Você está na página 1de 16

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA

CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Engenharia Civil
Geotecnia

DIMENSIONAMENTO DE FUNDAÇÃO TIPO SAPATA

Foz do Iguaçu
2021

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

CONSIDERAÇÕES INICIAIS PARA O DIMENSIONAMENTO

1. Definição da quantidade de sondagens necessárias

Para determinar a quantidade de furos necessários para a realização da sondagem SPT


(Standard Penetration Test), é necessário considerar a área de projeção da construção (APE).
Pela NBR 8036/1983, foram estabelecidas as seguintes quantidades mínimas de furo:

APE DO EDIFÍCIO QUANTIDADE DE SONDAGENS

Até 200 m² Mínimo de 2 sondagens

De 200 m² a 1.200 m² 1 sondagem para cada 200 m²

( Ex.: 250 m², 520m² e 920 m²) ( Ex.: 3 sond, 3 sond e 5 sond, respectivamente)

De 1.200 m² a 2.400 m² 1 sondagem para cada 400 m², que excederem a 1.200 m²

( Ex.: 1.450 m², 1.720 m² e 2.340 m²) ( Ex.: 6 sond, 7 sond e 8 sond, respectivamente)

Acima de 2.400 m² De acordo com o plano particular da construção

MÍNIMO
Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser:
Até 200m² Mínimo de 2 sondagens

De 200 m² a 400 m² 3 sondagens

Distância máxima entre sondagens 100m

2. Consideração da Sondagem

Após a definição da quantidade e posicionamento dos furos, a sondagem é efetivamente


realizada. Abaixo, segue um exemplo de sondagem realizada na cidade de Foz do Iguaçu para
realizar os cálculos de dimensionamento das sapatas e blocos:

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

3. Informações dos pilares

Para esse exemplo, vamos usar 1 pilar retangular e 1 pilar em “L”, com cargas altas, para
calcular as sapatas:

Carga Vertical Peso Próprio (5% da Carga Total


Pilar Dimensões (cm)
(kgf) Carga Vertical) (kgf)
P01 20x40 53.238,10 2.661,90 55.900
P02 100x145x25x35 (L) 290.476,20 14.523,80 305.000

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

4. Pré-dimensionamento da sapata

Para realizar o pré-dimensionamento, é necessário analisar o relatório da sondagem e estimar


um tamanho inicial para o maior lado da sapata. A estimativa do tamanho da sapata, influencia
diretamente na profundidade do bulbo de tensão a ser considerado no cálculo.

4.1. Bulbo de Tensão

Bulbo de tensões ou bulbo de pressões é o conjunto de várias curvas de isovalores de tensões


verticais no solo induzidas por um carregamento externo.

Podemos representar a magnitude das tensões induzidas por uma fundação, bem como seus
pontos de alcance, através do bulbo de tensões, como ilustrado na figura abaixo.

Podemos dizer que a tensão em qualquer ponto no


interior da massa de solo limitada por uma curva do
bulbo de tensões é superior ao valor de tensão dessa
curva.

Ou seja, qualquer ponto no interior do bulbo


delimitado pela curva de 0,2σ0 tem tensão igual ou
superior a 0,2σ0.

Maiores informações:
https://www.guiadaengenharia.com/bulbo-tensoes/

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Na prática, a profundidade L do bulbo de tesão depende da geometria da sapata:

• 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝐶𝑖𝑟𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑜𝑢 𝑄𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 → 𝑳 = 𝟐. 𝑩


• 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝑅𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟 → 𝑳 = 𝟑. 𝑩
• 𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝐶𝑜𝑟𝑟𝑖𝑑𝑎 → 𝑳 = 𝟒. 𝑩

TABELAS DE DIMENSIONAMENTO

Tabela 1: Comprimento de ancoragem (cm) para o aço CA-50 nervurado.

