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Tabela esclerômetro:

VALOR RESISTÊNCIA (Mpa) VALOR RESISTÊNCIA (Mpa)


20 8,6 38 32,0
21 9,6 39 33,6
22 10,7 40 35,1
23 11,8 41 36,7
24 12,9 42 36,3
25 14,1 43 39,9
26 15,3 44 41,5
27 16,6 45 43,1
28 17,9 46 44,7
29 19,1 47 46,4
30 20,5 48 48,0
31 21,8 49 49,6
32 23,3 50 51,3
33 24,7 51 53,0
34 26,1 52 54,7
35 27,5 53 56,4
36 29,1 54 58,1
37 30,6 55 59,8

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Tabela esclerômetro:
Pontifícia Universidade Católica do Paraná PUC-PR
ENGENHARIA CIVIL

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO III 3º Período

ESCLEROMETRIA

Avaliação da Dureza superficial: ENSAIO COM ESCLERÔMETRO DE REFLEXÃO –

1. MÉTODO NÃO DESTRUTIVO – NBR 7584

Método não destrutivo que mede a dureza superficial do concreto, fornecendo elementos para a
avaliação da qualidade do concreto endurecido.

1.2. Ensaios não destrutivos

 São aqueles que não causam danos à estrutura que se está ensaiando (não provocam perda na
capacidade de carga).

 Podem ser empregados em qualquer idade do elemento a ser ensaiado.

 Visam avaliar a integridade e capacidade resistente da estrutura

1.3 Usos

 Controle tecnológico de pré-moldados;


 Monitoramento do desenvolvimento da resistência;
 Localização e determinação da extensão de fissuras, vazios e falhas de concretagem;
 Aumento do nível de confiança de um pequeno número de ensaios destrutivos;

 Avaliação do potencial de durabilidade do concreto;


 Programação da remoção de formas e escoramento;
 Verificação de danos provocados por incêndios;
 Acompanhamento dos efeitos de aditivos e adições.

2. ESCLERÔMETRO DE REFLEXÃO

2.1 Índice esclerométrico -IE

Valor obtido através de um impacto de Esclerômetro de Reflexão sobre uma área de ensaio,
fornecido diretamente em porcentagem, pelo aparelho.

2.2 Área de ensaio

Região da superfície do concreto em estudo

2.3 Equipamento

Consiste fundamentalmente de uma massa martelo que impulsionada por mola se choca através de
uma haste com ponta em forma de calota esférica, com a área de ensaio.
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Tabela esclerômetro:
Martelo de Schmidt - aplicação de impacto sobre a superfície do concreto e posterior medida do
índice de reflexão de um corpo impulsionado por uma mola.

Pode ser empregado de forma qualitativa:

 Permite a comparação do concreto de diferentes regiões de uma estrutura.

Pode ser empregado de forma quantitativa:

 Permite a estimativa da resistência à compressão do concreto de diversas regiões a partir da


correlação com a resistência de testemunhos extraídos.

2.4 Execução do ensaio

1. Recomendações

 Evitar leituras a distância < 5 cm das arestas;


 Efetuar no mínimo 9 leituras em cada área;
 Evitar impacto sobre armadura e agregados;
 Não realizar mais de 1 impacto no mesmo ponto;
 Usar distância mínima entre impactos de 3 cm.
 Nunca fazer ensaio em peças com menos de 14 dias. Ideal mínimo 28 dias.

2. Preparo da superfície

 As superfícies de concreto devem ser secas e limpas e preferencialmente planas.


 Superfícies irregulares não fornecem resultados homogêneos.
 Superfícies úmidas devem ser evitadas.
 Desviar as bolhas, agregados, armaduras, etc...

3. Aferição do esclerômetro

O esclerômetro deve ser aferido antes de sua utilização ou a cada 300 impactos realizados.

Para aferição utiliza-se uma bigorna especial de aço. A cada inspeção deverá ser feitos pelo menos 10
impactos na bigorna e deve fornecer índices esclerométrico 80.

O esclerômetro não poderá ser utilizado devendo ser calibrado quando:

 Se for obtido índices médios com valores menores que 75

 Nenhum índice individual obtido entre os 10 impactos, deve diferir do índice esclerométrico
médio de ± 3.

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Tabela esclerômetro:
4. Fator de correção

O coeficiente de correção do índice esclerométrico é obtido pela equação:

K = 80 / média dos valores dos impactos na bigorna de aço

5. Impactos

No mínimo 9 no máximo 16 em uma área de 20 x 20cm. Aconselha-se nove impactos na área de


ensaio em caso de agilizar o ensaio

6. Peças esbeltas – recomendações

Devem ter seção superior a 10cm na direção do impacto, para evitar a ressonância, vibração e
dissipação de energia no resultado.

As peças esbeltas devem ser suficientemente rígidas, caso contrário deve-se criar apoio na face
oposta.

7. Posição do Esclerômetro

Laje – Por cima = +90º

Pilar =0º Laje - por cima = +90º

Escada = por cima = +45º

Por baixo = - 90º por baixo= - 90º por baixo- 45º

8. Calculo: IE (índice esclerométrico médio)

 Calcular a média aritmética dos n° (9 ou 16) valores individuais dos índices correspondentes a
uma única área de ensaio.

 Desprezar todo índice individual que esteja afastado em mais de 10% do valor médio obtido.

 Ao desprezar valores, calcular a média novamente com os valores restantes.

 O índice deve ser obtido com no mínimo cinco valores individuais, caso contrário, a área deve
ser abandonada.

 Nenhum dos índices individuais restantes deve diferir em mais de 10% da média final, se isto
ocorrer a área deve ser abandonada.

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Tabela esclerômetro:
IEef.- Índice esclerométrico efetivo – IEef = k IE

K = fator de correção do índice esclerométrico, obtido quando da aferição do aparelho.

Obtido o IEef. entrar na Tabela de Esclerometria e determinar a resistência da peça ensaiada.

VALOR Resist. (kgf/cm²) VALOR Resist. (kgf/cm²)


20 86 38 320
21 96 39 336
22 107 40 351
23 118 41 367
24 129 42 383
25 141 43 399
26 153 44 415
27 166 45 431
28 179 46 447
29 191 47 464
30 205 48 480
31 218 49 496
32 233 50 513
33 247 51 530
34 261 52 547
35 275 53 564
36 291 54 581
37 306 55 598

9. Condições:

Se o valor do IEef for maior que os valores relacionados na Tabela 1 – calcular a resistência através
de regra de três.

Se o valor do IEef estiver no intervalo da Tabela 1 (20 a 55) mas não for inteiro – fazer interpolação
dos valores.

Yn = (Xn – X1) x (Y2 – Y1) + Y1

(X2 – X1)

Onde: Xn = IEef e X1 = < IE da tab 1, X2 = > IE da tab 1

Yn = resistência final

Correção de valores da resistência para peças com ângulos diferentes de 0º conforme a Tabela 2:

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Tabela esclerômetro:
Média Correção Acima Correção Abaixo

IE + 90° + 45° - 45° - 90°


10 + 2,4 + 3,2
20 - 5,4 - 3,5 + 2,5 + 3,4
30 - 4,7 - 3,1 + 2,3 + 3,1
40 - 3,9 - 2,6 +2,0 + 2,7
50 - 3,1 - 2,1 + 1,6 + 2,2
60 - 2,3 - 1,6 + 1,3 + 1,7

Profª. Engª. ROSÂNGELA ZAMBERLAN

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