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SUL-RIO-GRANDENSE
GRANDENSE
CAMPUS PELOTAS - VISCONDE DA GRAÇA
TECNOLOGIA EM DESIGN DE MODA
BLACK IS BEAUTIFUL
BEAUTIFUL:: IDENTIDADE NEGRA E A LIGAÇÃO DO VESTUÁRIO
COM OS BAILES BLACK
PELOTAS
2022
LARISSA DA LUZ SIMÕES
PELOTAS
2022
LARISSA DA LUZ SIMÕES
___________________________________
Prof. Dr. Jonathan Gurgel de Lima (Orientador)
Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – Campus Pelotas – Visconde da Graça
____________________________________
Profa. Ma. Aline Maria Rodrigues Machado (Membro)
Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – Campus Pelotas – Visconde da Graça
____________________________________
Profa. Lilian Fetzer (Membro)
Instituto Federal Sul-Rio-Grandense – Campus Pelotas – Visconde da Graça
Dedico aos meus pais pelo incentivo
e suporte na realização dos meus
sonhos. Sou eternamente grata pelo
amor de vocês.
AGRADECIMENTO
The present final project of the college of Technology in Fashion Design at IFSul,
Pelotas Visconde da Graça campus, has as its final objective the development of a
collection of authorial women's fashion. Inspired by the black proms, the collection is
intended for the Casualwear segment, and consists of twenty looks, four of which are
made and presented through an editorial and event. It takes place through
bibliographic review on the established theme, in addition to following the Design
methodology worked by the author Bruno Munari (2008) and project development
from the methodology of the author Doris Treptow (2013), applied to Fashion Design.
1 INTRODUÇÃO/JUSTIFICATIVA
2 OBJETIVOS
Este trabalho tem como objetivo desenvolver uma coleção de moda feminina
casual para uma marca autoral, inspirada nos bailes black: movimento cultural que
promovia a celebração da beleza e identidade negra através de festas conduzidas
pela música soul. A coleção será composta no total por 20 looks.
Contemplam-se ainda outros objetivos neste projeto:
3 METODOLOGIA
1
O brainstorming é traduzido livremente como uma “tempestade de ideias”, é uma ferramenta de
criatividade usada para reunir ideias e informações acerca de um tema.
2
“Estilo de vida” Tradução livre para o português.
3
https://ffw.uol.com.br/ (Acesso em 22 de abr. de 2022)
16
do tema trabalhado, para que assim pudessem ser criados os primeiros rafes4 dos
looks da coleção.
Neste momento do processo criativo (criatividade, materiais e tecnologia), foi
construído o moodboard da coleção, que surge a partir de pesquisas de inspiração
acerca do tema, buscando silhuetas, texturas e tecidos que pudessem vir a
influenciar na composição da coleção. Foram reunidas imagens relacionadas aos
caminhos percorridos na pesquisa bibliográfica para ambientar o conceito do tema
trabalhado.
Em seguida, foi criada a página de ambiência com imagens que comunicam o
tema, a fim de extrair a cartela de cores da coleção. Foi ainda desenvolvida a tabela
de parâmetros, projetando o número de peças que compõem a coleção,
determinando o mix de produto e quantas dessas peças se encaixam nas categorias
de produto básico, fashion e vanguarda, compondo o mix de moda.
Na próxima etapa (experimentação, modelo, verificação e desenho
construtivo), são reunidos os croquis finais da coleção e parte-se para a elaboração
de fichas técnicas e modelagens.
Por fim, uma solução é apresentada por meio da confecção dos looks da
coleção, que permitem pôr em prática sua promoção e comercialização, encerrando
a etapa prática trabalhada dentro deste projeto.
4 TEMA
4
Rafes disponíveis no Apêndice 1.
17
4.1.2 Soul
5
Uma contextualização mais ampla da música Soul é apresentada no item 4.1.2.
6
Para se aprofundar mais no assunto assista ao documentário “Panteras Negras: Vanguarda da
Revolução” (2015) https://www.youtube.com/watch?v=FjDC9vTV5YQ
18
acompanhada por James Brown, com “Say It Loud — I’m Black and I’m Proud”7.
Ambas as músicas são carregadas de significações políticas e sociais do movimento
antirracista, como seus próprios títulos apontam.
7
Na ordem apresentada: “Respeito” e “Diga em voz alta - Eu sou negro e tenho orgulho”. Tradução
livre para o português.
8
Os Panteras Negras foram um partido político norte-americano surgido em defesa da comunidade
afro-americana. Esse partido originou-se, a princípio, como um grupo voltado ao combate contra a
violência policial contra os negros durante a década de 1960, no contexto do movimento dos direitos
civis nos Estados Unidos.
