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CHIMARRÃO:
CAUSOS DE
DESIGN GAÚCHO
CONTADOS E
COMPARTILHADOS
NA WEB
DESIGN E
CHIMARRÃO:
CAUSOS DE
DESIGN GAÚCHO
CONTADOS E
COMPARTILHADOS
NA WEB
ORIENTADORA:
LÚCIA BERGAMASCHI COSTA WEYMAR
BANCA EXAMINADORA:
PABLO FABIÃO LISBOA
TOBIAS TESSMANN MÜLLING
PELOTAS, 2011
AGRADECIMENTOS
A minha família, em especial mãe e avó, por incentivar os meus estudos e por
acreditar em mim.
Key-words: gaúcho design, design and chimarrão, blog about design, digital
design.
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO 25
CAUSO UM: ERA UMA VEZ... UM GAÚCHO CHAMADO DESIGN 30
CAUSO DOIS: ZEUNER, UM MESTRE MAIS GAÚCHO DO QUE ALEMÃO 32
CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS 35
CAUSO QUATRO: DESIGN GAÚCHO EM QUATRO ATOS 43
CAUSO CINCO: AMIGOS, AMIGOS; NEGÓCIOS EM SOCIEDADE 45
CAUSO SEIS: NEM AMARELO, NEM AZUL: VERDI 49
CAUSO SETE: ABDUZEEDO 54
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A cuia é geralmente produzida a partir do fruto da planta porongo; é o recipiente onde se
toma o chimarrão. A bomba, em metal, funciona como um canudo e é usada dentro da cuia
para sorver o chimarrão. A erva-mate é uma árvore cujas folhas são misturadas à água com
fins de ser sorvida. O chimarrão é bebido quente, mas a água não pode ser fervente para não
queimar a erva; por isso ela precisa ser aquecida até “chiar na chaleira”.
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Ao longo de seu testemunho no livro Pensando Design (2004), o professor e designer
Norberto Bozzetti grafa Design e Designer sempre com letra maiúscula como homenagem
à profissão e ao profissional. Considero justa e merecida esta homenagem e estendo-a neste
projeto, homenageando quem tanto fez pelo nosso Design.
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Alexandre Wollner foi um dos pioneiros do Design no Brasil. Aluno da primeira turma do
Instituto de Arte Contemporânea do Masp, estudou também na Escola de Ulm, na Alemanha,
que serviu como base para o Design brasileiro. Fundou o primeiro escritório de Design do
país com Geraldo de Barros, Walter Macedo e Ruben Martins e foi fundador e professor do
Instituto de Desenho Industrial do MAM do Rio de Janeiro e da Escola Superior de Desenho
Industrial da UERJ, além de ser um dos principais designers de projetos de identidade corpo-
rativa no Brasil (STOLARSKI, 2005, p. 11).
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O Design gaúcho ainda se apresenta bastante frágil no que diz respeito as suas
próprias reflexões. Ainda temos poucas informações registradas e escassos
livros que possam servir como referência e pesquisa para os atuais e futuros
Designers. E, por outro lado, muitas publicações que são feitas hoje – como
artigos e trabalhos de conclusão de curso – ficam em seus locais de origem,
sem que as pessoas a elas tenham fácil acesso. Resultado: grandes, bons e
relevantes trabalhos ficam restritos e não contribuem com a expansão do co-
nhecimento acerca do Design.
[...] Se a cultura do país carece de documentação e reflexão, no
caso do design há um fator suplementar para agravar a situação:
a chamada “cultura de massa”, consumida cotidianamente por
todos nós, raramente recebe atenção das instituições dedicadas
à memória nacional. O resultado é que o design permanece es-
condido em algumas poucas bibliotecas públicas, em coleções
particulares, ou perdido em páginas de revistas de época. Não
são raros os casos em que nem as empresas nem os autores
dos projetos possuem documentação ou arquivo de sua própria
produção. Empresas e profissionais repetem, assim, a desaten-
ção das instituições. Falta ao ambiente cultural brasileiro em
geral, e ao do design em particular, uma postura de reconheci-
mento e valorização da produção nacional (MELO, 2008, p. 26).
4
Luli Radfahrer é Ph.D. em comunicação digital pela ECA-USP, onde também é professor
há mais de dez anos (RADFAHRER, 2007).
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Contudo, isto também não significa que agora há um grande conteúdo à dis-
posição de todos. Ao contrário, consideramos que temos relativamente pouca
informação científica e de qualidade disponível na internet que problematize
o Design5 com seriedade. Sites específicos sobre isso, por exemplo, são raros.
O que existe, atualmente, são sites em formatos de blogs de Design6, nos
quais há o compartilhamento de opiniões, referências, portfólios e debates
bem como espaço para que seus leitores participem ativamente, informando
promoções, divulgação de vagas de trabalho, dentre outras ações.
Paula Astiz7 compartilha da opinião de que os Designers de hoje não são mais
apenas receptores de informações: “[...] Acredito no design gráfico como
formador de opinião, com um discurso ativo na produção de novas formas
5
Existe, por exemplo, um projeto de graduação do Designer Douglas Leonardo da Silva pelo
Centro Universitário SENAC – São Paulo, no qual ele transformou o livro História do Design
Gráfico de Philip Meggs em um infográfico, disponibilizando-o na internet para consulta e
download. Pode ser acessado em: < http://www.dougleonardo.com/hdg/infografico/>.