COMPRIMENTO DE ANCORAGEM (cm) PARA As,ef = As,calc CA-50 nervurado

 Concreto
(mm) C15 C20 C25 C30 C35 C40 C45 C50
Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com Sem Com
6,3 48 33 39 28 34 24 30 21 27 19 25 17 23 16 21 15
33 23 28 19 24 17 21 15 19 13 17 12 16 11 15 10
8 61 42 50 35 43 30 38 27 34 24 31 22 29 20 27 19
42 30 35 24 30 21 27 19 24 17 22 15 20 14 19 13
10 76 53 62 44 54 38 48 33 43 30 39 28 36 25 34 24
53 37 44 31 38 26 33 23 30 21 28 19 25 18 24 17
12,5 95 66 78 55 67 47 60 42 54 38 49 34 45 32 42 30
66 46 55 38 47 33 42 29 38 26 34 24 32 22 30 21
16 121 85 100 70 86 60 76 53 69 48 63 44 58 41 54 38
85 59 70 49 60 42 53 37 48 34 44 31 41 29 38 27
20 151 106 125 87 108 75 95 67 86 60 79 55 73 51 68 47
106 74 87 61 75 53 67 47 60 42 55 39 51 36 47 33
22,5 170 119 141 98 121 85 107 75 97 68 89 62 82 57 76 53
119 83 98 69 85 59 75 53 68 47 62 43 57 40 53 37
25 189 132 156 109 135 94 119 83 108 75 98 69 91 64 85 59
132 93 109 76 94 66 83 58 75 53 69 48 64 45 59 42
32 242 169 200 140 172 121 152 107 138 96 126 88 116 81 108 76
169 119 140 98 121 84 107 75 96 67 88 62 81 57 76 53
40 329 230 271 190 234 164 207 145 187 131 171 120 158 111 147 103
230 161 190 133 164 115 145 102 131 92 120 84 111 77 103 72
Valores de acordo com a NBR 6118.
No Superior: Má Aderência ; No Inferior: Boa Aderência
Sem e Com indicam sem ou com gancho na extremidade da barra
As,ef = área de armadura efetiva ; As,calc = área de armadura calculada
0,3 𝑙𝑏
O comprimento de ancoragem deve ser maior do que o comprimento mínimo: 𝑙𝑏,𝑚𝑖𝑛 ≥ { 10∅
100𝑚𝑚
c = 1,4 ; s = 1,15

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Tabela 2: Tabela de bitolas e área de seção dos aços comerciais

Bitola do Aço CA MPA Área (cm²)


Comerciais
Φ 6,3 mm CA50 500 0,312
Φ 8,0 mm CA50 500 0,503
Φ 10,0 mm CA50 500 0,785
Φ 12,5 mm CA50 500 1,227
Φ 16,0 mm CA50 500 2,011
Φ 20,0 mm CA50 500 3,142
Φ 32,0 mm CA50 500 8,042
Φ 40,0 mm CA60 600 12,566
Φ 4,2 mm CA60 600 0,139
Φ 5,0 mm CA60 600 0,196
Φ 6,0 mm CA60 600 0,283
Φ 7,0 mm CA60 600 0,385
Φ 9,5 mm CA60 600 0,709

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

PILAR 01

Dados Iniciais:
𝑆𝑒çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝟐𝟎𝒙𝟒𝟎𝒄𝒎 (𝒃𝟎 𝒙 𝒂𝟎)
𝐴𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝟔 𝑵𝟏 𝜱𝟏𝟔𝒎𝒎
𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 𝟐𝒎
𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 𝟐𝟎 𝑴𝒑𝒂
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑃) + 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 𝟓𝟓. 𝟗𝟎𝟎𝑲𝒈𝒇
𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝐾𝑔𝑓 → 𝐾𝑁
55.900 × 0,00980665 = 𝟓𝟒𝟖, 𝟏𝟗𝑲𝑵

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑀𝑎𝑗𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎 (𝑃𝑚 𝐾𝑔𝑓) = 55.900 × 1,4 = 𝟕𝟖. 𝟐𝟔𝟎 𝑲𝒈𝒇


𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑀𝑎𝑗𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎 (𝑃𝑚 𝐾𝑁) = 548,19 × 1,4 = 𝟕𝟔𝟕, 𝟒𝟕 𝑲𝑵

𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 (𝑏) = 𝟐𝒎


𝐵𝑢𝑙𝑏𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (𝐿) = 𝟔𝒎 (𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝒓𝒆𝒕𝒂𝒏𝒈𝒖𝒍𝒂𝒓)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑆𝑃𝑇 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠: 11 + 12 + 11 + 12 + 12 + 15 + 18 = 𝟗𝟏
91
𝑆𝑃𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝑁) = = 𝟏𝟑
7
𝑁𝑠𝑝𝑡𝑚é𝑑 𝟏𝟑
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝜎𝑎𝑑𝑚 : = = 𝟐, 𝟔𝟎 𝑲𝒈𝒇/𝒄𝒎² → 2,60 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚² × 0,0980665 ≅ 𝟎, 𝟐𝟑𝟔𝑴𝒑𝒂
5 5
𝑃𝑚 78.260
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 (𝐴): = 𝑎. 𝑏 = = 𝟑𝟎. 𝟏𝟎𝟎 𝒄𝒎𝟐 = 𝒂. 𝒃
𝜎𝑎𝑑𝑚 2,60

