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ENGENHARIA
LEGAL
Vol.1
Eng. SÉRGIO ABUNAHMAN
ÍNDICE
Pavimento
Parecer Técnico do Autor
Parecer Técnico do Réu
Laudo do Perito
Prédio
GERAL
Parecer Técnico do Autor
Parecer Técnico do Réu
Laudo do Perito
Prédio Novo
Sobreloja e Subsolo
Laudo
Sentença
PROCESSO N° : 10.118
AÇÃO : Reno vatória
enov
AUTOR CABELEIREIRO E THERMAS ANGEL
:CABELEIREIRO O DELL
ANGELO A NOCE
DELLA
RÉU : HO TEIS REUNIDOS S/A HORSA
HOTEIS
PARECER TÉCNICO
O ilustre Perito do Juízo avalia o aluguel do imóvel pelo Método Comparativo, por entender
que esse processo é o que melhor se recomenda para o caso.
O Assistente está de acordo com esse procedimento, e por este motivo acompanhou o ilustre
louvado em extensa pesquisa levada a efeito no pavimento térreo do Hotel Nacional, a fim de obter os valores de
alugueis das lojas comerciais ali instaladas e com aluguéis em vigor.
Assim sendo, está o Assistente em completo acordo com o processo empregado pelo Perito,
como também com o valor de m²/aluguel por ele calculado, como média dos valores unitários de aluguel, para as
lojas situadas no pavimento térreo, às respectivas datas dos contratos, a maioria com mais de três anos anteriores
à data base desta ação, que é, repetimos, novembro de 1.998.
O Sr. Perito do Juízo utilizou 9 amostras de lojas localizadas no lobby do hotel cujos valores
unitários foram saneados através dos seguintes procedimentos:
a) correção dos valores unitários para novembro de 1998 (data do início da renovação) através do BTN virtual;
c) adoção da Teoria Estatística das Pequenas Amostras com a determinação dos limites confiáveis;
e) aplicação do fator de área, em virtude de ser a área do imóvel em lide muito superior a área das lojas pesquisadas;
O Assistente está de acordo com os procedimentos adotados pelo Sr. Perito, exceto em dois
deles, quais sejam:
a) O ilustre Perito adotou a correção monetária para atualizar os valores locativos pactuados, alguns em 1.995,
outros em 1.996. Ocorre que, com este procedimento, o expert acaba por afirmar, implicitamente, que
CORREÇÃO MONETÁRIA e VALORIZAÇÃO IMOBILIÁRIA são a mesma coisa, o que não é fato, mormente na
época atual, quando é sobejamente sabido que os alugueis sofreram uma redução de valores após 1.996, fruto
da crise por que passa a Economia como um todo, refletindo-se na quebradeira generalizada que se verifica no
comércio, inédito no País, bastando que se leia as colunas econômicas dos principais jornais. Com isso, o Perito
penaliza duplamente o locatário, pois, além de majorar irrealmente os valores, não levou em consideração o fato
real atual que é a queda dos v alor
valores dos alugueis (à propósito anexamos o jornal O GLOBO com a manchete de
alores
AL
julho de 97 AL UGUEIS EM QUED
ALUGUEIS QUEDAA LIVRE
LIVRE.
Assim sendo, no mínimo, o Perito deveria ter desconsiderado a correção monetária destes
contratos, quando, na verdade, o mercado obriga a aplicar-se uma desvalorização na ordem de 10% aos valores
por ele corrigidos para a data base do imóvel da lide.
Da mesma forma, discordamos do item (f) do roteiro do Perito, quando S.S. aplica um redutor
de 50% para o pavimento SC, pois a proporção de ½ (depreciação de 50%) Pavimento térreo / pavimento superior,
não é aplicável ao acaso.
O conjunto de lojas situado no pavimento térreo do hotel (torre e anexo) por si só se constitue
num verdadeiro shopping, onde lojas finamente decoradas e luxuosamente instaladas são capazes de atrair a
clientela do hotel (hóspedes, visitantes, espectadores do teatro, freqüentadores das exposições, etc.), os quais
têm visão praticamente compulsória das lojas, o que, evidentemente, está longe de ocorrer no pavimento SC em
questão, onde só existe a administração do hotel e a parte locada ao autor.
Assim, por essas razões, o Assistente entende que a comparação entre a nobreza do lobby,
onde há total convergência de hospedes e demais freqüentadores do hotel e o isolamento do Pavimento SC,
local do comércio do Autor, leva a se admitir que o valor deste último possa ser considerado como 25% (vinte e
cinco por cento) do primeiro e não 50% como admitiu o Sr. Perito.
PAR
PARTE 2 CÁL
ARTE CUL
CÁLCULO DO AL
CULO UGUEL
ALUGUEL
Admitindo-se o valor unitário básico, para as lojas do pavimento térreo, encontrado pelo Sr.
Perito e aplicando o redutor mencionado devido à queda dos preços dos alugueis em geral imposta pela recessão
que vivemos no momento atual, considerando-se a área ocupada calculada por S.Sa., o valor do aluguel do
imóvel é encontrado pelo seguinte modelo:
A= S x Vu x K1 x K2
onde:
A = Aluguel mensal do imóvel
S = Área do imóvel = 558,00 m²
Vu = Valor unitário de aluguel = R$ 32,00/ m²
K1 = Coeficiente de desvalorização Pavimento SC/lobby = 25% ou seja 0,25
K2 = Redutor referente ao emprego irreal da correção monetária = 0,90
AL = R$ 4.000,00
(QUATRO MIL REAIS)
(QUA
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 9
CONCLUSÃO
CONCLUSÃO
PARTE 3 RESPOST
ARTE AS AOS QUESIT
RESPOSTAS OS
QUESITOS
3.1 QUESITOS DO A
QUESITOS UT
AUTOR (f
UTOR ls
(fls .82 )
ls.82
1º QUESITO:
QUESITO:
Descrever o imóvel, objeto da locação.
RESPOST
RESPOSTA: A:
O Perito descreve perfeitamente o imóvel na parte inicial de seu laudo. O Assistente nada
tem a acrescentar.
2º QUESIT
QUESITOO:
Dizer se as benfeitorias existentes no imóvel foram realizadas pela locadora ou locatário.
RESPOST
RESPOSTA:A:
De acordo com o Sr. Perito.
3ºQUESIT
3ºQUESITO:O:
Dizer qual o valor locativo do imóvel.
RESPOST
RESPOSTA: A:
O valor locativo do imóvel deverá ser de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), cf. exposto e
demonstrado.
RESPOST
RESPOSTA:A:
Aqui, nada mais a informar.
1º QUESITO:
QUESITO:
Descrever as unidades objeto da Ação e respectivas benfeitorias, informando a utilização
que delas faz a Autora.
RESPOST
RESPOSTAA:
Nada há a acrescentar à minuciosa descrição do imóvel feita pelo Sr. Perito no
HISTÓRICO do seu laudo.
2° QUESIT O:
QUESITO:
Estimar o seu valor atual.
RESPOST
RESPOSTA A:
De acordo com o Sr. Perito do Juízo.
3° QUESIT
QUESITO:O:
Arbitrar o justo aluguel mensal para efeito da renovação objeto da presente ação.
RESPOST
RESPOSTA A:
Este Assistente, na PARTE 2 do presente laudo, calcula o aluguel do imóvel, chegando ao
valor de R$ 4.000,00 (QUATRO MIL REAIS) por mês
(QUA
RESPOST
RESPOSTA A:
De acordo com o Sr. Perito. Nada mais há a acrescentar, a não ser que, diante do exposto,
também ficamos discorde do item (d) do roteiro do Perito, onde é mencionado o unitário de R$ 48,00 /m² não se
levando em conta a redução pela queda de valores dos alugueis em relação à correção monetária.
PARTE 4 RESUMO
ARTE
O valor do aluguel do imóvel, determinado pelo Sr. Perito, difere do aqui apresentado, por dois
motivos:
O Sr. Perito considerou que o valor unitário do imóvel objeto da causa, deve corresponder, em
termos de aluguel, a 50% do valor unitário médio das lojas do lobby no pavimento térreo do hotel, bem como ao
fato de o expert ter aplicado indevidamente a correção monetária aos contratos tomados por base, quando no
período entre estes e a data base houve queda real das locações de um modo geral, ou seja, um imóvel alugado em
1996 por R$ 1.000,00 hoje poderá ser alugado por R$ 900,00 ou menos.
Com estas ponderações este assistente entende que o imóvel objeto da lide deve ter o seu
valor unitário correspondendo apenas a 25% do valor unitário médio das lojas do lobby, como também ter reduzido
em 10% o valor em relação ao acréscimo devido à correção monetária, cf. amplamente exposto.
Pelas razões expostas na PARTE 1 deste laudo, o Assistente recalcula o aluguel do imóvel em
causa, chegando ao valor de R$ 4.000,00 (QU ATRO MIL REAIS)
(QUA REAIS), conforme demonstrado na PARTE 2 do presente
parecer técnico.
Nada mais havendo a tratar, este Assistente Técnico encerra o presente parecer que contém
07 (sete) folhas datilografadas, colocando-se ao inteiro dispor de V. Exa. para quaisquer outros esclarecimentos
julgados necessários.
Eng.º JOÃO L
Eng.º UÍS DE SOUSA MIRAND
LUÍS A CARDOSO
MIRANDA
Assistente Técnico
Escrevente: Orestes
Processo n°: 10118
Ação: Renovatória
AUT OR: CABELEIREIRO E TERMAS ANGEL
AUTOR: O DELL
ANGELO A NOCE
DELLA
RÉU: HO TÉIS REUNIDOS S/A HORSA
HOTÉIS
CEL
CELSOSO APRÍGIO GUIMARÃES NET O, Engenheiro Civil, com registro no CREA /RJ sob o nº
NETO
7.227-D, indicado Assistente Técnico do Réu, na ação supracitada, tendo examinado o imóvel e participado da
Conferência Reservada, vem solicitar a juntada de seu
Este Assistente vem concordar com as considerações preliminares feitas pelo Perito, bem
como, com a descrição detalhada do imóvel, que foi feita rigorosamente de acordo com o que se encontra no local,
entretanto, DISCORDA, do valor final do aluguel, como esclarecido a seguir.
No critério comparativo o Perito utilizou valores locativos do próprio Hotel, o que se nos
pareceu equivocado, pois após as sucessivas promulgações de inúmeros planos econômicos, a Economia do País
viu-se conturbada por verdadeiro imbroglio, refletindo-se, sobremaneira e principalmente, no mercado de locações.
O fenômeno ocorreu quando do Plano Cr uzado em 1.986, nos Planos Verão e Br
Cruzado esser em 1.987, no Plano Collor em
Bresser
1.990 e não foi diferente no Plano Real em 1.994.
Assim sendo, o método da rentabilidade é o que mais se coaduna com o caso presente,
porque não dizer, é o único que apresenta confiabilidade, pois traduz o retorno justo do capital-trabalho,
consagrado pela jurisprudência vigente. No seu laudo o próprio Perito afirma, baseado em cálculos corretos, que
o valor do imóvel é de R$ 1.920.000,00 (Hum milhão
milhão,, novecentos e vinte mil rreais)
nov eais)
eais), valor com o qual concordamos.
Ora, a jurisprudência maciça consagrou como justa taxa de retorno aquela que representa
1% ao mês como aluguel do imóvel comercial, o que significa que para o imóvel da lide o justo aluguel deverá ser
de R$ 19.200,00 (dezeno
(dezenovve mil e duzentos rreais)
duzentos eais)
eais).
Atentemos para o fato de que o ínfimo aluguel encontrado pelo Perito (R$ 8.900,00)
R$ 8.900,00
representa, tão somente, o retorno percentual de 0,46% ao mês, o que, convenhamos, não remunera nenhum
capital nos dias atuais neste País.
Portanto, o justo e correto valor locativo do imóvel da lide deverá ser aquele representado
pelo CRITÉRIO DA RENTABILIDADE , no qual o proprietário é remunerado através de uma taxa adequada sobre o
justo valor do imóvel, e, que no caso presente é
Por tudo o que foi exposto, conclui-se que o JUSTO VALOR LOCATIVO DO IMÓVEL SITUADO
NA AV. NIEMEYER, nº 769/ PARTE DO PAVIMENTO SC DO HOTEL NACIONAL RIO, A PARTIR DE 1º DE NOVEMBRO
DE 1.998 DEVERÁ SER DE
ENCERRAMENTO
ENCERRAMENTO
Nada tendo a acrescentar, encerro o presente parecer técnico em quatro laudas digitadas,
sendo todas rubricadas e a última assinada.
Eng .º CEL
Eng.º SO APRIGIO GUIMARÃES NET
CELSO O
NETO
Assistente Técnico do Réu
Escrevente: Orestes
Processo n.º 2.469
Ação: Renovatória
Autor
Autor:: CABELEIREIRO E THERMAS ANGEL O DELL
ANGELO A NOCE
DELLA
Réu: HO TÉIS REUNIDOS S/A HORSA
HOTÉIS
HISTÓRICO
O Autor é locatário do Réu HORSA desde 01 de novembro de 1.993, quando foi pactuado o
contrato em questão que preconizava o aluguel de CR$ 575.000,00 (quinhentos e setenta e cinco mil cruzeiros
reais), equivalentes à época a 5.993 URVs.
(OBS.: 1 URV nov. 93 = CR$ 95,94).
ESTÉTICA MET
O negócio explorado tem o nome fantasia de ESTÉTICA AMORPHOSE
METAMORPHOSE
AMORPHOSE, ocupando uma área
de 558,00 m², conforme calculado na planta baixa oferecida ao Perito e anexada ao laudo, nela incluída parte
comum da circulação que é de uso exclusivo do Autor, inclusive fechado por portas blindex. Parte deste pavimento
é ocupada pela administração do hotel.
A recepção é feita na circulação, tendo o conjunto configuração circular, conforme visto na
planta.
Apresenta salão de ginástica, sala de tratamento de pele, salão de cabeleireiro, conjunto de
saunas com chuveiros e duchas, salão de massagens e repouso com bar, sala de placas eletrônicas etc...
O salão de ginástica (foto n° 01) tem piso em placas de vulcapiso, 2 paredes revestidas com
espelho, dando frente para o mar pela parte envidraçada. O teto é rebaixado em gesso, com luminárias embutidas
incandescentes. Nesta parte há um banheiro com dois boxes de chuveiro, um vaso e uma pia. O piso é em vulcapiso
e as paredes revestidas com azulejos azuis até o teto.
A sala para tratamento de pele (foto n° 02), assemelha-se à de ginástica no piso, tendo paredes
forradas em fórmica, três pias ovais com banca em fórmica, luminárias fluorescente e incandescentes, uma pia
de louça.
O salão de cabeleireiro (foto n° 03), também com piso em vulcapiso, apresenta-se com a aparelhagem
adequada, uma copa-cozinha com paredes revestidas de azulejos branco até o teto, sala de médico, almoxarifado
com piso acarpetado, um banheiro com paredes pintadas, vaso, bidê e pia brancos e piso em vulcapiso. Há, ainda
um pequeno escritório e vestiário com piso cerâmico hexagonal.
CÁLCUL
CÁLCULOS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS P
ALIATÓRIOS ARA OBTENÇÃO DO JUST
PARA O AL
JUSTO UGUEL A P
ALUGUEL AR
PARTIR DE 01 DE NO
ARTIR VEMBRO DE 1998.
NOVEMBRO
Para tanto, o Perito valeu-se do Método COMPARATIVO, que é o recomendado para o caso,
visto que não faz sentido proceder-se à avaliação da parte locada em questão, pois que indivisível do resto do
conjunto, o qual só pode ser avaliado como um todo.
Assim, o Perito e os Assistentes procederam à exaustiva pesquisa de locação na própria torre
do Hotel Nacional concentrando no lobby as lojas com os respectivos valores a partir da data do último reajuste,
corrigindo-se este valor para novembro de 1998 através do BTN virtual, que é o correspondente ao valor do BTN
extinto a partir de fevereiro de 1.991 (Cr$ 126,9624).
Assim, temos o rol amostral, todos para lojas com 22,20 m² de área:
2) LOJA 3
Locatário: SANMAR Com. Imp. e Exp. Ltda
Aluguel (agosto/95): R$ 1.344,00
Aluguel corrigido (nov./98): R$ 1.872,00
Preço/m²: R$ 84,00/m²
3) LOJA 4
Locatário: o anterior
Aluguel (março/95): R$ 2.640,00
Aluguel corrigido (nov./ 98): R$ 3.676,00
Preço/m²: R$ 165,00/m²
4) LOJA 5
Locatário: H. STERN Com. e Ind. S/A
Aluguel (outubro/95): R$ 804,00
Aluguel corrigido (nov./98): R$ 1.070,00
Preço/m²: R$ 48,00/m²
As lojas nos 6, 7, 8 e 9 estão alugadas também para a H. STERN, com o mesmo valor e a partir
da mesma data. Portanto, temos as amostras:
6) LOJA 7
Preço/m²: R$ 48,00 /m²
7) LOJA 8
Preço/m²: R$ 48,00 /m²
8) LOJA 9
Preço/m²: R$ 48,00 /m²
9) LOJA 10
Locatário MAXIMINO PIRES
Aluguel (agosto/95): R$ 1.460,00
Aluguel corrigido: R$ 2.040,00
Preço/m²: R$ 92,00/m²
x1 = 31,00
x2 = 84,00
x3 = 165,00
x4 = 48,00
x5 = 48,00
x6 = 48,00
x7 = 48,00
x8 = 48,00
x9 = 92,00
X = 68,00/m²
S = 41,24
onde tc = valores percentis para distribuição t de STUDENT, com 8 amostras, 7 graus de liberdade
e confiança de 80% (tabelado) = 1,40
A= 21,98 ÷ 3 = 7,32
1ª classe:
2ª classe:
3ª classe:
Como a parte da lide tem área muito superior, há que se aplicar o fator de área:
Assim, se a parte locada estivesse no lobby, o seu valor unitário seria:
0,125
Ka = { 22,80 / 558} = 0,66828
Como o pavimento SC (2° pavimento), não tem a nobreza do lobby, ou seja, neste último há
total convergência dos hóspedes, o que não ocorre com o SC, entendemos que deva ser desvalorizado na
ordem de 50% em relação ao lobby (o Perito informou-se que a clientela do Autor é tradicional, ou seja, apenas
30% é representado por hóspedes do hotel e, mesmo assim, em ocasiões de pico de turismo, como janeiro e
fevereiro).
Portanto, o valor unitário para o pavimento SC será (novembro/98):
JUST
JUSTOO AL UGUEL = R$ 8.900,00
ALUGUEL
(Oito mil e novecentos rreais)
nov eais)
1° QUESITO:
2° QUESITO:
3° QUESITO:
4° QUESITO:
Informar o que mais for do interesse da causa e da justiça.
Resposta:
Nada há para acrescentar ao que foi dito
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 25
II QUESITOS DOS RÉUS (fls. 80 dos Autos)
1° QUESITO:
2° QUESITO:
Este Perito procedeu à pesquisa na região de São Conrado, mais precisamente no Condomínio
erigido pela Construtora Carvalho Hosken, verificando que no edifício San Maxims apartamentos com vista para
o mar e área privativa de 180,00 m² com 2 vagas na garagem, estão sendo vendidos por R$ 480.000,00
(qua tr
(quatr ocentos e oitenta mil rreais),
trocentos eais), equivalendo a R$ 2.500,00 /m²
equivalendo /m².