6
Como por exemplo, pode-se citar: Revista D2sign - <http://www.revistadesign.com.br/2/>;
Choco La Design - <http://chocoladesign.com/>; Anticast - <http://anticast.com.br/>.
7
Paula Astiz é arquiteta formada pela FAU-USP, com mestrado em design gráfico pelo
Royal College of Art de Londres. Hoje dirige o estúdio Paula Astiz Design, desenvolvendo
identidades visuais, projetos editoriais, design de websites e letreiros para cinema (ADG,
2002, p. 217).
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Sendo assim, o problema que norteia esta pesquisa envolve o seguinte ques-
tionamento: como projetar um site/blog sobre o Design gaúcho com o intuito
de divulgá-lo e valorizá-lo aliando os quesitos estético-formais com os crité-
rios da internet, como usabilidade e acessibilidade por exemplo?
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Causo é uma expressão popular utilizada no Rio Grande do Sul e significa caso, conto,
história.
9
Chico Homem de Melo é designer, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da
USP e diretor da Homem de Melo & Troia Design [...] Também é autor de livros, entre ele:
“Os Desafios do Designer”, de 2003, “Signofobia” e “Design Gráfico Brasileiro: Anos 60”,
ambos de 2006 (ABC Design, s/d).
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO
O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil, tem cerca de dez
milhões de habitantes e sua capital é a cidade de Porto Alegre. Todos que
no Rio Grande do Sul nascem, tendem a ser chamados de gaúchos, termo
gentílico para denominar um tipo folclórico aqui encontrado, originalmente
assim definido
Gaúcho é uma denominação dada às pessoas ligadas à atividade
pecuária em regiões de ocorrência de campos naturais do Vale
do Rio da Prata e do Sul do Brasil, entre os quais o bioma de-
nominado pampa, descendente mestiço de espanhóis, indígenas,
portugueses e africanos. As peculiares características do seu
modo de vida pastoril teriam forjado uma cultura própria, de-
rivada do amálgama da cultura ibérica e indígena, adaptada ao
trabalho executado nas propriedades denominadas estâncias. É
assim conhecido no Brasil, enquanto que em países de língua
espanhola, como Argentina e Uruguai é chamado de gaucho
(FLICKR, 2010).
O povo gaúcho cultua com muito orgulho seus costumes e suas crenças (Figu-
ra 07). Por isto, ele é assim conhecido e reconhecido perante seu próximo. Há,
por exemplo, o já citado e famoso churrasco – o qual o gaúcho é quem melhor
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO
Prenda, s. Jóia, relíquia, presente de valor. Em sentido figurado, moça gaúcha (GLOSSÁRIO
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO
Este, por sua vez, mais louco para pregar-lhe uma peça, esquen-
tou a água até avermelhar o fundo da cambona.
Na hora de servir, desceu a água pela bomba, para que esta fi-
casse ainda mais quente. Passou a cuia para o visitante, que ime-
diatamente deu-lhe uma sorvida com muita vontade.
E este, com a incrível cara-de-pau que lhe foi legada por Deus,
respondeu em forte tom de recordação:
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO
Mas, por mais definido que esteja, o Design é permeado por dúvidas, in-
certezas e principalmente pela falta de conhecimento por parte das pessoas.
Saber o que significa é importante, porém, não basta. Saber de onde veio e
quais trajetórias percorreu até chegar aos tempos de hoje pode ser até mais
relevante porque, deste modo, temos a possibilidade de discutir e fazer com
ele evolua cada vez mais. Porém, perpassar toda uma história, como sabemos,
é muito difícil. “Não é possível, evidentemente, abranger em um único vo-
lume todas as ramificações de um campo tão vasto em aplicações e variações
quanto o design” (DENIS, 2000, p. IX). Por conta disso, não será contada a
história propriamente dita, mas histórias que nos ajudem a compreender este
Design gaúcho. E falando em Design no Rio Grande do Sul, nada melhor do
que contar estes causos. Além disto, escrever sobre Design é tão importante
quanto desenhar e/ou projetar algum produto, portanto, nesta pesquisa há os
dois tipos: o escrever e o projetar.
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO
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Cláudio Ferlauto se formou em Arquitetura pela UFRGS e trabalha com Design desde
1960. Hoje é um grande editor de coleções de Design da Editora Rosari em São Paulo.
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CAUSO UM: ERA UMA VEZ... UM GAÚCHO CHAMADO DESIGN
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CAUSO UM: ERA UMA VEZ... UM GAÚCHO CHAMADO DESIGN
O que veio a contribuir, e muito, para o futuro do Design no estado foi a Seção
de Desenho da Editora Globo em Porto Alegre, responsável pelos tratamentos
gráficos dos livros editados naquela época, por volta de 1930 e 1950, por esta
importante editora. “O departamento foi criado em 1929 devido ao surgimen-
to da Revista do Globo (1929-1967) e diante da expectativa de um aumento
considerável da demanda de impressos” (RAMOS, s/d, p. 2). A partir disto,
o Design chegou ao patamar que vivenciamos hoje, reconhecido, mas não
regulamentado.