Pré-Dimensionamento da sapata:
(𝑎 − 𝑏) = (𝑎0 − 𝑏0)

𝐴 = 𝑎 × 𝑏 = 30.100,00 𝑐𝑚²
𝐼𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎:
(𝑎 − 𝑏) = (𝑎0 − 𝑏0) → 𝑎 − 𝑏 = 40 − 20 → 𝒂 = 𝟐𝟎 + 𝒃

𝐴 = 𝑎 × 𝑏 → 30.100 = (20 + 𝑏) × 𝑏 → 𝒃𝟐 + 𝟐𝟎𝒃 − 𝟑𝟎. 𝟏𝟎𝟎

𝐵ℎá𝑠𝑘𝑎𝑟𝑎: 𝑎 = 𝟏 ⋯ 𝑏 = 𝟐𝟎 ⋯ 𝑐 = −𝟑𝟎. 𝟏𝟎𝟎


𝑃𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑎, 𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎𝑓𝑖𝑟𝑚𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒:
𝑎 = 𝟏 (𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒)
𝑏 = 𝑎0 − 𝑏0 → 40 − 20 = 𝟐𝟎
𝑐 = −𝐴 → −𝟑𝟎. 𝟏𝟎𝟎

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝐵ℎá𝑠𝑘𝑎𝑟𝑎: 𝑥 =
2𝑎

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

−20 ± √202 − 4 × 1 × (−30.100)


=
2×1
𝐴 = 183,78 𝑐𝑚 → 𝐴𝑐𝑜𝑛𝑠. = 𝟏𝟖𝟓𝒄𝒎
={
𝐵 = 163,78 𝑐𝑚 → 𝐵𝑐𝑜𝑛𝑠. = 𝟏𝟔𝟓𝒄𝒎

Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎:

𝑆𝑠𝑎𝑝 = 185 × 165 = 𝟑𝟎. 𝟓𝟐𝟓 𝒄𝒎²

𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑜𝑠 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑚𝑏𝑜𝑠 𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎:

𝐴 − 𝑎0 185 − 40
𝑐𝐴 = = = 𝟕𝟐, 𝟓𝒄𝒎
2 2
𝐵 − 𝑏0 165 − 20
𝑐𝐵 = = = 𝟕𝟐, 𝟓𝒄𝒎
2 2

𝐴 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎, 𝑠𝑢𝑝𝑜𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑟í𝑔𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑎 𝑁𝐵𝑅 6118, 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑟 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜:

𝐴 − 𝑎0 185 − 40
ℎ ≥= = = 𝟒𝟖, 𝟑𝟑𝒄𝒎
3 3

𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑐𝐴 = 𝑐𝐵 , 𝑛ã𝑜 é 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝐵.

Para possibilitar a ancoragem da armadura longitudinal do pilar dentro do volume da sapata, a altura útil d
deve ser superior ao comprimento de ancoragem (lb) da armadura do pilar: d > lb (Figura acima). O comprimento
de ancoragem, considerando região de boa aderência, concreto C20, Φl.pil = 16 mm e ancoragem com gancho, é
de lb = 49 cm, conforme a Tabela 1 anexa. Portanto, d > 49 cm.

ℎ = 𝟓𝟓𝒄𝒎 ≥ 𝟒𝟖, 𝟑𝟑𝒄𝒎 → 𝑶𝒌


𝑑 = ℎ − 5 = 55 − 5 = 𝟓𝟎𝒄𝒎 > 𝒍𝒃 = 𝟒𝟗𝒄𝒎 → 𝑶𝒌

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Outras verificações de d:

𝐴 − 𝑎0 185 − 40
= = 36,25
4 4
𝐵 − 𝑏0 165 − 20
= = 36,25
𝑑≥ 4 4
𝑃 767,47 𝑲𝑵
1,44√ = 1,44√ = 𝟒𝟐, 𝟖𝟑 𝒄𝒎
{ 𝜎𝐴 0,867
𝑓𝑐𝑘 2,0
𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝜎𝑎 = 0,85 = 0,85 = 𝟎, 𝟖𝟔𝟕
1,96 1,96

Para a altura das faces verticais nas extremidades da sapata tem-se:

