O texto “Educação para sentido da vida” de Thiago Antonio Avellar de Aquino busca trazer a questão da forma que a educação coloca ou não a importância do sentido da vida através de si mesma, e a partir disso ele traz reflexões com base no teórico Viktor Frankl, pai da Logoterapia, acerca da relação do logo-educador, como parteiro desse sentido, e do logo-educando, aquele que busca o sentido. Ele frisa que a educação da humanidade só pode tornar-se “melhor” a partir do momento em que a escola possa colocar a questão do sentido da vida e dos valores que venham abarcar a dignidade incondicional dos presentes nesse processo. O texto divide em tópicos alguns principais pontos dessa perspectiva da logoterapia nesse contexto educacional. Ao falar do logo-educador como cuidador do ser, é colocado que este que educa, também carrega a responsabilidade no que diz a constituição do ser em seus valores, suas escolhas e as possibilidades que estão disponíveis no seu “vir a ser”, é constituir sua capacidade para as escolhas da vida. Frankl explica bem essa frustração pela falta de sentido, o desencanto da vida na juventude, principalmente na adolescência que é ignorada e talvez até reforçada pelo método reducionista na educação, ele diz: “o sentimento de vazio e falta de sentido por parte dos estudantes é reforçado pelo modo reducionista por meio do qual as descobertas científicas lhes são apresentadas. Os alunos são expostos a um processo de doutrinação que mescla os princípios de uma teoria mecanicista do ser humano e uma teoria de vida relativista.” Frankl fala que os valores não podem ser ensinados, mas que devem ser vividos, assim, o logo-educador seria um modelo de ser humano que se dedica a uma causa, seja aos seus educandos seja por dedicação a algo que transcenda a si mesmo. Outro ponto do texto é a relação do conhecimento e do sentido, onde o ser humano encontra-se em uma postura de abertura perante um “tu”, perante a natureza e perante obras artísticas. Ao captar objetos, o ser humano se transforma em outro ser, dessa forma o mesmo é determinado pelos objetos, ou seja, transformado elos valores. Ele mostra a perspectiva do conhecimento como um ato de transcendência. O ser humano encontra sentido não apenas recebendo, mas entregando algo para mundo. O posicionamento crítico foi outro ponto colocado no texto, onde Frankl denuncia duas formas de educação que podem ser terríveis para o educando, que são: o reducionismo e a postura generalista. No início do texto ele comenta o que pode ser feito para não chegar nessas duas características, falando de diretrizes flexíveis e nada reducionistas, onde o educador deve buscar guiar, auxiliar no caminho desse ser em formação para que possa tomar suas próprias decisões com responsabilidade, para que possa lidar com suas questões na vida de maneira que se responsabilize por elas, criando um olhar crítico do que acha que deve ou não ser feito, partindo do princípio da dignidade inalienável do ser humano.