9
“Os princípios mais importantes da ideologia da democracia racial são a ausência de preconceito e
discriminação racial no Brasil e, consequentemente, a existência de oportunidades econômicas e
sociais iguais para brancos e negros,” (HASENBALG, 2005, p. 251).
19
artigo que discorre sobre o movimento Black Rio10 a autora Oliveira (2015) aponta
A quase totalidade dos textos jornalísticos, trabalhos acadêmicos e
depoimentos públicos que abordam a memória do chamado Movimento
Black Rio se debruçam sobre a temática da busca, construção e afirmação
de uma identidade específica “negra”, que se oporia intensamente à retórica
do mito da democracia racial (OLIVEIRA, 2015, p.79-80).
10
“Cena musical configurada em torno de um circuito de bailes soul que mobilizavam milhares de
jovens negros nos subúrbios do Rio de Janeiro nos anos 1970” (OLIVEIRA, 2018, p.188)
20
O relato citado evidencia que nos bailes black o povo negro era tido como
protagonista. Seus traços não eram negados e sim exaltados em um espaço em que
aqueles que o frequentavam estavam na presença de seus iguais. Oferecia uma
liberdade que não era encontrada em seu cotidiano e é a partir desse lugar que esse
grupo se livra das amarras e constitui seus ideais de beleza e percebe sua imagem
como algo positivo. Silva (2013) traz uma importante fala de Nelson Triunfo que
ilustra essa realidade e demonstra como o espaço do baile se faz essencial nesse
processo.
Só em você vê aquelas mulheres com um black power, ela tava quebrando
todo aquele negócio que falava que cabelo black power era cabelo ruim, pra
ela era um sinônimo de beleza, entendeu?[...] isso ultrapassava o salão de
baile e ia pra sociedade porque elas saíam na rua com seus black power,
com suas roupas coloridas. (SILVA, 2013, p. 149)
5 DELIMITAÇÃO DO TEMA
O termo chega ao Brasil por meio dos bailes black dos anos 70, quando os
djs e produtores desses eventos difundiam os ideais observados dentro da cultura
negra norte-americana, sendo assim, a propagação desse lema nos bailes era
constante, tal qual confirma Oliveira (2015)
Esses DJs e produtores se consideravam expoentes de um movimento de
conscientização racial e cultural, agindo como receptores e retransmissores
de uma cultura negra internacional. Essa visão, que cada vez mais
influenciava suas ações culturais e práticas musicais, encorajava uma
ampla adoção não apenas das sonoridades do soul, mas, em alguns casos,
também do ethos dos movimentos negros norte-americanos, unidos em
torno de uma causa comum, reproduzindo aqui lemas e ideias como black
is beautiful, black power, power to the people, soul brothers. Sem abrir mão,
no entanto, de uma proposta diferenciada de consumo cultural, em
consonância com o desenvolvimento do mercado musical brasileiro e das
transformações na cultura de massa internacional (OLIVEIRA, 2015, p.81).
Oliveira (2018):
Pensar em uma beleza para o negro era uma estratégia não apenas de
valorização positiva corporal, mas também era uma maneira de valorizar
aspectos históricos, sociais, culturais, comportamentais, linguísticos,
religiosos, componentes de uma configuração identitária negra positivada e
afirmativa, incluída dentro da máxima ““Black
Black is Beautiful”
Beautiful (OLIVEIRA, 2018,
p.189).
89).
Confere-se
se então ao dj o papel de não somente reproduzir discos mas
também um tipo de lugar de mediação de discursos em torno da conscientização
racial transmitidos àqueles que formavam o baile (OLIVEIRA, 2015).
Simultaneamente e em conexão a isso, e
emm outros bailes, a principal pauta se voltava
a exaltar diretamente a beleza black visando uma valorização e celebração desse
estilo. Oliveira (2015, p.85) descreve que isso se dava “com premiações para
melhores dançarinos e concursos de beleza específicos, que celebravam tanto uma
estética afro-brasileira,
brasileira, quanto um estilo baseado em um visual inspirado em
celebridades afro-americanas”.
americanas”. Observa
Observa-se
se que as noções de beleza eram baseadas
em referências advindas de figuras negras visando uma conscie
conscientização através do
apreço à própria estética.
12
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
O público reunia--se
se em torno de um novo ideal de valorização da beleza
negra e buscava também, a construção de uma nova perspectiva para a
comunidade, criando um espaço que era sinônimo de liberdade, de encontro com
seus iguais. A roupa se alinhava às mensagens propagadas ali, tendo um papel
importante: ligando estética e política. Sob o mes
mesmo
mo ponto de vista, Oliveira (2018)
12
Montagem feita a partir de fotos do site Globo e Pinterest.