ℎ 55
ℎ0 ≥ {3 = 3 = 18,3 𝑐𝑚 → 𝟐𝟎𝒄𝒎
15 𝑐𝑚

O ângulo da superfície inclinada da sapata é:

ℎ − ℎ0 55 − 20
tan 𝛼 = = = 𝟐𝟓, 𝟕𝟕º
𝑐𝐴,𝐵 72,5

Cálculo da Tração e Área de Aço


𝑃 × (𝐴 − 𝑎0 ) 767,7 × (185 − 40)
𝑇𝑥,𝑦 = = = 𝟐𝟕𝟖, 𝟐𝟏 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
8×𝑑 8 × 50

1,61 × 𝑇𝑥,𝑦 1,61 × 278,21


𝐴𝑠 = = = 𝟖, 𝟗𝟔 𝒄𝒎²
𝐹𝑦𝑘 50
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,0015 × (𝐴 × ℎ) = 0,0015 × (185 × 55) = 𝟏𝟓, 𝟐𝟔 𝒄𝒎𝟐 ← 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒔𝒆!

A quantidade de barras em cada eixo pode ser calculada da seguinte forma

Bitola do aço considerada: ø 12,5mm (área: 1,227 cm²) – ver Tabela 2.

𝐴𝑠 15,26
𝑄𝑥,𝑦 = = = 𝟏𝟐, 𝟒𝟑 → 𝟏𝟑 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂𝒔
𝐴∅ 1,227

Espaçamento

10𝑐𝑚 ≤ 𝑆 ≤ 20𝑐𝑚

𝐴 − 2 × 𝑐 185 − 2 × 4
𝑆𝑥 = = = 14,8 𝑐𝑚 ≅ 𝟏𝟓 𝒄𝒎
𝑄𝑥,𝑦 − 1 13 − 1

𝐴 − 2 × 𝑐 165 − 2 × 4
𝑆𝑥 = = = 𝟏𝟑, 𝟏𝒄𝒎 ≅ 𝟏𝟑 𝒄𝒎
𝑄𝑥,𝑦 − 1 13 − 1

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Verificação da Diagonal Comprimida


Como a sapata é rígida, não ocorre a ruptura por punção, por isso basta verificar a tensão na diagonal de
compressão, na superfície crítica C.

𝑢0 = 2 × (𝑎 + 𝑏) = 2 × (20 + 40) = 𝟏𝟐𝟎 𝒄𝒎 (𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟)

Tensão de Cisalhamento Atuante:

𝐹𝑆𝑑 767,47
𝜏𝑆𝑑 = = = 0,128𝑘𝑁/𝑐𝑚² = 𝟏, 𝟐𝟖 𝑴𝒑𝒂
𝑢0 × 𝑑 120 × 50

Tensão de Cisalhamento Resistente:

2,0
𝜏𝑅𝑑,2 = 0,27𝛼𝑣 × 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 × 0,92 × = 0,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚² = 𝟑, 𝟓𝟓 𝑴𝒑𝒂
1,4

𝐹𝑐𝑘 20
𝛼𝑣 = (1 − ) = (1 − ) = 𝟎, 𝟗𝟐
250 250

𝝉𝑺𝒅 < 𝝉𝑹𝒅,𝟐 → 𝟏, 𝟐𝟖 < 𝟑, 𝟓𝟓 → 𝑶𝑲

Detalhamento das armaduras e cálculo dos comprimentos

A NBR 6118 especifica que as barras das armaduras de flexão sejam estendidas até as faces nas extremidades
da sapata, e terminadas em gancho, sem especificar detalhes quanto ao comprimento do gancho. Por isso aqui
será considerado que as barras se estenderão o comprimento de ancoragem básico (lb) a partir da extremidade
da sapata.

Considerando ø 16 mm (que vem do pilar), C20, região de boa aderência e ancoragem com gancho, o
comprimento de ancoragem básico (lb) é de 49 cm (ver Tabela 1).

