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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

Centro de Educação Profissional SENAI DE PANAMBI

DESENHISTA
MECÂNICO

Avenida Presidente Kennedy, 1864 B. Arco Íris - Panambi RS Fone: (55) 3375 3944

E-mail: treinamento.panambi@senairs.org.br

CEP SENAI DE PANAMBI CEP SENAI DE IJUÍ A. E. P. SENAI TIO OLÍMPIO

Avenida Pres.Kennedy, 1864 Avenida Getulio Vargas, 1673 Rua Gal. Felipe Portinho, 963

Centro 98280-000 Panambi/RS B. Glória – 98700-000 Ijuí/RS Centro – 98005-050 Cruz Alta/RS

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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do conhecimento.”

Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os perfis


profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção, coleta, disseminação
e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país, sabe disto, e, consciente do
seu papel formativo, educa o trabalhador sob a égide do conceito da competência: “formar o
profissional com responsabilidade no processo produtivo, com iniciativa na resolução de
problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados, flexibilidade e criatividade,
empreendedorismo e consciência da necessidade de educação continuada”.

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento, na sua área tecnológica, amplia-


se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se faz necessária. Para o SENAI, cuidar do
seu acervo bibliográfico, da sua infovia, da conexão de suas escolas a rede mundial de informações
– internet – é tão importante quanto zelas pela produção de material didático.

Isso porque, nos embates diários, instrutores e alunos, nas diversas oficinas e laboratórios
do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais didáticos, tomem sentido e se
concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja, por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua curiosidade,
responder as suas demandas de informações e construir links entre os diversos conhecimentos,
tão importantes para sua formação continuada.

Gerência de Educação e Tecnologia

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Prezado aluno,

Quando você resolveu fazer um curso em nossa instituição, talvez não soubesse que, desse
momento em diante, estaria fazendo parte do maior sistema de educação voltada para o
desenvolvimento tecnológico da indústria brasileira e para a formação profissional de jovens e
adultos.

Devido às mudanças ocorridas no modelo produtivo, o trabalhador não pode continuar


com uma visão restrita dos postos de trabalho. Hoje, o mercado exigirá de você, além do domínio
do conteúdo técnico de sua profissão, competência que lhe permitam tomar decisões com
autonomia, pró-atividade, capacidade de análise, solução de problemas, avaliação de resultados e
propostas de mudanças no processo de trabalho. Você deverá estar preparado para o exercício de
papéis flexíveis e polivalentes, assim como para a cooperação e a interação, o trabalho em equipe
e o comprometimento com os resultados.

É também importante considerar que a produção constante de novos conhecimentos e


tecnologias exigirão de você a atualização contínua de seus conhecimentos profissionais,
evidenciando a necessidade de uma formação consistente, que lhe proporcione maior
adaptabilidade e instrumentos essenciais à autoaprendizagem.

Essa nova dinâmica do mercado de trabalho vem requerendo que os sistemas de educação
se organizem de forma flexível e ágil, motivo esse que levou o SENAI a criar uma estrutura
educacional com o propósito de atender as novas necessidades da indústria, estabelecendo uma
formação flexível e modularizada.

Essa formação flexível tornará possível a você, aluno do sistema, voltar e dar continuidade
a sua educação, criando seu próprio percurso. Além de toda a infraestrutura necessária a seu
desenvolvimento, você poderá contar com o apoio técnico pedagógico da equipe de educação
desta escola do SENAI para orientá-lo em seu trajeto.

Mais do que formar um profissional, estamos buscando formar cidadãos.

Seja bem vindo!

Andréa Marinho de Souza Franco

Diretora de Educação

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Introdução

O que é Desenho técnico?

Quando alguém quer transmitir um recado, pode utilizar a fala ou passar seus
pensamentos para o papel na forma de palavras escritas. Quem lê a mensagem fica conhecendo
os pensamentos de quem a escreveu. Quando alguém desenha, acontece o mesmo, passa seus
pensamentos para o papel na forma de desenho. A escrita, a fala e o desenho, representam ideias
e pensamentos. A representação que vai nos interessar neste momento é o desenho.

O desenho mecânico

Na indústria, para a execução de uma determinada peça, as informações podem ser


apresentadas de diversas maneiras:
 A palavra – dificilmente transmite a ideia da forma de uma peça;
 A peça – nem sempre pode servir de modelo;
 A fotografia – não esclarece os detalhes internos da peça;
 O desenho – transmite todas as ideias de forma e dimensão de uma peça, e ainda fornece
uma série de informações, como:
 O material de que é feita a peça;
 O acabamento das superfícies;
 As tolerâncias de suas medidas, etc.
O desenho mecânico, como linguagem técnica, tem necessidade fundamental do
estabelecimento de regras e normas. É evidente que o desenho mecânico de uma determinada
peça possibilita a todos que intervenham na sua construção, mesmo que em tempos e lugares
diferentes, interpretar e produzir peças tecnicamente iguais. Isso, naturalmente, só é possível
quando se têm estabelecidas, de forma fixa e imutável, todas as regras necessárias para que o
desenho seja uma linguagem técnica própria e autêntica, e que possa cumprir a função de
transmitir ao executor da peça as ideias do desenhista.
Por essa razão, é fundamental e necessário que o desenhista conheça com segurança todas
as normas de desenho técnico mecânico. Como em outros países, existe no Brasil uma associação
(ABNT) que estabelece, fundamenta e recomenda as normas de Desenho Técnico Mecânico, as
quais serão expostas gradativamente no desenvolvimento deste curso, como também as normas
DIN.

Normas ABNT
Editadas e distribuídas pela ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas.

Normas ISO
Editadas e distribuídas peça ISO – International Organization for Standardization.

Normas DIN
DIN – Deutsche Normen (antigamente Deutsche Industrie – Normen)
Editada pelo DIN – Deutsche Institut fur Normung – Instituto Alemão para Normalização.

Representante no Brasil: ABNT – que possui na sua sede no Rio de Janeiro e na Delegacia
de São Paulo, coleções completas e em dia, de todas as normas DIN.

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A principal finalidade do Desenho Técnico Mecânico é expressar, mediante uma linguagem gráfica
normatizada, forma e dimensões de um objeto por meio de projeções ortogonais.

Normas técnicas: o que são e para que servem?

Inicialmente. o desenho mecânico era descomprometido com regras e normas de


execução. Hoje, assume uma posição difusa e multidisciplinar, utilizando-se de uma linguagem
normatizada e universal. Das ideias preliminares aos estágios finais de representação, sua
aplicação se faz presente em projetos mecânicos, elétricos, mobiliários, arquitetônicos,
aeroespaciais, navais e em inúmeras outras áreas.
De acordo com as normas técnicas de cada área ocupacional, você poderá observar que
nas figuras a seguir as representações foram feitas por meio de traços, símbolos, números e
indicações escritas.

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No caso da área de mecânica, o desenho técnico chega pronto às mãos do profissional


responsável pela execução da peça. Esse profissional deve ler e interpretar o desenho para que
possa executar corretamente sua fabricação.

Definição de normas técnicas

Normas técnicas é, basicamente, um conjunto de diretrizes que garantem a qualidade de


um produto ou serviço. A ABNT — Associação Brasileira de Normas Técnicas — é o Fórum
Nacional da Normatização. As normas brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos
Comités Brasileiros (CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ONS), são elaboradas por
Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo
parte produtores, consumidores, universidades, laboratórios e outros.
A Norma técnica tem o caráter de lei, pois ela serve de base para analisar se um produto
ou serviço está dentro dos critérios de qualidade exigidos.

Objetivos

O estudo e a aplicabilidade das Normas Técnicas têm como objetivos:


SIMPLIFICAÇÃO Reduzir a crescente veracidade de procedimentos e tipos de produtos
Proporcionar os meios mais eficientes para a troca de informações entre o
COMUNICAÇÃO fabricante e o cliente, melhorando a confiabilidade das relações comerciais e
de serviços.
ECONOMIA Visa à economia global, tanto do lado do produtor quanto do consumidor.
Proteger a vida humana e a saúde, A segurança é considerada um dos
SEGURANÇA
principais objetivos da normatização.
PROTEÇÃO AO
Possibilitar à comunidade o controle na qualidade dos produtos
CONSUMIDOR
ELIMINAÇÃO
Evitar a existência de regulamentos conflitantes sobre produtos e serviços em
DAS BARREIRAS
diferentes países, facilitando assim o intercâmbio comercial
COMERCIAIS

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Figuras geométricas

Introdução

Se olhar ao seu redor, você verá que os objetos têm forma, tamanho e outras
características próprias. As figuras geométricas foram criadas a partir da observação das formas
existentes na natureza e dos objetos produzidos pelo homem.

Nesta seção você vai conhecer ou recordar os diversos tipos de figuras geométricas. Todos
os objetos, mesmo os mais complexos, podem ser associados a um conjunto de figuras
geométricas.

Você terá mais facilidade para ler e interpretar desenhos técnicos mecânicos se for capaz
de relacionar objetos e peças da área da mecânica as figuras geométricas.

Figuras geométricas elementares

Ponto

Pressione seu lápis contra uma folha de papel. Observe a marca deixada pelo lápis: ela
representa um ponto. Olhe para o céu, numa noite sem nuvens: cada estrela pode ser associada a
um ponto no céu.

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O ponto é a figura geométrica mais simples. Não tem dimensão, isto é, não tem
comprimento, nem largura, nem altura.

No desenho, o ponto é determinado pelo cruzamento de duas linhas. Para identifica-lo,


usamos letras maiúsculas do alfabeto latino, como mostram os exemplos:

Lê-se: Ponto A, Ponto B e Ponto C.

Linha

Podemos ter uma ideia do que é linha, observando os fios que unem os postes de
eletricidade ou o traço que resulta do movimento da ponta de um lápis sobre uma folha de papel.

A linha tem uma única dimensão: o comprimento.

Você pode imaginar a linha como um conjunto infinito de pontos dispostos


sucessivamente. O deslocamento de um ponto também gera uma linha.

Linha reta ou reta

Para se ter a ideia de linha reta, observe um fio bem esticado. A reta é ilimitada, isto é, não
tem início nem fim. As retas são identificadas por letras minúsculas do alfabeto latino. Veja a
representação da reta r:

Semi-reta

Tomando um ponto qualquer de uma reta, dividimos a reta em duas partes, chamadas
semi-retas. A semi-reta sempre tem um ponto de origem, mas não tem fim.