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CAUSO DOIS: ZEUNER, UM MESTRE MAIS GAÚCHO DO QUE ALEMÃO
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CAUSO DOIS: ZEUNER, UM MESTRE MAIS GAÚCHO DO QUE ALEMÃO
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CAUSO DOIS: ZEUNER, UM MESTRE MAIS GAÚCHO DO QUE ALEMÃO
Zeuner, como um bom mestre, sabia extrair dos seus aprendizes aquilo que de
melhor eles tinham. Ele não generalizava, ele explorava o talento de cada um
dos ilustradores, o que o tornou tão querido e lembrado até hoje.
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Existem divergências quanto à grafia do nome de “Sotéro Cosme”. A família Cosme grafa o
sobrenome desta forma: “Cosme”, sem acentuação. Em ilustrações de época, Sotéro assinou
das duas formas, tanto o primeiro, quanto o segundo nome, com acento, ou seja: “Sotéro
Cósme”; mas também encontramos assinaturas suas sem nenhum acento: “Sotero Cosme”.
Há, ainda, uma terceira forma: “Sotéro Cosme”. É esta última que vamos adotar ao longo do
trabalho (RAMOS, 2007, p. 112).
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
A década de 1920, não só no estado do Rio Grande do Sul como no país in-
teiro, foi marcada por grandes revistas e por seus projetos gráficos. Traçando
um paralelo, se no estado faziam sucesso Madrugada, Mascara, Kosmos e
A Illustração Pelotense, no Rio de Janeiro a revista ilustrada A Maçã foi
seu grande destaque. Ela foi lançada em fevereiro de 1922 por Humberto de
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
Nesta época, se sobressaíram ainda nomes como Calixto Cordeiro (ou K.lixto),
Raul Pederneiras e J. Carlos, e este último merece um destaque especial.
J. Carlos foi, em sua época, o melhor exemplo de um designer
moderno, demonstrando uma capacidade de síntese e elegância
impressionantes, mesmo para os parâmetros de hoje. Traba-lhou
em estreita proximidade com as novas tecnologias gráficas e
fotográficas, projetando revistas, livros, cartazes, montando ex-
posições. Sua esfera de atuação – abrangendo caricaturas, char-
ges, ilustrações, letras, capitulares, adornos, vinhetas, logotipos,
desenhos infantis e de publicidade [...] (SOBRAL, 2005, p. 128).
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
Moderna, elegantíssima, com um jeito de rapariga que nem
está ligando a morte de Rudolph Valentino, apareceu em Porto
Alegre uma revista. Chama-se “Madrugada”. E vem lindamente
acompanhada. Pertence à turma na qual sorriem, pensam, dizem
e fazem coisas J. M. de Azevedo Cavalcanti, Theodemiro Tostes,
Augusto Meyer, João Sant’Anna, Dr. Miranda Netto, Sotéro
Cósme. “Madrugada” é tão bonita, tão inteligente, que excita o
bairrismo dos seus patrícios afastados das cismas do Guaíba e
dos crepúsculos daquele céu sem fim. Vendo-a, mostrando-a aos
outros, cada um diz, vaidoso: “É da minha terra... Ela nasceu lá
onde eu nasci...” (PARA TODOS apud TRAÇA, s/d).
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
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CAUSO TRÊS: CINCO BOAS MADRUGADAS
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CAUSO QUATRO: DESIGN GAÚCHO EM QUATRO ATOS
Bozzetti (2004) declara que existem quatro momentos históricos para o De-
sign gaúcho. O primeiro momento seria mais primitivo, no qual as pessoas
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CAUSO QUATRO: DESIGN GAÚCHO EM QUATRO ATOS
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CAUSO CINCO: AMIGOS, AMIGOS; NEGÓCIOS EM SOCIEDADE
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CAUSO CINCO: AMIGOS, AMIGOS; NEGÓCIOS EM SOCIEDADE
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CAUSO CINCO: AMIGOS, AMIGOS; NEGÓCIOS EM SOCIEDADE
ganhou, juntamente com Petzold, Orlandi Junior e Muller, vinte e seis prê-
mios nacionais e internacionais. Dentre seus produtos mais famosos estão
aqueles feitos para a Zivi-Hércules (Figura 17), uma empresa de cutelaria e
de talheres do Rio Grande do Sul, e para a Termolar (Figura 18).
Na parte de talheres e acessórios de mesa,
o exemplo do talher CAMPING, exposto
no MOMA em Nova Iorque, e o conjunto
COMER BRINCANDO, que consistiu em
talheres para crianças, personalizadas na
“princesinha colher”, no “príncipe garfi-
nho” e no “cão faquinha” (BORNANCI-
NI, 2004, p. 61).
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CAUSO CINCO: AMIGOS, AMIGOS; NEGÓCIOS EM SOCIEDADE
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CAUSO SEIS: NEM AMARELO, NEM AZUL: VERDI
Falar da Verdi Design é falar dos irmãos Luiz Mário e José Antônio Verdi.
Nascidos em Porto Alegre, Luiz Mário inicialmente pertencia ao universo das
artes gráficas, isso por volta dos anos 1980 (CURTIS et. al., s/d).
Abri meu negócio na mesma época que entrei no curso de
Comunicação Social – Publicidade e Propaganda da UFRGS
(1990-1998, não concluiu). Não tinha curso de design em Porto
Alegre, só em Santa Maria, mas essa informação não chegava.