O cobrimento de concreto considerado foi de 4 cm e o h0 encontrado anteriormente foi de 20 cm, pode-se


considerar o gancho vertical pela equação:

𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 = ℎ0 − 10𝑐𝑚 = 20 − 10 = 𝟏𝟎𝒄𝒎

O comprimento do gancho inclinado então é a diferença entre o comprimento de ancoragem básico e o


comprimento do gancho vertical

𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑖𝑛𝑐𝑙 = 𝑙𝑏 − 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 = 49 − 10 = 𝟑𝟗𝒄𝒎 ≅ 𝟒𝟎𝒄𝒎 (𝑎𝑟𝑟𝑒𝑑𝑜𝑛𝑑𝑎 − 𝑠𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑒 5)

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Já o comprimento da barra sem os ganchos é a diferença do lado da sapata menos o cobrimento do concreto em
ambos os lados

𝑙𝑥,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝐵 − 2 × 𝑐 = 165 − 2 × 4 = 𝟏𝟓𝟕 𝒄𝒎


𝑙𝑦,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝐴 − 2 × 𝑐 = 185 − 2 × 4 = 𝟏𝟕𝟕 𝒄𝒎

O comprimento final da barra é o somatório de todos os comprimentos:

𝑙𝑥 = 𝑙𝑥,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑖𝑛𝑐𝑙 = 157 + 10 + 40 = 𝟐𝟎𝟕 𝒄𝒎


𝑙𝑦 = 𝑙𝑦,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑖𝑛𝑐𝑙 = 177 + 10 + 40 = 𝟐𝟐𝟕 𝒄𝒎

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

PILAR 02

Dados Iniciais:
𝑆𝑒çã𝑜 𝑑𝑜 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝟏𝟎𝟎𝒙𝟏𝟒𝟓𝒙𝟐𝟓𝒙𝟑𝟓
𝐴𝑟𝑚𝑎𝑑𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑜 𝑃𝑖𝑙𝑎𝑟 = 𝟗 𝑵𝟏 𝜱𝟏𝟔𝒎𝒎
𝑃𝑟𝑜𝑓𝑢𝑛𝑑𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 𝟐𝒎
𝑅𝑒𝑠𝑖𝑠𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑐𝑟𝑒𝑡𝑜 = 𝟐𝟎 𝑴𝒑𝒂
𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 (𝑃) + 𝑃𝑒𝑠𝑜 𝑃𝑟ó𝑝𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 = 𝟑𝟎𝟓. 𝟎𝟎𝟎𝑲𝒈𝒇
𝐶𝑜𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠ã𝑜 𝐾𝑔𝑓 → 𝐾𝑁
305.000 × 9,80665 × 10−3 = 𝟐𝟗𝟗𝟏, 𝟎𝟑𝑲𝑵

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑀𝑎𝑗𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎 (𝑃𝑚 𝐾𝑔𝑓) = 305.000 × 1,4 = 𝟒𝟐𝟕. 𝟎𝟎𝟎 𝑲𝒈𝒇


𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑀𝑎𝑗𝑜𝑟𝑎𝑑𝑎 (𝑃𝑚 𝐾𝑁) = 2991,03 × 1,4 = 𝟒. 𝟏𝟖𝟕, 𝟒𝟒 𝑲𝑵

𝐷𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 (𝑏) = 𝟒𝒎


𝐵𝑢𝑙𝑏𝑜 𝑑𝑒 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 (𝐿) = 𝟏𝟐𝒎 (𝑒𝑠𝑡𝑖𝑚𝑎𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝑟𝑒𝑡𝑎𝑛𝑔𝑢𝑙𝑎𝑟)
𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑆𝑃𝑇 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑖𝑑𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠:
11 + 12 + 11 + 12 + 12 + 15 + 18 + 19 + 20 + 15 + 13 = 𝟏𝟓𝟖
158
𝑆𝑃𝑇𝑚é𝑑𝑖𝑎 (𝑁) = = 𝟏𝟒, 𝟑𝟔
11
𝑁𝑠𝑝𝑡𝑚é𝑑 14,36
𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐴𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑙 𝜎𝑎𝑑𝑚 : = = 𝟐, 𝟖𝟕 𝑲𝒈𝒇/𝒄𝒎²
5 5
𝑃𝑚 427.000
Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑆𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 (𝐴): = 𝑎. 𝑏 = = 𝟏𝟒𝟖. 𝟔𝟕𝟔, 𝟖𝟖 𝒄𝒎𝟐 = 𝒂. 𝒃
𝜎𝑎𝑑𝑚 2,87

Dimensões da base da sapata:

𝑃𝑜𝑟 𝑠𝑒𝑟 𝑢𝑚 𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑙 𝑒𝑚 𝑳, 𝑜 𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑖𝑟𝑜 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑜 é 𝑎𝑐ℎ𝑎𝑟 𝑜 𝑐𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜𝑖𝑑𝑒.