Segmento de reta

Tomando dois pontos distintos sobre uma reta, obteremos um pedaço limitado de reta. A
esse pedaço de reta, limitado por dois pontos, chamamos segmento de reta. Os pontos que
limitam o segmento de reta são chamados de extremidades. No exemplo a seguir temos o
segmento de reta CD, que é representado da seguinte maneira: .

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Plano

Podemos ter uma ideia do que é o plano observando uma parede ou o tampo de uma
mesa. Você pode imaginar o plano como sendo formado por um conjunto de retas dispostas
sucessivamente numa mesma direção ou como o resultado do deslocamento de uma reta numa
mesma direção. O plano é ilimitado, isto é, não tem começo nem fim. Apenas disso, no desenho,
costuma-se representa-lo delimitado por linhas fechadas:

Para identificar o plano usamos letras gregas. É o caso das letras: α (alfa), β (beta) e γ
(gama), que você pode ver nos planos representados na figura acima. O plano tem duas
dimensões, normalmente chamadas comprimento e largura. Se tomamos uma reta qualquer de
um plano, dividimos o plano em duas partes, chamadas semiplanos.

Posições da reta e do plano no espaço

A geometria, ramo da Matemática que estuda as figuras geométricas, preocupa-se


também com a posição que os objetos ocupam no espaço. A reta e o plano podem estar em
posição vertical, horizontal ou inclinada. Um tronco boiando sobre a superfície de um lago nos dá
a ideia de uma reta horizontal. O pedreiro usa o prumo para verificar a verticalidade das paredes.
O fio do prumo nos dá a ideia de reta vertical. Um plano é vertical quando tem pelo menos uma
reta vertical; é horizontal quando todas as suas retas são horizontais. Quando não é horizontal
nem vertical, o plano é inclinado. Veja as posições da reta e do plano.

Figuras geométricas planas

Uma figura qualquer é plana quando todos os seus pontos situam-se no mesmo plano. A
seguir você vai recordar as principais figuras planas. Algumas delas você terá de identificar pelo
nome, pois são formas que você encontrará commuita frequencia em desenhos mecânicos.
Observe a representação de algumas figuras planas de grande interesse para nosso estudo:

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As figuras planas com três ou mais lados são chamadas de polígonos.

Sólidos geométricos

Você já sabe que todos os pontos de uma figura plana localizam-se no mesmo plano.
Quando uma figura geométrica tem pontos situados em diferentes planos, tem um sólido
geométrico.

Os sólidos geométricos têm três dimensões: comprimento, largura e altura. Embora


existam infinitos sólidos geométricos, apenas alguns, que apresentam determinadas propriedades,
são estudados pela geometria. Os sólidos que você estudará neste curso têm relação com as
figuras geométricas planas mostradas anteriormente. Os sólidos geométricos são separados do
resto do espaço por superfícies que os limitam. E essas superfícies podem ser planas ou curvas.
Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies planas, estudaremos os prismas, o cubo e
as pirâmides. Dentre os sólidos geométricos limitados por superfícies curvas, estudaremos o
cilindro, o cone e a esfera, que são também chamados de sólidos de revolução.

É muito importante que você conheça bem os principais sólidos geométricos porque, por
mais complicada que seja, a forma de uma peça sempre vai ser analisada como o resultado da
combinação de sólidos geométricos ou de suas partes.

Prismas

O prisma é um sólido geométrico limitado por polígonos. Boce pode imaginá-lo como uma
pilha de polígonos iguais, muito próximos uns dos outros, como mostra a ilustração.

O prisma pode também ser imaginário como o resultado do deslocamento de um polígono.


Ele é constituído de vários elementos. Para quem lida com desenho técnico é muito importante
conhece-los bem. Veja quais são eles nesta ilustração:

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Verificando seu entendimento e praticando

1) Analise o modelo acima e responda:

Quantas faces, arestas e vértices tem esse prisma?

________________faces;

________________arestas;

________________vértices.

Note que a base desse prisma tem a forma de um retângulo. Por isso ele recebe o nome de
prisma retangular. Dependendo do polígono que forma sua base, o prisma recebe uma
denominação específica. Por exemplo: o prisma que tem como base o triângulo, é chamado
prisma triangular. Quando todas as faces do sólido geométrico são formadas por figuras
geométricas iguais, temos um sólido geométrico regular. O prisma que representa as seis faces
formadas por quadrados iguais recebe o nome de cubo.

Pirâmides

A pirâmide é outro sólido geométrico limitado por polígonos. Você pode imaginá-la como
um conjunto de polígonos semelhantes, dispostos uns sobre os outros, que diminuem de tamanho
indefinidamente. Outra maneira de imaginar a formação de uma pirâmide consiste em ligar todos
os pontos de um polígono qualquer a um ponto P do espaço.

É importante que você conheça também os elementos da pirâmide:

O nome da pirâmide depende do polígono que forma sua base. Na figura abaixo, temos
uma pirâmide quadrangular, pois sua base é um quadrado. O número de faces da pirâmide é
sempre igual ao número de lados do polígono que forma sua base mais um. Cada lado do polígono
da base é também uma aresta da pirâmide. O número de arestas é sempre igual ao número de
lados do polígono da base vezes dois. O número de vértices é igual ao número de lados do
polígono da base mais um. Os vértices são formados pelo encontro de três ou mais arestas. O
vértice principal é o ponto de encontro das arestas laterais.

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Verificando seu entendimento e praticando

1) Analise a pirâmide abaixo e responda?


a) Qual o nome do polígono que forma a base da pirâmide?
b) Que nome recebe este tipo de pirâmide?
c) Quantas faces tem esta pirâmide?
d) Quantas arestas tem esta pirâmide?
e) Quantos vértices tem esta pirâmide?

Sólidos de revolução

Alguns sólidos geométricos, chamados sólidos de revolução, podem ser formados pela
rotação de figuras planas em torno de um eixo. Rotação significa ação de rodar, dar uma volta
completa. A figura plana que dá origem ao sólido de revolução chama-se figura geradora. A linha
que gira ao redor do eixo formando a superfície de revolução é chamada linha geratriz.

O cilindro, o cone e a esfera são os principais sólidos de revolução.

Cilindro

O cilindro é um sólido geométrico,


limitado lateralmente por uma superfície
curva. Você pode imaginar o cilindro como
resultado da rotação de um retângulo ou de
um quadrado em torno de um eixo que
passa por um de seus lados. Veja a figura ao
lado. No desenho, está representado apenas
o contorno da superfície cilíndrica. A figura
plana que forma as bases do cilindro é o
círculo. Note que o encontro de cada base
com a superfície cilíndrica forma as arestas.

Cone

O cone também é um sólido geométrico limitado


lateralmente por uma superfície curva. A formação do cone pode ser
imaginada pela rotação de um triângulo retângulo em torno de um
eixo que passa por um dos seus catetos. A figura plana que forma a
base do cone é o círculo. O vértice é o ponto de encontro de todos os
segmentos que partem do círculo. No desenho está representado
apenas o contorno da superfície cônica. O encontro da superfície
cônica com a base dá origem a uma aresta.

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Esfera

A esfera também é um sólido geométrico limitado por uma


superfície curva chamada superfície esférica. Podemos imaginar a
formação da esfera a partir da rotação de um semicírculo em tonro
de um eixo, que passa pelo seu diâmetro. Veja os elementos da
esfera na figura ao lado. O raio da esfera é o segmento de reta que
une o centro da esfera a qualquer um de seus pontos. Diâmetro da
esfera é o segmento de reta que passa pelo centro da esfera unindo
dois de seus pontos.

Sólidos geométricos truncados

Quando um sólido geométrico é cortado por um plano, resultam novas figuras


geométricas: os sólidos geométricos truncados. Veja alguns exemplos de sólidos truncados, com
seus respectivos nomes:

Sólidos geométricos vazados

Os sólidos geométricos que apresentam partes ocas são chamados sólidos geométricos
vazados. As partes extraídas dos sólidos geométricos, resultando na parte oca, em geral também
correspondem aos sólidos geométricos que você já conhece.

Observe a figura, notando que, para obter o cilindro vazado com um furo quadrado, foi
necessário extrair um prisma quadrangular do cilindro original.

Verificando o entendimento e praticando

1) Analise o prisma quadrangular vazado ao lado e indique o nome do


sólido geométrico extraído para dar lugar ao furo.

Nome do sólido:_______________

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Comparando sólidos geométricos e objetos da área da matemática

As relações entre as formas geométricas e as formas de alguns objetos da área da


Mecânica são evidentes e imediatas. Você pode comprovar esta afirmação analisando os
exemplos a seguir.

Verificando o entendimento e praticando

1) Tente você mesmo descobrir outras associações. Analise os objetos representados a


seguir e escreva, nos espaços indicados, o nome do sólido geométrico ao qual cada
objeto pode ser associado.

Verifique se você acertou: a) cilindro; b) cilindro truncado; c) tronco de prisma retangular, com furo cilíndrico.

Há casos em que os objetos têm formas compostas ou apresentam vários elementos.


Nesses casos, para entender melhor como esses objetos se relacionam com os sólidos
geométricos, é necessário decompô-los em partes mais simples. Analise cuidadosamente os
próximos exemplos. Assim, você aprenderá a enxergar formas geométricas nos mais variados
objetos. Examine este rebite de cabeça redonda:

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Imaginando o rebite decomposto em partes mais simples, você verá que ele é formado por
um cilindro e uma calota esférica (esfera truncada).

Verificando o entendimento e praticando

1) Agora tente você! Escreva os nomes das figuras geométricas que formam o manípulo
representado abaixo.

As respostas corretas são: a) esfera truncada; b) tronco de cone; c) cilindro; d) tronco de


cilindro vazado por furo quadrado.

Existe outro modo de relacionar peças e objetos com sólidos geométricos. Observe, na
ilustração abaixo, como a retirada de formas geométricas de um modelo simples (bloco
prismático) dá origem à outra forma mais complexa.

Nos processos industriais o prima retangular é o ponto de partida para a obtenção de um


grande número de objetos e peças.

Observe a figura abaixo. Tratasse de um prima retangular com uma parte rebaixada. Veja
como foi obtido o rebaixo:

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A próxima ilustração mostra o desenho de um modelo que também deriva de um prisma


retangular.

Verificando o entendimento e praticando

1) Com a prática você conseguirá imaginar a decomposição do prisma retangular em


outros modelos prismáticos, sem o auxílio do desenho das partes extraídas. Faça uma
tentativa! Imagine que este bloco com furo passante foi obtido a partir de um prisma
retangular. Que sólidos geométricos correspondem as partes retiradas?

Você deve ter respondido que foram retirados 2 prismas truncados das laterais e, para formar o furo
retangular, 1 prisma quadrangular.

