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UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”

FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO


Programa de Pós-graduação em Design

O ensino e o mercado de trabalho


na área de design

Carolina de Oliveira Marques

Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim


Orientadora

Bauru
2010
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA “JÚLIO DE MESQUITA FILHO”
FACULDADE DE ARQUITETURA, ARTES E COMUNICAÇÃO
Programa de Pós-graduação em Design

Carolina de Oliveira Marques

O ensino e o mercado de trabalho


na área de design

Dissertação apresentada ao Programa de


Pós-graduação em Design, da Faculdade de
Arquitetura, Artes e Comunicação, da
Instituição Estadual Paulista “Júlio de
Mesquita Filho”. Como requisito à obtenção
do título de Mestre.
Orientadora:
Profª. Adjunto Paula da Cruz Landim

Bauru
2010

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Agradecimentos

Agradeço primeiramente e especialmente minha orientadora Paula da Cruz


Landim.

Agradeço pela orientação que me permitiu, desde a graduação,


concretizações que me fizeram feliz e realizada na área acadêmica e no mercado de
trabalho.

Agradeço pela confiança, pelo apoio e brilhante orientação. Agradeço de tal


forma e imensidão que mesmo que eu utilizasse todas as palavras existentes e
espaços aqui disponíveis não seriam suficientes para agradecer o que fez. Tudo
ainda seria pouco.

A Sônia Hungria, funcionária da seção de graduação da FAAC - Unesp e ao


Prof. José Fernando da Silva, coordenador do curso de Design no Iesb, que
entraram em contato com os alunos e professores para que participassem
respondendo aos questionários.

A todos voluntários que colaboraram com a pesquisa.

Aos meus gestores e amigos dos Correios, que permitiram trabalhar em


horário diferenciado para que pudesse comparecer as aulas e congressos. Ao
coordenador de negócios, Sergio Paulo Roberto, que percebeu e soube valorizar os
benefícios e resultados trazidos pelo design, tanto para a empresa como para a
sociedade.

A minha família, especialmente meu pai.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Resumo

O ENSINO E O MERCADO DE TRABALHO NA ÁREA DE DESIGN. No cenário


mercadológico o design vem ganhando cada vez mais destaque. Novas
universidades e cursos que tratam de design estão surgindo. O novo consumidor
aguarda por novidades, melhorias e boas surpresas. Diante desse contexto, o
profissional de design precisa estar bem preparado para atuar nesta relação entre os
vários atores do processo. Os professores precisam estar em sintonia com o
mercado de trabalho, para oferecem ensino que garanta empregabilidade aos seus
alunos. Um fator que vem contribuindo para que a relação entre sujeitos não seja
totalmente positiva é o fato do termo design ser utilizado indiscriminadamente e
desta forma provocar impactos negativos para a área, para os que nela atuam e
principalmente para a sociedade. Portanto, foi verificada como está a atual relação
ensino e o mercado de trabalho na área de Design. E com isto foi possível identificar
pontos fortes e pontos fracos através de entrevistas com amostragem de sujeitos
envolvidos nesta dinâmica, professores e alunos. Os resultados apontam alguns
aspectos onde as Instituições de Ensino, estudantes de design, designers e o
mercado de trabalho podem atuar para que ocorram melhorias nesta relação.

Palavras-chave: Design, designers, ensino e mercado de trabalho.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Abstract

EDUCATION AND THE LABOR MARKET IN THE FIELD OF DESIGN. In the


market scenario design is gaining more prominence. New universities and courses
dealing with design are emerging. The new consumer waits for innovations,
improvements and good surprises. Given this context, the design professional must
be well prepared to act in this relationship between the various actors in the process.
Teachers need to be in line with the labor market, to offer education to ensure
employability of their students. One factor that has contributed to the relationship
between subjects isn’t completely positive is that the term design is used
indiscriminately and thus cause negative impacts to the area for those who work in it
and especially to society. Therefore, it is necessary to check how is the current
relationship education and the labor market in the area of Design. And for this it was
possible to identify strengths and weaknesses through interviews with sample of
subjects involved in this dynamic. The results show some aspects where the
educational institutions, design students, designers and the labor market can work for
improvements to occur in this relationship.

Keywords: Design, designers, education and labor market.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Lista de Figuras
FIGURA 1 – CURSO DE WEB DESIGN  10 
 
FIGURA 2 – CURSO DE DESIGN & WEB  11 
 
FIGURA 3 – CURSO DE DESIGN DE SOBRANCELHAS  12 
 
FIGURA 4 – NOTÍCIAS E DESIGN 1  13 
 
FIGURA 5 – NOTÍCIAS E DESIGN 2  14 
 
FIGURA 6 – NOTÍCIAS E DESIGN 3  14 
 
FIGURA 7 – NOTÍCIAS E DESIGN 4  15 
 
FIGURA 8 – VISUALIZAÇÃO DE RESULTADOS DA WEB PARA A PALAVRA DESIGN EM SITES BRASILEIROS  15 
 
FIGURA 9 – DESIGNER ARQUITETO E DESIGNER ADVOGADO  16 
 
FIGURA 10 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPOS  17 
 
FIGURA 11 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOTIPO E PAPELARIA  17 
 
FIGURA 12 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOMARCAS  17 
 
FIGURA 13 – SITE - CRIAÇÃO DE LOGOS  17 
 
FIGURA 14 – CALÇADOS PROJETADOS POR KARIN RASHID  18 
 
FIGURA 15 – CALÇADOS PROJETADOS PELOS IRMÃOS CAMPANA  18 
 
FIGURA 16 – PEÇAS DE DIVULGAÇÃO QUE FALAM SOBRE DESIGN  19 
 
FIGURA 17 – EMPREGABILIDADE NA ÁREA DO DESIGN  32 

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Lista de Quadros
QUADRO 1 - CONCURSOS DE DESIGN  7 
 
QUADRO 2 – CONCURSO PARA SELEÇÃO DE DESENHISTA INDUSTRIAL  9 
 
QUADRO 3 – CURSOS DE DESIGN NO ESTADO DE SÃO PAULO  34 
 
QUADRO 4 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO A  41 
 
QUADRO 5 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A  43 
 
QUADRO 6 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO A  45 
 
QUADRO 7 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO A  47 
 
QUADRO 8 - PERFIL DOS ALUNOS DA INSTITUIÇÃO B  48 
 
QUADRO 9 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO DA INSTITUIÇÃO B  50 
 
QUADRO 10 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS DA GRADUAÇÃO EM DESIGN DA INSTITUIÇÃO B  52 
 
QUADRO 11 - O QUE FALTA NA FACULDADE – INSTITUIÇÃO B  54 
 
QUADRO 12 - PERFIL DOS DISCENTES DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN  55 
 
QUADRO 13 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO  56 
 
QUADRO 14 - AVALIAÇÃO DO ENSINO OFERECIDO PELO PRÓPRIO DISCENTE  58 
 
QUADRO 15 - AVALIAÇÃO DA AULA DOS MESTRANDOS E DOUTORANDOS  60 
 
QUADRO 16 - MEIOS PELOS QUAIS OS DISCENTES SE ATUALIZAM  63 
 
QUADRO 17 - REGISTRO DO NÚMERO DE PROFESSORES E PERCENTUAL DE COLABORAÇÃO COM A PESQUISA  64 
 
QUADRO 18 - PERFIL DOS PROFESSORES E EXPERIÊNCIA ACADÊMICA E PROFISSIONAL  65 
 
QUADRO 19 - EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL  67 
 
QUADRO 20 - PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS  69 
 
QUADRO 21 - COMPARATIVO PONTOS FORTES E PONTOS FRACOS  71 

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Lista de Gráficos
GRÁFICO 1 – CONCURSOS DE DESIGN 8

GRÁFICO 2 - CONCURSOS DE DESIGN DE PRODUTO 8

GRÁFICO 3 - CONCURSOS DE DESIGN GRÁFICO 9

GRÁFICO 5 – A EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL NA SELEÇÃO DE PROFESSORES 25

GRÁFICO 6 - AVALIAÇÃO FEITA POR ALUNOS DE CURSOS DE DESIGN DE BAURU 38

GRÁFICO 7 - MÉDIA DAS NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS A SUA INSTITUIÇÃO 38

GRÁFICO 8 - PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 39

GRÁFICO 9 - PONTOS FORTES DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN 39

GRÁFICO 10 - PONTOS FRACOS DO ENSINO QUE FORAM ASSINALADOS POR ALUNOS DE DESIGN 40

GRÁFICO 11 - INSTITUIÇÃO A – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE JÁ REALIZAM ESTÁGIO 42

GRÁFICO 12 - INSTITUIÇÃO A – AVALIAÇÃO DO CURSO 44

GRÁFICO 13 - INSTITUIÇÃO A – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS 44

GRÁFICO 14 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FORTES APONTADOS PELOS ALUNOS 46

GRÁFICO 15 - INSTITUIÇÃO A – PONTOS FRACOS APONTADOS PELOS ALUNOS 46

GRÁFICO 16 - INSTITUIÇÃO B – PERCENTUAL DE ALUNOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 49

GRÁFICO 17 - INSTITUIÇÃO B – AVALIAÇÃO DO CURSO 51

GRÁFICO 18 - INSTITUIÇÃO B – NOTAS ATRIBUÍDAS PELOS ALUNOS 51

GRÁFICO 19 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FORTES 53

GRÁFICO 20 - INSTITUIÇÃO B – PONTOS FRACOS 53

GRÁFICO 21 - FORMAÇÃO DOS DISCENTES DA PÓS-GRADUAÇÃO EM DESIGN 55

GRÁFICO 22 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO FEITA PELOS ALUNOS 57

GRÁFICO 23 - ALUNOS AVALIAM ITENS DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO 57

GRÁFICO 24 - PERCENTUAL DE DISCENTES QUE ATUAM COMO PROFESSOR 59

GRÁFICO 25 - COMPETÊNCIAS EXIGIDAS DO DESIGNER PELO MERCADO DE TRABALHO 61

GRÁFICO 26 - AVALIAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO REALIZADO PELOS DISCENTES 62

GRÁFICO 27 - O QUE FALTOU APRENDER NA GRADUAÇÃO 62

GRÁFICO 28 - MEIOS UTILIZADOS PARA ATUALIZAÇÃO PROFISSIONAL 63

GRÁFICO 29 - QUANTIDADE DE PROFESSORES E QUANTIDADE DE RESPOSTAS 64

GRÁFICO 30 - RESULTADOS EM ANOS DA ATUAÇÃO ACADÊMICA E PROFISSIONAL 65

GRÁFICO 31 - MÉDIA EM ANOS DE ATUAÇÃO NA ÁREA DE DESIGN 66

GRÁFICO 32 - NECESSIDADE DE EXPERIÊNCIA PRÁTICA PARA AS AULAS DE DESIGN 68

GRÁFICO 33 - COMPARATIVO NA AVALIAÇÃO DO CURSO REALIZADA PELOS ALUNOS 70

GRÁFICO 34 - ALUNOS ATRIBUEM NOTAS A ITENS RELACIONADOS À SUA GRADUAÇÃO 71

GRÁFICO 35 - PERCENTUAL DE GRADUANDOS QUE REALIZAM ESTÁGIO 73

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


Sumário – Índice Geral
1 INTRODUÇÃO 1
1.1 Estrutura da Dissertação 2
2 OBJETIVOS 4
2.1.1 Objetivo Geral 4
2.1.2 Objetivos específicos 4
3 DESIGN HOJE 5
4 DO ENSINO AO MERCADO DE TRABALHO 23
4.1 O Ensino 23
3.2 Do Mercado ao Ensino 26
4.1.2 Mercado 26
4.1.3 Design e Mercado 28
4.1.4 Inovação 29
4.2 Relacionamento 31
5 A PESQUISA 33
5.1 Sujeitos 33
5.2 Materiais 33
5.3 Local 33
5.4 Método 35
5.4.1 Aspectos éticos 35
5.4.2 Professores 36
5.4.3 Alunos 36
5.4.4 Alunos da pós-graduação 37
5.5 Resultados 37
5.5.1 Alunos de Design 38
5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design 55
5.5.3 Professores de Design 64
6 DISCUSSÃO 70
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 76
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 77
9 APÊNDICES 79
10 ANEXOS 89 

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


1 INTRODUÇÃO
O design ganha cada vez maior destaque no cenário mercadológico atual. O número
de instituições de ensino que oferecem o curso se multiplica e o termo é utilizado para
mostrar que o produto recebeu cuidados especiais e possui maior valor.
A relação entre os atores deste cenário muitas vezes é conflituosa, pois o próprio
termo design dá abertura para isso, devido à sua definição não tão clara e ainda divulgada e
utilizada de forma distorcida. Lobach (2001) diz que, quando pronunciada a palavra “design”,
devemos ter cuidado em relação à percepção precisa de quem a ouve, pois existem cinco
diferentes interpretações: o usuário utiliza o termo com naturalidade e sem maiores
reflexões; o fabricante poderia definir o termo como algo que agrega valor estético e otimiza
valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; o empresário explorador
acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela aparência que possibilita
elevar o valor do produto; já o designer poderia definir como sendo “um processo de
solução de problemas atendendo as relações do homem com seu ambiente técnico”; finaliza
citando a postura possível de um advogado dos usuários: “design é o processo de
adaptação do ambiente artificial às necessidades físicas e psíquicas dos homens na
sociedade”. Mesmo nenhuma dessas definições sendo a mais exata para se definir design,
as diferentes percepções supostas pelo autor servem de exemplo para retratar o conflito de
entendimentos.
As instituições de ensino, em se tratando de design, possuem como incumbência,
além de outras, prepararem profissionais para o mercado de trabalho, que atuem
permeando contatos com empresários, profissionais de outras áreas e o mercado
consumidor. A intenção de quem cursa o nível superior é ingressar no mercado de trabalho
e atuar em sua área de formação, designers trabalhando com design, colocando em prática
o que aprendeu. Os empresários sabem muito bem que devem atender aos anseios dos
consumidores para manter a saúde financeira e a sobrevivência da empresa, o famoso “foco
no foco do cliente”. Porém, ocorre um distanciamento entre as instituições de ensino e o
mercado empregador. A Associação de Designers de Produtos (ADP), em seu site, relata no
artigo “A Relação Designer X Empresa: É preciso conhecer o caminho das pedras” que
todos começaram a olhar o design como um atrativo para seu negócio, fazendo surgir
empresas de design nos centros industriais e uma grande projeção das mais antigas, além
de várias publicações discorrendo que o design tinha finalmente encontrado seu lugar. Tudo
isso fez com que surgissem muitos cursos de design em todo país, novos profissionais no
2

mercado e não necessariamente todos esses profissionais possuem boa formação. Diz que
faltou ao mercado brasileiro entender o que é design e aprender a usá-lo de forma eficiente.
Landim (2009) faz uma reflexão e diz que uma questão tem sistematicamente
surgido em suas indagações: “até que ponto a formação acadêmica responde aos anseios
da sociedade e do setor produtivo?”
Chega o momento em que é necessário realizar uma análise do estado atual do
design, identificar o que fez ele se tornar o que é e o que pode ou deve ser feito deste ponto
em diante e o relacionamento entre a instituição e o mercado de trabalho, até mesmo seus
papéis individuais possuem grande influência. Fica claro que o entendimento sobre o que é
design varia muito, e que o uso e determinação de seu termo estão sendo utilizados por
diferentes pessoas, em aplicações distintas e significados diferentes.
A finalidade desta pesquisa é identificar pontos de concordância e de conflito na
relação entre empresas e instituições de ensino, como uma instituição vê a outra, de que
forma colaboram entre si e demais relações dessa dinâmica.
Busca também trazer contribuição para o relacionamento das partes envolvidas,
identificando pontos nos quais o designer, tanto os já profissionais como os estudantes,
podem melhorar e também como os empresários e colegas de trabalho podem contribuir de
forma a facilitar o desenvolvimento, aproveitamento e valorização das atividades do
designer. A pesquisa foi realizada no período de setembro de 2009 a setembro de 2010.

1.1 Estrutura da Dissertação

Esta dissertação é composta por seis capítulos. A introdução ao tema tratado,


trazendo uma abordagem de tudo que será apresentado neste trabalho. Os objetivos, os
objetivos gerais, os objetivos específicos e a estrutura do trabalho estão no segundo
capítulo.

O terceiro capítulo, Design hoje, mostra como se apresenta o design nos dias
atuais, realizando uma verificação do cenário e revisão bibliográfica. Expõe onde a palavra
“design” vem sendo utilizada, aplicações corretas e errôneas, os impactos causados e
reflexos na relação ensino e mercado de trabalho.

No capítulo quarto, Do ensino ao mercado de trabalho, apresenta revisão


bibliográfica, mostrando desde o surgimento do ensino de design, como é feita atualmente a
seleção de professores e conceitos relativos ao mercado.

A Pesquisa se concentra no capítulo quinto, desde a apresentação de seus sujeitos,


materiais, local, aspectos éticos, até mesmo os resultados obtidos. Todos transformados em
tabelas, gráficos para melhor visualização e análise, e descrições de cada um deles.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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A Discussão é encontrada no capítulo subsequente, o sexto, no qual os resultados


se relacionam juntamente com a revisão bibliográfica, construindo e revelando assim
informações interessantes da relação ensino e mercado de trabalho na área do design.

O sétimo capítulo é destinado às considerações finais, observações importantes


para os atores envolvidos no processo e também recomendações.

Na sequência são apresentadas as referências bibliográficas, apêndices e


anexos.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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2 OBJETIVOS
2.1.1 Objetivo Geral

Esta pesquisa tem como objetivo realizar uma análise da dinâmica do ensino do
Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho.

2.1.2 Objetivos específicos

 Identificar percepções dos públicos que envolvem diretamente o ensino do


Design: alunos e professores;
 Verificar a satisfação dos empresários que empregam designers e suas
relações com tais profissionais;
 Indicar pontos de melhoria no ensino de Design e no relacionamento com os
aspectos mercadológicos.
Trata-se de investigação direta sobre opiniões de instâncias envolvidas no processo
que engloba a passagem do aluno para o mundo profissional, da academia ao mercado de
trabalho, identificando parâmetros estatísticos e análise. O universo foi a cidade de Bauru-
SP.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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3 Design hoje
Atualmente, para a maior parte das pessoas, ainda existe a dificuldade em se definir
e até mesmo entender claramente o que é Design.
Bezerra (2008) diz que design é uma palavra usada e abusada nos dias de hoje, da
mesma forma que outras palavras como inovação, criatividade e estratégia também são. Diz
também que os termos desaparecem rapidamente e que não é importante ficar preso a
modismos.
Porém quando o uso da palavra interfere significativamente em seu entendimento,
provocando efeitos que podem ser sentidos e que são verdadeiramente reais, devemos sim
nos preocupar.
O Design está presente de manhã até a noite e, até mesmo quando as pessoas
dormem, ele está lá: na casa, no trabalho, no lazer, na educação, na saúde, no esporte, no
transporte de pessoas e bens, no ambiente público - tudo é configurado de forma
inconsciente ou consciente. Design pode ser próximo da pele (moda), bem distante (terreno
espacial) (Bürdek, 2006).
Mesmo com a onipresença do design, muito se fala sobre o significado, o
desconhecimento do termo e a aplicação indevida. Apesar de toda clareza e empenho de
diversos autores em elucidar o que é design, a área ainda passa por situações incertas em
relação à aplicação correta de seu termo e em relação à atividade exercida.
“O objetivo principal do design é o de tornar a vida das pessoas melhor, a prática do
design deve responder às necessidades técnicas, funcionais e culturais e criar soluções
inovadoras que comuniquem significado e emoção e que transcendam idealmente as suas
formas, estrutura e fabricação” conceitua Landim (2009). Porém, na prática, no dia a dia,
encontramos distorções reais deste objetivo apontado.
Aqui são apresentados problemas decorrentes da incorreta utilização do termo
design e também o baixo nível de entendimento por maior parte das pessoas, provando tais
fatos e mostrando a latente necessidade de ação imediata para que a situação se converta
na aplicação correta e precisa da expressão.
Hoje o termo design está sendo utilizado de maneira equivocada como forma de
diferenciar um produto por sua estética, para denominar cursos de softwares gráficos, além
de atividades que envolvam algum aspecto visual, como até mesmo arranjos de flores ou
cabelo.
Foi realizada busca pelo termo design em meios de comunicação como sites,
dicionários, peças impressas, revistas e livros.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Dicionários
Nos dicionários, possivelmente o primeiro local onde a maior parte das pessoas irá
buscar por informações sobre o seu significado, encontramos definições como:
No Dicionário Houaiss (acesso em 2009) – “substantivo masculino Rubrica: desenho
industrial; a concepção de um produto (máquina, utensílio, mobiliário, embalagem,
publicação etc.), esp. no que se refere à sua forma física e funcionalidade; Derivação: por
metonímia. o produto desta concepção; por extensão de sentido (da acp. 1). m.q.
desenho industrial; Derivação: por extensão de sentido. m.q. desenho-de-produto;
Derivação: por extensão de sentido. m.q. programação visual; Derivação: por extensão de
sentido. m.q. desenho ('forma do ponto de vista estético e utilitário' e 'representação de
objetos executada para fins científicos, técnicos, industriais, ornamentais')”. A definição não
está apresentada de forma totalmente esclarecedora e completa.
Já o Dicionário Michaelis (acesso em 2009) apresenta o significado de forma
sintetizada – “(dizáin) sm (ingl); Concepção de um projeto ou modelo; planejamento; O
produto deste planejamento”.

Instituto Nacional de Propriedade Industrial


O INPI - Instituto Nacional de Propriedade Industrial divulga através de seu site
www.inpi.gov.br (2009) o termo de forma incompleta, tratando o design apenas como um
conjunto de elementos estéticos. Diz que “considera-se Desenho Industrial a forma plástica
ornamental de um objeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado
a um produto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuração externa e
que possa servir de tipo de fabricação industrial.”
O INPI diferencia o termo Patente do termo Desenho Industrial, sendo patente um
novo produto, no sentido mais abrangente. Como dizem, são os que requerem, “na maioria
das vezes, grandes investimentos. Proteger esse produto através de uma patente significa
prevenir-se de que competidores copiem e vendam esse produto a um preço mais baixo,
uma vez que eles não foram onerados com os custos da pesquisa e desenvolvimento do
produto”. Aqui fica claro o conflito de significados, pois o Design envolve pesquisa e
desenvolvimento de produto, porém o INPI entende que, de forma resumida, Desenho
Industrial é estética. Isso é muito nocivo, visto que empresas através de seus gestores
fazem uso do site para registrar e patentear seus produtos.
Terminando o entendimento sobre patente exemplificado pelo INPI: “A proteção
conferida pela patente é, portanto, um valioso e imprescindível instrumento para que a
invenção e a criação industrializável se tornem um investimento rentável. Patente é um título
de propriedade temporária sobre uma invenção ou modelo de utilidade, outorgados pelo
Estado aos inventores ou autores ou outras pessoas físicas ou jurídicas detentoras de

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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direitos sobre a criação. Em contrapartida, o inventor se obriga a revelar detalhadamente


todo o conteúdo técnico da matéria protegida pela patente.”
Um Instituto como esse, de grande importância para a área e com grande interação
com o setor produtivo, deveria promover a atualização do termo e utilizá-lo de forma correta.

Concursos de Design
Os concursos também apresentam falha na aplicação do termo. Para eleger o
melhor design contam com ampla divulgação, atraindo diversos concorrentes e, para ser
um, não é necessária a formação em design. Para algumas empresas que promovem tais
concursos, qualquer pessoa pode participar. Isso foi observado em 18/10/09, no site
www.designbrasil.org.br, que foi acessado para obtenção dos números de concursos com
inscrições abertas. Estavam disponíveis inscrições para oito concursos.

Quadro 1 - Concursos de Design


Concurso Projetos Exigida formação
(profissionais e
estudantes)?

Design de Produto loja MICASA - Concurso móveis sim


DESIGN.br
Design de Produto Salão Design Movelsul 2010 / 2º móveis sim
Design Mercosul Móveis
Design Gráfico Volatmedia - Concurso Sou Arte digital, fotografia e vídeo não
Criativo
design gráfico e 2º Prêmio Minas Design Design Aplicado ao Aço Inox sim
de produto Colorido
Design de Produto iF Concept Award 2010 desenho industrial; moda; sim
comunicação/multimídia; arquitetura
e design de interiores; design
universal
Design de Produto Fapemig - Programa Estruturador Inovação em produto sim
Rede de Inovação Tecnológica -
Design nas Empresas
Design Gráfico Companhia Athetica - Athletica Logo comemorativo 25 anos não
Design Gráfico All Star - Converse Art Collabs Estampa para tênis com o tema Pop não
Art

Através do gráfico formado pelas informações disponíveis sobre concursos, é


possível notar que existe abertura para participação do público geral (sem formação na área
e que também não são estudantes) nos concursos de Design:

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Gráfico 1 – Concursos de Design

Trinta e oito por cento dos concursos de design dessa amostragem permitiram livre
acesso aos participantes, de certa forma permitindo com que todos se considerassem
designers e fazendo com que exista abertura para pensamentos como: o concurso de
design é aberto a todos, sem restrição. Então todos podem ser designers.
Nos concursos, cujo objetivo é elejer o melhor design de produto, é exigida formação
específica ou ao menos que o participante esteja cursando graduação em área afim. Para
os processos de escolha de Design de Produto, não é permitido o ingresso do amadorismo
em 100% dos concursos.

Gráfico 2 - Concursos de Design de Produto

O grande problema se encontra nos concursos relativos ao Design Gráfico, nos


quais existe o livre acesso para participação. Apenas 25% dos concursos desta amostra,
exigem formação profissional ou curso de graduação na área em andamento.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Gráfico 3 - Concursos de Design Gráfico

Fica evidente a desvalorização ocorrida com o designer gráfico graduado. Parte


dessa responsabilidade pode ser atribuída à popularização dos softwares gráficos, seus
cursos e à facilidade de seu manuseio. Veremos mais à frente imagens de fatores que
provocam e provam essa ação de desvalorização.
Wollner (2004), diz que a princípio todos podem ser designers e que, para isso, basta
treinamento. Relata que, quando um empresário precisa de design e não sabe exatamente o
que é isso, acaba contratando alguém com talento, um artista, que é intuitivo, porém não
está preparado para aplicar a tecnologia.
Um artista, alguém com talento, não esta preparado para muitas coisas relacionadas
a design.
Outros concursos, os de caráter empregatício, exigem graduação como prerrequisito
para contratação. Nesse exemplo, no conteúdo programado para a prova do concurso estão
diversos itens vistos em disciplinas do curso de graduação e o salário é o mesmo de outros
cargos de nível superior.

