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SUL – UNIJUÍ
Ijuí
2012
ANGELITA PRISCILA BERTI
Ijuí
2012
RESUMO
A importância das etapas de planejamento na área gráfica é refletida nos resultados obtidos
no produto final. Com isso, o estudo dos fundamentos teóricos de design pode auxiliar no
controle da mensagem que se deseja emitir ao público-alvo de determinada peça gráfica
criada e, com isso, auxiliar para que se realize uma decodificação de fácil entendimento de
seu conteúdo. O presente estudo pretende analisar princípios teóricos do design gráfico e
suas aplicações práticas em uma infografia interativa. A aplicação deste recurso gráfico em
um contexto diferenciado do usual vem auxiliar em um meio de comunicação que se adapta
apropriadamente as suas características de síntese e rápida informação: a sinalização.
Neste caso, propiciam-se melhores resultados quanto à interação da interface gráfica com o
usuário, que tem a oportunidade de escolha focada em seu objetivo, além desenvolver
novas alternativas na aplicação em projetos gráficos.
The importance of planning steps in the graphic field is reflected in the results
obtained in the final product. This study of the design’s theoretical fundamentals may
helps the control of the message you want to send to the target audience of particular
graphic piece created, and help to realize that a decoding easy to understand its
contents. The present study aims to examine the practical applications theoretical
principles of graphic design in an interactive infographics. The application of this
graphic resource in a different context, assists the media, with accordingly their
synthesis characteristics and fast information: the sign. In this case, provide the
better results for the interaction of the graphical interface by the user, who have the
opportunity to choose which is their focus, and develop new alternatives in graphic
applications.
INTRODUÇÃO 8
2 FUNDAMENTOS DE DESIGN 11
2.1 Bases psicológicas do processamento da informação 12
2.1.1 Percepção 13
2.1.2 Atenção 14
2.1.3 Interpretação 16
2.1.4 Aprendizado 18
2.1.5 Memória 20
2.1.6 Motivação 22
2.2 Teorias da leitura da forma 24
2.2.1 Gestalt 24
2.2.2 Construção de significado 33
2.3 Cores e tipografia 34
3 A IMAGEM NA COMUNICAÇÃO VISUAL 41
3.1Infografia 42
3.3.1 Classificação das infografias 45
4 INFOGRAFIA INTERATIVA CAMPUS UNIJUÍ 50
4.1 Identificação 53
4.2 Preparação 55
4.2.1 Infografias e mapas digitais 56
4.2.2 Identidade visual da UNIJUÍ 59
4.3 Incubação 62
4.4 Esquentação 63
4.5 Iluminação 65
4.6 Elaboração 67
4.7 Verificação 69
5 SÍNTESE DOS RESULTADOS 71
CONCLUSÃO 78
REFERÊNCIAS 81
APÊNDICE A - FLUXOGRAMA DE INTERATIVIDADE 86
APÊNDICE B – SIMULAÇÃO DE FUNCIONAMENTO 85
ANEXO 01 – DIAGRAMA JORNALÍSTICO: DESENHO GEOMÉTRICO 86
ANEXO 02 – DIAGRAMA JORNALÍSTICO: RELAÇÃO ENTRE PARTES 87
ANEXO 03 – DIAGRAMA JORNALÍSTICO: RELAÇÃO ENTRE
88
PROCESSO
1 INTRODUÇÃO
1
Profissional responsável pela criação de produtos, tanto da área gráfica como materiais, que se
utiliza de uma metodologia projetual com etapas definidas. ESCOREL (2000) conceitua design como
uma linguagem nova e que surgida pela indústria e sua revolução na sociedade, “pressupõe a
multiplicação de um original através da reprodução de matrizes” (p. 64), que possui, ainda, duas
articulações que somadas acabam formando o significado do produto (físico ou gráfico): as relações
combinatórias - que determinam os aspectos formais dos produtos - e as relações associativas, que
determinam seus aspectos simbólicos.
2
Do alemão, Casa de Construção Estatal de Weimar.
3
Escola Superior de Desenho Industrial.
4
Em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_
verbete=368&lst_palavras=&cd_idioma=28555&cd_item=8> Acesso em: 11/09/2012.
12
2.1.1 Percepção
Os estímulos sensoriais são o que nos fazem entrar em contato com o mundo
e o que o constitui. A partir deles é que temos a possibilidade de perceber o que
nos rodeia e, portanto, pode-se definir a percepção como a recepção de sensações
adicionadas de significado, pois “a percepção e aquilo que nos é dado perceber
determinam a forma pela qual encaramos o mundo que nos cerca e nos adaptamos
a ele.” (GADE, 1998, p. 58).