2) Escreva o nome destes sólidos geométricos nos espaços indicados.

3) Ligue cada sólido geométrico a figura plana que lhe deu origem.

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4) Observe a guia representada a seguir e assinale com um X os sólidos geométricos que a


compõem.

5) Escreva o nome dos sólidos geométricos em que pode ser decomposto o manípulo
abaixo.

6) Que sólido geométrico foi retirado de um bloco em forma de prisma retangular, para se
obter esta guia em rabo de andorinha?

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7) Analise o desenho a seguir e assinale com um X o nome dos sólidos geométricos que
foram retirados de um prisma retangular, para se obter este modelo prismático.

FORMATOS PADRÕES

A norma NBR 10068 padroniza as características dimensionais das folhas em branco e pré-
impressas a serem aplicadas em todos os desenhos técnicos.

Já a norma técnica NBR 10582 fixas as condições exigíveis para a localização e disposição
do espaço para desenho, espaço para texto e espaço para legenda, e respectivos conteúdos,
nas folhas de desenhos técnicos.

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Legenda

A legenda deve ficar no canto inferior direito nos formatos A4, A3, A2, A1, A0 e, também é
comum sua utilização ao longo da largura da folha de desenho no formato A4.

É fácil perceber porque a legenda é tão importante. Ela fornece informações indispensáveis
para a execução do conjunto mecânico, bem como de suas peças constituintes. Ela normalmente
está localizada no canto inferior direito da folha. Sua disposição e número de informações podem
variar de acordo com a necessidade de cada empresa. São exemplos mais utilizados:

Para facilitar o nosso entendimento podemos dividir a legenda em duas partes: rótulo e
listagem de componentes (peças/elementos).

Rótulo

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No caso do Desenho Mecânico as informações mais importantes são:

 Instituição ou empresa: SENAI/RS


 Outras informações pertinentes ao rótulo: Curso, Unidade, Professor, Turma, Início do
curso e Carga horária;
 Nome do desenhista (aluno);
 Nome do conjunto mecânico (Projeto/Atividade);
 Escala do desenho;
 Data da execução do desenho;
 Peso do conjunto ou componente motivo do desenho técnico;
 Símbolo indicativo de diedro: 1° diedro (BRASIL);
 Tamanho do formato utilizado no desenho: Formato A4;
 Número de folhas (que compreendem a documentação da montagem);

Outras informações que podem ser encontradas no rótulo do desenho de montagem e que
merecem destaque:
 Assinaturas dos responsáveis pelo desenho (professor): MÁRCIO P. MACHADO;
 Logomarcas: SENAI/PRONATEC;
 Data e número da revisão do desenho;
 Outros, que a instituição/empresa julgar importante para entendimento e rastreabilidade:
tolerâncias dimensionais, simbologias, localização do arquivo do desenho, etc...

Lista de peças (Listagem)

Todas as informações da lista de peças são importantes. A lista de peças informa:

 A posição do item desenhado na listagem do conjunto do qual faz parte;


 A identificação numeral de cada peça (código);
 A denominação de cada peça (descrição);
 A quantidade de cada peça no projeto/conjunto;
 Os materiais usados na fabricação das peças;
 As dimensões de cada peça.

Tanto rótulo quanto listagem se pode adequar diante das necessidades específicas de cada
desenho, alguns exemplos seguem:

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Exemplo 1 - Desenho de peça obtida através de perfil laminado

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Exemplo 2 - Desenho de peça cortada em laser com desenho apenas para dobramento

Exemplo 3 - Desenho de montagem de um conjunto mecânico

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Exemplo 4 - Desenho de múltiplas peças de uma montagem

Exemplo 5 - Desenho para montagem de peças em obra

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Exemplo 6 - Desenho de conjunto soldado

Exemplo 7 - Desenho para obra civil

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Dobramento da folha

Havendo necessidade de dobramento de folhas (exceção do formato A4), o formato final


deve ser o A4, de modo a deixar visível o quadro destinado à legenda.

A norma NBR 13142 fixa as condições exigíveis para o dobramento de cópia de desenho
técnico.

O dobramento das folhas pode ser executado da seguinte maneira:

Observações: certos tipos de desenhos, por suas proporções, poderão melhor se acomodar
em formatos especiais, que são obtidos pela adição ou pela supressão de módulos de dobraduras.

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Letras e algarismos

Na maior parte das legendas dos desenhos técnicos empregam-se letras de traço simples,
de rápida execução e bem legíveis. O traçado destas letras pode ser vertical ou com inclinação
para a direita de 65 a 75° com a horizontal, executando à mão livre ou com auxílio de
instrumentos.
Nossa imperfeita percepção visual produz deformações, fazendo, por exemplo, com que
uma linha horizontal situada no meio de um retângulo aparenta estar mais abaixo. Por isso, as
letras B, E, K, S, X, A e os números 3 e 8 deverão sempre ser desenhados com a parte superior
menor que a inferior.
O primeiro requisito para o traçado das letas é a forma correta de segurar o lápis ou a
lapiseira. A pressão deve ser firme e uniforme sobre o lápis.
As linhas horizontais e oblíquas são traçadas da esquerda para a direita, e as verticais de
cima para baixo. Observe as seguintes figuras.

As letras e os algarismos normalizados, verticais e inclinados, são mostrados a seguir.

Ao representarmos as letras e os algarismos são utilizadas pautas. Essas pautas são


constituídas por três linhas paralelas. A primeiro linha é destinada a base; a segunda à parte
superior das minúsculas; a terceira à parte superior das maiúsculas. No traçado das letras e
algarismos, são caraterizados três grupos distintos:
a) Traçado com linhas retas: são as letras H, F, E, I, L, N, T e o número 1. As letras A, V, M,
W, K, Y, Z e os números 4 e 7 também são feitos com linhas retas, mas cada um com
características próprias.
b) Traçado combinando linhas retas e curvas: são as letras B, D, J, P, R, U e os números 2
e 5;
c) Traçado curvo: são as letras O, Q, C, G, S e os números 3, 6, 8, 9 e 0.

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Os tipos de letras e algarismos usados em cotas, legendas e anotações devem ser


bem legíveis, de rápida execução e proporcionais ao desenho, podendo ser verticais ou
inclinados, executados a mão livre ou com auxílio e normógrafos.

A norma NBR 8402 fixa as condições exigíveis para a escrita usada em desenhos técnicos e
documentos semelhantes.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Complete as linhas de acordo com o exemplo da esquerda.

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Tipos de linhas e suas larguras

A Norma NBR 8403:1984 fixa tipos e o escalonamento de larguras de linhas para uso em
desenhos técnicos e documentos semelhantes.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Complete os traços em cada um dos 6 quadros, observando o tipo de linha, seus


espaçamento/direção e sua espessura.

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2) Complete o exercício abaixo, obedecendo, no traçado, a orientação dada pelas


setas. Conserve o m esmo afastamento entre as linhas.

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3) Complete o exercício abaixo, obedecendo, no traçado, utilizando para isso compasso..


Conserve o m esmo afastamento entre as linhas.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Coloque dentro dos círculos dos desenhos, os números correspondentes aos tipos de
linhas empregados em desenho técnico mecânico.

2) Escreva os nomes e tipos de linhas assinaladas por letras no desenho abaixo:

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PROJEÇÕES ORTOGONAIS

A Norma NBR 10067 fixa a forma de representação aplicada em desenho técnico. São
possíveis dois métodos de projeção ortogonal, no 1º diedro e no 3º diedro, entretanto, no Brasil, o
método preferencial é o do 1º diedro, o que não acontece em países com os Estados Unidos, só
para citar um exemplo.

Diedros

Utilizando o sistema cilíndrico ortogonal, dividimos o espaço por dois planos


perpendiculares, em quatro partes, chamadas diedros. Cada diedro possui dois planos de projeção
– um vertical e um horizontal. Um objeto colocado em qualquer diedro terá as suas projeções nos
planos vertical e horizontal.

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Posição relativa das vistas no 1º diedro

Fixando a vista frontal (A), as posições relativas das outras vistas são as seguintes:

 vista superior (B), posicionada abaixo;


 vista lateral esquerda (C), posicionada à direita;
 vista lateral direita (D), posicionada à esquerda;
 vista inferior (E), posicionada acima;
 vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência.

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Posição relativa das vistas no 3º diedro

Fixando a vista frontal (A), as posições relativas das outras vistas são as seguintes:

 vista superior (B), posicionada acima;


 vista lateral esquerda (C), posicionada à esquerda;
 vista lateral direita (D), posicionada à direita;
 vista inferior (E), posicionada abaixo;
 vista posterior (F), posicionada à direita ou à esquerda, conforme a conveniência.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Qual das alternativas abaixo mostra a posição relativa correta das vistas do desenho
técnico no 1° diedro?

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2) Analise a perspectiva representada abaixo e assinale com um X as vistas ortográficas


correspondente.

3) Analise as vistas ortográficas abaixo e assinale com um X a perspectiva correspondente.

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4) Analise a perspectiva abaixo. Depois trace, nas vistas ortográficas, as linhas projetantes
auxiliares, mostrando as relações entre as três vistas.

5) Analise a perspectiva e assinale com um X qual o desenho técnico correspondente.

6) Analise a perspectiva abaixo e complete, à mão livre, as vistas que faltam.

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7) Analise as vistas ortográficas representadas abaixo e desenhe, à mão livre, a vista


superior.

8) Analise a perspectiva isométrica abaixo e assinale com um X a alternativa que contém


as vistas ortográficas correspondentes.

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9) Analise as vistas ortográficas abaixo e assinale com um X a alternativa que corresponde


ao mesmo modelo em perspectiva.

10) Complete à mão livre as projeções das peças apresentadas e coloque o nome em cada
uma das vistas.

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11) Complete à mão livre as projeções das peças apresentadas.

12) Desenhe à mão livre a vista superior e lateral esquerda das peças apresentadas.

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13) Desenhe à mão livre as projeções das peças apresentadas.

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14) Identifique e numere as projeções correspondentes a cada peça apresentada em


perspectiva.

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15) Coloque abaixo de cada vista, as iniciais correspondentes:

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16) Desenhe a mão livre a terceira vista das projeções apresentadas.

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17) Procure nos desenhos abaixo, as vistas que estão relacionadas entre si (frontal e
superior), e coloque os números correspondentes como no exemplo 1 (resolvido).

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18) Procure nos desenhos abaixo, as vistas que estão relacionadas entre si (frontal e lateral
esquerda), e coloque os números correspondentes como no exemplo 1 (resolvido).