C = custo unitário da construção fornecido pelo SINDUSCON Sindicato da Indústria da Construção Civil no
Municipio do Rio de Janeiro (novembro de 1.998), padrão H12 - 3Q- A= R$ 449,00 / m²
K = coeficiente de mercado = 1,15 (neste valor inclui-se a parte referente as vagas de garagem, o que imprime
maior desejo de comprar)
d = depreciação física obtida diretamente na tabela de ROSSHEIDECKE (idade 26 anos, vida 85, estado 2)
= 0,215 (idade percentual = 30%)
r = cota de terreno, em percentagem relativa ao empreendimento novo, em São Conrado, na Av. Aquarela do
Brasil = 60% = 0,60
(esta é uma extensão da Av. Niemeyer e onde se situa o Condomínio, tendo ambas a mesma nobreza).
Vi = R$ 450.000,00
O que difere o imóvel comercial em valor, do residencial na aplicação do modelo é, justamente, o coeficien-
te de mercado.
para o imóvel da lide, mantendo os mesmos elementos utilizados no modelo para apartamentos,
incrementando o coeficiente de mercado para 1,25, teremos na fórmula:
Vi = R$ 1.920.000,00
Arbitrar o justo aluguel mensal para efeito da renovação objeto da presente Ação.
Resposta:
Conforme já calculado o justo aluguel a partir de 1° de novembro de 1998 é de
R$ 8.900,00 (oito mil e novecentos rreais)
nov eais)
eais).
4° QUESITO:
Trazer ao processo qualquer outra informação útil ao esclarecimento da causa.
Resposta:
Na avaliação feita não foram incluídos os equipamentos citados na cláusula 5ª do
Contrato de fls. 13, por não constar dos autos a relação anexa mencionada naquela cláusula, além da
representante do autor ter declarado na vistoria que os equipamentos lhe eram pertinentes. Por outro lado, os
honorários solicitados não incluíam a avaliação desses equipamentos.
ENCERRAMENTO:
ENCERRAMENTO
Requer sua juntada aos Autos para que produza um só fim e efeito de Direito.
Nestes Termos
Pede Deferimento
Maurício Liberbaum
Liberbaum, engenheiro registrado no CREA/RJ sob n° 21.936-D, Assistente Técnico, vem
apresentar o seu LAUDO TÉCNICO DISCORDANTE, na forma que se segue:
IGP em março/92
IGP em março/97
Va = Vi + (If Ii/Ii)
Va = Valor do aluguel corrigido
Vi = Valor do aluguel no início do contrato, convertido
If = Índice do IGP na data atual = março/97 = 138,97
Ii = Índice do Igp na data do início do contrato = março/92 = 0,05
b) Método Comparativo
Neste item apresentaremos os pontos discordantes em relação ao laudo pericial elaborado pelo
Ilustre Perito do Juízo, para este método, como se segue:
A) Valores Loca
alores tiv
Locativos a
tivos tualizados das Amostr
atualizados as
Amostras
Apontamos a seguir os valores dos alugueres atualizados com os quais discordamos dos valores
encontrados pelo Ilustre Perito do Juízo. Todos os alugueres das amostras foram atualizados pela variação do IGP
FGV para o mês de março de 1997, de acordo com cada situação conforme descrito a seguir:
Amostra1
Amostra 1: Aluguel (último reajuste contratual, jan/97) = R$ 1.021,37
IGP jan 97 = 136,77
IGP mar 97 = 138,97
Aluguel atualizado (mar/97) = R$ 1.037,80
Amostra 2: Aluguel (último reajuste contratual, jul/96) = R$ 849,78
Amostra
IGP jul. 96 = 132,62
IGP mar 97 = 138,97
Aluguel atualizado (mar/97) R$ 890,47
Amostra 3: Aluguel (último reajuste contratual, abr/97) = R$ 2.500,00
Amostra
IGP abr. 97 = 139,80
IGP mar 97 = 138,97
Aluguel atualizado (mar/97) R$ 2.485,16
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 31
Amostra 4: Aluguel (último reajuste contratual, out/96) = R$ 1.200,00
Amostra
IGP mai. 97 = 133,02
IGP mar 97 = 138,97
Aluguel atualizado (mar/97) R$ 1.679,10
Amostra 5: Aluguel (último reajuste contratual, mai/97) = R$ 1.700,00
Amostra
IGP mai. 97 = 140,70
IGP mar 97 = 138,97
Aluguel atualizado (mar/97) R$ 1.253,68
Amostr
Amostraa 6: Aluguel (último reajuste contratual, abr/97) = R$ 987,57
IGP abr. 97 = 139,80
IGP mar 97 = 138,97
Aluguel atualizado (mar/97) R$ 981,71
B) Fator de Ár
Fa ea
Área
Considerando a mesma área equivalente encontrada pelo Ilustre Perito do Juízo, discordamos, no entanto,
de todos os fatores de área usados no laudo pericial, por estarem matematicamente errados. Informamos a seguir
os valores corretos (para a área equivalente de 108,13m²):
Amostra 1: Fa = 0,945
Amostra 2: Fa = 0,889
Amostra 3: Fa = 1,031
Amostra 4: Fa = 0,915
Amostra 5: Fa = 0,940
Amostra 6: Fa = 0,929
C) Fator de Equiv
Fa alência
Equivalência
Discordamos dos fatores de equivalência utilizados pelo Ilustre Perito do Juízo, para as amostras 2 e 3 por
considerá-los excessivos para tais amostras. Os fatores por nós adotados forma baseados no trabalho do Arquiteto
Francisco Alves Gomes Jr. Que tomou como paradigma (fe = 1,00) uma sala comercial padrão normal de construção,
com banheiro privativo, sem garagem. Assim demonstramos os valores por nós determinados como se segue:
Refazendo os cálculos, conforme metodologia na planilha em anexo, encontramos para valor unitário do aluguel
o valor de R$ 22,78 / m².
Valor do aluguel pelo método comparativo = VI = R$ 2.463,20 (dois mil, quatrocentos e sessenta e três reais e
vinte centavos).
PLANILHA DE CÁL
PLANILHA CUL
CÁLCULO
CULO
Média (Xm) = R$ 21,58 Desvio Padrão (s) = { [ ( Xm - X1)**2 + ... + (Xm - X6)**2)/5]**0,5} = R$ 5,77
Campo de arbítrio:
Limite de confiança máximo = Xm + 1,48*(s/(6)**0,5) = R$ 25,40 valores percentis para a distribuição t de Student
utilizando 5 graus de liberdade e 80% de confiança
Critério de Chauvenet = (Xm - Xi) / s = 1,73 max
Limite mínimo =(Xm - X1) /s = 1,27 Pelo critério de Chauvenet todas as amostras são
válidas
Limite máximo =(Xm - X2) /s = 1,16
Intervalos de classes: dividiremos a amplitude dos limites de confiança em três intervalos iguais, à saber:
as amostras pertencentes as classes estão assinaladas na coluna classe acima
Valor unitário de locação do imóvel avaliado (Vul) = média ponderada dos valores da amostras nas classes
acima definidas:
Vul = ( X4 x 1 + X5 x 1) /2 = R$ 22,78
Isto representa na prática que o custo/m² utilizado pelo Ilustre Perito está 18,5% maior do que deveria
corretamente ser utilizado.
1) Planilha em anexo
X Percentual da cota de terreno
O percentual incidente (cota de terreno) para imóveis residenciais conforme tabela elaborada pelo Eng.° Milton
Mandelblatt para o centro da cidade tem a variação de 30 a 40 %, somos sabedores que para imóvel comercial esta
taxa sempre sofre uma majoração, no entanto ao utilizar 60% com taxa, isto justificaria dizer um aumento de 50% do
parâmetro maior estudado, consideramos exagerado e utilizaremos a taxa de 55%, assim mesmo aumenta um
percentual de utilização fica em torno 37,5% do maior parâmetro elaborado.
(tabela em anexo)
Assim calcularemos o valor pelo Método da Rentabilidade com apenas os dois parâmetros discordantes.
Demonstrativo de cálculo:
0,55 V
Vin = (0,55 in + R$ 42.188,16) x 1,25
Vin
Vin = (1 0,6875) + R$ 52.755,20
Vin + R$ 52.735,20 : 0,3125 = R$ 168.752,64
O valor a taxa de 1% traduz o custo unitário locada/m² de: R$ 21,87/m² correspondente ao térreo:
O percentual do v
percentual alor or
valor a obtido em rrelação
ora elação ao valor obtido pelo P
valor erito está na ffaixa
Perito aixa de 49,8 % menor
menor..
Assim o valor locativo pela rentabilidade será: R$ 1.596,82 + R$ 147,05 + R$ 621,25 = R$ 2.365,12 (dois
mil tre
trezentos e sessenta e cinco rreais
eais e doze centa
doze centavvos)
Conclusão:
Conclusão:
Método da Correção:
Vimos que a diferenciação neste método pela utilização de diferentes índices, o Ilustre Perito utilizou a
BNT/TR. BTN está fora de utilização a vários anos.
O resultado afinal nos fornece um valor irreal para a locação, pois o período de 92 a 97 estão entremeados
de 3 (três) variações de moeda que são:
Como a nossa economia está estabelecida com índices baixos, e a tendência de locação no atual plano
é de baixa este é o verdadeiro motivo da diferença entre o valor obtido neste método e o valor de mercado.
O seu resultado final quando da utilização dos índices no período 92 a 97 traz restícios da época
inflacionária.
Como o resultado final está fora da realidade do mercado este NUNCA deve ser considerado.
Método da Rentabilidade:
Divergimos em dois parâmetros que são o custo unitário, em que o Perito com intuito único de naquear
aluguéis utiliza o custo/m² para imóveis residenciais estão sempre bem maior que os imóveis tipo comerciais, ao
nosso ver o bom senso e o conhecimento que o Ilustre Exper Expertt tem deveria adotar o usual ou seja o CUB Médio
representativo.
O percentual da cota de terreno utilizado pelo Ilustre Perito (60%) é um exagero, comparável somente com
imóveis localizados na Av. Atlântica, Ipanema, Leblon e Lagoa.
Assim o valor locativo encontrado pelo Método da Rentabilidade será: R$ 2.365,12 (dois mil, trezentos
e sessenta e cinco reais e doze centavos) mensal em março/97.
Nosso Comentário
O Ilustre Perito do Juízo, ao final de seu laudo fez uma média ponderada com a utilização do valor
obtido pela Correção (valor fora de mercado).
É um verdadeiro absurdo, mesmo com a utilização do peso menor, pois, não se deve estabelecer um
cálculo mentiroso resultado obtido fora dos padrões da realidade, o seu resultado final continuará desastroso e fora
da realidade.
Convém notar que o valor obtido pela mesma metodologia empregada pelo Ilustre Perito tanto no Método
Comparativo em Rentabilidade chegamos a valores bem próximos isto representa dizer; o valor comparativo espelha
realmente o valor de mercado, se assim não fosse o que representa o valor de mercado para locação???
O valor encontrado pelo Ilustre Perito e fazer tão somente que o pequeno comércio corre
as seus gastos, trazendo em seu bojo mais problemas sociais com os proprietários, empregados e
empregados indiretos que sempre o comércio permite as ensejar.
Isto posto este Assistente com a devida permissão o Ilustre e reconhecido Perito Sérgio
Abunahman, passo a discordar de maneira veemente os absurdos incluídos em seu laudo.
O M.M. Dr. Juiz magistrado da mais alta sensibilidade possível, solicitaria ao Ilustre Perito
nomeado por este Juízo que refizesse o seu laudo a ponto de se chegar um verdadeiro valor de
mercado para a locação ora estudada, e não a sua sem prática de dizer uniforme e RV 32,00 (trinta e
dois/m²) de locação para o local.
O mercado local conforme a amostra, não somente de valores para o local como o encontrado
pelo Ilustre Perito.
Demonstramos em nosso trabalho que o valor pesquisado (Método Comparativo) está com
valores próximo ao encontrado no Método da Rentabilidade, motivo este bastante para ser o valor de
mercado.
Nestes Termos,
Pede Juntada.
Campo de Arbítrio:
Limite de confiança máximo: = Xm + 1,48*(s/(6)**0,5)= R$ 25,40
Limite de confiança mínimo: = Xm 1,48*(s/(5)**0,5)= R$ 17,76
valores percentis para distribuição de Student, utilizando 5 graus de liberdade e 80% de confiança.
Intervalos de classes: dividiremos a amplitude dos limites de confiança em 3 intervalos iguais a saber:
As amostras pertencentes as classes estão assinaladas na coluna classe acima
Valor unitário de locação do imóvel (Vul) = média ponderada dos valores da amostra nas classes acima definidas
1- Eles deverão ser revistos sempre que ocorrer uma alteração significativa
nas condições do mercado imobiliário.
2- Eles são médios e poderão variar (para mais ou para menos) de acordo
com a localização ou características do imóvel em avaliação.
3- Eles correspondem à média das informações obtidas em pesquisas junto
a empresas construtoras do Rio de Janeiro
MARCELO MACHADO FONSECA, engenheiro civil, registrado no CREA RJ sob o n.º 89 1 00931
1- D, assistente de LUCIANA BODIN SAINT ANGE MESIANO E OUTROS na AÇÂO RENOVATÓRIA que lhe move
LUIZ VILLAR & CIA LTDA. , discordando frontalmente do laudo do perito do juízo, vem, em separado,
apresentar seu laudo, solicitando a V. Ex. de digne mandar anexar aos Autos.
HISTÓRICO
Discordamos do ilustre perito ao considerar a idade de 30 anos para o cálculo da depreciação.
Conforme decisões anexas, em imóvel comercial não cabe depreciação pela idade, sendo mais importante o ponto
comercial.
CÁLCULOS AVALIATÓRIOS
Concordamos com os métodos adotados:
a) CORREÇÃO MONETÁRIA
b) COMPARAÇÃO
1- Fator de Fonte
Discordamos do perito da adoção de contratos de outras lojas para utilização deste método.
1) Rua Uruguaiana, junto da Rua Sete de setembro e bem próximo do imóvel avaliando
Loja — 80,00 m2
Jirau 80,00 m2 X 0,40 = 32,00 m2
Luvas R$ 200.000,00
Aluguel R$ 6.000,00
Aluguel com valor das luvas distribuído em 60 meses R$ 9.333,00
Aluguel unitário R$ 83,30 / m2
2) Rua Uruguaiana, quase esquina com Sete de Setembro bem próximo do imóvel avaliando
Loja – 70,00 m2
Luvas R$ 80.000,00
Aluguel R$ 2.500,00
Aluguel com o valor das luvas distribuído R$ 3.833,00
Aluguel unitário R$ 54,76 / m2
HOMOGENEIZAÇÃO DE DADOS
As amostras são homogeneizadas tecnicamente ao imóvel objeto da ação, levando-se em consideração os fatores
pertinentes, tais como:
Ap = área da pesquisa
A = área real
N = para diferença de áreas até 30% = 0,25
N = para diferença de áreas acima de 30% = 0,125
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 48
CÁLCULOS DOS VALORES HOMOGENEIZADOS DAS AMOSTRAS PESQUISADAS:
É obtido pela diretriz em linha, R$ / m2.
TRATAMENTO ESTATÍSTICO:
Com base no emprego da teoria estatística das pequenas amostras, para a confiança matemática de 90% e
probabilidade de acerto de 80%, tem-se definido o campo de arbítrio, intervalo no qual se decide o perito.
b) Grau de liberdade:
V= n 1 =4
c) Média aritmética:
X = 45,56
d) Desvio Padrão:
S = 14,78
e) Coeficiente de variação:
Cy = S / X = 0,3252 ou 32,52%
a amostra é mantida
a) Campo de arbítrio:
É definido pelo modelo:
0,5
X + Tp [( S / ( n 1 )]
Onde Tp = 1,53 ( tabela de distribuição i de Student), 80% de probabilidade de acerto, ou seja, Tc = 0,80, para 4
graus de liberdade.
Valor mínimo: R$ 34,15 / m2
Valor máximo: R$ 56,78 / m2
TOMADA DE DECISÃO:
Como 03 elementos se encontram no intervalo de confiança, o valor adotado será a média aritmética entre eles.
X = R$ 43,89 / m2
3) RENTABILIDADE
Concordamos com o modelo matemático
Vi = ( Vt + Vcn ) X f
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 50
Discordamos:
a) Da adoção de f = 1,25
É fartamente sabido que o logradouro onde se situa o imóvel, rua Uruguaiana trecho nobre, com as
obras de urbanização feitas, que, a transformação em rua de pedestres, com ajardinamento, colocação de bancos e,
principalmente, o afastamento dos camelôs, teve o seu valor comercial bastante aumentado.
Para o caso, recomenda-se e adota-se
f = 1,35
b) Da depreciação em função da idade:
Conforme mostrado anteriormente, com os documentos juntados, em imóvel comercial não cabe tal
tipo de depreciação, sendo mais importante o ponto comercial.
Adota-se uma verba para conservação que é traduzida por um percentual a ser aplicado ao valor da
construção, usualmente de 10%. Fazendo as devidas correções, obtém-se os seguintes valores:
Loja R$ 3.503,00
Jirau R$ 323,00
2º pavimento R$ 1.362,00
TOTAL R$ 5.188,00
QUADRO
Pelos critérios adotados temos:
ATUALIZAÇÃO R$ 4.920,00
RENTABILIDADE R$ 5.188,00
COMPARATIVO R$ 4.746,00
Para o presente caso, o justo aluguel é obtido com a aplicação do método da rentabilidade:
R$ 5.188,00
(cinco mil, cento e oitenta e oito reais)
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 51
OBSERVAÇÕES
CONCLUSÃO
Face ao exposto, entendemos como justo, e o que melhor traduz a realidade imobiliária, o valor obtido no critério de
rentabilidade.
R$ 5.188,00
(cinco mil, cento e oitenta e oito reais)
Escr.: Regina
Processo nº: 22.347
Ação: Renovatória
Autor
Autor:: LUIZ VILL
LUIZ AR & CIA L
VILLAR TD
LTDA
TDA
Réus: L UCIAN
LUCIAN
UCIANAA BODIN DE SAINT ANGE COMNENE MESIANO E OUTROS
HISTÓRICO
O prédio da lide é uma edificação do início do século (e cuja idade aparente para fins
de cálculo de valor locativo será considerada de trinta anos), com dois pavimentos mais um entrepiso (jirau).
Ergue-se na metade de um terreno com aproveitamento total e cujas dimensões (metade) tomadas in loco pelo
Perito e Assistentes são:
- Frente: 3,78 m
- Profundidade média: 19,31 m
ÁREA: 73,00 m²
O imóvel tem acesso por portas de aço de enrolar e soleira de mármore. O salão de
atendimento tem piso cerâmico 15 x 30, paredes pintadas e com lambris de fórmica em parte a meia altura e na
segunda metade azulejadas com placas até o teto, balcão de atendimento em aço , com capacidade de 12
pessoas sentadas. Aos fundos há dois sanitários (masculino e feminino), com piso em placas cerâmicas e paredes
revestidas com fórmica, louças em cor. Contíguo na lateral esquerda há a escada de acesso ao jirau em concreto.
O jirau tem pé direito de 2,20 m e piso cerâmico. Nele estão situados o depósito e os equipamentos de
condicionamento de ar para o salão.
O acesso ao segundo pavimento é feito por escada e neste pavimento estão localizados na parte
de fundos o setor de manipulação (padaria), cozinha e sanitário e na parte frontal o escritório. Na parte de fundos o
piso é cerâmico 20 x 20, paredes revestidas de azulejos a meia altura. No escritório o piso é em tábuas corridas e
paredes pintadas. A cobertura é em telhas francesas sobre entablamento de madeira. Seu estado é regular, compatível
com a idade.