35 × 145 × 17,5 + 25 × 65 × (35 + 32,5)
𝑥𝑔 = = 𝟑𝟎 𝒄𝒎
35 × 145 + 25 × 65
35 × 145 × 72,5 + 25 × 65 × 12,5
𝑦𝑔 = = 𝟓𝟖 𝒄𝒎
35 × 145 + 25 × 65
𝑎0 = 2 × (145 − 58) ≅ 𝟏𝟕𝟓 𝒄𝒎 + (2 × 2,5) = 𝟏𝟖𝟎 𝒄𝒎
𝑏0 = 2 × (100 − 30) = 𝟏𝟒𝟎 𝒄𝒎 + (2 × 2,5) = 𝟏𝟒𝟓 𝒄𝒎

Colarinho do pilar

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

𝑃𝑜𝑟 𝒏ã𝒐 𝒔𝒆𝒓 𝒖𝒎 𝒑𝒆𝒓𝒇𝒊𝒍 𝒒𝒖𝒂𝒅𝒓𝒂𝒅𝒐, é 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑎𝑐ℎ𝑎𝑟 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑎𝑢.
(𝑎 − 𝑏) = (𝑎0 − 𝑏0)

𝐴 = 𝑎 × 𝑏 = 148.676,88 𝑐𝑚²
𝐼𝑑𝑒𝑛𝑡𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑛𝑑𝑜 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑟 𝑎𝑠 𝑑𝑖𝑚𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎:
(𝑎 − 𝑏) = (𝑎0 − 𝑏0) → 𝑎 − 𝑏 = 175 − 140 → 𝒂 = 𝟑𝟓 + 𝒃

𝐴 = 𝑎 × 𝑏 → 148.676,88 = (35 + 𝑏) × 𝑏 → 𝒃𝟐 + 𝟑𝟓𝒃 − 𝟏𝟒𝟖. 𝟔𝟕𝟔, 𝟖𝟖


𝐵ℎá𝑠𝑘𝑎𝑟𝑎: 𝑎 = 𝟏 ⋯ 𝑏 = 𝟑𝟓 ⋯ 𝑐 = −𝟏𝟒𝟖. 𝟔𝟕𝟔, 𝟖𝟖
𝑃𝑜𝑟 𝑑𝑒𝑑𝑢çã𝑜 𝑑𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑎 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎𝑑𝑎,
𝑝𝑜𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎𝑓𝑖𝑟𝑚𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒:
𝑎 = 𝟏 (𝑠𝑒𝑚𝑝𝑟𝑒)
𝑏 = 𝑎0 − 𝑏0 → 175 − 140 = 𝟑𝟓
𝑐 = −𝐴 → −𝟏𝟒𝟖. 𝟔𝟕𝟔, 𝟖𝟖

−𝑏 ± √𝑏 2 − 4𝑎𝑐
𝐵ℎá𝑠𝑘𝑎𝑟𝑎: 𝑥 =
2𝑎

−35 ± √352 − 4 × 1 × (−148.676,88 ) 𝐴 = 403,48 𝑐𝑚 → 𝐴𝑐𝑜𝑛𝑠. = 𝟒𝟎𝟓𝒄𝒎


{
2×1 𝐵 = 368,48 𝑐𝑚 → 𝐵𝑐𝑜𝑛𝑠. = 𝟑𝟕𝟎𝒄𝒎

Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑖𝑔𝑖𝑑𝑎:

𝑆𝑠𝑎𝑝 = 405 × 370 = 𝟏𝟒𝟗. 𝟖𝟓𝟎𝒄𝒎²

𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑜𝑠 𝑖𝑔𝑢𝑎𝑖𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑚𝑏𝑜𝑠 𝑙𝑎𝑑𝑜𝑠 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎:

𝐴 − 𝑎0 405 − 175
𝑐𝐴 = = = 𝟏𝟏𝟓𝒄𝒎
2 2
𝐵 − 𝑏0 370 − 140
𝑐𝐵 = = = 𝟏𝟏𝟓𝒄𝒎
2 2

𝐴 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎 𝑑𝑎 𝑠𝑎𝑝𝑎𝑡𝑎, 𝑠𝑢𝑝𝑜𝑛𝑑𝑜 − 𝑎 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑟í𝑔𝑖𝑑𝑎 𝑐𝑜𝑛𝑓𝑜𝑟𝑚𝑒 𝑎 𝑁𝐵𝑅 6118, 𝑑𝑒𝑣𝑒 𝑎𝑡𝑒𝑛𝑑𝑒𝑟 𝑎 𝑒𝑞𝑢𝑎çã𝑜 𝑎𝑏𝑎𝑖𝑥𝑜:

𝐴 − 𝑎0 405 − 175
ℎ ≥= = = 𝟕𝟔, 𝟔𝟔𝒄𝒎
3 3
𝐶𝑜𝑚𝑜 𝑐𝐴 = 𝑐𝐵 , 𝑛ã𝑜 é 𝑛𝑒𝑐𝑒𝑠𝑠á𝑟𝑖𝑜 𝑣𝑒𝑟𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎𝑟 𝑛𝑎 𝑑𝑖𝑟𝑒çã𝑜 𝑑𝑒 𝐵.