Quadro 2 – Concurso para seleção de Desenhista Industrial


www.correios.com.br. Acessado em 31.01.2010

Cursos de Design
Podemos encontrar inúmeros cursos de design, que não são de fato cursos de
design. Aqui estão listados alguns que foram ou são realizados na cidade de Bauru - SP e
as imagens de seus sites. Além da internet, a divulgação de tais cursos ocorre também

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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através de panfletagem, banners e abordagens presenciais, principalmente na área central


da cidade.
O curso de softwares que permitem a construção de sites ganha o nome de Web
Designer. Conforme pode ser observado na figura abaixo, o conteúdo do curso constitui-se
apenas de softwares com suas ferramentas e comandos. A escola de computação aponta
como mercado de trabalho as agências de propaganda, produtoras web e empresas em
geral que precisam de tais profissionais. Neste mercado, o designer é o profissional indicado
para exercer tais atividades. O curso de informática que é um complemento na formação do
designer é apresentado pela escola de computação como solução completa para formação
de um profissional.

Figura 1 – Curso de web design


http://www.people.com.br/curso.asp?tipo=computacao&cod=13. Acessado em 30.01.2010

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Mais um dos vários cursos de informática oferecidos em Bauru - SP e no Brasil que


levam o termo design no nome. Neste a escola diz que habilita o aluno a criar conteúdo para
web e também materiais gráficos. O curso deveria levar o nome do software e não conter a
palavra design. O profissional que a escola prepara pode ser chamado de operador de
software e não designer.

Figura 2 – Curso de Design & Web


http://www.microlins.com.br. Acessado em 30.01.2010

Muitos alunos de tais cursos desenvolvem muito bem atividade com softwares
específicos de design, consideram-se talentosos e competentes por conseguirem fazer
trabalhos que acreditam ser similares ou superiores de quem cursa ou cursou graduação em
design. Porém existem muitos riscos ao se colocar, por exemplo, a imagem empresarial nas
mãos de operadores de softwares, pois não estão preparados para realizar eficientemente
ações institucionais e mercadológicas, desconhecendo inúmeros aspectos que devem ser
levados em conta.
Design de Sobrancelha, conforme ilustrado na figura 3 é um curso que ocorreu em
Bauru - SP no dia 22/05/2007. “Design de Sobrancelha” é um caso extremo e outro grande
exemplo de uma grave falha de emprego do termo. O curso é apostilado e quem o faz,
ganha certificado, tornando-se assim um designer de sobrancelha, o que caracteriza o

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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absurdo da utilização do “design” em uma atividade totalmente atípica e desconexa do que


realmente é design.

Figura 3 – Curso de Design de Sobrancelhas


http://www.mariaamelia.com.br. Acesso em 30.01.2010

Ocorre com muita frequência a falta de profissionalização e a livre atuação de


indivíduos que se autodenominam profissionais de design.
Muitas pessoas que realizam cursos que ensinam a operar software gráfico recebem
certificado de designer, o que não ocorre quando alguém realiza curso de software de
planilhas ou de edição de texto e não são denominadas contabilista ou jornalista. Um curso
de software gráfico leva o termo design para complementá-lo, já um software de controle e
planilhas não leva o nome de Estatística ou Ciências Contábeis.
O fato é que atualmente existem profissões que são exercidas e cujos empregadores
ou contratantes não requerem do contratado a formação universitária. Podemos citar
algumas como o próprio design, e outras como o jornalismo, administração e informática.
Para o administrador, por exemplo, também é complicado, pois todo mundo em
algum momento já administrou algo e em empresas quando pessoas são elevadas a cargos
que precisam comandar, acabam administrando de forma mais efetiva e nem sempre
possuem tal formação.

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A ADG Brasil – Associação dos Designers Gráficos (2004) diz que há alguns anos,
uma das dificuldades da profissão era explicar para a própria mãe o que exatamente o
designer fazia.
Hoje em dia não é diferente. Mesmo sendo uma profissão que passou a existir em
1919 com a Bauhaus, ainda é preciso esclarecer não só para a mãe seu significado, como
citaram os autores, mas para a maior parte das pessoas. E, atualmente, é mais difícil, pois
além de explicar, é necessário eliminar, desfazer conceitos errôneos que já estão gravados
na memória de grande parcela da população.

Notícias
Alguns complicadores que colaboram com a formação de um conceito errôneo são
pessoas se autodenominando designers pelo simples fato de saberem utilizar softwares
específicos; a palavra designer sendo utilizado na mídia como um simples apelo
mercadológico; a confusão que algumas pessoas apresentam ao tentar distinguir design de
arte ou de outras atividades e muitas outras situações. O design é diferente, não se
compara a um surto artístico. O Design é consequência, fruto de um direcionamento
apontado por diversos fatores.
Um exemplo muito próximo e de fácil acesso é o emprego do termo design em
noticiários. Foi realizada, no mais visitado site de buscas, uma procura por notícias recentes
e foram localizados alguns empregos da palavra. Tais aplicações da palavra estão à
disposição para acesso livre e sua colocação nos textos foi feita por profissionais de
comunicação.

Figura 4 – Notícias e design 1

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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www.yahoo.com.br. Acesso em 28.01.2010

A notícia comunicando que a modelo Kate Moss trabalhou o design de bolsas é um


ótimo apelo de marketing e exemplo de uso indiscriminado do termo. Não foram localizados
registros dizendo que a modelo possua formação em design.

Figura 5 – Notícias e design 2


http://diario.iol.pt/moda-e-social/kate-moss-longchamp-malas-design/1135323-
4061.html - Acessado em 30.01.2010

Figura 6 – Notícias e design 3


http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1453527-9798,00-
KATE+MOSS+ASSINA+DESIGN+DE+BOLSAS+E+POSA+SENSUAL+AO+LADO+DE+SUA+CRIA
CAO.html. Acessado em 30.01.2010

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Na figura seguinte, notícia apresenta design presente em festas populares como o


carnaval. Muitas vezes são contratados designers profissionais para atuação em escolas de
samba.

Figura 7 – Notícias e design 4


http://www.sidneyrezende.com/noticia/71885+portela+aposta+num+visual+de+luxo+mas+com+
um+design+diferente+para+2010. Acessado em 30.01.2010

Site de busca
Para uma precisa noção de como a utilização da palavra Design vem aumentando
com o passar dos anos, basta observar a incidência de “design” na busca por notícias do
site Google. Os resultados apresentados englobam a palavra em sites, notícias, fóruns ou
qualquer presença em site registrado no site de busca.

Figura 8 – visualização de resultados da web para a palavra design em sites brasileiros


Fonte: Google. Acesso em 16/01/10

Páginas web de designers e não designers


Outro fator que possui relevância é a não existência de regulamentação da profissão,
que de certa forma banaliza e promove o não correto entendimento e aplicação do design
em suas possíveis formas de atuação.

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Os irmãos Campana estão entre os designers mais conhecidos do país, tendo seu
trabalho reconhecido tanto nacional como internacionalmente. No entanto, nenhum deles é
designer de fato: Humberto é bacharel em Direito e Fernando é bacharel em Arquitetura.

Figura 9 – Designer arquiteto e designer advogado


http://www.campanas.com.br/. Acessado em 30.01.2010

Com isso, é possível dizer que é Designer quem quer ser designer. Basta fazer algo
que se aproxime ou que tenha alguma relação com design que já é denominado como
design. Tal situação gera questionamentos como: Design é algo feito apenas por designers?
Quem determina se algo é ou não design?
Para ter a exata noção do que essa abertura proporciona, podemos encontrar
diversas pessoas oferecendo trabalhos como criação de logotipos, identidade visual, sites e
outros. O site para divulgação e solicitação dos serviços já apresenta características
amadoras e preços muito abaixo dos praticados pelos designers, como no exemplo das
figuras que seguem temos a divulgação: “seu logo por apenas R$99,00”.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Figura 10 – site - criação de logotipos Figura 11 – site - criação de logotipo e papelaria


http://www.logoemarca.com/. Acessado em http://www.logosecia.com.br. Acesso em 16.01.10
16/01/10

Figura 13 – site - criação de logos


http://www.caion.com.br/. Acesso em 16/01/10
Figura 12 – site - criação de logomarcas
http://www.agenciadosite.com.br/logomarcas_p
romocao.htm. Acesso em 16/01/10

Para constatar que tais serviços não eram realizados por designers, foi efetivado
contato com o desenvolvedor de um dos sites e criador de logos. Ele é um adolescente com
visão empreendedora e informou que começou desde cedo a se interessar pela área e
estudava muito sozinho. Depois fez alguns cursos de softwares gráficos como Photoshop e
de programação para Web, xhtml e css, flash e outros. Disse que continua estudando.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Design como estratégia de marketing


Muitas vezes, o designer, sendo formado ou não, ganha grande fama e sua
notoriedade funciona como estratégia de marketing das empresas que o contratam para
determinado projeto de design.
Temos o exemplo da marca Melissa. Os irmãos Campana e o designer internacional
Karin Rashid possuem projetos adotados por ela e os produtos levam seus nomes e mais
alguma palavra como complemento.

Figura 14 – Calçados projetados por Karin Rashid


Figura - http://www.karimrashid.com/. Acessado em 07.01.2010

Figura 15 – Calçados projetados pelos irmãos Campana


Figura - http://www.lojamelissa.com.br. Acessado em 07.01.2010

Peças de comunicação
É possível encontrar diversos e-mails do tipo marketing viral, onde são expostas as
dificuldades dos designers. Toda comunicação gerada possui força de convencimento e
informacional, portanto, para melhor aproveitamento do canal e audiência, o ideal seria dizer
o que é designer e não o que não é. Porém definir design parece ser uma tarefa difícil até
mesmo para o próprio designer.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Figura 16 – peças de divulgação que falam sobre design

Revistas
A Revista Exame, edição de fevereiro de 2009, em sua reportagem “Todo poder ao
design” cita exemplos de grandes corporações, como a Coca-Cola e Johnson & Johnson
que têm “utilizado as possibilidades oferecidas pelo design para reforçar suas marcas e
aumentar suas vantagens competitivas em relação aos concorrentes. E, para conduzir esse
processo, têm destacado designers para assumir postos em seu primeiro escalão - como
vice-presidente ou mesmo como chief design officer, cargo que se equipara ao de executivo-
chefe das áreas de marketing, operações ou finanças. Com essa posição, eles têm poderes
para intervir em praticamente todas as áreas da companhia, das fábricas à cadeia de
suprimentos e distribuição.” Ficam claras a abrangência e a amplitude da atuação de um
designer nas corporações e o ideal aproveitamento de todas suas potencialidades
profissionais nesse ambiente.
Na Revista Época (05/12/2009) é possível encontrar informações interessantes sobre
design, pois o valorizam perante o mercado empregador: “O design thinking é uma
ferramenta que ajuda a empresa a pensar com a cabeça do consumidor. As aspirações do
cliente são, então, decifradas e traduzidas em um objeto inovador, único. É como um design
sob medida, não apenas pelo compromisso com a estética, mas, principalmente, pela
funcionalidade. (...) ajudarão os fabricantes a elaborarem uma estratégia eficaz de
produção, distribuição e venda. O resultado deve seguir três requisitos. Precisa ser
desejável, tecnicamente possível e mercadologicamente viável.”

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Livros
Forty (2007) diz que design tem dois significados na linguagem cotidiana, em um
sentido se refere à aparência das coisas, à estética do design; o segundo, e mais exato uso
da palavra design se refere à preparação de instruções para produção de bens
manufaturados. Ainda diz que a aparência das coisas é uma consequência das condições
de sua produção.
Burdek (1999), em seu livro, sugeriu que em vez de uma definição, fossem
elencados alguns problemas que o design deverá sempre atender e citou exemplos:
“visualizar progressos tecnológicos; priorizar a utilização e o fácil manejo de produtos (não
importa se hardware ou software); tornar transparente o contexto da produção, do consumo
e da reutilização; promover serviços de comunicação, mas também, quando necessário,
exercer com energia a tarefa de evitar produtos sem sentido”.
Para Kotler (2000), muito conhecido por ser um grande especialista na prática do
marketing e que já prestou consultoria a empresas de destaque, o design é a “totalidade de
características que afetam a aparência e as funções de um produto em termos das
exigências dos consumidores”.
A missão do designer “relaciona-se à concepção, à criação de conceitos que,
formalizados, possam fazer a informação circular com a maior eficácia possível, e isto sem
abrir mão do prazer estético que é próprio dos seres humanos”, conta Strunck (2007).
"Design Industrial pode ser definido como sendo um processo de adaptação dos
produtos de uso, fabricados industrialmente, às necessidades físicas e psíquicas dos
usuários ou grupos de usuários”, segundo Löbach (2001).
Apesar de toda clareza e empenho de diversos autores em elucidar o que é design, a
área ainda passa por situações incertas em relação à aplicação correta de seu termo e em
relação à atividade exercida.

Impactos
Todo designer já teve dificuldade ao tentar explicar o que faz para viver. Desenhar
marcas, desenvolver embalagens, criar cartazes e outros. O alcance do trabalho do
designer é muito amplo e, às vezes, incompreensível, expõe Hirata (2004).
Uma possibilidade é de que o termo design esteja sendo utilizado como força de
expressão, de forma a tentar valorizar o negócio, na mesma intenção em que são utilizados
os termos vip, marketing, personal, premiere, exclusive e outros.
Ideias, muitas pessoas tem. E hoje, elas estão sendo cada vez mais expostas devido
às mídias disponíveis. Todos podem ter boas ideias, e para isto, não é preciso ser designer.
Complementando com informação de Bezerra (2008) que afirma que todos somos
designers, pois todos podem produzir conceitos que levem a situações melhores.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Porém o poder de reunir diversos ingredientes e torná-los em algo palpável, que


passe a existir frente aos olhos, algo que nasce, que agora faz parte do mundo, isso sim é o
que compete ao designer.
Independente do nível de conhecimento das pessoas que interagem com
determinado objeto, se o projeto de design é bom ou ruim, quem julga não é quem estudou
muito sobre isso, mas sim quem adquire e utiliza o produto. A aprovação do trabalho do
designer fica na mão do consumidor.
Bezerra (2008) também trata da questão do termo design e deixa claro que a
capacidade de inovar, criar, resolver problemas de design é maior que uma palavra ou uma
definição. Diz também que precisamos dar menos importância às questões verbais e nos
concentrarmos nos inúmeros problemas reais que estão esperando por melhores soluções
de design.
É possível, diante dos fatos apresentados, discordar da opinião emitida por Bezerra,
pois os problemas com a palavra design vêm trazendo e amplificando problemas reais, além
de impedir com que soluções de design alcancem seus objetivos causando impactos na
sociedade.
Se design é basicamente resolver problemas, podemos perceber que o problema
que envolve seu próprio termo até hoje não foi resolvido.
Ainda em seu livro, Bezerra (2008) diz que estamos diante de um exemplo de design
quando um chimpanzé utiliza como ferramenta um galho de árvore para retirar formigas de
um buraco. Não, isto não é um exemplo de design.
Muito se discute, pouco se define. Para quem ouve e quem conhece mais, pode ter a
impressão que é uma área cheia de incertezas e terá dificuldade de confiar e entender. Por
vezes, problemas verbais causam ou são reflexo de problemas reais. Devemos sim ficar
atentos a eles.
Fica evidente que os aspectos negativos causados pela comunicação incorreta que aqui
foram apontados causam impactos não somente ao Design e seus profissionais, mas em toda
sociedade. Afinal, se um produto for mal projetado ou projetado com base no amadorismo e
falta de conhecimento quem sofrerá será o usuário, produtor, meio ambiente, enfim todos.

Muito se diz e muito se queixa sobre a não tão clara definição do termo design, o
mau uso e o desconhecimento. As pessoas, no geral, não são obrigadas a saber o que é
design, mas é obrigação de todo designer explicar a elas o que é.
A grande divergência de entendimentos e informações incorretas impregnadas ao
termo design provoca impactos de diversos níveis, até mesmo na relação entre a instituição
de ensino e o mercado de trabalho.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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A informação não é homogênea e as partes envolvidas no processo que abrange a


Instituição de Ensino e o Mercado de Trabalho podem ter percepções diferentes sobre o
significado de design e sua atuação.
Diante desse contexto do cenário atual, precisamos analisar o papel da instituição e
do mercado de trabalho e suas relações na área do design.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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4 Do ensino ao mercado de trabalho


Para um produto chegar às mãos de um consumidor e cumprir seu papel, é
necessário que este produto tenha passado por um planejamento desenvolvido por um
designer. Os designers atuam em conjunto com o setor produtivo, intermediando interesses,
analisando possibilidades, projetando, criando. Para que seja possível e executada de forma
satisfatória sua atuação, é esperado que o designer tenha uma ótima formação, somada a
outros fatores. A formação está sob responsabilidade, principalmente, das Instituições de
ensino e seus professores.

4.1 O Ensino

O surgimento do ensino sistematizado do Design veio com a Bauhaus, em 1919. Ela


criou uma consciência dentro da indústria que contribuiu de forma significativa para a
definição do papel do designer. Um design desprovido de ornamentos, sem correlação com
estilos antes executados (Azevedo, 2001).
É inegável a importância da contribuição da Bauhaus tanto para o Design como para
toda sociedade. É importante também ressaltar que pesquisas de registros históricos se
fazem necessárias para a reflexão, entendimento e transformação da realidade atual no que
tange às áreas de morada do Design.
O que foi a Bauhaus e que dela nos foi herdado não deve servir como único
parâmetro e fórmula preestabelecida, para que não haja inflexibilidade e nem deixemos de
buscar o pioneirismo em construções de modelos educacionais e profissionais. Entender a
Bauhaus é importante para que haja de certa forma uma ruptura, pois sua história é repleta
de contradições e inovações. Métodos que foram aplicados há muito tempo, no início do
século passado, e que, quando mudaram de cenários/países, já sofreram grandes
intervenções.
Tratando da relação ensino e mercado de trabalho, as divergências entre opiniões
sobre os aspectos mercadológicos que envolvem o design vêm de muito tempo atrás. Já no
curso preliminar, que foi a base para todo o desenvolvimento pedagógico da Bauhaus, era
possível encontrar alguns pontos de atrito: Itten buscava um caminho individual, ignorando o
mundo econômico, enquanto Gropius (diretor da escola) buscava o contato com a indústria.
(Wick,1989).
Moraes (1999) relata aspectos pedagógicos dos dias atuais dizendo: “seria, desta
forma, a escola limitada a um posto de informação teórica e cultural do design, uma vez que
a verdadeira integração escola-indústria não passa de um eterno projeto? Haveria uma

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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escola atuando como modelo? Ou um país de referência em ensino, com um caminho já


percorrido com sucesso?”.
O ensino do design deve ser tão ou, até mesmo, mais dinâmico quanto às mudanças
do cenário, devendo não somente acompanhar os fatos, mas sim provocá-los. ADG – Brasil
(2004) diz que “o universo profissional do designer ganhou um dinamismo que exige de
todos uma predisposição permanente à aquisição de informações e à reflexão”.
Moraes (1999) também discorre sobre o ensino do design: “qual plano de ensino
seria o mais adequado junto às escolas que ensinam hoje esse ofício, sabendo-se que tal
atividade vem recebendo influências das constantes mutações comportamentais,
tecnológicas e culturais da nossa sociedade. Podemos considerar cada projeto a ser
desenvolvido uma nova lição, na qual parte dos problemas a serem resolvidos não foi
sequer mencionada durante os anos de formação escolar”.
Outro aspecto a ser considerado diz respeito à grade curricular. Segundo Couto
(2008), a realidade fez em muitos casos, que ocorresse a multiplicação de disciplinas dos
cursos de design e que essas disciplinas consistem em maior parte das vezes em repetir
fórmulas já aplicadas e ultrapassadas.
Em consonância com esta pesquisa desenvolvida, a ADG – Brasil (2004) relata que
as escolas e os cursos especializados multiplicaram-se e que produzem centenas de
designers. Fala também que o grande desafio é enfrentar as rápidas transformações do
mercado de trabalho.

Professores
O desafio de enfrentar as rápidas transformações do mercado de trabalho que
ocorrem nos dias atuais está presente, e, uma das possíveis formas de aproximar o
mercado da instituição, é através dos professores.
Landim (2009) diz que “a maioria dos professores dos cursos de design são
profissionais com pouca ou nenhuma experiência real que, após algumas tentativas
frustradas de ganhar a vida desenvolvendo projetos, descobrem na atividade docente talvez
a sua única possibilidade de atuação no setor. Saem da Instituição por uma porta, na
qualidade de alunos recém-diplomados, e entram por outra, como professores
concursados”.
Apenas como exemplo e sem maior aprofundamento nesse campo específico, foi
verificado nos editais que estavam em vigor no momento da realização da pesquisa que os
concursos para seleção de professores atribuem maior valor às atividades acadêmicas
como pesquisador e docente, sendo um possível fator de aproximação do mercado de
trabalho para o setor produtivo. Tal edital estava disponível no site www.faac.unesp.br no
ano de 2009.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Para seleção de professor específico de disciplinas para o curso de Design, a


atribuição de pontos se mostra de outra forma, sendo mais valorizada a experiência
profissional. Os dois editais tratam das disciplinas “Projeto I, II e III”, “Oficina de Madeira” e
“Oficina de Materiais Plásticos” e o outro para emprego público de professor abrange
“Fotografia I, II e III” e “Projeto I, II e III”.
O conjunto de provas é diferente: Títulos - peso 2; Didática - peso 1; Análise de
Portifólio - peso 1, sendo que na prova de títulos também se atribui pontos para a
experiência profissional. Isso mostra a proximidade cada vez maior da academia ao setor
produtivo.

Gráfico 4 – A experiência profissional na seleção de professores

Além dos cursos de graduação, na cidade de Bauru - SP também são oferecidos os


cursos de Mestrado e Doutorado em Design. Verificando o site da instituição é possível
conhecer os objetivos de tais programas de pós-graduação:
“Destina-se à formação de docentes, pesquisadores e demais recursos humanos
especializados na área, capacitando-os a:
 exercer ação didática que esteja fundamentada em conhecimentos filosóficos,
históricos, sociológicos, psicológicos, pedagógicos e tecnológicos, de maneira a desenvolver
projetos coletivos que permitam estruturar conteúdos, experiências e currículos para o
ensino do Design, gerando condições institucionais que estimulem a disseminação da
cultura científica e tecnológica nesta área do conhecimento;
 vincular o Design à realidade e às necessidades da comunidade local e regional,
criando caminhos que estimulem a democratização do conhecimento científico;

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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 evidenciar as relações entre o trinômio ciência/tecnologia/educação e a qualidade de


vida, bem como, possibilitar a compreensão das decisões sobre projetos e estratégias
projetuais que são práticas adotadas no cotidiano do Design.” (fonte:
www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/objetivos.php)
Cabe a pergunta quando do momento de seleção dos futuros mestrandos e
doutorandos: É valorizada a experiência profissional? Como esse aspecto é pontuado na
seleção de futuros docentes? A experiência profissional para professores é realmente
imprescindível?

3.2 Do Mercado ao Ensino

O que move o mercado é o destinatário de todos os esforços, que podemos chamar


de cliente, consumidor, usuário ou público-alvo. As empresas, produtos e serviços só são
criados e permanecem vivos porque existem pessoas que precisam ter suas necessidades e
desejos atendidos, mesmo que algumas vezes tais necessidades e desejos foram e são
criados pelo próprio mercado.
Para melhor entendimento do mercado – e suas relações com o design - é
necessário conhecer alguns termos e conceitos sobre ele. Um dos mais propagados é o
termo marketing, que segundo Kotler (2000) é a entrega de satisfação para o cliente em
forma de benefício.