- TÉRREO: 73,00 m²
- JIRAU: 33,65 m² » 20% = 6,73 m²
- 2º PAVto: 71,00 m² » 40% = 28,40 m²
ÁREA CONSTRUÍD
CONSTRUÍDAT
UÍDA OTAL: 177,65 m²
TO
ÁREA EQUIVALENTE P
EQUIVALENTE ARA EFEIT
PARA O DE CÁL
EFEITO CUL
CÁLCULOS: 108,13 m²
CULOS:
CÁLCUL
CÁLCULOS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS P
ALIATÓRIOS ARA OBTENÇÃO DO JUST
PARA O AL
JUSTO UGUEL A P
ALUGUEL AR
PARTIR DE 01 /03/ 97.
ARTIR
b) COMPARAÇÃO (A2 )
COMPARAÇÃO
c) RENTABILID
RENTABILIDADE (A3 ).
ABILIDADE
O justo valor locativo será a média ponderada entre os valores retro, com os pesos 1 1 para a
2 para a comparação e 3
correção monetária, 2 3 para a rentabilidade. Tal metodologia e aplicação de pesos é
amplamente mostrada em nosso livro Avaliação de Imóv eis Comer
Imóveis ciais; Arbitr
Comerciais; amento de Alugueis (Zoomgraf-K,
Arbitramento
1980). Assim, temos:
A1 = R$ 4.920,00
(Quatr
(Quatro mil, no
tro vecentos e vinte R
nov eais)
Reais)
2º) CÁLCUL
CÁLCULO DO V
CULO AL
VALOR L
ALOR OCA
LOCATIV
OCATIVO PEL
TIVO A COMP
PELA ARAÇÃO (A2 ):
COMPARAÇÃO
METODOL
METODOL OGIA CLÁSSICA
ODOLOGIA
Tomado como 0,90 para imóveis em oferta de venda, considerando-se o desejo de vender e a
negociação a ser realizada. Para negociações realizadas ou contratos pactuados, Ff = 1. No caso presente não se
trata de ofertas e sim contratos pactuados, portanto Ff = 1.
Tomado como igual à unidade para imóveis situados em áreas com a mesma força comercial e
nobreza daquela do imóvel avaliando, inferior à unidade quando a amostra estiver em áreas menos valorizadas e
superior quando ocorrer o inverso. No Rio de Janeiro os peritos têm por costume adotar como fator de
transposição o quociente entre os V0 (vê - zeros) fornecidos pela Prefeitura para taxação nos diversos logradouros,
já que se considera que a taxação é maior quanto mais nobre for o logradouro. O V0 representa o valor de uma faixa
de terreno de 1,00 m de testada pela profundidade padrão (na cidade do Rio de Janeiro) de 36,00 m.
3- Fator de Área Fa :
na qual :
4 - Fator de Equivalência Fe :
Tomado como igual a unidade para imóveis com acabamento e padrões construtivos
assemelhados ao avaliando, inferior à unidade quando a amostra tiver padrão construtivo superior ao avaliando e
maior do que a unidade quando o elemento amostral referenciar-se a edifícios de padrão inferior ao avaliando. No
caso, apenas dois imóveis terão o fator de equivalência diferente da unidade (amostras 2 e 3).
Assim, a pesquisa revelou os seguintes valores, que serão devidamente homogeneizados para
o imóvel avaliando.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 57
1) BAR E RESTAURANTE CANTINHO DA URUGUAIANA
S = 8,11
Como as amostras limites são pertinentes, as demais também o serão e o rol é compatível.
A= 10,72 ÷ 3 = 3,57
1ª classe:
19,32................................22,89
2ª classe:
22,89........................26,46
3ª classe:
26,46..................................30,04
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 61
Neste intervalo não há nenhuma amostra Þ peso zero
Assim, para o imóvel avaliando, sendo o valor unitário em números redondos de R$ 25,00 / m²
m²,
temos:
TOTAL: R$ 2.703,00
A = R$ 2.703,00
(DOIS MIL, SETECENT
2
SETECENTOSOS E TRÊS REAIS)
3º) CÁLCUL
CÁLCULO DO V
CULO AL
VALOR L
ALOR OCA
LOCATIV
OCATIVO PEL
TIVO A RENT
PELA ABILID
RENTABILIDADE (A3 ):
ABILIDADE
Pelo presente método, calcular-se-á o valor venal do imóvel com a determinação das
parcelas de construção e do terreno, cuja soma será multiplicada por um Coeficiente de Mercado, que determina
a relação entre o custo e as possibilidades de comercialização do imóvel:
sendo :
X = 0,60 Vin
f = coeficiente de mercado, em função do bairro onde se situa o imóvel, suas características construtivas e
situação do mercado imobiliário na época da avaliação. No caso, f = 1,25
Vcn = S x P x K
sendo:
P = R$ 472,37/ m²
K = acréscimo percentual para cobrir os custos não previstos de administração, lucro do construtor, ligações,
licenças e todos os custos indiretos, sòmente na parte relativa à construção civil.
.
K = 45 % . . P = R$ 472,37 / m² x 1,45 = R$ 684,94/ m²
Vi = Vin - (Vcn - Vc )
Assim, o valor locativo pela rentabilidade será: R$ 2.393,00 + R$ 220,00 + R$ 930,00 = R$ 3.543,00
A3 = R$ 3.543,00
(TRÊS MIL , QUINHENT OS E QU
QUINHENTOS ARENT
QUARENTA E TRÊS R
ARENTA eais)
Reais)
AL = R$ 3.500,00
(TRÊS MIL E QUINHENT
QUINHENTOS OS Reais )
Reais
A1 = R$ 4.920,00
2º) COMPARAÇÃO
COMPARAÇÃO
A2 = R$ 2.703,00
3º) RENTABILID
RENTABILIDADE
ABILIDADE
A3 = R$ 3.543,00
JUSTO AL
JUSTO UGUEL: R$ 3.500,00
ALUGUEL:
Obtido o justo valor locativo, passamos a responder aos
I - QUESITOS DO A
QUESITOS UT
AUTOR ( ffls
UTOR ls
ls.. 139 dos Autos)
1º QUESITO
Queiram os Drs. Perito e Assistentes Técnicos informar qual a idade do prédio, o seu ano
provável de construção, com base na característica da época e na própria guia do imposto predial,
anteriormente anexada, e ora junta.
Resp.:
Atendido na descrição. Pela guia do IPTU o ano de construção é 1.938 (fls 142).
3º QUESITO
Queiram os Drs. Perito e Assistentes Técnicos informar qual a área real de construção e de
utilização da loja em que a autora se encontra estabelecida com seu ramo de negócio, observando-se também a
própria guia do imposto predial
Resp.:
Atendido no corpo do laudo.
4º QUESITO
5º QUESITO
Queiram os Drs. Perito e Assistentes Técnicos informar, sendo o imóvel tombado pelo
Patrimônio histórico, se é possível a expansão do ramo de negócio explorado pela autora.
Resp.:
Não, obviamente.
7º QUESITO
8º QUESITO
Qual o valor que deverá servir de base para o pagamento do respectivo seguro contra
fogo, do imóvel em causa?
Resp.:
O seguro contra fogo deverá incidir sobre as benfeitorias perecíveis, ou seja,
sobre o valor das construções no estado deduzido o percentual de 10% referente às fundações.
Assim, o seguro deverá ser de R$ 684,00 /m² x 0,785 x 177,65 m² = R$ 120.161,00.
Queiram os Drs. Perito e Assistentes Técnicos informar qual o aluguel que deve ser tido
como justo e razoável para prevalecer na renovação aqui pretendida, levando-se em conta as condições de
modéstia, antigüidade, metragem reduzida de frente, com sua limitação para o ramo de comércio, e tendo em
vista, ainda, a situação locativa dos prédios e lojas vizinhas, a vigorar a partir do término do contrato.
Resp.:
Atendido nos cálculos avaliatórios.
10º QUESITO
Queiram os Drs. Perito e Assistentes Técnicos prestar outros informes que reputem
necessários à elucidação da causa, valendo-se, inclusive, do que lhes é facultado e disposto no Cod. de Proc.
Civil (art.429).
Resp.:
Nada há para acrescentar ao que já foi dito.
1º QUESITO
3º QUESITO
4º QUESITO
Requer sua juntada aos Autos para que produza um só fim e efeito de Direito.
N. Termos,
P. Deferimento.
ENG.º SÉR
ENG.º GIO ANT
SÉRGIO ONIO AB
ANTONIO UN
ABUN AHMAN
UNAHMAN
Perito do Juíz
Perito o
Juízo
Vi mercado
mercado
= R$ 3.240.000,00
(TRÊS MILHÕES
MILHÕES,, DUZENT
DUZENTOS OS E QU ARENT
ARENTA
QUARENT A MIL REAIS)
3.0 - METODOL
METODOL OGIA :
ODOLOGIA
Os a valiador
av es de pr
aliadores opriedades imobiliárias não têm o dom da pr
propriedades of
profecia e será útil rrecor
ofecia ecor
ecorrrer-
se a eles para que estimem o v
para alor pur
valor amente especula
puramente tiv
especulativ
tivoo da propriedade
opriedade,, m
propriedade uito embor
muito emboraa seja fr eqüente
freqüente
desejar o proprietário pr
proprietário ecisamente este tipo de inf
precisamente ormações
ormações,, especialmente quando se tem em vista uma
informações
transação.
transação.
3.2- Valor
alor,, Custo e Preço
eço::
Preço
As palavras VAL
VALOR e CUST
ALOR CUSTOO, bem como PREÇO
PREÇO, têm significados distintos: PREÇO é a
quantia paga pelo comprador ao vendedor e CUSTO é o preço pago mais todas as outras despesas que incorre
o comprador na aquisição da propriedade.
O custo de uma propriedade não é necessariamente igual ao seu valor, embora o custo
seja uma prova de valor; por outro lado, na investigação do valor de uma propriedade procura-se conhecer
tanto o custo original quanto o custo de reprodução.
A palavra VALOR tem muitos sentidos e diversos elementos modificadores e, as definições
a seguir mostram os sentidos mais usuais em Engenharia de Avaliações
VAL OR DE MER
ALOR CADO é aquele encontrado por um vendedor desejoso de vender mas não forçado e um
MERCADO
comprador desejoso de comprar mas também não forçado, tendo ambos pleno conhecimento das condições
de compra e venda e da utilidade da propriedade.
VAL OR VEN
ALOR VENALAL ou de mer cado é o maior pr
mercado eço em dinheir
preço o que pr
dinheiro oduziria a ter
produziria terrra se ffosse
osse
posta à venda no mer
venda cado
cado,, por tempo rraz
mercado azoáv
azoável, par
oável, a encontr
para ar compr
encontrar ador que adquirisse
comprador adquirisse,, com pleno conhecimento
de todos os usos e ffinalidades
inalidades a que se ada pta e a que pode ser submetida .
adapta
Os métodos diretos c
diretos lassif
classif icam-se em:
lassificam-se
Em primeiro lugar, o avaliador terá que verificar o fim a que se destina o estudo se é para alienação, hipoteca,
taxação, inventário, desapropriação, reavaliação de ativo, etc. ¾ , pois poderão surgir valores diversos dependendo
do enfoque do problema.
3) Comparar as propriedades de referência com a propriedade que está sendo avaliada através do
método mais adequado ao caso:
4) Pesquisar a tendência central ou média ponderada dos resultados obtidos para chegar-se finalmente
ao VALOR.
a) O laudo apresenta todas as condições limitativas impostas pela metodologia empregada, que afetam as
análises, opiniões e suas conclusões;
b) Para a propriedade em estudo foi empregado o método mais recomendado, com cuidadosa pesquisa de
valores de mercado e devida compatibilização e homogeneização;
c) O signatário inspecionou pessoalmente a propriedade avaliada e o laudo foi elaborado por si e ninguém, a
não ser o próprio avaliador, preparou as análises e as respectivas conclusões;
d) O laudo foi elaborado com estrita observância dos postulados constantes do Código de Ética Profissional;
f) O avaliador não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria envolvida neste laudo no presente,
nem contempla para o futuro, qualquer interesse nos bens objeto desta avaliação;
g) As áreas úteis e construídas adotadas por este avaliador foram aquelas levantadas in loco pelo Arquiteto
ROBERTO S. CARVALHO.
5.0 - CÁLCUL
CÁLCULOS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS
TÓRIOS::
ALIATÓRIOS
O logradouro onde se situa o imóvel avaliando, rua Buenos Aires esquina da rua da
Quitanda é dotado de toda infra estrutura urbana, pavimentado e servido por coletivos próximos, estando
no coração comercial do Centro da cidade do Rio de Janeiro.
As escadas de acesso aos pavimentos são revestidas de mármore bege, igual ao do piso do
hall, assim como todos os halls dos elevadores nos diversos andares.
No interior deste pavimento situam-se as caixas dos dois elevadores mencionados, o que
causará transtorno se não forem desativados havendo ocupação da loja e sobreloja por terceiros.
A partir do hall dos elevadores o acesso às salas é feito por porta corta-fogo (o que ocorre
em todos os andares). O piso é em mármore em parte, carpete sobre tacos de peroba e peroba em outras
partes. A pintura é plástica emassada em todas as paredes, necessitando de recomposição na maior parte. O
teto é rebaixado em gesso e as luminárias são fluorescentes.
Atendendo o pavimento, há uma escada interna que vai do térreo até o 5º pavimento.
3º PAVIMENTO:
Com piso parte em mármore e parte taqueado, revestido de carpete em alguns pontos,
neste pavimento funcionava a antiga central de PABX da PETROQUISA, tendo o pavimento a mesma
configuração do anterior, apresentando também uma caixa forte, sendo que no lugar da copa existe um
banheiro com o mesmo acabamento, sendo este o feminino, com piso cerâmico, banca de mármore, dois
boxes com vasos, paredes revestidas em fórmica. Observamos diversas infiltrações neste pavimento.
4º PAVIMENTO:
5º PAVIMENTO:
6º PAVIMENTO:
7º PAVIMENTO:
8º PAVIMENTO:
Este andar difere nos banheiros. A primeira sala tem um banheiro no hall de acesso. Este tem
piso em carpete, banca de mármore e paredes revestidas de fórmica, um box com vaso.
9º PAVIMENTO:
10º PAVIMENTO:
O banheiro da primeira sala tem piso em pastilhas, paredes revestidas de azulejos brancos
até 2,20 m , box com vaso e pia branca. Os demais banheiros têm o mesmo acabamento daqueles dos
pavimentos imediatamente abaixo, tendo o feminino banca de mármore.
Neste pavimento não há o banheiro da primeira sala, sendo o banheiro masculino grande igual
aos anteriores assim como o feminino que lhe é contíguo.
Na parte de fundos há uma copa conjugada a um banheiro desativado, que era usado como
posto de atendimento médico. Neste banheiro, com piso em vulcapiso sobre pastilhas, só há um vaso e a pia verdes,
não tendo paredes que o separem do restante. A copa tem pia de aço inox. Necessita de obras de vulto para adaptá-
lo a condições de funcionalidade.
COBERTURA
Os elevadores só atingem o 11º pavimento, sendo o acesso à cobertura feito por escada. Esta
tem uma grande parte descoberta, com piso em placas cimentadas. A parte coberta tem piso cerâmico
hexagonal em parte, parte cerâmica retangular e parte em madeira. Nesta cobertura há um banheiro com piso
em pastilhas, vaso e pia brancos e um box chuveiro. Há uma copa desativada semi destruída.
2º Pavimento: 336,36 m²
3º Pavimento: 364,12 m²
4º Pavimento: 330,30 m²
5º Pavimento: 341,64 m²
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 83
6º Pavimento: 324,16 m²
7º Pavimento: 372,05 m²
8º Pavimento: 377,26 m²
9º Pavimento: 378,62 m²
10º Pavimento: 369,92 m²
11º Pavimento: 366,56 m²
Cobertura: 106,00 m²
ÁREA CONSTRUÍD
CONSTRUÍDA: 4.550,00 m²
UÍDA:
Feita a descrição do prédio, visto nas fotos anexadas ao laudo e que melhor ilustram a descrição,
passamos à
1) COMP ARA
COMPARA TIV
ARATIVO DE MER
TIVO CADO (V1)
MERCADO
2) CUSTOD
CUSTO A CONSTR
DA UÇÃO E TERRENO (V2)
CONSTRUÇÃO
Assim, temos:
1) CÁLCUL
CÁLCULO DO V
CULO AL
VALOR DO IMÓVEL PEL
ALOR O MÉT
PELO ODO COMP
MÉTODO ARA
COMPARATIV
ARATIVO
TIVO
Tomado como igual à unidade para imóveis situados em áreas com a mesma força
comercial e nobreza daquela do imóvel avaliando, inferior à unidade quando a amostra estiver em áreas mais
valorizadas e superior quando ocorrer o inverso. No Rio de Janeiro, por comodidade, os peritos têm por
costume adotar como fator de transposição o quociente entre os V0V0 (vê - zeros) fornecidos pela Prefeitura
para taxação nos diversos logradouros, já que se considera que a taxação é maior quanto mais nobre for o
logradouro. O V0 representa o valor de uma faixa de terreno de 1,00 m de testada pela profundidade padrão (na
cidade do Rio de Janeiro) de 36,00 m.
A análise por nós feita verificou que os valores em UNIFs não têm correspondência com
aqueles em UFIRs.
Obs.: a área útil do imóvel avaliando será tomada como a área útil média de cada pavimento, ou seja
360,00 m²
m². As áreas dos imóveis amostrais são também as úteis, obviamente.
4 - Fator de Equivalência Fe :
Tomado como igual a unidade para imóveis com acabamento e padrões construtivos assemelhados
ao avaliando, inferior à unidade quando a amostra tiver padrão construtivo superior ao avaliando e maior do que
a unidade quando o elemento amostral referenciar-se a edifícios de padrão inferior ao avaliando.