Na passagem pela publicidade conheci pessoas de destaque:
Geraldo Canali, Joaquim Fonseca e Flávio Cauduro. Entramos
muito cedo na faculdade e as disciplinas iniciais - Comunicação
Comparada, Sociologia, Semiótica - são as mais importantes, no
entanto só entendemos isso anos depois. Tinha vontade de fazer
muitas coisas, então montei a Verdi junto com meu irmão, em
maio de 1995 (VERDI apud CURTIS et. al., 2010).
Já José Antônio começou sua carreira em uma pequena gráfica onde aprendeu
um vasto conteúdo. Graduando-se, assim como seu irmão, em Comunicação
Social – Publicidade e Propaganda na UFRGS, em 2001. A Verdi Design foi
fundada em 1995 e teve como marco inicial o projeto de identidade visual
para a Stemac Grupos Geradores, que se estendeu até 1999.
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CAUSO SEIS: NEM AMARELO, NEM AZUL: VERDI
Após esse período, José Antônio Verdi foi presidente da Associação dos
Jovens Empresários do Rio Grande do Sul – AJERS (2000) e diretor da As-
sociação dos Profissionais em Design do Rio Grande do Sul – Apdesign na
gestão 2003-2004, o que lhe proporcionou amizades como Bornancini e
Bozzetti. Veja alguns dos trabalhos feitos pela Verdi Design (Figuras 20 a 23):
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CAUSO SEIS: NEM AMARELO, NEM AZUL: VERDI
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CAUSO SETE: ABDUZEEDO
Este fato o fez entrar de vez no mundo da web 2.0. O Abduzeedo passa a
ser, então, o lugar onde ele guardava e compartilhada as suas experiências e
inspirações, suas abduções diárias. “O nome do blog vem de uma brincadeira
com palavras. Zee é o nome da minha empresa de design, então começamos
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CAUSO SETE: ABDUZEEDO
a criar nomes com palavras que tinha o som ZEE em alguma sílaba, assim
surgiu Abduzeedo (Abduzido)” (SASSO, s/d).
O site conta com colaboradores e leitores do mundo inteiro, são mais de dois
milhões de visitas mensais e tem como intuito a troca de opiniões e ideias
entre os usuários (ABDUZEEDO, s/d). Hoje, Fábio Sasso é Designer gráfico
sênior no Google desde fevereiro de 2011, e mora na Califórnia.
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CUIA, BOMBA E UM POUCO DE REPERTÓRIO
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
Algumas das informações, por exemplo, que fazem com que o Designer gaú-
cho fique bem informado são: Quais exposições estão acontecendo no Rio
Grande do Sul? Onde elas acontecem? Quais eventos estão por vir? Quanto
vão custar? Existem vagas de trabalho? Estas são curiosidades do Design
que vão enriquecer nosso repertório, enfim, são uma gama de informações
necessárias para nossa construção como profissional. Mas, a pergunta que fica
é: Onde e como obter tais informações?
Um site muito atento ao que acontece no Rio Grande do Sul é o Maria Cultu-
ra (Figura 25). Através dele e das redes sociais Twitter e Facebook o que de
mais importante acontece está sendo divulgado.
A Maria Cultura é uma casa de comunicação e criação voltada
para a cultura e seus desdobramentos. Ela atua junto a empre-
sas que investem em cultura, agentes culturais e instituições
culturais. Pensamos a cultura como ferramenta de comunicação
criativa na construção de produtos e marcas fortes. O foco da
Maria Cultura é no desenvolvimento de atitudes culturais que
interajam com anseios do mundo atual: inclusão social, sus-
tentabilidade, educação, tecnologia, entretenimento (MARIA
CULTURA, 2011).
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
Estes são dois importantes espaços que ajudam a contribuir com o Design
gaúcho da forma mais regular possível respeitando não só a profissão, mas,
sobretudo, o profissional que precisa se abastecer destes conteúdos. Os di-
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
Por conta desta lacuna, algo que precisamos considerar são os perfis do
Twitter e Facebook de universidades locais, de cursos e dos próprios profis-
sionais e estudantes que divulgam aquilo que não apenas lhe interessam, mas
que também possa interessar aos seus amigos de rede social. Ter um perfil em
uma rede, hoje, é de extrema importância para que possamos estar conectados
com o mundo e com aquilo que provavelmente não teríamos acesso de uma
forma real. Com o Twitter, seguir os perfis que nos interessam é, em nossa
opinião, vital para que estejamos sempre atualizados. E com o Facebook,
curtir e/ou compartilhar aquilo que julgamos interessante também é uma
forma de disseminação. Abaixo (Tabela 01) listamos alguns perfis em ordem
aleatória que podem nos interessar, seja por tratarem de Design gaúcho seja
por abordarem Design em geral:
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
http://www.face-
@fabriciota- Porto Designer, Professor e Doutorando
book.com/fabricio-
rouco Alegre/RS em Comunicação.
tarouco
Openjobs é um site de empregos.
Com uma proposta simples e difer-
http://openjobs.
@openjobs enciada, nosso objetivo é chegar ao
com.br
alcance das pessoas mais talentosas
e antenadas do mercado.