4.1.2 Mercado

As decisões de produto e comunicação, muitas vezes, são gerenciadas pela área de


marketing de uma empresa. “Marketing é a área do conhecimento que engloba todas as
atividades concernentes às relações de troca, orientadas para a satisfação dos desejos e
necessidades dos consumidores, visando alcançar determinados objetivos de empresas ou
indivíduos e considerando sempre o meio ambiente de atuação e o impacto que essas
relações causam no bem-estar da sociedade.” (Las Casas, 1997)
O Marketing, assim como o Design, sofreu mudanças com o passar dos anos. São
três fases conforme LAS CASAS:
 1º. Era da Produção: Antigamente, tínhamos uma demanda maior que a
oferta e consumidores ávidos por produtos e serviços. No entanto, a
produção ainda era artesanal. Na Revolução Industrial, surgiram as primeiras
indústrias organizadas aplicando a administração científica de Taylor. A
produtividade aumentou. Mas, mesmo com o empreendedorismo dos

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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empresários, a disponibilidade de recursos da época era fator determinante


na comercialização.
 2º. Era de Vendas: Em 1930, com uma produção em série mais consolidada,
a oferta passou a superar a demanda e os produtos acumulavam-se em
estoques. Algumas empresas começaram a utilizar técnicas de vendas muito
mais agressivas e a ênfase na comercialização das empresas dessa época
era totalmente dirigida às vendas.
 3º. Era do Marketing: Em 1950, os empresários perceberam que o mais
importante era a conquista e a manutenção de negócios a longo prazo,
mantendo a clientela. Nota-se uma valorização maior do consumidor, as
empresas estavam atentas aos desejos e às necessidades de seu público.
Estava determinado o conceito de marketing, em que o consumidor passava
a ser considerado o “rei”. E a concorrência externa que o Brasil sofreu na
década de 90 fez com que houvesse uma ênfase ainda maior na valorização
do consumidor, além do reconhecimento de outras áreas de importância
acerca do consumidor.
O termo produto (lembrando que uma das habilitações do curso de design é design
de produto) pode ser encontrado no Mix de Marketing, o qual, segundo Kotler (2000), é o
conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos
de marketing no Mercado-alvo. Essas ferramentas simbolizam quatro grupos de variáveis
que influenciam as decisões comerciais, bem como os consumidores finais. As quatro
palavras-chave são produto, preço, praça (ou ponto de venda) e promoção:
 Produto: variedade de produtos, qualidade, design, características, nome de
marca, embalagem, tamanhos, serviços, garantias e devoluções;
 Preço: preço de lista, descontos, concessões, prazo de pagamento e
condições de financiamento;
 Promoção: promoção de vendas, publicidade, força de vendas, relações
públicas e marketing direto;
 Praça: canais, cobertura, variedades, locais, estoque e transporte.
Resgatando agora informações já apresentadas, muito se diz em diversos livros que
design consiste basicamente em uma atividade voltada à resolução de problemas. Porém
não são para todos os problemas que se aplicam solução de design, por exemplo, uma
estratégia de comunicação (promoção) nem sempre utiliza um cartaz ou site, podendo ser a
melhor solução para determinado momento e para atingir determinado público-alvo, a
utilização de um anúncio em rádio, o que elimina a participação do designer. É uma
realidade difícil para o designer aceitar, porém Design não é a solução para todos os
problemas.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
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4.1.3 Design e Mercado

Podemos perceber que a atuação do designer abrange não somente o P que


corresponde a produto, mas sim a todo mix de marketing. O designer não pode sair da
instituição sem saber tomar uma adequada decisão de preço, pois o material escolhido e os
processos de fabricação impactarão no valor final, e sem compreender os canais de
distribuição, peso do produto, empilhamento, resistência ao ser transportado, fatores fixos e
cambiáveis, tudo influência.
Ainda segundo definições de Kotler (2000), no que diz respeito a Produto, as
atividades listadas são: desenvolver e testar novos produtos; modificar produtos atuais;
eliminar produtos que não satisfaçam consumidores; formular política de marcas; criar
garantias e pensar na forma de cumprir as garantias; planejar embalagem; incluindo formas,
cores e desenhos. Assim, é possível perceber que não é a todo o momento que as
empresas colocam novidades no mercado. Muitas vezes, trabalham a linha já existente.
Conhecendo a definição de marketing e a relacionando com o citado por Lobach
(2001), o qual diz que o fabricante poderia definir o termo design como algo que agrega
valor estético e otimiza valores de uso do produto, atraindo a atenção de compradores; que
o empresário explorador acredita que é um recurso para aumentar as vendas, uma bela
aparência que possibilita elevar o valor do produto - é possível questionar se as empresas
possuem apenas interesses nos negócios e não na qualidade de vida dos consumidores.
Não seria uma contradição conseguir vender algo que não atende às expectativas
dos consumidores? As empresas são espertas e expertas o suficiente para saber que só
atendendo às necessidades dos clientes é que conseguirão obter lucro. As empresas
pensam na sociedade para sobreviver. Por isso, elas visam sim a excelência em projetos. Aí
entram também os interesses do designer.
Phillips (2007) diz que “faz parte das atribuições do designer ter ideias e convencer
as pessoas”, mostrar as vantagens do design para a empresa, falar sobre aspectos
estratégicos do design.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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4.1.4 Inovação

Muitas vezes, a criatividade e o design estão intensamente ligados. O designer é um


profissional criativo e ele foi incentivado na instituição de ensino a ser desta forma. Para as
empresas, algo que é mais interessante que a criatividade é a inovação.
Em muitos artigos direcionados ao mundo dos negócios, a criatividade aparece como
sendo algo desassociado da inovação e mostrada como algo dispendioso, tal qual
apresentado no Portal Exame: “Eis mais uma peculiaridade dessa nova abordagem do
design: toda criatividade é muito bem-vinda, desde que ela não traga despesas em
excesso.”
Um resultado diferente, positivo ou negativo, originado de um processo amplo, é
como Felippe (2007) conceitua criatividade. Já inovação é a utilização desse pensamento
criativo para agregar valor em algo que é implementado e que gera resultados positivos para
a organização. Bezerra (2008) articula o design como processo e a inovação como o
resultado positivo desse processo.
Para atuarem, os designers, além da criatividade e serem inovadores, precisam
adotar um perfil empreendedor ou mesmo intraempreendedor, pois conforme Drucker (1987)
"a inovação é o instrumento específico dos empreendedores, o processo pelo qual eles
exploram a mudança como uma oportunidade para um negócio diferente ou um serviço
diferente".
Felippe (2007) diz que nem sempre é preciso uma ideia revolucionária ou original e
aposta também na simplicidade na resolução de problemas e na criação de produtos ou
serviços. Afirma que ideias simples podem gerar grandes resultados. Para a corrente
hierárquica da empresa valorizar a ideia, é preciso que reconheçam o problema e o
resultado que pode ser alcançado quando colocada em prática.
Quando falamos em inovação em uma empresa, temos à disposição cinco formas
para serem postas em prática:
Inovação de Produto - Quando um produto é melhorado ou criado um novo. Só é
considerado inovação quando ele é aceito pelo mercado e gera lucro para a empresa.
Inovação em Serviços – novo serviço ou aperfeiçoamento de um já existente.
Também só é considerado inovação se aceito pelo mercado e tenha proporcionado lucro.
Inovação em Processo – melhoria ou novo método de gestão ou produção.
Inovação em Marketing – o objetivo principal é aumentar as vendas. Exemplos:
nova embalagem, parcerias com outras empresas, realizar promoções.
Inovação Organizacional – novos métodos organizacionais na prática do negócio,
organização do trabalho.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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É possível perceber que a atuação do designer abrange os cinco tipos de inovação e


não somente inovação em produto e em marketing.
A Revista Brasileira de Inovação (2009) mostra entrevista com Paulo Skaf,
presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), que diz: “a
inovação está na agenda das empresas, mas o risco de inovar ainda é grande”, afirma Skaf.
“O diferencial irá se concentrar na tecnologia, na inovação, só conquistados se cumprirmos
a lição de casa e promovermos investimentos significativos em P&D. A disposição da Fiesp
é nessa direção, ou seja, articular os segmentos responsáveis e estimular a sinergia
necessária para avançarmos nesse setor importantíssimo”, acredita. “Sem a inovação não
conquistamos mercado e ficamos vulneráveis à concorrência”
Diante da importância das informações apresentadas por Paulo Skaf, segue trecho
em que mostra o baixo índice de atuação de designers:

“Nossa realidade é, de fato, preocupante. Pelos números do IBGE, a maior


parte dos produtos lançados e dos novos processos introduzidos nas linhas de
produção no Brasil é, na verdade, adaptação de experiências já feitas por outras
companhias. Em outras palavras, apenas 3,5% das empresas lançaram produtos
genuinamente novos para o mercado nacional, e só 1,8% delas passaram a
utilizar processos produtivos nunca antes testados. Uma das formas de melhorar
este cenário é investir na adequação dos programas de apoio à inovação das
empresas, reconhecendo a atualização de produtos e processos como etapa
inicial do processo de inovação”.

Em sua entrevista, Skaf até mesmo cita a importância da academia para que ocorra
a inovação, dizendo que “as pessoas nas empresas não sabem dialogar com os
pesquisadores das instituições de ensino e vice-versa”. (fonte:
http://www.finep.gov.br/imprensa/revista/edicao7)
Hitendra Patel é diretor do Center for Innovation, Excellence and Leadership, em
Cambridge (EUA), e autor do livro 101 Innovation Breakthroughs e, em reportagem da
revista Amanhã de 11 de dezembro de 2009, diz que chegou a hora de ser criado uma
certificação para o gestor de inovação.
É possível notar que as publicações atuais direcionadas a gestores de empresas,
promovem a inovação, incentivando através de relatos de casos e também fornecendo dicas
para quem deseja inovar. Porém ainda não mostram o design como uma grande força para
que isto ocorra.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


31

4.2 Relacionamento

Os designers precisam suprimir a ideia de que os empresários e os profissionais de


outras áreas não sabem fazer as coisas bem feitas, até mesmo design. O designer vem
para reunir todo conhecimento e informação de diferentes áreas e torná-los ingredientes de
algo que vai ser concretizado: um novo produto. O designer deve ser gestor, coordenar o
projeto, administrar banco de ideias dentro da empresa, possuir visão sistêmica, liderança e
intraempreendedorismo.
Como aqui estamos tratando da interação entre os atores do processo academia ao
mercado de trabalho, a comunicação e o conhecimento são fatores de grande importância
no relacionamento. Muitas vezes, o designer precisa vender seus serviços, suas ideias à
organização em que trabalha. Para isto, é necessário certo domínio de negociação. O
empregador se torna nesse momento o cliente interno e ele nem sempre tem pleno
conhecimento sobre design. Guy Le Boterf descreve em seu estudo os estágios de evolução
do aprendizado que são: incompetente inconsciente, que é o total desconhecimento sobre
algo, o indivíduo não sabe que não sabe; incompetente consciente, é o indivíduo quando
descobre que não sabe; competente consciente, é o que descobre o conhecimento,
começa a se aprofundar no assunto; e competente inconsciente é o estágio em que o
conhecimento é praticado automaticamente (La Rosa, 2008). É importante conhecer o
próprio estágio e o estágio do interlocutor, facilitando assim a comunicação e fornecendo
uma quantidade maior de informações para um perfeito entendimento.
Ao mesmo tempo em que existem muitas pessoas informadas, existem muitas
informações não corretas circulando livremente. Segundo Philips (2007), “faz parte das
atribuições do designer ter ideias e convencer as pessoas. E, sobretudo, mostrar as
vantagens do design para os demais dirigentes da empresa”.
Por outro lado, os designers precisam saber lidar com a situação atual de que muitas
pessoas, até mesmo os clientes/usuários, são muito bem informadas. Elas valorizam a
estética, ergonomia, sustentabilidade, meio ambiente, pós-vida do produto e diversos outros
fatores. E muitas vezes eles não sabem que tudo isso faz parte de um projeto de design. O
designer não é o único que conhece tudo de um bom projeto, de um bom produto. Isto é
fato. Entender isso é um grande passo, facilitador de relacionamento com diferentes atores
do processo.
Um bom poder de negociação e persuasão contribui significativamente para
conquista de espaço profissional. Como o design carrega consigo muitos significados
incorretos, além de ser designer, o profissional precisa ser um divulgador do assunto. Philips
(2007) posiciona-se bem em relação a este aspecto dizendo que “antes de pensar em criar

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


32

briefings perfeitos, precisamos aprender a falar sobre os aspectos estratégicos do design,


desfazendo conceitos errôneos como o de serviços decorativos”.

Figura 17 – empregabilidade na área do design

Quais são as competências necessárias para a atividade de designer e exigidas


pelo mercado de trabalho? Qual é a relação entre os serviços prestados pelo designer e os
serviços de um designer que são requeridos pelo mercado? É necessário realizar um
apanhado geral das competências que estão em destaque atualmente. Como exemplo: será
que a habilidade em realizar desenhos, da mesma forma em que é feito na prova de
habilidades para seleção através de vestibular, utilizando lápis e papel é valorizado e
requerido pelo mercado? Verificaremos.
Do ensino ao mercado de trabalho ou do mercado de trabalho ao ensino?
Precisamos saber se o ensino fornecido pelas instituições é como um produto que foi
lançado sem se conhecer as reais necessidades do cliente ou se o ensino é
verdadeiramente direcionado as necessidades humanas e empresariais.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


33

5 A Pesquisa
5.1 Sujeitos

Os sujeitos desta pesquisa são os representantes de áreas envolvidas na trajetória


da formação e atuação do designer, desde a preparação do profissional até seu
desempenho no setor produtivo.
Este processo abrange os professores e alunos, no que tange à formação dos
designers na cidade de Bauru-SP, e os designers representam o setor produtivo.
Professores - Os professores correspondem a profissionais acadêmicos que atuam
em duas instituições de ensino de Bauru-SP, ministrando aulas nos cursos de Design.
Alunos - Em relação aos alunos, foi estabelecido que todos os alunos teriam
oportunidade de colaborar com a pesquisa. São alunos dos cursos de Design de duas
instituições de ensino da cidade de Bauru-SP, do primeiro ao último termo.
Alunos do curso de pós-graduação – São alunos que já possuem experiência
profissional na atuação como designer e estão iniciando suas carreiras como docentes.

5.2 Materiais

Os materiais utilizados para a realização da pesquisa foram os seguintes: papel


offset A4 para impressão de questionário; veículo para locomoção e visita às instituições de
ensino; canais de comunicação como linha telefônica e e-mail; e computador para registro e
tabulação de dados.

5.3 Local

A pesquisa foi realizada na cidade de Bauru-SP. A escolha se justifica por ser uma
das duas cidades do estado de São Paulo a abrigar mais cursos de Design (a primeira
colocada é São Paulo e foi possível realizar o ranqueamento através das informações
disponíveis no site da Rede Design Brasil, vide tabela disponibilizada nos apêndices), que
são oferecidos pelas instituições:
 Instituição Estadual Paulista – Unesp;
 Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve).

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


34

Quadro 3 – Cursos de Design no estado de São Paulo


Quantidade Cidade
25 São Paulo
2 Bauru
2 Osasco
1 Adamantina
1 Araçatuba
1 Birigui
1 Campinas
1 Franca
1 Guarulhos
1 Limeira
1 Lorena
1 Marília
1 Mauá
1 Mirassol
1 Mogi das Cruzes
1 Salto
1 São Bernardo do Campo
1 São Caetano do Sul
1 São José do Rio Preto
1 Sorocaba
1 Tatuí

A cidade de Bauru é caracterizada principalmente pelas atividades comerciais de


varejo, porém, também ganha destaque nas atividades industriais. Conforme dados
divulgados pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em 15/09/2009,
das 36 Diretorias Regionais do Ciesp pesquisadas, 19 apresentaram bom desempenho no
mês e em terceiro lugar, ficou Bauru, com expansão de 1,31%, devido à geração de
empregos nos setores de vestuário (7,37%) e máquinas e equipamentos (1,85%). No ano
anterior, os dados revelaram que a diretoria regional de Bauru do Centro das Indústrias do
Estado de São Paulo (Ciesp) foi a terceira que mais gerou empregos no estado de São
Paulo e o fator responsável pelo bom desempenho é a diversificação do parque industrial.
Segundo informações da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de
Janeiro) na lista dos municípios brasileiros avaliados pelo IFDM (Índice Firjan de
Desenvolvimento Municipal) no ano de 2008, Bauru ocupou o sexto lugar no ranking das

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


35

cidades paulistas que possuem o melhor índice de desenvolvimento municipal. Já em 2009,


Bauru alcançou a 13ª colocação, ficando na lista das 20 melhores cidades para se viver.
A revista Você S.A. também publicou em 2009, que Bauru está entre as 100
melhores cidades para trabalhar, ocupando a 64ª colocação.

5.4 Método

Todos os atores do processo foram acessados e convidados a realizar


preenchimento de questionário que foi enviado através de e-mail.
O e-mail apresentou a seguinte composição:
 nome do programa de pós-graduação da Unesp;
 descrição da finalidade da pesquisa;
 questões que abordam o tema tratado;
 agradecimentos.
Ocorreram, por necessidade de esclarecimento tratando da importância da
colaboração, contatos telefônicos e presenciais.
Primeiramente, foi realizado um estudo exploratório e descritivo, com elaboração de
questionário, sendo a maior parte das perguntas abertas.
O questionário, que aqui é o instrumento de medida, foi destinado a cada um dos
atores e visou avaliar a atuação dos outros três atores envolvidos no processo. Todo
questionário apresenta em suas primeiras questões, o objetivo de identificar o perfil do
entrevistado, tais como idade, gênero e formação, e outras específicas para cada um dos
tipos de profissionais. As questões seguintes circundam a percepção sobre a relação ensino
com o mercado de trabalho.

5.4.1 Aspectos éticos

Com relação aos aspectos éticos que devem estar presentes em toda pesquisa,
todos os participantes que colaboraram com o fornecimento de informações e percepções
através de questionários foram advertidos que suas respostas iriam compor os resultados
para posterior análise e inserção nesta dissertação cujo objetivo é avaliar a relação ensino e
mercado de trabalho na área do design. As instituições de ensino foram comunicadas e tal
procedimento foi aprovado pela secretaria responsável ou pelo coordenador do curso em
questão. Todos os que participaram, o fizeram espontaneamente e sabiam que não havia
objeto de contrapartida, sendo a participação voluntária e não remunerada. O consentimento
se concretizou através da entrega do questionário respondido, sendo pessoalmente ou
através de e-mail.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


36

5.4.2 Professores

No questionário formulado para obter respostas de professores, a preocupação


principal é que dissessem como preparam os alunos para atuação profissional e de que
forma procuram suprir as necessidades do setor produtivo através de suas pesquisas e
ensino em disciplinas.
As primeiras perguntas que serviram para delimitação de perfil foram: Nome da
Instituição, idade e gênero.
“Há quantos anos leciona?”, “Quantos anos já atuou profissionalmente com
atividades relacionadas ao design?” e “Cite algumas de suas produções técnicas” mostram
a experiência acadêmica e profissional do docente.
“Qual(is) disciplinas são lecionadas por você?”, “Para elas há necessidade de
experiência prática como profissional de designer? Por quê?”, “De que forma ocorre a
aproximação com o mercado de trabalho?” mostram de que forma suas disciplinas
apresentam foco no mercado de trabalho e preparam os alunos para a atuação nele.
“Pensando na formação do profissional e sua atuação em empresas: Quais são os
pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por esta instituição? Em sua opinião, o
que é preciso fazer para melhorar?” visam identificar os pontos fortes e os pontos que
podem sofrer melhorias.

5.4.3 Alunos

Aos alunos foram direcionadas as perguntas: nome da instituição, idade, gênero,


curso, habilitação, termo. O termo que está cursando indica as diferentes percepções e
perspectivas, pois estão em estágios diferentes do conhecimento e uns já se aproximam da
profissionalização.
As áreas administrativas e de coordenação dos cursos enviaram a todos os alunos o
questionário através de e-mail. Era esperado um alto índice de participação. Porém foi
baixo, havendo a necessidade de visitar as salas e aplicar o questionário no momento das
aulas.
“Já realiza estágio ou trabalha na área?” - aqui trabalhamos com a percepção e
expectativa ou já com a análise em campo de atuação. ”Pensando na relação Instituição e
Mercado de Trabalho, atribua notas de 0 a 10: Grade curricular; Conteúdo das disciplinas;
Conhecimento dos professores; Experiência prática dos professores”. Essa atribuição de
notas mostra exatamente os possíveis pontos de satisfação na relação.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


37

“Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido
por esta instituição?” e “Pensando em futuro profissional, o que falta na faculdade?” são
perguntas abertas que mostram direções e necessidades apontadas pelos alunos.
“Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o
significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não
conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é.

5.4.4 Alunos da pós-graduação

Os alunos da pós-graduação atuantes contribuíram no sentido de já relatar como


funcionou, em seu ambiente de trabalho e atividades, o ensino que receberam e, de certa
forma, já confirmando a eficácia deste para aplicação prática. Em relação à empresa,
responderam ”Quais são as competências exigidas pelo mercado de trabalho?” e “O que é
aprendido na instituição e não é utilizado?”.
Em relação à instituição, revelaram sua percepção sobre os seguintes aspectos:
“Seus professores transmitiram experiência profissional? O que faltou aprender? Quais são
os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição? O que é preciso
fazer para melhorar?”
O aprendizado é um processo contínuo e, para identificar como é feita a manutenção
dele, foi feita a pergunta: “Como você se atualiza? Sites. Revistas. Cursos. Outros. Quais?”
“Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o
significado de design. Como você resolveu?” mostrará as divergências ocorridas pelo não
conhecimento do termo design e a capacidade do entrevistado de explicar o que é.

5.5 Resultados

Aqui neste subitem os resultados serão apresentados e no capítulo seguinte ocorrerá


a discussão sobre eles e de outros aspectos envolvidos.
Os primeiros questionários enviados foram através de e-mail. A seção de Graduação
da Unesp e a Coordenação do curso do Iesb enviaram para seus alunos e professores.
Foi estabelecido o prazo de uma semana para envio das respostas, porém o
resultado de retorno não foi satisfatório. No total, foram enviadas respostas somente de seis
questionários, sendo quatro de professores e dois de alunos.
Considerando a grande quantidade de e-mails recebidos nos dias atuais, podendo
haver descarte de diversos deles e também o acúmulo de atividades existentes no final de
todo ano letivo (época em que os questionários foram enviados), as pessoas têm pouco

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


38

tempo disponível para atividades extras. Então foi tomada a decisão de aplicar o
questionário novamente, em forma física, sendo impresso e distribuído nas salas de aula.
Oitenta questionários foram respondidos, sendo quarenta alunos de cada instituição.
Tal quantidade proporcionou dados suficientes para realização de análise e interpretação.

5.5.1 Alunos de Design

Gráfico 5 - Avaliação feita por alunos de cursos de Design de Bauru

Dentre a amostra de 80 alunos de Design de duas instituições de ensino, 59%


consideraram bom o ensino; 28% dos alunos entendem como regular; 12% cedem o critério
máximo de qualidade, declarando que o ensino é ótimo; apenas um valor próximo de 1%
avaliou como sendo péssimo; nenhum dos estudantes considerou o ensino ruim.

Gráfico 6 - Média das notas atribuídas pelos alunos a sua instituição

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


39

O item que tem a melhor nota atribuída pelos alunos é o conhecimento dos
professores. Este critério recebeu a nota média de 8,3; a experiência prática é a segunda
opção mais bem avaliada, com nota de 8,1; a grade curricular com nota de 7,9 ocupa a
terceira posição na classificação de melhores notas; com 7,5 de nota ficou o item conteúdo
das disciplinas.

Gráfico 7 - Percentual de alunos que realizam estágio

A maior parte dos alunos não realiza estágio. Foi o que apontou a pesquisa, com
66% dos alunos dizendo que ainda não tiveram contato de forma atuante com o mercado de
trabalho; 34% dos estudantes estão estagiando.

Gráfico 8 - Pontos fortes do ensino que foram assinalados por alunos de design

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


40

A maior incidência de relato espontâneo sobre qual era o ponto forte indicou com
52% que são os professores; as disciplinas e conteúdo foram o segundo ponto forte mais
assinalado; o curso possuir 2 habilitações (somente ocorre na Instituição B).

Gráfico 9 - Pontos fracos do ensino que foram assinalados por alunos de design

O ponto fraco mais citado pelos alunos foi relacionado a softwares (42%); os
professores também ficaram na lista dos pontos fracos, sendo relatado por 26% dos alunos;
a estrutura ficou com 25% de apontamentos.

Agora estão tratados separadamente os resultados apresentados pelos questionários


respondidos pelos alunos do curso de design da Instituição A.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


41

5.5.1.1 Alunos de Design da Instituição A

Os alunos de Design da Instituição A informaram nas primeiras questões dados para


identificação do perfil dos graduandos. As informações foram idade, gênero, habilitação,
termo e se realizam estágio.

Quadro 4 - Perfil dos alunos da Instituição A


ALUNO  IDADE  GÊNERO HABILITAÇÃO TERMO REALIZA ESTÁGIO 
1  27 F PRODUTO 10 NÃO
2  19 M ‐ 4 NÃO
3  19  M GRÁFICO 4 NÃO
4  19  F GRÁFICO 4 NÃO
5  22  M GRÁFICO 4 NÃO
6  21  M GRÁFICO 4 NÃO
7  19  F GRÁFICO 4 SIM
8  22  M GRÁFICO 4 SIM
9  26  M GRÁFICO 4 NÃO
10  22  F GRÁFICO 4 SIM
11  19  M GRÁFICO 4 NÃO
12  19  F GRÁFICO 4 NÃO
13  20  M GRÁFICO 4 NÃO
14  20  F GRÁFICO 4 SIM
15  19  F GRÁFICO 4 NÃO
16  19  M ‐ 4 NÃO
17  20  M PRODUTO 6 NÃO
18  23  M PRODUTO 6 NÃO
19  20  M PRODUTO 6 NÃO
20  21  M PRODUTO 6 SIM
21  22  F PRODUTO 6 NÃO
22  20  M ‐ 2 SIM
23  18  M ‐ 2 NÃO
24  23  M GRÁFICO 2 NÃO
25  20  F ‐ 2 NÃO
26  23  M PRODUTO 2 NÃO
27  19  M PRODUTO 2 NÃO
28  19  F ‐ 2 NÃO
29  20  F GRÁFICO 2 NÃO
30  19  F ‐ ‐ SIM
31  20  F ‐ 2 NÃO
32  20  M ‐ 2 SIM
33  19  F ‐ 2 NÃO
34  22  M ‐ 2 NÃO
35  ‐  ‐ ‐ ‐ NÃO
36  20  F PRODUTO 6 SIM
37  21  F PRODUTO 6 SIM
38  30  M GRÁFICO 8 NÃO
39  20  F PRODUTO 6 SIM
40  25  M PRODUTO 2 NÃO

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


42

Gráfico 10 - Instituição A – Percentual de alunos que já realizam estágio

Realizam estágio 27% dos alunos que responderam ao questionário; 73% dos
estudantes até o momento não tiveram contato com o mercado de trabalho.
Os graduandos tiveram cinco critérios de níveis de qualidade para estabelecer ao
ensino de design oferecido por sua instituição. Foram eles: ótimo, bom, regular, ruim e
péssimo. Essa avaliação foi global, abrangendo diversos aspectos. Porém também
atribuíram notas de 0 a 10, isoladamente, para quatro itens: “grade curricular”, “conteúdo
das disciplinas”, “conhecimento dos professores” e “experiência prática dos professores”.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Quadro 5 - Avaliação do curso de graduação em Design da Instituição A


ALUNOS  PENSANDO NA  ATRIBUA NOTA DE 0 A10
ATUAÇÃO COMO 
DESIGNER, O ENSINO É:  GRADE  CONTEÚDO DAS  CONHECIMENTO  EXPERIÊNCIA PRÁTICA 
DISCIPLINAS  DOS PROFESSORES  DOS PROFESSORES 
1  BOM  8  7 9 10 
2  PÉSSIMO 3  2 5 3 
3  REGULAR 8  8 10 10 
4  REGULAR 6  6 8 7 
5  BOM  8  7 9 8 
6  BOM  10  8 9 8 
7  BOM  9  8 10 8 
8  REGULAR 7  5 5 6 
9  BOM  9  8 8 8 
10  BOM  8  8 6 5 
11  BOM  7  8 5 5 
12  REGULAR 9  8 8 9 
13  REGULAR 8  7 9 10 
14  BOM  8  7 7 7 
15  BOM  8  7 8 8 
16  ÓTIMO  8  10 10 9 
17  REGULAR 6  7 9 9 
18  REGULAR 7  6 8 8 
19  BOM  7  6 9 8 
20  BOM  8  7 9 8 
21  BOM  8  8 8 7 
22  BOM  8  8 8 5 
23  BOM  9  9 10 10 
24  BOM  8  7 7 6 
25  BOM  7  7 7 8 
26  BOM  8  8 7 7 
27  BOM  7  8 9 8 
28  BOM  8  5 10 9 
29  REGULAR 5  3 10 10 
30  REGULAR ‐  ‐ ‐ ‐ 
31  ÓTIMO  10  9 9 10 
32  REGULAR 7  7 5 8 
33  REGULAR 7  7 10 10 
34  BOM  9  6 7 8 
35  REGULAR 7  6 8 8 
36  REGULAR 7  8 7 5 
37  REGULAR 6  4 5 6 
38  REGULAR 7  4 6 5 
39  REGULAR 5  2 10 9 
40  BOM  8  7 9 9 
MÉDIA    7,5  6,7 8,0 7,7 

Foi solicitado que os alunos avaliassem o ensino recebido considerando aspectos


relativos à sua futura atuação como profissional de design. A pergunta feita foi: “Pensando
em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino que recebe em seu
curso de graduação?”.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


44

Gráfico 11 - Instituição A – Avaliação do curso

Avaliaram o curso como “bom”, 52% dos alunos entrevistados; 40% consideram
“regular”; 5% relatam que o curso é “ótimo” e uma pequena parcela, correspondente a 3%,
diz que o curso é “péssimo”; nenhum dos alunos apontou como ruim o ensino oferecido.