Área: 840,00m²
Oferta: R$ 1.176.000,00
Fe = 0,60
Fa = 1,06
Ft = 0,80
2) Av. Rio Branco, nº 1, ed. RB1 (um dos 3 prédios inteligentes do centro da cidade)
Área: 1.895,00 m²
Oferta: R$ 5.970.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,40
Fa = 1,17
Ft = 0,80
Área: 575,00 m²
Oferta: R$ 920.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,60
Fa = 1,02
Ft = 0,7
Área: 450,00 m²
Oferta: 630.000,00
Fe = 0,60
Fa = 0,96
Ft = 0,7
Área: 550,00 m²
Oferta: R$ 825.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,60
Fa = 1
Ft = 0,7
Área: 1.600,00 m²
Oferta: R$ 1.300.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,60
Fa = 1,15
Ft = 0,7
Área: 800,00 m²
Fe = 0,70
Fa = 1,053
Ft = 0,7
Área: 675,00 m²
Oferta: R$ 1.300.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,60
Fa = 1,15
Ft = 0,7
Área: 700,00 m²
Ff = 0,80
Fe = 0,70
Fa = 1,036
Ft = 1,00
Área: 523,00 m²
Oferta: R$ 320.000,00
Ff = 0,80
Fe = 1,00
Fa = 1,00
Ft = 0,9
Fonte: MG 500
Área: 313,00 m²
Oferta: R$ 380.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,70
Fa = 0,93
Ft = 0,8
Área: 285,00 m²
Oferta: R$ 260.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,90
Fa = 0,92
Ft = 0,8
Área: 386,00 m²
Oferta: R$ 430.000,00
Fe = 0,80
Fa = 0,96
Ft = 0,7
Área: 190,00 m²
Negociação: R$ 418.000,00
Ff = 1,00
Fe = 0,50
Fa = 0,923
Ft = 0,9
Área: 120,00 m²
Negociação: R$ 120.000,00
Ff = 1,00
Fe = 0,90
Fa = 0,87
Ft = 1,10
Área: 680,00 m²
Negociação: R$ 750.000,00
Fe = 0,80
Fa = 1,082
Ft = 1,10
Área: 1.050,00 m²
Negociação: R$ 1.365.000,00
Ff = 1,00
Fe = 0,70
Fa = 1,143
Ft = 0,9
Área: 430,00 m²
Oferta: R$ 688.000,00
Ff = 0,8
Fe = 0,70
Fa = 1,045
Ft = 1,00
Fonte: Rollof
Área: 920,00 m²
Oferta: R$ 1.560.000,00
Fe = 0,70
Fa = 1,12
Ft = 1,2
Fonte: Rollof
Área: 1.450,00 m²
Oferta: R$ 2.775.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,60
Fa = 1,19
Ft = 1,2
Fonte: Rollof
Área: 2.605,00 m²
Oferta: R$ 4.730.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,50
Fa = 1,28
Ft = 1,2
Fonte: Rollof
Área: 500,00 m²
Oferta: R$ 780.000,00
Fe = 0,80
Fa = 1,041
Ft = 0,90
Fonte: Rollof
Área: 893,00 m²
Oferta: R$ 1.980.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,60
Fa = 1,12
Ft = 1,2
Fonte: Rollof
Área: 500,00 m²
Oferta: R$ 780.000,00
Ff = 0,80
Fe = 0,70
Fa = 1,041
Ft = 1,00
Fonte: Rollof
X1 = 895,00
X2 = 1.550,00
X3 = 885,00
X4 = 639,00
X5 = 835,00
X6 = 422,00
X7 = 696,00
X8 = 561,00
X9 = 760,00
X10 = 665,00
X11 = 666,00
X12 = 636,00
X13 = 651,00
X14 = 990,00
X15 = 861,00
X16 = 1.049,00
X17 = 936,00
X18 = 936,00
X19 = 1.275,00
X20 = 1.311,00
X21 = 1.115,00
X22 = 936,00
X23 = 893,00
X24 = 909,00
S = 257,19
Efetuando, temos:
X max = R$ 910,26 / m²
Xmin = R$ 787,29 / m²
A = 122,96 ÷ 3 = 40,98
1ª classe:
2ª classe:
3ª classe:
Vi = R$ 3.248.000,00
(TRÊS MILHÕES
MILHÕES,, DUZENT
DUZENTOSOS E QU ARENT
QUARENT
ARENTA A E OITO MIL R
OITO eais)
Reais)
Pelo presente método, calcular-se-á o valor venal do imóvel com a determinação das
parcelas de construção e do terreno, cuja soma será multiplicada por um Coeficiente de Mercado, que
determina a relação entre o custo e as possibilidades de comercialização do imóvel:
Vin = ( Vt + Vcn ) * f
sendo :
X = 0,40 Vin
f = coeficiente de mercado, em função do bairro onde se situa o imóvel, suas caracteristicas construtivas e
situação do mercado imobiliário na época da avaliação. No caso,
f = 1,05
O valor da construção nova será calculado pelo modêlo:
Vcn = S x P x K
sendo:
S = área equivalente de construção = 4.550,00 m²
P = prêço unitário de construção calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Município do
Rio de Janeiro, para o mês em referência (dezembro de 1.998) e de acordo com o padrão construtivo do
imóvel. No caso foi utilizado o custo tipo: Médio, H12 - 3 Q - N
P = R$ 350,49 / m²
Substituindo e calculando:
Vcn = R$ 2.312.358,00
Vin = R$ 4.186.165,00
Percentual de duração: 40 %
Coef. de depreciação (d ):
Vi = Vin - (Vcn - Vc )
Vi = R$ 3.238.000,00
(TRÊS MILHÕES
MILHÕES,, DUZENT
DUZENTOSOS E TRINT A E OIT
TRINTA O MIL R
OITO eais)
Reais)
Vi mercado
mercado
= R$ 3.240.000,00
MILHÕES,, DUZENT
(TRÊS MILHÕES DUZENTOS OS E QU ARENT
QUARENT
ARENTAA MIL REAIS)
6.0 - CONCLUSÃO
USÃO::
CONCLUSÃO
O JUSTOV
JUSTO AL
VALOR DE MER
ALOR CADO DO IMÓVEL SITU
MERCADO ADO N
SITUADO AR
NA UA B
RU UENOS AIRES
BUENOS AIRES,, nº 40, ESQUINA
ESQUINA
DA RUA D
RU A QUIT
DA ANDA (2º A
ANDA
QUITAND O 11º P
AO AVIMENT
PA OS E COBER
VIMENTOS TURA), REFERIDO A J
COBERTURA), ANEIRO DE 1.999 É DE:
JANEIRO
Vi mercado
mercado
= R$ 3.240.000,00
(TRÊS MILHÕES
MILHÕES,, DUZENTOS E QU
DUZENTOS ARENT
QUARENTA MIL REAIS)
ARENTA
Damos por encerrado o presente LAUDO em 35 (trinta e cinco) folhas de papel formato
ofício digitadas de um só lado seguido de fotografias coloridas e enumeradas acompanhadas de plantas do
edifício avaliando e das qualificações profissionais do Perito Avaliador.
Eng.º JOÃO L
Eng.º UIS DE SOUSA MIRAND
LUIS MIRANDA A CARDOSO
C.R.E.A. nº 83 1 02782 8 - -D R.J
C.R.E.A. R.J..
Vi mercado
mercado
= R$ 1.876.000,00
(HUM MILHÃO
MILHÃO,, OITOCENT
OITOCENTOS E SETENT
OCENTOS A E SEIS MIL REAIS)
SETENTA
3.0 - METODOL
METODOL OGIA :
ODOLOGIA
Os avaliador
av es de pr
aliadores opriedades imobiliárias não têm o dom da pr
propriedades of
profecia e será útil rrecor
ofecia ecor
ecorrrer-
se a eles para que estimem o v
para alor pur
valor amente especula
puramente tiv
especulativo da pr
tivo opriedade
opriedade,, m
propriedade uito embor
muito emboraa seja freqüente desejar
freqüente
o proprietário pr
proprietário ecisamente este tipo de inf
precisamente ormações
ormações,, especialmente quando se tem em vista uma tr
informações ansação.
transação.
3.2- Valor
alor,, Custo e Preço
eço::
Preço
As palavras VAL
VALOR e CUST
ALOR CUSTOO, bem como PREÇO
PREÇO, têm significados distintos: PREÇO é a
quantia paga pelo comprador ao vendedor e CUSTO é o preço pago mais todas as outras despesas que incorre
o comprador na aquisição da propriedade.
O custo de uma propriedade não é necessariamente igual ao seu valor, embora o custo
seja uma prova de valor; por outro lado, na investigação do valor de uma propriedade procura-se conhecer
tanto o custo original quanto o custo de reprodução.
VALOR DE MER
ALOR CADO é aquele encontrado por um vendedor desejoso de vender mas não
MERCADO
forçado e um comprador desejoso de comprar mas também não forçado, tendo ambos pleno conhecimento
das condições de compra e venda e da utilidade da propriedade.
VALOR RENTÁBIL é o valor atual das receitas líquidas prováveis e futuras, segundo
ALOR
prognóstico feito com base nas receitas e despesas recentes e nas tendências dos negócios.
Os métodos diretos c
diretos lassif
classif icam-se em:
lassificam-se
Em primeiro lugar, o avaliador terá que verificar o fim a que se destina o estudo se é para
alienação, hipoteca, taxação, inventário, desapropriação, reavaliação de ativo, etc. ¾ , pois poderão surgir valores
diversos dependendo do enfoque do problema.
4) Pesquisar a tendência central ou média ponderada dos resultados obtidos para chegar-se finalmente
ao VALOR.
Esse método - também chamado de método de comparação - é uma técnica na qual a estimativa
do valor de mercado é obtida sobre preços pagos em transações imobiliárias, sendo assim um processo de
correlação de valores de propriedades vendidas.
a) O laudo apresenta todas as condições limitativas impostas pela metodologia empregada, que afetam as
análises, opiniões e suas conclusões;
b) Para a propriedade em estudo foi empregado o método mais recomendado, com cuidadosa pesquisa de
valores de mercado e devida compatibilização e homogeneização;
c) O signatário inspecionou pessoalmente a propriedade avaliada e o laudo foi elaborado por si e ninguém, a
não ser o próprio avaliador, preparou as análises e as respectivas conclusões;
f) O avaliador não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria envolvida neste laudo no presente,
nem contempla para o futuro, qualquer interesse nos bens objeto desta avaliação;
g) As áreas úteis e construídas adotadas por este avaliador foram aquelas apresentadas nas plantas fornecidas
pelo Arquiteto ROBERTO S. CARVALHO.
5.0 - CÁLCUL
CÁLCULOS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS
TÓRIOS::
ALIATÓRIOS
O logradouro onde se situa o imóvel avaliando, rua Buenos Aires esquina da rua da
Quitanda é dotado de toda infra estrutura urbana, pavimentado e servido por coletivos próximos, estando no
coração comercial do Centro da cidade do Rio de Janeiro.
As escadas de acesso aos pavimentos são revestidas de mármore bege, igual ao do piso
do hall, assim como todos os halls dos elevadores nos diversos andares.
O imóvel avaliado , cf. já dito, é composto pela loja, sobreloja e subsolo. A loja apresenta
duas frentes, tendo duas portas para a rua Buenos Aires e uma voltada para a rua da Quitanda.
Esta tem dois acessos externos e um interno pelo hall de entrada do prédio. A loja tem
parte do piso em placas de cacos de mármore e outra parte em tacos de peroba. As paredes são revestidas
com placas de mármore bege Bahia. Apresenta dois elevadores internos que vão até o 5° pavimento. Há duas
escadas de acesso ao subsolo e à sobreloja, ambas com piso em mármore e caixa revestida do mesmo
material.
Há uma copa com piso cerâmico 7 x 15, banca de aço inox, e paredes azulejadas até o teto.
DESCRIÇÃO DA SOBRELOJA:
A sobreloja possui dois banheiros e duas copas. Seu piso é cimentado recoberto por
vulcapiso. O banheiro feminino tem piso em paviflex, paredes revestidas de fórmica bege, duas pias e um box
com vaso. O masculino tem piso igual, paredes com o mesmo revestimento, dois mictórios, três boxes com
vaso e duas pias. As copas têm o mesmo acabamento.
Há uma sala de diretoria/gerência com banheiro privativo. Este tem piso em pastilhas, banca de mármore,
vaso e paredes azulejadas em branco até o teto.
DESCRIÇÃO DO SUBSOLO:
O subsolo tem piso em placas de mármore e abriga três caixas forte de grandes dimensões.
Tem dois acessos, um frontal e outro pelos fundos Na parte voltada para a rua da Quitanda há um banheiro e um
vestiário contíguos. O banheiro tem piso cerâmico hexagonal vermelho, paredes revestidas de azulejos brancos
até o teto, duas pias e dois boxes com vaso. O vestiário é composto de mesmo tipo de piso e revestimento de
paredes.
O imóvel apresenta-se em regular estado, compatível com a idade e falta de conservação
por estar desocupado há cerca de seis anos, consoante informações prestadas ao avaliador no local, carecendo
de obras de reparos.
LOJA: 415,18m²
OJA:
SOBRELOJ
SOBRELOJA: 484,52m²
OJA:
SUBSOLO: 400,00m²
SUBSOLO:
Feita a descrição do prédio, visto nas fotos anexadas ao laudo e que melhor ilustram a
descrição, passamos à
1) COMP ARA
COMPARA TIV
ARATIVO DE MER
TIVO CADO (V1)
MERCADO
2) CUSTOD
CUSTO A CONSTR
DA UÇÃO E TERRENO (V2)
CONSTRUÇÃO
Assim, temos:
Tomado como igual à unidade para imóveis situados em áreas com a mesma força
comercial e nobreza daquela do imóvel avaliando, inferior à unidade quando a amostra estiver em áreas
mais valorizadas e superior quando ocorrer o inverso. No Rio de Janeiro, por comodidade, os peritos têm
por costume adotar como fator de transposição o quociente entre os V0V0 (vê - zeros) fornecidos pela
Prefeitura para taxação nos diversos logradouros, já que se considera que a taxação é maior quanto mais
nobre for o logradouro. O V0 representa o valor de uma faixa de terreno de 1,00 m de testada pela
profundidade padrão (na cidade do Rio de Janeiro) de 36,00 m.
3- Fator de Área F :
a
as áreas for inferior à 30% e n = 0,125 uando a diferença for superior a 30%
Obs.: a ár
Obs.: ea útil do imóv
área el a
imóvel valiando será tomada como a ár
av ea útil de cada pa
área vimento
pavimento
avaliando
aliando.. As áreas dos imóv
áreas eis amostr
imóveis ais são também as úteis
amostrais úteis,, ob viamente..
viamente
obviamente
4 - Fator de Equivalência Fe :
Tomado como igual à unidade para imóveis com acabamento e padrões construtivos
assemelhados ao avaliando, inferior à unidade quando a amostra tiver padrão construtivo superior ao
avaliando e maior do que a unidade quando o elemento amostral referenciar-se a edifícios de padrão
inferior ao avaliando.
Área: 840,00m²
Oferta: R$ 1.176.000,00
Preço / m²: R$ 1.400,00
Fonte: Roloff Lease Company
2) Av. Rio Branco, nº 1, ed. RB1 (um dos 3 prédios inteligentes do centro da cidade)
Área: 1.895,00 m²
Oferta: R$ 5.970.000,00
Preço / m²: R$ 3.150,00
Fonte: Roloff Lease Company
3) Av. Rio Br
Av anco
anco,, nº 128 (ed. Gener
Branco alli)
Generalli)
Área: 575,00 m²
Oferta: R$ 920.000,00
Preço / m²: R$ 1.160,00
Fonte: Roloff Lease Company
Área: 450,00 m²
Oferta: 630.000,00
Preço / m²: R$ 1.400,00
Fonte: Roloff Lease Company
Área: 550,00 m²
Oferta: R$ 825.000,00
Preço / m²: R$ 1.500,00
Fonte: Roloff Lease Company
Área: 1.600,00 m²
Oferta: R$ 1.300.000,00
Preço / m²: R$ 812,00
Fonte: Roloff Lease Company
Área: 800,00 m²
Oferta ( aluguel): R$ 8.000,00
Conversão em venda (0,8% a.m.) = R$ 1.000.000,00
Preço / m²: R$ 1.250,00/m²
Fonte: Independência Imobiliária
Área: 675,00 m²
Oferta: R$ 1.300.000,00
Preço / m²: R$ 812,00
Fonte: Roloff Lease Company
Área: 700,00 m²
Oferta aluguel: R$ 7.000,00
Conversão em venda (0,8% a.m.) = R$ 875.000,00
Preço / m²: R$ 1.250,00/m²
Fonte: Independência Imobiliária
Área: 523,00 m²
Oferta: R$ 320.000,00
Preço / m²: R$ 611,00/m²
Fonte: MG 500
Área: 313,00 m²
Oferta: R$ 380.000,00
Preço / m²: R$ 1.214,00/m²
Fonte: Imobiliária Benjó
Área: 285,00 m²
Oferta: R$ 260.000,00
Preço / m²: R$ 912,00
Fonte: União Mercantil
Área: 386,00 m²
Oferta: R$ 430.000,00
Preço / m²: R$ 1.112,00/m²
Fonte: Adib Jasmin Corretora
Área: 190,00 m²
Negociação: R$ 418.000,00
Preço / m²: R$ 2.200,00/m²
Fonte: Laudo de avaliação da PETROS
Área: 120,00 m²
Negociação: R$ 120.000,00
Preço / m²: R$ 1.000,00/m²
Fonte: Laudo de avaliação da PETROS
Área: 680,00 m²
Negociação: R$ 750.000,00
Preço / m²: R$ 1.102,00/m²
Fonte: Laudo de avaliação da PETROS
Área: 1.050,00 m²
Negociação: R$ 1.365.000,00
Preço / m²: R$ 1.300,00/m²
Fonte: Laudo de avaliação da PETROS
Área: 430,00 m²
Oferta: R$ 688.000,00
Preço / m²: R$ 1.600,00/m²
Fonte: Rollof
Área: 920,00 m²
Oferta: R$ 1.560.000,00
Preço / m²: R$ 1.695,00/m²
Fonte: Rollof
Área: 1.450,00 m²
Oferta: R$ 2.775.000,00
Preço / m²: R$ 1.913,00/m²
Fonte: Rollof
Área: 2.605,00 m²
Oferta: R$ 4.730.000,00
Preço / m²: R$ 1.815,00/m²
Fonte: Rollof
Área: 500,00 m²
Oferta: R$ 780.000,00
Preço / m²: R$ 1.560,00/m²
Fonte: Rollof
Área: 893,00 m²
Oferta: R$ 1.980.000,00
Preço / m²: R$ 2.217,00/m²
Fonte: Rollof
24) R. da Alfândega, nº 91
Área: 500,00 m²
Oferta: R$ 780.000,00
Preço / m²: R$ 1.569,00/m²
Fonte: Rollof
1.1) VAL
VALOR D
ALOR AL
DA OJ
LOJA
OJA Vloja:
Para a loja avalianda, tomando-se como Fator de Conversão o
percentual de 200% em relação a um pavimento corrido, ou seja, Fc = 3, temos
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 131
Amostra Área Valor R$/m2 Ft Ff Fa Fe Fc R$/m2 homog.
01 840,00 1.176.000,00 1.400,00 0,80 0,80 1,09 0,60 3,00 1.761,31
02 1.895,00 5.970.000,00 3.150,40 0,80 0,80 1,21 0,40 3,00 2.925,15
03 575,00 920.000,00 1.600,00 0,70 0,80 1,04 0,60 3,00 1.679,81
04 450,00 630.000,00 1.400,00 0,70 0,80 1,02 0,60 3,00 1.439,90
05 550,00 825.000,00 1.500,00 0,70 0,80 1,04 0,60 3,00 1.566,09
06 1.600,00 1.300.000,00 812,50 0,70 0,80 1,18 0,60 3,00 969,44
07 800,00 1.000.000,00 1.250,00 0,70 0,80 1,09 0,70 3,00 1.595,60
08 675,00 1.300.000,00 1.925,93 0,70 0,80 1,06 0,60 3,00 2.062,93
09 700,00 875.000,00 1.250,00 1,00 0,80 1,07 0,70 3,00 2.241,70
10 523,00 320.000,00 611,85 0,90 0,80 1,06 1,00 3,00 1.400,13
11 313,00 380.000,00 1.214,06 0,80 0,80 0,93 0,70 3,00 1.520,43
12 285,00 260.000,00 912,28 0,80 0,80 0,95 0,90 3,00 1.504,00
13 386,00 430.000,00 1.113,99 0,70 0,80 0,98 0,80 3,00 1.470,17
14 190,00 418.000,00 2.200,00 0,90 1,00 0,91 0,50 3,00 2.693,53
15 120,00 120.000,00 1.000,00 1,10 1,00 0,86 0,90 3,00 2.543,17
16 680,00 750.000,00 1.102,94 1,10 1,00 1,06 0,80 3,00 3.096,99
17 1.050,00 1.365.000,00 1.300,00 0,90 1,00 1,12 0,70 3,00 2.759,14
18 430,00 688.000,00 1.600,00 1,00 0,80 1,01 0,70 3,00 2.711,67
19 920,00 1.560.000,00 1.695,65 1,20 0,80 1,10 0,70 3,00 3.775,91
20 1.450,00 2.775.000,00 1.913,79 1,20 0,80 1,17 0,60 3,00 3.866,61
21 2.605,00 4.730.000,00 1.815,74 1,20 0,80 1,26 0,50 3,00 3.289,37
22 500,00 780.000,00 1.560,00 0,90 0,80 1,05 0,80 3,00 2.823,92
23 893,00 1.980.000,00 2.217,25 1,20 0,80 1,10 0,60 3,00 4.216,33
24 500,00 780.000,00 1.560,00 1,00 0,80 1,05 0,70 3,00 2.745,47
Como as rrazões
azões entr
entree os desvios das amostr as e
amostras xtr
extr emas e o desvio padrão são menor
xtremas es
menores
do que o valor crítico elas são mantidas
valor azão pela qual as demais também serão
mantidas,, rrazão serão..