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19) Complete as projeções abaixo desenhando a vista lateral direita.

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Cota – O que é e para que serve?

Para que urna peça seja fabricada já sabemos que é necessário representá-la em desenho
técnico com vistas, cortes, etc. Lembramos ainda que este desenho deve conter todas as
dimensões das partes que o compõe.
Este conjunto de dimensões (medidas) colocadas nos desenhos, de forma convencional e
normatizada, sem as quais jamais poderíamos executar a peça, denomina-se cotagem.
Uma boa cotagem exige o conhecimento de normas próprias e o processo de fabricação
das peças, assuntos que serão apresentados nesta unidade, pautados na norma NBR 10126 de
novembro de 1987, que fixa os princípios gerais de cotagem a serem aplicados em desenhos
técnicos.
A título de definição chamamos cota o valor numérico indicado no desenho para expressar
uma dimensão.
Por sua vez, cotagem é a representação gráfica no desenho da característica do
elemento. Essa representação se dá através de linhas, símbolos, notas e valor numérico numa
unidade de medida, O elemento é uma das características do objeto: superfície plana, superfície
cilíndrica, um ressalto, um filete de rosca, uma ranhura, um contorno.
Por essas observações iniciais você deve ter percebido a importância da cotagem para o
desenho técnico. Analise agora a sua aplicabilidade.

Aplicação das cotas

Toda a cotagem deve ser representada diretamente no desenho, de forma clara e


completa, a fim de descrever uma peça ou seu correspondente. A cotagem deve ser localizada na
vista ou no corte que representa mais claramente o elemento.
Como representação gráfica, a colagem deve ser feita apenas para descrever o objeto ou o
produto acabado. Nenhum elemento do objeto ou do produto acabado deve ser definido por mais
de uma cota. Mas há exceções. Vejamos:

a) Nos casos em que for necessária a cotagem de um estágio intermediário de produção,


por exemplo: tamanho do elemento antes da cementação e do acabamento.
b) Nos casos em que a adição de uma cota auxiliar for vantajosa.

Elementos básicos da cotagem

Os elementos básicos da cotagem são: a linha de cota, a linha auxiliar, o limite da linha de
Cota e a cota. É importante que você identifique claramente todos esses elementos.

Linha de cota

É a linha estreita Contínua, paralela à direção de comprimento. Contém setas nas


extremidades e é limitada pelas linhas auxiliares.

Linha auxiliar ou de extensão

É uma linha estreita contínua que limita a linha de cota. As linhas auxiliares não devem
tocar na linha de contorno do desenho e ultrapassam ligeiramente a linha de cota.

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Verificando o entendimento e praticando

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Regras gerais

a) As cotas devem ser distribuídas nas vistas que melhor caracterizam as partes cotadas,
podendo ser colocadas dentro ou fora dos elementos que representam, a fim de se obter
melhores condições de clareza e facilidade na execução. Nas transferências de cotas para fora do
desenho empregamos as linhas de chamada, evitando o seu cruzamento com a linha de cota.

b) A linha de cota é limitada por flechas agudas:

c) Os algarismos ou números devem ser indicados nas linhas de cota, em posição


horizontal, sempre sobre as mesmas.

d) Como regra geral, as linhas de cota devem ficar afastadas entre si e também da peça
pela distância de aproximadamente 7mm.

e) Em desenhos de máquinas as cotas são expressas em milímetros, mas sem mencionar o


símbolo desta unidade de medida. Sendo necessário o emprego de outra unidade de medida, o
símbolo deverá ser escrito, obrigatoriamente, ao lado da cota.

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f) As linhas de centro podem ser empregadas como linhas de chamada sendo prolongadas
pelo traço fino contínuo. Porém, as linhas de centro nunca poderão ser usadas como linha de cota.

g) Os furos de diâmetro grandes e pequenos podem ser cotados como no exemplo a seguir:

h) A linha de cota para indicações de raio, parte do centro do arco e levará somente urna
flecha na extremidade ligada à circunferência.

i) O centro, quando não demarcado pela interseção das linhas de centro, é indicado por
uma pequena circunferência de aproximadamente 1 mm.

j) A cotação de cantos chanfrados é feita conforme a indicação apontada nos exemplos da


figura abaixo.

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k) Na cotação de furos equidistantes é necessário indicar:


 a localização do primeiro furo;
 a distância entre o centro dos dois primeiros;
 a distância entre o primeiro e o último e, entre parênteses, o número de furos.

1) A indicação de medidas angulares deve ser feita como nos exemplos apontados no
conjunto da figura abaixo.

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m) Pequenos espaços podem ser cotados como os indicados nos exemplos da figura
abaixo. Repare que as flechas podem ser substituídas por pontos ou por pequenos traços
inclinados.

n) Nas peças de grande precisão, os furos igualmente espaçados em uma mesma


circunferência, devem ter sua abertura indicada em graus. Nas peças menos precisas é suficiente
que se indique a medida da corda entre os mesmos.

o) Outro recurso no emprego das cotas é a cotação em série (em cadeia), usada quando a
peça a ser usinada não requer grande precisão entre seus elementos contíguos e quando a soma
dos erros desses elementos não influencia no funcionamento da peça.

p) A cotação por linhas básicas (faces de referências) é usada quando se requer precisão
entre elementos contíguos. Nesse caso, todas as medidas devem partir de uma face de referência,
evitando assim a soma dos erros entre os elementos. Observe atentamente a abaixo.

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Indicações suplementares

Até aqui você pôde aprofundar seus conhecimentos sobre cotagem. Mas há ainda muito
que aprender sobre as cotas. Considere as indicações a seguir como informações suplementares,
mas não menos importantes.
a) A altura dos algarismos que indicam as cotas deve ser proporcionais às dimensões do
desenho.

b) Quando uma cota é escrita em uma secção, ela interrompe a hachura.

c) As cotas devem ser dispostas nas vistas ou nas secções nas quais a sua função fique mais
clara. Acompanhe os exemplos da figura abaixo.

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d) Exemplo de indicação de raios de concordância.

e) Quando há muitas concordâncias, para não sobrecarregar o desenho, usamos a


indicação resumida, como na figura abaixo.

f) Exemplo de cotagem de elementos equidistantes em uma circunferência.

g) Exemplo de cotagem a ser adotado quando os elementos dispostos regularmente se


encontram repetidos.

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h) Exemplo de designação de cotas parciais, nominalmente iguais entre si.

i) Na figura abaixo, você encontrará um exemplo de cotagem simplificada de um perfilado.


Ele aparece unificado com a ordem, o símbolo do perfil, as dimensões características e o
comprimento total.

j) A seguir, na figura abaixo, um exemplo de desenho de estrutura metálica executada com


perfis iguais acoplados. Repare que os símbolos também serão acoplados.

k) Exemplo de representação esquemática, de uma estrutura de treliças metálicas. As cotas


foram aplicadas diretamente sobre cada segmento, correspondendo à distância entre nós e a
extremidades do próprio elemento.

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l) Exemplo de cotagem de elementos diversos. Eles indicam a forma correta e a que deve
ser evitada. Acompanhe com atenção o conjunto apresentado na figura abaixo.

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m) Um exemplo de cotagem de elementos simétricos. Nesses casos a aplicabilidade das


cotas exige alguns cuidados especiais. Repare o desenho e as observações:

Observações da figura acima:

 Peças simétricas recebem linhas de centro:


 A linha de centro abrange toda a peça e ultrapassa um pouco os extremos;
 A linha de centro é interrompida para a colocação de cotas, quando estas não puderem
aparecer.

Observe outras formas de cotagem.

De suas observações da figura acima, você poderá concluir que:


 As vistas com dois eixos simétricos têm duas linhas de centro cruzadas;
 O cruzamento deve ser feito com traços.

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n)Outras recomendações sobre cotagem:

Sinais convencionais

Os sinais convencionais são usados nos desenhos com a finalidade de simplificar e facilitar
a sua leitura. Você precisa conhecê-los.
a) Ø - Sinal indicativo de diâmetro.
Usado na indicação de partes cilíndricas e nas vistas em que a secção circular das mesmas
não estejam bem caracterizadas. O sinal é colocado sempre antes dos algarismos. Observe:

b) □ - Sinal indicativo de quadrado. Usado na indicação de elementos de forma quadrada.


O sinal é colocado sempre antes dos algarismos.

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e) X - Diagonais cruzadas. Duas diagonais cruzadas, traçadas com linha fina cheia é o
recurso usado nos seguintes casos:

 Na representação de espigas de seção quadrada:

 Na representação de superfícies planas em peças cilíndricas:

d) Sinais convencionais indicativos de perfilados. Estes sinais são sempre empregados antes
da designação de bitola nos materiais perfilados.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Com base nos modelos cotados e na teoria acima apresentada, complete os


dimensionamentos. Utilize régua e compasso.

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2) Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não
coloque o valor numérico das cotas. Trace à mão livre, apenas as linhas de cota e as linhas de
extensão.

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3) Faça a mão livre a cotagem completa dos desenhos abaixo.

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4) Localize as cotas necessárias para execução das peças abaixo representadas. Não
coloque o valor numérico das cotas. Trace a mão livre apenas as linhas de cota, de extensão e os
símbolos necessários.

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5) Desenhe em CAD.

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Emprego de escalas

O homem sempre necessitou registrar no papel coisas de que ele gosta ou precisa: uma
foto, um desenho para construção ou ainda o projeto de alguma ideia que posteriormente deseje
executar.
Há, porém, uma dificuldade a ser superada: algumas vezes os objetos são muito grandes e
não cabem no papel, como por exemplo, uma casa, um automóvel. Em outras, até caberiam, mas
seriam desenhos tão pequenos de difícil interpretação e, nesse caso, ninguém os enxergaria. É
claro que poderíamos utilizar papéis maiores ou menores, porém, não vamos esquecer que as
folhas têm dimensões padronizadas por normas.
Assim, antes de representar objetos, modelos e peças é preciso estudar o seu tamanho
real. Tamanho real é a grandeza que as coisas têm na realidade. Existem objetos que podem ser
representadas no papel em tamanho real. Mas, existem outros que não podem ser representados
em seu tamanho real. Alguns são muito grandes para caber numa folha de papel. Outros são tão
pequenos, que se os reproduzíssemos em tamanho real seria impossível analisar seus detalhes.
A solução para esses problemas é a redução ou a ampliação das representações destes
objetos. E como pode ser feito?
Manter, reduzir ou ampliar o tamanho da representação de alguma coisa é possível através
da representação em escala.
A Norma NBR 8196 fixa as condições exigíveis para o emprego de escalas e suas
designações em desenhos técnicos.