Gráfico 12 - Instituição A – Notas atribuídas pelos alunos

O conhecimento dos professores ganhou destaque nas notas atribuídas pelos alunos
com a pontuação de 8 em uma escala de 0 a 10; a “experiência prática dos professores” foi
avaliada com nota de 7,7; a média da “grade curricular” foi de 7,5; o “conteúdo das
disciplinas” recebeu 6,7 na avaliação dos alunos.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


45

Quadro 6 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição A


ALUNO  PONTOS FORTES  PONTOS FRACOS 

1  OS PONTOS FORTES SÃO O DIÁLOGO E DEBATE CONSTANTE COMO FORMA DE CRIAR A  E O PONTO FRACO É A FALTA DE SUBSÍDIOS POR  PARTE DA INSTITUIÇÃO EM OFERECER 
CONSCIÊNCIA CRÍTICA DENTRO DA PROFISSÃO, E DO QUE SE BUSCA COMO QUALIDADE  CURSOS EXTRA‐CURRICULARES DE SOFTWARES ESPECÍFICOS, QUE SÃO MUITO COBRADOS NO 
PROFISSIONAL,  MERCADO DE TRABALHO. 

2  O CURSO É TÃO COXA QUE A GNT TEM QUE SE VIRAR PORÁ APRENDER TUDO SOZINHO, O  FAZER QUASE TUDO POR CONTA PRÓPRIA RESULTA EM TRABALHOS SEM ORIENTAÇÃO, UM 
QUE ACABA SENDO MELHOR DO QUE RECEBHER TUDO PASSIVAMENTE.  TRABALHO MAL DIRECIONADO, SEM BASE TEÓRICA CONSISTENTE. PROFESSORES. 

3  PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA 

4  PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA 

5  PROFESSORES / PESQUISA  INFRA ESTRUTURA / ALGUNS PROFESSORES QUE NÃO FOCAM A HABILITAÇÃO/ AULAS VAGAS 

6  PROFESSORES  PROFESSORES 

7  PROFESSORES / PESQUISA / PALESTRAS / EVENTOS  PROFESSORES ‐ QUE ACABAM ADOTANDO O MÉTODO DE AULAS DE UMA PÓS GRADUAÇÃO E 
NÃO DE GRADUAÇÃO 

8  PESQUISA / PROJETOS ACADÊMICOS / PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA / GRADE CURRICULAR DIVIDIDA ENTRE PRODUTO E GRÁFICO / 
PROFESSORES 
9  PROFESSORES  PROFESSORES 

10  INCENTIVO A PESQUISA / TRABALHOS PRÁTICOS E APLICADOS  INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / FALTA DE DIDÁTICA DOS PROFESSORES 

11  ENSINO TEÓRICO  NÃO ABORDAGEM DO TERMO DESIGN / PREPARAÇÃO PARA MUDANÇAS. PROFESSORES. 

12  PROFESSORES INDUZEM A PROCURA DE RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS  PROFESSORES SEM EXPERIÊNCIA EM DETERMINADAS DISCIPLINAS 

13  DIVERSIDADE DE MATÉRIAS OFERECIDAS  PROFESSORES COM FALTA DE COMPROMETIMENTO / FALTA DE DEMONSTRAÇÃO DO DESIGN 


ATUAL 

14  PROFESSORES / PESQUISA  PROFESSORES / INFRA ESTRUTURA 

15  PROFESSORES  DIDÁTICA. PROFESSORES. 

16  O ALTO NÍVEL DOS INGRESSANTES / A INTERAÇÃO ENTRE VETERANOS / PROFESSORES  FALTA DE RECURSOS TÉCNICOS E INTELECTUAIS / POUCA VERBA PARA PESQUISA 

17  PROFESSORES  INFRA ESTRUTURA / PROFESSORES 

18  PROFESSORES  PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 

19  ‐  ‐ 

20  VIVÊNCIAS / PRÁTICAS / TROCA DE CONHECIMENTO  FALTA EQUIPAMENTO / SOFTWARES 

21  PROFESSORES  PROFESSORES / NÃO PREPARADOS PARA MATÉRIAS ESPECÍFICAS, ALGUNS PROFESSORES NÃO 


TÃO DIDÁTICOS (MAIS PESQUISADORES) 

22  O ENSINO ‐ PENSAR O "DESIGN"  ESTRUTURA / PROFESSORES COM FALTA DE PRÁTICA 

23  PROFESSORES QUALIFICADOS  INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES 

24  PROFESSORES  PROFESSORES 

25  PROFESSORES  ESTRUTURA / PROFESSORES SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO DIDÁTICO 

26  PROFESSORES  RECURSOS COMPUTACIONAIS 

27  PROFESSORES  FALTA DE UNIFICAÇÃO ENTRE AS MATÉRIAS 

28  PESQUISA  MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / EXERCÍCIOS COMPUTACIONAIS 

29  ‐  PROFESSORES EXIGEM DO ALUNO CONHECIMENTO DE RECURSOS COMPUTACIONAIS, SENDO 
QUE ISSO NÃO FOI PASSADO NA FACULDADE. PROFESSORES INDICAM QUE OS ALUNOS 
PROCUREM SOFTWARE GRÁFICO FORA DA FACULDADE. 

30  GRADE CURRICULAR E PROFESSORES  PROFESSORES 


31  PROFESSORES  ESTRUTURA / FALTA DE MATERIAIS 
32  PROFESSORES / OFICINA BEM EQUIPADA  PROFESSORES 
33  TEORIA  PRÁTICA 
34  PROFESSORES / DIVERSIDADE DE ENSINO  FALTA DE TECNOLOGIA E PROGRAMAÇÃO 
35  PROFESSORES  PROFESSORES / ESTRUTURA FÍSICA 
36  VALORIZAÇÃO DOS ALUNOS / OFICINAS PRATICAS  INFRA ESTRUTURA / COMPUTADORES E SOFTWARES / EQUIPAMENTOS FOTO / PROFESSORES 
SUBSTITUTOS SEM CONHECIMENTO / COMODISMO DE ALGUNS PROFESSORES 

37  POTENCIAL DOS ALUNOS / PESSOAS COM BOAS IDÉIAS  PROFESSORES COM FALTA DE INTERESSE EM PASSAR ATIVIDADES ESTIMULANTES 

38  PROFESSORES / REFORMULAÇÃO DO CURRÍCULO / TROCA DE CONHECIMENTO ENTRE OS  DISTÂNCIA ENTRE AS DISCIPLINAS E A REALIDADE DO MERCADO / PROFESSORES SUBSTITUTOS 


ALUNOS  SEM CONHECIMENTO OU SEM DIDÁTICA / FALTA DE RECURSOS TECNOLÓGICOS 

39  ALUNOS QUE CORREM ATRÁS DAS COISAS  ESTRUTURA / LABORATÓRIOS (VIDRO, CERÂMICA) / DESORGANIZAÇÃO DO DEPARTAMENTO 


QUANTO AS NOVAS GRADES CURRICULARES / CONTRATAÇÃO DE PROFESSORES SUBSTITUTOS 
/ FALTA DE DIVULGAÇÃO DAS ATIVIDADES REALIZADAS NA FACULDADE / ACERVO PEQUENO 
NA BIBLIOTECA 

40  PROFESSORES  / LABORATÓRIOS  GRADE PODERIA SER MAIS AMPLA 

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


46

Pensando no relacionamento do ensino oferecido pela instituição com o mercado de


trabalho, os alunos expuseram os pontos fortes e fracos que impactam diretamente nesta
situação.

Gráfico 13 - Instituição A – Pontos Fortes apontados pelos alunos

O ponto forte mais citado pelos alunos são seus professores, sendo que 62,5% dos
alunos mencionaram espontaneamente este item; 25% dos alunos consideram também um
ponto forte do ensino as disciplinas e conteúdo; 15% também elegem a pesquisa e os
próprios alunos como aspectos positivos do curso; 7,5% apontam os laboratórios para
compor a lista de pontos fortes do ensino.

Gráfico 14 - Instituição A – Pontos fracos apontados pelos alunos

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


47

62,5% dos alunos entrevistados também apontaram os professores como ponto


fraco; a estrutura foi considerada ponto fraco por 25% dos alunos; 15% dizem que
“software” também é algo a ser melhorado na instituição.

Quadro 7 - O que falta na faculdade – Instituição A


ALUNO  O QUE FALTA NA FACULDADE?

1  O SUBSÍDIO DE CURSOS EXTRA‐CURRICULARES (EM FORMA DE DESCONTO OU CONVÊNIO COM ESCOLAS) COMO COMPLEMENTAÇÃO 
DA FORMAÇÃO. 
2  VISAO DE PRESENTE. VISAO DE FUTURO. AULAS DE INTRODUCAO AO DESIGN.O PROFESSOR FOI AFASTADO .
3  INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / SALAS DE AULA / GRADE CURRICULAR MAIS AMPLA 
4  INFRA ESTRUTURA
5  INFRA ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / MATERIAL PARA TRABALHAR A TEORIA 
6  MAIS APLICAÇÃO PRÁTICA
7  MAIOR INTERAÇÃO ENTRE O CONTEÚDO DAS AULAS E O MERCADO DE TRABALHO 
8  PREPARAÇÃO DO ALUNO PARA O MERCADO
9  AULAS MAIS PRÁTICAS / OFICINAS PARA O DESIGN GRÁFICO 
10  LABORATÓRIOS / MAIOR CONTATO COM O MERCADO DE TRABALHO 
11  PREPARAÇÃO O FUTURO E PARA AS MUDANÇAS
12  ENFASE EM SOFTWARES
13 
14  INFRA ESTRUTURA COMPUTADORES
15  PROFESSORES MAIS INTERESSADOS NO APRENDIZADO / EQUIPAMENTOS MELHORES / SOFTWARES 
16  NÃO FALTA NADA ATÉ O MOMENTO
17  INFRA ESTRUTURA / SOFTWARE E AULAS DE SOFTWARES / INCENTIVO ADEQUADO E APROPRIADO PARA CONCURSOS DE DESIGN
18  VISÃO MAIS PRÁTICA, SAINDO DO ESPAÇO "SALA DE AULA" 
19  ‐
20  INFRA ESTRUTURA/ EQUIPAMENTO NOS LABORATÓRIOS 
21  ESTRUTURA / PROFESSORES
22  ‐
23  TECNOLOGIA
24  ALGUMAS AULAS PRECISAM SER MELHOR
25  ESTRUTURA / FALTA DE APOIO PARA ESTÁGIO
26  SOFTWARES
27  AULAS DE TÉCNICAS DE SOFTWARES
28  ESTRUTURA / CONTEÚDO MAIS OBJETIVO / PROFESSORES E MATÉRIAS QUE MOSTREM AS VÁRIAS OPÇÕES QUE UM DESIGNER PODE 
FAZER 
29  PROFESSORES DEVIAM ENSINAR O CONTEÚDO DE SOFTWARE GRÁFICO JÁ QUE EXIGEM. OU ENTÃO AVISAR QUE SERIA EXIGIDO TAL 
CONHECIMENTO (PRÉ REQUISITO PARA INGRESSAR NO CURSO). 
30  AULAS DE SEMIÓTICA DECENTE
31  MAIOR OPORTUNIDADE DE ESTÁGIOS
32  MELHOR ORGANIZAÇÃO POR PARTE DE ALGUNS PROFESSORES 
33  MAIOR AUXÍLIO EM BASE PRÁTICA COMO COMPUTAÇÃO E CONHECIMENTO DE MERCADO DE TRABALHO
34  ESTRUTURA QUE AS PARTICULARES TEM
35  ACHO QUE POR OS PROFESSORES NÃO CORREREM O RISCO DE SEREM DEMITIDOS, "CARGO ETERNO", ALGUNS DELES DÃO AULA QUE 
NEM O NARIZ DELES. 
36  MATÉRIAS MAIS ESPECÍFICAS / POSSIBILIDADE DE MONTAR O PRÓPRIO CURRÍCULO / ENSINO DE SOFTWARE / INTERAÇÃO COM 
OUTROS CURSOS / LIVROS E BIBLIOGRAFIA ATUALIZADOS 
37  AULAS DIRECIONADAS A DEMANDA DE MERCADO / ATUALIZAÇÃO EM RELAÇÃO AO QUE AS EMPRESAS PRECISAM / SOFTWARES / 
"COMO GANHAR DINHEIRO COM BOAS IDÉIAS 
38  LABORATÓRIOS / BUREAU DE SERVIÇOS / RECURSOS AUDIO VISUAIS / EXPERIMENTAÇÕES / PROJETOS SOCIAIS, CONTRIBUINDO PARA 
SOCIEDADE LOCAL 
39  MAIOR INTERAÇÃO ENTRE OS CURSOS
40  NADA

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


48

A tabela localizada na página anterior apresenta a visão dos alunos sobre o que
entendem que falta na instituição, apontando lacunas e pensando em seu futuro profissional
e relacionamento com o mercado de trabalho.

5.5.1.2 Alunos de Design da Instituição B

O questionário respondido por 40 alunos da Instituição B gerou os seguintes


resultados, sendo que os primeiros compreendem o perfil do aluno entrevistado,
identificando idade, gênero, habilitação do curso, termo e se realiza estágio.

Quadro 8 - Perfil dos alunos da Instituição B


ALUNO  IDADE  GÊNERO  HABILITAÇÃO  TERMO  REALIZA ESTÁGIO 
1  21 F  ‐  2  NÃO 
2  18 F  ‐  2  NÃO 
3  18  F  ‐  2  NÃO 
4  18  F  ‐  2  NÃO 
5  23  M  ‐  2  NÃO 
6  20  M  ‐  2  NÃO 
7  18  M  ‐  2  NÃO 
8  29  F  ‐  2  SIM 
9  19  M  ‐  4  NÃO 
10  23  M  ‐  2  SIM 
11  21  M  ‐  2  NÃO 
12  19  M  ‐  2  NÃO 
13  18  M  ‐  2  NÃO 
14  20  F  ‐  2  NÃO 
15  23  M  ‐  2  NÃO 
16  18  M  ‐  2  NÃO 
17  25  M  ‐  2  NÃO 
18  24  F  ‐  6  NÃO 
19  40  M  ‐  6  SIM 
20  21  F  ‐  6  NÃO 
21  20  M  ‐  6  NÃO 
22  22  M  ‐  8  SIM 
23  21  F  ‐  6  SIM 
24  21  F  ‐  6  NÃO 
25  20  M  ‐  6  SIM 
26  20  M  ‐  6  SIM 
27  21  F  ‐  6  SIM 
28  22  F  ‐  6  NÃO 
29  19  M  ‐  6  SIM 
30  25  M  ‐  6  SIM 
31  19  F  ‐  6  SIM 
32  27  M  ‐  6  SIM 
33  30  M  ‐  6  NÃO 
34  26  F  ‐  6  NÃO 
35  20  F  ‐  6  SIM 
36  23  F  ‐  6  SIM 
37  21  M  ‐  6  NÃO 
38  22  F  ‐  6  SIM 
39  21  F  ‐  6  SIM 
40  24  M  ‐  1  SIM 

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


49

Os dados informados e dispostos em tabelas geraram gráficos que permitem a


observação de predominâncias e exceções. A instituição B não trabalha com habilitações
distintas, sendo tratado o Design no geral, em diferentes atuações.

Gráfico 15 - Instituição B – Percentual de alunos que realizam estágio

Em relação ao percentual de alunos que realizam estágio, temos 41% dos


entrevistados que já estão inseridos no mercado de trabalho; 59% dos estudantes até o
momento não tiveram atuação no ambiente profissional.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


50

Quadro 9 - Avaliação do curso de graduação da Instituição B


ALUNO  PENSANDO NA  ATRIBUA NOTA DE 0 A10
ATUAÇÃO COMO 
DESIGNER, O ENSINO É:  GRADE CONTEÚDO DAS  CONHECIMENTO  EXPERIÊNCIA PRÁTICA 
DISCIPLINAS  DOS PROFESSORES  DOS PROFESSORES 

1  REGULAR  8  8 8 8 
2  ÓTIMO  8  8 9 9 
3  BOM 9  9 9 9 
4  BOM 7  9 10 8 
5  BOM 10  10 10 10 
6  BOM 9  9 9 9 
7  BOM 8  9 10 9 
8  REGULAR  7  8 8 9 
9  BOM 8  9 10 9 
10  BOM 8  8 8 8 
11  ÓTIMO  7  7 9 9 
12  BOM 8  8 8 8 
13  ÓTIMO  10  10 10 10 
14  ÓTIMO  10  8 9 9 
15  BOM 8  9 10 10 
16  BOM 8  8 9 9 
17  BOM 8  8 7 6 
18  BOM 9  8 10 9 
19  ÓTIMO  9  9 10 10 
20  BOM 9  9 10 9 
21  BOM 9  8 8 8 
22  BOM 7  7 9 8 
23  ÓTIMO  9  9 8 8 
24  BOM 8  8 8 8 
25  BOM 9  9 8 8 
26  BOM 9  9 8 9 
27  BOM 10  8 9 8 
28  ÓTIMO  8  10 10 10 
29  BOM 7  7 8 8 
30  BOM 8  9 10 8 
31  BOM 9  10 10 8 
32  REGULAR  6  6 6 6 
33  BOM 8  8 7 5 
34  REGULAR  7  7 7 6 
35  REGULAR  9  8 8 7 
36  REGULAR  7  7 6 7 
37  BOM 7  7 8 9 
38  BOM 9  8 8 10 
39  BOM 8  8 8 10 
40  ÓTIMO  9  10 8 10 
MÉDIA    8,3  8,4 8,6 8,5 

Os alunos do curso de Design da Instituição B atribuíram conceitos de “ótimo” a


“péssimo” ao ensino oferecido pela instituição. Deram notas de zero a dez a tópicos
específicos que constituem o ensino de design, o que permitiu a obtenção da média de cada
um desses itens.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


51

Gráfico 16 - Instituição B – Avaliação do curso

A maior parte dos estudantes, 65% deles, avalia como “bom” o curso de design
oferecido pela Instituição B; 20% dos alunos entrevistados consideram “ótimo”; avaliam
como “regular” o curso, 15% dos alunos.

Gráfico 17 - Instituição B – Notas atribuídas pelos alunos

A maior nota atribuída aos alunos foi ao conhecimento dos professores. A nota foi de
8,6 em uma escala de 0 a 10; a experiência prática dos professores recebeu a segunda
maior média, com 8,4, na avaliação dos estudantes; a grade curricular e o conteúdo das
disciplinas ficaram com a média de 8,3 cada um dos itens.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


52

Quadro 10 - Pontos Fortes e Pontos Fracos da graduação em Design da Instituição B


ALUNO PONTOS FORTES PONTOS FRACOS

1 - FALTA DE INCENTIVO DOS PROFESSORES AOS ALUNOS

2 PROFESSORES / CONTEÚDO COMPUTADORES VELHOS / SALA DE DESENHO SEM AR CONDICIONADO

3 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO

4 MUITOS TRABALHOS E MATÉRIAS COMPUTADORES PÉSSIMOS / TRABALHOS SEM MUITA EXPLICAÇÃO

5 PROFESSORES E FORMA QUE LECIONAM AS AULAS FALTA DE INTERESSE DOS ALUNOS

6 PROFESSORES INFRA ESTRUTURA ÀS DISCIPLINAS PRÁTICAS DO CURSO

7 PROFESSORES FALTA DE ESTRUTURA / COMPUTADORES

8 PONTO FORTE É QUE AQUI PODEMOS ATUAR EM QUALQUER ESTRUTURA / COMPUTADORES


ÁREA, PV OU PP
9 PROFESSORES / ENSINO DE QUALIDADE ESTRUTRA / MATERIAIS / COMPUTADORES

10 PROFESSORES COMPUTADORES

11 PROFESSORES / RECURSOS SALA SEM CLIMATIZAÇÃO / COMPUTADORES PRECÁRIOS

12 PROFESSORES LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA / INSTALAÇÕES DISTANTES

13 PROFESSORES / METODOLOGIA DE ENSINO / GRADE CURRICULAR ESTRUTURA / LABORATÓRIOS / OFICINAS / SALA DE AULA

14 CONTEÚDO / MATERIAIS MAIS PRÁTICAS EM PROGRAMAS DE DESIGN

15 PROFESSORES POUCAS AULAS PRÁTICAS / POUCO APROFUNDAMENTO EM QUESTÃO AOS


SOFTWARES

16 PROFESSORES DEVERIA SER MAIS PUXADO / MOSTRAR MAIS LIÇÕES IMPORTANTES DA


ATUALIDADE
17 AULAS PRÁTICAS AINDA FALTA INFRA ESTRUTURA EM ALGUNS PONTOS

18 APRENDEMOS TANTO PROGRAMAÇÃO VISUAL COMO PROJETO DE O CURSO NÃO É UM DOS MAIS VALORIZADOS NA INSTITUIÇÃO. PERCEBE-SE
PRODUTO FACILMENTE AO VER O LOGO, PAPELARIA E PROPAGANDAS DA INSTITUIÇÃO

19 PROFESSORES / AMBIENTE MUITO AGRADÁVEL PARA O ENSINO LABORATÓRIOS DE INFORMÁTICA COM MÁQUINAS ANTIGAS E PROGRAMAS
APRENDIZAGEM COM VERSÕES ULTRAPASSADAS.

20 TRABALHAMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL E PROJETO DE PRODUTO FALTA DE APOIO DA FACULDADE

21 TRABALHOS / EXCURSÕES SINALIZAÇÃO INTERNA

22 PROFESSORES / OFICINAS / VALOR DA MENSALIDADE ACESSÍVEL INFRA ESTRUTURA / BIBLIOTECA / VISÃO MUITO MERCADOLÓGICA E POUCO
ARTÍSTICA
23 PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS INFRA ESTRUTURA DO PRÉDIO / ALGUMAS POUCAS DISCIPLINAS COM
POUCO CONTEÚDO ÚTIL

24 PROFESSORES / ENSINO MUITO BOM FALTA UM POUCO DE PESQUISAS NOVAS E CONCEITOS ATUAIS DE ALGUNS

25 BASTANTE TRABALHOS PRÁTICOS FALTA DE CONTATO COM O MERCADO

26 PROFESSORES / VARIEDADE DE DISCIPLINAS POUCO APROFUNDAMENTO EM ALGUMAS ÁREAS

27 APLICAÇÃO DE PROJETOS / TRABALHOS VOLTADOS PARA O ESTRUTURA


MERCADO / PRATICIDADE DAS INFORMAÇÕES / PROFESSORES

28 - OSCILA MUITO COM RELAÇÃO A GRADE

29 SÃO ENSINADAS TODAS AS ÁREAS DE DESIGN MATÉRIAS IMPORTANTES SÃO PASSADAS NUM TEMPO CURTO

30 PROFESSORES / PESQUISA ESTRUTURA / BIBLIOTECA TER MAIS LIVROS

31 PROFESSORES / SUPORTE DURANTE TRABALHOS / MATERIAL GRADE CURRICULAR CONFUSA / FALTAM INCENTIVO E RECONHECIMENTO
COMPLETO DA ADMINISTRAÇÃO DA FACULDADE

32 DIVERSIDADE DO CONTEÚDO / HABILITAÇÃO EM PRODUTO E DISTANCIAMENTO DA TEORIA APLICADA NA AULA AOS CONHECIMENTOS
GRÁFICO EXIGIDOS NO MERCADO
33 CIENTIFICISMO / CONCEITO DESIGN NO MUNDO REAL, PRÁTICO

34 GRÁFICO E PRODUTO / PROFESSORES FALTA DE FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS NA OFICINA

35 - -

36 - -

37 PROFESSORES EQUIPAMENTOS / NÃO APROVEITAMENTO DO PESSOAL DO CURSO PARA


ELABORAR DO SITE, FOLDER, LOGO ETC.
38 2 HABILITAÇÕES A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA

39 2 HABILITAÇÕES A INSTITUIÇÃO NÃO NOS DÁ LIBERDADE PARA TRABALHAR JUNTO A MESMA

40 LOCALIZAÇÃO,FACIL ACESSO, ÓTIMOS PROFESORES E ENSINO FALTA DE INTERAÇÃO COM A ÁREA, EQUIPAMENTOS E ESTACIONAMENTO

Os pontos fortes e fracos do ensino relacionados ao mercado de trabalho foram


mencionados pelos graduandos conforme suas percepções.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


53

Gráfico 18 - Instituição B – Pontos fortes

O ponto forte mais apontado pelos alunos foi “professores”, sendo referido
espontaneamente por 56% dos alunos; o segundo ponto forte mais citado foi “conteúdo e
disciplinas”, por 23% dos entrevistados; o curso possuir duas habilitações, foi citado por
21% dos estudantes; 5% consideram também os laboratórios.

Gráfico 19 - Instituição B – Pontos fracos

A predominância dentre os pontos fracos apontados pelos alunos foi da “atualização


de computadores e softwares” com 56% de assentimento dos entrevistados; o
“relacionamento instituição e aluno” foi citado por 21% dos graduandos.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


54

Quadro 11 - O que falta na faculdade – Instituição B


ALUNO  O QUE FALTA NA FACULDADE? 