Efetuando, temos:
X max = R$ 2.606,34/ m²
Xmin = R$ 2.115,22/ m²
A = 491,12 ÷ 3 = 163,71
2ª classe:
3ª classe:
Vloja = R$ 995.000,00
(NOVECENT
(NOVECENT
VECENTOS NOVENT
OS E NO VENTA
VENT A E CINCO MIL Reais)
Reais)
1.2) VAL
VALOR D
ALOR A SOBREL
DA OJ
SOBRELOJA Vsobr
OJA eloja
sobreloja
:
Fc = 1,5, temos
Efetuando, temos:
X max = R$ 1.275,45 / m2
Xmin = R$ 1.035,49 / m2
A = 239,96 ÷ 3 = 79,99
2ª classe:
3ª classe:
Vsobreloja = R$ 570.000,00
sobreloja
(QUINHENT
(QUINHENTOSOS E SETENT
SETENTA A MIL R eais)
Reais)
1.3) VAL
VALOR D
ALOR A SUB-SOL
DA O
SUB-SOLO Vsub-solo:
Para o subsolo avaliando, tomando-se como Fator de Conversão a unidade, ou seja, Fc = 1,0,
temos
Como as razões entre os desvios das amostras extremas e o desvio padrão são menores do que o
valor crítico elas são mantidas, razão pela qual as demais também serão.
Efetuando, temos:
X max = R$ 872,65/ m²
Xmin = R$ 707,35/ m²
A = 165,30 ÷ 3 = 55,10
2ª classe:
3ª classe:
Vsubsolo = R$ 320.000,00
(TREZENTOS E VINTE MIL R
(TREZENTOS eais)
Reais)
1.3) VAL
VALOR T
ALOR OTAL DOS IMÓVEIS SUB-SOL
TO O, L
SUB-SOLO OJ
LOJA E SOBREL
OJA OJ
SOBRELOJA Vi:
OJA
O valor total dos imóveis avaliandos, subsolo, loja e sobreloja, pelo Comparativo é dado
pela soma das parcelas supra calculadas, ou seja:
Vi = R$ 1.885.000,00
(HUM MILHÃO
MILHÃO,, OITOCENT
OITOCENT
OCENTOSOS E OITENT
OITENTA A E CINCO MIL Reais)
Reais)
2) CÁLCUL
CÁLCULO DO V
CULO AL
VALOR DOS IMÓVEIS PEL
ALOR O MÉT
PELO ODO DO CUST
MÉTODO OD
CUSTO A CONSTR
DA UÇÃO MAIS O TERRENO
CONSTRUÇÃO
Pelo presente método, calcular-se-á o valor venal do imóvel com a determinação das
parcelas de construção e do terreno, cuja soma será multiplicada por um Coeficiente de Mercado, que
determina a relação entre o custo e as possibilidades de comercialização do imóvel:
Vin = ( Vt + Vcn ) *f
sendo :
X = 0,60 Vin
f = coeficiente de mercado, em função do bairro onde se situa o imóvel, suas caracteristicas construtivas e
situação do mercado imobiliário na época da avaliação. No caso,
f = 1,20
Vcn = S x P x K
P = prêço unitário de construção calculado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil no Município do Rio
de Janeiro, para o mês em referência (janeiro de 1.999) e de acordo com o padrão construtivo do imóvel. No
caso foi utilizado o custo tipo: Médio, H12 - 3 Q - N
P = R$ 350,75 / m²
K = acréscimo percentual para cobrir os custos não previstos de administração, lucro do construtor, ligações,
licenças e todos os custos indiretos, somente na parte relativa à construção civil.
.
K = 45 % . . P = R$ 350,75/ m² x 1,45 = R$ 508,59/ m²
Substituindo e calculando:
Vcn = R$ 253.277,00
Vin = R$ 1.085.471,00
Percentual de duração: 40 %
Coef. de depreciação (d ):
Vloja = R$ 982.000,00
(NOVECENTOS E OITENTA E DOIS MIL Reais)
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 149
Este valor corresponde a um unitário de R$ 1.971,88/m².
Para a sobreloja o unitário será a metade, ou seja, R$ 985,94/m²
Vsobreloja = R$ 573.000,00
sobreloja
(QUINHENTOS
(QUINHENT SETENTA
OS E SETENT A E TRÊS MIL Reais)
Reais)
Vimóvel = R$ 1.867.000
imóvel
(HUM MILHÃO
MILHÃO,, OIT
OITOCENT OS E SESSENT
OCENTOS
OCENT SESSENTA A E SETE MIL Reais)
Reais)
O JUSTOV
JUSTO AL
VALOR DE MER
ALOR CADO DO IMÓVEL SITU
MERCADO ADO N
SITUADO AR
NA UA B
RU UENOS AIRES
BUENOS AIRES,, nº 40,
ESQUINAD
ESQUINA AR
DA UA D
RU A QUIT
DA AND
QUITANDA (L
ANDA OJ
(LOJA, SUBSOL
OJA, O E SOBREL
SUBSOLO OJ
SOBRELOJA), REFERIDO A FEVEREIRO DE 1.999 É
OJA),
DE:
Vi mercado
mercado
= R$ 1.876.000,00
(HUM MILHÃO
MILHÃO,, OITOCENT
OITOCENT OS E SETENT
OCENTOS A E SEIS MIL REAIS)
SETENTA
7 - ENCERRAMENTO:
ENCERRAMENTO
Damos por encerrado o presente LAUDO em 32 (trinta e duas) folhas de papel formato
ofício digitadas de um só lado seguido de fotografias coloridas e enumeradas acompanhadas de plantas do
imóvel avaliando e das qualificações profissionais do Perito Avaliador.
Eng.º JOÃO L
Eng.º UIS DE SOUSA MIRAND
LUIS MIRANDA A CARDOSO
C .R.E.A. nº 83 1 02782 8 - -D R.J
C.R.E.A. R.J..
Vi = R$ 6.600.000,00
(Seis milhões e seiscentos mil R eais)
Reais)
Traduzindo o JUSTOV
JUSTO AL
VALOR L
ALOR OCA
LOCATIV
OCATIVO de
TIVO
ALUGUEL = R$ 66.000,00
ALUGUEL
(SESSENTA E SEIS MIL R
(SESSENTA eais)
Reais)
Os avaliador
av es de pr
aliadores opriedades imobiliárias não têm o dom da pr
propriedades of
profecia e será útil rrecor
ofecia ecor
ecorrrer-
se a eles para que estimem o v
para alor pur
valor amente especula
puramente tiv
especulativo da pr
tivo opriedade
opriedade,, m
propriedade uito embor
muito emboraa seja freqüente desejar
freqüente
o proprietário pr
proprietário ecisamente este tipo de inf
precisamente ormações
ormações,, especialmente quando se tem em vista uma tr
informações ansação.
transação.
3.2- Valor
alor,, Custo e Preço
eço::
Preço
As palavras VAL
VALOR e CUST
ALOR CUSTOO, bem como PRÊÇO
PRÊÇO, têm significados distintos: PRÊÇO é a
quantia paga pelo comprador ao vendedor e CUSTO é o prêço pago mais todas as outras despesas que incorre
o comprador na aquisição da propriedade.
VALOR DE MER
ALOR CADO é aquele encontrado por um vendedor desejoso de vender mas não
MERCADO
forçado e um comprador desejoso de comprar mas também não forçado, tendo ambos pleno conhecimento
das condições de compra e venda e da utilidade da propriedade.
VALOR RENTÁBIL é o valor atual das receitas líquidas prováveis e futuras, segundo
ALOR
prognóstico feito com base nas receitas e despesas recentes e nas tendências dos negócios.
VAL OR VEN
ALOR AL ou de mer
VENAL cado é o maior prêço em dinheir
mercado o que pr
dinheiro oduziria a ter
produziria terrra se ffosse
osse
posta à v enda
venda no mer cado
mercado ,
cado, por tempo r az
raz oáv
azoáv el, par a encontr ar compr
oável, para encontrar comprador ador que adquirisse
adquirisse,, com pleno
conhecimento de todos os usos e ffinalidades
inalidades a que se ada pta e a que pode ser submetida .
adapta
Os métodos diretos c
diretos lassif
classif icam-se em:
lassificam-se
Em primeiro lugar, o avaliador terá que verificar o fim a que se destina o estudo se é para
alienação, hipoteca, taxação, inventário, desapropriação, reavaliação de ativo,etc...¾ , pois poderão surgir
valores diversos dependendo do enfoque do problema.
3) Comparar as propriedades de referência com a propriedade que está sendo avaliada através do
método mais adequado ao caso:
f) O avaliador não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria envolvida neste laudo no presente,
nem contempla para o futuro, qualquer interesse nos bens objeto desta avaliação.
5.0- CÁLCUL
CÁLCULOS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS
TÓRIOS::
ALIATÓRIOS
O logradouro onde se situa o imóvel avaliando, rua Dias da Cruz, é o maior polo
comercial do subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, sendo dotado de toda infra estrutura urbana,
pavimentado e servido por coletivos que acessam a todos os bairros da capital, Niterói e São Gonçalo.
Situado na esquina das ruas Dias da Cruz e Lopes da Cruz, sua ABL (área bruta locável) é
de 12.570,60 m². Possui três pavimentos, além de um sub solo, totalizando 91 (noventa e uma) lojas
distribuidas do modo seguinte:
Lojas: 69
Quiosques: 03
Depósitos: 19
Feita a descrição sintética do imóvel, visto nas fotos anexadas ao laudo, passamos aos:
CÁLCUL
CÁLCULOS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS P
ALIATÓRIOS ARA OBTENÇÃO DO JUST
PARA O AL
JUSTO UGUEL À P
ALUGUEL AR
PARTIR DESTE L
ARTIR AUDO (10/ maio/ 98)
LA
O Perito Avaliador realizou pesquisa através dos contratos firmados mais recentes, corrigindo-
os para a data do laudo, obtendo as amostras seguintes, sendo todas elas lojas com frente para a rua:
X1 = 38,08
X2 = 38,82
X3 = 54,23
X4 = 48,28
X5 = 38,58
S = 7,3044
Efetuando, temos:
Xmax = R$ 49,17 / m²
Xmin = R$ 38,00 / m²
Como as amostras limites são pertinentes, as demais também o serão e o rol é compatível.
A = 11,17 3 = 3,72
1ª classe:
38,00................................41,72
Neste intervalo há 2 amostras (38,58 e 38,82) Þ peso 2
2ª classe:
41,72................................45,44
Neste intervalo não há nenhuma amostra Þ peso zero
3ª classe:
45,44................................49,17
Neste intervalo há 1 amostra (48,28) Þ peso 1
Este é o valor unitário para a loja avalianda, com frente para a rua no SHOPPING CENTER DO MEIER
MEIER,
referido a maio de 98.
Para a loja avalianda, com 1.633,00 m², teremos, então o aluguel de:
R$ 66.000,00
Portanto, o justo valor locativo referido a maio de 1.998 da loja E do SHOPPING CENTER DO MEIER, OCUPADA
PELA LOBRÁS é:
AL = R$ 66.000,00
(SESSENTA
(SESSENT A E SEIS MIL REAIS)
5.2.2) MÉTODO D
MÉTODO A RENT
DA ABILID
RENTABILIDADE
ABILIDADE
Conquanto não seja o ideal e se tratando de lojas de Shopping Centers, aplicaremos o método rentábil à
espécie.
Assim, temos:
Vi = {1.633,00 x 673,81 [1,25 0,195 (1 0,65 x 1,25)] [1 (0,65 x 1,25)]} = 7.120.985,00 ou em número
redondos Vi = R$ 7.120.000,00
AL = R$ 71.200,00
(SETENTA E HUM MIL E DUZENT
(SETENTA OS REAIS)
DUZENTOS
O justo valor locativo será considerado aquele obtido pelo método comparativo, ou seja, R$ 66.000,00 (sessenta
e seis mil rreais).
eais).
AL = R$ 66.000,00
(SESSENTA E SEIS MIL REAIS)
(SESSENTA
O JUSTOV
JUSTO AL
VALOR L
ALOR OCA
LOCATIV
OCATIVO DE MER
TIVO CADO DO IMÓVEL SITU
MERCADO ADO N
SITUADO AR
NA UA DIAS D
RU A
DA
CRUZ, Nº 225 / L
CRUZ, OJA E, MEIER, RJ
OJA
LOJ RJ,, OCUPADO POR L
OCUPADO OJ
LOJAS BRASILEIRAS S/A, REFERIDO A MAIO DE
OJAS
1.998 É DE :
AL = R$ 66.000,00
(SESSENTA E SEIS MIL REAIS)
(SESSENTA
ENCERRAMENTO:
ENCERRAMENTO:
Pelo Diretor
Diretor Mauro Ricart Ramos
Foram designados os P
oram eritos Criminais
Peritos
ABELARDO CÂMARA VEIGA e LUIZ CARLOS LARA MORITZ
Proceder o e
Proceder xame em
exame L O C A L
b) Tubulação de ferro galvanizado, diâmetro ¾, para água quente, oriunda do aquecedor e que se
desenvolvia até o registro correspondente do box. Essa tubulação foi abandonada e substituída
por outra durante a reforma.
c) Idem de água fria, oriunda da distribuição de água e que se desenvolvia até o registro
correspondente do box.
O exame do local revelou que as dimensões do vão do nicho para encaixe do armário e deste, não eram
compatíveis, tanto assim que foi necessário não só serrar as tubulações galvanizadas, como escariar a alvenaria
a tal ponto que até a massa de revestimento externo (reboco) do poço de ventilação rompeu-se, constituindo em
pelo menos 2 (dois) pontos, furos de grandes dimensões.
A abertura da válvula de fechamento de gás correspondente ao apartamento 1205, no PI, provocou em
poucos instantes a clássica sensação olfativa de cheiro de gás na suite CTI-03.
A equipe do I.C.C.E., utilizando pessoal da C.E.G., desvinculou o ramal do apto 1205 do barrilete de gás; a seguir,
injetou gás simulado, na cor vermelha, pela origem da tubulação, no PI.
Imediatamente percebeu-se emanação colorida entre a parede do nicho e o armário, e, fortíssimo jorro
para interior do prisma de ventilação, através os buracos na parede.
A explicação para os diferentes fluxos é óbvia: o cano de gás, serrado, tinha rente à sua boca a madeira
lateral do armário; sob pressão, a sua expansão natural conduzia-o em maior proporção para os orifícios abertos
na alvenaria próximos à boca do tubo, forçando para o exterior.
Retirado o armário e repetindo-se a experiência, fluxo de gás simulado para o interior do quarto foi intenso.
Diante das evidências a Perícia C O N C L U E que é perfeitamente possível a acumulação de gás no interior
da suite CTI-03, caso se abrisse parcial ou totalmente a Válvula fechamento correspondente ao apto 1205, no
PI, ou ainda, o defeito dessa mesma válvula; a extremidade do ramal de ser referente ao apto 1205 se encontrava
aberta no interior da suite CTI-03.
SENTENÇA
Vistos etc....
Incontestável que a morte de Waldir Vieira e Suely Pessanha se deu pelo monóxido de carbono
e em consequência do escapamento de gás na suite em que estavam hospedados. O exame médico legal não
deixa dúvida, tanto na perícia feita nos corpos como nos exames de laboratório. Para concluir, o legista afirmou,
em depoimento prestado em juízo, que tinha certeza absoluta da causa da morte afirmado no laudo e que não
havia nenhuma outra causa que pudesse determinar, em separado, ou concomitantemente, a morte das vítimas.
A perícia de exame local veio se entrosar com o apurado no exame necroscópico. Foi encontrado o cano, serrado
e aberto, por onde escapou o gás na suite. Nas alegações preliminares houve um ensaio de discordância da
causa da morte. Procurou-se apurar outra causa, já que, para escapar da responsabilidade civil, só interessaria
o suicídio duplo ou homicídio e suicídio. Também se questionou que a Companhia Estadual de Gás não estaria
adicionando ao gás a substância de odor característico e que acusa a presença do tóxico. A CEG não admitiu a
acusação e fez prova de estar cumprindo a lei.
Nada foi provado pelas defesas, ficando, apenas no questionamento inicial, depois abandonado,
pois, afinal não se tocou mais no assunto, aceitando-se o trabalho pericial.
As nulidades argüidas pela defesa de Weber Miguel dos Santos não procedem.. A denúncia
atende a todos os requisitos exigidos pelo artigo 41 do Código de Processo Penal. Poucas contém uma
exposição do fato com as suas circunstâncias tão bem explicitadas, ensejando à defesa amplo conhecimento
da acusação. A denúncia deve ser sucinta, limitando-se a apontar as circunstâncias necessárias à
configuração do delito, com referências apenas a fatos acessórios, que possam influir nessa caracterização.
Não é na denuncia que se devem fazer as demonstrações da responsabilidade do réu, o que deve ficar para o
final, quando se concretiza ou não o pedido de condenação . Em relação à regra do artigo 48 do Código de
Processo Penal, não houve nenhuma desobediência ao preceito legal. A denúncia ou a queixa tem de
abranger todos os participantes do crime, não podendo abstrair de nenhum. Não se deve, porém, dar tanto
rigor à observância dessa regra, a ponto de impedir a ação penal contra o autor ou autores conhecidos,
quando outros participantes ficaram desconhecidos. Se houve um assalto do qual participaram cinco
elementos mas a polícia só logrou identificar dois, não há como se deixar de deflagrar a ação penal contra
estes, com a refer6encia de que contaram com a participação de mais três pessoas cujas identidades não se
conseguiu apurar. E é a mesma situação que ocorre na presente ação. Não é pelo fato de não se ter apurado a
identidade da pessoa que serrou o cano e a pessoa que abriu a válvula do gás que não se vai instaurar ação
penal contra outros possíveis autores, por ações ou omissões que deram causa ao resultado criminoso. Todas
tentativas foram feitas, para se chegar às pessoas mencionadas pela defesa, até em juízo, com a reinquirição
do empreiteiro Josias e acareação com o mestre de obra, sendo baldados todos os esforços.
Escr.:
Processo n° 2. 808/95
Ação: Ordinária de Indenização
Autora: FIRMA INDIVIDUAL JOÁO LUIZ BIATO
Réu: ESTADO DO RIO DE JANEIRO
SÉRGIO ANTONIO ABUNAHMAN, engenheiro registrado no C.R.E.A, sob o n° 1.445-D RJ, indicado
Assistente Técnico da Autora na Ação suprareferida, tendo procedido á vistoria do imóvel com a
ilustre Perita nomeada e tomado ciência do respectivo laudo, discordando parcialmente do
mesmo, vem apresentar este seu
1- HISTÓRICO
2- DO MUNICÍPIO DE PARATY
3- DESCRIÇÃO DA REGIÃO
4- DESRIÇÃO DO IMÓVEL
5- CÁLCULOS AVALIATÓRIOS
6- QUESITOS DO AUTOR
7- QUESITOS DO RÉU
8- ENCERRAMENTO
Assim, temos:
Cf. relatado pela Perita, a área da lide tem frente de 880,00 m para
o mar e laterais de 2.630,00 m na esquerda e 2.525,77 m na direita totalizando uma
superfície de 2.311.100.00 m2.