Requisitos gerais

A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA”, seguida da


indicação da relação:

 ESCALA 1:1, para escala natural;


 ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);
 ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).
 O valor de “X” deve ser conforme tabela 1.
 A palavra “ESCALA” pode ser abreviada na forma “ESC.”
 A escala deve ser indicada na legenda da folha de desenho.
 Quando for necessário o uso de mais de uma escala na folha de desenho, além da escala
geral, estas devem estar indicadas junto à identificação do detalhe ou vista a que se
referem; na legenda, deve constar a escala geral.

Requisitos específicos

 As escalas usadas em desenho técnico são especificadas na tabela 1.


 A escala a ser escolhida para um desenho depende da complexidade do objeto ou
elemento a ser representado e da finalidade da representação. Em todos os casos, a escala
selecionada deve ser suficiente para permitir uma interpretação fácil e clara da informação

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representada. A escala e o tamanho do objeto ou elemento em questão são parâmetros


para a escolha do formato da folha de desenho.

Detalhes em escala

Num desenho, quando algum detalhe, pela sua reduzida dimensão, não ficar
perfeitamente compreensível, ele poderá ser desenhado à parte, em escala de ampliação,
especificada, como no exemplo a seguir:

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Verificando o entendimento e praticando

1) A peça abaixo está representada em escala natural. Marque qual das alternativas
representa a mesma peça em escala 2:1.

2) Complete as lacunas:

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3) Coloque os valores numéricos nas linhas de cota, de acordo com a escala indicada.

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Corte/Hachura

Até o momento viu-se que as projeções são o melhor meio para reproduzir a forma de uma
peça em suas três dimensões. Planos de projeções e seus rebatimentos, bem como as
representações em vistas podem ser pouco para tornar interpretável um desenho mecânico
específico, especialmente por conta do aparecimento de detalhes internos, os quais são
mostrados por linhas invisíveis. Quando estes detalhes são importantes para a fabricação, é
conveniente que se tornem visíveis. Isto é possível mediante a técnica do corte, uma forma de
representação do objeto na qual uma de suas partes é supostamente cortada e removida,
apresentando assim, claramente, as partes ocultas do objeto e facilitando a sua interpretação.
Sem tais cortes, não seria possível analisar os detalhes internos dos objetos mostrados. Em
mecânica, se utilizam modelos representados em corte para facilitar o estudo de sua estrutura
interna e de seu funcionamento.
Mas nem sempre é possível aplicar cortes reais nos objetos para um estudo. Em certos
casos deve-se apenas imaginar que os cortes foram feitos. É o que acontece em desenho técnico
mecânico, sendo o corte e seus tipos fixados pela norma NBR 10067 de maio de 1995.

Planos de corte

Para a simplificação do desenho, o desenhista pode lançar mão de uma técnica que
consiste em cortar uma parte da peça e, dessa forma, expor as superfícies internas. Em tais
seccionamentos todas as partes que se tornam visíveis são representadas por linhas de contornos
visíveis.

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Para obter a vista em corte, um plano de corte imaginário é passado através da peça como
mostrado na figura acima (letra A). A parte anterior é removida (letra B). A direção do plano de
corte é representada no desenho por uma linha de corte. As superfícies expostas, que foram
cortadas, são identificadas por linhas convencionais (hachuras), apresentadas na figura (letra B).

Na representação geral, de qualquer material, deve ser usada a hachura mostrada na figura
abaixo — letra A. O material é representado por linhas traçadas com inclinação de 45° em relação
à base da peça, ou em relação ao eixo da mesma, com linha estreita, conforme a NBR 8403 (ver
Figura abaixo, letra B).

As hachuras em uma mesma peça são feitas sempre numa mesma direção, já nos desenhos
de conjunto ou peças adjacentes, devem ser feitas em direções opostas ou com espaçamentos
diferentes (Figura abaixo, letra A).
As hachuras devem ser espaçadas em função da superfície a ser hachurada. O
espaçamento mínimo para as hachuras é de 0,7mm, conforme NBR 8403.
As hachuras devem ser interrompidas quando houver necessidade de se escrever na área
hachurada (Figura abaixo, letra B).

As hachuras podem ser utilizadas, em alguns casos, para indicar o tipo de material. As
hachuras específicas, conforme o material, são mostradas na figura a seguir, assim também como
outras hachuras podem ser utilizadas, desde que identificadas.

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Na união de chapas mediante uso de parafuso e porca mostrada na figura abaixo, a seguir,
você tem um exemplo de hachuras específicas que indicam o material utilizado nas peças.

Tipos de Cortes e Representações

Observando a figura abaixo, você deve concordar que a forma de representação da direita
é mais simples e clara do que a da esquerda. Fica mais fácil analisar o desenho com corte porque
nesta forma de representação usamos a linha para arestas e contornos visíveis em vez da linha
para arestas e contornos não visíveis.
Como já dito, na indústria, a representação em corte só é utilizada quando a complexidade
dos detalhes internos da peça torna difícil sua compreensão por meio da representação normal,
como visto no caso do registro de gaveta.
Os cortes são utilizados para representar de modo claro os detalhes internos das peças ou
de conjuntos. Em desenhos de conjunto ressaltam a posição das peças que constituem.
Além disso, os cortes indicam através da hachura o material de que é feita a peça ou as
peças, facilitando a colocação de cotas internas.

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Corte total

O corte total é aquele que atinge a peça em toda a sua extensão, como pode ser visto na
imagem abaixo:

No caso de corte total, o plano de corte deve atravessar completamente a peça, atingindo
suas partes maciças, como mostra a figura abaixo:

Em uma peça contendo elementos simetricamente distribuídos (furos ou nervuras radiais)


sem que seja necessário passar por um plano de corte, deve ser feita uma rotação no elemento
até coincidir com o respectivo plano de corte e rebatimento, sem fazer menção especial. Analise a
figura abaixo.

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Corte nas vistas do desenho técnico

Os cortes podem ser representados em quaisquer das vistas do desenho técnico mecânico.
A escolha da vista onde o corte é representado depende dos elementos que se quer destacar e da
posição de onde o observador imagina o corte.

Corte na vista frontal

Considere o modelo a seguir (Figura abaixo), visto de frente por um observador.

Nesta posição, o observador não vê furos redondos nem o furo quadrado da base. Para que
estes elementos sejam visíveis, é necessário imaginar o corte (Figura abaixo).

Imagine o modelo seccionado, isto é, atravessado por um plano de corte, como mostra a
figura abaixo. O plano de corte paralelo ao plano de projeção vertical é chamado plano

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longitudinal vertical. Este plano de corte divide o modelo ao meio, em toda sua extensão,
atingindo todos os elementos da peça.
Veja as partes em que ficou dividido o modelo atingido pelo plano longitudinal vertical.

Imagine que a parte anterior do modelo foi removida. Assim, você poderá analisar com
maior facilidade os elementos atingidos pelo corte.
Observe novamente o modelo seccionado e, ao lado, suas vistas ortográficas (Figura
abaixo).

A vista superior e a vista lateral esquerda não devem ser representadas em corte porque o
observador não as imaginou atingidas pelo plano de corte. A vista frontal está representada em
corte porque o observador imaginou o corte vendo o modelo de frente. Sob a vista representada
em corte, no caso a vista frontal, é indicado o nome do corte: corte AA.
Ainda na figura acima, observe que a vista superior é atravessada por uma linha traço e
ponto estreita, com dois traços largos nas extremidades. Esta linha indica o local por onde se
imaginou passar o plano de corte. As setas sob os traços largos indicam a direção em que o
observador imaginou o corte. As letras do alfabeto, próximas às setas, dão o nome ao corte.
Quando o corte é representado na vista frontal, a indicação do corte pode ser feita na vista
superior, como no exemplo anterior, ou na vista lateral esquerda, como mostra a figura a seguir.

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Corte na vista superior

Como o corte pode ser imaginado em qualquer uma das vistas do desenho técnico, agora
você vai aprender a interpretar cortes aplicados na vista superior.
Imagine o mesmo modelo anterior visto de cima por um observador.

Para que os furos redondos fiquem visíveis, o observador deverá imaginar um corte. Veja, a
seguir, o modelo seccionado por um plano de corte horizontal.

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Este plano de corte, paralelo ao plano de projeção horizontal, é chamado plano


longitudinal horizontal. Ele divide a peça em duas partes. Com o corte, os furos redondos, que
antes estavam ocultos, ficaram visíveis.
Observe novamente o modelo seccionado e, ao lado, suas vistas ortográficas.

O que foi possível perceber?

 O corte aparece representado na vista superior;


 As partes maciças atingidas pelo corte foram hachurada;
 A vista frontal e a vista lateral esquerda estão representadas sem corte, porque o corte
imaginado atingiu apenas a vista superior;
 O nome do corte: corte AA aparece sob a vista superior, que é a vista representada em
corte;
 A indicação do plano de corte na vista frontal, coincide com a linha de centro dos furos
redondos;
 As setas ao lado das letras que dão nome ao corte indicam a direção em que o corte foi
imaginado;
 Quando o corte é imaginado na vista superior, a indicação do local por onde passa o
plano de corte pode ser representada na vista frontal ou na vista lateral esquerda.

Corte na vista lateral esquerda

Observe mais uma vez o modelo com dois furos redondos e um furo quadrado na base.
Imagine um observador vendo o modelo de lado.

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Para que o furo quadrado fique visível, o observador deverá imaginar um plano de corte
vertical atingindo o modelo, conforme a figura a seguir. Veja também que a parte anterior do
modelo seccionado foi retirada.

Finalmente, veja como ficam as projeções ortográficas deste modelo em corte.

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Você deve ter acompanhado atentamente o efeito dos cortes imaginados no modelo
anterior. Considerando as informações anteriores, tome nota:

 O plano de corte, que é paralelo ao plano de projeção lateral, recebe o nome de plano
transversal;
 Na vista lateral, o furo quadrado, atingido pelo corte, aparece representado pela linha para
arestas e contornos visíveis;
 As partes maciças, atingidas pelo corte, são representadas hachurada;
 O furo redondo, visível pelo observador, também é representado pela linha para arestas e
contornos visíveis;
 Nas vistas ortográficas deste modelo cm corte transversal, a vista frontal e a vista superior
são representadas sem corte;
 Quando o corte é representado na vista lateral, a indicação do plano de corte tanto pode
aparecer na vista frontal como na vista superior.