Em um mundo que se complexifica a cada minuto, somos atingidos por uma
gama sem número de diferentes estímulos sensoriais, como as informações para o
trabalho, o estudo, regras de convivência, etc. Para que haja a internalização das
sensações, é necessária uma exposição aos estímulos externos, que é realizada
continuamente e de forma seletiva. Essa seletividade acontece a todo momento,
como quando escolhemos o canal de televisão que preferimos assistir em
detrimento a tantos outros, ou quando escolhemos a seção do jornal que mais nos
atrai para lermos.
Deste modo, na imagem percebida por cada ser humano não existe uma
cópia do objeto, mas “um conjunto de correspondências entre características físicas
do objeto e modos de reação do organismo” (DAMÁSIO apud ALVES, 2010, p. 115),
sendo essa “reação” considerada como emoção, carregada de valores pessoais,
como a história passada do sujeito e a estrutura de personalidade, necessidades,
valores ou elementos diferentes, além de características sociais,
Assim, compreende-se que a criação da imagem visual provém da atividade
do cérebro, porém este é parte integrante de organismos que interagem em
meios físicos, biológicos e sociais e que resultam em experiências
subjetivas e representações com conteúdos de projeções pessoais e
individuais. (ALVES, 2010, p. 115).
14
A partir do que é recebido através dos órgãos dos sentidos humanos, a mente
faz associações com experiências anteriores baseando-se em conceitos já
aprendidos concentrados na memória. Segundo ALVES (2010), no processo criativo
existe a diferenciação dessa ação,de forma que as ligações entre o que é percebido
sensorialmente e o arquivo de experiências acabam se relacionando de outras
maneiras, transformando o percebido em criações novas. Para que isso aconteça, é
necessário que haja uma seleção dos estímulos recebidos, a partir da atenção.
2.1.2 Atenção
sociedade condiciona a vermos alguns sentidos óbvios nas cores, como o vestido de
noiva que causará grande estranhamento se apresentar-se na cor roxa. Ainda,
2.1.3 Interpretação
2.1.4 Aprendizado
2.1.5 Memória
2.1.6 Motivação
Não são somente apelos à razão que influenciam as decisões que tomamos,
mas as emoções têm papel importante neste processo. A motivação é um estado
que, quando ativado, direciona um comportamento específico que geralmente é
acompanhado de emoções. É considerada derivada de drives, instintos ou
necessidades, sendo que nesta sociedade onde os hábitos são orientados por
2.2.1 Gestalt
5
(1930-1904) Fotógrafo que, com seus experimentos em captação de movimentos, é considerado o precursor
da película cinematográfica.
27
No exemplo dado por BOCK mostrado na figura 14, as duas retas não
apresentam os fatores de maneira suficientemente satisfatória, já que as retas são
vistas como tendo comprimentos diferentes quando na verdade, têm a mesma
medida, não havendo boa-forma suficiente para o entendimento e se gerando uma
ilusão de ótica.
possibilidade que nos são oferecidas nos meios eletrônicos atuais, e para que esta
seja realizada da melhor maneira, é necessário que o processo fisiológico e
cognitivo de leitura esteja claro no trabalho do profissional.
Estilo antigo – originados das escritas dos escribas com pena, apresenta
traços angulados com contraste mediano entre grosso e fino no mesmo tipo.
38
conteúdo, fato que na produção infográfica, é de grande valia, uma vez que o
principal uso deste tipo de comunicação é a transmissão da informação de forma
instantânea e dinâmica. Esta característica é reforçada quando há também um
estudo da forma de representação de imagens na comunicação, culminando-se em
um material de grande atratividade ao leitor contemporâneo.
3 A IMAGEM NA COMUNICAÇÃO VISUAL
influenciados pelo sistema nervoso e os sentidos pelos quais temos contato com o
produto visual.
3.1 A infografia
Para estudo do termo, RIBAS (2005) utiliza a divisão entre a raiz “info” e o
termo “gráfico”. Info, para DE PABLOS (apud RIBAS, 2005), pode originar-se do uso
obrigatório do computador na manipulação da imagem, relacionando-se com a
palavra informática, afirmação esta contraposta por SANCHO (apud RIBAS, 2005),
já que podem ser encontradas infografias anteriores ao uso dos computadores. A
maior parte dos autores costuma relacionar info ao sentido do termo inglês original:
informational graphic, a partir do significado de informação.
6
Dicionário Aurélio online ingles - português.
7
RIBAS (2005) p.4: n. drawing that shows the parts of a thing of a thing or how it works, or represents
the operation of a process etc. diagrammatic a., diagrammatically adv.
44
diagrama tem o mesmo sentido tanto no português como no inglês, bem como a
expressão utilizada por RIBAS como a tradução mais apropriada para infografia:
diagrama informativo.
8
Do francês: computação gráfica. Dicionário online francês – português.
9
Do francês: informática. Dicionário online francês – português.
10
Do francês: gráficos de informação. Dicionário online francês – português.
11
Do Francês: imprensa de gráficos de computador. Dicionário online francês – português.