1  MATÉRIAS OPTATIVAS EM HORÁRIOS MAIS DIVERSIFICADOS / COMPUTADORES COM PROGRAMAS MAIS ATUALIZADOS / EXIGIR 
MAIS CAPRICHO DE ALGUNS ALUNOS PERANTE SEUS TRABALHOS 
2  NADA 
3  COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 
4  APROFUNDAR MAIS O CONHECIMENTO COM OS COMPUTADORES (COREL, PHOTOSHOP) 
5  CARTEIRAS MACIAS / AR CONDICIONADO EM TODAS AS SALAS 
6  COMPUTADORES MELHORES / SOFTWARES MAIS ATUALIZADOS 
7  OPORTUNIDADE 
8  MELHORIA DOS SOFTWARES E COMPUTADORES 
9  COMPUTADORES DE MELHOR QUALIDADE / MELHORES CARTEIRAS 
10  MELHORES MATERIAIS OFERECIDOS 
11  CURSO DE DESIGN DE AUTOMÓVEIS 
12  FALTAM COMPUTADORES BONS QUE SUPORTEM O PROGRAMA USADO NAS AULAS. 
13  MAIOR INVESTIMENTO NA INFRA ESTRUTURA DO IESB 
14  AJUDA PARA ESTÁGIO 
15  SE APROFUNDAR UM POUCO MAIS NA ÁREA  DE DESENHO TÉCNICO, E TAMBÉM NA ÁREA DE PROJETO DE PRODUTO 
16  COMPUTADORES BONS E ATUALIZADOS EM TODAS AS SALAS 
17  FALTA UM POUCO DE INTERAÇÃO COM EMPRESAS PARA ESTÁGIO 
18  MELHOR INFRA ESTRUTURA / MAIOR NÚMERO DE MAQUINÁRIO NA OFICINA / MAIOR NÚMERO DE COMPUTADORES ADEQUADOS E 
COM SOFTWARES PARA DESIGN 
19  MAIOR CLAREZA EM RELAÇÃO AO ESTÁGIO E SUA IMPORTÂNCIA / VISITAS  A EMPRESAS DE DESIGN  PARA OBSERVAR A REALIDADE 
DO MERCADO 
20  MAIS ESPAÇO PARA CRIAR / REPRODUZIR / POR EM PRÁTICA / EXPOR NOSSOS TRABALHOS, IDÉIAS, QUEBRAR PARADIGMAS / DEIXAR 
QUE APLIQUEMOS PROGRAMAÇÃO VISUAL NOS CALENDÁRIOS, SITES, LOGO E MATERIAIS DA FACULDADE QUE SÃO DE MAU GOSTO 
E FEITO POR NÃO PROFISSIONAIS 
21  LIVROS NA BIBLIOTECA 
22  INFRA ESTRUTURA POR EX SALA DE AULA, TURMA DE DIREITO TEM SALAS COM CADEIRAS MAIS CONFORTÁVEIS 
23  CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO 
24  MAIS PALESTRAS / CURSOS DE FINAL DE SEMANA PARA APERFEIÇOAR EM ALGUMA ÁREA ESPECÍFICA 
25  DEPENDENDO DA ÁREA FALTA CONHECIMENTO TÉCNICO 
26  CURSOS DE PÓS GRADUAÇÃO, MESTRADO E ESPECIALIZAÇÃO 
27  ESTRUTURA 
28  A INSTITUIÇÃO DEVE TER UM PROGRAMA DE ESTÁGIO VOLTADO PARA OS ALUNOS QUE NÃO ATUAM NA ÁREA AINDA 
29  FALTA UM POUCO MAIS DE PRÁTICA 
30  INFRA ESTRUTURA 
31  LIVROS / FERRAMENTAS DE TRABALHO NA OFICINA / PROGRAMAS ATUALIZADOS NOS LABORATÓRIOS 
32  ATIVIDADES VOLTADAS A PREPARAÇÃO PROFISSIONAL / ATUALIZAÇÃO DA GRADE CURRICULAR VISANDO DISCIPLINAS QUE NOS 
APRESENTE AS ULTIMAS TECNOLOGIAS EM DESIGN 

33  MAIS EMBASAMENTO NA REALIDADE DO MUNDO 
34  ALGUMAS MATERIAS DEVEM SER APLICADAS POR PROFESSORES QUE REALMENTE SAIBAM E TENHAM METODOLOGIA PARA 
TRANSMITIR CONHECIMENTO AOS ALUNOS / PROFESSORES TAPA BURACO 

35  MAIS AULAS PRÁTICAS 
36  FALTAM AULAS PRÁTICAS, NINGUÉM MERECE FICAR RESUMINDO TEXTOS 
37  FALTA DE INVESTIMENTO E VALORIZAÇÃO NO CURSO 
38  ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 
39  ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS / OFICINA MAIOR / MAIS SOFTWARES / COMPUTADORES MELHORES 
40  MELHORAR A INSTALAÇÃO COM COMPUTADORES E EQUIPAMENTOS 

Diante das exigências do mercado, os alunos listaram o que falta no curso de design
de sua instituição para que haja um perfeito relacionamento entre as partes envolvidas.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


55

5.5.2 Alunos da pós-graduação em Design

Os alunos do curso de pós-graduação em Design, níveis mestrado e doutorado,


participaram da pequisa avaliando o curso que frequentam atualmente, o curso de
graduação que completaram e também o mercado de trabalho.

Quadro 12 - Perfil dos discentes do Programa de Pós-graduação em Design


DISCENTE  IDADE  GÊNERO  PÓS  FORMAÇÃO  ATUAÇÃO 

1  26  FEMININO  MESTRADO  SISTEMAS DE INFORMAÇÃO  DESIGNER GRÁFICO 

2  25  FEMININO  MESTRADO  BACHAREL EM ESTILISMO EM MODA E ESPECIALISTA EM ADMINISTRAÇÃO  DOCENTE 


INDUSTRIAL 
3  44  FEMININO  MESTRADO  FISIOTERAPIA/ERGONOMIA  OUTRO 

4  30  FEMININO  DOUTORADO  ARQUITETURA E URBANISMO / MESTRADO EM DESENHO INDUSTRIAL /  DOCENTE 


ESPECIALIZAÇÃOEM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
5  31  MASCULINO  MESTRADO  DESENHO INDUSTRIAL  DESIGNER GRÁFICO 

6  29  MASCULINO  MESTRADO  DESIGNER GRÁFICO  OUTRO 

7  34  FEMININO  DOUTORADO  DESIGN GRÁFICO  DOCENTE 

8  24  FEMININO  MESTRADO  FISIOTERAPIA  OUTRO 

9  26  FEMININO  MESTRADO  MODA  DOCENTE 

10  31  FEMININO  MESTRADO  DESENHO INDUSTRIAL  DESIGNER DE PRODUTO 

11    FEMININO  MESTRADO  DESENHO INDUSTRIAL  SEM RESPOSTA 

12  50  FEMININO  MESTRADO  SUPERIOR COMPLETO COM ESPECIALIZAÇÃO  DOCENTE 

Nas primeiras questões, que serviram para mapear o perfil do entrevistado, os


discentes informaram idade, gênero, se realiza mestrado ou doutorado, formação e atuação
atual.

Gráfico 20 - formação dos discentes da pós-graduação em design

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


56

A grande parcela dos discentes do curso de pós-graduação possui graduação em


Design, correspondendo a 57% do total. A menor parcela, 43% dos discentes, possui outras
formações como fisioterapia, moda, arquitetura e sistemas de informação.

Quadro 13 - Avaliação do curso de pós-graduação


PONTOS FORTES  PONTOS FRACOS 
AVALIAÇÃO DO ENSINO 

ATIVIDADES PRÁTICAS ‐ 

ATIVIDADES PRÁTICAS ‐ 
PARA ATUAÇÃO COMO 
CONHECIMENTO DOS 
GRADE CURRICULAR 

PARA  PESQUISAS 
CONTEÚDO DAS 

PROFESSORES 
DISCIPLINAS 

PROFESSOR 
DISCENTE 

1  REGULAR  7  6  8  7  7  SEM RESPOSTA  POUCAS BOLSAS DE PESQUISA, POUCOS 


PESQUISADORES NA ÁREA DE IHC 

2  ÓTIMO  10  10  10  8  8  COMO PONTO FORTE VEJO A EXCELÊNCIA NO  EU NÃO VEJO PONTOS FRACOS NA INSTITUIÇÃO 


ENSINO E SABER DOS PROFESSORES, ASSIM COMO A  EM SI, MAS SIM NO PRÓPRIO INCENTIVO QUE 
CONSTANTE COBRANÇA EM PUBLICAÇÕES E  VEM DO GOVERNO. CREIO QUE OS PROGRAMAS 
PARTICIPAÇÕES DE CONGRESSOS.  DE BOLSAS DEVERIAM DESTINAR MAIS BOLSAS 
PARA MESTRADOS NA ÁREA DE DESIGN. 

3  BOM  9  9  10  8  8  SEM RESPOSTA  POUCA ATIVIDADE PRÁTICA 

4  ÓTIMO  10  10  10  10  10  A INSTITUIÇÃO ESTÁ PREPARADA PARA  SEM RESPOSTA 


DESENVOLVER SEU PAPEL, E DE A\CORDO COM OS 
PROBLEMAS OU DEFICIENCIA QUE VÃO SURGINDO 
SE ADEQUA RAPIDAMENTE, ´FATO ESSE QUE É UM 
PONTO FORTE. NÃO VEJO PONTOS FRACOS 

5  REGULAR  6  9  9  1  6  PRODUTIVIDADE, COMPROMETIMENTO COM  AUSENCIA DE DISCIPLINAS VOLTADAS PARA 


PESQUISA, SERIEDADE  DIDATICA. 

6  REGULAR  5  6  9  4  7  CORPO DOCENTE QUALIFICADO, TRADIÇÃO EM  FALTA DE DISCIPLINAS SOBRE ENSINO SUPERIOR 


PESQUISA. 
7  BOM  6  8  9  8  10  INTERESSE DOS PROFESSORES EM MELHORAR O  GRADE DAS DISCIPLINAS 
CURSO. 
8  ÓTIMO  7  9  10  9  10  QUALIDADE DOS PROFESSORES; ASSUNTOS  DEVERIA SER EXIGIDO MAIOR NÚMERO DE 
ABORDADOS; TRABALHOS À SEREM REALIZADOS;  DISCIPLINAS E OFERTADAS DISCIPLINAS PRÁTICAS 
ESTAGIOS DE DOCÊNCIA; INCENTIVO À  EM ERGONOMIA. 
PUBLICAÇÕES; DENTRE OUTROS. 

9  BOM  8  8  9  7  8  COMO PONTO FORTE RESSALTO QUE ESTÃO SE  EM SE TRATANDO DA ÁREA DE ESTUDO MODA, 


ADAPTANDO A ESSA PROCURA, EXISTE UMA  ACREDITO QUE A INSTITUIÇÃO AINDA TENHA 
PREOCUPAÇÃO POR PARTE DO PROGRAMA PARA  POUCOS PROFISSIONAIS QUALIFICADOS PARA 
ACOLHER E QUALIFICAR OS PROFISSIONAIS DA  ORIENTAR TRABALHOS, E POUCAS DISCIPLINAS 
MODA.  ESPECÍFICAS, TENDO EM VISTA A GRANDE 
DEMANDA DE ESTUDANTES MESTRANDOS E 
DOUTORANDOS QUE PROCURAM A INSTITUIÇÃO. 

10  BOM  7  8  8  0  0  CORPO DOCENTE  FALTAM ATIVIDADES PRÁTICAS, MELHOR 


ESTRUTURA (ACESSO À INTERNET, 
LABORATÓRIOS, ...) 

11  ÓTIMO  9  9  9  8  10  PRODUÇÃO ‐ OPORTUNIDADE DE ENCAMINHAR  ESTRUTURA FÍSICA; 


GRANDE NUMERO DE TRABALHOS FEITOS NAS 
DISCIPLINAS PARA PUBLICAÇÃO; 

12  ÓTIMO  9  9  10  9  10  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 

As questões subsequentes permitiram respostas que trouxeram avaliação do curso


de pós-graduação sobre diferentes aspectos, já promovendo uma introdução da relação
entre os futuros mestres e doutores e suas responsabilidades para a formação de
profissionais de design. Para isso, foram listados os pontos fortes e pontos fracos, além de
itens como notas para a “grade curricular”, “conteúdo das disciplinas”, “conhecimento dos

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


57

professores”, “atividades práticas para atuação como professor” e “atividades práticas para
atuação como pesquisador”.

Gráfico 21 - Avaliação do curso de pós-graduação feita pelos alunos

Na avaliação do curso de pós-graduação, atribuíram notas a itens inerentes ao


programa, sendo eles: grade curricular; conteúdo das disciplinas; conhecimento dos
professores; atividades práticas para atuação como docente; atividades práticas para ação
como pesquisador.

Gráfico 22 - Alunos avaliam itens do curso de pós-graduação

A média obtida para o ítem “grade curricular” foi de 7,8; o “conteúdo das disciplinas”
teve como nota 8,3; a maior nota formada pela média das notas dos mestrandos e

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


58

doutorandos foi de 9,3 para o aspecto “conhecimento dos professores”; a menor média
apresentada foi a para “atividades práticas para atuação como professor”, com nota de 6,3;
“atividades práticas para pesquisas” recebeu nota de 7,7.

Quadro 14 - Avaliação do ensino oferecido pelo próprio discente


POR QUÊ?  PONTOS FORTES DAS AULAS DOS  PONTOS FRACOS DAS AULAS DOS 

SUAS DISCIPLINAS 

PRATICA COMO 
PROFISSIONAL? 

HÁ QTOS ANOS 
DISCENTES  DISCENTES 
IMPORTANTE  
EXPERIÊNCIA 

EXPERIÊNCIA 
PROFESSOR? 
ATUA COMO 

DESIGNER? 
LECIONA? 
DISCENTE 

1  SIM  NÃO  0  EXIGEM E 


NÃO  NÃO LECIONO.  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 
LECIONO. 

2  SIM, É IMPORTANTE,  SIM  2  É VALIDO SE O    COBRANÇA NOS TRABALHOS,  CARÊNCIA DE UM 


PORÉM NADA IMPEDE  INDIVIDUO  CONSTANTE DISPONIBILIDADE E  APROFUNDAMENTO EM CHÃO DE 
DO INDIVÍDUO SER  TIVER 
UM ÓTIMO  EXPERIÊNCIA 
VONTADE DE ENSINAR, FOCO NA  FÁBRICA (TRABALHEI POUCO TEMPO 
PROFESSOR SEM A  PROFISSIONAL,  TEORIA MESMO EM DISCIPLINAS  EM FÁBRICA). 
EXPERIÊNCIA  PORÉM NÃO É  PRÁTICAS; 
PROFISSIONAL. A  IMPOSSÍVEL DE 
PESQUISA É O DIA A  LECIONAR SEM 
DIA EM SALA DE AULA  TÊ‐LA. NO MEU 
É IMPORTANTE PARA  CASO ADQUIRI 
AGREGAR  MUITA 
CONHECIMENTO AO  BAGAGEM 
DOCENTE.  PRÁTICA E 
TEÓRICA 
DURANTE A 
GRADUAÇÃO. 
3  SIM  SIM  3  NÃO  SEM RESPOSTA  CONSTANTE RECICLAGEM DO  ATIVIDADE PRÁTICA 
PROFESSOR 

4  NÃO CONSIDERO  SIM  2  NÃO  COMO JÁ DISSE A PRATICA AJUDA, MAS    SEM RESPOSTA 


ESSENCIAL, MAS  NÃO É ESSENCIAL 
AJUDA NO 
CONHECIMENTO. 
5  EXTREMAMENTE  SIM  4  SIM  TEORIA E PRATICA SEMPRE DEVEM  RELAÇÃO ENTRE TEORIA E PRÁTICA,  DISCIPLINA 
IMPORTANTE  ESTAR RELACIONADAS...  INDICAR CAMINHOS PARA ELES 
FAZEREM SUAS PROPRIAS 
ASSOCIAÇÕES E NÃO SIMPLESMENTE 
DAR RESPOSTAS. 
6  SIM  SIM  5  SIM  POR ENVOLVEREM CONHECIMENTOS  EXPERIÊNCIAS COMPARTILHADAS  RARAS OPORTUNIDADES DE 
DE MATERIAIS E PROCESSOS QUE  ALIADAS ÀS EXPLICAÇÕES TEÓRICAS E  APROXIMAR A TEORIA DA 
NECESSITAM DE EXPERIÊNCIA E  AOS EXERCÍCIOS PRÁTICOS.  ATAUAÇÃO EM EMPRESAS. 
CONHECIMENTOS 
EMPIRICOS (MATERIAIS INDUSTRIAIS E 
PROGRAMAÇÃO VISUAL) 
7  EM ALGUMAS  SIM  5  SIM  LECIONO A DISCIPLINA DE  INTERESSE PELA DISCIPLINA DE  NÃO TER EXPERIÊNCIA NA 
DISCIPLINAS SIM.  DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE  DESENVOLVIMENTO DE PROJETO DE  INDÚSTRIA. 
PRODUTO E TER EXPERIÊNCIA NESTA  PRODUTO. 
ÁREA AJUDA, POIS POSSO DAR 
EXEMPLOS PRÁTICOS JÁ VIVENCIADOS 
NA INDÚSTRIA. 
8  SIM  NÃO  0  SEM  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 
RESPOSTA 

9  ACREDITO QUE  SIM  3  SIM  DAS DISCIPLINAS QUE MINISTRO,  O ALUNO TEM UMA APROXIMAÇÃO  POR TER POUCA EXPERIÊNCIA 


SIM,  ACREDITO QUE LABORATÓRIO DE  DA REALIDADE INDUSTRIAL DENTRO  PROFISSIONAL EM DETERMINADAS 
PRINCIPALMENTE  CRIAÇÃO EXIJA EXPERIÊNCIA PRÁTICA  DA SALA DE AULA, DESDE O ESTÁGIO  ÁREAS OCORRE A DIFICULDADE DE 
PARA ALGUMAS  COM DESENVOLVIMENTO DE  CONSEGUE CONCILIAR O QUE  PREPARAR O ALUNO PARA A 
DISCIPLINAS  PRODUTOS NA ÁREA DE DESIGN DE  APRENDE NAS DISCIPLINAS COM O  REALIDADE QUE VAI ENCONTRAR 
ESPECÍFICAS.  MODA, POIS O PROFISSIONAL COM  QUE A EMPRESA ESPERA DELE.  NAS EMPRESAS, DESSA FORMA OS 
VIVÊNCIAS PRÁTICAS CONSEGUE  CONTEÚDOS SE TORNAM MAIS 
PASSAR PARA OS ALUNOS  TEÓRICOS QUE PRÁTICOS. 
CONHECIMENTOS COM MAIOR 
FACILIDADE. 
10  SIM  NÃO  0  SEM  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 
RESPOSTA 

11  SIM PARA AS  SIM  1  SEM  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 


DISCIPLINAS  RESPOSTA 
PRÁTICAS. NÃO 
PARA AS 
DISCIPLINAS 
TEÓRICAS. 
12  SIM  SIM  25  SIM  PORQUE MINHAS MATÉRIAS SÃO, EM  SEM RESPOSTA  SEM RESPOSTA 
GERAL, PRÁTICAS. 

Na terceira fase do questionário, os sujeitos relataram como são suas aulas, há


quantos anos lecionam e ponderaram os pontos fortes e pontos fracos do ensino oferecido
por eles, relacionando o ensino e o mercado de trabalho.
O ensino e o mercado de trabalho na área de design
59

Gráfico 23 - Percentual de discentes que atuam como professor

O gráfico indica a fatia de discentes que já atuam como professores, correspondente


a 75% dos alunos que responderam ao questionário. Todos os sujeitos aqui tratados
consideram importante a experiência profissional para o exercício da docência, havendo
ressalvas apenas por parte da minoria que informou que avalia que a experiência como
designer é importante apenas para algumas disciplinas, como as de carater prático.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


60

Quadro 15 - Avaliação da aula dos mestrandos e doutorandos

DA GRADUAÇÃO 
QUANTOS ANOS 

PONTOS FORTES 
TRANSMITIRAM 
COMPETÊNCIAS 
AVALIAÇÃO DO 

EXIGIDAS PELO 

O QUE FALTOU 

GRADUAÇÃO? 
EXPERIÊNCIA? 
PROFESSORES 

MELHORAR A 
QUE CURSOU 
GRADUAÇÃO 

GRADUAÇÃO 
ATUA COMO 

APRENDER? 

FRACOS DA 
MERCADO 
CURSO DE 
DISCENTE 

PONTOS 

COMO 
SEUS 
1  6   REGULAR  CONHECIMENTO  ALGUNS,  EXEMPLOS PRÁTICOS  ENSINO GRATUITO DOCENTES NÃO PODEM SER NEM  DEIXAR QUE EMPRESAS 
TÉCNICO NA ÁREA,  ACREDITO  DO TRABALHO  MUITO ACADÊMICOS E NEM MUITO  PRIVADAS INVISTAM NAS 
TRABALHO EM  QUE 60%  VOLTADO AO MERCADO, POIS NEM  FACULDADES FORNECENDO 
EQUIPE,  DELES.  TODOS OS DICENTES PODEM SER  BOLSAS DE PESQUISA PARA 
COMPROMETIMENT ACADÊMICOS (FAZER MESTRADO),  OS ALUNOS. 
O, OUTRA LÍNGUA ‐  ASSIM COMO NEM TODOS OS 
INGLÊS OU  DICENTES CONSEGUEM IR PARA O 
ESPANHOL (VISTO  MERCADO APÓS CONCLUSÃO DE 
QUE O  CURSO. 
PROFISSIONAL 
DESSA ÁREA 
CONSEGUE 
ENCONTRAR MUITO 
MATERIAL EM 
OUTRAS LÍNGUAS) 
2  3  BOM  RAPIDEZ; O  SIM  FALTOU UM  CONHECIMENTO E  OS PRÓPRIOS ALUNOS DA MINHA  PRIMEIRAMENTE ADEQUAR 
MERCADO NÃO  APROFUNDAMENTO  COMPROMETIMENTO DOS  TURMA QUE POR MUITAS VEZES  O ENSINO A REALIDADE DO 
ESTIMULA A  MAIOR NA TEORIA E  PROFESSORES;  DESESTIMULARAM PROFESSORES DE  NOSSO MERCADO; APÓS 
ATIVIDADE DE UM  ATIVIDADES QUE  OUTRAS ÁREAS, COMO POR EXEMPLO,  ENVOLVER MAIS O ALUNO 
DESIGNER, POIS  DEIXASSEM O ALUNO  FILOSOFIA OU SOCIOLOGIA,  EM ATIVIDADES PRÁTICAS 
POR MUITAS VEZES  CIENTE DA REALIDADE  NEGANDO‐SE A APRENDER, O QUE  SEM DEIXAR DE LADO UMA 
LIMITA‐O;  DO MERCADO;  GEROU UM DÉFICIT NA BAGAGEM  TEORIA PESADA, CREIO QUE 
TEÓRICA DA TURMA EM GERAL.  SERIA DE MELHOR 
PROVEITO SE OS CURSOS DE 
DESIGN (TODAS AS 
VERTENTES) FOSSEM 
INTEGRAIS. 
3  1  REGULAR  EXPERIENCIA;  SIM  ATIVIDADES  PROFESSORES CAPACITADOS POUCA PRÁTICA  CRIAR UM NOVO CONCEITO 
CRIATIVIDADE  INDUSTRIAIS  DE ENSINO BASEADO NA 
SITUAÇÃO ATUAL DE 
MERCADO BRASILEIRO. 
4    ÓTIMO  0 SIM  0 0 0  0
5  7  REGULAR  CONHECIMENTOS  NÃO  NA GRADUAÇÃO  0 CURRICULOS E PROFESSORES  MELHORAR A DIDATICA E 
TÉCNICOS DA AREA,  EXPERIENCIA PRATICA  DESATUALIZADOS, FALTA DE  MAIS LABORATORIOS 
CRIATIVIDADE E  E NA POS ‐ DIDÁTICA  ESTRUTURA ADEQUADA 
HABILIDADE NAS  (LABORATORIOS) 
FERRAMENTAS DE 
TRABALHO 
(SOFTWARES, ETC.) 
6  8  RUIM  0 NÃO  NÃO HOUVE  TRADIÇÃO NO ENSINO,  REDUZIDO NÚMERO DE PROFESSORES  REFERINDO AOS CURSOS DE 
PREOCUPAÇÃO EM  MULTIDISCIPLINARIDADE  ESPECÍFICOS DA ÁREA (APENAS UM  GRADUAÇÃO EM DESIGN 
RELACIONAR  COM FORMAÇÃO DE DESIGN GRÁFICO)  EM GERAL, ENCONTRAR 
CONTEÚDOS A  MEIOS DE OFERECER A 
AUTAÇÃO NO  TEORIA E A PRÁTICA DO 
MERCADO  DESIGN COM IGUAL 
IMPORTÂNCIA NO 
DECORRER DAS 
DISCIPLINAS. 
7  5  BOM  INTERESSE PELO  SIM  ACHO QUE APRENDI O  INTERESSE DOS PROFESSORES  FALTA DE DOCENTES EFETIVOS, POR  FORMAÇÃO DOS 
TRABALHO,  QUE ERA SUFICIENTE  PELO CURSO.  CAUSA DISSO OCORRIA MUITA  DOCENTES, EXPERIÊNCIA 
DEDICAÇÃO,  PARA BUSCAR AS  MUDANÇA DE PROFESSOR.  EM DOCÊNCIA, 
ATUALIZAÇÃO  RESPOSTAS QUE  INVESTIMENTOS 
CONSTANTE, ENTRE  NECESSITAVA  GOVERNAMENTAIS NOS 
OUTROS.  SOZINHA.  CURSOS, UNIÃO DOS 
CURSOS POR MEIO DE 
DISCUSSÕES SOBRE O 
ENSINO DE DESIGN NO 
BRASIL. 
8  0  0  0 0  0 0 0  0
9  5  BOM  DINAMISMO,  SIM  FALTOU DURANTE A  A INSTITUIÇÃO É RESPONSÁVEL  BAIXA QUALIFICAÇÃO DE ALGUNS  TER PROFISSIONAIS 
CRIATIVIDADE,  GRADUAÇÃO PASSAR  E BUSCA O CRESCIMENTO.  PROFESSORES E POUCO INCENTIVO A  QUALIFICADOS E 
ORGANIZAÇÃO E  MAIS TEMPO FAZENDO  PESQUISA.  COMPETENTES EM TODAS 
SABER TRABALHAR  ESTÁGIO.  AS DISCIPLINAS, DAR 
EM GRUPO.  OPORTUNIDADE AO ALUNO 
DE SE APROXIMAR DO 
MERCADO PROFISSIONAL E 
INCENTIVAR A PESQUISA 
BEM COMO A 
PARTICIPAÇÃO EM 
EVENTOS CIENTÍFICOS DA 
ÁREA DO DESIGN. 

1 7  REGULAR  CRIATIVIDADE,  POUCOS  CONHECIEMNTOS    MAIS PARCERIAS COM 


0  INTERDISCIPLINARI MAIS ATUALIZADOS DE  EMPRESAS E NOS PTS 
DADE,  MATERIAIS,  ACIMA JÁ CITADOS 
CONHECIMENTO  PRODUÇÃO, 
ATUALIZADO,  SOFTWARE; NOÇÕES 
EMPREENDORISMO  DE ADMINISTRAÇÃO, 
EMPREENDORISMO, 
FORMAÇÃO DE PREÇO, 
ENTRE OUTROS. 
1 0  REGULAR  0 A  0 DIÁLOGO COM OS  ESTRUTURA FÍSICA (OFIINAS E  FALTA INVESTIMENTO EM 
1  MAIORIA  PROFESSORES; ESTRUTURA  LABORATÓRIOS); PROFESSORES COM  ESTRUTURA E AMPLIAÇÃO 
DOS  FÍSICA (SALAS DE AULA); AULAS  BAIXA TITULAÇÃO; EXCASSEZ DE  DO QUADRO DE 
PROFESSO EXTRA‐CLASSE E VISITAS;  PROFESSORES;  PROFESSORES. 
RES DE 
DISCIPLIN
AS 
PRÁTICAS 
SIM. 
1 15  BOM  0 0  0 0 0  0

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


61

Na quarta etapa do questionário, os discentes apontaram as competências exigidas


de um designer pelo mercado de trabalho, mostraram também a avaliação do ensino que
receberam na graduação, estabelecendo critérios de ótimo a ruim, apontando pontos fortes,
pontos fracos e sugestões de melhoria.