Verificando o entendimento e praticando

1) Observe o modelo seccionado, representado em perspectiva, e faça o que é pedido: a)


indique, na vista superior, o plano de corte; b) faça o hachurado das partes maciças, na
vista em que o corte deve ser representado; c) escreva o nome do corte AA.

2) Assinale com um X a alternativa que completa corretamente a afirmação: Corte total é


aquele que:]
a) ( ) atinge apenas as partes maciças da peça;
b) ( ) divide a peça horizontalmente;
c) ( ) atinge a peça em toda sua extensão;
d) ( ) mostra todos os elementos internos da peça.

3) Escreva na linha indicada a palavra que completa a frase corretamente.


Quando o observador imagina o corte vendo a peça de frente, a vista representada em
corte é a ______________________________.
 Vista frontal;
 Vista superior;
 Vista lateral esquerda.
4) Assinale com um X o desenho que mostra o modelo seccionado por um plano de corte
longitudinal horizontal.

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5) Complete a frase corretamente: os cortes ___________________________ ser


representados em qualquer das vistas do desenho técnico.
 Podem;
 Não podem.
6) Observe as vistas ortográficas e responda: qual das vistas está representada em corte?

7) Observe as vistas ortográficas e responda: em qual das vistas aparece a indicação do plano
de corte?

8) Assinale com um X a(s) alternativa(s). quando o corte é representado na vista lateral


esquerda, a indicação do plano de corte pode ser feita:
a) ( ) na vista frontal;
b) ( ) na vista superior;
c) ( ) na vista lateral esquerda.

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9) Complete o desenho abaixo, indicando as áreas em corte.

10) Considerando a vista de frente e a vista lateral direita da peça abaixo, desenhe a vista
superior em corte AA.

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Meio corte

Há tipos de peças ou modelos em que é possível imaginar em corte apenas uma parte,
enquanto que a outra permanece visível em seu aspecto exterior. Este tipo de corte é chamado
meio corte, e é aplicado em apenas metade da extensão da peça.
É um tipo peculiar às peças ou modelos simétricos no sentido longitudinal ou transversal.

Modelos simétricos - longitudinal e transversal

Observe o modelo a seguir, representado em perspectiva. Em seguida, imagine este


modelo dividido ao meio por um plano horizontal e depois, dividido por um plano vertical.

Você reparou que, nos dois casos, as partes resultantes da divisão são iguais entre si!!!
Trata-se, portanto, de um modelo longitudinal e transversalmente simétrico. Neste modelo é
possível imaginar a aplicação do meio corte.

Representação do meio corte

Observando o modelo com meio corte, você poderá analisar os elementos internos, além
disso, poderá observar também o aspecto externo, que corresponde à parte não atingida pelo
corte.
A linha traço e ponto estreita, responsável pela divisão da vista frontal ao meio, é a linha de
simetria. As partes maciças atingidas pelo corte são representadas hachuradas. O centro dos
elementos internos, que se tornaram visíveis com o corte, é indicado pela linha de centro.
A metade da vista frontal que não foi atingida pelo meio corte é exatamente igual à outra
metade. Assim, não será necessário repetir a indicação dos elementos internos na parte não
atingida pelo corte. Entretanto, o centro dos elementos não visíveis deve ser indicado.
Quando o modelo é representado com meio corte, não será necessário indicar os planos de
corte. As demais vistas são representadas normalmente.
Sempre que a linha de simetria que atravessa a vista em corte for vertical, a parte
representada em corte deve ficar à esquerda, conforme recomendação da NBR 10067. Veja a
figura a seguir.

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Quando a linha de simetria que atravessa a vista em corte estiver na posição horizontal, a
metade em corte deverá ser representada na parte inferior do desenho, abaixo da linha de
simetria, conforme NBR 10067. É isso que você pode observar analisando a vista frontal em meio
corte no exemplo da figura abaixo.

A escolha da vista em que o meio corte deve ser representado depende das formas do
modelo e das posições dos elementos que se quer analisar.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Complete os desenhos abaixo, conforme exemplo resolvido.

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2) Analise as vistas ortográficas e faça um traço embaixo das palavras que respondem
corretamente às perguntas.

a) Qual a vista representada em meio corte?


a. Vista lateral esquerda;
b. Vista frontal
b) Qual a direção de onde o corte foi imaginado?
a. De lado;
b. De frente.
c) O que mostra a vista em meio corte?
a. Só os elementos internos da peça;
b. Os elementos internos e as partes externas da peça.
d) Em que vista devem ser indicados os planos de corte?
a. Na vista superior;
b. Não há necessidade de indicar os planos de corte.
e) Os elementos internos não atingidos pelo corte:
a. Devem ser representados na vista em meio corte pela linha tracejada estreita;
b. Não devem ser representados na vista em meio corte.

3) Assinale com um X os desenhos técnicos com representação de meio corte.

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4) Imagine que a peça abaixo sofreu meio corte, vista de cima. Complete, no desenho técnico,
a vista atingida pelo corte.

5) Analise as perspectivas e assinale com X as que correspondem a modelos ou peças que


podem ser represntados em meio corte.

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6) Desenhe em CAD.

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Corte parcial

Este tipo de corte é aplicado em uma parte da peça para focalizar um detalhe determinado
por uma linha continua estreita à mão livre ou por uma linha estreita em zigue-zague. conforme a
NBR 8403.
Observe o modelo em perspectiva com aplicação de corte parcial.

A linha continua estreita irregular à mäo livre, que você ve na perspectiva, é a linha de
ruptura.
A linha de ruptura mostra o local onde o corte está sendo imaginado, deixando visíveis os
elementos internos da peça. A linha de ruptura também é utilizada nas vistas ortográficas.

A vista representada em corte é a vista frontal, porque, ao imaginar o corte, o observador


estava vendo a peça de frente (Figura anterior). Nas partes não atingidas pelo corte parcial, os
elementos serão representados normalmente. As partes hachuradas representam as partes
maciças do modelo, atingidas pelo corte.

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Você pode imaginar mais de um corte parcial na mesma vista do desenho técnico.

O corte parcial também pode ser representado em qualquer das vistas do desenho técnico.

Outra coisa muito importante que você deve observar é que, na representação em corte
parcial, não aparece o nome do corte. Não é necessário, também, indicar o corte parcial em outras
vistas.

Verificando o entendimento e praticando

1) Analise o desenho em perspectiva e represente, nas vistas ortográficas, os cortes


parciais correspondentes.

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Outra coisa muito importante que você deve observar é que, na representação em corte
parcial, não aparece o nome do corte. Não é necessário, também, indicar o corte parcial em outras
vistas.

2) Desenhe em CAD.

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Corte em desvio

Quando a representação da peça possuir uma parte apresentada em revolução, contendo


detalhes simetricamente distribuídos (furos ou nervuras radiais) sem que passe pelo plano de
corte, o ideal é fazer urna rotação de detalhe até coincidir com o plano.
Observe um modelo em perspectiva, com aplicação de corte em desvio (Figura abaixo).

O corte em desvio procura buscar todos os detalhes da peça. Para isso precisa desviar a
linha de corte (linha simétrica), passando pelas partes desejadas.
Veja a seguir o detalhamento da peça em perspectiva, mostrada anteriormente.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Analise as vistas representadas abaixo e complete as afirmações nos espaços indicados.

a) A vista representada em corte é a _________________________________.


b) A vista onde estão indicados os planos de corte é a _____________________________.
c) Este corte é composto por ______________________planos______________________.
d) O observador imaginou o corte vendo o modelo de _____________________________.
e) O nome deste corte é ________________________________.
f) As setas com a letra A indicam a _____________________________em que o observador
imaginou o corte.
g) Os espaços hachurados, na vista lateral esquerda, representam as
partes________________________ atingidas pelo corte.

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2) Analise as perspectivas e represente nas vistas ortográficas correspondentes, as partes


maciças atingidas pelo corte.
a.

b.

c.

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Complete os desenhos abaixo, indicando as áreas em corte.

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3) Analise as vistas ortográficas e complete as frases nas linhas indicadas.

a) As vistas representadas em corte são_______________________e___________________.


b) As indicações dos planos de corte aparecem representadas na vista _________________.
c) Os nomes dos cortes são______________________e______________________.

4) Assinale com um X a alternativa que corresponde à perspectiva isométrica sem corte


do modelo do exercício anterior.

5) Imagine o modelo a seguir, seccionado por dois planos de corte, como mostra a
ilustração, e assinale com um X a alternativa correta.

a) ( ) vista frontal e vista superior;


b) ( ) vista superior e vista lateral esquerda;
c) ( ) vista frontal e vista lateral esquerda.

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6) Analise as vistas ortográficas e complete as frases nas linhas indicadas, escrevendo as


respostas corretas.

I. As setas do Corte AA indicam que o corte foi imaginado de ________________.


a. Frente;
b. Cima;
c. Lado.

II. As setas do Corte BB indicam que o corte foi imaginado de ________________.


a. Frente;
b. Cima;
c. Lado.

7) Represente, na vista superior, as indicações dos planos de corte.

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8) Assinale com um X as vistas ortográficas, em corte, que correspondem ao modelo em


perspectiva com indicações de dois planos de corte.

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9) Desenhe em CAD.

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Omissão de cortes

Omissão quer dizer: falta, ausência. Nas representações com omissão de corte, as hachuras
são parcialmente omitidas.
Apenas alguns elementos devem ser representados com omissão de corte, nesse caso
quando seccionados longitudinalmente pelo corte não devem ser hachurados.
Veja a seguir o emprego deste conceito em alguns casos.

1. As esferas, os roletes e os rolos dos coxinetes volventes não se seccionam.

2. As manivelas não se seccionam quando o plano de secção é longitudinal.

3. As peças de torneiras não se seccionam quando o plano de secção é longitudinal.

4. Os eixos de retenção e as portas não se seccionam quando o plano de secção é


longitudinal.

5. Os raios não se seccionam quando o plano de secção é longitudinal.

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6. Os eixos de retenção e as porias não se seccionam quando o plano de secção é


longitudinal.

7. As nervuras não se seccionam quando o plano de secção é longitudinal.

8. Os dentes das rodas dentadas e raios de roldanas não se seccionam quando o plano de
secção é longitudinal.

9. Os rebites não se seccionam quando o plano de secção é longitudinal.

10. Parafusos, porcas e arruelas no se seccionam.

11. As cunhas cônicas e cilíndricas no se seccionam quando o plano de secção é


longitudinal.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Assinale com um X as perspectivas das peças que devem ser representadas com omissão
de corte.

2) Analise a perspectiva e represente as hachuras onde for necessário, nas vistas ortográficas
da peça.

3) Assinale com um X os desenhos técnicos com omissão de corte.