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Para possibilitar a ancoragem da armadura longitudinal do pilar dentro do volume da sapata, a altura útil d
deve ser superior ao comprimento de ancoragem (lb) da armadura do pilar: d > lb (Figura acima). O comprimento
de ancoragem, considerando região de boa aderência, concreto C20, Φl.pil = 16 mm e ancoragem com gancho, é
de lb = 49 cm, conforme a Tabela 1 anexa. Portanto, d > 49 cm. Adotando h = 80 cm, a sapata é classificada como
rígida (≥ 76,66 cm), e para a altura útil d pode-se considerar d=h-5cm.

ℎ = 𝟖𝟎𝒄𝒎 ≥ 𝟕𝟔, 𝟔𝟔𝒄𝒎 → 𝑶𝒌


𝑑 = ℎ − 5 = 80 − 5 = 𝟕𝟓𝒄𝒎 > 𝒍𝒃 = 𝟒𝟗𝒄𝒎 → 𝑶𝒌

Outras verificações de d:

𝐴 − 𝑎0 405 − 175
= = 57,5
4 4
𝐵 − 𝑏0 370 − 140
= = 57,5
𝑑≥ 4 4
𝑃 4.187,44 𝑲𝑵
1,44√ = 1,44√ = 𝟏𝟎𝟎, 𝟎𝟕 𝒄𝒎 → 𝑭𝑨𝑳𝑯𝑶𝑼
{ 𝜎𝐴 0,867
𝑓𝑐𝑘 2,0
𝑒𝑚 𝑞𝑢𝑒 𝜎𝑎 = 0,85 = 0,85 = 𝟎, 𝟖𝟔𝟕
1,96 1,96

Nova altura e altura útil:


𝑑 ≥ 100,07 = 𝟏𝟎𝟎𝒄𝒎
ℎ = 𝑑 + 5 = 100 + 5 = 𝟏𝟎𝟓𝒄𝒎

Para a altura das faces verticais nas extremidades da sapata tem-se:

ℎ 105
ℎ0 ≥ {3 = 3 = 𝟑𝟓𝒄𝒎
15 𝑐𝑚

O ângulo da superfície inclinada da sapata é:

ℎ − ℎ0 105 − 35
tan 𝛼 = = = 𝟑𝟏, 𝟑𝟑º
𝑐 115

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Cálculo da Tração e Área de Aço


𝑃 × (𝐴 − 𝑎0 ) 4.187,47 × (405 − 175)
𝑇𝑥,𝑦 = = = 𝟏. 𝟐𝟎𝟑, 𝟖𝟗 𝒌𝒈𝒇/𝒄𝒎²
8×𝑑 8 × 100

1,61 × 𝑇𝑥,𝑦 1,61 × 1.203,89


𝐴𝑠 = = = 𝟑𝟖, 𝟕𝟕 𝒄𝒎²
𝐹𝑦𝑘 50
𝐴𝑠𝑚𝑖𝑛 = 0,0015 × (𝐴 × ℎ) = 0,0015 × (405 × 105) = 𝟔𝟑, 𝟕𝟗 𝒄𝒎𝟐 ← 𝑪𝒐𝒏𝒔𝒊𝒅𝒆𝒓𝒂𝒅𝒐 𝒆𝒔𝒔𝒆!

A quantidade de barras em cada eixo pode ser calculada da seguinte forma

Bitola do aço considerada: ø 16 mm (área: 2,011 cm²) – ver Tabela 2.