Gráfico 24 - Competências exigidas do Designer pelo mercado de trabalho

Doze entrevistados relataram treze competências que são exigidas do Designer pelo
mercado de trabalho. A competência criatividade foi a mais citada, sendo apresentada por
quatro discentes. As competências “atualização constante”, “comprometimento”,
“conhecimento técnico” e “trabalho em equipe” foram mencionadas por dois entrevistados
cada. “Dinamismo”, “empreendedorismo”, “experiência”, “interdisciplinaridade”,
“organização”, “conhecimento de outra língua”, “rapidez” e “conhecimento em softwares”
foram citadas uma vez, por um dos entrevistados.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


62

Gráfico 25 - Avaliação do curso de graduação realizado pelos discentes

Os alunos da pós-graduação em Design avaliaram o curso de graduação que


frequentaram, sendo que 46% dos entrevistados classificaram como “regular”; 36%
considerou “bom”; avaliaram como “ótimo” o curso 9% das pessoas; 9% informou que o
curso foi “ruim”.

Gráfico 26 - O que faltou aprender na graduação

Sem nenhuma resposta preestabelecida, a “realidade do mercado, experiência


prática, estágio” foi o item mais citado ao serem indagados sobre o que faltou aprender na
graduação, sendo lembrado por metade dos entrevistados; outros aspectos mencionados
foram: conhecimentos mais atualizados, software, noções de administração,
empreendedorismo e formação de preço.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


63

Quadro 16 - Meios pelos quais os discentes se atualizam


DISCENTE  SITES REVISTAS  CURSOS OUTROS. QUAIS? 

1  X    X

2  X  X  X LIVROS

3  X    X

4  X  X  X

5  X  X 

6  X  X  X

7  X  X  X

8     

9  X  X  X PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS E CONTATO COM OUTROS PROFISSIONAIS.

10  X  X  X TROCA DE EXPERIÊNCIAS COM PROFISSIONAIS 

11  X   

12  X  X  X

Gráfico 27 - Meios utilizados para atualização profissional

Dentre os meios utilizados pelos discentes para atualização profissional, os sites


foram os mais citados, com onze indicações; as revistas e cursos foram apresentados por
oito pessoas; livros, participação em eventos e contato com outros profissionais
compuseram o item “outros” com quatro ocorrências.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


64

5.5.3 Professores de Design

Através dos sites das Instituições de ensino, foi possível obter o número de docentes
de cada uma delas. Este total é constituido por 33 professores, sendo 13 da Instituição A,
lotados no Departamento de Design e 20 da Instituição B.
Foram obtidas respostas através de questionários encaminhados por 8 docentes, o
que corresponde a 24% de índice de participação.

Quadro 17 - Registro do número de professores e percentual de colaboração com a pesquisa


Instituição nº de professores nº de respostas % de respostas

Instituição A 13 3 23%
Instituição B 20 5 25%
Total 33 8 24%

A Instituição B contou com maior número de colaboradores para a pesquisa, com


25% de seu corpo docente; a Instituição A enviou 3 questionários com respostas e
apresentou referência de participação de 23%.

Gráfico 28 - Quantidade de professores e quantidade de respostas

Com a aplicação dos números em gráfico, o baixo índice de respostas fica


evidenciado.
As primeiras questões do questionário possuiam a intenção de mapear o perfil dos
professores, sua formação e experiência tanto acadêmica quanto profissional.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


65

Quadro 18 - Perfil dos Professores e experiência acadêmica e profissional


PROFESSOR ‐  IDADE  GÊNER FORMAÇÃO  ATUAÇÃO  ATUAÇÃO  PRODUÇÕES TÉCNICAS 
INSTITUIÇÃO  O  ACADÊMICA  PROFISSIONAL 
‐ EM ANOS  ‐ EM ANOS 

1  A  53  M  DESIGN  30  15  VÁRIOS PROJETOS DE PRODUTOS PARA INDÚSTRIA REGIONAL, DESDE EMBALAGENS, 


EQUIPAMENTOS MECÂNICOS E EQUIPAMENTOS MÉDICO ODONTOLÓGICOS. 

2  A  46  M  DESIGN  21  25  PUMPLON WHEEL, 2006; AGRIVEHICLE: DESIGN DE UM VEÍCULO PARA O 


TRANSPORTE DE TRABALHADORES RURAIS, 2008; PULVERIZADOS COSTAL S10 
BRUDDEN, 1997; BOMBA DE ALTA PRESSÃO LAVAJACTO 6500 JACTO, 1996; 
MINIATURA DA COLHEITADEIRA DE CAFÉ K3 JACTO, 1998; EXTRATOR DE SUCO 
INDUSTRIAL FMC, 1998; CONJUNTO DE MESA E CADEIRA PARA ESTUDANTES, 2000; 
CADEIRA DOBRÁVEL, 2003 

3  A  37  M  DESIGN  5  13  SOFTWARES SEM REGISTRO DE PATENTE E  PROJETOS GRÁFICOS E LIVROS 


DIAGRAMADOS: 

4  B  37  M  DESIGN  7  4  PRODUÇÕES VOLTADAS A ERGONOMIA (FATORES AMBIENTAIS) E FOTOGRAFIA 

5  B  45  M  ARQUITETURA,  8  0  ‐ 
DESIGN 
6  B  44  F  DOUTORADO  8  5  ESTILISTA/MODELISTA 
INCOMPLETO 
7  B  37  M  DESENHO  12  5  LIVRO: "FORMA: UMA EXPERIÊNCIA TRIDIMENSIONAL", ARTIGOS CIENTÍFICOS NAS 
INDUSTRIAL ‐  ÁREAS GRÁFICAS, ERGONOMIA, CALÇADOS; 
PROJETO DO 
PRODUTO 
8  B  31  M  DESENHO  6  10  PARTICIPAÇÃO EM DIVERSOS PROJETOS DE UD NA EMPRESA PLASÚTIL‐SP; 
INDUSTRIAL –  CONSULTORIA EM DESIGN APLICADO AO EAD PARA IES (INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO 
HABILITAÇÃO EM  SUPERIOR) DO ESTADO DE SÃO PAULO; 
PROJETO DO  ATUAÇÃO EM DIVERSOS CONCEPT CARS E PROJETOS DE LINHA NA GENERAL 
PRODUTO  MOTORS DO BRASIL – SCSUL‐SP; 
CRIAÇÃO DE MAIS DE 15 APOSTILAS DIDÁTICO‐PEDAGÓGICAS PARA ADOÇÃO EM 
DISCIPLINAS DE ÁREAS COMO DESIGN, MARKETING, MERCHANDISING, 
ADMINISTRAÇÃO E OUTROS; 
CONSULTORIA PARA EMPRESAS DE BAURU E REGIÃO EM GESTÃO DE PROCESSOS DE 
DESIGN. 

Os professores acessados informaram a Instituição em que trabalham, idade,


gênero, formação, tempo de atuação acadêmica, quantidade em anos em que atua
profissionalmente como design e suas produções técnicas.

Gráfico 29 - Resultados em anos da atuação Acadêmica e Profissional

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


66

No gráfico de linhas, estão representadas as duas formas de atuação dos


professores: a acadêmica e a profissional. O professor mais experiente em anos possui 30
anos como docente e o menos experiente possui 5 anos. Em relação à experiência em anos
relativa a atividades como designer, o professor 2 possui mais tempo trabalhado como
designer - 25 anos, podemos encontrar professores com nenhuma atuação profissional.

Gráfico 30 - Média em anos de atuação na área de Design

Entre os professores de Design, a experiência que predomina é a de docência, com


média em anos de 12,1 e 9,6 anos para atuação como profissional de design.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


67

Quadro 19 - Experiência profissional


PROFESSOR - DISCIPLINAS NECESSÁR POR QUÊ? COMO OCORRE APROXIMAÇÃO COM O MERCADO DE
INSTITUIÇÃO LECIONADAS IO TRABALHO?
EXPERIÊN
CIA
PROFISSIO
NAL
01 A MODELAGEM , SIM TEORIA SEM PRÁTICA NÃO SE NÃO SEI !!! MINHAS DISCIPLINAS ESTÃO NO INÍCIO DO CURSO.
METODOLOGIA DO COMPLEMENTA NAS MINHAS DISCIPLINAS O QUE FAÇO É SEMPRE SUGERIR O
PROJETO, MODELOS DESENVOLVIMENTO DAS TAREFAS OBSERVANDO ALGUM
E PROTÓTIPOS. VÍNCULO COM O CONHECIMENTO E NÃO NECESSARIAMENTE
COM O MERCADO.

02 A MODELAGEM; SIM QUALQUER DISCIPLINA, EM QUALQUER ÁREA COMO MINISTRO DISCIPLINAS TEÓRICO PRÁTICAS, EXISTE UM
OFICINA DE DO CONHECIMENTO, TÊM UM SIGNIFICADO CONTATO COM A INDÚSTRIA, POR MEIO DE VISITAS, ESTÁGIOS,
MATERIAIS DIFERENTE, MAIS CONVERGENTE E MAIS INTERCÂMBIOS E CONCURSOS.
PLÁSTICOS; AFINADO COM O SEU CONTEÚDO, SE FOR
METODOLOGIA DO MINISTRADA POR UM DESIGNER, MUITO
PROJETO EMBORA ELAS, EVENTUALMENTE, PODERIAM
SER MINISTRADAS POR ESPECIALISTAS NAS
RESPECTIVAS ÁREAS.

03 A DISCIPLINAS DE SIM EXERCER A TEORIA E PRÁTICA EM UMA A PRIMEIRA APROXIMAÇÃO É COM RELAÇÃO A TECNOLOGIA
PROJETO PARA EMPRESA PERMITE QUE O PROFESSOR UTILIZADA NO MERCADO E ISSO INFLUI DIRETAMENTE NA
DESIGN GRÁFICO, TENHA UMA VISÃO MAIS CRÍTICA E MANEIRA COMO O PROFISSIONAL DEVE PENSAR E
PRODUÇÃO COERENTE COM A REALIDADE E OS DESENVOLVER O PROJETO. OUTRA É BUSCAR UMA
GRÁFICA E PROBLEMAS QUE OS ALUNOS VIVENCIARÃO ABORDAGEM MAIS PRÁTICA BUSCANDO SIMULAR PROBLEMAS
TIPOGRAFIA NO SEU COTIDIANO PROFISSIONAL. ALÉM COTIDIANOS DO PROFISSIONAL DE DESIGN, MAS SEM PERDER
DISSO, TAMBÉM ACREDITO QUE FOMENTE A O FOCO NA VISÃO CRITICA QUESTIONADO TEORIA E PRÁTICA
ELABORAÇÃO DE PROJETOS COM NO DIA-A-DIA PROFISSIONAL. E TAMBÉM TEM A
APLICAÇÃO PRÁTICA QUE CONTRIBUAM DE APRESENTAÇÃO DE SITUAÇÕES VIVENCIADAS NA SOLUÇÃO DE
FORMA MAIS EFICIENTE PARA O UM PROBLEMA, BEM COMO SUAS CONSEQÜÊNCIAS E OS
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL OBJETIVOS ALCANÇADOS NO MUNDO REAL.
DO PAÍS.
04 B ECODESIGN, SIM RETRATAR A REALIDADE, DIA A DIA DO UMA DAS FORMAS QUE SEMPRE USO É A VISITA TÉCNICA A
TÉCNICAS DE TRABALHO. NO CASO DE TCC É NECESSÁRIO EMPRESAS E VISITA DE PROFISSIONAIS A SALA DE AULA
CRIATIVIDADE, EXPERIÊNCIA ACADÊMICA
ERGONOMIA, TCC E
FOTOGRAFIA
05 B PROJETO SIM TODA DISCIPLINA RELACIONADA A CRIAÇÃO, PROJETO HIPERMÍDIA: A TECNOLOGIA DA INTERNET,
HIPERMÍDIA, ARTE E DESIGN NECESSITAM DE APOIANDO E INSERINDO PRODUTOS E ASSUNTOS NUMA
DESENHO TÉCNICO, CONSTANTES EVOLUÇÃO, SEJA FORMA DE COMUNICAÇÃO ATUAL EM EM EXPANSÃO. DESENHO
COMPUTAÇÃO TECNOLÓGICO OU CULTURAL. TÉCNICO: CONHECIMENTO TEÓRICO E PRATICO DE CRIAÇÃO E
GRÁFICA, DESIGN, CONFECÇÃO DE PRODUTOS PARA DESIGN. DESIGN
INTERIORES, INTERIORES: ADEQUAÇÃO DO SER HUMANO AOS ESPAÇOS
ERGONOMIA FISICOS, E A SEU BEM ESTAR DENTRO DE UM CONTEXTO
REAL. ERGONOMIA: ADEQUAÇÃO DO HOMEM AS
CARACTERÍSTICAS FUNCIONAIS E DE BEM ESTAR LIGADAS AS
ATIVIDADES EM QUESTÃO.

06 B ESTÉTICA E ALGUMAS AS DISCIPLINAS ESTÉTICA E HISTÓRIA DA CONHECIMENTO GERA REPERTÓRIO QUE GERA IDÉIAS QUE
HISTÓRIA DA ARTE, SIM, ARTE E HISTÓRIA DO DESIGN NÃO FACILITA A CRIAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE NOVOS
HISTÓRIA DO OUTRAS NECESSITAM NECESSARIAMENTE DA PRODUTOS E MELHORES DESIGNERS
DESIGN, NÃO PRÁTICA
ELEMENTOS DA
LINGUAGEM VISUAL,
DESIGN DE MODA,
TÉCNICAS DE
PINTURA APLICADAS
AO DESIGN,
LABORATÓRIO DE
PAPEL E FIBRAS,
PROCESSOS DE
CRIAÇÃO, ESTÁGIO I
E II
07 B ATUALMENTE: SIM PORQUE QUANDO SE ESTÁ NA ÁREA, VC TEM POR MEIO DA NECESSIDADE INTRINSICA DO ESTÁGIO, E DAS
PROJETO DE A VISÃO MELHOR PARA PASSAR AOS APLICAÇÕES DO PROJETO QUE OS ALUNOS REALIZAM NA
CONCLUSÃO DE ALUNOS O QUE REALMENTE ACONTECE NAS EXECUÇÃO DO PROJETO.
CURSO, EMPRESAS
FOTOGRAFIA,
METOTODOLOGIA
DO PROJETO E
PROJETO DO
PRODUTO, MAS JÁ
LECIONEI TAMBÉM,
ERGONOMIA,
ANÁLISE DO
OBJETO, DESENHO
ARTÍSTICO,
DESENHO TÉCNICO,
GEOMETRIA.
08 B PROJETO DE SIM ACREDITO SEMPRE NUM CRITÉRIO DE OCORRE A APROXIMAÇÃO COM ATUALIZAÇÃO CONSTANTE DE
PRODUTO, ADERÊNCIA DOCENTE QUE VALORIZE A CONTEÚDOS ATUAIS E PERSPECTIVAS FUTURAS DE
MODELAGEM ESPECIALIDADE, AINDA QUE NÃO AMPARADA DEMANDAS DE MERCADO E EM ALGUMAS DISCIPLINAS, HÁ
VIRTUAL, GESTÃO EM TITULAÇÃO. A PRÁTICA NA DOCÊNCIA ME TANTO A ACOLHIDA DE PROFISSIONAIS INTERNAMENTE À
DO DESIGN, DESIGN FEZ OBSERVAR QUE A FALTA DE LASTRO INSTITUIÇÃO QUANTO PROJETOS ACADÊMICOS QUE NA LINHA
E MARKETING ENTRE TEORIA E PRÁTICA GERA VÁCUOS E DE DESPERTAR AUTONOMIA DO FORMANDO, INCENTIVA A
(ATUALMENTE). MAS VISÕES MUITO PORMENORIZADAS DAS APROXIMAÇÃO AUTÔNOMA COM INSTITUIÇÕES DE MERCADO E
JÁ LECIONEI REALIDADES, NÃO VIABILIZANDO A FILANTRÓPICAS PARA VERIFICAR POSSIBILIDADES DE
TAMBÉM AS APLICAÇÃO DA TEORIA NA REALIDADE DOS INTERVENÇÃO AO DESIGNER. PARA REFORÇAR A EXTENSÃO
SEGUINTES FORMANDOS. NO ENTANTO NA PRESENÇA DAS PRÁTICAS DA FACULDADE PRETENDO AUXILIAR A
DISCIPLINAS: DE DOCENTES COM ADERÊNCIA TANTO FORMAÇÃO E MANUTENÇÃO DE GRUPOS DE ESTUDO E
OFICINA DE PRÁTICA QUANTO COM TITULAÇÃO, PRÁTICA DE DESIGN EM ÁREAS ONDE MEUS CONHECIMENTOS
MATERIAIS ACREDITO SER ESTA A SITUAÇÃO IDEAL. POSSAM SER ÚTEIS. NO ENTANTO CONSIDERO QUE ESTA
PLÁSTICOS, INTERAÇÃO ORGANIZAÇÕES/ACADEMIA PRECISA SE
PROJETO DE INTENSIFICAR MUITO MAIS DO QUE ENCONTRA-SE
PRODUTO VI (AMBAS ATUALMENTE. CLASSIFICANDO EM UMA RÉGUA DE 0 A 100%, A
NA UNESP COMO INTERAÇÃO COM A INSTITUIÇÃO E ORGANIZAÇÕES
PROFESSOR ATUALMENTE ESTARIA EM APENAS 30% DO POTENCIAL QUE
CONFERENCISTA) E VISLUMBRO.
TÉCNICAS DE
CRIATIVIDADE.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


68

Na questão em que perguntava se há necessidade de experiência prática como


profissional de designer para as disciplinas que o docente leciona, foi obtido o seguinte
percentual:

Gráfico 31 - Necessidade de experiência prática para as aulas de Design

Para a maior parte, 87% dos sujeitos, a experiência prática como designer é
importante para o exercício da docência; 13% diz que sim e não, pois há disciplinas em que
há a necessidade, porém, outras não.
Por meio das respostas, apenas o professor 1 da instituição A não apresenta clara
preocupação em alinhar conteúdo de suas disciplinas a necessidades do mercado de
trabalho, argumentando que desenvolve atividades com vínculos em conhecimento e não
necessariamente no mercado. Os demais sete professores descreveram suas
preocupações, ações e como ocorre tal aproximação.
Os professores relataram, no quadro seguinte, os pontos fortes e pontos fracos
existentes na relação instituição e mercado de trabalho, sugerindo também melhorias para
esse processo.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


69

Quadro 20 - Pontos Fortes e Pontos Fracos


PROFESSOR ‐  PONTO FORTE PONTO FRACO COMO MELHORAR
INSTITUIÇÃO 

1  A  A PLURALIDADE DA FORMAÇÃO DOS DOCENTES.  ME  PARECE NÃO EXISTIR UMA AVALIAÇÃO MAIS RIGOROSA  PERGUNTA MUITO AMPLA, DEVERIA VC ENCAMINHAR SUAS HIPÓTESES. 


QUANTO A QUALIDADE DA PRODUÇÃO DOS NOSSO ALUNOS.  SE FOSSE TÃO SIMPLES RESPONDER ESTA QUESTÃO AS COISAS 
ESTARIAM MELHORES HA MUITO TEMPO. TALVEZ EQUILIBRAR A 
EQUAÇÃO ENTRE ENSINO CRIATIVO E EXEQÜIBILIDADE TÉCNICA DAS 
IDÉIAS DESENVOLVIDAS NO ENSINO. 
2  A  O CURRÍCULO DO CURSO DE DESIGN, POR CONTEMPLAR UM  CONQUISTAR UM CENÁRIO NO QUAL OS PLANOS DE AULA DOS 
CONTEÚDO EQUILIBRADO ENTRE DISCIPLINAS DE EXATAS E  DOCENTES CORRESPONDAM AO QUE DETERMINAM OS PLANOS DE 
HUMANAS, ALÉM DE UM EQUILÍBRIO ENTRE O NÚMERO DE  ENSINO DAS DISCIPLINAS, QUE POR SUA VEZ, CORRESPONDAM AO QUE 
DISCIPLINAS PRÁTICAS E TEÓRICAS, RESULTA NUM  DETERMINA O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO DO CURSO, QUE É O 
EQUILÍBRIO ENTRE O FAZER O PENSAR, NÃO FACILMENTE  DOCUMENTO FORMAL E REFERENCIAL MAIOR QUANTO A ADEQUADA 
ATINGIDO. A PROVA NOTÓRIA DISSO É O FATO DE OS  FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DA ÁREA. OU SEJA, UM CENÁRIO NO 
ALUNOS EGRESSOS NÃO APENAS OCUPAREM CARGOS  QUAL EXISTA UMA CORRESPONDÊNCIA ENTRE AQUILO QUE ESTÁ NO 
TÉCNICOS NO MERCADO, MAS TAMBÉM DE COMANDO.  PAPEL, E AQUILO QUE É PRATICADO, DE FATO. 
3  A  A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL DOS PROFESSORES E A  A FALTA PROFESSORES EFETIVOS E LABORATÓRIOS DIDÁTICOS  ACREDITO QUE FALTE UM PLANO CENTRAL ELABORADO E PRATICADO 
LIBERDADE PROJETUAL OFERTADA AOS ALUNOS.  ADEQUADOS, A FALTA DE INTEGRAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS  PELOS DOCENTES, COM FOCO NA UNIDADE PRÁTICA E IDEOLÓGICA DA 
PARA O DESENVOLVIMENTO E APRIMORAMENTO DOS CURSOS E A  ATIVIDADE PROFISSIONAL DO DESIGNER. 
AUSÊNCIA DE UM TRABALHO EFETIVO EM PROL DA COMUNIDADE, 
VALORIZANDO A FUNÇÃO SOCIAL DO DESIGNER. 

4  B  VONTADE, DISCIPLINA, ATUAÇÃO, CONTANDO COM A  CURSO NOVO (RELATIVAMENTE) AINDA NECESSITA DE MELHORES  CONTINUAR O TRABALHO ÁRDUO COM ATENÇÃO AO CONHECIMENTO 


MANTENEDORA SÉRIA DA NOSSA ESCOLA  LABORATÓRIOS E OFICINAS  DIFUSO DOS PROFESSORES, ALUNOS E APLICAÇÃO 

5  B  CONHECIMENTO DAS CARACTERÍSTICAS ESTÉTICAS E  CONHECIMENTO PRÁTICO JUNTO A PROFISIONAIS, OBJETIVANDO  PARA MELHORAR É NECESSÁRIO ACOMPANHAR OS OBJETIVOS DO 