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4) Analise o desenho técnico e assinale com um X a(s) alternativas(s) correta(s).

Neste desenho estão representados em omissão de corte os seguintes elementos:

a) ( ) nervuras;
b) ( ) dentes;
c) ( ) orelhas;
d) ( ) braços.

5) Assinale comum X a representação correta.

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Seção e Encurtamento

Em desenho técnico busca-se sempre, a forma mais simples, clara e prática de representar
o maior número possível de informações.
Voce já viu como a representação em corte facilita a interpretação de elementos internos
ou de elementos não visíveis ao observador. Mas, as vezes, o corte não é o recurso adquado para
mostrar a forma de partes internas da peça. Nestes casos, devemos utilizar a representação em
seção, que é um dos assuntos que voce vai aprender neta aula. As representações em seção
também são normalizadas pela ABNT (NBR 10067/1987).

Seções
As seções indicam, de modo prático e simples, o perfil ou parte de peças, evitando visitas
desnecessárias que nem sempre identificam a peça.

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Seções enegrecidas

Quando a área da seção é a de um perfil de pouca espessura, ao invés de se representarem


as hachuras, o local é enegrecido.
As seções enegrecidas tanto podem er representadas fora das vistas c omo dentro das
vistas, ou, ainda, interrompendo as vistas. Veja um exemplo de cada caso.

Encurtamento e Ruptura

Encurtamento

Certos tipos de peças, que apresentam formas longas e constantes, podem ser
representadas de maneira mais prática.
O recurso utlizado em desenho técnico para representar estes tipos de peças é o
encurtamento.
A representação com encurtamento, além de ser mais prática, não apresenta qualquer
prejuízo para a interpretação do desenho.
Nem todas as peças podem ser representadas com encurtamento. A seguir voce vai
conhecer as condições para que se possa usar este tipo de representação.

Condição para representação com encurtamento

O encurtamento só pode ser imaginado no caso de peças longas ou de peças que contem
partes longas e de forma constante. Veja o exemplo de um eixo com duas espigas nas
extremidades e uma parte central longa, de gorma constante. Imagine o eixo seccionado por dois
planos de corte, como mostra a ilustração.

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Rupturas

As rupturas são representações convencionais utilizadas para o desenho de peças que,


devido ao seu comprimento, necessitam ser encurtadas para melhor aproveitamento de espaço
no desenho. De acordo com a sua forma, odedecem as convenções abaixo.

A representação de ruptura é empregada quando, na parte que se imagina retirada, hão


houver detalhes que necessitam ser mostrados.

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Observação: o comprimento real da peça é dado pelo valor numérico da cota.

Representação com encurtamento e seção

É muito comum, em desenho técnico, a seçaõ aparecer na representação com


encurtamento. Aplicando encurtamento e seção num mesmo desenho, economizamos tempo e
espaço. Veja um exemplo.

O suporte, representado em perspectiva, é uma peça que tem várias partes longas, onde
voce pode imaginar encurtamentos. Na vista ortográfica desta peça é possível representar, ao
mesmo tempo, os encurtamentos e as seções.

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Note que a peça está representada através da vista frontal. Neste desenho estão
representados 4 encurtamentos e 4 seções. Duas seções estão indicadas na vista frontal e
representadas fora da vista: Seção AA e Seção BB. Uma seção aparece rebatida dentro da vista.
Quando a seção vem rebatida na vista, não é necessário dar-lhe um nome. Por fim, observe que
no encurtamento da parte inclinada aparece representada a quarta seção.

Verificando o entendimento e praticando

1) Estude as vistas ortográficas e faça o que é pedido:

a) Faça um círculo em volta da seção representada dentro da vista;


b) Faça um X n seção representada interrompendo a vista;
c) Escreva C se a afirmativa for correta e e se for errada:
( ) No local em que a seção aparece interrompendo a vista está representado um
encurtamento.
d) Escreva, nos locais apropriados, os nomes das seções representadas fora da vista;
e) Desenhe uma seta apontando para o encurtamento representado neste desenho.

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2) Indique, na tabela abaixo, qual projeção ortogonal corresponde às perspectivas 1, 2, 3, 4, 5


e 6.

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3) Na figura A as seções sucessivas estão representadas ao lado da vista frontal. Complete o


desenho da figura B, representando as mesmas seções sucessivas próximos da vista.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Observe a perspectiva, em corte, e represente na vista ortográfica, a seção


correspondente.

2) Analise as vistas ortográficas e escreva:


(C) para as que apresentam corte;
(S) para as que apresentam seção.

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3) Desenhe em CAD.

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4) Desenhe em CAD.

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Projeção em rotação

Certas peças que têm superfícies oblíquas em relação ao plano de projeção, por
convenção, são representadas por meio de outro tipo especial de projeção ortográfica: a projeção
em rotação.

Veja alguns exemplos de peças que precisam desse tipo de representação.

Rotação de detalhes oblíquos

A “rotação de detalhes oblíquos” tem por finalidade evitar o encurtamento que resultaria
da verdadeira projeção de detalhes inclinados. Faz-se a rotação destes detalhes de modo a
projetá-los sem deformação. Observe o seguinte exemplo.

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Este tipo de representação também é aplicado em peças mostradas em corte.

Verificando o entendimento e praticando

1) Complete a vista de frente e desenhe a vista lateral esquerda da peça apresentada.


Aplique corte e utilize a escala 1:1. Os 3 furos de Ø13 e as 3 nervuras de espessura de 6
mm são igualmente espaçadas (120°).

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VISTAS AUXILIARES OU PARCIAIS

Certas peças, embora simples, necessitam - devido a pequenos detalhes - de mais de uma
vista para sua inteira compreensão. A representação destas peças pode ser simplificada, deixando-
se de desenhar a segunda vista por inteiro, mas apenas o detalhe. É o caso, por exemplo, de uma
peça com chanfro ou furo escareado. Observe os seguintes exemplos.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Desenhe abaixo, a vista frontal e parcial da peça abaixo. Utilize a escala 1:1.

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2) Complete os desenhos das vistas auxiliares abaixo.

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3) Complete os desenhos das vistas auxiliares abaixo.

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Vista simplificada

Quando representamos uma peça pelas suas projeções, usamos as vistas que melhor
identificam suas formas e suas dimensões. Podemos usar três ou mais vistas, como também
podemos usar duas vistas e, em alguns casos, para simplificar, até uma única vista.
Tome como exemplo o cilindro a seguir, desenhado em duas vistas. Com o emprego do
sinal convencional indicativo de diâmetro (Ø), pode-se eliminar a vista lateral, sem prejudicar a
clareza do desenho.

Observe outros exemplos de simplificação do desenho de peças cilíndricas, com supressão


de vistas.

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Verificando o entendimento e praticando

1) Empregando no máximo duas vistas, desenhe e cote - à mão livre – as peças abaixo.
Utilize estratégia de simplificação de vistas.

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Perspectivas

Perspectiva é o desenho que mostra os objetos da maneira como eles são vistos na
realidade. A rigor, a visualização exata não é possível porque este desenho é feito a partir de um
determinado ponto de vista e lançado sobre uma superfície plana, enquanto a imagem real é
tridimensional. A perspectiva não é utilizada nas oficinas de fabricação porque deforma as
superfícies e é difícil de cotar. Além disso, a realização dessas perspectivas exige um trabalho
longo e minucioso. Elas são utilizadas nos catálogos dos construtores para as peças de reposição.

A figura abaixo apresenta um exemplo de uma perspectiva. Podemos dizer que a vista está
detalhada. Separa os diferentes componentes de um sistema de bielas de uma moto enquanto se
respeita a posição relativa de montagem.

Perspectivas e suas principais características

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Critérios de escolha da melhor perspectiva

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A mais usada das perspectivas é a isométrica. Neste caso, as três faces sofrem a mesma
deformação, isto é, reduções iguais nos três eixos.

Como na perspectiva isométrica as reduções são iguais nos três eixos, utiliza-se o chamado
desenho isométrico, que é a figura obtida quando se passam para os eixos perspectivos as
medidas reais do objeto.

Verificando o entendimento e praticando

Desenhe a perspectiva isométrica de um cubo de 40 mm de aresta, tomando como


referência as linhas traçadas abaixo.

Observação:

A perspectiva isométrica de circunferências e de seus arcos ocorre frequentemente.

Como a circunferência pode ser inscrita em um quadrado, este, ao ser perspectivado,


transforma-se em um losango, que terá uma elipse inscrita. Traçam-se os eixos isométricos X, Y e
Z, e marcam-se os lados do quadrado no eixo. Tem-se agora o losango, onde são indicados os
pontos médios dos lados E, F, G e H. ligam-se os pontos A e C aos pontos médios. No centro nos
vértices A e C, traçam-se os arcos GE e FH. Com centro nos pontos I e J, traçam-se os arcos GF e
EH, completando a elipse isométrica.

A técnica mencionada é a mesma, qualquer que seja o plano utilizado.

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Observe que, para completar a perspectiva de um sólido, será necessário desenhar outra
circunferência, ou arco, na face paralela e oposta à primeira, já traçada. Esta outra circunferência
terá as mesmas dimensões e seus vértices serão isometricamente coincidentes, ou seja, serão
ligados por linhas paralelas a um dos eixos isométricos (com a linha que liga os pontos E e E´na
figura a seguir, que é paralela ao eixo vertical).

As duas circunferências em perspectivas serão ligadas por linhas que compõem faces do
sólido (seriam como os lados de um cilindro); estas linhas são tangentes aos arcos que compõem a
circunferência, e para definir sua posição basta ligar os pontos de interseção entre os arcos
traçados e as diagonais maiores dos quadrados isométricos (pontos 1 e 2).

Para facilitar sua compreensão, exercite o procedimento acima reconstituindo - no espaço


abaixo - a peça demonstrada.

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Para executar o desenho isométrico das peças, procede-se do seguinte modo:

a) Tendo as vistas principais de uma peça;

b) Parte-se de um ponto que representa o vértice frontal do sólido envolvente e traçam-


se os três eixos que farão entre si ângulos de 120°.

c) Em seguida constrói-se o paralelepípedo com as dimensões de comprimento, largura


e altura, segundo a visibilidade desejada para os três planos.
d) Analisando as vistas ortogonais, fazem-se cortes no sólido envolvente de acordo com
as formas e dimensões dadas nas referidas vistas, adaptando, separadamente, cada
vista no seu plano, até que se tenha o objeto desejado.

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Verificando o entendimento e praticando

1. Para aprender é preciso exercitar! Esboce a perspectiva do modelo prismático abaixo


obedecendo à sequencia das fases do traçado. Utilize o reticulado da direita.

2. Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica do modelo escrevendo de 1 a 5 nos


círculos.

3. Esboce, na coluna da direita, a perspectiva isométrica do modelo representado à esquerda.

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4. Na sequencia abaixo complete, a mão livre, o desenho da 4ª fase do traçado da perspectiva


isométrica.

5. Na sequencia abaixo, desenhe as fases que faltam para chegar ao traçado completo da
perspectiva isométrica.

6. Ordene as fases do traçado da perspectiva isométrica, escrevendo de 1 a 5 nos círculos.

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7. Desenhe à mão livre as perspectivas isométricas das peças abaixo.

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Conjuntos mecânicos

Os “conjuntos mecânicos” geralmente são desenhados de duas formas:

a. Desenho de detalhe: as peças são desenhadas separadamente.


b. Desenho de conjunto: as peças são desenhadas em conjunto, dando uma ideia de
montagem.

Nos exemplos abaixo, estão desenhados detalhes e conjuntos de uma chave de fenda de
hastes permutáveis (intercambiáveis).

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Detalhamento das peças do conjunto “chave de fenda de hastes permutáveis”.

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Verificando seu entendimento e praticando

1. Estude os desenhos do conjunto e detalhes do “Porta-Escala” e responda ao questionário


da folha seguinte.

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Representação de conjuntos mecânicos

Um conjunto mecânico também pode ser desenhado apenas com o objetivo de mostrar
os seus componentes e a nomenclatura destes, como é o exemplo do desnho da “Serra Alternativa
do tipo Mecânica” apresentada abaixo. Note que o conjunto foi representado em vista única e não
houve preocupação com os seus detalhes, pois o objetivo era apenas em apresentar a
nomenclatura da peças componentes da Serra Alternativa.

Também poderia ter sido utilizada a representação em perspectiva, que nos mostraria o
conjunto com suas três dimensões; no entanto, sempres que é possível, devemos evitar esta
representação por ser de difícil e demorada elaboração (ser realizados manualmente, com o uso
de ferramentas CAD esta tarefa é rápida e fácil de ser executada, além de ser, em muitos casos,
indispensável para facilitar o entendimento do conjunto representado).

Outro tipo de desenho de conjunto muito empregado é o da “Vista Explodida”,


mostrando o conjunto como se estivesse desmontado, porém, fazendo uma correspondência às
posições de cada detalhe no conjunto.

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O desenho do “grampo de fixação” abaixo, apresenta um exemplo de vista explodida.

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Convenções para acabamento de superfícies

O desenho técnico além de mostrar as formas e as dimensões das peças, precisa conter
outras informações para representa-lo fielmente. Uma destas informações é a indicação dos
estados das superfícies das peças.
Acabamento – acabamento é um grau de rugosidade observado na superfície da peça. As
superfícies apresentam-se sob diversos aspectos, a saber: em bruto, desbastadas, alisadas
e polidas.
a. Superfície em bruto – é aquela que não é usinada, mas limpa com a
eliminação de rebarbas e saliências;
b. Superfície desbastada – é aquela em que os sulcos deixados pela
ferramenta são bastante visíveis, ou seja, a rugosidade é facilmente
percebida;
c. Superfície alisada – é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta
são pouco visíveis, sendo a rugosidade pouco percebida;
d. Superfície polida – é aquela em que os sulcos deixados pela ferramenta
são imperceptíveis, sendo a rugosidade detectada somente por meio de
aparelhos especiais.
No sistema antigo de representação de acabamento superficial os símbolos indicativos
eram os seguintes:

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Atualmente, os graus de acabamento das superfícies são representados pelos símbolos


indicativos de rugosidade de superfície, normatizados pela norma NBR-8404 da ABNT, baseada na
norma ISSO-1302. os graus de acabamento são obtidos por diversos processos de trabalho e
dependem das modalidades de operações e das características dos materiais adotados.

Rugosidade – com a evolução tecnológica houve a necessidade de se aprimorarem as


indicações dos graus de acabamento de superfícies. Com a criação de aparelhos (Rugosímetros)
capazes de medir a rugosidade superficial em µm (um micrometro ou um mícron = 1 µm = 0,001
mm), as indicações dos acabamentos de superfície passaram a ser representadas por classes de
rugosidade. Assim, a rugosidade passou a ser considerada como erros micro geométricos
existentes nas superfícies das peças.

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A norma ABNT NBR-8404 normatiza a indicação do estado de superfície em desenho


técnico por meio dos seguintes símbolos:

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Verificando o entendimento e praticando

1. Escreva, nas linhas indicadas, a rugosidade das peças em sua grandeza máxima, conforme
o exemplo a.

2. Analise o desenho técnico e responda as perguntas a seguir.

3. Marque a alternativa que se encaixa na afirmação abaixo:


“Trata-se da interseção da superfície real com um plano a ela perpendicular.”
a. Superfície real;
b. Superfície geométrica;
c. Superfície efetiva;
d. Perfil da superfície;
e. Irregularidade de superfície.

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4. De acordo com a ABNT, rugosidade de uma superfície é a média das áreas compreendidas
acima da linha média, num comprimento de amostragem.

( ) certo

( ) errado

5. O número escrito no símbolo de rugosidade em um desenho indica que quanto maior ele
for, menor a rugosidade.

( ) certo

( ) errado

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Noções sobre tolerâncias e ajustes

Sistemas de tolerância – Conjunto de princípios, regras, fórmulas e tabelas que permitem a


escolha racional de tolerâncias para a produção econômica de peças mecânicas intercambiáveis.
Os termos aqui usados estão de acordo com a norma de tolerâncias e ajustes NBR-6158.
Tolerância – Variação permissível da dimensão da peça, dada pela diferença entre as
dimensões máxima e mínima. Símbolo: T.
Dimensão nominal – Dimensão básica que fixa a origem dos afastamentos. Símbolo: D.

Dimensão efetiva – Valor obtido medindo a peça. A dimensão efetiva poderá ser qualquer
valor compreendido entre as dimensões máxima e mínima. É a dimensão real da peça após
fabricada. Ex.: 30,024 mm

Convencionou-se considerar positivos os valores dos afastamentos que se encontram sobre


a linha zero e negativos aqueles situados abaixo dela.
Eixo – termo convencionalmente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo
qualquer parte de uma peça cuja superfície externa é destinada a alojar-se na superfície interna de
outra.
Furo – Termo convencionalmente aplicado para fins de tolerâncias e ajustes, como sendo
todo espaço determinado pela superfície interna de uma peça e destinado a alojar um eixo.
Dimensão máxima – Valor máximo admissível para a dimensão efetiva. Símbolo: Dmáx.
Ex.: 30,02 mm.
Dimensão mínima – Valor mínimo admissível para a dimensão efetiva. Símbolo: Dmín.
Ex.: 29,90 mm
Afastamento inferior – diferença entre a dimensão mínimo e a nominal. Símbolo: Ai para
furos e ai para eixos.

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Ex.: 29,90 – 30,00 = -0,10 mm


Afastamento superior – diferença entre a dimensão máxima e a nominal. Símbolo: As para
furos e as para eixos.
Ex.: 30,20 – 30,00 = 0,20 mm
Folga – diferença entre as dimensões do furo e do eixo, quando o eixo é menor do que o
furo. Símbolo: F.
Folga máxima – diferença entre as dimensões máxima do furo e mínima do eixo, quando o
eixo é menor do que o furo. Símbolo: Fmáx.
Campo de tolerância – é a diferença entre a medida máxima e a medida mínima permitida.
Ex.: 30,20 – 29,90 = 0,30 mm
Tolerância – é o valor da variação permitida na dimensão de uma peça. Em termos práticos
é a diferença tolerada entre as dimensões máxima e mínima de uma dimensão nominal. A
tolerância é empregada em peças produzidas em série e garante a intercambiabilidade entre elas.

Sistema de ajustes

Ajuste – comportamento de um eixo num furo, ambos da mesma dimensão nominal,


caracterizado pela folga ou interferência apresentada.
Ajuste com folga – Aquele em que o afastamento superior do eixo é menor ou igual ao
afastamento inferior do furo.

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Ajuste com interferência – aquele em que o afastamento superior do furo é memnor ou


igual ao afastamento inferior do eixo.

Ajuste incerto – aquele em que o afastamento superior do eixo é maior que o


afastamento inferior do furo e o afastamento superior do furo é maior que o afastamento inferior
do eixo.

Campo de tolerância

O campo de tolerância é o conjunto de valores compreendidos entre os afastamentos


superior e inferior. O sistema de tolerância ISO prevê a existência de 21 campos de tolerância,
representados por letras do alfabeto latino, sendo as maiúsculas para furo e as minúsculas para
eixo.
Furos: A B C D E F G H J K M N P R S T U V X Y Z
Eixos: a b c d e f g h j k m n p r s t u v x y z

Estas letras indicam as posições dos campos de tolerância em relação à dimensão


nominal, indicando as primeiras os acoplamentos móveis e as últimas os acoplamentos fixos.

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Posição dos campos de tolerância

Furos

Eixos

Um simulador de ajustes pode ser acessado em:


http://www.stefanelli.eng.br/webpage/metrologia/p-afastamento-tolerancia-ajuste-nbr-
6158-simulador-autoavaliacao.html

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Verificando o entendimento e praticando

1) Escreva, junto às cotas dos desenhos abaixo, as tolerâncias ISSO-ABNT de acordo com os
tipos de ajuste indicados.

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2) Analise a vista ortográfica cotada e faça o que é pedido.

a. Complete os espaços com os valores correspondentes:


a. Afastamento superior:____________
b. Afastamento inferior:_____________
c. Dimensão máxima:_______________
d. Dimensão mínima:_______________

b. Dentre as medidas abaixo, assinale com um X as cotas que podem ser dimensões
efetivas deste ressalto:

( ) 20,50 ( ) 20,04 ( ) 20,06 ( ) 20,03

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Informações complementares

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Referenciais bibliográficos

Apostilas do SENAI.

FIESP, CIESP SESI, SENAI, IRS. Leitura e Interpretação de Desenho Técnico Mecânico – Telecurso
2000 Profissionalizante. Fundação Roberto Marinho. Três volumes. São Paulo – SP.Ed. Globo,
2000.

Normas ABNT.

PROVENZA, F. Desenhista de Máquinas (4ª ed.). São Paulo, Publicações PROTEC, 1991.

TUPY, E. T. Manual de Desenho Técnico Mecânico (Vol. II). 8ª impressão. Jun. 1988.

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