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EMPREENDER NA PRÁTICA

5 dicas para tirar seu negócio do papel


em 2022
Como dar o pontapé inicial e se tornar empreendedor de forma
planejada e estruturada, sofrendo menos riscos

5 min de leitura

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Rebecca Silva
05 Jan 2022 - 06h01 |
Atualizado em 05 Jan 2022 - 06h01

Decidiu que este será o ano em que finalmente vai realizar o


sonho de abrir o próprio negócio, mas não sabe por onde
começar? Tirar um negócio do papel e se tornar
empreendedor pode assustar, mas uma boa ideia não passa
de uma ideia caso não seja testada. Segundo o analista de
negócios sênior do Sebrae-SP Caio Ribeiro Monteiro, dois
motivos dificultam o pontapé no empreendedorismo: falta de
ação e falta de planejamento.

Com base em dados da Receita Federal, o Sebrae fez um


levantamento que mostrou que no primeiro semestre de 2021
foram criados 2,1 milhões de pequenos negócios, mesmo
com o cenário desafiador da pandemia de covid-19. O número
mostra crescimento de 35% comparado ao mesmo período de
2020 — e também registra que hoje se abre o dobro de
empresas do que em 2015.

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Para te ajudar na missão do negócio próprio em 2022,
conversamos com especialistas e trouxemos dicas práticas
para que você possa tirar os planos do papel:

Rodeie-se de inspiração
Antes de investir em um negócio, avalie a sua ideia. A dica de
Roberto Kanter, professor dos MBAs de marketing e gestão
comercial da Fundação Getulio Vargas e especialista em
empreendedorismo, é pensar bem no que você gostaria de
fazer. “Não adianta odiar acordar cedo e querer abrir uma
padaria. Muitos não sabem o que gostariam de fazer, então, é
mais fácil escrever o que você não quer jamais fazer e assim já
se exclui 80% das possibilidades”, afirma.

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O professor aponta que é interessante circular por ambientes


de inovação (InovaBra, Cubo, Oxigênio, Acate) e de
empreendedorismo (associações, encontros de empresários
da região, capacitação no Sebrae) para entender as
oportunidades na região, além de manter o olho atento ao que
está faltando e pode ser uma dor do consumidor.

O analista do Sebrae-SP concorda. “Para o negócio perdurar,


é necessário se sentir amparado, porque o desafio é diário,
com altos e baixos. Sozinho se carrega muito peso e participar
de debates, eventos e conversas dá um ânimo a mais”,
destaca. E atenção aos negócios "da moda": podem ser
passageiros e o investimento sem estudo de mercado alto
pode ser furada.

SAIBA MAIS

Saiba por que planejar seu negócio pode


te ajudar a encarar o pós-pandemia

Empreendedorismo: 15 fatores que


mostram se o negócio próprio é sua praia
ou não
Estabeleça um plano de negócios

Para facilitar o entendimento das etapas do processo, Moreira


aconselha: utilize uma ferramenta de estrutura de
planejamento, que pode ser encontrada facilmente na
internet. O quadro traz nove blocos para visualizar o que é
preciso pensar e fazer. O intuito é mapear cada passo do
negócio antes de colocar em prática, para entender o mercado
e a sua ideia. São eles:

- Proposta de valor: qual o diferencial do seu negócio?

- Clientes: qual o público-alvo?

- Relacionamento com o cliente: estruturar a comunicação


pré, durante e pós-vendas. Como resolverá problemas que
podem surgir com os consumidores?

- Canais: seu negócio funcionará online, presencial ou


ambos? Qual plataforma utilizará? Como serão feitas as
entregas?

- Estrutura de receita: de onde virá o dinheiro? Vendas


diretas, por assinatura? Como pagará os funcionários, caso os
tenha?

- Recursos: o que é preciso para o negócio funcionar?

- Atividade do negócio: o que realmente será vendido ou


oferecido?

- Parcerias: quais serão os fornecedores? Quem fará a


produção?

- Estrutura de custos: avalie o que é fixo e o que é variável

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Teste, teste e teste!