FUNCIONAIS DO DESING FRENTE AS EMPRESAS E  AS CARACTERÍSTICAS DE MERCADO.  MUNDO MODERNO E AS NECESSIDADES DOS USUÁRIOS E DAS 
PRINCIPALMENTE AO BEM ESTAR DO SER HUMANO.  EMPRESAS DE DESIGN. 
6  B  SÃO OS PROFESSORES, QUE ACREDITAM NAQUILO QUE  É A INFRA‐ESTRUTURA QUE, AINDA, NÃO ESTÁ DEVIDAMENTE  É PRECISO QUE OS MANTENEDORES DIRECIONEM SEU OLHAR PARA O 
FAZEM (QUASE TODOS EM NOSSO GRUPO)  ADEQUADA A UM CURSO DE EXCELÊNCIA EM DESIGN.  CURSO DE DESIGN QUE, ATÉ O MOMENTO, É O CURSO DA INSTITUIÇÃO 
QUE MAIS ALUNOS VEM CONQUISTANDO A CADA VESTIBULAR, 
LEVANDO‐SE EM CONTA QUE NOSSA PROPAGANDA É FEITA, 
PRINCIPALMENTE, PELO DESENVOLVIMENTO DA NOSSA SEMANA DE 
DESIGN (DIVERSO DESIGN) QUE ACONTECE TODOS OS ANOS, COM 
PALESTRAS, OFICINAS E EXPOSIÇÕES DOS MELHORES TRABALHOS DOS 
ALUNOS DO CURSO (E É REALIZADA PELOS PRÓPRIOS ALUNOS),E PELO 
BOCA‐A‐BOA. 
7  B    MUITAS VEZES O ENSINO ESTÁ LONGE DO QUE ACONTECE NO  DAR UMA FORMAÇÃO MAIS PRÓXIMA DO MERCADO AOS ALUNOS, 
MERCADO DE TRABALHO, E ALGUMAS DISCIPLINAS FICAM PRESAS  FAZENDO COM QUE ELES POSAM PARTICIPAR DAS EMPRESAS, EM 
NOS LIVROS, O QUE ESTÁ AS VEZES MUITO AQUEM DO QUE OS  SITUAÇÕES DE ESTÁGIO E TAMBÉM DE APLICAÇÃO DOS PROJETOS, EM 
ALUNOS PRECISAM APRENDER, POIS AS VEZES, O LIVRO FOI  FASE DE EXPERIMENTAÇÃO, SEMPRE COM UM AVAL TAMBÉM DE UM 
EDITADO A MAIS DE 10 ANOS, E ENTÃO, TOTALMENTE FORA DA  PROFISIONAL DA ÁREA DO PROJETO. 
REALIDADE. SE BEM QUE MUITOS LIVROS SÃO ATEMPORAIS, 
ATUALÍSSIMOS. 
8  B  AMPLITUDE DE DISCIPLINAS FORNECE CONHECIMENTOS  A AMPLITUDE DE DISCIPLINAS QUE TAMBÉM É UM PONTO POSITIVO,  DETERMINAÇÃO DO MEC PARA QUE AS IES CONTRATEM PROFESSORES 
MÍNIMOS EM DIVERSAS ÁREAS FORMANDO UM  TEM UM REVÉS AO PASSO QUE IMPLICA EM REDUÇÃO DE CARGA  SOMENTE COM MÚLTIPLOS DE 20 HORAS AULAS, PARA QUE SEJA 
PROFISSIONAL BEM FLEXÍVEL EM TERMOS DE ATUAÇÕES NO  HORÁRIA EM DISCIPLINAS MAIS BÁSICAS, O QUE FREQUENTEMENTE  POSSÍVEL AO MESMO SER UM PROFISSIONAL DEDICADO À EDUCAÇÃO E 
MERCADO DE TRABALHO;  RESULTA EM UM PROFISSIONAL FORMADO QUE AINDA PRECISA DE  PESQUISA E ÀS DEMANDAS DECORRENTES DO MAGISTÉRIO; 
COMPLEMENTAR SUAS EXPERIMENTAÇÕES EM TAIS ITENS PARA UM 
‐ UM DOS PONTOS QUE CONSIDERO POSITIVO É PERCEBER  ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE CRÉDITO DO PBD (PROGRAMA BRASILEIRO DO 
DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL EXCELENTE; 
QUE MESMO DISCENTES QUE ENTRAM SEM HABILIDADES  ‐ APESAR DESTE CARÁTER DO EFEITO DE CURSO QUE OCORRE EM 
DESIGN) PARA IES INVESTIREM EM LABORATÓRIOS DE DESIGN E P&D 
REPRESENTATIVAS (POIS NÃO HÁ TESTE NO VESTIBULAR  TERMOS DE REPRESENTAÇÃO PROJETUAL COM OS DISCENTES, TAL AÇÃO  NESTA ÁREA A FUNDO PERDIDO, OU LINHAS DE AVESSO FACILITADAS A 
PARA FILTRAR NESTE SENTIDO), TERMINAM O CURSO COM  IMPLICA EM EXCESSO DE DISCIPLINAS ONDE O FOCO SE TORNA ENSINO  CRÉDITOS DO BNDES; 
NO MÍNIMO UMA FORMA DE REPRESENTAÇÃO QUE LHE  DE SOFTWARES OU TÉCNICAS DE DESENHO/MODELAGEM, INFLANDO A  ‐ MAIOR RIGIDEZ DO INEP EM DUAS VERIFICAÇÕES NAS AVALIAÇÕES 
PERMITA POSICIONAR‐SE NO MERCADO DE TRABALHO DA  GRADE CURRICULAR DO CURSO PARA PROVER ESTE BENEFÍCIO.  EXTERNAS PARA VERIFICAÇÕES DOS CURSOS PARA QUE OS PONTOS 
ÁREA;  ‐ FALTA DE MATERIAL APOSTILADO AO MESMO TEMPO QUE PERMITE  FALHOS SEJAM COBRADOS POR INSTÂNCIA SUPERIOR ÀS 
‐ O PERFIL DE ENTRADA DE DISCENTES INGRESSANTES NO  ESSA FLEXIBILIDADE, EXIGE ENORME TEMPO DOS DOCENTES, SOBRETUDO  MANTENEDORAS, VISTO QUE O ENSINO SUPERIOR NO BRASIL É 
CURSO TEM SE ALTERADO, PORÉM AINDA ESTÁ EM CLASSE  DOS INICIANTES EM UMA DISCIPLINA (POR MOTIVOS DE ELABORAÇÃO DE  CONCESSÃO DO ESTADO; 
MÉDIA E MÉDIA‐BAIXA. TEMOS DIVERSOS DISCENTES QUE  MATERIAL DE USO DO REFERIDO DOCENTE) E DIFICULTA DE FORMA  ‐ REGULAMENTAÇÃO DA PROFISSÃO DEVERÁ AJUDAR NA VALORIZAÇÃO 
SIGNIFICATIVA A PRODUÇÃO CIENTÍFICA DOS DOCENTES QUE SE 
ATUAM EM LINHA DE PRODUÇÃO OU OUTROS EMPREGOS  DO PROFISSIONAL ABRINDO MAIORES POSSIBILIDADES DE 
ENQUADRAM NESTES CASOS. TAMBÉM OCASIONALMENTE RESULTA EM 
TIPICAMENTE OPERACIONAIS DE BAIXA REMUNERAÇÃO.  COMPARAÇÕES QUANDO HÁ SUBSTITUIÇÃO DE DOCENTES EM 
ENQUADRAMENTOS TRIBUTÁRIOS PARA EMPREENDEDORES NESTA 
NESTE SENTIDO A FORMAÇÃO GERALMENTE AUXILIA OS  DISCIPLINAS SEQÜENCIAIS (EX: PROGRAMAÇÃO VISUAL 1 E 2) OU MESMO  ÁREA E QUEBRANDO UM DOS RECEIOS DE DIVERSOS PROFISSIONAIS 
FORMADOS A SE REPOSICIONAREM NO MERCADO DE  ENTRE DISCIPLINAS DISTINTAS, POIS É DIFÍCIL AO DISCENTE DE  QUE INICIAM A CARREIRA ATUALMENTE; 
TRABALHO, TENDO MAIORES CHANCES DE ASCENÇÃO  INSTITUIÇÕES PARTICULARES ENTENDEREM QUE CADA DOCENTE TEM  ‐ READEQUAÇÃO DA GRADE CURRICULAR E DAS DCNS (DIRETRIZES 
PROFISSIONAL VERTICAL NAS ORGANIZAÇÕES ONDE ATUAM;  GERALMENTE OUTROS COMPROMISSOS ALÉM DA DOCÊNCIA, PARA SE  CURRICULARES NACIONAIS) PARA O CURSO EM QUESTÃO; 
‐ OUTRA CARACTERÍSTICA SIGNIFICATIVA, TAMBÉM GERADA  MANTER;  ‐ CRIAÇÃO DE LINHAS DE APOIO À OBTENÇÃO DE TITULAÇÕES 
PELO PERFIL DE ENTRADA, É QUE SENDO  ‐ FALTA DE CRITÉRIOS DE ATRIBUIÇÃO E ADERÊNCIA CLAROS RESULTAM  (MESTRADO, DOUTORADO E PÓS‐DOC); 
APROXIMADAMENTE 30% DOS DISCENTES DAS CIDADES DA  FREQUENTEMENTE EM “MAL‐ESTAR” ENTRE PARTE DO CORPO DOCENTE 
REGIÃO E O RESTANTE DE BAURU, É COMUM QUE OS  E COORDENAÇÃO; 
‐ O FATO DA EMPRESA TER CARACTERÍSTICAS DE UMA EMPRESA 
FORMANDOS POR TEREM FAMILIARES, AMIGOS E TAMBÉM 
FAMILIAR, RESULTA EM UMA DAS PREOCUPAÇÕES APONTADAS PELA UNE 
RESIDÊNCIA NESTA ÁREA, RARAMENTE DEIXAM A REGIÃO  (UNIÃO NACIONAL DOS ESTUDANTES) NAS FACULDADES PARTICULARES: 
PARA TRABALHAR, SUPRINDO ASSIM UMA DEMANDA  ESVAZIAMENTO DOS PODERES DAS INSTÂNCIAS ADMINISTRATIVAS 
REGIONAL DE DESIGN, VISTO QUE FACULDADES A, A MAIOR  (DIREÇÃO/COORDENAÇÃO) E INGERÊNCIA DA MANTENEDORA; 
PARTE DOS FORMANDOS É EXPORTADA PARA OUTRAS  ‐ FALTA DE POLÍTICAS CLARAS E SISTEMÁTICAS QUE CONDUZAM AO 
REGIÕES DO PAÍS, SEJA PARA A CIDADE NATAL DOS MESMOS  CUMPRIMENTO NA INTEGRA DAS PROPOSTAS DE PDI E PPI (PLANO DE 
OU OUTRAS DIVERSAS DA DE BAURU;  DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL) E (PROJETO PEDAGÓGICO 
‐ A FALTA DE MATERIAL APOSTILADO DÁ AO DOCENTE UMA  INSTITUCIONAL) E TAMBÉM DE DEMANDAS RECENTES QUE DEVERIAM 
LIBERDADE E FLEXIBILIDADE NA INSERÇÃO DE CONTEÚDOS,  SER ADICIONADAS ÀS PRIORIDADES INICIALMENTE PROPOSTAS AO 
PERMITINDO RÁPIDA ADAPTAÇÃO DURANTE UM MESMO  MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO (CNE); 
‐ A BAIXA REMUNERAÇÃO COMPARATIVAMENTE COM A PROVIDA PELO 
SEMESTRE LETIVO DE MODO A FLEXIBILIZAR METODOLOGIAS 
ESTADO NO ENSINO SUPERIOR, IMPLICA A ESTE DOCENTE COM 
E PRÁTICAS ÀS CARACTERÍSTICAS DE UMA TURMA,  FREQÜÊNCIA COMPLEMENTO DE RENDA FAZENDO COM QUE TENHA 
PODENDO GERAR MELHOR CHANCES DE APRENDIZAGEM;  DIFICULDADES EM ATUALIZAR MATERIAL DIDÁTICO, PRODUZIR 
‐ CORPO DOCENTE É MUITO PRÓ‐ATIVO E ENGAJADO;  PESQUISAS E PUBLICAR OS RESULTADOS DE TAIS ESTUDOS, ALÉM DE POR 
‐ MUITOS DOS DISCENTES QUE INGRESSAM NA INSTITUIÇÃO  VEZES GERAR UM CONCORRÊNCIA ENTRE MERCADO E IES, ONDE QUASE 
TRABALHAM (CERCA DE 80%) DE MODO QUE ELES MESMOS  SEMPRE O MERCADO PROVÊ UMA REMUNERAÇÃO MAIS ATRATIVA, 
OU COM COMPLEMENTAÇÃO DE AJUDA DE FAMILIARES OU  DIFICULTANDO EM SUMA, A VIVÊNCIA DESTE DOCENTE COMO 
EMPRESA ARCAM COM AS CUSTAS DO CURSO, DE MODO  PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO: 
QUE APRESENTAM GRANDE INTERESSE E COBRAM QUANDO  ‐ O FATO DA FACULDADE SER RECENTE AI TEM CERTOS REFLEXOS NA 
SENTEM QUE HÁ DE ALGUMA FORMA ALGO QUE IMPACTE  CULTURA DE DESIGN VIGENTE NO CURSO E NA IES, DE MODO QUE 
SOMENTE NESTES ÚLTIMOS ANOS QUE ESTAMOS PERCEBENDO O INÍCIO 
NEGATIVAMENTE A QUALIDADE DE UMA DISCIPLINA POR 
DE UMA CULTURA DE DESIGN MAIS DINÂMICA E CONSISTENTE; 
EXEMPLO.  ‐ POUCA VARIEDADE E QUANTIDADE DE TÍTULOS NA BIBLIOTECA. 

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


70

6 Discussão
A busca por informações sobre a Instituição e Mercado de trabalho gerou muitos
dados importantes para análise e permitiu que fossem revelados diversos aspectos dessa
relação.
No que diz respeito à análise dos dados obtidos através dos alunos dos cursos de
Design, podemos notar que, conforme suas avaliações, o ensino é considerado bom,
levando-se em conta o preparo que oferecem para atuação no mercado de trabalho.

Gráfico 32 - Comparativo na avaliação do curso realizada pelos alunos

Através do gráfico, podemos perceber que o curso da Instituição B atingiu mais


indicações positivas de qualidade como “ótimo” e “bom”, mas, no geral para ambas as
instituições de ensino, prevaleceram conceitos que mostram satisfação a respeito do ensino
recebido.
Já para os mestrandos e doutorandos que avaliaram o ensino que receberam,
atribuíram menor valor, tendo a maior parte deles avaliado como “regular” a graduação que
cursaram. Uma possibilidade é que isso seja um reflexo da visão crítica adquirida durante os
cursos de pós-graduação, adotando uma postura mais criteriosa.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


71

Gráfico 33 - Alunos atribuem notas a itens relacionados à sua graduação

Comparando as notas atribuídas a itens específicos do ensino das duas instituições


de ensino, os alunos da Instituição B apresentaram maior satisfação. Uma característica
influenciadora desse resultado é que a Instituição B é particular e os alunos avaliam
constantemente o serviço prestado pela instituição, podendo ocorrer ajustes até mesmo no
decorrer do ano letivo.
A tabela mostra os dados e torna evidente que alunos das duas instituições de
ensino consideram os professores, conteúdos, disciplinas e laboratórios os pontos fortes do
ensino. Outro aspecto comum é relacionado a softwares específicos e computadores.
Os professores da Instituição B, em sua maior parte, são ou foram alunos da pós-
graduação da Instituição A, um claro indicador que a qualidade do ensino da Instituição A se
expandiu para a Instituição B através de tais professores, fazendo com que eles sejam
nomeados como pontos fortes do ensino fornecido por ambas as instituições.

Quadro 21 - Comparativo Pontos Fortes e Pontos Fracos


Pontos Fortes Pontos Fracos

Instituição A Instituição B Instituição A Instituição B


PROFESSORES PROFESSORES SOFTWARES ATUALIZAÇÃO DE
COMPUTADORES E
SOFTWARES
DISCIPLINAS E DISCIPLINAS E PROFESSORES RELACIONAMENTO
CONTEÚDO CONTEÚDO INSTITUIÇÃO E
ALUNO
LABORATÓRIOS LABORATÓRIOS ESTRUTURA

PESQUISA 2 HABILITAÇÕES

ALUNOS

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


72

Um dos pontos fracos mais citados por alunos de ambas as instituições de ensino é
a questão de aulas de softwares e equipamentos adequados para que isso ocorra.
Fica comprovado que os recursos computacionais apresentam importância primordial
quando tratamos de laboratórios para o curso de Design. Afinal, em todas as áreas
possíveis de atuação do designer, é necessário o uso desse recurso.
Vimos no capítulo 2 intitulado “Design hoje” que os softwares para a área do Design
vêm ganhando popularidade e conquistando cada vez mais usuários. Os cursos se
multiplicam e os alunos, depois de alguns meses, saem com o certificado de design. Esses
alunos ocupam lugares no mercado de trabalho. Mesmo porque, se tal curso não trouxesse
resultado financeiro para quem investe neles, eles não seriam tantos. São designers
amadores atuando por dominarem uma ferramenta em que as instituições de ensino não
investem ou investem de maneira ainda deficiente. O mercado está sinalizando para a
necessidade de profissionais que dominem também – ou principalmente - tais técnicas e a
instituição não pode ficar para trás. Os mestrandos e doutorandos que estão em contato
com o mercado de trabalho, atuando como designers, também sinalizaram que o
conhecimento de software é uma das competências exigidas e foi um dos itens que faltaram
em suas graduações.
Laboratórios de fotografia e Oficinas de Metal, Madeira e Plástico são oficinas muito
específicas, tais instituições de ensino possuem e os professores as defendem. Trabalhos
com softwares (ponto fraco relatado por alunos e professores das duas instituições de
ensino) estão presentes em todas as áreas do design. Já os resultados gerados por
laboratórios de fotos e em oficinas de madeira estão presentes em apenas uma parcela do
vasto campo de atuação possível do profissional. A Instituição B além de repetir o modelo
de sucesso apresentado pela Instituição A acaba cometendo também algumas falhas da
Instituição A. Prova disso é que recentemente inauguraram oficina de materiais (e a
necessidade maior era de equipamento para utilização de softwares específicos), da mesma
forma que a Instituição A, por esta ser referência na área de ensino do Design. A Instituição
B realizou uma ação de benchmark – na qual se observa e aplica o que já esta sendo feito
em outra instituição, quando o ideal seria realizar uma análise das necessidades de suas
áreas clientes, no caso, seus alunos, mercado e empregadores. É importante notar que
grande parte do corpo docente da Instituição B é de profissionais formados pela Instituição
A, um motivo que justifica o espelhamento que ocorre se repetindo o modelo já
estabelecido.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


73

Gráfico 34 - Percentual de graduandos que realizam estágio

Outro resultado diretamente influenciado pelo perfil da instituição e seus alunos é a


quantidade de alunos que já realizam estágios. A Instituição A possui alunos de diferentes
cidades, até mesmo de outros estados. Os alunos da Instituição B são da cidade ou cidade
próximas. O vislumbramento da possibilidade de manter por mais tempo e mais próximo seu
funcionário, além de conhecer características locais e também facilidades proporcionadas
pelo networking, fazem com que os alunos da Instituição B apresentem melhores índices
relacionados à atuação profissional ainda como alunos.
O estágio é outra forma, e muito eficaz, para que ocorra a aproximação com o
mercado. Existem profissões que exigem realização de estágio, como por exemplo,
medicina, na qual é necessário estágio para se tornar profissional. Uma solução para
sintonia de interesses entre as áreas, mercado e academia seria uma diretriz curricular para
estágio.
Com relação aos perfis das instituições de ensino (anexos) podemos perceber que a
Instituição B aponta através da forma que apresenta o curso de Design, sintonia com o
mercado de trabalho. Já a Instituição A mostra grande preocupação com o homem, num
contexto geral e também com a expressão da criatividade, porém não cita aspectos
empregatícios e mercadológicos.
Mesmo o curso de pós-graduação sendo bem conceituado, foi identificada uma
lacuna no que diz respeito a atividades práticas para atuação como professor. O curso
prepara docentes e pesquisadores, porém parte de seus alunos identifica que há
necessidade de disciplinas que tratem de didática e ensino superior. O programa de pós-
graduação possui a preocupação de proporcionar tal experiência aos seus discentes e há
alguns anos estão procurando disponibilizar a disciplina denominada didática para todos os
anos, constantemente. Ela já ocorreu em anos anteriores.
O índice de discentes já atuando como professores e preparando futuros
profissionais é alto, correspondendo a 75% dos entrevistados. Desses 75%, 87% deles
estão iniciando suas atividades como docentes e possuem menos de cinco anos de
atuação. Isso pode ser um indício dos pós-graduandos terem relatado através de notas a

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


74

carência de aperfeiçoamento ou aprendizado sobre a atuação em sala de aula durante o


curso.
Os pós-graduandos citaram a “falta de contato com o mercado” no momento em que
realizavam suas graduações como um aspecto que pouco esteve presente.
A grande parte dos professores mostra sintonia com o mercado de trabalho,
pensando na futura atuação prática dos alunos, levando à sala de aula atividades baseadas
em experiências profissionais. Apenas para as aulas teóricas como, por exemplo, história do
desenho industrial é que não existe a necessidade de imediata conexão prática com o
mercado atual.
Os professores da Instituição A estão enquadrados no RDIDP (Regime de Dedicação
Integral à Docência e à Pesquisa), não podendo exercer concomitantemente atividades
além das firmadas através deste compromisso empregatício. A experiência com o setor
produtivo, neste caso, se concretiza através de participação de diferentes feiras e eventos
de caráter mercadológico e profissional. Tal experiência pode ser mais enriquecedora do
que a constante prática no mercado de trabalho, pois, como exemplo, um designer que
trabalha há dez anos em uma única empresa pode possuir uma visão restrita e até mesmo
possuir vícios adquiridos durante tal atividade.Já a diversidade das experiências absorvidas
através de eventos de diferentes áreas constrói um repertório muito vasto e rico que deve
ser mais valorizado.
Vimos que a experiência pode ser adquirida de outras formas que não somente no
dia a dia em empresas e que também não são todas disciplinas que exigem esta prática,
porém nas disciplinas como as que envolvem projeto e prepara para a prática profissional,
tal experiência é aconselhada por proporcionar maior segurança aos alunos.
Outro aspecto positivo observado é que, mesmo que a maior parte dos professores
possua formação e experiência em design, fazem parte também do corpo docente
professores com formações distintas do design, o que possibilita o ingresso e disseminação
de diferentes ângulos de visão colaborando assim para pluralidade do curso e formação
mais completa do aluno.
Muitos professores mostraram algo além do cumprimento do plano de disciplina e
conteúdos com vínculo a alguma área do conhecimento. Mostraram-se preocupados
também com o futuro profissional dos alunos, com a empregabilidade deles. Quando
indagados de que forma poderiam melhorar a relação instituição e mercado de trabalho
citaram como soluções o acompanhamento das necessidades dos usuários, do mundo
moderno e das empresas, até mesmo execução de projetos junto com profissionais em sala
de aula e realização de estágios.
Fato interessante é que a maior parte dos entrevistados, professores e pós-
graduandos, ao serem questionados se a experiência profissional colabora para que haja

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


75

maior aproximação com o mercado, acabam defendendo a posição em que se encontram.


Se possuem experiência, dizem que ela é necessária; se não a possuem, dizem que ela não
é essencial.
A “falta de infraestrutura” da mesma forma que esteve presente nas respostas dos
alunos também despontou com destaque nas respostas dos professores, caracterizando
assim uma das mais importantes necessidades de solução para o aprimoramento da relação
aqui estudada.
Um dos fatores citados pelos professores quando se diz respeito à relação ensino e
mercado de trabalho, é o tempo. Dizem que ocorre uma grande discrepância no que
consideram o tempo ideal para o desenvolvimento de um projeto, sendo a instituição de
ensino por vezes taxada como vagarosa e o mercado como imediatista.
Livros desatualizados ou a não existência de livros com conteúdos atuais sobre a
prática do design foi mencionado. Tal fato se comprova diante da migração para outro meio
utilizado para propagação de conhecimento: a internet, conforme dados obtidos pelos
questionários. Na pesquisa realizada com os mestrandos e doutorandos, eles informaram,
em sua maioria, que consultam sites para se manterem atualizados para o exercício de suas
atividades.
A elaboração, a redação e a manutenção de tais conteúdos se mostram outra boa
oportunidade de atuação, já que é uma necessidade identificada. Muitos profissionais
podiam se dedicar a tal atividade.
Ainda sobre livros, a maior parte deles ou outro tipo de literatura ou qualquer material
que trate do assunto design falam sobre a dificuldade em definir design. Até mesmo esta
dissertação relata esta dificuldade. O ideal é definir design, propagar o conceito correto.
Falar o que não é apenas gera dúvidas e lacunas.
Descobrir onde se encontra a lucratividade no projeto de design e apresentar
também este argumento. O designer deve aprender a falar a língua do mundo dos negócios
e expor os atrativos mercadológicos como parte integrante do projeto.
Clientes, usuários ou consumidores, muitas vezes imagina-se o cliente como sendo
uma pessoa com determinadas necessidades e desejos a serem supridos. As empresas
também são clientes e também precisam ser atendidas por designers, tendo suas
necessidades providas, seus problemas resolvidos.
Os resultados aqui apresentados e discutidos merecem atenção especial, pois
apresentam itens relevantes para o acréscimo de qualidade do ensino oferecido,
consequentemente, para que ocorra satisfação dos alunos e que atenda às demandas do
mercado de trabalho. Para o mercado de trabalho, os resultados mostram como ele pode
melhor aplicar os conhecimentos do designer, trazendo mais benefícios para a organização
e para a sociedade.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


76

7 Considerações Finais
O presente estudo e resultados mostraram que muito já foi feito na área de ensino do
design e também foram reveladas lacunas para que as instituições atendam as demandas
mercadológicas de forma ainda mais satisfatória. Tais lacunas também foram encontradas
no mercado de trabalho, onde, por desconhecimento, muitas vezes acaba inutilizando ou
utilizando de forma inadequada os serviços do designer.
Através dos resultados ainda foi possível apontar itens que resumem as providências
a serem tomadas para melhor relação entre instituições de ensino e mercado de trabalho.
Com isso foi atingido o objetivo desta pesquisa que era realizar análise da dinâmica do
ensino do Design, sua eficácia e seus reflexos na relação com o mercado de trabalho.
Importante observar que a preocupação aqui explicitada não diz respeito puramente à
empregabilidade do designer e às metas financeiras e mercadológicas de empresas e
indústrias. Até mesmo vai além da relação ensino com o mercado de trabalho, pois o que aí
ocorre, faz com que existam reflexos. A preocupação maior, e onde ocorrem tais reflexos, é
a sociedade, atingindo o homem e o lugar onde habita, com o impacto negativo provocado
pelo não entrosamento entre as instituições. Isso ocorre de forma inconscientemente e
muitas vezes até mesmo irresponsável no momento em que é permitido o surgimento de
produtos gerados sem a efetiva participação do designer.

O entendimento sobre o que é design está difuso, porém, muito confuso, e neste
aspecto há muito a ser feito para que haja homogeneização e clareza na comunicação para
relacionamento entre as partes.

Seguramente, outros estudos envolvendo a relação ensino e mercado de trabalho


devem ser realizados, principalmente levando-se em consideração os aspectos levantados
por empresas empregadoras, profissionais de outras áreas e também do mercado
consumidor, podendo então essas informações serem analisadas com as que nesta
dissertação foram apresentadas.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


77

8 Referências Bibliográficas
ADG Brasil Associação dos designers gráficos. O Valor do Design. São Paulo: Senac,
2004.

AZEVEDO, W.; O que é design. São Paulo: Brasiliense, 2001.

BEZERRA, Charles. O designer humilde. Lógica e ética para inovação. São Paulo:
Edições Rosari, 2008.

COELHO, Luiz Antonio L. Design Método. Rio de Janeiro: Ed. PUC; 2006.

COUTO, Rita Maria de Souza. Escritos sobre Design no Brasil. Rio de Janeiro: Rio
Book’s; 2008.

FELIPPE, Maria Inês. 4 C’s para competir com criatividade e inovação nos negócios,
comunicação assertiva na venda de idéias, comprometimento e cooperação para
criar, coordenação transformadora. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2007.

HIRATA, Cesar. O Valor do Design. São Paulo: Senac, 2004.

KOTLER, Philip. Adminstração de Marketing: a edição do novo milênio. 9. reimpressão.


Editora Pretince Hall, 2000

LANDIM, Paula da Cruz. DESIGN/EMPRESA/SOCIEDADE. Tese apresentada para


obtenção do título de Livre-docente em Design de Produto. Bauru, FAAC - UNESP, 2009.

LAS CASAS, Alexandre L. .Marketing _ Conceitos _ Exercícios _Casos. 4. ed. São Paulo:
Atlas, 1997

LÖBACH, Bernd. Desenho industrial. Bases para a configuração dos produtos


industriais. São Paulo. Editora Edgar Blücher Ltda, 2001.

NOBREGA, Clemente. A ciência da gestão – Marketing, inovação, estratégia: um


físico explica a gestão – a maior inovação do século XX – como uma ciência. 2ª edição.
Rio de Janeiro. Editora Senac Rio, 2004.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


78

PHILLIPS, Peter L. Briefing: A gestão do projeto de design. São Paulo: Editora Blucher,
2007.

WICK, Rainer. Pedagogia da Bauhaus. São Paulo. Martins Fontes, 1989.