𝐴𝑠 63,79
𝑄𝑥,𝑦 = = = 𝟑𝟏, 𝟕𝟐 → 𝟑𝟐 𝒃𝒂𝒓𝒓𝒂𝒔
𝐴∅ 2,011

Espaçamento

10𝑐𝑚 ≤ 𝑆 ≤ 20𝑐𝑚

𝐴 − 2 × 𝑐 405 − 2 × 4
𝑆𝑥 = = = 𝟏𝟐, 𝟖 𝒄𝒎 ≅ 𝟏𝟑 𝒄𝒎
𝑄𝑥,𝑦 − 1 32 − 1

𝐴 − 2 × 𝑐 370 − 2 × 4
𝑆𝑥 = = = 𝟏𝟏, 𝟕𝒄𝒎 ≅ 𝟏𝟐𝒄𝒎
𝑄𝑥,𝑦 − 1 32 − 1

Verificação da Diagonal Comprimida


Como a sapata é rígida, não ocorre a ruptura por punção, por isso basta verificar a tensão na diagonal de
compressão, na superfície crítica C.

𝑢0 = 35 + 145 + 100 + 25 + 65 + 120 = 𝟒𝟗𝟎 𝒄𝒎 (𝑝𝑒𝑟í𝑚𝑒𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑝𝑖𝑙𝑎𝑟)

Tensão de Cisalhamento Atuante:

𝐹𝑆𝑑 4.187,44
𝜏𝑆𝑑 = = = 0,0854 𝑘𝑁/𝑐𝑚² = 𝟎, 𝟖𝟓 𝑴𝒑𝒂
𝑢0 × 𝑑 490 × 100

Tensão de Cisalhamento Resistente:

2,0
𝜏𝑅𝑑,2 = 0,27𝛼𝑣 × 𝑓𝑐𝑑 = 0,27 × 0,92 × = 0,35 𝑘𝑁/𝑐𝑚² = 𝟑, 𝟓𝟓 𝑴𝒑𝒂
1,4
𝐹𝑐𝑘 20
𝛼𝑣 = (1 − ) = (1 − ) = 𝟎, 𝟗𝟐
250 250

𝝉𝑺𝒅 < 𝝉𝑹𝒅,𝟐 → 𝟎, 𝟖𝟓 < 𝟑, 𝟓𝟓 → 𝑶𝑲

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL – MÓDULO DE GEOTECNIA
CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIAMÉRICA

Detalhamento das armaduras e cálculo dos comprimentos


A NBR 6118 especifica que as barras das armaduras de flexão sejam estendidas até as faces nas extremidades
da sapata, e terminadas em gancho, sem especificar detalhes quanto ao comprimento do gancho. Por isso aqui
será considerado que as barras se estenderão o comprimento de ancoragem básico (lb) a partir da extremidade
da sapata.

Considerando ø 16 mm (que vem do pilar), C20, região de boa aderência e ancoragem com gancho, o
comprimento de ancoragem básico (lb) é de 49 cm (ver Tabela 1).

O cobrimento de concreto considerado foi de 4 cm e o h0 encontrado anteriormente foi de 35 cm, pode-se


considerar o gancho vertical pela equação:

𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 = ℎ0 − 10𝑐𝑚 = 35 − 10 = 𝟐𝟓𝒄𝒎

O comprimento do gancho inclinado então é a diferença entre o comprimento de ancoragem básico e o


comprimento do gancho vertical

𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑖𝑛𝑐𝑙 = 𝑙𝑏 − 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 = 49 − 25 = 𝟐𝟒𝒄𝒎 ≅ 𝟐𝟓𝒄𝒎 (𝑎𝑟𝑟𝑒𝑑𝑜𝑛𝑑𝑎 − 𝑠𝑒 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚ú𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑜𝑠 𝑑𝑒 5)

Já o comprimento da barra sem os ganchos é a diferença do lado da sapata menos o cobrimento do concreto em
ambos os lados

𝑙𝑥,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝐵 − 2 × 𝑐 = 370 − 2 × 4 = 𝟑𝟔𝟐 𝒄𝒎


𝑙𝑦,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 = 𝐴 − 2 × 𝑐 = 405 − 2 × 4 = 𝟑𝟗𝟕 𝒄𝒎

O comprimento final da barra é o somatório de todos os comprimentos:

𝑙𝑥 = 𝑙𝑥,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑖𝑛𝑐𝑙 = 362 + 25 + 25 = 𝟒𝟒𝟕 𝒄𝒎


𝑙𝑦 = 𝑙𝑦,𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑣 + 𝑙𝑔𝑎𝑛𝑐ℎ𝑜,𝑖𝑛𝑐𝑙 = 397 + 25 + 25 = 𝟒𝟏𝟐 𝒄𝒎

DIMENSIONAMENTO DE SAPATAS RÍGIDAS – PARTE 1


Adriel Moraes, Israel Krindges e Ricardo MacCord

Você também pode gostar