Mais do que um rico canal de
informações, o Design Brasil é
um ponto de encontro na web para http://www.design-
@designbrasil
profissionais, estudantes, em- brasil.org.br
presários, consumidores e interes-
sados
Amamos Design! Eventos e cursos
@pensoev- que possam capacitar cada vez http://eventos.pen-
Sorocaba/SP
entos mais na área do Design, Arte e sodesign.com.br/
Comunicação!
Porto http://www.pere-
@perestroika Escola de atividades criativas.
Alegre/RS stroika.com.br
Twitter oficial do Centro Acadêmi-
@cadesignuf- http://cadesignufpel.
Pelotas/RS co dos cursos de Design do Centro
pel wordpress.com/
de Artes/UFPel.
@Maria_ Porto http://www.mari-
Comunicação Cultural
Cultura Alegre/RS acultura.com.br
Selo do @GrupoAEducacao espe-
cializado em livros de negócios, http://www.face-
@Bookman- Porto
design, arquitetura, engenharia e book.com/book-
Editora Alegre/RS
mais. Parceira da Wharton School, maneditora
Adobe e Microsoft Press.
@livrosdede- Livros e tão somente livros de http://www.livrosd-
sign design! edesign.com.br
Cursos de Design Gráfico e Design
Digital do Centro de Artes da http://iad.ufpel.edu.
@designufpel Pelotas/RS
Universidade Federal de Pelotas/ br/design
RS (Brasil).
Eventos de tipografia, design e arte http://www.agen-
@AgendaT
pelo Brasil e mundo. daT.com.br
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ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
63
ERVA-MATE, ÁGUA QUENTE E UM PAPO SOBRE DESIGN
http://www.
@designulbra Perfil do Curso de Design Ulbra.
designulbra.com.br
@designfeev- Novo Ham- Twitter oficial do curso de Design http://designfeevale.
ale burgo/RS da Feevale. wordpress.com
@anticastde- Podcast de Design, Comunicação http://www.anticast.
sign & Cultura. com.br
Porto Diretório Acadêmico do Curso de http://www.dadun-
@daduniritter
Alegre/RS Design Uniritter. iritter.com.br
Porto Centro Acadêmico do Design http://www.ufrgs.br/
@cadeufrgs
Alegre/RS UFRGS. deg/cade
http://centrodesign-
@C_Design- Novo Ham- Laboratório dos cursos de Design e
feevale.wordpress.
Feevale burgo/RS Moda da Universidade Feevale.
com
Bento Gon- Twitter dos Cursos de Design da http://designucs.
@designucs
çalves/RS UCS/CARVI. wordpress.com
64
ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
Escrever sobre alguém que muito fez pelo nosso Design é e será sempre mui-
to importante, não apenas como homenagem, mas também como forma de
jamais esquecer tudo o que somos e compreender realmente o quê fazemos e
porquê fazemos.
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
Bozzetti ama o que faz, ama o Design. E quer que os profissionais e estudantes
de hoje também amem. Ele é conhecido como o “Senhor das Marcas”. Junto
com sua empresa, a Bozzetti Design, atuante desde 1969, já realizou mais de
um mil projetos de marca e de identidade visual, como podemos apreciar a
seguir (Figuras 27 a 31):
66
ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
68
ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
Bozzetti nos concedeu uma entrevista em sua casa, na Zona Sul de Porto
Alegre, no dia nove de novembro de 2011 afim de contar um pouco sobre
sua história e sua relação com a história do Design no Rio Grande do Sul. Do
ponto de vista técnico, foi uma entrevista em profundidade:
A entrevista em profundidade é um recurso metodológico que
busca, com base em teorias e pressupostos definidos pelo in-
vestigador, recolher respostas a partir da experiência subjetiva
de uma fonte, selecionada por deter informações que se deseja
conhecer (DUARTE; BARROS, 2005, p. 62).
Foi ainda uma entrevista com perguntas semi-abertas. “As abertas e semi-
abertas são do tipo em profundidade, que se caracterizam pela flexibilidade e
por explorar ao máximo determinado tema, exigindo da fonte subordinação
dinâmica ao entrevistado [...]” (DUARTE; BARROS, 2005, p. 64).
Uma entrevista semi-aberta geralmente tem algo entre quatro e
sete questões, tratadas individualmente como perguntas abertas.
O pesquisador faz a primeira pergunta e explora ao máximo cada
resposta até esgotar a questão. Somente então passa para a se-
gunda pergunta. Cada questão é aprofundada a partir da resposta
do entrevistado, como um funil, no qual perguntas gerais vão
dando origem a específicas. O roteiro exige poucas questões,
mas suficientemente amplas para serem discutidas em profun-
didade sem que haja interferências entre elas ou redundâncias
(DUARTE; BARROS, 2005, p. 66).
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
Entrevista Semiaberta sobre o Design no Rio Grande do Sul com Norberto Bozzetti, pelo
acadêmico Diego Motta, da UFPEL. Este questionário faz parte de uma entrevista sobre
Design gaúcho realizada como parte de Trabalho de Conclusão do Curso de Design Digi-
tal. Obrigado!
Designer: Norberto Bozzetti.
Diálogo introdutório: O acadêmico discorre acerca de seu Trabalho de Conclusão de
Curso em desenvolvimento.