Feitas as observações retro, passamos a responder aos quesitos da autora (item 6 do laudo da Perita) :
1° QUESITO
2° QUESITO
3° QUESITO
4° QUESITO
CUSTO = R$ 14.000.000 00
apartamentos: RS 14.080.000,00
vagas: RS 7.350.000,00
restaurante, minishopping, apoio: RS 455.000,00
boxes : RS 1 .078.000,00
lojas: RS 135.000,00
lotes urbanizados: RS 2.000.000,00
TOTAL: RS 25.098.000,00 ou, em números redondos:
RECEITA BRUTA: RS 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais)
5°QUESITO
Tratava-se de projeto de alta qualidade, a exemplo de grandes
resorts existentes no exterior?
. Resposta:
Sim, cf. bem respondido pela Perita, que ressaltou ser de alto padrão construtivo.
Sem dúvida é um resort de padrão internacional.
6° QUESITO
Existem em áreas próximas como Angra dos Reis projetos
turísticos, conforme noticiado na grande imprensa, cuja cópia se junta, para
edificação de hotel (Marriot), sem nenhuma restrição por parte do Governo do
Estado do Rio?
Resposta:
Sim, tendo sido implantado cf. bem ressaltou a Perita.
7° QUESITO
Há alguma razão para tratamento diverso entre projetos do
mesmo nível e alcance?
Resposta:
Não. Ressalvadas as proporções de ocupação das
áreas respectivas, nada há para justificar a discriminação da região onde se situa a
área da lide, restringindo a sua ocupação de forma radical como o fez o Estado.
sendo
CONCLUSÃO
9° QUESITO
Precisar o valor na data do laudo, para posterior correção histórica da moeda à época do efetivo pagamento,
incluídos todos os prejuízos verificados, tanto da propriedade nua, quanto da parte relativa à existência do
projeto que não pode se concretizar.
Resposta:
O justo valor referido a maio de 1.998 é de
R$ 3.888.000,00 (três milhões , oitocentos e oitenta e oito mil reais),
cf. demonstrado nos cálculos feitos na resposta ao quesito anterior.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 193
10° QUESITO
Descrever quaisquer outros elementos necessários para melhor encaminhamento da matéria e
eficiente - tanto quanto impositiva - indenização, ordinária do bojo constitucional.
Resposta:
Nada há para acrescentar ao que foi dito nesta série.
7- QUESITOS DO RÉU.
1° quesito
Queira a ilustre perita descrever minuciosamente a área objeto do presente feito, destacando o
relevo, tipo de vegetação nativa, tipo de solo, aclives e declives de expressão, inclusive juntando as
correspondentes plantas e mapas.
Resposta:
Atendido no laudo da Perita
2° QUESITO
Queira a ilustre Perita apontar, com base nos autos e em quaisquer outros documentos, quais Atos do
Poder Público Federal, Estadual, e Municipal local, legislativos ou administrativos, foram baixados ou
sancionados, dizendo respeito à área descrita no item I supra , abrangendo o tipo de vegetação
exigente no local , sua situação física, sua potencialidade e vocação natural para tornar-se área de
proteção ambiental, de acordo com os conceitos dados pelo Código Florestal (Lei Federal n° 4.771,
de 15. 9.1865).
Resposta:
Atendido no laudo da Perita.
3° quesito
Queira a ilustre Perita informar a data da aquisição da propriedade descrita no item I supra pelo
Autor e a data de publicação das primeiras Leis Federais e Decretos Federais que impuseram
limitações administrativas ao poder de construir - Leis Federais n°s 4.771/65, 6.938/81, 7.661/88 e
Decretos n°s 99.274/90 e 89.336/84.
Resposta:
Atendido no laudo da Perita.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 194
4° QUESITO
5° QUESITO
6° QUESITO
7° QUESITO
9° QUESITO
Queira a ilustre Perita analisar e pormenorizar o projeto
apresentado pelo Autor, informando se o mesmo foi levado a registro junto a
qualquer Órgão Municipal, Estadual ou Federal, destacando-se FEEMA e IEF.
Resposta:
Estamos acordes co1m a resposta da Perita.
10° QUESITO
Queira a ilustre Perita informar se o Autor possui EIA ou RIMA
do projeto apresentado, protocolado ou registrado junto a qualquer Órgão
Administrativo.
Resposta:
Não, cf. respondido pela Perita.
11º QUESITO
Queira a ilustre Perita informar a viabilidade do indigitado
projeto, levantando a topografia do local, analisando os custos das instalações
supostamente projetada.
Resposta:
Respondeu a Perita que o projeto na sua implantação
seria viável, o que é correto. As alterações a serem feitas são mínimas, não alterando
o projeto na sua essência.
8-ENCERRAMENTO
N. Termos,
P. Deferimento.
Afonso Pedro de Araújo Maia, eng. Civil, com registro no CREA/RJ sob o n.º 21.348-d, indicado como
Assistente Técnico do Réu na Ação em epígrafe, tendo em vista que:
Vem apresentar ao MM. Juízo o seu Parecer técnico, em separado, conforme anexo, por discordar do
Laudo Pericial apresentado pela ilustre Perita do Juízo, em que pese os méritos contidos naquela
peça, assim como sua conceituada capacidade profissional, solicitando a juntada da presente petição
aos Autos para que produza os devidos fins e se faça a justiça.
Neste termos,
Pede deferimento.
Vara: Única
Comarca: Paraty - RJ
Autos:2. 808/95 (94. 001 .0l 7948-5 )
Autora: Firma Individual João Luiz Biato
Réu: Estado do Rio de Janeiro
2. CONSIDERACÕES PRELIMINARES
3. O LAUDO PERICIAL
3.1. A ilustre Perita do Juízo apresentou o seu Laudo Pericial composto dos
seguintes itens:
1-Histórico;
2-Do Município de Paraty;
3-Descrição da região;
4-Descrição do imóvel;
5-Cálculos avaliatórios - valor de mercado do imóvel objeto;
6-Quesitos do Autor;
7-Quesitos Réu;
8-Encerramento;
9-Anexos.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 199
3.2 Em Síntese, a peça pericial é composta de feitura de histórico sucinto da
Ação, de descrição da região e do imóvel da lide, de avaliação do valor de
mercado do imóvel objeto, de respostas aos quesitos das partes e de texto
conclusivo de encerramento, além de incluir anexos com fotografias do
imóvel, plantas de referência e mapas da região.
Livro: 2;
Ficha: 297v;
Registro: n.° 1 ;
Matrícula: n.° 287;
Data: 18 de setembro de 1992;
Valor: Cr$ 280.000.000,00 (duzentos e oitenta milhões de cruzeiros);
Transmitente: Luiz Hermanny e s/m;
Adquirente: Firma Individual João Luiz Biato;
Imóvel: Remanescente do imóvel denominado Praia Grande do
Cruzeiro, situado no lugar denominado Mamanguà, 2° Distrito
de Paraty - RJ.
Sim, de acordo com a ilustre Perita, tratando-se do Decreto Estadual n.° 17.981 de
30/10/92, que Cria a Reserva Ecológica da Juatinga, no Município de Paraty e dá
outras providências.
Cabe observar que as terras objeto da Ação foram adquiridas pela firma individual
Autora em 18/09/92, apenas, 42 (quarenta e dois dias) antes da publicação do
Decreto.
Resposta e critica:
Como visto no retro item 4.3 do presente Parecer Técnico, discordamos da avaliação da ilustre Perita,
função da adoção do Fator de Oferta Fo = 0,90 adotado, achando ser mais coerente e conservador a
adoçar do valor O,80, devido à carência de liquidez da oferta, o que traduz para o imóvel avaliando o justo
valor de mercado de RS 700.000,00 (setecentos mil Reais), no mês de Abr/98.
Resposta e crítica:
É fático que o citado projeto é de data posterior à publicação do Decreto Estadual n.°17981 de 30/10/92,
visto que, como observado na crítica à resposta ao primeiro
quesito desta série, o imóvel foi adquirido pela Autora, em 18/09/92, apenas 42
(quarenta e dois dias), antes da publicação do referido Decreto, sendo óbvio e
conclusivo que este período decorrido é por demais escasso para execução de um
projeto de tal envergadura, um resort de moldes internacionais, inclusive com
construção de modelo reduzido em maquete.
Resposta e críticas
A ilustre Perita do Juízo avaliou tal valor em RS 7.310.000,00 (sete milhões trezentos
e dez mil Reais), que levando-se em consideração tratar-se de um projeto de alta
qualidade é um importe econômico coerente com o nível do empreendimento.
Resposta e crítica:
Resposta e críticas
Tal fato é bem nítido e observado em todas as fotos tomadas no local pela ilustre
Perita, e juntadas no seu Laudo Pericial.
Resposta e crítica:
Numa primeira avaliação do valor antigo - Viantes, este pode ser determinado pala
atualização do valor de compra do imóvel, que ocorreu em 18/09/92 antes da
existência do Decreto Estadual n.° n.° 17.981 de 30/11/1992, ou seja, Cr$ 280.000.000,00 (duzentos e oitenta
milhões de cruzeiros), conforme Escritura de Compra e Venda do imóvel, conforme Autos fls. , que
atualizando-se para a mês de Abr/98:
É mais correto determinar-se o justo valor de mercado do imóvel objeto, como se a região do imóvel não
estivesse atingida pelo do Decreto Estadual n.° 17.981.
Em Angra dos Reis, na região aprazível da Praia da Ribeira, local de fácil acesso rodoviária e marítimo, e de
boa valorização liquidez imobiliária, o valor da terra nua é de RS 2.500,00/m de orla praiana, em Abr/98,
conforme pesquisa imobiliária efetuada no local.
Pode-se extrapolar este valor, por homogeneização, para o local avaliando na Praia Grande do Cruzeiro,
situada além de Paratimirim, local não menos aprazível, mas de acesso normal restrito e fazendo-se somente
por mar e ar, sendo carente de eletrificação e saneamento urbano.
Desta forma, homogeneizando, se por transposição, e adotando-se como Fator de Transposição - Ft, o valor
0,50, e analogamente como anotado no retro item 4.3, como Fator de Oferta - Fo, o valor 0,80, pode-se calcular:
Como visto, se o MM. Juízo assim entender correto e justo em seu julgamento,
frisando-se que a avaliação supra foi elaborada para a carreta orientação do MM.
Julgador, e, como antes opinado por este A. T, do Réu, a parte Autora não se faz
merecedora de indenização.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 206
Evidentemente, não pode este Assistente Técnico, também, concordar com o valor discrepante de R$
3.157.000,00 (três milhões cento e cinqüenta. e sete mil Reais), avaliado pela ilustre Perita.
Ainda seja permitida vênia, para criticar a metodologia de cálculo adotada pela
ilustre Perita quanto à avaliação equivocada do valor devido à desvalorização
imposta à área pelo Decreto entelado, por analogia com linhas de transmissão, visto que a teoria
desenvolvida pelo Prof. José Carlos Pellegrino (Engenharia de
Avaliações, 1a edição, Editora Pini), serve para avaliação direta, sendo inusitada e
incorreta a utilização indireta.
Resposta e críticas
Resposta e crítica;
Nada a acrescentar.
I.Queira a ilustre Perita descrever minuciosamente a área objeto do presente feito, destacando o relevo,
tipo de vegetação nativa, tipo de solo, aclives e declives de expressão, inclusive juntando as
correspondentes plantas e mapas.
Resposta e crítica:
Resposta e crítica:
Resposta e crítica:
Resposta e crítica:
Resposta e crítica:
Discordamos da resposta negativa oferecida no Laudo Pericial da ilustre Perita, visto que um dos motivos
principais da criação da Reserva da Juatinga é o da
preservação e incentivo da cultura local, ali se adequando harmoniosamente o
cultivo de coqueirais e bananais, cabendo a exploração comercial.
Resposta e crítica:
Resposta e crítica:
Não, conforme respondido no Laudo Pericial da ilustre Perita, constatando-se o fato junto aos órgãos
competentes.
XI. Queira a ilustre Perita informar a viabilidade do indigitado projeto, levantando a topografia do local,
analisando os custos das instalações supostamente projetadas.
Queremos mais uma vez discordar da ilustre Perita, opinando que o projeto é
agressivo e de sucesso duvidoso, não se encaixando ao local, estética ou
ambientalmente.
Resposta e crítica:
O Laudo da ilustre Perita do Juízo junta fotografias comentadas, plantas do projeto aventado e mapas da
região que esclarecem adequadamente a situação, formas e geometria do local, pelo que dispensamos a
apresentação de tais elementos neste Parecer Técnico, louvando-nos daquela documentação.
Encerra-se o presente Parecer Técnico, composto de 11 (onze) folhas datilografadas e/ou desenhadas
de um só lado, todas por mim rubricadas , e estando o mesmo concluído e subscrito, este Assistente
Técnico coloca-se à disposição do M-M, Juízo e das partes litigantes para quaisquer esclarecimentos
necessários.
NÃO SEREIS PARCIAIS NO JUÍZO, OUVIREIS ASSIM O PEQUENO COMO O GRANDE; NÃO TEMEREIS A
FACE DE NINGUÉM, PORQUE O JUÍZO É DE DEUS... . Dt. 1:17
***
NOTA DO AUTOR
Proc. 2808/95
Ação : ORDINÁRIA DE INDENIZAÇÃO
A. FIRMA INDIVIDUAL JOÃO LUIZ BIATO
R. ESTADO DO RIO DE JANEIRO
1. HISTÓRICO
Na audiência, ocorrida em 16/12/97, dada à inconciliação das partes, o MM. Dr. Juiz determinou a
realização da perícia, nomeando perita a signatária deste laudo.
2. DO MUNICÍPIO DE PARATI
0 imóvel objeto da presente ação situa-se no local denominado Praia Grande do Cruzeiro, Saco do
Mamanguá, 2° distrito do Município de Parati, RJ. Dista cerca de 4 (quatro) milhas náuticas da
localidade de ParatiMirim e 12 milhas náuticas do Cais de Parati.
A região é formada por montanhas, cobertas por vegetação Mata Atlântica , que circundam o
mar e formam o Saco do Mamanguá, onde há várias praias, incluindo a da ação. Estas apresentam-se
com topografia acidentada, em aclive, tornando a região dotada de paisagem de significativa beleza.
0 Saco de Mamanguá, localizado na Baía da llha Grande, apresenta-se em forma de um grande canal
navegável, penetrando no continente com largura média de 1.300,00 metros e extensão de 8 km com
sua entrada localizada em frente à llha do Algodão, e lateralmente as enseadas de Parati - Mirim e do
Pouso.
Possui ao longo das suas margens inúmeras praias com águas límpidas e calmas, algumas de uso
privativo, e matas naturais que se estendem pelas encostas dos morros que circundam o canal.
3.1 Acesso:
4.1 Terreno:
Frente = 880,00 m
Fundos = 880,00 m
Lateral esquerda =2.630,00 m
Lateral direita = 2.525,77m
Área do Terreno = 2.311.100,00 m2
0 terreno fica de frente para o mar, tendo praia em quase toda a sua extensão frontal, é em aclive com
montanhas cobertas pela Mata Atlântica, sendo encontrado nos trechos de menor aclive vegetação nativa de
restinga e culturas de subsistência (banana, coco , feijão milho e mandioca.)
No terreno existem ainda dois rios( curso dágua) que vêm do pico mais alto e desembocam no mar, com
aproximadamente 5m de largura, nas proximidades de sua desembocadura.
0 solo é arenoso nas partes mais planas e próximas ao mar, tornando-se misto (arenoso e argiloso) à medida
que vai subindo e distanciando-se da praia. Nas partes mais altas encontram-se maciços de pedra que formam
as vertentes dos morros.
A Praia do Cruzeiro, local da ação, não dispõe de quaisquer serviços públicos, sendo a água extraída de
nascentes; a energia elétrica obtida por recursos próprios (moto - geradores), e o sistema de comunicação
através de radio- microondas ou de telefonia celular.
É na Praia do Cruzeiro que reside a população local, com casas, uma escola estadual, posto de saúde, igreja,
bar, um pequeno estaleiro, e algumas casas em construção.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 216
4.3 Benfeitorias:
As edificação existentes na área (casa de pescador, escola municipal, bar e cais) não têm relevância
comercial no nosso entendimento, razão pela qual serão excluídas dos cálculos.
As fotos anexadas ao presente trabalho, bem como as plantas, complementam a descrição da área
avalianda.
5. CÁLCULOS AVALIATÓRIOS.
Para calcularmos o valor de mercado do imóvel objeto da avaliação, lançaremos mão do Método
Comparativo. Assim:
Desenvolve-se uma pesquisa com um número mínimo de cinco amostras, à qual é devidamente
homogeneizada com base na mesma e o emprego da Teoria Estatística das Pequenas Amostras
(Distribuição t de STUDENT) para a confiança matemática de 80%, que após saneado pelo critério
Excludente de CHAUVENET, têm-se definido o campo de arbítrio (intervalo no qual decide o Avaliador).
Visa transpor o valor de um imóvel situado em local distinto ao do imóvel avaliando, considerando a sua
força comercial em relação ao em estudo. No caso presente todas as amostras têm a mesma força da área
avalianda, portanto Ft= 1,00
Devido as amostras coletadas serem pertinentes a valores de imóveis colocados em ofertas, e ainda,
preceituaremos um fator de oferta na ordem de 10%, ou seja, Fo = 0,90.
Após exaustiva pesquisa, obtivemos as seguintes amostras, todas em ofertas, excetuando duas amostras,
estando os valores finais expressos em UFIRS:
Vale aqui esclarecer, que os valores na localidade das áreas objeto da avaliação são negociadas em função
das testadas, independendo das respectivas profundidades.
1ªAmostra
Sítio das Rosas - Saco de Mamanguá - Parati
Informações; Cid Ribeiro (proprietário).
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente,
lado da área avalianda
Testada: 106,00 m
Alodial: 187.231 ,00m2
Marinha: 3.498,00m2
Total: 190.729,00m2
Preço unitário (Pu): testada = R$ 1,000,00/m = 1,040,47 UFIRs/m
2a Amostra:
Sítio das Violetas - Saco de Mamanguá - Parati
Informações: Cid Ribeiro (proprietário),
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente,
da área avalianda
Testada: 72,50 m
Alodial: 132.634,00 m2
Marinha: 2.392,50m2
Total: 135.026,50 m2
Preço unitário (Pu ); testada = R$ 1.000,00/m = 1,040,47 UFIRs/m
4a Amostra;
Sítio das 0rquídeas - Saco de Mamanguá - Parati
Informações: Cid Ribeiro (proprietário),
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente,
da área avalianda
Testada: 92,00 m
Alodial: 173.419,00 m2
Marinha: 3.036,00 m2
Total: 176.455,00 m2
Preço unitário (Pu ): testada = R$ 1.000,00/m = 1.040,47 UFIRs/m
5a Amostra:
Sítio das Azaleia - Saco de Mamanguá - Parati
Informações: Cid Ribeiro (proprietário).
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente,
da área avalianda
Testada: 81,00 m
Alodial: 157.828,50 m2
Marinha: 2.673,00 m2
6a Amostra:
Sítio das Margaridas - Saco de Mamanguá - Parati
Informações: Cid Ribeiro (proprietário).