23
Evidencia-se
se assim uma importância expressa também pelos organizadores
daqueles eventos, que muitas vezes incluíam informações relacionadas aos trajes
nos flyers de divulgação dos eventos. O autor citado anteriormente, ainda aborda
que o tipo de traje adotado pelos bailes é chamado de “esporte chic” e/ou “esporte
fino” (D’ALLEVEDO, 2017).
13
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
13
Montagem feita a partir de fotos retiradas de arquivo acadêmico e do site Google.
Google
25
14
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
Figura 5 - Colagem de imagens que destacam o uso de acessórios nos bailes black
15
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
14
Montagem feita com fotos retiradas do site Google e Facebook.
15
Montagem a partir de fotos do site Google e capturas de vídeos do Youtube.
Youtube
26
16
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
16
Montagem feitas a partir de fotos retiradas do site Google.
27
17
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
17
Montagem de fotos retiradas do site Google.
28
6 A MARCA: LATIFA
Em sua essência, a Latifa nasce da mente criativa de uma mulher negra que
busca olhar e, a partir da moda, elevar essas mesmas mulheres. O nome escolhido
para a marca surge a partir da busca de ícones e mulheres importantes e que sirvam
de referência nesse universo. Nesse sentido foi retirado do nome da artista Queen
Latifah18 e, como o nome da marca, se apresenta como uma palavra de pronúncia
forte e que transmite poder.
A Latifa busca levar ao consumidor o vestir como uma experiência, em um
imaginário onde a roupa pode ser usada como quisermos sendo um espaço onde
não há regras, valorizando toda forma de expressão. Como características visa a
mistura de elementos, absorvendo referências que passam pelo streetwear, e ainda,
inspirações advindas da alfaiataria, para criar looks casuais e descomplicados. A
Latifa conversa com seu público valorizando o ato de expressar sua identidade
através da roupa, além disso, em suas referências criativas busca alimentar-se de
referências visuais vindas da cultura negra, tendo como fonte inspirações históricas
e principalmente referências de beleza que espelhem o público a quem a marca se
volta.
6.1 PÚBLICO-ALVO
18
Queen Latifah foi uma das primeiras mulheres que ascendeu como rapper em
meados dos anos 80, reconhecida por músicas que abordaram assuntos considerados
tabu como violência doméstica, violência urbana e problemas enfrentados por mulheres
negras.
29
estilo caminha entre o formal e o criativo, o que gera uma identificação com o que
expressa a Latifa.
A Latifa visa como parte majoritária de seu público mulheres negras pois
busca representar essas mulheres através de referências estéticas que contemplem
suas formas únicas de se expressar. Seja através da roupa ou até mesmo dos
penteados de origem africana que as conectam com sua cultura, são mulheres que
valorizam a identidade original que constroem. No entanto, acredita
acredita-se que o estilo
da marca irá agradar a um público maior de mulheres antenadas com a moda
contemporânea.
19
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
6.1.2 Lifestyle
19
Montagem a partir de imagens retiradas do site Pinterest.
30
20
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
21
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
21
Montagem a partir de fotos do site Pinterest.
32
Figura 11 - Logo
Missão: Ser uma marca de moda que transmita identificação através de sua
construção, além de ser referência em empreendedorismo negro e impulsionar a
valorização desses profis
profissionais no mercado da moda.
Visão: Obter um maior alcance, a nível regional ou ainda, nacional, e
visibilidade através das redes sociais, além de ser reconhecida a partir das imagens
de moda construídas pela marca.
Valores: Prioriza-se
se uma produção desacelerada visando oferecer qualidade
e durabilidade ao consumidor e a valorização dos profissionais envolvidos em todos
os processos. Busca-se
se ainda, a identificação do cliente com a marca para além do
produto, desse modo, a empresa leva a sério questõe
questõess de representatividade e
34
identificação.
6.1.6 Concorrentes
● Concorrentes diretos
AJULIACOSTA$HOP é uma
concorrente a nível nacional que
abrange público--alvo, faixa de preços
e identidade de marca muito
semelhantes à da Latifa, além de
comercializar através do Instagram e
possuir site da marca. A
empreendedora por trás da marca
também atua na música rap/trap,
sendo esse mais um meio de
promoção e alcance da marca.
22
Fonte: Elaborado pela autora
● Concorrentes indiretos
22
Imagens de logotipo retiradas dos sites das marcas.