Questão 1 – Qual foi o caminho traçado até você decidir que queria ser um Designer?
Fale um pouco sobre a Faculdade de Arquitetura da UFRGS e sua relação com o Design,
naquela época.
Questão 2 – Você foi o pioneiro em diversos momentos do Design tanto no âmbito profis-
sional como acadêmico no Rio Grande do Sul. Como foram esses momentos? Você tam-
bém foi o pioneiro na publicação de textos técnicos de Design no Rio Grande do Sul. Qual
a importância dessas publicações, hoje?
Questão 3 – Como você avalia o Design gaúcho ao longo do tempo? O design é uma área
suficientemente valorizada no RS? Se não, o que nos falta?
Questão 4 – O que caracteriza um bom Designer?
Questão 5 – Qual a sua relação com o meio digital? Como você aproxima a internet e as
redes sociais do seu trabalho?
Questão 6 – O que você está fazendo atualmente e o que ainda planeja para o futuro? Al-
guma mensagem final para os estudantes de Design?
Eu, Norberto Bozzetti, autorizo o estudante de graduação Diego Motta a utilizar os dados
acima (entrevista audiovisual gravada) para sua monografia na UFPEL.
Assinatura e data:
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
Design & Chimarrão – Qual foi o caminho traçado até você decidir que
queria ser um Designer? Fale um pouco sobre a Faculdade de Arquitetura da
UFRGS e sua relação com o Design, naquela época.
Norberto Bozzetti – Eu recordo que com quatro, cinco anos a minha casa
tinha as paredes riscadas pelo geninho do lápis de cor que saía a riscar tudo
dentro de casa. E eu decidi que ia ser desenhista, então, minha profissão origi-
nal. E com nove anos eu estava em São Paulo ajudando a fazer história em
quadrinho, que foi uma paixão. Depois como dava muito trabalho eu passei
para o cartoon que era mais sintético. Mas de qualquer maneira era um gosto
pelo Design. Depois de alfabetizado e leitor voraz, eu comecei a me encantar
pela literatura e decidi então que queria ser escritor. Depois pensei em ser
militar também, e até fui durante um tempo. E não encontrava realmente que
vestibular atendesse esse monte de loucura. Me liguei a música durante muito
tempo e com quinze anos eu já era músico profissional. Tudo conduzindo para
alguma coisa que eu não sabia que chamava Design. Eu brinco que realizei
todas as minhas vontades, eu sou detetive, eu sou desenhista e eu sou escritor
porque eu sou Designer. Só não consegui pôr música, mas ainda assim eu faço
trilha para algumas coisas que eu apresento.
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
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NB – O Rio Grande do Sul pela sua colocação geográfica e pela sua etnia teve
em determinado momento que criar seu Design. Os tropeiros que vieram pra
cá tinham que produzir seus próprios móveis que não eram os móveis nor-
destinos e tinham semelhanças com algumas coisas da Espanha e Portugal,
e também eles tinham que resolver os bens não produzidos industrialmente
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porque não existia uma indústria abastecendo esse mercado espaço. E isso
fez com que alguns italianos, alemães, poloneses e outros muitos que fizeram
esse caldo que nós chamamos de gauchismo trouxessem seus ancestrais. A
partir da sociedade industrial instalada, o Brasil era mais uma das colôni-
as consumidoras dos produtos industriais europeus e assim seguiam até a
primeira guerra mundial. Eu diria que a primeira guerra mundial desencadeou
o Design gaúcho, porque nós não tínhamos mais como importar os produtos
que nós estávamos acostumados a usar. Os mais simples inclusive. A partir
daí nós tínhamos que resolver. E criamos uma indústria incipiente, mas ten-
távamos substituir produtos importados por produtos nossos. É o período que
surgem as primeiras grandes indústrias do Rio Grande do Sul. Nós começa-
mos a criar mobiliário, criar uma série de objetos de uso cotidiano com um
plano e produzidos inclusive industrialmente. Então a indústria começa a dar
os primeiros passos e a indústria significa que precisa ter um projetista.
Eu sempre falei para os meus clientes que eu não projetava para eles. Eu pro-
jetava para os clientes dos meus clientes. Eu sempre estava olhando quem ia
usar o objeto que eu estava criando. Acho que isso é Design, caso contrário
é puxa-saquismo de cliente. Não posso dizer que o Design seja valorizado
porque não é nem reconhecido. Sempre tive muito respeito pela minha profis-
são e boto banca. Eu sou Designer. Eu sou a pessoa capacitada pra resolver, e
resolvo. Nada melhor do que comprovar na prática, aquilo que se fala na teo-
ria. Felizmente tenho um respeito muito grande por parte dos meus clientes,
das pessoas que trabalham ao meu redor, assim como eu respeito eles.
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ENTREVISTA COM NORBERTO BOZZETTI
D&C - Qual a sua relação com o meio digital? Como você aproxima a inter-
net e as redes sociais do seu trabalho?
D&C - O que você está fazendo atualmente e o que ainda planeja para o fu-
turo? Alguma mensagem final para os estudantes de Design?
