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CAPS AD – CABEDELO

A visita foi realizada no dia 06/05 e guiada pela psicóloga Ruth. Ao chegar, nos
deparamos com uma estrutura extremamente precária, porém infelizmente, já
esperada diante da realidade do Brasil. A instituição compõe uma sala de oficina,
cozinha, sala da evolução e médica, e a sala de administração. Também há um
banheiro que seria para os dependentes, porém no começo de abril o teto do mesmo
caiu, por isso, estava interditado e apenas o banheiro da administração estava
disponível. Com relação à dinâmica do local, no primeiro contato é realizada uma
triagem nos usuários para identificar possíveis transtornos de base, possíveis
particularidades no contexto familiar, condições financeiras etc. Na oficina, é onde são
realizadas a maioria das atividades, como aulas de arte, música, alfabetização e todos
os profissionais colaboram com essas atividades. Todas as manhãs é medido a pressão
dos usuários. A sala do médico e do psiquiatra é dividida também com a farmácia,
onde são medicados ou orientados em caso de necessidade. Todos os dias é realizado
o registro dos prontuários de todos, de possíveis evoluções ou não. Foi relatado pela
psicóloga que frequentemente há conflito entre os usuários e pela segurança de todos
a equipa conta com um segurança. O CAPS funciona de maneira clínica ampliada, ou
seja, o foco não é um atendimento individualizado, estes só ocorrem quando há de
fato uma necessidade à parte, também pela segurança dos profissionais. Na sala da
evolução, quando algum deles traz um relato de seu caso ou coisa do gênero eles vão
nesta sala discutir sobre. A maioria dos frequentadores é de Cabedelo e eles não
tendem a ir todos os dias, pois muitos trabalham ou tem outros compromissos. A
equipe também conta com um motorista que quando há algum dos usuários sem
condições financeiras de ir ou alguma deficiência eles disponibilizam essa carona. Na
visita estavam presentes a nutricionista, farmacêutica, psicóloga, segurança e
cozinheira. Apesar da estrutura ser extremamente irregular, acredito que profissionais
com o propósito de ajudar, de fazer o que podem diante das condições, conseguem
trabalhar muitas questões e fazer uma enorme diferença na vida desses sujeitos que
têm muito desamparo. Não senti muito isso neste CAPS, mas infelizmente há muitas
faltas e poucos suportes em todos os contextos que foram vistos, dos profissionais, da
estrutura e principalmente dos que estão ali em busca de ajuda.

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