36
23
Fonte: Elaborado pela autora
6.2 PLANEJAMENTO
6.2.1 Cronograma
23
Imagens de logotipos retiradas do Instagram das empresas.
37
Tabela 3 - Cronograma
6.2.2 Briefing
● Macrotendências
24 17
https://www.facebook.com/business/news/insights/culture-rising-2022-trends-report?utm_sou
rce=canva&utm_medium=iframely (Acesso em 2 de mai. de 2022)
39
25
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
● Microtendências
ências
Já as microtendências podem ser identificadas e recortadas a partir da
análise de desfiles observando coleções de diversos designers em busca de
elementos que se apresentem de maneira comum, de acordo com Treptow (2013, p.
82) “é através do painel de tendências que o designer p
pode
ode visualizar quais os
elementos de estilo poderá utilizar em sua coleção para que se apresente
contextualizada com os demais lançamentos”.
25
Montagem a partir de imagens do site Pinterest.
40
26
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
6.3.2 Brainstorming
26
Montagem a partir de imagens dos sites FFW, Vogue e Glamour.
41
Figura 15 - Brainstorming
27
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
27
Montagem a partir de imagens retiradas do site Pinterest e Google.
43
28
Fonte: Elaborado pela autora (2022)
Treptow (2013, p. 109), aponta que "a cartela de cores de uma coleção deve
ser composta por todas as cores que serão utilizadas, incluindo preto e branco”.
Desse modo, seis cores totalizam a cartela da coleção.
28
Montagem a partir de imagens de perfis no Instagram de festas ligadas à cultura negra.
44
A seguir apresenta
apresenta-se a cartela de aviamentos utilizados na coleção.
Figura 21 - Cartela de aviamentos
6.4.4 Croquis
Figura 22 - Croqui 1
Figura 23 - Croqui 2
Figura 24 - Croqui 3
Figura 25 - Croqui 4
Figura 27 - Croqui 6
Figura 28 - Croqui 7
Figura 29 - Croqui 8
Figura 30 - Croqui 9
Figura 31 - Croqui 10
Figura 32 - Croqui 11
Figura 33 - Croqui 12
Figura 34 - Croqui 13
Figura 35 - Croqui 14
Figura 36 - Croqui 15
Figura 37 - Croqui 16
Figura 38 - Croqui 17
Figura 39 - Croqui 18
Figura 40 - Croqui 19
Figura 41 - Croqui 20
● Forças
● Fraquezas
● Oportunidades
● Ameaças
Dificuldade para manter uma média de preços tão acessível quanto desejado
por conta dos valores de compra de matéria-prima. Não existência de um ponto fixo
inicialmente, o que poderia atrair uma outra parcela de consumidores. Existência de
concorrentes a nível nacional com maior visibilidade.
● Produto
● Praça
● Promoção
● Preço
Para o planejamento
jamento do editorial de moda da coleção, foram elaborados
painéis de referência para a produção do mesmo. Foram criados quatro painéis,
cada um deles para ilustrar, respectivamente, a proposta de cenário, beleza (cabelo
e maquiagem), pose e acessórios idealizados.
O painel de cenário ilustra a composição de cena do editorial, apresentando
um cenário remetente à uma estética retrô quanto aos objetos que compõem a
imagem, e ainda, à elementos relacionados à música, beleza e auto estima.
streetwear.
Para o sapato opt
optou-se por uma bota coturno preta de cano curto,
curto tendo
inspiração no modelo ankle boot
boot.
Figura 4
46 - Painel de referência de acessórios
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRACKETT, David. Música soul. Trad. Carlos Palombini. Opus, Goiânia, v. 15, n. 1,
p. 62-68, jun. 2009. Disponível em:
https://anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/262. Acesso em 3 abr.
2022.
CRANE, Diana. A moda e seu papel social: Classe, gênero e identidade das
roupas. 2ª edição, São Paulo: Senac São Paulo, 2013.
D´ALLEVEDO, Pedro Tadeu Faria. 1958, o ano que não terminou: Memória e
performance na cena do baile black nostalgia paulistano. Orientadora: Prof ª Dr.ª
Mónica Franch Gutiérrez. 2017. 286 f. Tese - Programa de Pós-Graduação em
Sociologia do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal da
Paraíba, João Pessoa, 2017. Disponível
em:https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/11835. Acesso em 3 abr. 2022.
GODART, Frederic. Sociologia da Moda. 1ª edição, São Paulo: Senac São Paulo,
2010.
MUNARI, Bruno. Das coisas nascem coisas. 2ª edição, São Paulo: Martins Fontes
- Martins, 2008.
APÊNDICE 1
90
APÊNDICE 2
91
92
93