NB – Uma coisa que eu planejo para o futuro é estimular essa bandeira do De-
sign e o reconhecimento que nós estamos como a bola da vez. Eu fico muito
orgulhoso de ver que nós estamos hoje passando por um momento em que o
Design é valorizado sim. Mas no seu sentido mais amplo. Nós estamos tendo
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MEIA COLHER DE SOPA DE PIXELS E UM BOCADO DE MÉTODO
Segundo Baltazar e Aguaded (2005), o termo blog vem de weblog, sendo web
(rede) e log (diário de bordo), ou seja, blog é um diário na rede no qual as pes-
soas escrevem e compartilham para que os outros possam acessá-lo. A grande
maioria dos blogs contém links para outros blogs formando uma espécie de
corrente em que todos envolvidos trocam ideias e informações. Tudo isto está
ligado a ciberespaço e à cibercultura, assim definidos
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Metodologia Projetual
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O método de Garrett define alguns planos que são as etapas pelas quais um
determinado projeto precisa passar até chegar ao seu produto final. O plano
de estratégia compreende os objetivos do site e as necessidades do usuário. É
o momento de o cliente dizer o que e quem ele pretende alcançar com o site, e
isto pode ser diagnosticado através de um briefing, ou seja, de uma coleta de
dados com o cliente para que o Designer consiga extrair dele todas as infor-
mações necessárias para a criação do projeto. Um briefing bem preparado e
bem executado é fundamental em qualquer trabalho. E é nele que procuramos
saber o que os usuários precisam e quais são as suas necessidades para que
o site consiga supri-las e passe a conquistá-los. Este momento pode ser ob-
tido através de questionários quantitativos e/ou qualitativos com os possíveis
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Wireframe é um desenho básico, é o esqueleto do projeto final, como um boneco no ramo
editorial, porém, o wireframe é aplicado no meio digital.
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está apto a fazer uso dos seus conhecimentos e partir para a implementação
do site.
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mação, lecionada pela Professora Ana Bandeira, no Curso de Design Digital da Universidade
Federal de Pelotas, em 2010.
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BRIEFING
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Adequação das peças ao público alvo: O meio escolhido foi o digital porque
é a melhor forma de levar um grande conteúdo ao maior número de pessoas
ao mesmo tempo; e também porque o meio digital, no caso do Design, se faz
muito necessário, já que quem estuda ou trabalha com Design se utiliza da
internet e das suas possibilidades, seja para divulgar seu trabalho, seja para
buscar referência ou, ainda, para outras formas de utilização.
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BRIEFING
Mercado: O site/blog tem como tema central o Design gaúcho e tem como
intenção maior atingir o mercado do Design no Rio Grande do Sul. Porém, a
internet pode atingir a qualquer um, não somente a quem aqui reside. Além
disto, o conteúdo é voltado para o Design gaúcho, mas não somente a ele, o
que pode muito bem servir de interesse a todos, gaúchos ou não.
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BRIEFING
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BRIEFING
Figura 36 – Site Design on the rocks. Fonte: Design on the rocks (s/d).
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Consumidor / Público-Alvo
Hábitos e atitudes: Aqueles que irão se utilizar do site/blog tem, por si só, in-
teresse pelo Design. Interesse por esses causos que fazem o Design acontecer.
São estudantes e profissionais que se interessam por internet, que não tenham
preguiça e que sejam curiosos para estar sempre buscando referências, sem-
pre pesquisando alguma coisa. Mas, o ideal é que sejam pró-ativos, ou seja,
que não busquem apenas conteúdo, mas contribuam também, opinando, dis-
cutindo, criticando e sugerindo pauta.
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BRIEFING
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Já estão claras as razões pelas quais esta pesquisa se faz presente e, portanto,
não iremos nos repetir. Mas algumas coisas ainda precisam ser consideradas,
algumas especificidades que são necessárias em um trabalho como este.
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CONTADOS E COMPARTILHADOS NA WEB
para que alguém que não se interesse por algo não fique saturado com tal con-
teúdo. Os posts nos blogs costumam ficar organizados de forma decrescente,
o que foi postado hoje está acima do que foi postado ontem e, assim, suces-
sivamente. É eficiente ter como opção esta separação de assuntos, sobretudo
como critério de organização. Os eventos são separados das dicas, que são
separados dos cursos... Então, opção é a palavra que funciona na internet e
faz com que o usuário tenha o controle. Ele tem a opção de dizer sim ou dizer
não, se quer ou se não quer alguma coisa. É esta possibilidade que hoje nós,
usuários, temos: a de opinar e a de escolher.
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Tags são forma de classificar um conteúdo, de dizer que ele faz parte de determinado as-
sunto.
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Entrevista do site é um item dedicado a pessoas relevantes que têm algo im-
portante a falar e a disseminar. É sempre bom ouvir uma entrevista com al-
guém interessante, é curioso saber sobre sua vida, quanto sobre suas referên-
cias teóricas. Saber a trajetória de uma pessoa é sempre estimulante, e nos faz
pensar acerca da nossa. Os entrevistados podem não ter uma relação direta
com o nosso estado, mas que tenham então, importância para o Design e que
acrescentem conhecimento. À medida em que as entrevistas forem sendo fei-
tas serão acrescentadas no site.