Uma vez determinado o plano de negócios, é preciso partir


para o teste. A ideia é fazer isso rapidamente para poder
validar a proposta com o público-alvo e aparar as arestas
antes de investir uma grande quantia de dinheiro no negócio.
“Boas ideias precisam e devem ser testadas, não adianta
querer ir de 0 a 10 de uma vez só. Elas merecem cuidado
especial na execução”, explica Kanter.

Atenção às burocracias
A formalização do seu negócio pode trazer benefícios, como
acesso a crédito diferenciado. Além disso, alguns fornecedores
só fecham contratos com quem possui CNPJ.

No Brasil, temos algumas diferenciações de acordo com o


porte da empresa, com regras fiscais distintas. Entre os
pequenos, os mais comuns são:

- Microempreendedor Individual (MEI): permitida a


contratação de até um empregado. Faturamento anual de até
R$ 81 mil. O MEI precisa pagar o DAS-MEI (Documento de
Arrecadação do Simples Nacional) mensalmente, guia que
reúne tributos específicos para suas atividades e garante
direitos básicos, como auxílio-maternidade, auxílio-doença e
aposentadoria;

- Microempresário (ME): com faturamento anual de até R$


360 mil. Para abrir a ME, deve-se optar entre uma das formas
de tributação (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro
Real) e realizar o registro na Junta Comercial ou cartório de
registro de pessoas jurídicas. A Microempresa é dividida em
algumas categorias: SS (sociedade simples), EI (Empresário
Individual), EIRELI (Empresa Individual de Responsabilidade
Limitada), SLU (Sociedade Limitada Unipessoal) e LTDA
(Sociedade Limitada);

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- Empresa de Pequeno Porte (EPP): deve faturar anualmente


entre R$ 360 mil e R$ 4,8 milhões. Sua formalização é
realizada na Junta Comercial, optando por um dos regimes
tributários (Simples Nacional, Lucro Presumido ou Lucro Real).

O analista do Sebrae-SP ressalta que é importante ter em


mente a estimativa de faturamento da empresa antes de
registrá-la, ainda que haja a possibilidade de migração entre
as modalidades após a abertura. Uma vez que o
empreendedor passa a pagar tributos e se responsabiliza pela
emissão da nota fiscal de serviços prestados ou produtos
comercializados, caso o enquadramento do porte esteja
incorreto, pode render encargos maiores, multas e até perda
de benefícios.

SAIBA MAIS

Vai abrir um negócio? Da escolha do


ponto à reserva financeira, veja o que não
pode faltar no seu planejamento

Marketplace ou e-commerce: qual é


melhor para o seu negócio?

Anúncio em redes sociais vale a pena?


Saiba quando e como fazer

Use as redes sociais ao seu favor

Enquanto grandes empresas têm suas próprias fábricas e


prédios, imponentes, o pequeno muitas vezes começa o
próprio negócio no quintal ou na garagem. Por isso, a
presença digital é fundamental para mostrar o seu potencial e
dedicação ao negócio.

Kanter afirma que é essencial se manter vivo e presente na


mente dos clientes, já que somos bombardeados diariamente
com informações. “Vivemos em um mundo de alta dispersão
de atenção. O empreendedor precisa manter constância e
consistência: conversar com o cliente constantemente e
entregar, de forma consistente, conteúdos válidos e
importantes”, aponta.

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De forma orgânica, o consumidor muitas vezes acaba se


tornando um influenciador natural, dividindo com os
seguidores os produtos ou serviços da sua empresa. Mas não
ache que apenas o Instagram fará o trabalho. O TikTok tem
se mostrado uma boa plataforma para atração de
stakeholders. O LinkedIn pode ser uma opção interessante
caso o negócio preste serviços para outras empresas. Ter um
site proprietário, fácil de encontrar, também é essencial para
não ficar refém das redes sociais — que podem cair a qualquer
momento, como bem vimos no apagão de WhatsApp,
Facebook e Instagram em 2021.

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05 Jan 2022 - 06h01 |
Atualizado em 05 Jan 2022 - 06h01

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