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente, oposto da área avalianda
Testada: 277,00 m
Alodial: 384.751,00 m2
Marinha: 9.141,00 m2
Total: 393.892,00 m2
Preço unitário (Pu ): testada = R$ 1.000,00/ml = 1.040,47 UFIRs/m
7a Amostra:
Sítio dos Lírios - Saco de Mamanguá - Parati
Informações: Cid Ribeiro (proprietário).
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente, oposto da área avalianda
Testada: 1 97, 00 m
Alodial: 321.560,00 m2
Marinha: 6.501,00 m2
Total: 328.061,00 m2
Preço unitário (Pu ): testada = R$ 1.000,00/ml = 1.040,47 UFIRs/m
8a Amostra:
Prainha - Saco de Mamanguá - Parati
Informações: Sr. Osório - Corretor - Tel.: (024) 371-1284
Características: área com costeira e praia, sem benfeitorias, com nascente, oposto da área avalianda
Testada: 265,00 m
Alodial: 224.252,00 m2
Marinha: 9.600,00 m2
Total: 233.852,00 m2
Preço unitário (Pu ): testada = R$ 1.000,00/m = 1.040,47 UFIRs/m
10a Amostra:
Praia do Carro - Saco de Mamanguá - Parati
Características: 643,91 m de testada de costeira e 149,00 m de praia, sem
benfeitorias, nascente, lado oposto da área avalianda, próxima
a entrada do Saco de Mamanguá
Testada: 792,91 m
Alodial: 300.533,00 m2
Marinha: 26.170,00 m2
Total: 326.703,00 m2
Preço unitário (Pu ): testada = R$ 1.000,00/ml = 1.040,47 UFIRs/ml
Para a área em questão, com 880,00 metros de frente para o mar, teremos o valor de:
Vi = R$ 795.000,00
(SETECENTOS E NOVENTA E CINCO MIL REAIS)
Obtido o valor da área em tela, passamos a responder aos
quesitos formulados pelas partes:
Resposta:
Sim, posto que o decreto contém a expressão non aedificandi.
Resposta:
Consoante os cálculos feitos, o valor é de R$ 795.000,00
(setecentos e noventa e cinco mil reais).
Resposta:
Sim.
Resposta:
A perita procedeu à análise do referido projeto em todas as suas características, quer físicas, quer de custos e
de retorno, identificando no mesmo uma composição de resort nos moldes daqueles existentes no Caribe e
Oceania, abrigando um hotel 4 estrelas, de quatro pavimentos (PARATY MARINA HOTEL), com área total
construída de 13.517,00 m2 acrescidos de 3.385,00 m2 de varandas. O valor estimado para a época, em moeda
americana (U$) foi de R$ 450,00 /m2, bastante coerente e compatível com o padrão preconizado (esclarecemos
que, hoje, 1.998, este valor ascende a cerca de R$ 650,00 /m2 e de U$ 225,00 / m2 para as varandas.
CUSTO = R$ 14.000.000,00
Por extensão e homogeneização, uma unidade de apartamento no empreendimento sob análise, está
estimada em R$ 80.000,00 (oitenta mil reais), totalizando 14.080.000,00 (quatorze milhões e oitenta mil
reais).
Além das 176 unidades previstas em projeto, haverá, ainda, 120 vagas à venda secas para barcos de 22
pés, 200 vagas molhadas para 22 pés, 35 vagas secas para barcos de até 35 pés, 150 vagas molhadas
para barcos de até 35 pés, totalizando 505 (quinhentos e cinco) vagas a um preço total ponderado de R$
7.350.000,00 (sete milhões trezentos e cinqüenta mil reais).
Além das vagas, há previsão de boxes (154 unidades), ao preço médio de R$ 7.000,00/unidade
totalizando 1.078.000,00 (Hum milhão e setenta e oito mil reais).Mini shopping, restaurante, serviços e
apoio, ocupando área de 1.049,00 m2 e 15 lojas , estas a um preço médio de R$ 9.000,00 (nove mil reais)
por unidade , a um preço total de 135.000.000,00 (cento e trinta e cinco milhões) e o conjunto
anterior (restaurante, mini shopping e apoio) estimado em 455.000.000,00 (quatrocentos e quarenta e
cinco milhões) totalizando a ordem de R$ 1.668.000,00 (hum milhão seiscentos e sessenta e oito mil
reais).
0 sucesso do empreendimento é medido pela diferença entre os valores da receita bruta e do custo final do
mesmo, deduzida, ainda, uma margem de risco estimada em cerca de 15%.
No caso presente, ao custo calculado (R$ 14.000.000,00) haveria que se acrescentar o valor do terreno.
Este foi calculado na situação atual (non aedificandi), em R$ 795.000,00 (setecentos e noventa e cinco mil
reais). Para a situação de poder ser edificado, com as restrições naturais que eram impostas pela
legislação municipal de Paraty, estimamos que o terreno valeria R$ 2.400.000,00 (dois milhões e
quatrocentos mil reais), já que, sendo classificada como área rural de Paraty, teríamos uma situação
equivalente à implantação de uma linha de transmissão, onde a servidão representa 33% do imóvel
serviente devido às suas restrições de uso, tal como ocorre no presente caso. Portanto, o valor do terreno
antes do Decreto que restringiu a sua utilização era de
O SUCESSO (IMPORTE ECONÓMICO) é representado pela diferença entre o retorno bruto e a margem de
risco.
SUCESSO = R$ 7.310.000,00
(Sete milhões trezentos e dez mil reais)
5)Tratava-se de projeto de alta qualidade, a exemplo de grandes resorts existentes no exterior?
Resposta:
Sim. Pela análise do projeto este é de alto padrão construtivo, e apresenta várias setores e atividades
distintas. No entender da expert é considerado um Resort.
6)Existem em áreas próximas como Angra dos Reis projetos turísticos, conforme noticiado na grande
imprensa, cuja cópia se junta, para edificação de hotel, ( Marriot ), sem nenhuma restrição por parte do
Governo do Estado do Rio?
Resposta:
Sim. A expert não pode afirmar se houve ou não restrições por parte do Governo do Estado.
Resposta:
A única razão encontrada pela expert é a diferença da taxa de ocupação das áreas, anexada à publicação da
Gazeta Mercantil de 31/07/97 fls.150. A matéria descreve o Resort Tanguá , que está situado em um terreno de
1, 72 milhão de metros quadrados e ocupará apenas 1,75% da área, o espaço restante é todo coberto pela
Mata Atlântica, enquanto o terreno da área em questão é de 2.311.100,00 metros quadrados ocupando menos
de 15% do terreno ( fls.29). A perita não pode dizer mais a respeito pois não conhece o local e o Projeto do
Resort Tanguá.
8)Nos vários níveis indenizatórios em casos como o presente, qual o valor da indenização para reparar o dano
emergente, existindo como existia projeto para ser executado?
Resposta:
Obviamente não há lucro cessante. 0 lucro é projetado já que não havia atividade lucrativa estabelecida ainda
na área objeto da preservação. Houve, sim, uma restrição ao uso e gozo da propriedade.
No entendimento desta perita, o prejuizo será quantificado pela desvalorização da área imposta pela
restrição, aliado ao custo do projeto e ao dano causado pelo fato de ter sido elaborado um projeto (embora
não aprovado regularmente) com todas as implicações pertinentes, sendo que esta última parcela, a perita
estima em cerca de 20% do lucro (sucesso) calculado do empreendimento.
Portanto, a justa indenização I no entendimento desta perita deverá ser de
I=V1+V2+V3
sendo
I=
V1 = Prejuízo ocasionado pela desvalorização imposta à área com a implantação do decreto de non
aedificandi = 66% do valor da terra nua, por analogia com linhas de transmissão = 0,66 x R$ 2.400.000,00 =
R$ 1.605.000,00
V3 = Parcela correspondente à perda do lucro presumido, a qual seria total caso o projeto tivesse sido
aprovado. No caso presente, a perita entende que esta deva ser representada por um percentual na ordem de
20% incidente sobre o SUCESSO do empreendimento = 0,20 x R$ 7.310.000,00 =R$ 1.462.000,00
INDENIZAÇÃO = R$ 3.157.000,00
(Três milhões, cento e cinqüenta e sete mil
9)Precisar o valor na data do laudo, para posterior correção
histórica da moeda à época do efetivo pagamento, incluídos todos os prejuízos verificados, tanto da
propriedade nua, quanto da parte relativa à existência do projeto que não pode se concretizar.
Resposta:
Reportamo-nos à resposta anterior (R$ 3.157.000,00)
10)Descrever quaisquer outros elementos necessários para melhor encaminhamento da matéria e eficiente -
tanto quanto impositiva - indenização, originária do bojo constitucional.
Resposta:
A perita nada mais tem a esclarecer.
l )Queira a ilustre perita descrever minuciosamente a área objeto do presente feito, destacando o
relevo, tipo de vegetação nativa, tipo de solo, aclives e declives de expressão, inclusive juntando as
correspondentes plantas e mapas.
Resposta:
Respondido no laudo e anexos com planta topográfica e mapa da região.
2)Queira a ilustre Perita apontar, com base nos autos e em quaisquer outros documentos, quais Atos
do Poder Público Federal, Estadual, e Municipal local, legislativos ou administrativos, foram baixados
ou sancionados , dizendo respeito à área descrita no item I supra , abrangendo o tipo de vegetação
exigente no local , sua situação física, sua potencialidade e vocação natural para tornar-se área de
proteção ambiental, de acordo com os conceitos dados pelo Código Florestal (Lei Federal n° 4.771, de
15. 9.1865).
Resposta:
A legislação federal baixada ou sancionada atinente à proteção ambiental do conhecimento da perita
é: Lei Federal 4.771, de 15.9.65 (Código Florestal); Lei Federal 6.938, de 31.8.81 (Dispõe sobre a
Política Nacional do Meio Ambiente); Lei Federal 7.661, de 16.5.88; Decreto-Lei 3.365, de 21.6.41; Dec.
Fed. 89.242, de 27.12.83 (Dispões sobre a Área de Proteção Ambiental de Cairuçu, no Estado do Rio
de Janeiro; Dec. Fed. 89.336/84 e 99.274/90 (que definem as unidades de conservação, as estações e
reservas ecológicas). Const. Estadual, art. 265 e seguintes), Decreto 17.981, de 30.10.92.
E, em relação à legislação municipal, segundo informações colhidas pela expert na Secretaria de Meio
Ambiente do Município de Parati, com o Agente Fiscal Edilson de Souza, só há regulamentação
ambiental em relação à pesca envolvendo a área do Saco do Mamanguá.
3)Queira a ilustre Perita informar a data da aquisição da propriedade descrita no item I supra pelo
Autor e a data de publicação das primeiras Leis Federais e Decretos Federais que impuseram
limitações administrativas ao poder de construir- Leis Federais n°4.771/65, 6.938/81 ,7.661/88 e
Decretos n° 99.274/90 e 89.336/84.
4)Queira a ilustre Perita informar se a área descrita no item 1 supra encontra-se encravada na chamada Mata -
Atlântica, cuja conservação é expressamente protegida pelo art.225, parágrafo 4°, da Constituição Federal.
Resposta:
Sim . A área encontra-se encravada na Mata- Atlântica e esta é protegida pelo artigo 225, parágrafo 4° da
Constituição Federal.
5)Queira a ilustre Perita esclarecer se a área descrita no item I encontra-se protegida pelo Decreto Federal n°
89.242/83, que institui a APA/CAIRUÇU, criando unidade de conservação sob a administração do IBAMA.
Resposta:
Sim. 0 que faz com que todos os projetos tenham autorização prévia da SEMA.
6)Queira a ilustre Perita informar se a área em apreço encontra-se abrangida pelas disposições do Decreto
Estadual n° 17.981 /92.
Resposta:
Sim.
7)Queira a ilustre Perita informar qual a proibição encontrada no seio do Decreto Estadual n° l7.98l /92, cuja
cópia encontra-se às fls. Dos autos.
Resposta:
0 Decreto n 17.981/92, cria a reserva ecológica da Juatinga, no Município de Parati, de natureza non aedificandi,
delimitada de um lado pelo Saco de Mamanguá, de outro e pela frente pelo mar aberto e , pelos fundos, por uma
linha reta imaginária que partindo do ponto conhecido como cachoeira do Coçal ( no lado do canto bravo da
praia do Sono), alcança o local conhecido como Porto do Sono( ao fundo do Mamanguá), ficando , destarte
resguardada a faixa da Marinha.
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 230
8)Queira a ilustre perita informar, diante da resposta acima, se o Autor estaria apto a explorar
comercialmente a área de que é proprietário, por exemplo, plantando hortaliças ou frutas em escala
comercial para vender, desde que respeitada a conservação ambiental, na medida em que a única
restrição imposta pelo prefalado Decreto Estadual limita-se à impossibilidade de se levantar edificações.
Resposta:
No entender desta perita, não há como plantar hortaliças e frutas em escala comercial. Por ser praia toda
a frente do terreno, com solo arenoso, e o restante em aclive e coberto pela Mata Atlântica.
9)Queira a ilustre Perita analisar e pormenorizar o projeto apresentado pelo Autor, informando se o mesmo
foi levado a registro junto a qualquer Órgão Municipal, Estadual ou Federal, destacando-se FEEMA e IEF.
Resposta:
0 projeto apresentado pelo Autor é de um complexo hoteleiro e de uma marina, onde o transporte é
necessariamente náutico ou por via aérea. 0 terreno foi dividido em três glebas, na gleba A foi projetada a
instalação de quadras de esportes, na gleba B ,situada entre rios, ficaria localizado o hotel onde foram
projetadas 176 unidades de apartamentos, e na gleba C a marina.
10) Queira a ilustre Perita informar se o Autor possui EIA ou RIMA do projeto apresentado, protocolado ou
registrado junto a qualquer Órgão Administrativo.
Resposta:
Não . EIA ( Estudo de Impacto Ambiental) e RIMA (Relatório de Impacto do Meio Ambiente)
Resposta:
Pela implantação do projeto no terreno, este seria viável pois situa-se na parte mais plana do terreno,
de frente para o mar, não havendo grandes movimentos de terras. Restringindo-se apenas a Lei Federal
4.771/65 que considera de preservação permanente as formas de vegetação natural situadas: ao longo
dos cursos dágua em faixa marginal cuja largura mínima é de 30 metros para cursos dágua com
menos de 10 (dez) metros de largura, e nas restingas como fixadores de dunas e estabilizadores de
mangue. Tendo o projeto que sofrer algumas alterações.
Em relação aos custos das instalações supostamente projetadas, dependeria da disponibilidaded
financeira do empreendedor.
12) Queira a ilustre Perita prestar mais quaisquer esclarecimentos importantes para o deslinde da
controvérsia.
Resposta:
Dando por concluído o presente trabalho, composto de 32 (trinta e duas) folhas, impressas somente
em um dos lados, incluindo anexos com 19 (dezenove) fotografias coloridas e descriminadas, Plantas
do projeto e topográfica do imóvel e xerox de trecho do Mapa do Município de Parati, tudo
devidamente rubricado, colocando-se a Perita, mais uma vez, à disposição de Vossa Excelência para
qualquer esclarecimento.
FIRMA INDIVIDUAL JOÃO LUIZ BIATO move a presente ação indenizatória em face do ESTADO DO RIO DE JANEIRO
alegando em suma que tornou-se proprietária da gleba de terras situada no Saco de Mamanguá, neste Município
de Paraty, através de escritura datada de 18/09/92. Que, todavia, em 5 de novembro do mesmo ano foi publicado no
Diário Oficial o Decreto de n.º 17.981, de 30.10.92, que criou a Reserva Ecológica de Juatinga, e tornou a área de
proteção ambiental, e portanto non aedificandi.
Face a tais circunstâncias, tendo sido malogradas as intenções do autor de erguer na área um vultoso
empreendimento imobiliário do tipo Resort, caberia ao autor uma indenização por parte do Estado, para
compensar os lucros frustrados do empreendimento, cuja implementação estaria, a partir de então, proibida.
Com a inicial, vier am os documentos de ffls
vieram ls
ls.. 8 a 66.
Contestação do Estado do Rio de Janeir Janeiro o, às ffls ls
ls.. 75/90, argüindo pr
argüindo eliminarmente a incompetência a
preliminarmente bsoluta da
absoluta
var
araa ffaz
az endária da Comar
azendária Comarca ca da Ca pital, e ainda em pr
Capital, eliminar a ffalta
preliminar alta de inter esse de a
interesse gir por par
agir te da ffirma
parte irma
autor
autora, a, posto que não ha via pr
havia ojeto a
projeto pr
apr ovado
pro ado..
No mérito
mérito,, sustenta o Estado - réu a impossibilidade de se indenizar os lucr os fr
lucros ustados de um empr
frustados eendimento
empreendimento
que sequer saiu da esf esferer
eraa mental da par parte te da autor
autora. a. Sustenta ainda, o desca bimento de o Estado indenizar o
descabimento
par ticular quando não se tr
particular ata de desa
tra desaprpr opriação
opriação,, e sim de mer
propriação mera a limitação administr
administra ativ a.
tiva.
Réplica da par te da autor
parte autora a às ffls
ls
ls.. 119/121.
Opinamento do Ministério Púb lico às ffls
Público ls
ls.. 126/128, pela pr ocedência do pedido
procedência pedido,, com a rrealização
ealização de perícia par a
para
avaliação do quantum a valia
av tório
tório..
aliatório
Em audiência de conciliação rrealizadaealizada às ffls ls 146, a pós malog
após malogrro do acor do
do,, o Juíz
acordo Juízoo rrejeitou
ejeitou a pr eliminar le
preliminar vantada
lev
do Estado a tinente à ffalta
atinente alta de inter esse de a
interesse gir
gir,, e ainda, decidiu pela pr
agir odução de pr
produção proova pericial antes da
prolação da sentença de mérito
prolação mérito,, par
paraa o que nomeou e xper
exper t, fr
xpert, anqueando a pr
franqueando odução de quesitos e indicação
produção
de assistentes técnicos pelas par partestes
tes..
Pr oduzidos os rrespectiv
Produzidos espectiv
espectivosos laudos
laudos,, rrealiz
ealiz ou-se esta aseentada de instr
ealizou-se ução e julg
instrução amento
amento,, onde ffor
julgamento oram ouvidas as
oram
par tes em de
partes poimento pessoal, e ainda colhidos os de
depoimento poimentos dos e
depoimentos xper
exper ts, a sa
xperts, ber
ber,, a Dr
saber a. P
Dra. erita do Juíza, e
Perita
os Dr
Drss. Assistentes da parpartete da ré, que c larif
clarif icar
larificar
icaram am vários pontos de seus laudoslaudos..
Após a coleta da prova oral, os patronos manifestaram-se em debates orais.
Examinados, DECIDO:
Importa em primeiro lugar saber se o Decreto estadual de n.º 17.981, de 30.10.92 acarretou a limitação
da propriedade do autor de molde a ensejar indenização, ou se tal ato do Poder Público se situa na esfera
daquelas limitações administrativas que não originam tal dever de indenizar.
Em sede constitucional, temos que o dever de indenizar por parte do Estado surge a toda evidência nos
casos de desapropriação, consoante o artigo 5º, inciso XXIV, da Carta Magna.
Tal não ocorre todavia, em outros tipos de intervenção do Estado no domínio econômico.
Na hipótese vertente, entendo ter sido a parte autora atingida por uma LIMITAÇÃO ADMINISTRATIVA, eis
que continua possuidora e proprietária de sua gleba de terra, podendo em tese usá-la como lhe aprouver,
contanto que não desrespeite as limitações que o Poder Público lhe impôs.
