, apeadeiros, aeroportos… estes são três vocábulos interessantes. Interessante
também é a polémica em torno da localização do novo aeroporto! Meu Deus! Tanta
discussão em pleno outono torna os dias ainda mais cinzentos. E os dias cinzentos lembram-
10 -me a contagem dos meses do ano…
(texto das autoras)

8.1 Consideras que o trecho apresenta um fio condutor de sentido coerente? Justifica a tua
resposta.

Resposta
8.2 Será que olivre.
acréscimo de ideias novas através da introdução de sucessivos parágrafos segue
uma lógica de progressão? Fundamenta.

8.3 Reorganiza
sivos o trecho, procurando
que livre.
restabeleçam a coerênciaconferir-lhe
própria deunidade através do uso de conectores discur-
um texto.
Resposta

Resposta livre.

BLOCO 2 DA PALAVRA… À ESCRITA 79


Consulta a ficha informativa 23,
«O estilo», na página 248
ESTILO do teu manual.

1 Preenche o quadro que se segue, atendendo aos teus conhecimentos sobre os recursos expressiv
os.

Exemplo Figura
a) «Aos poucos, Ailura esqueceu os ensinamentos do pai, os sonhos
1. Enumeração
maravilhosos, as Fadas e os Elfos…» (Inês Botelho)

b) Aquele galo acordou-me com o seu có-có-ró-có-có. 2. Onomatopeia

c) «[…] uma explosão despedaçou a noite.»


3. Hipérbole
(Christopher Paolini)

d) O inverno é chuvoso, frio e escuro. 4. Adjetivação

e) «Guidobaldo ouviu, sorriu, fez uma reverência e saiu.»


5. Enumeração
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

f) Não canto, não danço nem percebo de música. 6. Repetição

g) «[…] o sol subindo no horizonte como um balão.»


7. Comparação
(Fernando Sabino)

h) O gato olhou para mim e esboçou um sorriso. 8. Personificação

i) «Deve lembrar-se da escola que a Lua / é uma grande bola»


(António Gedeão) 9. Metáfora

j) João, vem já ao quadro. 10. Apóstrofe

k) «Já não tinham que comer, / Já não tinham que manjar.»


11. Anáfora
(Almeida Garrett)

l) Gosto imenso de nabos! 12. Ironia

m) «São assim os poetas: / Dão no pino do inverno / Versos


13. Antítese
da primavera.» (Miguel Torga)

n) A minha mãe mandou-me à mercearia às maçãs. 14. Aliteração

o) «[…] o chão onde passa / parece um lençol.»


15. Comparação
(Eugénio de Andrade)

p) Gosto de bananas, maçãs, pêssegos e morangos. 16. Enumeração

q) «— Meu Senhor, acreditai no que vos digo […]»


17. Apóstrofe
(Gentil Marques)

r) Ela mudou da noite para o dia. 18. Antítese

s) «Viu roxos, maduros cachos / Pendentes de alta latada.»


19. Adjetivação
(Esopo)

t) Ele tem um coração de ouro. 20. Metáfora

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