WOLLNER, Alexandre. O Valor do Design. São Paulo: Senac, 2004.

www.adp.org.br. Acessado em 16/09/09.

www.campanas.com.br

www.ciespbauru.com.br . Acessado em 16/09/09.

www.designbrasil.org.br. Acessado em 22/09/09.

www.educacao.uol.com.br/dicionarios/

www.epocanegocios.globo.com/Revista/

www.inpi.gov.br. Acessado em 24/09/09.

www.finep.gov.br/dcom/brasil_inovador/arquivos/manual_de_oslo/cap3_04_distincao.html

www.firjan.org.br. Acessado em 16/09/09.

www.portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0937/marketing/todo-poder-ao-design-
422165.html. Acessado em 13/09/09

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www.sbgc.org.br/sbgc/portal/

www.vocesa.com.br. Acessado em 16/09/09.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


79

9 Apêndices
Apêndice 1
A Prova de Títulos teve como base os seguintes critérios de avaliação: Pontuação
1. FORMAÇÃO ESCOLAR: (até 3,5 pontos)
- Graduação: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.
- Mestrado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.
- Doutorado: na área = 1,0 ponto / fora da área = 0,5 ponto.
2. EXPERIÊNCIA DIDÁTICA: (até 3,0 pontos)
- Graduação: 3,0 pontos.
3. EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL E/OU ANÁLISE DE PORTIFÓLIO: (até 1,0 ponto)
- Na área: 1,0 ponto.
- Fora da Área: 0,5 ponto.
4. ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS EM INSTITUIÇÕES UNIVERSITÁRIAS: (até 1,0 ponto)
- Itens avaliados: Conselhos, Órgãos Colegiados, Atividades de Departamento.
5. ORIENTAÇÃO ACADÊMICA: (até 2,0 pontos)
- Iniciação científica: 1,0 ponto.
- Mestrado: 0,5 ponto.
- Doutorado: 0,5 ponto.
6. PESQUISA: (até 2,5 pontos)
- Itens avaliados: Projetos em andamento e projetos concluídos.
7. APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS EM ENCONTROS: (até 2,0 pontos)
- Itens: Encontros, Comunicação em Congresso, Palestras, Conferências, Mesas-
Redondas e Grupos de Trabalho.
8. TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS: (até 3,0 pontos)
- Itens avaliados: Anais, Artigos em revista, Capítulo de livros, Livros e Jornais.
9. EXTENSÃO: (até 2,0 pontos)
- Itens avaliados: Projetos institucionais, Palestras, Conferências e Projetos para
comunidade.
TOTAL GERAL até 20 pontos
Tabela – Atribuição de pontos em concurso para contratação de docente na Unesp. fonte:
www.faac.unesp.br

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


80

Apêndice 2
A Prova de Títulos terá como base os seguintes critérios de avaliação:
TOTAL GERAL: até 13,0 pontos.
FORMAÇÃO ESCOLAR. (até 4,0 pontos)
 na área do design (4,0 pontos);
 em áreas correlatas (3,0 pontos).
EXPERIÊNCIA DIDÁTICA. (até 2,0 pontos)
 graduação em design, com experiência mínima
de 2 anos (2,0 pontos);
 graduação em áreas correlatas, com experiência
mínima de 2 anos (1,0 ponto);
 ensino médio profissionalizante (0,5 ponto a cada
2 anos de docência).
EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL. (até 2,0 pontos)
 experiência profissional na área de design (1,0
ponto a cada ano);
 experiência profissional em áreas correlatas (0,5
ponto a cada ano).
PESQUISA. (até 3,0 pontos)
 projetos em andamento (1,0 ponto cada);
 projetos concluídos (1,0 ponto cada).
TRABALHOS CIENTÍFICOS PUBLICADOS. (até 1,0 ponto)
 publicação na área do design (0,50 ponto);
 publicação em áreas correlatas (0,25 ponto).
PARTICIPAÇÃO EM EVENTOS. (até 1,0 ponto)
 na área do design (0,25 ponto);
 em áreas correlatas (0,125 ponto).
A Prova Didática terá como base os seguintes critérios de avaliação:
TOTAL GERAL: até 11,5 pontos.
DIDÁTICA (até 3,0 pontos)
- planejamento e organização de aula;
- qualidade da apresentação.
DELIMITAÇÃO DO TEMA SORTEADO (até 6,0 pontos)
- desenvolvimento do tema e desenvoltura didática.
CONTEÚDO ATUALIZADO (até 2,5 pontos)
- adequação à bibliografia relacionada às disciplinas do
concurso.
A Análise de Portifólio terá como base os seguintes critérios de avaliação:
TOTAL GERAL: até 10,0 pontos.
PRODUÇÃO TÉCNICA (até 10,0 pontos):
Na área do design (8,0 pontos)
atividade de projeto (0,5 ponto por ano)
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (1,0 ponto por ano)
e seu acompanhamento técnico
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (2,0 pontos por ano)
e seu acompanhamento técnico, mais o processo de
implantação
Em áreas correlatas (2,0 pontos)
atividade de projeto (0,125 ponto por ano)
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (0,25 ponto por ano)
e seu acompanhamento técnico
atividade de projeto incluindo o desenvolvimento do produto (0,5 ponto por ano)
e seu acompanhamento técnico, mais o processo de
implantação

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


81

Apêndice 3
Quantidade Cidade Faculdades e Instituições de ensino
Faculdades Adamantinenses Integradas - FAI
1 Adamantina Design de Produtos
Centro Universitário Toledo - UniToledo
1 Araçatuba Tecnologia em Design de Moda
Faculdade de Ciência e Tecnologia de Birigui - Fateb
1 Birigui Projeto de Produto
Instituição Estadual Paulista - Unesp
2 Bauru Programação Visual/Projeto de Produto
Instituto de Ensino Superior de Bauru S.P (IESB/Preve)
Design
Faculdade de Campinas
1 Campinas Programação Visual/ Projeto de Produto/Design de Interfaces/Webdesign
Instituição de Franca - Unifran
1 Franca Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Jóia
Instituição de Guarulhos - UNG
1 Guarulhos Programação Visual / Desenho Industrial
Faculdade de Administração e Artes de Limeira - FAAL
1 Limeira Bacharelado em Design Gráfico / Design de Produto
Faculdades Integradas Teresa D´Ávila
1 Lorena Projeto de Produto/Programação Visual
Centro Universitário Eurípides de Marília - UNIVEM
1 Marília Design Grafico
Faculdade de Desenho Industrial de Mauá
1 Mauá Projeto de Produto

União das Escolas do Grupo Faimi de Educação - FAIMI


1 Mirassol Design
Instituição de Mogi das Cruzes - UMC
1 Mogi das Cruzes Curso Superior de Tecnologia em Design Gráfico

Centro Universitário FIEO - Unifieo


2 Osasco Bacharelado em Design com habilitação em design digital
Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban
Bacharelado em Design
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP
1 Salto Decoração e Design
Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban
1 São Bernardo do Bacharelado em Design
Campo
Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia
1 São Caetano do Design de Produto
Sul
Centro Universitário de Rio Preto
1 São José do Rio Design de Moda
Preto
Centro Universitário Belas Artes de São Paulo
25 São Paulo Programação Visual/Projeto de Produto/Tecnologia da Embalagem/Design de Interiores/Design de Moda
Centro Universitário FIEO - UniFieo
Design Digital
Centro Universitário Ibero-Americano - Unibero
Graduação em Comunicação Social - habilitação em Design Digital
Centro Universitário Senac - Senac-SP
Design Industrial/ Comunicação Visual / Interface Digital / Modelagem / Estilismo
Escola Panamericana de Artes
Design de Produto / Produção de Moda
Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM - SP
Superior de Propaganda e Marketing
Curso de graduação em Design - Bacharelado - (Habilitação em Comunicação Visual e ênfase em Marketing)
Faculdade Marcelo Tupinambá
Programação Visual
Faculdade Santa Marcelina - FASM
Design de Moda
Faculdades Associadas de São Paulo - Fasp
Webdesign
Faculdades e Centro de Educação Tecnológica
Webdesign
Faculdade Impacta Tecnologia - FIT –
Design de Mídia Digital
Faculdades Integradas Interamericanas – FAITER (Faculdades Oswaldo Cruz)
Programação Visual/ Projeto de Produto
Faculdades Metropolitanas Unidas - UniFMU
Design Gráfico e Design do Produto
Faculdade Senac de Comunicação e Arte
Design Gráfico/ Design de Multimídia/ Design de Moda
Fundação Armando Álvares Penteado - Faap
Programação Visual/Projeto de Produto/Design de Moda
Faculdade Paulista de Artes
Bacharelado em Desenho Industrial com habilitação em Programação Visual
Istituto Europeo di Design - São Paulo
Industrial Design/Interior Design/Fashion Design/Design de Jóias e Acessórios/ Graphic Design/Digital & Virtual Design
Miami Ad School São Paulo
Extensão em Design Gráfico
Instituição Anhembi Morumbi
Design de Animação, Design de Games, Design de Interiores, Design de Moda, Design Digital e Design Gráfico - Tipografia
Instituição Bandeirante de São Paulo - Uniban
Projeto do Produto e Programação Visual (simultâneo)
Instituição Mackenzie
Programação Visual/Projeto de Produto
Instituição Paulista - Unip
Projeto de Produto
Instituição São Judas Tadeu - USTJ
Programação Visual/Projeto de Produto
Instituição de São Paulo - USP (Faculdade de Arquietura e Urbanismo)
Design
Instituição de São Paulo - USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP Leste)
Bacharelado em Têxtil e Moda
Instituição de Sorocaba - UNISO
1 Sorocaba Tecnólogo em Design Gráfico
Faculdade de Desenho Industrial de Tatuí
1 Tatuí Programação Visual

TABELA – Cursos de Design no Estado de São Paulo, classificados por cidade. Fonte:
www.designbrasil.org.br

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


82

Apêndice 4

Questionários
Professores
Título do e-mail:
Professor, responda e participe da pesquisa sobre Design.

E-mail:
CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA
06/11/09.
No programa de pós-graduação, Mestrado em Design – Unesp
(www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento pesquisa que visa
levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o
Mercado de Trabalho, identificando assim:
 Pontos fortes e pontos fracos no ensino oferecido pelas instituições;
 A percepção e as expectativas dos futuros profissionais;
 As necessidades dos profissionais de design;
 As necessidades das empresas em relação ao design.
Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o
questionário abaixo.
Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para
esclarecimento de qualquer dúvida.
Antecipadamente agradecemos pela colaboração.

Carolina de Oliveira Marques


Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP
e-mail / msn: design.pesquisa@hotmail.com
contato: (14) 9119-3436
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033

Esta pesquisa é orientada por:

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


83

Paula da Cruz Landim


Livre Docente
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191

Questionário
Nome:
Idade:
Gênero: ( ) feminino ( ) masculino
Formação:
Nome da Instituição de ensino:

1 - Há quantos anos leciona?

2 - Há quantos anos atuou/atua profissionalmente com atividades relacionadas ao


design (atividades não acadêmicas)?

3 - Cite algumas de suas produções técnicas.

4 - Quais disciplinas você leciona?

5 - Para elas, há necessidade de experiência prática como profissional de design?


( ) sim ( ) não
Por quê?

6 - De que forma, nas atividades das disciplinas que você leciona, ocorre a
aproximação com o mercado de trabalho?

7 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em


empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido por
esta instituição?

8 - Em sua opinião, o que é preciso fazer para melhorar?


( ) Autorizo que seja citado meu nome.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


84

Apêndice 5
Alunos

Título do e-mail:
Design e meu futuro profissional

E-mail:
CLIQUE EM RESPONDER, PREENCHA COM SUA OPINIÃO E ENVIE ATÉ DIA 06/11/09.
No programa de pós-graduação, Mestrado em Design – Unesp
(www.faac.unesp.br/posgraduacao/design/), está em andamento pesquisa que visa
levantar informações sobre como está atualmente a relação entre a Instituição e o
Mercado de Trabalho.
Nós, alunos, temos expectativas em relação a nosso futuro profissional,
precisamos dizer o que pensamos e expor nossa percepção sobre o ensino que é
oferecido.
Será que os designers que estão saindo da Instituição realmente estão
preparados para o mercado de trabalho?
Contamos com sua valiosa colaboração, respondendo e nos enviando o
questionário abaixo.
Ficamos no aguardo de sua resposta e estamos à disposição para
esclarecimento de qualquer dúvida.
Antecipadamente agradecemos pela colaboração.

Carolina de Oliveira Marques


Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP
e-mail / msn: design.pesquisa@hotmail.com
contato: (14) 9119-3436
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033

Esta pesquisa é orientada por:


Paula da Cruz Landim
Livre Docente

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


85

currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191


Questionário
Idade:
Gênero: ( ) feminino ( ) masculino
Curso:
Habilitação:
Termo:
Nome da instituição de ensino:

1 - Pensando em sua futura atuação como designer, como você classifica o ensino
que recebe em seu curso de graduação?
( ) Ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo

2 - Já realiza estágio ou trabalha na área?


( ) sim ( ) não

3 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação Instituição e seu futuro profissional


como designer:
( ) Grade curricular
( ) Conteúdo das disciplinas
( ) Conhecimento dos professores
( ) Experiência prática dos professores

4 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino


oferecido por esta instituição?

5 - Pensando em seu futuro profissional, o que falta na faculdade?

6 - Relate uma situação de conflito que existiu por seu interlocutor desconhecer o
significado de design. Como você resolveu?

7 – Espaço para críticas e sugestões:


Autorizo que seja citado meu nome
( ) sim ( ) não

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


86

Apêndice 6
Mestrandos e Doutorandos

Bom dia!
Sou Carolina, fiz com você algumas disciplinas e estou enviando este e-mail para
solicitar sua a colaboração em minha dissertação.
A orientadora é a Paula e o tema da dissertação é a relação Instituição e mercado
de trabalho na área do Design, por isso estamos acessando todos atores do
processo.
As informações estão logo abaixo. É rapidinho.
Clique em responder e preencha com sua opinião. Estarei recebendo as respostas
durante esta semana.
Antecipadamente agradeço pela atenção e colaboração.

Carolina de Oliveira Marques


Mestranda em Design -PPGDI-FAAC-UNESP
e-mail / msn: design.pesquisa@hotmail.com
contato: (14) 9119-3436
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/2586109839685033

Esta pesquisa é orientada por:


Paula da Cruz Landim
Livre Docente
currículo lattes: http://lattes.cnpq.br/4943484003365191

Nome:
Idade:
Gênero: ( ) feminino ( ) masculino
Atualmente cursa: ( ) Mestrado ( ) Doutorado
Formação:
Empresa que trabalha:

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


87

Atua como: ( ) Designer Gráfico ( ) Designer de Produto ( ) Docente ( )


Outro
Parte I

1 - Pensando em sua futura atuação como docente, como você classifica o ensino
que recebe em seu curso de pós-graduação?
( ) Ótimo ( ) bom ( ) regular ( ) ruim ( ) péssimo

2 - Atribua notas de 0 a 10, pensando na relação do seu curso de pós-graduação e


seu futuro profissional como docente:
( ) Grade curricular
( ) Conteúdo das disciplinas
( ) Conhecimento dos professores
( ) Atividades práticas - para atuação em sala de aula como professor
( ) Atividades práticas - para atuação com pesquisas

3 - Em sua opinião, quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino


oferecido por esta instituição?

4 - Pensando em seu futuro profissional como docente, o que falta no programa de


pós graduação?

5 - Considera importante o docente possuir experiência profissional?

6 - Já realiza estágio ou trabalha como professor?


( ) sim ( ) não

7 - Há quantos anos leciona?

Parte II

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


88

1 - Para as disciplinas que você leciona, há necessidade de experiência prática


como profissional de design?
( ) sim ( ) não Por quê?

2 - Pensando na formação do profissional e na atuação de seus alunos em


empresas: Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino por você
oferecido?

3 - Há quantos anos atua como designer?

4 - Como você classifica o ensino recebido na graduação para aplicação em suas


atividades profissionais como designer? ( ) Ótimo ( ) bom ( )
regular ( ) ruim ( ) péssimo

5 - Quais são as principais competências exigidas de um designer pelo mercado de


trabalho?

6 - Seus professores transmitiram experiência profissional?

7 - O que faltou aprender?

8 - Quais são os pontos fortes e os pontos fracos do ensino oferecido pela instituição
que fez graduação?

9 - O que é preciso fazer para melhorar o curso de graduação em design?

10 - Como você se atualiza?


( ) Sites
( ) Revistas
( ) Cursos
( ) Outros. Quais?

Autorizo a divulgação de meu nome


( ) sim ( ) não

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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10 Anexos
Anexo 1
Descrição do Perfil do Curso – Design – site Unesp

O curso de Design visa formar um profissional a partir de uma base transdisciplinar. Esta
visão permite que sua formação possa ser ampla e de livre acesso a informação quanto a sua práxis
projetual e à pesquisa em design. Investigar, propor rumos e instrumentalizar os alunos e
pesquisadores para as alterações de concepção e produção. Os projetos e suas desdobramentos
devem evidenciar um profissional apto à projetar novos mundos, novas sociedades em sintonia com a
rede de conexão global. Essa visão implica em uma ação projetual, ou seja, saber como elaborar
problemas, formular hipóteses e não somente detectar e resolver problemas de forma imediata. A
equação projeto - processo - produto é delineada segundo uma ação intelectual e sua práxis.
O curso de Design abrange duas áreas: Design Gráfico e Design de Produto. Estas duas
áreas pressupõem uma postura metodológica que as integram no mesmo campo do saber e da
prática profissional. O curso deve permitir ao Designer de Produto, através de projeto de unidades e
sistemas tridimensionais, atender as necessidades do ser humano no tocante a seu contexto
material, aqui entendido como o conjunto dos artefatos que povoam e ordenam ser aspecto vital, e
permitir ao Designer Gráfico, por meio de projetos de unidades e sistemas visuais, otimizar a relação
que se estabelece entre o ser humano e a informação.
Ambas habilitações possibilitam ao profissional atuar em muitas outras atividades, pelo
exercício privativo, como: assessoria a empresas, orientação, direção, consultoria no âmbito de sua
especialidade, bem como a formulação e execução de estudos, análises, planejamentos e pesquisas
em áreas próprias do Design, que tenham como objetivo a melhoria das condições de vida e de
informação do homem enquanto usuário, em entidades públicas ou privadas de qualquer setor. A
pedagogia do ensino do Design não pode ser a mesma daquelas áreas consideradas mais
tradicionais, ainda que o seu caráter de trabalho se apresente em termos tecnológicos, pois os
índices que separam o Design de outras atividades projetuais são exatamente a criação do novo,
original, a inovação. Considerando então a pluralidade dos Departamentos envolvidos com o curso,
deve haver um esforço no sentido de exigir que cada disciplina desenvolva o seu conteúdo com uma
metodologia pertinente ao Design, onde as questões criativas e a formulação de problemas seja a
tônica pedagógica fundamental. Portanto as experiências nesse sentido têm trazido sistematicamente
uma abordagem diferenciada do Design pela experimentação.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Anexo 2

Currículos

Currículo - Habilitação em Design Gráfico

1. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Introdução ao Design 30 02


DDI Desenho de Observação I 60 04
DDI Plástica I 60 04
ARG História da Arte I 30 02
ARG Desenho I 60 04
CHU Antropologia 30 02
CHU Filosofia 30 02
300 20

2. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

ARG História da Arte II 30 02


DDI Desenho de Observação II 60 04
DDI Plástica II 60 04
PSI Psicologia Aplicada ao Design 30 02
ARG Desenho II 60 04
CSO Comunicação e Semiótica I 30 02
CHU Sociologia 30 02
300 20

3. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

ARG História da Arte III 30 02


DDI Desenho III 60 04
DDI Ergonomia Aplicada ao Design I 60 04
DDI Modelagem 60 04
DDI Recursos Computacionais 30 02
CSO Comunicação e Semiótica II 30 02
DDI Metodologia Científica 30 02
300 20

4. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

ARG História da Arte IV 30 02


ARG Desenho IV 60 04
DDI Metodologia do Projeto I 30 02

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


91

DDI Fotografia I 60 04
DDI Tipografia I 30 02
DDI Produção Gráfica I 30 02
DDI Oficina Gráfica 60 04
300 20

5. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Linguagens Contemporâneas 30 02


DDI Metodologia do Projeto II 30 02
DDI Projeto I 60 04
DDI Fotografia II 60 04
DDI Tipografia II 30 02
DDI Produção Gráfica II 30 02
Optativa (*) 60 04
300 20

6. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Marketing I 30 02
DDI Projeto II 120 08
DDI Tipografia III 30 02
DDI Produção Gráfica III 30 02
DDI Fotografia III 60 04
DDI Imagens Animadas I 30 02
300 20

7. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Marketing II 30 02
DDI Introdução ao Projeto de Conclusão em Design 30 02
DDI Projeto III 120 08
DDI Produção Gráfica IV 30 02
DDI Imagens Animadas II 60 04
Optativas (*) 30 02
300 20

8. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Gestão do Design 30 02


DDI Projeto de Conclusão em Design Gráfico 150 10
DDI Optativas (*) 120 08
300 20

Carga Horária Total

Total 2.400 160

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Currículo - Habilitação em Design de Produto

1. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Introdução ao Design 30 02


DDI Desenho de Observação I 60 04
DDI Plástica I 60 04
ARG História da Arte I 30 02
ARG Desenho I 60 04
CHU Antropologia 30 02
CHU Filosofia 30 02
300 20

2. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

ARG História da Arte II 30 02


DDI Desenho de Observação II 60 04
DDI Plástica II 60 04
PSI Psicologia Aplicada ao Design 30 02
ARG Desenho II 60 04
CSO Comunicação e Semiótica I 30 02
CHU Sociologia 30 02
300 20

3. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

ARG História da Arte III 30 02


DDI Desenho III 60 04
DDI Ergonomia Aplicada ao Design I 60 04
DDI Modelagem 60 04
DDI Recursos Computacionais 30 02
CSO Comunicação e Semiótica II 30 02
DDI Metodologia Científica 30 02
300 20

4. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

ARG História da Arte IV 30 02


ARG Desenho IV 60 04
DDI Metodologia do Projeto I 30 02
DDI Fotografia I 60 04
DDI Modelos e Protótipos 60 04
DDI Ergonomia Aplicada ao Design II 60 04
300 20

5. Termo

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Linguagens Contemporâneas 30 02


DDI Metodologia do Projeto II 30 02
DDI Projeto I 120 08
DDI Oficina de Madeira 60 04
Optativa (*) 60 04
300 20

6. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Marketing I 30 02
DDI Projeto II 120 08
DDI Oficina de Materiais Plásticos 60 04
DEM Materiais e Processos de Fabricação 60 04
DDI Optativa (*) 30 02
300 20

7. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Marketing II 30 02
DDI Introdução ao Projeto de Conclusão em Design 30 02
DDI Projeto III 120 08
DEM Oficina de Metais 60 04
DEM Sistemas Mecânicos 60 04
300 20

8. Termo

Depto Disciplinas CH Créditos

DDI Gestão do Design 30 02


DDI Projeto de Conclusão em Design de Produto 150 10
DDI Optativas (*) 120 08
300 20

Carga Horária Total

Total 2.400 160

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


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Anexo 3
Perfil do Curso – Design – Iesb

O curso de Design tem como objetivo formar profissionais capacitados em Gestão e


Projeto no campo de Programação Visual e do Projeto do Produto. Os projetos
desenvolvidos pelo curso de Design pretendem melhorar a qualidade de vida e a
comunicação das pessoas, considerado para isso, os componentes do ambiente, da
cultura e da história. Neste sentido, o Curso de Design busca orientar sua docência
ao desenvolvimento das capacidades de observação e representação; projeção e
materialização, exigindo uma capacidade de criação dos alunos.

O Curso de Design formará profissionais sintonizados nas necessidades do


mercado, capazes de desenvolver trabalhos em grupo, dotados de cultura geral,
criativos e abertos a mudanças e adaptados ao processo de rápidas transições.

Os Bacharéis em Design serão capazes de: executar trabalho na área de


Programação Visual e do Projeto de Produto, realizar e analisar resultados de
pesquisas na área mercadológica, assumir cargos e funções da carreira do Design,
realizar pesquisas de materiais e tecnológicas, comunicar com clareza seus projetos
e gerir seu próprio negócio e, assumir uma postura íntegra e coerente com o código
de ética profissional, conhecendo plenamente os seus deveres e direitos
profissionais.

O Curso de Design - Bacharelado foi autorizado conforme a Portaria 2.839, de 13


de dezembro de 2001, publicada no D.O.U. em 17 de dezembro de 2001,
oferecendo 80 vagas totais anuais, em regime semestral, no turno noturno.

O ensino e o mercado de trabalho na área de design


95

Anexo 4
Unesp Iesb
1. CÁSSIA LETÍCIA CARRARA DOMINICIANO 1. AILTON CÉSAR RIBEIRO
carrara@faac.unesp.br atelieailton@bol.com.br

2. CARMEN CECÍLIA A. DOS SANTOS LARANJEIRA


2. CLÁUDIO ROBERTO Y GOYA
carmenlaranjeira1@gmail.com
goya@faac.unesp.br
3. FÁBIO ALEXANDRE MOIZÉS
3. DORIVAL CAMPOS ROSSI fabiomoizes@terra.com.br
bauruhaus@yahoo.com.br
4. FERNANDO JOSÉ DA SILVA
4. FÁBIO SIMÕES GROSSI fernandosilva@iesbpreve.com.br
fsgrossi@faac.unesp.br
5. GASTÃO CARVALHO DEBREIX JUNIOR
lapispau@lapispau.com.br
5. FRANCISCO DE ALENCAR
chicodealencar@uol.com.br 6. IVAN CARLOS MURER FRUCHI
design88@uol.com.br
6. JOSÉ CARLOS PLÁCIDO DA SILVA
placido@faac.unesp.br 7. JACQUELINE AP. G FERNANDES DE CASTRO
designcali@gmail.com
7. LUIS CARLOS PASCHOARELLI 8. JOSÉ EDUARDO ZAGO
lcpascho@faac.unesp.br zagomail@hotmail.com

8. LUIZ CARLOS FELISBERTO 9. LÍLIAN HENRIQUE DE AZEVEDO


luizcf@faac.unesp.br lilian_hazevedo@yahoo.com.br

9. LUIZ FERNANDO CARDOSO FURTADO 10. LUIZ ANTONIO TROMBINI


luiz@faac.unesp.br
furtado@faac.unesp.br
11. MARCOS DE SOUZA LIMA
10. MILTON KOJI NAKATA marcosbrasil.maquete@uol.com.br
milton@faac.unesp.br
12. MARIA TERESA BENICASAT. GIL DE SOUZA
11. OSMAR VICENTE RODRIGUES mariateresaturtelli@hotmail.com
osmarvr@uol.com.br
13. MARLENE AGUIAR
AguiarM8@hotmail.com
12. PAULA DA CRUZ LANDIM
paula@faac.unesp.br 14. RAMSÉS BASTOS DA SILVA
ramsesbastos@yahoo.com.br
13. SÉRGIO LUIZ BUSATO
slbusato@faac.unesp.br 15. RICARDO KENJI YAMADA
contato@ricardoyamada.com.br
14. SOLANGE MARIA BIGAL 16. RODRIGO HOLDSCHIP
sbigal@uol.com.br rodrigoholdschip@yahoo.com.br

17. SUZY NAZARÉ RIBEIRO DA S. AMANTINI


suamantini@ig.com.br

18. THAÍS REGINA UENO


thaisueno@yahoo.com

19. WANDA FERREIRA CARDIM


wandacardim@gmail.com

20. WILLIAN RIGHETTI


willian_righetti@yahoo.com.br
Corpo docente (e e-mail para contato) dos cursos de Design na cidade de Bauru. Fontes: www.faac.unesp.br e
www.iesbpreve.com.br

O ensino e o mercado de trabalho na área de design

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