Neste sentido aliás, se coloca a lição de HELY LOPES MEIRELLES, para quem a limitação administrativa
é toda imposição geral, gratuita, unilateral e de ordem pública. Assevera ainda o festejado mestre que
dita limitação só seria plausível se representar razoáveis medidas de condicionamento do uso da
propriedade, em benefício do bem-estar social e não impedem a utilização da coisa segundo a sua
destinação natural (in Direito Administrativo Brasileiro, 14ª edição RT, pag. 532).
Idêntico raciocínio deveria ser aplicado se se tratasse de tombamento de bem de comprovado valor artístico ou
histórico, cuja aplicação, como sabido, não gera direito à indenização, segundo o magistério de HELY LOPES
MEIRELLES.
Observando o conteúdo do Decreto 17.981/92, entrementes, verifica-se que nele há proibição de toda e qualquer
exploração econômica, posto que nem sequer a construção de unidade residencial passou a ser permitida na
área em questão.
Servindo-se dos subsídios doutrinários acima referidos, e à luz da descrição da área contida nos laudos periciais
acostados aos autos, é de se concluir que a destinação na tur
natur al da gleba não é, evidentemente, a construção de
tural
um complexo hoteleiro do tipo resort . O fato de terem sido construídos numerosos empreendimentos desse
tipo na região constitui excrescência anti-ecológica, de agressão manifesta à natureza, e cuja prática, infelizmente
reiterada, não tem o condão de transformar o condenável em recomendável.
Considero, outrossim, ser razoável a utilização da área como residência unifamiliar de seu proprietário, com os
apetrechos e benfeitorias que entenda convenientes ao seu descanso ou lazer, desde que de conformidade com
a lei e os direitos de vizinhança.
Assim, se o Estado, através do Decreto em tela, proibiu até mesmo tal utilização, considero razoável o pagamento
de indenização ao proprietário das glebas atingidas pelo ato governamental.
Não me passou despercebido, outrossim, o fato de que a gleba em questão, tornada área não edificável a partir do
Decreto, também não se presta à exploração agrícola, eis que o solo arenoso da praia é inadequada ao plantio, e
o aclive coberto de mata atlântica constitui santuário intocável (pag. 16 do laudo pericial, em resposta ao 8º
quesito do Estado). Mesmo que fosse possível algum plantio, conforme pretendeu sugerir o Dr. Assistente Técnico
do Estado em seu laudo em separado, seu volume seria insignificante para constituir exploração comercial.
No que toca ao quantum indenizatório pleiteado, foi realizada, conforme antes descrito, ampla perícia, com
a produção de laudo pericial pela ilustre Dra. Perita do Juízo, a tendo as partes chamado seus assistentes
técnicos, que elaboraram laudos em separado.
Diga-se, de princípio que os três experts que funcionaram neste processo produziram laudos bem
fundamentados, e em boa parte concordes. Algumas divergências, contudo, devem ser analisadas com mais
acuidade.
Do laudo da Perita do Juízo e de seus esclarecimentos hoje prestados, conclui-se que sua avaliação fulcrou-se
no método comparativo, segundo pesquisas de mercado que efetuou em imóveis da região circunvizinha, e
levada em consideração a metragem dos imóveis pesquisados, para se chegar ao valor médio do terreno por
metro quadrado. Indagada em audiência sobre o critério adotado na página 5 de seu laudo, na qual se afirma
que os valores são fixados em função das testadas, independendo das respectivas profundidades, a Dra. Perita
respondeu que se tratava de praxe local, visto que o que se aproveita na região é eminentemente a faixa litorânea.
Ainda no laudo pericial, constata-se em suas páginas 11 e 13 que a desvalorização do terreno havido com o
advento do Decreto estadual, foi da ordem de R$ 1.605.000,00, resultante da diferença entre o valor do bem
antes do Decreto (estimado pela Perita em R$ 2.400.000,00, página 11 do laudo ) e o seu valor depois do Decreto
(estimado segundo pesquisa mercadológica em R$ 795.000,00, página 9 do laudo pericial).
Nesse particular, observei atentamente as ponderações dos assistentes técnicos de ambas as partes,
chamando-me a atenção a argumentação do Dr. Assistente Técnico do Estado-réu, que nas páginas 2 e 3 do
seu laudo, atenta para o fato de os preços de venda de sítios vizinhos postos à venda no mercado deverem ser
algo diminuídos, pois encontravam-se ofertados há mais de seis meses, e portanto sem liquidez. Razoável parece-
me a depreciação sugerida, para que se fixe o valor atual (isto é, depois da edição do Decreto) do terreno em
R$ 700.000,00 e não em 795.000,00 como sugeriu a Perita do Juízo.
É que segundo tal método, parte-se de uma realidade atual e supõe-se o que teria ocorrido no passado, o que
não constitui bom critério para se chegar à verdade, ou ao menos para dela se aproximar.
Melhor alvitre será chegar ao valor anterior de mercado com pesquisas concretas em regiões vizinhas como
Angra dos Reis, que aliás foram realizadas pelo Assistente Técnico do Estado, de cujo resultado não discordaram
os demais experts nesta audiência.
A seu turno, não pode servir de base, como bem demonstrou o assistente técnico do Estado, o preço de compra
que consta na escritura de fls. 10 a 14, (que em princípio refletiria o valor de mercado à época de tal compra,
ocorrida poucas semanas antes da edição do decreto estadual). É que o valor de compra naquela escritura foi
por demais aviltado. Aliás, constatar que a empresa autora utilizou-se de tal expediente de fazer constar preço
inferior ao real na escritura de compra-e-venda, somente depõe em seu desfavor, por configurar prática nada
recomendável de sonegação fiscal.
Destarte, mais razoável será utilizar mais uma vez o critério de pesquisa em áreas similares, como o fez o
Assistente Técnico do Estado - para chegar, como consta nas páginas 6 e 7 de seu laudo, ao valor de R$
790.000,00.
A diferença entre os dois valores (700 mil e 790 mil) corresponde a R$ 90.000,00 (noventa mil reais).
Passa-se agora ao exame da pretensão da autora em auferir indenização atinente aos lucros frustrados do
empreendimento que pretendia implantar na gleba em questão.
Dúvida não há no sentido de que seu projeto sequer havia sido apresentado nos órgãos públicos competentes,
nisto não havendo discrepância nos laudos dos três especialistas. Tudo não passava de desígnio da empresa
autora, desejo de realizar, pretensão de construir.
A seu turno, nesse campo de raciocínio, o Assistente Técnico da parte autora pondera que parte do valor da
indenização a ser estipulada deveria corresponder ao sonho, aquilo que move todo e qualquer empreendimento.
Ainda que fosse caso de fixar indenização à autora nesse campo, o que já afastei, tais ponderações do expert
da autora somente parcialmente poderiam ser acolhidas.
É que tudo não passa de um projeto da parte autora, como empresa que é. Não há critérios para se medir o
sonho. Ademais, a empresa não tem sonho. O dano moral da pessoa jurídica só seria indenizável se se referisse
às condições de operacionalidade da empresa, da honra de que desfruta no mercado, tudo isso ligado às
possibilidades de a empresa continuar operando em seu ramo de atividades. Tal é o fundamento da reparabilidade
do dano moral em se tratando de pessoa jurídica., segundo o entendimento de nossos Tribunais.
ISTO POSTO, e por tudo o mais que dos autos consta, JULGO PROCEDENTE EM PARTE o pedido
inicial para condenar o Estado do Rio de Janeiro a pagar à autora, a título de indenização pela
desvalorização do imóvel em tela, a quantia de R$ 90.000,00 (noventa mil reais), acrescida de juros de
mora, na taxa legal, incidentes desde a data do Decreto estadual n.º 17.981, de 30.10.92.
Pagará ainda o Estado, honorários de sucumbência, que fixo em 10% (dez por cento) do valor da
condenação.
P.R.I.
AL UGUEL = R$ 12.960,00
ALUGUEL
(DOZE MIL, NOVECENT
NOVECENT OS E SESSENT
VECENTOS AR
SESSENTA eais)
Reais)
Os avaliador
av es de pr
aliadores opriedades imobiliárias não têm o dom da pr
propriedades of
profecia e será útil rrecor
ofecia ecor
ecorrrer-
se a eles para que estimem o v
para alor pur
valor amente especula
puramente tiv
especulativ o da pr
tivo opriedade
opriedade,, m
propriedade uito embor
muito emboraa seja freqüente desejar
freqüente
o proprietário pr
proprietário ecisamente este tipo de inf
precisamente ormações
ormações,, especialmente quando se tem em vista uma tr
informações ansação.
transação.
3.2 - Valor
alor,, Custo e Preço
Preço
eço:
As palavras VAL
VALOR e CUST
ALOR CUSTOO, bem como PREÇO
PREÇO, têm significados distintos: PREÇO é a quantia
paga pelo comprador ao vendedor e CUSTO é o preço pago mais todas as outras despesas que incorre o comprador
na aquisição da propriedade.
O custo de uma propriedade não é necessariamente igual ao seu valor, embora o custo seja
uma prova de valor; por outro lado, na investigação do valor de uma propriedade procura-se conhecer tanto o
custo original quanto o custo de reprodução.
VALOR RENTÁBIL é o valor atual das receitas líquidas prováveis e futuras, segundo
ALOR
prognóstico feito com base nas receitas e despesas recentes e nas tendências dos negócios.
VALOR VEN
ALOR VENAL AL ou de mer cado é o maior pr
mercado eço em dinheir
preço o que pr
dinheiro oduziria a ter
produziria terrra se
fosse posta à venda no mer
venda cado
cado,, por tempo rraz
mercado azoáv
azoáv el, par
oável, a encontr
para ar compr
encontrar ador que adquirisse
comprador adquirisse,, com pleno
conhecimento de todos os usos e ffinalidades
inalidades a que se ada pta e a que pode ser submetida .
adapta
3) Comparar as propriedades de referência com a propriedade que está sendo avaliada através do
método mais adequado ao caso:
4) Pesquisar a tendência central ou média ponderada dos resultados obtidos para chegar-se
finalmente ao VALOR.
Esse método - também chamado de método de comparação direta - é uma técnica na qual
a estimativa do valor de mercado é obtida sobre preços pagos em transações imobiliárias, sendo assim um
processo de correlação de valores de propriedades vendidas.
a) O laudo apresenta todas as condições limitativas impostas pela metodologia empregada, que afetam
as análises, opiniões e suas conclusões;
b) Para a propriedade em estudo foi empregado o método mais recomendado (vide item g ), com
cuidadosa pesquisa de valores de mercado e devida compatibilização e homogeneização;
d) O laudo foi elaborado com estrita observância dos postulados constantes do Código de Ética
Profissional;
f) O avaliador não tem nenhuma inclinação pessoal em relação à matéria envolvida neste laudo no
presente, nem contempla para o futuro, qualquer interesse nos bens objeto desta avaliação.
g) No caso presente foi adotado o método da renda, o mais adequado ara o imóvel avaliando (Posto de
Gasolina), visto que o mesmo se enquadra nas Avaliações Especiais, tendo sido empregado o modelo
matemático de autoria do signatário deste laudo, já consagrado por inúmeros julgados nos Tribunais Superiores
do País.
5.1 - Do Log
Logrradouro / Do Imóv
adouro el
Imóvel
O logradouro, rua General San Martin, é um dos mais importantes do bairro do Leblon,
paralelo à Avenida Delfim Moreira, dotado de toda infra - estrutura urbana, com coletivos que bem servem a
região, situando-se o imóvel na esquina da rua Bartolomeu Mitre, em frente à praça Antero de Quental
- Fundos: 30,00 m
a) Loja da SELECT: Com área de 135,66 m², tem piso em placas cerâmicas 20 x 20, paredes
pintadas e balcões de exposição de mercadorias, havendo uma padaria, uma locadora de vídeo e depósito,
além de cabine de banco 24 horas.
b) loja da NOVAPHOTO: com área de 36,62 m², tem o mesmo piso anterior, vitrines de
exposição.
Área cober
Área ta das bombas : 656,18 m²
coberta
OBS: Todas as edificações e equipamentos foram erigidos pelo locatário e, em sendo removíveis,
não se agregam ao imóvel, o qual se encontra em muito bom estado de conservação e asseio imprimidos pelo locatário
no interesse do próprio negócio explorado.
Feita a descrição sintética do imóvel, visto com detalhes nas fotos e plantas anexadas,
passamos aos:
CÁLCUL
CÁLCUL OS A
CULOS VALIA
AV TÓRIOS P
ALIATÓRIOS ARA OBTENÇÃO DO JUST
PARA O AL
JUSTO UGUEL À
ALUGUEL
PARTIR DESTE L
ARTIR AUDO (20/01/ 97)
LA
Cf. já dito nas Ressalvas e Princípios, a determinação do justo valor locativo será feita pelo
método da rrenda
enda
enda, definido na Norma Brasileir
Brasileira de Avaliação de Imóv
asileira eis Urbanos NBR-5676/90 em seu sub-item 6
Imóveis
Aquele que a
. 2. 3, onde consta como sendo (verbis) Aquele pr
apr opria o v
propria alor do imóv
valor el ou de suas par
imóvel tes constitutiv
partes as
as,,
constitutivas
com base na capitalização pr
capitalização esente da sua rrenda
presente enda líquida rreal
eal ou prevista. Os aspectos fundamentais do método
pre
são a determinação do período de capitalização e a taxa de desconto a ser utilizada, que de
capitalização vem ser e
dev xpr
expressamente
xpressamente
justif icadas
icadas, já que o imóvel enquadra-se nas Avaliações Especiais
justificadas Especiais, tal como cinemas , teatros , hotéis e motéis
(artigos publicados anexos), empregando-se o modelo matemático de nossa autoria, já consagrado por inúmeros
acórdãos e ensinamentos em Cursos de Extensão em Engenharia Legal e de Avaliações que ministramos em todo
o País, juntamente com os Mms. Juizes NAGIB SLAIBI FILHO e REIN
SLAIBI ALDO PINT
REINALDO O ALBER
PINTO TO FILHO e publicações
ALBERT
especializadas na área da Engenharia Legal.
À respeito anexamos documentação pertinente com laudos por nós elaborado na condição
de Perito do Juízo em outras Varas Cíveis da Capital. Este modelo matemático elimina a subjetividade de dados,
tais como incremento do Vo, maiores ou menores percentuais de custos indiretos de construção, e outros tão
comumente utilizados por profissionais que não fazem da seriedade a sua meta de trabalho.
i = taxa de rentabilidade, igual a 9% (0,09) se a locação incidir sobre o terreno nu (benfeitorias e equipamentos são
do locatário ou da distribuidora dona da bandeira) e 12% (0,12) se a locação incidir sobre todo o imóvel (terreno,
benfeitorias e equipamentos de propriedade do locador).
No caso presente, i = 9% já que todas as benfeitorias foram erigidas pelo locatário, incidindo a locação sobre o
terreno somente.
Vg = volume de gasolina (em litros) vendido no período de 12 meses anteriores à avaliação ou início do contrato
renovando (janeiro a dezembro de 1.996) = 4.623.220 litr os .
litros
Pg = preço do litro de gasolina à data da renovação ou da avaliação = R$ 0,755 / ll.
Lg = lucro bruto do empresário dono do negócio incidente sobre a gasolina, em percentagem por litro = R$ 0,0854 =
11,31%.
Val = volume de álcool (em litros) vendido no período de 12 meses anteriores à avaliação ou início do contrato
renovando (janeiro a dezembro de 1.996) = 999.683 litr os
os..
litros
Pal = preço do litro de álcool à data da renovação ou da avaliação (janeiro de 97) = R$ 0,638
0,638.
Lal = lucro bruto do empresário dono do negócio incidente sobre o álcool, em percentagem por litro = R$ 0,0854/l =
13,38%.
Vd = volume de diesel (em litros) vendido no período de 12 meses anteriores à avaliação ou início do contrato
renovando (jan. a dez. 96) = 215.189 litr os
litros
os.
Pd = preço do litro de óleo diesel à data da renovação ou da avaliação = R$ 0,409/l
K= coeficiente relativo ao número de boxes de lavagem (n) ou edificações de negócios paralelos (borracheiros,
mini mercado, lojas de conveniência, etc).
Se : n=0Þ K= 1
n=1 Þ K= 1,5
n=2 Þ K= 2,0
n=3 Þ K= 2,5
n=4 Þ K= 3,0
n=5 Þ K= 3,5
n=6 Þ K= 4,0
n=7 Þ K= 4,5
No caso do imóvel avaliando, tendo em vista as áreas padrão de um box de lavagem e as áreas
homogeneizadas das edificações pertinentes aos negócios paralelos, já mencionadas, bem como as respectivas
áreas de circulação das mesmas, teremos para aquelas as seguintes equivalência em relação aos boxes (n):
a) SELECT: 3 boxes Þ n1 = 3
b) NOVAPHOTO: 1 box Þ n2 = 1
c) Troca de óleo: 1 box Þ n3 = 1
AL = 0,09 /12 [ 4.623.220 x 0,755 x 0,1131 + 999.683 x 0,638 x 0,1338 + 215.189 x 0,409 x 0,1562] . 3,5
JUSTO AL
JUSTO UGUEL = R$ 12.960,00
ALUGUEL
6.0 - CONCLUSÃO:
CONCLUSÃO:
O JUST OV
JUSTO AL
VAL OR L
ALOR OCA
LOCATIV
OCATIVO DE MER
TIVO CADO DO IMÓVEL SITU
MERCADO ADO N
SITUADO NAAR UA GENERAL SAN
RU
MAR TIN
TIN,, nº 697, ESQUIN
MARTIN AD
ESQUINA AR
DA UA B
RU AR
BAR
ARTTOLOMEU MITRE , OCUP
OLOMEU ADO PEL
OCUPADO O POST
PELO O RECORD
POSTO RECORD,, REFERIDO A JANEIRO
JANEIRO
DE 1.997 É DE :
AL = R$ 12.960,00
DOZE MIL, NOVECENT
NOVECENT
VECENTOS OS E SESSENTA REAIS)
SESSENTA
ENCERRAMENTO:
ENCERRAMENTO:
Damos por encerrado o presente LAUDO em 13 (treze) folhas de papel formato ofício digitadas
de um só lado seguido de 07 (sete) fotografias coloridas e enumeradas e plantas do imóvel, acompanhadas de
anexos correspondentes ao mapa de vendas de combustível no período de janeiro a dezembro de 1.996, e de
bibliografia referente à metodologia empregada (detalhe/cópia dos livros PRINCÍPIOS DE ENGENHARIA DE
AVALIAÇÕES
ALIAÇÕES,, de ALBER
ALBERT TO LÉLIO MOREIRA
MOREIRA, editora PINI
PINI, 3ª edição; A PROVA PERICIAL DE ENGENHARIA NO
PROV
PROCESSO CÍVEL
CÍVEL, de ROGÉRIO SIL VA DE B
SILV UST
BUST AMANTE
AMANTE, editora FORENSE
USTAMANTE FORENSE, 2ª edição; artigos do signatário in LIVRO
DE ESTUDOS JURÍDICOS , edição do INSTITUT
INSTITUTO O DE ESTUDOS JURÍDICOS
JURÍDICOS, coord. de JAMES TUBENCHL
TUBENCHLAK AK
AK), bem
como das qualificações profissionais do Perito Avaliador.
Eng.º SÉR
Eng.º GIO ANT
SÉRGIO ONIO AB
ANTONIO UN
ABUN AHMAN
UNAHMAN
C .R.E.A. nº 1.445-D R.J
C.R.E.A. R.J..
ENGENHARIA LEGAL - VOLUME 1 253