45
representação visual vem se dando tanto pelo seu valor estético como pela sua
facilidade na assimilação e entendimento de conteúdos.
12
A UNIJUÍ atualmente se organiza em uma estrutura de quatro campi, duas Unidades de Apoio de
Educação à Distância, um Núcleo Acadêmico e vários Postos de Atendimento nos municípios da
região. Além de várias atividades acadêmicas estarem dispostas nos prédios da Sede Acadêmica e
Unijuí Comunidade, localizados externamente ao campus, em Ijuí.
51
Além do auxílio na identificação dos locais mais propícios para a fixação das
placas, o método também proporcionou a identificação da necessidade da inserção
de placas do tipo orientacionais, geralmente utilizadas com um mapa de todo o
52
4.1 Identificação
4.2 Preparação
13
Infografia criada pelos irmãos Cary e Michael Huang e disponível no sitehtwins.net/scale2.
57
Figura 38: Mapa Universidade de Santa Cruz do Sul, com detalhe para imagens em 360º.
Fonte: site UNISC.
59
Figura 40: Página com explicações e representação da versão principal da marca da UNIJUÍ.
Fonte: Manual de Identidade Visual da UNIJUÍ.
14
O Manual de Identidade Visual da UNIJUÍ foi criado no ano de 2009, pelo Núcleo de Design Gráfico da UNIJUÍ
– laboratório experimental do Curso de Design - a pedido da Coordenadoria de Marketing da Universidade,
com o intuito de unificar a identidade dos materiais gráficos produzidos na Instituição, bem como para
consolidar ainda mais o valor da marca da UNIJUÍ.
61
Figura 42: Página com explicações e representação do padrão cromático em materiais da UNIJUÍ.
Fonte: Manual de Identidade Visual da UNIJUÍ.
62
4.3 Incubação
4.4 Esquentação
15
Insights para a criação de materiais é representado pela ideia rápida gerada. Segundo o Dicionário Michaelis
online significa , “n discernimento, critério, compreensão clara da natureza íntima de uma coisa”.
16
Roughs, do inglês “idéia esboçada, linhas gerais, racunho, esboço” (Dicionário Michaelis online), no design
tem referência aos rascunhos iniciais de uma solução para o projeto. Desenhos inacabados.
64
Por se tratar de uma fase inicial de ideias, a esquentação é sucedida por uma
etapa de aperfeiçoamento das opções criadas, selecionando-se a que mais se
adapta ao objetivo do projeto. E, a partir dela, inicia-se o processo de detalhamento
de todos os processos, pensando-se em cada particularidade que seja necessária
ao seu funcionamento: a iluminação.
4.5 Iluminação
mesma. O azul foi utilizado em uma maior área, na infografia, com suas
características de seriedade, “intelectualidade [...], serenidade, infinito, meditação,
confiança” (FARINA, 1997, p. 115). Por ser uma cor fria, utilizou-se o amarelo para
uma quebra na monotonia do azul, utilizado somente em detalhes, já que sua
característica é de “iluminação” (idem). Cria-se assim, uma composição harmônica e
padronizada, onde se identifica a presença da Universidade facilmente pelo público
usuário.
Outro elemento inserido foi a ilustração do local ao qual se tem interesse a
partir de fotos, que são exibidas ao ser indicado um dos prédios, conforme ilustra a
figura 47. Este recurso visa a contextualização do usuário com a imagem física do
prédio que auxilia, assim como as descrições textuais e ilustrativas, na memorização
de informações.
4.6 Elaboração
4.7 Verificação
BULAWSKI, Fabiane M.; GRUSZYNSKI, Ana. A infografia nas revistas Veja, Época,
IstoÉ e CartaCapital. Anais 9º Congresso Brasileiro de Pesquisa e Desenvolvimento
em Design, 2010. Disponível em: <https://www.repositorioceme.ufrgs.br/handle/10
183/22313> Acesso em: 20/09/2012.
GOMES, Luiz Vidal Negreiros. Criatividade: projeto, desenho produto. Santa Maria:
sCHDs, 2001
LUCAS, Ricardo Jorge de Lucena. Infografia jornalística: uma revisão bibliográfica
necessária. Anais X Congreso de ALAIC, 2010. Disponível em <http://rehime.com.
ar/escritos/ponencias/X%20Congreso%20de%20ALAIC%20-%20Ponencia%20
Lucena%20Lucas.pdf> Acesso em: 16/11/2012.
Mapa campus Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC. Disponível em: <http://vi
vasuaescolha.com.br/Map/index.html>. Acesso em 16/11/2012.
WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer. São Paulo: Callis, 2005.
APÊNDICE A - FLUXOGRAMA DE INTERATIVIDADE
APÊNDICE B – SIMULAÇÃO DE FUNCIONAMENTO
ANEXO 01 – DIAGRAMA JORNALÍSTICO: DESENHO GEOMÉTRICO