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O item blog, a página inicial do site, tem como opção de conteúdo os diversos
posts dos mais variados temas e oferece como possibilidade a visão completa
de cada notícia. Geralmente, e neste caso, o primeiro nível de um blog mostra
apenas um aperitivo de cada notícia, deixando ao usuário a opção de querer
ou não ver mais. Podendo o usuário comentar tal notícia e/ou compartilhá-la
nas redes sociais às quais participa.
O item design e chimarrão, que é dedicado ao projeto, não chega a ser uma
página em si. É o nome de um grupo, que no caso, compreende cinco itens:
projeto, autor, identidade visual, parceria e anúncio. Estes cinco ítens tem
apenas um nível de conteúdo e oferece a possibilidade de espaço para comen-
tário e para o compartilhamento do conteúdo.
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Na tela blog (Figura 41), a página inicial do site, podemos perceber a estrutu-
ra definida para cada elemento. Na parte superior percebemos os elementos
referentes ao menu do site, o espaço dedicado à marca e uma grande imagem
conceitual. Esta área conceitual do site tende a chamar bastante atenção por
conta do seu tamanho e, se bem utilizada, é um ponto positivo para cativar
os usuários. Os ítens de menu foram pensados para serem respeitados os seus
tamanhos, aproveitando o espaço. Na área central do site, que é a parte de
conteúdo, uma grid de três colunas foi respeitada: uma maior dando destaque
ao conteúdo em si, uma segunda e menor valorizando a questão de busca e
segmentação de conteúdo – muito necessário em blogs e sites com conteúdo
extenso – e a terceira, fixa em todo o projeto, e dedicada a patrocínios e parce-
rias. E por fim o rodapé, que se configura mais em uma questão de créditos do
site e preve ainda a divulgação das redes sociais ao qual o projeto participa.
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A próxima tela escolhida é blog detalhe (Figura 42). Quando uma pessoa
clica em um post, a notícia aparece por completo. A partir deste momento al-
guns elementos se repetem, e é isto também que faz com que um projeto tenha
consistência e unidade. Por exemplo, a parte do topo do site permanece igual.
Neste detalhe do blog, as duas colunas à direita da tela continuam iguais tam-
bém. O que muda é a parte de conteúdo. Em uma notícia por completo o texto
é mais extenso, mostram-se outras imagens da postagem e dá-se espaço aos
comentários.
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Outra que ilustra bem o projeto é a tela do projeto (Figura 43), dentro de de-
sign e chimarrão. Como já foi citado, toda a estética do site/blog é a de um
blog realmente. Esta tela segue a mesma linha da que foi mostrada anterior-
mente com a diferença que, em vez da segunda coluna na parte do conteúdo
dedicada à segmentação de conteúdo por ser extenso e sofrer muita atua-
lização, esta foi projetada, então, para divulgar os outros itens pertencentes ao
grupo design e chimarrão.
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E, para finalizar a tela contato (Figura 48), é parecida, em sua estrutura, com
a tela entrevistas, tendo, como particularidade, o formulário para contato em
seu conteúdo.
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De forma geral foi definido um tom rosado ao site, com determinados pontos
em vermelho representando o Rio Grande do Sul. Isto confere também um
misto de sobriedade – por conta dos variados tons – e um pouco de destaque,
não apenas do vermelho, mas também das imagens o que chama a atenção do
usuário. Foi definido, também, um fundo fixo e padrão para todo projeto, no
mesmo tom rosado e com uma textura leve, o que dá movimento e também
modernidade.
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tamanho.
Com relação à tipografia, utilizamos duas, uma mais personalizada para tí-
tulos e botões, e é a mesma da marca. A outra, para funcionar como fonte de
sistema para os conteúdos, é a Arial. É necessário usar uma fonte de sistema
para que todos os navegadores abram o site e ele esteja da mesma forma o que
melhora, assim, a usabilidade e a acessibilidade por parte dos usuários. Nos
títulos e botões não se faz necessário tal uso porque os botões e títulos podem
ser transformados em imagens.
O site/blog tem uma importante área de respiro em seu conteúdo. Isto ajuda
o usuário a não cansar da interface. A altura das colunas e seus conteúdos
contribuem para este respiro.
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Nas demais páginas do site não há nenhuma outra diferença gráfica ou pro-
jetual a ser aqui apresentada. Sua mudança é apenas de conteúdo e de in-
formações e tem o mesmo tratamento já apresentado nestas páginas. O que
acabamos de apresentar foi o projeto de um site/blog. Sua execução e imple-
mentação se dará a curto prazo no endereço <www.designechimarrao.com.
br>.
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BIBLIOTECA
ABC Design. Sobre Chico Homem de Melo. s/d. Disponível em: <http://
abcdesign.com.br/articulistas/chico-homem-de-melo/> Acesso em: 30 set.
2011.
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BIBLIOTECA
CRIAÇÃO, Escola de. Bate Papo sobre o blog Abduzeedo. Disponível em:
< http://escoladecriacao.espm.br/blog/?p=5013> Acesso em 29 nov. 2011.
135
BIBLIOTECA
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BIBLIOTECA
MELO, Chico Homem de. (Org.). O design gráfico brasileiro: anos 60. 2.
ed. São Paulo: Cosac Naify, 2008.
_____. Os desafios do designer & outros textos sobre design gráfico. São
Paulo: Edições Rosari, 2003. (Coleção TextosDesign).
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BIBLIOTECA
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Cólofon